O
FMI desce na Portela
1983.
Lisboa, cidade malparecida, mal borrada nuns montes de terra, nos seus arcos
enfeitados pouco poisaram as estrelas de escritores, artistas, poetas. William
Beckford: “Nunca vi tão detestáveis subidas e descidas, tão escarpadas
vertentes e íngremes ladeiras como aqui em Lisboa”. Amadeo de Souza-Cardoso:
“Cidade anémica, onanista”. Roger Vailland: “Em Lisboa e pela primeira vez
travara encontro com um povo que se tinha desinteressado”. Stefan Zweig:
“Agradável deceção… o esplendor dentro da miséria e a miséria dentro do
esplendor”. E, o sortudo, que nunca a visitou, Charles Baudelaire: “A cidade é
à beira mar; diz-se que é construída em mármore e o povo odeia os vegetais a um
ponto tal que arranca as árvores” [1]. Todavia,
há anjos debruçados nos telhados das vielas, em Lisboa, são aqueles obrigados a
visitá-la, os economistas e técnicos do FMI. Julho, segunda-feira, dia 18, “uma
delegação do Fundo Monetário Internacional inicia hoje, em Lisboa, contactos
com as autoridades portuguesas tendentes à assinatura de um acordo
stand by para a obtenção de um empréstimo de 300 milhões de dólares
(cerca de 36 milhões de contos)” [2].
Julho
abrira-se promissor, sábado, dia 2, na RTP 1, Veiga Simão, ministro da
Indústria e Energia, alteava o custo de vida. “O ministro justificou que os
aumentos agora anunciados ‘são maiores porque os combustíveis contribuem
substancialmente para o Fundo de Abastecimento (que foi criado em 1974 e se
destina a suportar o custo de bens essenciais ao consumo público) e o seu
passivo, em fins de 1982, ascendia a 126 milhões de contos’. Acrescentou que a
energia consumida em Portugal deriva em 80 % do petróleo e que a seca
prolongada encarece o custo de produção de eletricidade. Em petróleo, produtos
petrolíferos e energia elétrica, Portugal importou em 1982 240 milhões de
contos. Veiga Simão, depois de referir que ‘a dimensão global da crise tem que
ser conhecida pelo povo português’ revelou que o Governo ‘vai providenciar para
que seja publicado um livro branco sobre a situação económica e financeira do
país’” [3].
Terça-feira,
12 de julho, Itália. “Termina hoje o prazo concedido pelos raptores da jovem
Emanuela Orlandi para a sua libertação em troca de Ali Agca, o jovem turco que,
em maio de 1981, tentou assassinar o Papa João Paulo II. Emanuela, de 15 anos,
filha de um funcionário da Santa Sé, foi raptada quando, em 22 de junho,
esperava o autocarro que normalmente a conduzia à escola. Após quatro chamadas
telefónicas para os pais da jovem Orlandi, os raptores, em contacto com a ANSA,
agência de imprensa italiana, expuseram publicamente as condições para a
libertação da jovem. Ali Agca, em declarações à imprensa, após ter sido ouvido
pelas autoridades policiais, desmentiu categoricamente o seu envolvimento no
rapto de Emanuela Orlandi, manifestando, ao mesmo tempo, a sua solidariedade
para com os pais da jovem”. Emanuela
Orlandi está desaparecida há 31 anos. Em maio de 2002, “o padre Gabriele
Amorth, que foi nomeado por João Paulo II como chefe exorcista do Vaticano, e
que afirma ter realizado milhares de exorcismos, disse que Emanuela
Orlandi foi assassinada e o seu corpo descartado. ‘Este foi um crime com
motivação sexual. Eram organizadas festas com um gendarme do Vaticano como
‘recrutador’ de raparigas. A rede envolvia pessoal diplomático de uma embaixada
estrangeira na Santa Sé. Acredito que Emanuela acabou vítima deste círculo’,
contou o padre Amorth, presidente honorário da Associação Internacional de
Exorcistas, ao jornal La Stampa ”.
Sexta-feira,
29, FMI exige despedimentos nas empresas públicas. “O atraso das negociações
deve-se a desencontros na área das empresas públicas e nomeadamente, à
exigência de cortes radicais nos créditos no setor público o que, a
concretizar-se implicaria o despedimento de trabalhadores e o adiamento de
muitos projetos já em curso.
As negociações principiaram no dia 18, sendo a delegação do
Fundo chefiada pela economista italiana Teresa Ter-Minasean, que por outras
vezes já viera a Portugal para se inteirar dos dados estatísticos e informações
de ordem económico-financeira fundamentais para o FMI”. (…). “Paralelamente às
negociações do acordo stand by, a delegação portuguesa pretende que
o Fundo desbloqueie um crédito de 100 milhões de dólares, solicitado em 1982,
ao abrigo da compensatory facility, modalidade de crédito mediante
a qual os países membros do FMI podem obter apoios financeiros para compensar
uma queda brusca das receitas da exportação, por motivos exteriores à sua
economia. Durante o ano passado, o FMI solicitou ao Governo elementos para
fundamentar a queda das exportações em 1981, sempre os considerando
insuficientes, pelo que não desbloqueou o empréstimo".
Quarta-feira,
10 de agosto, “FMI: a pior receita de sempre. Maior quebra dos salários reais,
aceleração do desemprego, travagem no desenvolvimento nacional durante vários
anos” [4]. “O ministro das Finanças Ernâni Lopes
e o governador do Banco de Portugal, Jacinto Nunes, assinaram na terça-feira a
Carta de Intenções, que estava a ser negociada em Lisboa desde o dia 18 de
julho, e vai ser enviada ao FMI para que este organismo a aprecie de modo a
assiná-la em meados de outubro”. O comunicado do ministério das Finanças justifica
que os ajustamentos “deveriam ter sido progressivamente concebidos e executados
desde o segundo choque petrolífero de 1979/ 80. [Governo de Sá Carneiro /
ministro das Finanças Cavaco Silva; e Governo de Pinto Balsemão / ministros das
Finanças Morais Leitão / e depois João Salgueiro]. Nenhum governo responsável
poderia evitar a aplicação de uma política conjuntural restritiva apesar das
suas consequências negativas no plano do emprego e no nível de vida dos
portugueses. (…). O Governo possa realizar o objetivo principal da sua ação: reestruturar
e modernizar o aparelho produtivo, isto é, descer à raiz das dificuldades,
para criar as condições do progresso a que o povo português justamente aspira.
Sem a estabilidade financeira que agora se procura repor, o desenvolvimento
económico não passaria de uma miragem permanentemente adiada. É só em nome
desse desenvolvimento que se justificam os verdadeiros sacrifícios que a
situação efetivamente exige. Cabe a todos os portugueses a responsabilidade
de lhes dar conteúdo útil e construtivo”.
O
alegre caminho da bancarrota. “Em 1979, a balança de transações correntes
estava praticamente equilibrada: o défice atingia, então, 57 milhões de
dólares, equivalentes a 0,3 % do PIB. No final de 1982, o desequilíbrio
cifrava-se já em 3,2 mil milhões de dólares, que representam 13,5 % do PIB. Para
financiar estes défices sucessivos e crescentes, o país foi-se endividando a um
ritmo insustentável. Do final de 1979 até abril de 1983, a dívida externa
total quase duplicou, passando de 7,3 para 14,2 mil milhões de dólares. Deste
modo, a relação entre a dívida externa e o PIB situou-se, em 1982, num nível
próximo de 58%. Em 1983, os juros a pagar ao exterior atingem 1,3 mil milhões
de dólares e em 1984, mesmo com a introdução de medidas corretoras, subirão,
inevitavelmente, para 1,5 mil milhões de dólares” [5].
Objetivos
do programa do FMI. “1. – A redução do défice da balança de transações
correntes para 2 mil milhões de dólares em 1983 e cerca de 1,25 mil milhões em
1984. No final de 1982, o saldo negativo desta balança atingiu 3,2 mil milhões
de dólares. 2. – A limitação do endividamento externo total a 14,6 mil milhões
de dólares em 1983 e 16 mil milhões em 1984. No final de 1982, a dívida externa
total atingia 13,6 mil milhões de dólares”.
