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quinta-feira, fevereiro 23, 2023

O eixo fascista Estados Unidos – Ucrânia (2)

Controlo sobre o governo

Atualmente o Azov tem experiência de combate, acesso ilimitado a armas ligeiras e apoiantes em todos os níveis dos corpos militares e do governo da Ucrânia. Não se trata simplesmente de uma milícia; transformou-se numa organização político-militar capaz de controlar o governo de Kiev. O grupo reforçou-se há dois anos quando pôs nas ruas da capital mais de dez mil milicianos exigindo que o governo respeitasse as suas orientações, caso contrário sujeitar-se-ia a um golpe de Estado.

“Com a sua experiência militar e as suas armas, o Batalhão Azov tem capacidade para chantagear o governo e enfrentar qualquer oposição; os seus membros dizem abertamente que se o governo não seguir uma orientação compatível com a sua será derrubado”, afirma Ivan Katchanovski, professor de ciência política da Universidade de Otava (Canadá) e especializado na extrema-direita ucraniana. “Atualmente”, acrescentou, “os grupos fascistas são mais fortes na Ucrânia do que em qualquer outro país do mundo; mas tal realidade não surge na comunicação social do Ocidente, porque essas organizações são encaradas como parte da execução da agenda política contra a Rússia”.

As revelações sobre a colaboração entre os supremacistas brancos norte-americanos e milícias nazis armadas pelo Pentágono acrescentam novo e escandaloso capítulo à história que remonta aos anos cinquenta do século passado, quando a CIA reabilitou vários colaboradores nazis ucranianos como ativos agentes anticomunistas, em plena Guerra Fria.

É uma história quase inacreditável, mas que expõe um eixo do fascismo estendendo-se através do Atlântico e que liga Kiev aos subúrbios da Califórnia banhados pelo sol, onde nasceram alguns dos mais violentos gangs da moderna supremacia branca.

Em outubro o FBI deteve cinco membros do RAM: Robert Dundo, Benjamin Drake, Daley Michael, Paul Lirelis e Aaron Eason. Foram acusados de “usar a internet para incentivar, promover, participar e organizar tumultos” de Huntington Beach a Berkeley, na Califórnia. Quatro outros membros foram presos por alegada participação no motim de Charlottesville, na Virgínia, no qual uma contramanifestante, Heather Heyer, foi assassinada por um supremacista branco.

Fonte: CDU Soure, 28 de novembro de 2018

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