O país está desvirilizado e enveredou por comportamentos anómicos (tl;dr)
O bom país, habitado pelo bom povo, é aquele que estende oportunidades de um futuro com mais prosperidade a todos os cidadãos, todos sem exceção, o que suscita o problema de nivelamento democrático: que fazer com aqueles portadores de cheque genético careca, os sem inteligência natural, as pessoas jeitosinhas? Essas safam-se em nome da igualdade na política [1]. Colam cartazes, acenam bandeiras, distribuem propaganda, fazem número, aplaudem, gritam Muito Bem! dançam com cadeiras, trepam aos gabinetes, amigam-se aos certos. E, com esta abertura fácil, saltam do ministério para os cargos bons, com dinheiro bom ao fim do mês, são eles: Director, Fiscal Affairs Department, Director of the Country Studies Branch at the Economics Department of the OECD, United Nations High Commissioner for Refugees, President of the European Commission, Non-executive director, consejero independiente… [2] Contudo, a coisa pública em si não é um deserto de rendimentos, um pantanal de pobreza, apraz uma pessoa frugal, que favoreça um hambúrguer de vegetais com alioli e azeitona preta em prejuízo da mariscada de percebes, amêijoas, ostras, sapateira e camarão cozido servida com as tradicionais tostas e maionese. No global, o cargo político é semi-lucrativo, dá para a vidinha. Para a viver, os titulares, votaram na casa da democracia em 1985 um petit rien para dignificar a classe política, uma subvenção mensal vitalícia [3].
Na política ele foi secretário de
Estado de Portugal das Finanças do IV Governo Constitucional Português
(1978-1979) e do Governo Português VI Constitucional (1980), o deputado /
membro do Parlamento Português (PSD) nas eleições legislativas que tiveram
lugar entre 1980 e 1995, e secretário de Estado do Orçamento de arquivo VII,
VIII e IX Governos Constitucionais portugueses 1981-1985. Alípio Dias recebe o
seu direito adquirido [4]. Alípio Dias justifica:
«Eu desconfiava é de quem abdica. Será que quem abdicou teve sempre um
comportamento exemplar? (…). Quando fiz campanhas eleitorais não me pagaram
a gasolina ou os arranjos do meu carro», conta. Disse ainda que quando foi
secretário de Estado era o pai que lhe pagava a estadia em Lisboa. «Dei muito
de mim à política e não tive direito nem a uma medalha de cortiça», lamenta,
acrescentando que no seu tempo não era preciso um código de ética. «A
ética estava em nós. Não havia isto de andar tudo a comer à conta», afirmou.” Alípio Dias para desviar as atenções de que a
carreira política é lucrativa, e os gastos apenas um investimento no futuro,
faz política, baralha lucros com louros, e lança a lama da desconfiança sobre
Marques Mendes que abdicou.
“São 330 os políticos portugueses
que têm direito à subvenção vitalícia, mas só cerca de 200 é que recebem esta
prestação criada há 31 anos para compensar os titulares de cargos políticos,
como deputados e ex-governantes, pelo tempo que dedicaram à causa pública. No
topo da lista da Caixa Geral de Aposentações (CGA), divulgada pela primeira vez
e reproduzida pela revista Visão, estão os ex-governadores de Macau, Rocha
Vieira e Carlos Melancia. O primeiro tem direito a uma subvenção de 13 607
euros (brutos), mas está com redução parcial, enquanto Carlos Melancia recebe
9727 euros. Os antigos primeiros-ministros António Guterres, José Sócrates e
Santana Lopes constam da lista, mas só um recebe o valor na íntegra: Sócrates
com 2372 euros (tem a subvenção há dois meses). Guterres, candidato à
ONU, tem direito 4138 euros, mas está a receber parte desse
montante, uma situação que se aplica nos casos em que exista exercício de
atividade privada, incluindo atividades liberais. Já o provedor da Santa Casa
da Misericórdia, Santana Lopes, a quem foi atribuído 2199 euros, está com o
pagamento suspenso (redução total, por exercer função pública remuneradas). Aos
ex-chefes de governo juntam-se deputados, ex-deputados, autarcas, líderes
partidários e ex-presidentes da Assembleia da República. Entre estes últimos,
Barbosa Melo é o que tem a reforma vitalícia mais alta: 4296 euros. Segue-se
Assunção Esteves com 3432 euros e Mota Amaral, com 3115 euros. Jerónimo de
Sousa (2282 euros, com redução total), Manuel Alegre (3052), Maria de Belém
(2372, com redução total), Rui Rio (1379, com redução total), Adriano Moreira
(2685 euros, redução parcial), Bagão Félix (2030, com redução total), Leonor
Beleza (2566 euros, suspensos por presidir à Fundação Champalimaud), Carlos
Carvalhas (2819), Duarte Lima (2289 euros), Armando Vara (2014 euros, com
redução parcial) são alguns dos nomes que constam na lista. Segundo a CGA, o
atual conselheiro do Presidente da República Marques Mendes é o único que suspendeu
por iniciativa própria a reforma de 3311 euros a que tinha direito.”
1984. Segunda-feira,
30 de abril. “Na etapa da manhã da Volta do Algarve, [Marco Chagas venceu os 77
quilómetros em 1h 53m e 40s], desenrolada entre Faro e Quarteira, a cerca de
300 metros da meta, aconteceu um tremendo percalço: um cão meteu-se entre os
ciclistas que, em pelotão compacto, sprintavam para o risco branco. Vários
corredores desequilibram-se, alguns chegaram a cair (caso de António Palma, do
Tavira, que foi suturado com 13 pontos no queixo) mas o que iria mas sofrer
seria o chefe dos «leões» que, neste regresso às estradas e ao ciclismo
português, já envergava a camisola amarela: embatendo no chão, sofreu uma
fratura do parietal direito, com hematoma epidural. Porém, ainda que
extremamente abalado, quase inconsciente, Agostinho foi novamente colocado
sobre o selim da sua bicicleta e, apoiado por José Amaro e Benjamim Carvalho,
concluiu a tirada, sem que se tivesse uma perfeita noção da gravidade do seu
estado físico. O médico da turma de Alvalade (Dr. Artur Lopes) providenciou
imediatamente o transporte de Joaquim Agostinho do hospital de Faro, onde foi
detetado forte traumatismo craniano e aconselhado o transporte para o hospital
lisboeta de Santa Maria. (…). Por impossibilidade de qualquer helicóptero ou
avião trazer imediatamente o grande campeão (parece que por dificuldades com o
estado do tempo) a viagem teve de efetuar-se em ambulância dos bombeiros de
Faro que, excecionalmente (e apesar do péssimo estado das nossas estradas)
percorreram 300 quilómetros em pouco mais de três horas. Agostinho chegaria,
afinal ao hospital da CUF, perto das 19 horas: depois de observado deu imediata
entrada na sala de operações, onde se submeteu a difícil e demorada intervenção
cirúrgica, uma vez que o ciclista tinha afundamento do tecido ósseo. Depois da
operação (efetuada pela equipa dirigida pelo professor Lobo Antunes) soube-se
que a intervenção correu bem, mas o prognóstico é extremamente instável,
sujeito a todas as variantes. São precisas 48 horas para se conhecer a reação
do atleta. (…). Pouco depois, mais uma notícia: Agostinho encontrava-se em
estado de coma profundo, não reagindo a qualquer estímulo. Sem respiração
espontânea, respira através de um ventilador e continua com outros problemas, inclusive
de ordem cardíaca.”