Meios
financeiros de apoio “1. Acesso ao mercado financeiro internacional,
particularmente importante numa conjuntura como a atual, perturbada pelas repercussões
da acumulação da dívida dos países em desenvolvimento. 2. Ao longo do período
de vigência do acordo, o acesso a um crédito de estabilização (stand by) no total de 445 milhões de direitos de saque especiais
(equivalentes a cerca de 480 milhões de dólares). A utilização deste crédito
é repartida em três fatias e condicionada ao progressivo cumprimento dos
objetivos contidos na Carta de Intenções. 3. A possibilidade de acesso a um
financiamento suplementar, ao abrigo de um outro mecanismo de crédito do FMI,
designado por Compensatory Financing Facility. Segundo estimativas
preliminares, tal financiamento – disponível ainda em 1983 – deverá cifrar-se
em cerca de 200 a 250 milhões de dólares”.
Medidas
de política económica “1. Subidas de dois pontos nas taxas de juro das
operações passivas e de dois pontos e meio nas taxas das operações ativas. 2.
Revisão global dos atuais sistemas de bonificação de juros. 3. Manutenção da
atual política cambial, recusando o recurso a novas desvalorizações discretas e
mantendo a taxa mensal de 1 % para a desvalorização deslizante, utilizada como
instrumento de salvaguarda da competitividade externa das exportações. 4.
Controlo dos aumentos salariais das empresas públicas e na função pública –
disposição que deverá ter efeitos de arrastamento em relação ao setor privado.
5. Compensação de despesas e recurso a novos instrumentos de fiscalidade direta
e indireta ainda nos terceiro e quatro trimestres de 1983, com o objetivo de
contrair o défice do orçamento do setor público administrativo, que deverá ser
reduzido para cerca de 8 % do PIB em 1983 e cerca de 6,5 % em 1984. 6.
Contenção das necessidades de financiamento e aumento do autofinanciamento das
empresas públicas. 7. Controlo e redução dos programas de investimento das
empresas públicas. 8. Execução de uma política realista nas empresas públicas.
9. Adoção de medidas de acompanhamento e de saneamento económico e financeiro
nas empresas públicas que venham a ser abrangidas pela declaração formal de
‘empresa em situação económica difícil’. 10. Como orientação da política
económica, a introdução progressiva de elementos de flexibilidade nos processos
de formação de preços (sobretudo os preço fixados administrativamente), de modo
a criar uma maior transparência e racionalidade no funcionamento da economia”
Sexta-feira,
23 de setembro. FMI à rasca de massa [6]. “O
ministro das Finanças Ernâni Lopes, o secretário de Estado do Tesouro António
de Almeida, o governador do Banco de Portugal Jacinto Nunes e dois vice-governadores
Rui Vilar e Vítor Constâncio, afadigam-se em Washington na tentativa de romper
o estrangulamento das disponibilidades portuguesas em divisas para cumprir os
compromissos externos. O empréstimo de 300 milhões de dólares (mais de 35
milhões de contos) acordado com o FMI no quadro das negociações da Carta de Intenções
com o Governo português era a salvação momentânea: mas está comprometido com o
anúncio da suspensão de empréstimos pelo Fundo até meados de outubro. O FMI
está sem fundos disponíveis dado o crescimento em flecha de pedidos de auxílio
por países como o Brasil, a Índia, o México e a Argentina, com dívidas externas
monstruosas. Na base desta crise de tesouraria no FMI está a recusa do
Congresso americano em aumentar a quota dos Estados Unidos. Os países
industrializados da Europa fizeram saber que enquanto os americanos não aumentarem
a contribuição para o Fundo, então não contem com o dinheiro europeu”.
Quarta-feira,
19 de outubro, o ministério das Finanças divulga o texto da Carta
de Intenções. “Caro sr. de Larosière [Jacques de Larosière, diretor do FMI,
1978 / 1987]. 1. Nos dois últimos anos, o défice das operações correntes da
balança de pagamentos de Portugal deteriorou-se para um nível claramente
insustentável a médio prazo. Esta deterioração constitui, em parte, o reflexo
de fatores fora do controlo das autoridades portuguesas, incluindo a recessão
internacional e as altas taxas de juro no estrangeiro. Outros fatores
importantes foram também a manutenção de uma taxa de crescimento da procura
interna substancialmente mais elevada que nos outros países e a ausência de
adequada flexibilidade nas políticas de taxas de juros e cambial. Por último, a
balança de pagamentos continuou a ser afetada por sérios problemas estruturais,
incluindo a elevada dependência em importações de energia e produtos agrícolas
e uma base de exportações relativamente estreita. A escalada do défice da
balança de operações correntes, que cresceu de um nível equivalente a cerca de
5 por cento do PIB em 1980 para 11 ½ por cento em 1981 e 13 ½ por cento em
1982, resultou num acentuado aumento da dívida externa e do peso do seu
serviço, que atingiu 27 por cento das receitas de divisas em 1982. (…). Por
conseguinte, considera altamente prioritária a redução do défice das operações
correntes para US$ mil milhões (9 ¼ por cento do PIB) em 1983 e para cerca de
US$ 1 ¼ mil milhões (6 por cento do PIB) em 1984. 2. A melhoria visada para as
contas externas será obtida através de um programa global de contenção
monetária e orçamental, acompanhado por políticas realistas e flexíveis ao
nível das taxas de juros, taxa de câmbio e preços administrativos, e por
esforços destinados a moderar o crescimento dos rendimentos nominais. Ao
promoverem o crescimento continuado das exportações e a redução das
importações, espera-se que estas políticas moderem o impacto da necessária
redução da procura interna sobre a produção e o emprego. (…). 5. (…). Do
lado da despesa, o Governo limitará as taxas de aumento dos vencimentos dos
funcionários públicos em 1984 e alargará o congelamento de admissões em
vigor a novas categorias de funcionários públicos até agora isentas, ao mesmo
tempo que intensificará esforços para promover a mobilidade de pessoal dentro
da administração pública. Procederá igualmente à revisão do sistema de
prestações sociais, com vista à eliminação de abusos e à limitação do seu
crescimento, de acordo com a capacidade económica do país. (…). 7. O Governo
propõe-se iniciar imediatamente a preparação de uma reforma global do sistema
fiscal, o qual se carateriza por excessiva complexidade e inelasticidade em
relação ao rendimento. O imposto de transações e outras formas de imposição
indireta serão substituídos por um imposto sobre o valor acrescentado, que representará
a maior fonte de receita indireta do Orçamento do Estado. (…). 9. O Governo
atribui elevada prioridade à melhoria substancial e duradoura da
situação financeira das empresas públicas. Para tal, será feito um esforço
global destinado a conter as necessidades de financiamento dessas empresas e
aumentar o seu autofinanciamento. (…). 10. A política monetária será conduzida
por forma a assegurar a melhoria programada para a balança de pagamentos e a
desaceleração da inflação, que deverá passar de um nível próximo de cerca de 29
por cento no final de 1983 para cerca de 20 por cento no final de 1984. (…). 12.
(…). O total do crédito interno concedido pelo sistema bancário (que se situava
em Esc. 2,148,9 mil milhões em 31 de dezembro de 1982) não deverá exceder Esc.
2,786.5 mil milhões em 31 de dezembro de 1983, e Esc. 3,416.5 mil milhões em 31
de dezembro de 1984. (…). 13. As políticas financeiras terão que ser
coadjuvadas por políticas destinadas a moderar os custos do trabalho, para
que a desejada desaceleração da inflação possa realizar-se sem sacrificar
indevidamente o crescimento da produção e do emprego. (…). O esforço para
moderar o aumento de salários será acompanhado de medidas estruturais, para
melhorar a produtividade do trabalho, através do aumento da mobilidade da mão
de obra, de programas de formação profissional e outras medidas destinadas a
dar maior flexibilidade à utilização da mão de obra (…) [7]. 18. (…). O Governo consultará o Fundo por iniciativa do
Governo ou a pedido do administrador-geral, sobre as políticas de balança de
pagamentos de Portugal”. Com os melhores cumprimentos, Ernâni Rodrigues Lopes
ministro das Finanças e do Plano. Manuel Jacinto Nunes, governador do Banco de
Portugal.
