Combate à glorificação do nazismo volta a não ter o apoio de UE e NATO
A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução a favor do
combate à «glorificação do nazismo e do neonazismo». Portugal, tal como os
demais países da União Europeia e da NATO, votou contra.
A resolução intitulada «Combater a glorificação do Nazismo,
Neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas
contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância
relacionada» foi apresentada pela Rússia, em conjunto com outros países.
O documento foi aprovado, esta quinta-feira, na Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas, com 120 votos a favor, 50 votos contra
e dez abstenções, segundo revela o gabinete de imprensa do organismo
multilateral.
A
resolução, que é apresentada anualmente pela Rússia, desta vez foi também coescrita
por África do Sul, Azerbaijão, Bielorrússia, Cuba, Guiné Equatorial, Laos,
Mali, Nicarágua, Paquistão, República Centro-Africana, República Popular
Democrática da Coreia, Síria, Sudão, Venezuela e Vietname.
O texto expressa «profunda preocupação sobre a glorificação,
sob qualquer forma, do movimento nazi, do neonazismo e de antigos membros da
organização Waffen-SS».
Essa preocupação também abrange a «construção de monumentos
e memoriais», assim como a «celebração de manifestações em nome da glorificação
do passado nazi, do movimento nazi e do neonazismo» – algo que ocorreu nos
últimos anos, de modo frequente, em países como a Ucrânia, a Letónia, a
Estónia, a Lituânia e a Polónia.
Os autores do texto alertam ainda, com «profunda
preocupação», para «o aumento da frequência das tentativas de profanação ou
destruição de monumentos erguidos em memória daqueles que lutaram contra o
nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, assim como dos casos de exumação
ilegal ou trasladação dos restos mortais dessas pessoas».
A resolução «encoraja os estados a desenvolver e a
implementar planos de ação nacionais para eliminar o racismo, a discriminação
racial, a xenofobia e as formas relacionadas de intolerância», de modo que,
entre todos, se possa monitorizar o fenómeno do «nazismo, neonazismo e negação
do Holocausto».
Fonte: Abril, 17 de dezembro de 2022
Etiquetas: guerra américa rússia
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