Quinta-feira,
10 de maio. “Era um campeão: morreu como um campeão. Esta manhã, pelas 09h37, desapareceu
do mundo dos vivos Joaquim Agostinho, o nosso maior ciclista de todos os
tempos. Vítima de uma queda quando disputava a Volta ao Algarve e estava a 300
metros da meta da Quarteira, o campeão nascido em Brejenjas a 7 de abril de
1943 passou um labiríntico itinerário desde o instante do acidente (10h45) até
dar entrada no hospital lisboeta da CUF, pelas 19h30, já em estado de coma
profundo: situação que se alongou por 230 horas e 7 minutos. Uma paragem
cardíaca terminou a carreira do homem que anos a fio, foi campeão de Portugal,
cinco vezes vencedor da nossa Volta (em duas posteriormente desclassificado por
doping), senhor de um palmarés
invejável, com 14 presenças na Volta a França e dois terceiros lugares (1978 e
1979). Casado com Ana Maria Agostinho, pai de Miguel e Ana Sofia, o atleta
tinha à cabeceira a mulher e o irmão Alfredo quando foi clinicamente
considerado como morto.”
Sexta-feira,
11 de maio. “O funeral de Joaquim Agostinho saiu ao princípio da tarde da
Basílica da Estela, por onde passaram, desde o meio da tarde de ontem, milhares
de pessoas que quiseram manifestar um gesto de despedida ao campeão a quem foi
tão inexoravelmente roubada a vida. [Foi o 6.º desportista de primeiro plano a
morrer tragicamente, a seguir a Francisco Lázaro (maratonista), Ribeiro da
Silva e José Zeferino (ciclistas) e Pepe e Pavão (futebolistas)]. Morto,
Agostinho ainda passou a caminho do cemitério torrejano de Silveiras, diante do
estádio do Sporting, o clube em que jurara terminar a carreira. O presidente da
República e o primeiro-ministro também estiveram, esta manhã, na Basílica da
Estrela. Entretanto, a autópsia, cujo resultado foi divulgado permitiu apurar
que Joaquim Agostinho acabou por sucumbir, ontem de manhã, a uma embolia pulmonar.”
Sábado 12 de maio. “Ficará para a história que, ainda na Basílica da Estela, o
presidente Ramalho Eanes chorou e a sua mulher (a Dra. Manuela Eanes)
comungou. Que também ali estiveram Mário Soares e quase todo o governo,
dezenas de deputados, governadores civis e presidentes de Câmara, dirigentes
desportivos de todos os símbolos. Mas, foi sobretudo a boa gente anónima que
desejou espreitar pela última vez o rosto tisnado do atleta, repousando para
sempre. O cabelo rapado (fora necessário para a operação), um grande lenho no
lado direito do crânio, os resultados da embolia pulmonar visíveis na face a
escurecer. Mas todos queriam tocar, beijar, derramar sobre o caixão uma
lágrima. Amália, Carlos do Carmo, Manuel de Almeida, Paco Bandeira,
Rodrigo, uma torrente de artistas por ali desfilou. Vedetas das pistas ou dos
estádios foram aos punhados: Adília Silvério, Raposo Borges, Fernando Mamede.
Nomes do futebol eram aos montes: desde Fernando Cabrita a Manuel Fernandes, de
Manuel Vasques a Jorge Vieira. (…). Depois, foi o pequeno itinerário até ao
estádio de Alvalade: paragem na porta 10-A, que milhares de vezes Agostinho
ultrapassou com aquele seu ar risonho e traquina que ninguém quer esmaecer na
memória. (…). Em Pinheiro de Loures foi o engrossar da caravana: uma loucura.
Já então se sabia que o futebol português guardará esta semana um minuto de
silêncio em todos os campos. Que o espanhol Juan Antonio Samaranch (presidente
do COI) enviará telegrama de pêsames do Comité Olímpico Internacional. Que, em
três enormes carros e no interior de um autocarro, seguiam 226 ramos ou coroas
de flores: só a do Benfica custou 40 contos. (…). São 16h14: estamos
junto da casa de Agostinho. Uma paragem, a última do campeão. Os pais dele
dão gritos lancinantes. (…). O pároco Francisco Pitinha daria a comunhão a
centenas de pessoas e faria o elogio fúnebre de Agostinho, «esse grande e leal
amigo que, com o seu dinheiro, contribuiu para tantas boas obras como foi o
erguer desta igreja». (…). Agostinho entrou às 17h28 na igreja. O antigo atleta
olímpico António Faria inclina a bandeira do Benfica. Bombeiros fazem guarda de
honra. Ana Maria continua a chorar: a família é o eco. João Roque, Emiliano
Dionísio, Vítor Rocha, Leonel Miranda, António Marçalo: o adeus ao amigo
companheiro de profissão. Os sinos dobram. Orlando Alexandre, mais
homens da bicicleta: toda a gente da Volta. O corpo de Agostinho entra no
cemitério entre toques de sirenes: são 18h48, o desfile junto à urna é
interminável. Finalmente (eram 19h50) o coveiro deita a primeira pá de terra na
cova da sepultura 150 do cemitério de Silveira, ali para os lados de Torres
Vedras.”
Sábado 12 de
maio. “Mas, o incrível sempre acontece: aproveitando toda a família de
Agostinho estar fora de casa (a velar o cadáver) a vivenda do campeão foi
assaltada. Roubaram a mobília de quarto, televisões, máquina de lavar roupa:
tudo o que foi possível carregar numa camioneta. Só que ao partirem um vidro,
houve alguém que se feriu: e foi porque um rapaz apareceu no hospital de Torres
a fazer tratamento a um golpe numa mão que a polícia em menos de um fósforo,
deitou a mão aos dois jovens casais que tinham devassado a casa de Ana Maria.” [5]
Quinta-feira,
3 de maio. “No pacato lugar de Chaves, freguesia de Novelas, no concelho de
Penafiel, aconteceu o insólito: o ajudante de motorista António Marques Pinto,
de 33 anos, casado e pai de um rapaz de 8 anos, meteu-se numa casa que anda a
construir no referido lugar e extraiu a si próprio um testículo, ao
que dizem, «para reprimir o desejo sexual». Ao tomar conhecimento do
sucedido – António Pinho já vinha anunciando esse propósito há algum tempo -, a
mulher ficou aflita e pediu auxílio a vizinhos e familiares, visto que, após a
«intervenção», o ajudante de motorista ficou a sangrar abundantemente.
Compareceram, então, os bombeiros e a GNR de Penafiel, mas António Pinho
negou-se a sair de casa, alegando que ninguém tinha o direito de o forçar a ir
ao hospital. «Eu resolvo o problema sozinho», teria dito o ajudante
de motorista, e a verdade é que já hoje o viram a trabalhar num campo que fica
contíguo à sua residência. Os vizinhos de António Pinho não falam de outra
coisa e recordam que, já em tempos, o ajudante de motorista ficou com os dedos
de uma mão «meio esfacelados e ele coseu-os sem ir ao hospital» e, além disso,
não raras vezes «extraiu quistos a si próprio». Resta acrescentar que António
Pinho guardou «religiosamente» o testículo extraído, metendo-o num frasco
com álcool que a mulher exibiu aos bombeiros e à GNR para dar mais força aos
seus apelos de auxílio.”