Segunda-feira,
26 de setembro, como sempre, nos processos de ajustamento, a Madeira estava
falida. “A situação económica da Madeira foi o principal motivo das
preocupações de Mário Soares que esteve naquela região autónoma durante três
dias, acompanhado por uma delegação governamental em que se integravam o
ministro do Trabalho e três secretários de Estado. De acordo com fontes
madeirenses, o Governo central teria feito sentir a Alberto João Jardim a
necessidade de um programa de emergência estilo FMI para sanear as finanças
da Madeira, que está ‘mais que falida’ conforme afirmou um membro da
delegação governamental”. “O défice acumulado vai já em 16 milhões de contos e
as dívidas das autarquias locais da região, que são apenas onze, ultrapassam os
4 milhões de contos (as autarquias do continente, mais de 160, têm dívidas no
valor de pouco mais de 8 milhões de contos). (…). No Funchal correm rumores
apesar de desmentidos por Alberto João sobre a grave situação da Caixa
Económica do Funchal, que teria já provocado a intervenção, por duas vezes, do
Banco de Portugal. Esta situação derivaria, tanto da expansão daquele banco
privado sem para tanto ter as infra-estruturas necessárias, em termos técnicos
e de capital, como, por outro lado, do crédito malparado, em grande parte
concedido às autarquias locais madeirenses. Perante esta situação, que quase se
pode considerar desesperada, Soares terá regressado do Funchal no domingo com a
garantia do apoio de Alberto João Jardim a um programa de emergência para a
região que se traduziria na manutenção da cobertura dos défices, desde que o
Governo regional garanta a compressão das despesas públicas” [8].
___________________
[1] A era do
comércio global – freneticamente, todos vendem a todos – extinguiu as
declarações honestas sobre povos, países ou cidades. Os produtores responsáveis,
desembarcando num país estranho, instruem-se nas últimas palavras-chave
descobertas pelas Relações Públicas para se misturar, massajando a alma
coletiva e predispondo ao consumo. A cortesia reina. Durante a tournée de promoção
do seu primeiro romance, “The
Juliette Society”, declarava, de
circunstância, Sasha Grey:
“Já cá estive em 2009. (…). Mas passei todo o meu tempo em Lisboa, durante a noite
e no Estoril durante o dia. Como tal, desta vez, é uma experiência
completamente diferente, ver a cidade durante o dia. É diferente”, no programa Herman 2013. – Sasha
Grey, 1,70 m, 49 kg, 83-66-78, sapatos
40, olhos cor de avelã, cabelo castanho escuro, nascida a 14 de março de 1988
em Sacramento, Califórnia, com o toque de Midas: tudo o que ela toca
transforma-se em Cultura: na Penthouse julho 2007, fotos de Terry Richardson ♦ Em dezembro
de 2008, as suas áreas matriciais são moldadas para o SashaGrey's Deep Penetration Vibrating Pussy and Ass ®, “e agora a Doc Johnson
vende a sua réplica da rata e olho do cu de Sasha Grey, completada com pelos
púbicos (e também vibração)” ♦ Para completude
das capelinhas, a mesma empresa também copiou a boca num DeepThroat Pocket Pal ♦ No Twistys
agosto 2009 ♦ Nesse ano interpretou Molly no
trabalho de Brody Condon de adaptação contemporânea de “Neuromancer”,
uma novela de William Gibson, no New Museum de Nova Iorque ♦ Sasha Grey
(2011), curta-metragem de Richard Phillips, rodada na Chemosphere House, à
saída de Mulholland Drive ♦ Em novembro de 2011,
no programa Read Across America, leu
livros infantis para alunos da 1.ª classe da Emerson Elementary School, em
Compton. “Sasha twittou sobre a experiência – chamando aos alunos os mais
‘queridos’ de sempre. (…). Um representante do distrito escolar nega
categoricamente que Sasha tenha estado dentro de uma das suas salas de aula” ♦ No videojogo Saints Row: The Third
(2011) ♦ “Equal Pay Day” (2012) ♦ No BlackBook Mag,
fotografada no Sunset Marquis Hotel, em Los Angeles (2012) ♦
“La comicità di Sasha
Grey” (2013). O top 5 dos seus filmes favoritos de todos
os tempos: “Escape from New York” (1981), “A Woman under the Influence” (1974),
“Pierrot le fou” (1964), “Fat Girl” (2001) e “Stroszek (1977).
No cinema Sasha
estreou-se no cinema em “Fashionistas Safado: The Challenge”
(2006), e soma mais de 200 filmes no seu palmarés: foi bónus em “So You Think You Can Squirt”
(2006) ● “Tight
Teen Twarts 2” (2006) ● “Grand Theft Anal 11”
(2007) ● “Throat:
A Cautionary Tale”
(2009)… “Ela não gostava
de atores masculinos que pedem: ‘Podemos preparar-nos para a cena fodendo agora
durante uns minutos?’. ‘Não sou paga para ser uma fluffer’, diria ela. Ela não gostava de homens que tentavam
beijá-la diante das câmaras. ‘Não estou aqui para fazer amor, não estou aqui
para ser cortejada’, dizia. ‘Estou aqui para foder’. Ela não gostava de
parceiros, masculinos ou femininos, que apareciam pedrados com Vicodin, Valium,
cocaína ou metanfetamina. ‘Se você tem que andar metido nas drogas não deveria
fazer porno’. (…). Finalmente, ela não gostava de realizadores que a queriam
vestir como uma adolescente. ‘Eles pedem-lhe para você trazer roupas de uma
miúda de 12 anos’, diz Sasha. ‘Ou vão vesti-la em minúsculas cuecas brancas com
uma faixa cor de rosa. É horrível. Vão esticar-lhe o cabelo como uma jovem, ou
vão pôr uma maquilhagem ligeira para produzir uma cara fresca de adolescente.
Eu tenho 18 anos, é a idade que cada realizador quer. E o porno existe apenas
para a masturbação. Mas ninguém deve bater uma punheta sobre uma miúda de 14 anos’”.
Sasha, a 8 de abril de 2011, retirou-se do porno aos 23 anos: “Tornou-se
evidente que o meu tempo como atriz do cinema adulto expirou. Não se preocupem.
Não encontrei Jesus. Uma coisa é certa. Estou orgulhosa em dizer que não tenho
arrependimentos. Sinto genuinamente que realizei tudo o que podia como artista”
a).
A
sua produtividade também enlaçou a música na banda de noise aTelecine. “Telecine é a transferência do filme para vídeo.
Faz parte do processamento do filme. Decidimos colocar um ‘a’ antes porque
havia uma banda cristã chamada Telecine, e não queríamos lutar por causa de nomes”.
Sasha descreveu a sua música como experimental
psychedelic death dub. Editaram o
álbum “The
Falcon and the Pod” (2011): 1. “A Secret Ratio” ♪
2. “Whisper” ♪ 3. “Sodium Vapor” ♪ 4. “A Moist Duck” ♪ 5. “None” ♪ 6. “New Future! ” ♪ 7. “Light Through the Leaves” ♪
8. “No Other Way” ♪ 9. “4AM” ♪ 10. “Lost” ♪ 11. “Magazine” ♪ 12. “Pathless” ♪ 13. “The Falcon and the Pod”.
–
a) As diferenças explicadas, através da comida,
entre sexo nos filmes e sexo na vida real: “Porn
Sex vs Real Sex”.
[2] “Este
empréstimo será concedido mediante a assinatura de uma Carta de Intenções, na
qual o Governo português de compromete a aplicar determinadas medidas concretas
de política económica, que deverão situar-se particularmente nas áreas do
crédito e das despesas públicas. (…). Em 1978 o acordo [o primeiro com o FMI]
entrou em vigor em março e prolongou-se até março de 1979 altura em que já era
uma realidade o reequilíbrio da Balança de Transações Correntes, que havia
atingido um nível recorde de 1500 milhões de dólares em 1977 e foi reduzido
para cerca de 800 milhões em 1978 e para 50 milhões em 1979”. “A partir de 1980
verificou-se uma rápida deterioração das contas externas da economia
portuguesa, tendo o défice das transações correntes passado sucessivamente para
1,3 mil milhões de dólares, 2,8 mil milhões de dólares (1982) e 3,2 mil milhões
de dólares (1983). Em virtude desta rápida deterioração das contas externas, a
dívida externa do país praticamente duplicou em dois anos, atingindo 13,4 mil
milhões de dólares em dezembro de 1983, se se verificar o défice perspetivado
para as contas correntes (cerca de 2 mil milhões de dólares). (…). Durante a
aplicação do primeiro acordo de Portugal com o FMI (em 1978) foi possível
equilibrar as contas externas em virtude de um forte crescimento nas remessas
dos emigrantes, nas receitas do turismo e nas exportações. (…). Agora –
disseram à ANOP vários economistas – a situação é substancialmente diferente,
porque não existem cotas de mercado para recuperar, as receitas do turismo têm
decrescido ou estagnado quando expressas em dólares (95 milhões no primeiro
trimestre deste ano, igual montante nos primeiros três meses de 1982 e 150
milhões em igual período de 1979), e as remessas dos emigrantes apresentam uma
tendência para decrescer quando expressas em divisas. Estes
factos vão implicar a utilização de instrumentos de política económica
diferentes dos de 1979, mais virados para a redução das importações e do
consumo, os quais se situam na área do crédito e da contenção das despesas
públicas. Estas medidas terão repercussões ao nível do investimento e
consequentemente do emprego. (…). Diferentes economistas disseram que se verificará
um significativo agravamento do desemprego, que, segundo o novo inquérito
permanente lançado pelo Instituto Nacional de Estatística, era de 11 % da
população ativa no primeiro trimestre deste ano. O Governo já adoptou uma série
de medidas habitualmente exigidas pelo FMI como foi o caso da desvalorização do
escudo em 12 % em termos efetivos e a subida dos preços de um conjunto de bens
essenciais, particularmente os combustíveis b). (…).
