Povo sereno
Após ter veiculado que não conseguira identificar os
agressores à chegada ao hospital, por estes terem fugido, a PSP de Braga
esclarece que ‘a vasta maioria dos suspeitos’ estão referenciados.
Depois de, na madrugada de terça-feira, dois
enfermeiros e um vigilante terem sido agredidos no Hospital de Famalicão
por 15 acompanhantes de uma doente, o Comando Distrital da PSP
de Braga confirma ao Nascer do SOL que «a vasta maioria dos
suspeitos envolvidos nas agressões já se encontram referenciados por esta
Polícia». Como o i noticiou, trata-se de membros de uma
família de etnia cigana.
Nas primeiras horas após o ataque, soube-se que um dos
enfermeiros - atacado com uma barra ferro usada para suporte de soro e
que ficou com a cara ensanguentada, a cabeça partida e um rasto de sangue -
fora submetido a uma intervenção cirúrgica. Naquele dia, em comunicado, a PSP
afirmou que, à chegada ao hospital, «não foi possível identificar nem deter os
eventuais agressores, por os mesmos terem fugido do local» e indicou que, das
agressões, resultaram também «danos na porta de acesso ao respetivo serviço de
urgência».
Apesar de terem sido feitos progressos significativos,
o trabalho desta força de segurança não está terminado: «Informamos ainda, que
as diligências continuam em curso no sentido de identificar todos os autores
das agressões, de forma a que sejam criminalmente responsabilizados».
Ao i, Pedro Costa, presidente do Sindicato dos
Enfermeiros, referiu que «durante 45 minutos, o serviço de urgência do Hospital
de Famalicão foi tomado por 15 pessoas que fizeram o que entenderam. Isto põe
em causa a liberdade de todas as pessoas». Recorde-se que o dirigente apelou a
que a violência contra profissionais de saúde seja considerada crime público,
um repto repetido ao Governo nos últimos anos, a cada caso violento de agressão
que vem a público, por médicos e enfermeiros e que em 2020 já tinha sido objeto
de uma petição lançada por um grupo de médicos para que fosse tipificado este
crime específico.
Esta agressão foi considerada a mais
violenta de que há registo no SNS e, por isso, Pedro
Costa descreveu como «extremamente chocantes» as imagens que mostram o estado
em que ficou o colega espancando por uma família de etnia cigana, por ter sido
recusado atendimento imediato na urgência sem ser preenchida a ficha de
inscrição.
Depois dos primeiros trabalhos em 2019 (quando
surgiram ideias como botões de pânico, por implementar na maioria dos serviços)
e já em 2020, quando foi nomeado um coordenador de segurança para o Ministério
da Saúde, o novo Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde
entrou em vigor no dia 6 de janeiro.
Fonte: Sol, 25 de fevereiro de 2022
No quadro de justiça moderno, da justiça
seletiva, uma coisa é certa, nada acontecerá, gastar-se-á algum dinheiro do
contribuinte em juízes, advogados, acólitos e papel, mas, no final, reo ad praemium.
Etiquetas: ciganos, justiça portuguesa, violência
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