“Na Polónia
como em muitos outros países. Foi no sábado, 5 de maio, no Pavilhão dos Congressos, em Varsóvia, que Magdalena Jaworska, 22 anos, estudante universitária, foi eleita Miss
Polónia 84. Magdalena preparar-se-á, a partir de agora, para o concurso de Miss
Mundo, a realizar em finais deste ano, em Londres (venceu Miss Venezuela Astrid Carolina Herrera
Irrazábal).” Eleição Miss
Polónia 84, resultados:
primeira dama de honor – Joanna Karska; segunda dama de honor – Elżbieta Mielczarek; Miss
público – Magdalena Jaworska; Miss cénica – Elżbieta Mielczarek; Miss fotogenia
– Magdalena
Szczepańska; Miss
simpatia – Magdalena Jaworska. Ignorando-o, Magdalena
Jaworska integrará a lista das rainhas de beleza que morreram tragicamente. Magdalena Jaworska-Przychoda, nascida a 3 de junho
de 1961, em Varsóvia, falecida a 26 de julho de 1994. Miss Polónia 1984, miss
Público, miss Simpatia, estudante de Filosofia. Após um ano de reinado e a
transferência da coroa era casada e tinha um filho. Em seguida, escreveu uma
tese sobre o conceito de liberdade em Sartre, e formou-se. Trabalhou como
jornalista, editora, designer de moda. Foi presidente da empresa de moda Miss
Top. Por um curto período de tempo conduziu o programa de notícias Turbo. Em
1990 lançou a sua autobiografia «Para
ser ou não ser Miss». Morreu
tragicamente eletrocutada consequência de um secador de cabelo que caiu durante
o banho. Foi enterrada em 29 de julho de 1984 no cemitério Powązki em Varsóvia.”
Quarta-feira,
9 de maio. “Ângelo Correia parte de um princípio: «o sistema está a
deteriorar-se progressivamente, a democracia está em perigo!». Baseia o seu
diagnóstico no facto da atual coligação não ter, ou não parecer ter, «nenhum
modelo nem ideia de poder». «Mais precisamente, não definiu e aplicou com rigor
um modelo e uma ideia de poder». Para o ex-ministro da Administração Interna, a
democracia também está em perigo porque «o vazio de ideias» é de tal modo
acentuado que «quem comanda é a inércia da burocracia». O vazio de ideias e a
burocracia tentacular fazem com que «a orientação venha de baixo em vez de
cima», declara perentório um Ângelo Correia «pouco interessado» em participar
numa «política de beco sem saída». O homem que ainda há dias afirmava que «em
certos domínios, o executivo manifesta uma certa quebra na esperança que os
portugueses tiveram», vai agora um pouco mais longe: «há falta de decisão
política e de coragem por parte do governo» e «em vez de avançar, está parado o
barco do Bloco Central num mar encapelado e repleto de tubarões». (…).
«Portugal está, a nível de valores e de ideias numa encruzilhada perante si
próprio. Para tentar sair dessa situação necessita, para já, de um debate
nacional que ponha o país a refletir». (…). O PSD terá também, segundo a ótica
de Ângelo Correia, «de pensar o porquê da sua presença no poder». Obrigação
tanto maior quanto é certo, que «perante o vazio de ideias e aviltamento generalizado,
o país está desvirilizado e enveredou por comportamentos anómicos». Neste
quadro, Ângelo Correia não encara com bons olhos que o PSD fique de braços
cruzados. «Estar no poder para não mudar, não vale a pena». (…). Ângelo Correia
diz que o Bloco Central não foi capaz de «explicar o porquê da austeridade,
não apontou o caminho da cura». «Também não foi capaz de corrigir o
Estado tentacular, o Estado tutor que desestimula e mata o cidadão (…) nem de
tomar medidas que permitam o retrocesso da crise social que o país está a
viver». (…). Para ele, que se diz mais interessado nos problemas do país do que
no regresso ao executivo «não há nenhum aliciante em participar na política de
beco sem saída que está a ser seguida pela fórmula governativa em vigor».”
____________________
[1] Tange a guitarra Luís Marques Mendes. “Além disso,
continuou, é preciso pensar o regime remuneratório dos políticos, porque «o
barato sai caro». Ou seja, ao pagar-se «pouquinho a um governante», podem
conseguir-se atrair pessoas «jeitozinhas», «mas já não são os melhores». Contudo,
ressalvou o antigo líder do PSD, também não se trata de «passar do oito para o
80» e introduzir «salários milionários», porque «a política não é um sítio para
enriquecer».”
[2] “A filial que nomeou [Paulo Portas] conselheiro tem a
sua sede em Madrid e foi criada em junho de 2014, quando a mexicana sai do
capital da Repsol, e mudou para Espanha duas holdings, até então sedeadas no paraíso fiscal das ilhas Caimão,
que concentram boa parte da sua atividade de venda e comercialização de gás a
nível internacional. Naquela época, a 6 de junho de 2014, numa visita a Lisboa
do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, a Pemex subscreveu um memorando de
entendimento com a portuguesa Galp «relacionado com a troca de informação e/ou
desenvolvimento de projetos», segundo a Pemex. O conteúdo desse acordo foi
declarado «confidencial» pela Pemex há um ano. Não estará aberto ao público até
outubro de 2026.”
[3] “Em outubro de 1984, o Governo de Soares e Machete
avançaria com a proposta de lei 88/III que, após várias alterações, acabaria
por ser aprovada no Parlamento com os votos favoráveis do PS e do PSD, dando
origem ao primeiro «Estatuto remuneratório dos titulares de cargos políticos»
(Lei n.º 4/85, de 9 de Abril). (…). É no artigo 24º do diploma que aparece o
direito à Subvenção mensal vitalícia. Quem pode receber? «Os membros do
Governo, os deputados à Assembleia da República e os juízes do Tribunal
Constitucional que não sejam magistrados de carreira têm direito a uma
subvenção mensal vitalícia desde que tenham exercido os cargos ou desempenhado
as respetivas funções após 25 de abril de 1974 durante 8 ou mais anos,
consecutivos ou interpolados». Em 1995, estes 8 anos passaram a 12 por
iniciativa do Governo de Cavaco Silva. No entanto, este acrescentaria ao rol de
beneficiários «Governador e secretários adjuntos de Macau». Foi António Almeida
Santos (PS), (…), que defendeu a proposta do Governo na Assembleia da República
(AR). Na altura era ministro de Estado. O seu argumento central a favor do
estatuto dos políticos foi: «O que eu entendo é que se estamos à procura de uma
oportunidade para dignificar a classe política, para também fazer justiça à
classe política, para termos uma classe política ao nível das outras
democracias, às quais queremos pertencer e emparelhar no âmbito da CEE, se
assim é, se queremos ultrapassar a fase do amadorismo, a fase do
biscate, a fase de estarmos aqui um bocadinho e irmos fazer uma minuta ou
acabarmos de assinar um projeto, se é essa a nossa conceção de classe política
nunca mais teremos democracia em Portugal», reza o diário do Parlamento, que
relata a sessão de 7 de dezembro de 1984. Perante os ataques de vários
deputados do PCP (José Magalhães, Carlos Brito) e de Raul de Castro (MDP/CDE),
que questionaram por que razão o Governo não iria ser tão generoso com os
restantes trabalhadores portugueses, Almeida Santos ripostava: «Quanto a saber
se vamos aumentar todas as camadas da população ao nível dos europeus, já
referi que mesmo depois desta correção ainda ficamos abaixo dos níveis
europeus. Também já disse que a classe política é a classe política e o
resto do País é o resto do País».”
[4] Biografia de um vulto nacional. “Houve três sinais
que alertaram Alípio Dias, se não para a revolução, para que qualquer coisa aí
vinha. O primeiro episódio passou-se quando tinha apenas 12 ou 13 anos e foi
encontrar-se em Lisboa com o pai, chegado de uma estada em Angola e Moçambique.