A dureza da política económica a implementar na sequência do acordo com o FMI
fica bem expressa no facto de, dos 2 mil milhões de dólares perspetivados pelo
Governo para o défice das transações correntes, cerca de 1,2 mil milhões
correspondem a juros da dívida externa, valor que em 1978 era de 200 milhões”.
–
b) “Este tratamento de choque foi, aliás,
comunicado ao FMI por uma delegação ad
hoc que recentemente esteve em
Washington, chefiada por Cavaco Silva, diretor do gabinete de estudos do Banco
de Portugal, e de que fazia parte, nomeadamente Maria José Constâncio, subdiretora
dos Serviços Centrais de Planeamento, figura chave em anteriores negociações
com o FMI. (…). O Governo pretende reduzir o défice das transações correntes de
3,2 mil milhões de dólares (uns 380 milhões de contos) em 1982 para 1,5 mil
milhões em 1984, ou seja menos 200 milhões de contos”.
[3] Gasolina
super 84$00 (custava 74$00), normal 81$00 (70$00), petróleo carburante 46$00
(40$00), gasóleo 46$00 (40$00), gás em garrafa 51$00 (41$50), gás de cidade
16$50 (12$50). “Um adicional de 65 centavos por quilovátio, no consumidor
doméstico, foi aplicado sobre as tarifas de energia elétrica, nos termos de uma
portaria publicada no Diário
da República , com data do dia 9. A nova taxa é de 55 e 50
centavos para os consumidores em média e alta tensão, respetivamente. (…). O
adicional agora introduzido deverá ter caráter temporário, de acordo com a
portaria subscrita por Veiga Simão. A sua criação é justificada com a situação
de seca que assola o nosso país desde 1980 e o valor cobrado pela EDP deverá
ser afeto ao Fundo de Apoio Térmico, que apresentava, em fins de 1982, um
défice de 43 milhões de contos. A portaria indica que em 1979 a produção de
energia elétrica foi assegurada em 75 % pelas centrais hidroelétricas, enquanto
em 1980 esse valor já decrescia para os 50 %. Em 1981, a energia com essa
origem cifrava-se nos 31 % e em 1982 crescia para 40 %. Os cálculos para este
ano são de 45 %”.
[4] Portugueses
suarão as estopinhas e além: “Nudist Sunbathing”.
[5] Lição aprendida
e decorada. Nunca mais as elites portuguesas falirão o país. O povo,
reconhecido, vota e dança: “Já não quero olhar, eu quero sentir teu balançar / Eu
quero tocar no teu corpo e poder bailar / Eu quero dançar, bem juntinho colado
a ti, / ao ritmo do som”: “Já
não quero olhar”, p/ músico angolano Adi Cudz. Vídeo c/ Aryane
Steinkopf [blindada
por Deus], DJ
e modelo brasileira, 1,64 m, 59 kg, 94-67-103, cabelo loiro, nascida a 14 de
dezembro de 1986 em Vila
Velha , Espírito Santo, Brasil. Começou a sua carreira como
assistente de palco no programa “Pânico na TV”. Perfil:
comida preferida: italiana e japonesa. Defeito: impaciência. Qualidade:
determinação. Viagem de sonho: Dubai. {Playboy
abril 2012} {Instagram} {site}.
[6] Lei de
Murphy: tudo o que pode correr mal vai correr mal. Portugal teso. FMI teso.
Bunda no chão. “Bunda”,
p/ Putzgrilla Music Gang Bang, banda formada por Hugo Rizo, Rui Martins, Miguel
Lamelas e Joana Pitty. Joana Janeiro
“Pitty” foi concorrente da “Casa dos Segredos 1”, da TVI e pormenorizou: “A
parte do corpo de que mais gosto são as costas”.
Os Putzgrilla atuaram na Semana
Académica de Lisboa 2014. Felizmente, o dinheiro também aterrou em Lisboa
ou não haveria nem para as bananas: “Хочу банан!” (traduz
Deus Google “Eu quero uma banana”), p/ Группа Маша Пирожкова ♪ “Я промокла мама” (traduz
Deus Google “Tenho mãe molhado”).
[7] No século
XXI, os Economistas Portugueses manusearão uma nova medida estrutural: o velho.
“O Governo quer incentivar o trabalho a tempo parcial de trabalhadores mais
velhos, apoiando, simultaneamente, a contratação de desempregados jovens ou de
longa duração. Neste processo, o trabalhador mais velho deverá acompanhar o
mais novo, transmitindo ‘conhecimentos e experiência’. O objetivo é ‘promover
o envelhecimento ativo e incentivar os trabalhadores seniores a preparar a sua
reforma, através da redução do seu horário de trabalho, bem como permitir a
entrada no mercado de trabalho de desempregados, designadamente jovens, a quem
é igualmente dada tutoria pelo trabalhador sénior’”,
em Diário Económico ,
fevereiro 2014.
[8] O
susto acagaçou Alberto João Jardim que nunca mais queimará dinheiro público: “You
can tell your ma' / I moved to Arkansa' / Or you can tell your dog to bite my
leg / Or tell your brother Cliff / who's fist can tell my lips / He never
really liked me anyway”: “Achy
Breaky 2”, p/ Buck 22 ft. Billy Ray Cyrus.
na sala de cinema
“Night of the Zombies” (1981), real. Joel M. Reed. “Investigadores
procuram cadáveres desaparecidos de soldados e ouvem inacreditáveis rumores
sobre zombies. Rejeitando esses
rumores começam a investigar. Após dois homens serem encontrados mortos, o
agente especial da CIA, Nick Monroe, é enviado para eliminar o que se suspeita
serem desertores da antiga unidade dos Army Chemical Corps dos EUA. A
investigação implacável de Nick descobre um plano macabro de dominação do mundo” [1].
“Night
of the Creeps” (1986), real. Fred Dekker, c/ Jason Lively, Steve Marshall, Jill Whitlow… estreia
sexta-feira, 27 de fevereiro de 1987 no cinema Xenon. “Em 1959, a bordo de uma
nave espacial, dois alienígenas esforçam-se para evitar que uma experiência
seja libertada por um terceiro membro da tripulação. O aparentemente possuído
terceiro alienígena atira o contentor no espaço que cai na Terra. Nas proximidades,
um universitário leva o seu par a um parque de estacionamento quando veem uma
estrela cadente e vão investigar. Aterra no caminho de um paciente mental
criminalmente insano em
fuga. Enquanto o seu par é atacado pelo maníaco empunhando um
machado, o rapaz encontra o contentor, do qual uma pequena coisa semelhante a
uma lesma salta para a sua boca. Vinte e sete anos depois, Chris Romero lamuria
sobre um amor perdido, apoiado pelo seu amigo deficiente J.C. Durante a semana
da praxe na Corman University, Chris vê uma rapariga, Cynthia Cronenberg, e
apaixona-se instantaneamente”. “Twice Dead” (1988), c/ Tom Bresnahan, Jill Whitlow… “A família Cates está
excitada ao saber que herdou uma velha mansão do endoidecido ator de teatro
Tyler Walker. Chegam para descobrir que a mansão se transformara num campo de
jogos para um gang de rua local. Mas
o gang não é a única preocupação dos
filhos dos Cates, visto que o fantasma de Tyler faz saber que não está
satisfeito com a sua intrusão” [2]. “Nos
tempos da vaselina” (1979), real. José Miziara, c/ João
Carlos Barroso, Kate
Lyra, Aldine
Müller, Nídia de
Paula … “Em Macacu, cidade do interior, o caipira Onofre recebe uma carta
do seu primo Paulinho convidando-o para uma viagem ao Rio de Janeiro para
desfrutar a Cidade Maravilhosa. Quando o ingénuo Onofre chega, é roubado na
estação de autocarros e enganado pelo taxista. Ele tem que dormir na rua e
pedir para comer sem a morada do Paulinho que estava na sua mala. Quando ele
conhece o músico Carlinhos Lyra, usa o programa de televisão para encontrar o
Paulinho. Onofre é recebido por Paulinho e os seus amigos na praia de Ipanema,
mas o recém-chegado é desajeitado e é troçado pelo pessoal todo da praia.
Contudo, Onofre sai com a Dadá e a namorada de Paulinho, Patrícia (Almavar Taddei), e
outras moçoilas acreditam que ele é ‘bom na cama’” [3].
“O título é uma oportunista brincadeira com ‘Grease – Nos tempos da brilhantina’,
(título no Brasil), de 1978”.
___________________
[1] “Muitas
cenas foram filmadas na casa e na propriedade do realizador porno Shaun
Costello”, que tem no seu palmarés “Heaven’s
Touch” (1983), título português “Cama quente, amor ardente”, estreado no
fabuloso cinema Olímpia, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1989, em sessões
contínuas a partir das 14 horas. “Henry Ottinger (Michael Knight) trabalha num
escritório nas Torres Gémeas, onde apenas tenta meter-se na sua vida. De alguma
forma, ele exerce uma atração sobre as suas colegas de trabalho. Não demora
muito tempo até que três dessas colegas persuadam o sr. Ottinger a serviços extra
para dentro dos seus orifícios”.
C/ Gayle Sterling
(Wendy), cabelo loiro; Jade East
(Louise), 1,63 m, 86-61-86, olhos castanhos, cabelo preto, nascida a 6 de fevereiro
de 1954 em Los Angeles ;
Veronica Hart
(miss Penny), 1,68 m, 56 kg, 91-68-96,
olhos azuis, cabelo castanho, nascida a 27 de outubro de 1956 em Las Vegas ; Sharon
Kane
(Linda Armstrong), 1,67 m, 58 kg, 86-63-91, sapatos 37 ½, olhos azuis, cabelo
loiro, nascida a 25 de fevereiro de 1956 em Canton, Ohio; Kelly
Nichols
(Carlotta Munro), 1,66 m, 91-71-99, sapato 42, olhos e cabelos castanhos,
nascida a 8 de junho de 1956 em
West Covina , Califórnia; Joanna Storm
(Ultrasleaze), 1,52 m, 55 kg, 96-71-96, olhos cor de avelã, cabelo loiro,
nascida a 23 de agosto de 1958 em
San Diego …
[2] A família
moderna tomou profundeza. “La
mosquitera” (2010), real. Agustí Vila, c/ Emma Suárez, Eduard Fernández,
Martina García, Anna Yacobalzeta,
Geraldine Chaplin… “Uma família abastada, inequivocamente urbana, vive presa no
pequeno mundo que construiu à sua medida. Cada um dos membros luta por si
próprio para salvar aquilo que o justificaria. Luís atravessa a adolescência
descobrindo à sua volta mulheres e homens ora culpados ora inocentes”. De
Bogotá, Colômbia, para este filme, a classe
de saber estar nua de Martina
García,
nascida a 27 de junho de 1981. “Em Paris fez os seus estudos de licenciatura em
Filosofia, na Sorbone”. Diz ela:
“Em 2011 foi a mesma história, viajando por diferentes lugares para filmar, tem
sido complicado a tema da universidade. Procuro não gerar frustrações onde não
as há, e se não posso ir à universidade, não importa, para mim a filosofia está
no quotidiano, está presente em mim”.
Entrevista:
“Soy de repeticiones, de releer libros, de oír la misma canción durante horas,
de volver a ver las películas. En la literatura suelo remitirme a autores como
Camus y Cioran, y recientemente a Paul Auster, sobre todo ‘La invención de la
soledad’, que me fascinó. De Camus me encanta ‘La caída’, soy fetichista de ese
libro; también ‘El extranjero’ y ‘Una muerte feliz’. De Cioran, soy fanática de
‘Los silogismos de la amargura’ y de ‘Ese maldito yo’. ¿Y las películas? ‘Mrs. 45’, de Abel
Ferrara; ‘La dolce vita’,
de Fellini; ‘Amores
perros’, de González Iñárritu; ‘Los 400 golpes’, de
Truffaut; y ‘Dogville’
y ‘Antichrist’, de
Lars Von Trier”.
[3] Desde os
anos 60 do século XX, antecipando o século XXI, a vagina substitui o coração
como órgão mais importante para a carreira pessoal, social e profissional da
mulher plenificada a). As Kardashian,
por exemplo, uma típica família americana, como em todas, a vagina é o ganha-pão,
dedicam-lhe extremoso cuidado, inspecionando-a, antes de saírem à rua. “‘Eu
disse, nós temos de fazer verificações da vagina’ disse Khloe, explicando que é
apenas o que se faz quando se veste uma saia com uma fenda. (…). ‘Eu disse,
não, Kim, a tua vag está perfeitamente
aconchegada’”.
Metáfora do feminino moderno, a vagina
é também um órgão anatómico. “A ciência não sabe onde é o clítoris. A nova
ciência descobriu que o clítoris é muito maior do que qualquer pessoa jamais imaginou
e que fica mais para dentro, perto da pélvis”, disse a escritora americana
Naomi Wolf, autora do livro “Vagina: A New Biography”. “Por fim, em se tratando
de uma autora que se orgulha tão ostensivamente de sua realização sexual, “Vagina
– Uma biografia” parece estranhamente esvaziado de qualquer elemento
erótico ou, por assim dizer, espiritual: a vagina é reduzida a uma parte da
anatomia feminina que, em condições normais, responderá de tal ou qual maneira
quando devidamente estimulada”. Fiduciárias, as mulheres de hoje mijam de pé.
Modelo: Nettie Harris,
1,68 m, 52 kg, 81-66-91, sapatos 39, olhos azuis, cabelos ruivos. Entrevista: “O meu
sonho é criar arte… em muitas formas de expressão”. Entrevista Vimeo ∆ fotos p/ Stephane
Bienfait ∆ tumblr Creative Rehab ∆
no vídeo musical “The
Beautiful Ones” do produtor, realizador, diretor de fotografia, editor e
músico Dutch Rall (canção: Prince).
–
a) O pleno evidencia-se na autonomia. “Leva Boy” (2012), p/
Lizha James ft. Pérola: “Leva, boy, o que quiseres, baby! / Leva, boy, o que
quiseres, baby! / Leva o carro, leva a casa / Que eu vou construir / Leva, boy!”.