As histórias encadeiam-se umas nas outras e o economista acabou por ser o único
homem do Norte a participar no almoço de 27 de abril, na Cova da Moura, onde o general
Spínola traçou o futuro do país. Entre 1974 e 1984 foi responsável pelo fecho
das contas do Estado e em 83 negociou com o FMI um empréstimo de 650 milhões de
dólares a Portugal. Garante que houve concessões que não foram feitas e não
percebe porque é que hoje há de ser diferente, a não ser pela mediocridade dos
negociadores.” “No 25 de Abril era diretor do jornal Comércio do
Porto. Tinha alguma ideia do que estava para acontecer? Deixe-me ir um pouco
atrás para explicar uma série de sinais que fui juntando e que me levaram a
perceber que alguma coisa estava para acontecer, embora não soubesse o quê. O
primeiro foi quando o meu pai, que tinha uma casa comercial, regressou de uma
ida a Angola e a Moçambique. Eu teria 12 ou 13 anos, já não o via há dois meses,
e pedi para ir encontrá-lo a Lisboa. E ele disse--me: «A viagem correu muito
bem, venho muito feliz. De facto, Angola e Moçambique são países muito ricos.
Agora, digo-te uma coisa, são grandes e ricos demais para serem governados do
Terreiro do Paço». Esta foi a primeira coisa que me abriu os olhos e ficou a
fervilhar, porque um puto também fica a fervilhar. Qual foi a segunda? Teria aí
uns 15 ou 16 anos. Li o «Império Ultramarino Português», de Henrique Galvão
[capitão do exército e inspetor da administração colonial] e Carlos Selvagem
[militar e jornalista], mas fiquei particularmente fascinado com o volume sobre
Angola. O terceiro episódio foi um artigo do L’Express, de Edouard Bailby,
correspondente em Lisboa, já em fevereiro de 74, «L’Armée au Portugal commence
à bouger».”
[5] Os bons métodos perduram. “Liam jornais locais para
saber dos funerais, casamentos e festas. Era assim que, durante um ano e meio,
escolhiam os alvos a assaltar nos distritos de Braga, Viana do Castelo e
Porto. Ontem, no julgamento em Braga, um dos 16 arguidos, acusados de 43
furtos, confirmou o esquema. «Víamos os jornais para saber os funerais e íamos
fazer as casas», disse Joaquim Moreira, de 25 anos, conhecido pela alcunha de «Puto».
Participou em mais de 20 assaltos em casas, escolas, juntas de freguesia e
também estabelecimentos comerciais. Os 16 arguidos – entre os quais três
mulheres que recolhiam informações sobre os donos das casas – têm idades entre
os 55 e os 25 anos. Cinco estão presos, por crimes entre fevereiro de 2013 e
outubro de 2014. No assalto a uma moradia em Braga, foram apanhados a tentar
furtar 220 mil euros de um cofre”, em Correio da Manhã, 03-09-2015.
na sala de cinema
“Sgt. Pepper's Lonely
Hearts Club Band” (1978), real. Michael Schultz, c/ Peter Frampton,
Barry Gibb, Robin Gibb, Maurice Gibb … estreado quinta-feira, 10 de abril de 1980
no Império. “O filme foi produzido por Robert Stigwood, fundador da RSO
Records, que tinha anteriormente produzido «Saturday
Night Fever». A RSO
Records também lançou a banda sonora do filme «Grease» em 1978, que tinha produção de Barry Gibb e Peter
Frampton tocava guitarra solo na faixa-título. Em 1976, os Bee Gees gravaram
três canções dos Beatles, «Golden Slumbers / Carry That Weight», «She Came In Through the Bathroom
Window» e «Sun
King» para o documentário musical «All This and World War II».” Enredo: “Mr. Kite (George Burns), o presidente da Câmara
da sadia cidadezinha de Heartland, narra a história da célebre filarmónica
local, a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que trouxe felicidade através
da sua música, causando até que as tropas da Grande Guerra interrompessem o
combate. Quando o líder da banda morreu em 1958, deixou os instrumentos mágicos
à cidade e, desde que eles permaneçam em Heartland, as pessoas viverão felizes
para sempre. A Câmara guarda os instrumentos e é encimada por um Catavento Meteorológico
Mágico em forma de trompetista que prevê bons e aziagos acontecimentos. O líder
da banda deixou o seu legado musical ao neto, o formoso e bondoso Billy Shears
(Peter Frampton), que formou a sucessora da Sgt. Pepper com os seus melhores
amigos, os Henderson (The Bee Gees). O ciumento e pesetero [1] meio-irmão de Billy,
Dougie (Paul Nicholas), trabalha como empresário da banda.” Contexto: “Em 1978, tanto os Bee Gees como Peter
Frampton tinham alcançado o estatuto de megaestrelas, vendendo milhões de
discos, com as caras estampadas nas capas das revistas por todo o lado, e
tocando concertos esgotados nas salas de espetáculo em todo o mundo. O céu era
o limite, e eles alcançaram-no. Infelizmente, não havia lugar para ir, exceto
para baixo. O agente dos Bee Gees, Robert Stigwood, congeminou um plano para um
filme baseado (ainda que muito vagamente) no lendário álbum dos Beatles, «Sgt.
Pepper's Lonely Hearts Club Band». Escolhendo os seus clientes e Frampton como
vedetas do filme parecia um tiro certeiro na frente financeira. Em vez disso,
deu para o torto. Alguns anos antes, Stigwood produzira uma adaptação do Sgt.
Pepper’s para a Broadway. O filme tomou a produção teatral como ponto de
partida e expandiu-a. O enredo, o pouco que existe, é contado via canções dos
Beatles – não apenas faixas do Sgt. Pepper’s, mas também uma seleção de êxitos
da parte final da sua carreira. O produtor original dos Beatles, George Martin,
até trabalhou como diretor musical do filme, e dirigiu, arranjou e produziu a
banda sonora. Mas isso não salvou o projeto, tampouco.” “Insiang” (1976), real. Lino Brocka, c/ Hilda
Koronel, Mona Lisa,
Ruel Vernal, Rez Cortez … com o título local “O lírio de Manila” estreado
sexta-feira, 28 de setembro de 1984 no Quarteto sala 3. “No lancinante melodrama de 1976 de
Lino Brocka (pode-se usar o mesmo adjetivo para descrever todos os seus
melodramas), a homónima heroína, interpretada por Hilda Koronel, é violada pelo
namorado da mãe, em seguida, acusada de ter provocado o ato e forçada a sair de
casa. «Insiang é, antes de mais, um estudo de personagem», escreveu o
realizador. «Eu preciso desta personagem para recriar a ‘violência’ procedente
da superpopulação urbana, para mostrar o aniquilamento de um ser humano, a
perda da dignidade humana causada pelo ambiente geográfico e social…» As
pessoas nos filmes de Brocka vivem em circunstâncias terríveis, compensadas
pela sua extrema vitalidade e pelas suas relações eletricamente carregadas.