“All the Little Things”
(2011), p/ The Icarus Line, banda de Los Angeles, formada em 1998, por Joe
Cardamone, voz, Lance Arnao, baixo, Aaron North, guitarra e Aaron Austin,
bateria. “Steps”
(2013), p/ DJs Pareja, duo de produtores e remixers
argentinos de Buenos Aires, Mariano Caloso e Diego Irasusta. “I Was Where Were You”
(2013), p/ DTCV (pronuncia-se “detective”), trio franco-americano formado em
2012 em Los Angeles
por The Lola Freakout, James Riot e Ringo.
no aparelho de televisão
“O foguete” (1983), programa da autoria de
António Sala, Carlos Paião e Luís Arriaga, transmitido cerca das 21:00 horas, aos
sábados na RTP 1, de 30 de julho até 1 de outubro de 1983. “Olhó foguete ó ó ó
/ Olhó foguete ó ó ó / Não vai à lua nem quer lá chegar! / Olhó foguete ó ó ó /
Olhó foguete ó ó ó / Toma o bilhete para ir e voltar!”. “Um
divertido programa de música e cultura portuguesa, apresentado por António Sala
(c/ a sua engraçada expressão: ‘Chiu! Calou! Deitou!’), Carlos Paião e Luís
Arriaga, gravado em 1983, no interior de um comboio. [Neste episódio] Luís
Mascarenhas e Raquel Almeida interpretam os sketches
cómicos. Os convidados são: João Maguy (mágico), o
grupo Heróis do Mar, Peter Petersen
(elemento do coro da canção ‘Playback’), João Maurílio (pianista), Artur Lucena
(poeta), e Vítor de Sousa (ator), Suzy Paula (cantora), Vasco Rafael (fadista),
e Belle Dominique (travesti)”. (Outro
Foguete desembarcara Américo Thomaz em Viana do Castelo). “Adventurer” (1987), série australiana
filmada na Nova Zelândia, transmitida cerca das 17:20, aos sábados na RTP 1, de
29 de agosto até 3 de outubro de 1987. Conceito do primeiro episódio em
Portugal: “o último e (invulgar) condenado levava para a cela do navio Success,
Jack Vincent (Oliver Tobias), um oficial naval demitido por ter desobedecido às
ordens recebidas. Na cela, encontravam-se já Pat Cassidy (Peter Hambleton) e
dois jovens detidos. Vincent descobre que o navio é comandado por um parente,
Harry Anderson (Paul Gittins), com o qual tem uma relação de ódio por razões
familiares e profissionais. Anderson resolve destruir psiquicamente Vincent,
mas este consegue organizar um motim com os outros detidos e conquistam o
navio”. Sinopse: “Jack Vincent, um aristocrata ex-capitão da marinha britânica,
forçado pelas circunstâncias a tornar-se contrabandista, é capturado e
transportado no HMS Success para a colónia penal na Norfolk Island, ao largo da
costa da Nova Zelândia. Infelizmente para Vincent, o comandante do navio não é
mais nem menos que o seu cunhado, o tenente Harry Anderson. Os dois discutiram
violentamente no passado sobre a forma como Anderson tratava a irmã de Vincent,
e agora Anderson submete-o a um particularmente duro e humilhante tratamento” [1].
“Stingray”
(1985-1987), produzida por Stephen J. Cannell, c/ Nick Mancuso “Ray, que vive
no sul da Califórnia, dedica o seu tempo a ajudar aqueles em aflição. O seu passado
é sombrio, tudo o que é dito sobre ele é que ele anuncia sub-repticiamente nos
jornais, ostensivamente oferecendo um ‘Stingray preto de 65, para troca apenas
para o parceiro certo’, e incluindo um número de telefone (555-7687). Aqueles
que desejam recorrer aos seus serviços, presumivelmente, sabem o verdadeiro
significado do anúncio por passa palavra, e telefonam-lhe a pedir ajuda. Não é
claro se ‘Ray’ é mesmo o seu nome verdadeiro, ou simplesmente uma alcunha que
ele retirou do carro que conduz, aquele descrito no anúncio. No episódio
piloto, ele diz que é um diminutivo de ‘Raymond’, mas não se torna claro se ele
está a ser honesto ou a usar um disfarce”.
___________________
[1] Outros
mares do “duo de indie rock formado em Toms River , New Jersey,
em março de 2008. O duo é composto pelo líder Brandon Asraf (baixo, voz) e John
Tacon (bateria, samples eletrónicos,
voz)”: Brick
+ Mortar → “Move
to the Ocean” (2011), c/ extratos dos vídeos “Christina by Lelyak Production”, “Sasha + Masha (Hot russian girls by
‘baLOVEstvo’ 2012)”, ou “Clams Casino // I'm
God”.
na aparelhagem stereo
O
baile mandado é a dança dos povos, livres, e para liberdade perliquitete, o
estado de ignorância é bênção e um imperativo geográfico. O capitão James Flint
(Toby Stephens): “Deve haver, pelo menos, uma hipótese em três de que o
horizonte continue despido e nunca mais vejamos o Andromache. É essa a verdade.
Mas que bem é que esse conhecimento faria a qualquer homem desta tripulação que
esteja a concentrar-se em fazer o seu trabalho? Esta tripulação precisa de
certezas e eu preciso do apoio deles, para atingir um objetivo, que vai ao
encontro do interesse de todos. Portanto, dançamos ao som da música. (…). Nunca
houve um César que não soubesse cantar” [1].
Pia
Zadora
sabia [2]. Porém, a sua luta pelo lugar ao sol esbarrou
com “o ressentimento, que é em sumo grau prejudicial ao doente” (“Ecce Homo”,
Friedrich Nietzsche), da crítica musical e pelo goto popular, “avançavam,
obscuros, na noite” (“Eneida”, Virgílio), e Pia Zadora passou como uma
personagem picaresca dos anos 80. Em 1984 modilhou Pia por Portugal.
Sábado, 28 de janeiro no Porto e domingo, 29 em Lisboa. Espostejou-a
o Diário de Lisboa: “petulante, atrevida, mais que ousada, foi lançada
definitivamente na película ‘The Lonely Lady’ (1983) [3], apoiada pelos muitos milhões do marido, um
sujeito chamado Meshulam
Riklis [4], que é considerado dono da 6.ª
fortuna mundial e 31 anos mais velho que a menina. Ele não tem qualquer dificuldade
em dar-lhe prendas como o avião particular em que chegou a Portugal para atuar
no Porto (no ‘Sábado Vivo’, 21:50 horas, na RTP 2, que tem como convidado
entrevistado Mário Dorminsky, o fadista José Freire, os Heróis do Mar e a
artista americana Pia Zadora) e amanhã, pela tardinha, ofuscar a concorrência a
Alvalade e às Antas, oferecendo os seus atributos físicos e alguma voz em ‘A
festa continua’ (de Júlio Isidro). Apenas com 1 e 55 de altura, 27 anos
declarados, criadora de ‘The
Clapping Song’ (1983), anda agora apresentando um 45 rpm que inclui ‘Rock It Out’ e ‘Give Me
Back My Heart’. Na segunda-feira volta a meter-se no jatozinho e tornará a Las
Vegas, certamente para os braços apaixonados de um marido que nada se importa
que os atributos da pequena sejam exuberantemente explorados”.
Na
década de 80, o gosto das funçanatas das esfolhadas, no campo, ou do cantor
romântico, nas cidades, tramitava. “O recorte do dia, é a tabela do top do programa ‘Rock em Stock’,
referente a junho de 1980. Interessante constatar que a maioria
dos 10 lugares do top foram ocupados
por álbuns da turma do punk
e da new wave. A começar pelo magistral ‘London Calling’ dos
Clash, que destronou os intragáveis Genesis. Outro pormenor engraçado é a inclusão
do 3.º álbum dos 999 no top, ‘Biggest Prize in Sport’
(1980), disco que nunca chegou a ser prensando em Portugal, somente saiu em
Portugal um single retirado do álbum,
‘Trouble’” [5]. A via punk
em Portugal. “Corriam os anos de 1978 e 1979, Paulo Ramos (guitarra) e Paulo
Borges (voz) [6] tinham acabado o liceu, haviam
passado um ano sem fazer nada no Serviço Cívico e acabavam de entrar para a faculdade:
o primeiro em História, e o segundo em Filosofia. Ouviam
então The Sex Pistols, The Clash, Damned, Television e Dr. Feelgood. Numa
conversa num dos corredores da Faculdade de Letras resolveram criar um grupo punk a que chamaram Minas & Armadilhas”. “Em
fevereiro de 1978 realizou-se a ‘primeira tarde’ punk em Lisboa, no Archote Clube no Arco do Cego em Lisboa. Foi uma
organização do António Sérgio, do Joaquim Lopes e do José Guerra com passagens
comentadas de vários discos de bandas de punk
rock inglesas, americanas e
francesas. Neste primeiro evento público de punk,
houve passagem de discos, mas ainda não houve atuação de bandas. As primeiras
reportagens sobre concertos de bandas punk
portuguesas remontam a 1978: em maio e junho na Música & Som (concertos dos
Faíscas no pavilhão de Os Belenenses e dos Aqui d’El Rock no Clube Atlético de
Campo de Ourique); em junho no jornal Pop Clube (fez capa com os Aqui d’El Rock
e os Faíscas); e em julho desse ano da revista Rock em Portugal”.
Nesse
ano, nasciam os Social Distortion “banda de punk
rock americana formada em 1978 em
Fullerton, Califórnia. (…) Entraram num hiato temporário a meados da década de
80, devido ao vício em drogas do vocalista Mike Ness e problemas com a lei, que
resultaram em períodos longos de internamento em vários centros de reabilitação,
que duraram dois anos” → “Machine Gun Blues” (2010): “Well I'm a gangster 1934 /
Junkies, Winos, Pimps & Whores / And all you men, women and kids / best get
out the way” [7], – vídeo c/ Hidalgo’s Brunette
Girl: Lacy Phillips e Hidalgo’s Blonde Girl: Dora Yoder,
1,68 m, 81-61-88, sapatos 37 ½, modelo de Los Angeles {site}.
Punk-Kecas, “formados
em 1995, são oriundos de Faro e percursores de uma geração punk hardcore, para a
qual se tornou referência de culto. [João Dias (Sonecas), voz, Pedro Laranjeira
(Laranja), guitarra, Francisco Aragão (Xico), guitarra, Bruno Augusto, baixo e
Armando Brito (Chibo), bateria]. Apostando nas letras em português e de ideal
niilista, fizeram assim passar a sua mensagem através dos concertos, sempre
energéticos e bem lotados. Em 1996, gravaram para a rádio Super FM uma maquete
com 3 faixas, das quais apenas uma (“Braços Cruzados”) seria tocada nas playlists da rádio. Essa maquete
manter-se-ia desaparecida até 2007, quando finalmente surgiu uma cópia completa
do master de estúdio em mp3. A banda
separar-se-ia em meados de 1999, mas regressaria aos palcos, com presenças
casuais em 2005, 2007, 2012 e 2013, sendo estas 3 últimas em concertos de
beneficência” → “Salazar”
(Cover de Xunga-Core): “Empurrei-o da cadeira / Foi fácil de empurrar / Eu
matei esse cabrão / Que se chamava Salazar // Morre Aníbal” ♫ “Pimba Kore”: “Pimba
pimba lavagem cerebral / Musica para otários made in Portugal / E o cabrão do
bico que te vai devorar / Fode-te os cornos e não te deixa pensar ♫ “Paxilfaro”: “Às vezes
fico tão anormal que pareço um Serenal // Paxilfaro // Rhoypnol, Prozac e
Dinintel para andar sempre pedrado quando não há papel // Paxilfaro”. Pé de Cabra, “grupo de Linda-a-Velha que nasceu a
partir das cinzas dos Antiporcos,
um outro grupo punk com alguma
história no movimento. Tiveram existência entre 1988 e 1996. Ensaiavam na
localidade de Sassoeiros numa garagem dividida com os metálicos Shrine. O grupo era
constituído por Mário (voz), Sarrufa (guitarra), Pudim (bateria), Luís Pedro
(baixo) e Alex (guitarra)”
→ “Discriminação” ♫ “Prostituição musical” ♫
“Aníbal”. Kaganisso, “nasceram em Alvalade, em Lisboa em 1990 e
deram por findas as suas atividades em 1994, logo imediatamente a seguir à
edição do seu primeiro e único álbum, ‘Princípio do Fim’ (1994)
pela Polygram. Durante a sua existência, venceram, em 1991, a 2. ª Edição do
Concurso Força Total à Música Nacional, organizado pela Rádio Super FM e
decorrido no Johnny Guitar. Já haviam
igualmente vencido, em 1990, o concurso de música moderna do Pavarte,
organizado pela Escola Secundária Padre António Vieira. O grupo era formado por
Miguel Pernes (guitarra), Bernardo Ribeiro (bateria), Pedro Careca (guitarra),
Rui (baixo) e Juja (voz). O som praticado era um rock mainstream que mais
não era que uma aproximação medíocre à música dos U2 de então ou aos espanhóis
Héroes del Silencio, tão em voga na época” → “O que me resta” ♫ “O que é feito?”.
___________________
[1] Na
pirática série de TV, estreada no mês de fevereiro de 2014, quartas-feiras
22:20 horas, no canal AXN, “Black
Sails” (2014). “1715. Índias Ocidentais. Os piratas da ilha Nova
Providência ameaçam o comércio marítimo na região. As leis de todas as nações
civilizadas declaram-nos hostis humani generis (‘inimigos da humanidade’). Em resposta, os piratas aderem
a uma doutrina própria… guerra contra o mundo”. Joviais tempos em que após
saque proveitoso marinheiros gritavam confiantes no prostíbulo: “Rum e pachacha
para todos!”. – Alguns diálogos sem pala nem perna de pau: Sanderson (Paul
Snodgrass): “Vai-te foder, pachacha”, Eleanor Guthrie (Hannah New): “Mandaste-me
foder? Sr. Scott, quem é este homem?”, sr. Scott (Hakeem Kae-Kazim): “O sr.
Sanderson. É da tripulação do capitão Burgess, do Trinity”, Eleanor: “De quanto
foi o último saque?”, sr. Scott: “Um lucro de quase mil. Foi o melhor saque em
meses”, Eleanor: “Bem, sr. Sanderson, é um prazer ter a sua companhia. Sabe
porquê? Porque é um ganhador. Sabe o que acontece quando estou perto de um
ganhador? A minha rata fica molhada. Assim sendo, vou mesmo foder-me”. Eleanor
mergulha dois dedos na caneca de cerveja induzindo-os como acendalhas desse ato
a). | Sra.
Mapleton (Fiona Ramsey): “Deste-lhe autorização, querida, temos de cumprir a
nossa palavra”, puta stressada (Melissa Haiden):
“Eu disse-lhe que ele podia pôr um dedo no meu cu, não três”, sra. Mapleton:
“Então, da próxima vez, cobra-lhe ao número”. |
Billy Bones (Tom Hopper): “E também o Christian Thoms, o Willy Robbins, o Jean
Dubois, aquele português sopinha de massa, como se chamava ele…?”. | Montando na posição cowboy reverse, Anne
Bonny (Clara Paget):
“Mas que raio, Jack. Está outra vez mole”, Jack Rackham (Toby Schmitz): “A
sério? Não reparei”, Bonny: “Então, queres que te enfie algo no cu?”, Rackham:
“Não, não obrigado”. Problemas económicos amoleciam-lhe a piça desaplicando-o
do sexo. Rackham: “Não temos qualquer plano, exceto este bordel de merda, que,
por algum milagre da economia parece incapaz de dar lucro”, Bonny: “Como é que
se pode ter aqui um bordel e não fazer dinheiro?”, Rackham: “Não faço ideia!” b). | Max (Jessica Parker Kennedy):
“Quem te pagou aquelas moedas? Foi o capitão Hollindale, que eu vi, a sair do
teu quarto, não foi? Um homem cujo único desejo é ser enrolado em tela,
enquanto mama nuns peitos gordos, sem leite, como um bebé? E o preço que sempre
cobrámos por maternalismos foi 20 peças, não 5”, Idelle (Lise Slabber): “Quem pensas
que estás a acusar? Uma punheta são 5 peças. O capitão Hollindale hoje só teve
tempo para um puxãozinho”.
–
a) A publicação do privado através da net matou simbologias que,
reacionariamente, persistem nos rituais de efusão partidária. Os dois dedos que
as mulheres do PSD, protérvias, brandem em alto, em baixo, enceram esses sicofânticos
dois dedos. Modelo: Dillan, de Los Angeles,
1,75 m, 81-60-81, olhos cor de avelã, cabelo castanho. Obra pictórica
ou cinematográfica: Dillian no LittleMutt ∆ Dillan no Little
Gray Guy ∆ Dillan Lee no
Sexy Models ∆ Dillan no Jizz Bomb ∆
Felicity no FTV Girls. Dillion no Karups ∆ no
Bangbus ∆ Dilion
no First Time Auditions ∆ Dillian
Lee no First Time Swallows ∆ Dillian
Lee no Porn.com ∆ Dillan
no Ron Harris Studio ∆ Dillian Lee
no Holly Café.
–
b) Alguns nomes desta série correspondem a
piratas verdadeiros como Anne Bonny, Jack Rackham, Charles Vane e Benjamin
Hornigold. “Outra pirata desses mares foi Anne Bonney, que era uma irlandesa
espampanante, de seios altos e cabelos fogosos, que mais de uma vez arriscou o
corpo na abordagem de navios. Foi companheira de armas de Mary Read, e
finalmente de forca. O amante, capitão John Rackam, teve também o seu nó
corredio nessa função. Anne, com desprezo, encontrou esta áspera variante da
censura de Aixa a Boabdill: ‘Se te tivesses batido como um homem, não te
enforcariam como um cão’”, Jorge Luis Borges em “História universal da infâmia”.