«Insiang», um fracasso na sua terra, foi o primeiro filme das Filipinas a ser
convidado para Cannes, é um dos melhores do seu realizador.” “1990: I guerrieri del
Bronx” (1982), real. Enzo G. Castellari,
c/ Mark Gregory, Fred Williamson, Vic Morrow, Enzo G. Castellari (vice presidente),
Stefania
Girolami (filha de
Enzo G. Castellari) [2] … com o título local “Os
guerreiros do Bronx” estreado quinta-feira, 5 de maio de 1983 no Politeama. Primeira
pelicula da trilogia do Bronx de
Enzo G. Castellari. “Bronx, no
futuro ano de 1990. O bairro dominado por gangues de jovens vândalos é
declarado «terra de ninguém» pelo governo. Ann, a filha de um político
influente, assim como futura líder de uma poderosa multinacional no ramo das
armas, a Manhattan Corporation, foge de casa e refugia-se no Bronx, onde, no
entanto, é molestada por alguns mal-intencionados. É libertada pelos homens do
gangue Riders, o bando mais importante do Bronx. O seu líder chama-se Trash, um
jovem guedelhudo de bela presença física, dotado de uma ética e de um código de
honra, ao contrário dos outros líderes. A rapariga fica fascinada por esta
estranha personagem e decide, por conseguinte, segui-lo e permanecer ao seu
lado; mas o seu pai, para trazê-la de volta a casa, encarrega Hammer, um cínico
agente da polícia. Hammer pretende pôr os gangues do Bronx uns contra os
outros, de modo a desencadear uma guerra, na qual todos serão derrotados, e ele
possa assim tornar-se o dono absoluto do bairro. Para isso corrompe Ice, braço
direito de Trash, e Hot Dog, um coxo que circula por todo o Bronx com um grande
camião. Mas Ann, Trash e Ogre (o patrão dos patrões do Bronx) revelam-se mais
ladinos que o previsto.” [3] “Fuga
dal Bronx”
(1983), real. Enzo G. Castellari, c/ Mark Gregory, Henry Silva, Valeria D'Obici,
Enio Girolami (irmão de Enzo G. Castellari), Enzo G. Castellari (operador de
rádio com bigode) … com o título local “A batalha de Bronx” estreado quinta-feira, 29 de novembro de 1984 no Politeama e no
Império. “Vários anos após os acontecimentos de «1990: I guerrieri del Bronx»,
Trash (Mark Gregory), ex-líder do gangue Riders é agora um cínico solitário,
permanecendo na empobrecida, desordeira, terra queimada do Bronx, e comerciando
munição roubada. A General Construction Corporation, liderada pelo presidente Henry
Clark (Enio Girolami), quer aplanar o Bronx para transformá-lo na «cidade do
futuro». Para o conseguir, precisam de limpar a população atual da área, e
contratam o exonerado diretor da prisão, Floyd Wangler (Henry Silva), e um
esquadrão privado de Desinfestação Aniquilação para queimar, balear e gasear
aqueles que não saíssem voluntariamente para o Novo México. Enquanto os
vagabundos, os mendigos e os velhos são presa fácil, os gangues guerreiros do
Bronx não irão sem luta, e um exército rebelde de todos os gangues sobreviventes
do Bronx, chefiado por Doblón (Antonio Sabàto), está escondido no subsolo. Quando
os pais de Trash são incinerados vivos pelos «Desinfestadores», ele enceta uma
vingança conduzindo implacáveis ataques de guerrilha contra os esquadrões de
limpeza, que por sua vez leva a CD Corporation e Floyd Wangler a tentarem meios
cada vez mais sórdidos de subverter a rebelião (tais como equipar os reféns com
bombas). Trash, Doblón e uma pelejante repórter chamada Moon Gray (Valeria D’Obici), juntam-se então ao mercenário psicótico Strike (Timothy
Brent / Giancarlo Prete) e ao seu igualmente marado filho (Alessandro Prete) para
raptar o presidente Clark e devolver o Bronx aos gangues.” “O número total de mortos na versão sem cortes é
174. Há 110 mortos em tiroteios, 40 em explosões, 9 por lança-chamas, 1 por
esfaqueamento, 1 morto fora de cena, 4 desconhecidos, 6 electrocuções, 2 cara
esmagada por um capacete e 1 cara transformada em polpa de tomate depois de ser
atingida pela coronha de uma espingarda.” “I nuovi barbari” (1983), real.
Enzo G. Castellari, c/ Giancarlo Prete,
Fred Williamson, George Eastman, Anna Kanakis, Enio Girolami … com o título local “Os implacáveis
exterminadores” estreado sexta-feira, 25 de maio de 1984 no Império e no Impala
de Cascais. “No ano 2019. Um impiedoso grupo conhecido como Templários viaja
através do devastado deserto. O seu objetivo é aniquilar os restos da
humanidade que ainda existe. Um pequeno grupo conduzido pelo padre Moisés
(Venantino Venantini) são os sobreviventes mais importantes na zona. São o alvo
do líder dos Templários, One (George Eastman). A sua esperança jaz num
mercenário, Skorpion (Giancarlo Prete), que é ex-membro dos Templários. Juntamente
com um bando de ralé, incluindo o arqueiro Nadir (Fred Williamson) e um jovem
mecânico, Timmy, (Giovanni Frezza), lutam para travar os Templários e salvar o
povo do padre Moisés. Será que vão conseguir?” “Les morfalous” (1984), real.
Henri Verneuil, c/ Jean-Paul
Belmondo, Jacques Villeret, Michel Constantin, Marie
Laforêt … com o
título local “Os destemidos” estreado sexta-feira, 5 de abril de 1985 no Vox e
Castil. “5 de abril de 1943: um batalhão da Legião Estrangeira chega a El
Ksour, Tunísia, para escoltar uma fortuna em barras de ouro, seis milhões de
francos, para a cidade portuária de Sfax. Uma emboscada alemã espera-os e
todos, exceto quatro morrem
e, mais tarde, encontram o
artilheiro Béral (Jacques Villeret) sentado na sanita. Devido à ratice do sargento
Pierre Augagneur (Jean-Paul Belmondo), os legionários contra-atacam com
sucesso. O gerente da agência do Union de Banques de L’Afrique du Nord e a sua
sedutora esposa chegam. O sargento Augagneur acompanha-a a casa para buscar
comida para uns soldados esfomeados: cassoulet, carne enlatada e um pouco de
vinho. Enquanto se conheciam melhor no chão da sala, visita-a o seu amante
alemão, o tenente Karl Brenner, da 21.ª Divisão Blindada, num tanque aos tiros
e duas garrafas de champanhe, Augagneur prende-o. Augagneur quer roubar o ouro,
o subtenente Édouard Mahuzard (Michel Constantin) quer cumprir o seu dever. Uma
rede de alianças forma-se e desfaz-se, o grupo diminui de número, restam Augagneur,
Hélène Laroche-Fréon, viúva do banqueiro, e Karl Brenner (Pierre Semmler).
Estes abandonam Hélène com a sua parte, 300 kg, «Não era fácil de aturar mas
tinha um belo rabo», e seguem para sul na direção de Betahoua com 10 000
kg. Brenner atraiçoa Augagneur. Augagneur recupera o tanque e o ouro, e
encontra-se com Alcide Kalouandé (Junior John David) para trocá-lo por
68 000 dólares, um termo de chá e três croissants. Na manhã seguinte, para
sua surpresa, acorda rodeado pelas tropas francesas, que lhe dedicam uns «Hip,
hip, hip - hurrah!» e honras militares por ter cumprido a missão. Conclui o
filme: «Eu era o homem mais rico do mundo, o ouro arruinou-me», Blaise
Cendrars, «L’or».” “Nostalghia” (1983), real.
Andrei Tarkovsky, c/ Domiziana
Giordano, Oleg
Jankovskij, Delia Boccardo, Erland Josephson … estreado sexta-feira, 8 de março
de 1985 no Quarteto sala 3. “O poeta russo Andrei Gorchakov (Oleg Jankovskij)
viaja para Itália para pesquisar a vida do compositor do século XVIII, Pavel
Sosnovsky, que viveu lá, e suicidou-se após o retorno à Rússia. Ele e a sua
graciosa intérprete Eugenia (Domiziana Giordano) deslocam-se até um convento na
Toscânia para ver o fresco Madonna del Parto, de Piero della Francesca. Andrei
decide no último momento que não quer entrar. De volta ao hotel de Bagno
Vignoni, Andrei sente-se deslocado e anseia por regressar à Rússia, mas circunstâncias
não identificadas parecem atravessar-se no caminho. Eugenia está enrabichada
por Andrei, e fica ofendida por ele não dormir com ela, desculpando-se que ela
tem um namorado melhor à espera.” “Este foi o primeiro filme que Andrei Tarkovsky
realizou fora da Rússia. Era suposto ter sido filmado com o apoio da Mosfilm, com a maior parte do diálogo em italiano. Quando o
financiamento da Mosfilm foi inexplicavelmente retirado, Tarkovsky usou parte
do orçamento previsto pela televisão estatal italiana e da produtora francesa
Gaumont, para completar o filme em Itália, cortando algumas cenas russas do
argumento, e recriando em Itália cenários russos para outras.” [4]
____________________
[1] Risco zero de espanholização do português. A palavra
“pesetero” foi aplicada a um nosso maior, Luís Figo, quando trocou o Barcelona
pelo Real Madrid, e nestes casos é incluída sem espiga no Dicionário de
Português. As palavras estrangeiras quando afloram um nosso vulto fazem, o que
corresponde no Direito a jurisprudência, fazem linguisprudência. Como special one de José Mourinho, agenda-setting de Marques Mendes, fairness de Durão Barroso ou public intellectual de João Pereira
Coutinho.