[2] Pia Zadora, 1,52 m, 86-53-86, sapatos
38 ½, olhos pretos, cabelo castanho, nascida Pia Alfreda
Schipani a 4
de maio de 1954 em Hoboken, New Jersey. Atriz-criança, estreia-se nas peças da
Broadway: “Midgie
Purvis” (1961) c/ Tallulah Bankhead, “a premissa é: uma mulher pueril de 50
anos abandona a sua desprezível família, disfarça-se de mulher de 80 anos e
torna-se babysitter. Ela acaba
corrompendo as crianças que cuida. Ensina-as a fumar e fumar. Pia tinha 7 anos
na época. Isso extravasou o palco também. Ela era selvagem. Pia ia ao seu
camarim e Tallulah dizia-lhe: ‘Toma, querida, dá um bafo nisto. Vai ajudar-te.
Vais sentir-te bem’. No palco, fumar consistia numa espécie de dispositivo de
soprar pó. Fora do palco, Tallulah tentava mostrar-lhe como era realmente feito
para que as pessoas acreditassem nela”.
Pia foi também substituta em “The
Garden of Sweet” (1961) c/ Katina Paxinou, apareceu em “We Take the Town” (1962) c/ Robert
Preston, uma versão musical de “Villa Villa”, e foi Bielke em “Fiddler on
the Roof” (1964-66) c/ Zero Mostel. No cinema interpreta a jovem marciana
Girmar em “Santa Claus
Conquers the Martians” (1964). “Pia casou com o empresário Meshulam Riklis
em 1977, quando ela tinha 23 anos e ele 54. Riklis costumava chalacear sobre a
diferença de idades. Quando ela engravidou, ele disse: ‘Graças a Deus! Agora,
terás alguém da tua idade com quem brincar’”.
Um esposo rico dá felicidade c) e a carreira
dela desencabrestou com “Butterfly”
(1982), uma história de ambição e incesto c/ Pia Zadora, Stacy Keach, Orson
Welles… música de Ennio Morricone. “A cena mais notória do filme foi a da
banheira, na qual, Jess Tyler (Stacy Keach) ajudava a sua sedutora filha a
tomar banho numa bacia de metal para relaxar após um dia de trabalho na mina. Enquanto
mergulhava nua na banheira, ela disse: ‘Sabe bem. Vai ser assim todos os dias?
Castigar o corpo e nada nos bolsos?’. Ajoelhando-se atrás dela massaja-lhe os
ombros (‘Isso sabe tão bem, Jess. Boas, boas mãos’), e então ele segurou e
apertou os fartos seios. Rapidamente larga-os. ‘Não está certo’, embora ela o
tranquilizasse como uma mulher adulta: ‘Sabe-me bem. Não te sabe?... está certo
se é bom’. Quando ele protestou: ‘Mas tu és a minha filha, Kady’, ela
acrescentou: ‘E também sou uma mulher’. Ela prende-lhe o braço debaixo de água
quando ele lhe acariciava entre as pernas, mas ele resistia ainda mais”. “Acabou
sendo um dos filmes mais vilipendiados da década. Porque (alegadamente) o seu
marido, Meshulam Riklis, convidou os membros da Imprensa Estrangeira de
Hollywood, que dão os Globos de Ouro, para o seu casino, o Riviera Hotel, em Las Vegas. E também os convidou
para a sua casa onde comeram do bom e do melhor, enquanto ele lhes mostrava o
filme, e Zadora acabou vencendo o Globo de Ouro para Nova Estrela do Ano (sobre
Kathleen Turner em ‘Body Heat’ e Elizabeth McGovern em ‘Ragtime’)”. Pia arrasou
Cannes em maio de 1982.
Na revista Oui de junho
1982. Aos 28 anos, cobriu o seu pudor com um patriótico cachecol para a Penthouse
outubro 1983, neste mesmo ano posou para o artista pop Andy
Warhol. Outra
digna obra desconsiderada: “Voyage of the Rock Aliens”
(1984), “o início do filme revela-nos alienígenas a escolher o seu próximo
destino a fim de extravasar a sua febre de rock
‘n’ roll. Depois de uma breve incursão num planeta habitado por motards vestidos de branco, à porrada ao
ritmo do imparável êxito ‘When the Rain Begins To Fall’ de Pia Zadora e
Jermaine Jackson, o alienígena ABCD (pronunciado ‘Absid’) e a sua tripulação
decidem visitar a cidade de Speelburg na Terra”.
–
c) “Vai Anna| Go Anna”: “O meu nome é Anna / E estou aqui a chorar / Saí do velório pro
meu marido enterrar / Estou muito triste / Mas não vou ficar assim / Quero me
mexer / E dar ainda mais de mim / Eu quero começar / Eu quero começar / Quero
mais da vida / O que quero é namorar / Quando eu era pequena / Minha mãe me
ensinou / Anna cresce linda / E arranja um homem bom / Que tenha dinheiro e que
te faça feliz”.
[3] Pia Zadora
resume: “Do romance de Harold Robbins. É uma história de uma rapariga e a sua
luta com Hollywood. É uma espécie de paródia do que se passa em Hollywood. Ela
casou-se e divorciou-se, engravida e tem um aborto, mete-se nas drogas, tem uma
relação lésbica e, finalmente, ganha um Oscar”.
[4] “Meshulam
Riklis foi pioneiro na aquisição alavancada (“leveraged buyout”) e títulos de
alto risco (“junk bonds”), e desenvolveu um talento notável para ações virtuais
(“paper trades”) entre várias companhias de sua propriedade, que os críticos
afirmam fez desaparecer as suas dívidas nos momentos oportunos. (…). Segundo um
relatório da Forbes de 2002, seis das maiores empresas controladas pela Riklis
Family Corp. declararam falência nos anos 90 e início de 2000, deixando dívidas
totais superiores a 2 mil milhões de dólares”. “Em 1987, Riklis e
Pia doaram 1000 dólares cada um para a campanha presidencial de Joe Biden”
[5] No over noticioso blog “Hoje
Há Punk Rock no Liceu”. “Mike Read, conhecido locutor / dj de rádio, que
passou muito do seu tempo de radialista na Radio One (BBC). Durante o período
do punkismo, Mike Read editou 3 singles,
um em nome pessoal, ‘Are
you ready?’, powerpop como linha
condutora, o single ostenta uma
fotografia do próprio à porta do Roxy Club. A segunda pedrada em forma de
vinil, foi já sob a chancela de Trainspotters, com o mui aclamado ‘High Rise’, tema que
figura em algumas coletâneas punk / powerpop. Uma música que teve como base
criativa o jingle do próprio
programa de rádio do Mike Read. Resultando num tema punk pegajoso, no bom sentido claro, um clássico da fornada de 79”.
Repartição do pão deste blog em som
& imagem no Canal
YouTube, Rock no Liceu, ou apenas som
“Keeping
up with the Drones” (1983), dos ingleses D.N.A.
[6] Editor do fanzine Estádio
de sítio.
[7] Nada está
seguro. “Um grupo satânico encomendou uma estátua do diabo, angariando o
dinheiro para pagar ao escultor, que não vai identificar-se, como uma forma de
protesto pela colocação de um monumento aos dez mandamentos no relvado da
Câmara de Oklahoma City. A estátua, que está a ser esculpida num estúdio em Nova Iorque , está
quase pronta, segundo Lucien Greaves, porta-voz do Satanic Temple. (…). A
estátua de Baphomet, ou Bode Sabático, uma figura que tem sido usada para
representar Satanás ao longo dos séculos, é feita de bronze derramado sobre um
molde de barro. Imagens fornecidas à FoxNews, mostram a hedionda figura
num trono, com crianças a sorrir, uma de cada lado. A organização de Greaves
procura forçar Oklahoma a permitir a colocação da sua estátua ou demonstrar o
que ele considera dois pesos e duas medidas inconstitucionais. As autoridades
de Oklahoma dizem que, não há nenhuma maneira no inferno, que a estátua de
Satanás alguma vez assuma posição no Capitólio”.
The Mars Volta → “Days of the Baphomets”: “Give me a
plague / Give me a plague / Make it blank / Nothing you own is safe”.