[2] Stefania
Girolami Goodwin também
participou em “Il grande racket” (1976), real. Enzo G. Castellari, c/ Fabio Testi,
Vincent Gardenia, Renzo Palmer … Na dramática cena da violação, Marcy (Marcella Michelangeli) imobiliza
o marido (Orso Maria Guerrini) com um garrote, enquanto três intumescidos desalmados
descarregam a sua lubricidade na esposa, Anna Rossetti (Anna Zinnemann). Luigino
(Roberto Dell’Acqua): “Mantenham-na quieta, caraças, ou nunca vou entrar.” Marcy: ”Epá,
aposto que este é o melhor gozo que
a tua mulher tem há anos, ela nunca mais voltará a querer-te.” Anna defende-se com
a única arma que tem livre, a boca, cuspido na cara de Ox (Giovanni Cianfriglia). Ox: “Vadia!” e apaga-a com
um murro. Revela-se um golpe misericordioso pois Anna já não sente o ardor (cerca
de 35º) da urina com que Vanni (Massimo Vanni) rega o seu desamparado rabo.
Stefania também entrou no “L'ultimo squalo” (1981), real. Enzo G. Castellari, c/ James
Franciscus, Vic Morrow, Micaela Pignatelli … com o título local “O último
tubarão” estreado quinta-feira, 4 de fevereiro de 1982 no Politeama.
[3] “Um de vários filmes larapiados do «Mad Max 2» (1981), real. George Miller, c/ Mel Gibson, Joanne
Samuel, Hugh Keays-Byrne … com o título local «Mad Max 2: O guerreiro da estrada»
estreado sexta-feira, 28 de janeiro de 1983 no Politeama. Os filmes mad maxianos, muitos italianos,
incluíam: «Endgame - Bronx lotta finale» (1983), real. Joe D’Amato, c/ Al Cliver, Laura
Gemser, George Eastman … com o título local «Confronto final» estreado quinta-feira,
27 de novembro de 1986 no Politeama. “Stryker” (1983), real. Cirio H. Santiago, c/ Steve Sandor,
Andrea Savio, William Ostrander.
«Warlords of the 21st Century» (1982), real. Harley Cokeliss, c/ Michael Beck,
Annie McEnroe, James Wainwright … com o título local «O carro de combate»
estreado sexta-feira, 9 de maio de 1986 no Éden. «Fuga
dal Bronx» (1983),
real. Enzo G. Castellari. «I
nuovi barbari» (1983),
real. Enzo G. Castellari. «Anno 2020 - I gladiatori del futuro» (1982), real. Joe D'Amato, c/ Al Cliver, Harrison
Muller Jr., Daniel Stephen, Sabrina Siani. «Steel Dawn» (1987), real.
Lance Hool, c/ Patrick Swayze, Lisa
Niemi, Anthony Zerbe … com
o título local «Duelo mortal» estreado quinta-feira,
13 de outubro de 1988 no Xénon.
«Il giustiziere della strada» (1983), real. Giuliano Carnimeo, c/ Robert Iannucci,
Alicia Moro, Luciano Pigozzi.
[4]
Segunda-feira, 9 de julho de 1984 “o
realizador soviético Andrei Tarkovsky, autor de «Stalker», «Andrei Rublev»,
«Solaris» e «Nostalgia», decidiu pedir asilo político aos Estados Unidos por
intermédio da embaixada em Roma, segundo informou a organização católica
italiana Movimento Popular. (…). Segundo um porta-voz do Movimento Popular,
Marco Barbieri, Tarkovsky decidiu desistir da cidadania soviética depois de
«inúteis esforços para obter uma autorização regular para trabalhar no
estrangeiro». O realizador soviético e a sua mulher, Larissa, encontram-se em
Itália há 3 anos. Na conferência de amanhã participarão dois exilados
soviéticos, o encenador Yuri Lyubimov e o violoncelista Mstislav Rostropovich, disse Marco Barbieri. (…). Tarkovsky tem 51 anos e,
nos últimos 20, fez cerca de seis filmes, tendo obtido o Grande Prémio do
Festival de Cannes para cinema criativo com «Nostalgia». Entre os seus filmes
mais conhecidos conta-se «Andrei Rublev», produzido em 1966 e que foi exibido o ano passado
em Portugal. [Estreado sexta-feira, 21 de janeiro de 1983 no Quarteto sala 3].
As autoridades soviéticas proibiram, inicialmente, a distribuição desse filme
no estrangeiro. No entanto, acabaram por a permitir depois de uma cópia ter
chegado, não oficialmente a Cannes, onde foi amplamente aplaudida.”
Sexta-feira, 23 de novembro de 1984 “o realizador soviético Andrei Tarkovsky,
que decidiu em julho passado não regressar ao seu país, anunciou que pediu
autorização para fixar residência permanente em Itália. «Quero viver em Itália
porque gosto do país porque os artistas soviéticos sempre encontram aqui uma
atmosfera privilegiada para um trabalho criativo».”
no aparelho de televisão
“Arsène Lupin joue et perd” (1980), c/
Jean-Claude Brialy, Christiane
Krüger, Maurice Biraud … “minissérie francesa de 6 episódios de 52 minutos,
adaptada por Alexandre Astruc e Roland Laudenbach do romance «813» de Maurice Leblanc”, transmitida
às sextas-feiras, pelas 22h20, na
RTP 1, de 23 de janeiro / 27 de fevereiro de 1981. “Três assassinatos são cometidos num
hotel de Paris. O cartão ensanguentado de Arsène Lupin é encontrado num dos
cadáveres, o do milionário Kesselbach. A opinião pública, a imprensa e o
governo pedem a prisão do criminoso. O Sr. Lenormand, chefe da polícia, homem hábil
e avisado, afirma, discordante e contra todos, mas sem o poder provar, que
«Lupin está no golpe, mas ele não matou». Um número «813», cinco letras «APOON»
e duas iniciais «LM» gravados na cigarreira do assassino, são os únicos
indícios de que dispõe Lenormand. É preciso também encontrar um certo Pierre
Leduc e saber por que o Sr. Kesselbach lhe atribuía tanta importância.”
1.º episódio: A imprensa francesa parecia ter esquecido o seu nome… Até que um
dos seus cartões-de-visita é encontrado, junto de três cadáveres num hotel de
Paris. 4.º episódio: Lupin, que se encontra na prisão da Santé, consegue graças
a um grupo de amigos, dominar o caso Kesselbach. 6.º episódio: Arsène Lupin com
toda a sua inteligência consegue encontrar o assassino e libertar a bela
Dolores Kesselbach. Léon Massier, aliás Louis de Malreich, o homem de negro,
irmão do abominável Raoul, também não escapa à vingança de Lupin que o entrega
à polícia. Mas aí é que tudo se embrulha e complica… “A rodagem durou quatro
meses e decorreu em Biarritz e nos arredores de Paris. «Foi cansativo, confessa
Brialy. Alexandre é um grande cineasta, um magnífico técnico. É um homem da
dimensão de Orson Welles. Mas ele é terrivelmente exigente. No início, parecia
um pouco enfastiado, mas, à medida que o tempo passava e nós nos cansávamos,
ele renasceu das suas cinzas» e mantinha, no final, uma forma incrível.
Evocação cuidadosa e fiel da França em 1910, esta série necessitou de numerosos
cenários e vestuário e o orçamento não era elástico: «Não me disfarço muito,
conta Brialy, mas mesmo assim…! Então, para fazer economias, utilizei roupas
usadas anteriormente. Por isso, o meu guarda-roupa é uma mistura daquela de
Helmut Berger em «Luís II da Baviera» e a de Dirk Bogard em «Morte em Veneza».” “Little Women”
(1978), c/ Meredith Baxter, Susan Dey, Ann
Dusenberry, William Shatner … minissérie americana transmitida aos sábados,
pelas 17h35, na RTP 1, de 31 de janeiro / 18 de abril de 1981. “Com o marido a lutar na Guerra Civil,
Marmee March (Dorothy McGuire) tem os dias preenchidos criando quatro
raparigas. A impetuosa Jo (Susan Dey) sonha ser escritora, crescendo próxima do
intelectual germânio professor Bhaer (William Shatner). A sua mais comedida
irmã, Meg (Meredith Baxter-Birney), defende a irmã mais nova Amy (Ann
Dusenberry), dos acessos de raiva de Jo, enquanto a tímida Beth (Eve Plumb)
dá-se bem com todas. As irmãs crescem e casam-se, expandindo a sua firmemente
unida família.”
“Esta bela produção apresenta figurinos da lendária Edith Head, música de Elmer
Bernstein e uma preocupação com o pormenor autêntico do período da Guerra Civil
americana – ganhou um Emmy para Melhor Direção de Arte numa série – mas não
consegue evitar a sensação demasiado anos 70, com o seu elenco extraído
diretamente do horário nobre da década. Meredith Baxter-Birney, Susan Dey e Eve
Plumb interpretam três das quatro irmãs March, e William Shatner dá uma volta
como o professor queridinho de Jo, envergando o pior sotaque alemão que a TV
alguma vez viu, mas repleto com os seus olhinhos azuis de cachorrinho de colo. Mas
o cenário pastilha elástica não pode desvalorizar o encanto do conto de Alcott,
e a força interior e a atração inevitável das suas personagens.”
“Die Buddenbrooks” (1979),
c/ Ruth Leuwerik, Carl Raddatz, Katharina
Brauren, Martin Benrath, Reinhild Solf, Volkert Kraeft, Gerd Böckmann, Ursula
Dirichs … série alemã transmitida às quintas-feiras na RTP 1, pelas 21h10, de 5
de fevereiro / 23 de abril de 1981. “Saga familiar situada no século XIX na
Alemanha, narrando a vida de três gerações da família Buddenbrook, donos de uma
empresa familiar na cidade de Lubeca, no norte da Alemanha. Baseada no romance
de Thomas Mann.” Mário Castrim: “O grande acontecimento do serão foi
o primeiro episódio de «Os Buddenbrooks» de Thomas Mann. Produção estrangeira,
como não podia deixar de ser. Alemã, como igualmente não podia ser doutro modo.
Uma certa atmosfera, aquela salada de refeição frugal, mas sólida, de
puritanismo luterano comprometido com altos negócios, aquele tudo terminar em
música para uma boa digestão da alma social – tudo isso creio que os alemães
somente poderiam captar na máxima plenitude. Adivinha-se, pela amostra, os
cuidados extremos postos na tradução da obra para a televisão. Mas não creio
que a tradução seja digna do livro, raras o conseguem ser; e centro dúvidas
sobre o êxito do folhetim entre nós. Porque: trata-se de um trabalho sério e a
erosão simplista é grande; o ritmo vertiginoso dos americanos e o arrastamento
brasileiro deixam pouco espaço de manobra para a aceitação de um movimento
normal; a língua bárbara cria uma espécie de teledislexia que afeta a
capacidade de resposta do espetador comum.” “Filmada em grande parte em Lubeca
e arredores, esta «Buddenbrooks» é uma adaptação extremamente fiel do livro.
Personagens menores foram suprimidas e certos incidentes ignorados, mas o espirito
da obra nunca é violado. A televisão germânica sofreu para ficar bem perante um
dos clássicos da literatura alemã do século XX. Franz Peter Wirth, o realizador
e coargumentista, abordou o romance nos seus próprios termos. O ritmo é lento e
profundo. A história pode saltar vários anos num momento com a ajuda de uma
única linha explicativa da narração, mas as cenas individuais são submetidas a
um escrutínio quase microscópico que envolve uma riqueza de repercussões
sociais e psicológicas. E, constantemente, há um extraordinário sentimento de
tempo a passar, muitas vezes no mero som de algum relógio invisível fazendo
tiquetaque ao fundo. Isto não é, deve ser sublinhado, uma experiência
televisiva para viciados do divertimento e do brilho. Lubeca não é «Dallas».” [1] “The Danedyke Mystery” (1979), c/
Michael Craig, Kenneth Colley, Tessa Peake-Jones … minissérie inglesa transmitida
aos sábados na RTP 1, pelas 18h30,
de 16 de maio / 27 de junho de 1981. “O mistério de
Danedyke é uma minissérie inglesa de 1979 sobre um pároco de província
investigando a igreja assombrada da aldeia. Baseada no livro infantil de
Stephen Chance, a história segue o reverendo Septimus Treloar (Michael Craig),
um inspetor-chefe reformado, enquanto tenta convencer os paroquianos de St. Mary’s
Danedyke que os estranhos acontecimentos não são um fantasma, mas mais
provavelmente um ladrão. O reverendo terá de confiar nas suas capacidades de
detetive apuradas ao longo de 30 anos de serviço para investigar o mistério do
desaparecimento da taça Danedyke.” “The Newcomers” (1977-1979), c/ Tom Stoppard, Judy Geeson, Susan Roman, Jenny Agutter, Alysoun Austin …
minissérie canadiana transmitida, com o título local “Os novos canadianos”, às
terças-feiras na RTP 1, pelas 21h10, de
5 de maio / 23 de junho de 1981. “The
Newcomers foi um conjunto de histórias que descreviam o Canadá como um pais de
origem emigrante. Sete histórias transmitidas num período de dois anos e meio.
Richard Nielson e Pat Ferns foram contratados pela Imperial Oil (que estava
prestes a celebrar o seu centenário em 1980) para produzirem estas histórias.
«The Newcomers» era o título inglês e foi transmitido na CBC. O título francês
chama-se «Les arrivants» e foi transmitido na Société Radio-Canada.” 1.º episódio: “A história do Canadá é também a
história dos imigrantes que se instalaram naquelas terras e de tudo o que
aconteceu a essa gente e às suas famílias. Os costumes e os rituais dos índios
Tsimshian são a base deste episódio que nos mostra a eleição dum novo chefe e
dos sacrifícios pessoais que ele deve fazer para ser eleito.”
____________________
[1] Mais a norte. “Alpens Ros” (1961), p/
The Violents – no vídeo, cenas do
filme “Don’t Make Waves” (1967), real. Alexander Mackendrick, c/ Tony Curtis,
Claudia Cardinale, Robert Webber, Joanna Barnes, Sharon Tate … com o título
local “Não faças ondas” estreia sexta-feira, 15 de março de 1968 nos cinemas
Avis e Condes. “Os Violents eram um grupo pop
de guitarras, principalmente instrumental, formado em Estocolmo, em 1959. O seu
primeiro disco foi uma versão instrumental da canção tradicional, «Alpens Ros», que lhes deu um sucesso em 1961 nas tabelas suecas.
As primeiras músicas gravadas foram recomendações da sua editora mas eles
rapidamente começaram a escrever as suas próprias canções mais em linha com o
seu gosto musical. Os Violents começaram algum tempo depois a procurar um
vocalista para terem mais variedade nos seus concertos, que podiam durar horas.
Encontraram em 1961 um jovem cantor de rock
talentoso chamado Jerry Williams,
(nascido Sven Erik Fernström a 15 de abril de
1942, em Solna), com uma boa reputação nas atuações ao vivo, e que concordou ser membro do grupo. Dessa forma
começou uma cooperação que durou até ao ano da separação do grupo, 1966. [Depois,
Jerry apresentará os programas de televisão «Jerry
Williams Show» (1978) e «Rockrullen» (1981 e 1983)]. A primeira gravação com Jerry
Williams foi «Liebestwist» em 1962, (banida da rádio como ofensa ao «Liebestraum» de Franz Liszt). No início, os Violents eram a
atração principal, mas logo as atenções viraram-se para Jerry, e a banda tornou-se um grupo de suporte com um
percurso independente da carreira a solo do Jerry. O último álbum dos Violents
com Jerry foi «Action» (1966). Entre os pontos altos da sua carreira
internacional está terem tocado no Star Club em Hamburgo, em 1962, com os
Beatles e Little Richard. Na época os Beatles eram apenas uma banda secundária
em relação aos Violents, e correu o rumor que George Harrison fez audições para
os Violents, porque estava farto dos Beatles, mas os Violents não o quiseram.”
na
aparelhagem stereo
Um homem de meia-idade mergulhar no seu tanque cultural, esparrinhando filmes
que já ninguém conhece, é comum. Incomum, é desdizer o diagnóstico geriátrico de
taralhouquice sináptica, e ainda descobrir algo integralmente novo, um
passarinho cultural: “o país dos outros é melhor que o meu”, numa revoada
jornaleira sob o adjetivo de verão mais português de todos, o muito nobre adjetivo,
yesterday relacional, today qualificativo, dantesco. João Miguel Tavares: “Não admira que um filme como O Clube dos Poetas
Mortos continue a ser o favorito de tanta gente. José Sócrates, por exemplo,
adorava-o. Carpe diem! Seize the day! Aproveita o dia! Como se
precisássemos de Robin Williams armado em professor de Literatura para nos
dizer isso. Nos Estados Unidos, o filme será um estímulo para mudar de vida e
quebrar o statu quo. Em Portugal é
apenas uma confirmação da maneira como vivemos há séculos – é esse o nosso statu quo: um dia de cada vez. Com uma
diferença significativa: os nossos olhos não estão poeticamente postos no céu,
mas brutamente enfiados na biqueira dos sapatos. Porque é que
somos assim? É consequência de uma pobreza antiga, com certeza, e de uma
população com profundíssimos défices de educação, atrasos ancestrais que estão
mais enfiados nos nossos genes do que gostaríamos. Temos expetativas de ser um
país europeu desenvolvido e rico, como os alemães, mas não temos qualquer
tradição de planeamento, e a maior parte de nós ainda vem de famílias que
contavam tostões e faziam filas nas bombas quando a gasolina subia dois
escudos. Não havia o que planear. Para mais, somos dados ao fatalismo, e a
nossa indignação desaparece à velocidade de um fósforo – as coisas são
rapidamente assimiladas como inevitáveis. Foi o destino.” [1]
Viver a sua
vida planeada à roda do cheque de um jornal desforma a realidade, toma-se a biqueira
do sapato pela nuvem, o grosso pelo modo, o cão de loiça pela relva do jardim.
Um colunista tem apenas de ser janota, de janotar frases para comilões que
comem tudo tudo tudo tudo enquanto soltam sebastiões. O grande público
português é bom garfo, de um osso faz uma polémica, de uma orelha um debate, de
1 kg de costeletas um simpósio.
“Life sucks” p/ PuntzkaPuntz “é a mais honesta mistura de influências dos seus
membros, sejam elas quais forem. Há uma procura constante de novas paisagens
sonoras de modo a tornar música o mais divertida e interessante possível.” Catarina
Palma (voz): “Não, não é impossível. Felizmente hoje em dia não é impossível, o
estilo hoje em dia que mais se adequa ao nosso estilo é o crossover, é o criss que
é um estilo recente, talvez, ou então pá, rock
progressivo, eu creio, mas como nós exploramos sons urbanos bastante
diferentes, não é só rock, talvez o rock seja mais.” – Os PuntzkaPuntz
estarão na Festa do Avante 2016.
Festivos anos 80:
█ “Mickey” (1982), p/ Toni Basil.
“Originalmente, esta canção foi gravada como «Kitty», por um grupo inglês chamado Racey. Na letra
original Kitty era uma rapariga. Toni Basil mudou-a de Kitty para Mickey e o
género de feminino para masculino [2]. Ela
decidiu-se por Mickey porque enrabichava pelo ex-Monkee, Micky Dolenz,
(aldrabice do Sr. Redes Sociais [3]), que ela
coreografou no filme dos Monkees, «Head», de 1968 [4]. Toni
Basil pode ser vista em «Head» na sequência surrealista, «Daddy’s Song», onde Davey Jones canta e dança num quarto
alternadamente branco e preto vestindo uma combinação de roupas pretas e
brancas, em contrate com a cor do quatro, e Toni, com a mesma escolha de vestuário,
entra para uns passos de dança. A canção foi escrita pela equipa de
compositores Mike Chapman e Nicky Chinn, que escreveu vários êxitos pop, incluindo «Love Is A Battlefield» e «Ballroom Blitz». Basil teve a ideia para o videoclip antes de
encontrar a canção para acompanhá-lo. O vídeo foi produzido, dirigido e
coreografado por Basil – ela foi a primeira a fazer tudo isto no seu próprio
vídeo. Ela tinha feito algumas curtas-metragens no passado, e tinha um acordo
com uma empresa europeia para realizar uma coleção de vídeos. Para um dos
vídeos, ela decidiu fazer algo com o tema cheerleader,
uma vez que tinha sido chefe de claque na Las Vegas High School (atualmente
conhecida como Las Vegas Academy – é por isso que na camisola que ela usa se
lê: LVHS). Ela fez o vídeo antes da MTV iniciar as emissões, e ganhou fama na
Inglaterra, onde vários programas de TV o emitiram lançando a canção nas
tabelas, alcançado o segundo lugar em fevereiro de 1982. Basil é uma coreógrafa
reputada. Trabalhou em números de dança para muitos programas de TV e filmes, e
muitas vezes aparecia ela própria diante das câmaras. Ela trabalhou no programa
dos anos 60 «Shindig!», e foi atriz convidada em «Laverne & Shirley». Ela também realizou vídeos, incluindo «Once In A Lifetime», dos Talking Heads, em que ensinou os passos de
dança malucos a David Byrne. Ela fez coreografias para os filmes «That Thing You Do!» e «My Best Friend’s Wedding», e trabalhou nos anúncios da Gap que exibiam dança swing
[5]. Basil apareceu o filme «Easy Rider» – interpretou Mary, a rapariga de cabelos compridos
pretos na cena das drogas no cemitério, passada em Nova Orleãs. Ela é filha de
Louis Basil, que dirigiu o que era a banda da casa no Sahara Hotel em Las Vegas,
durante os anos 60. A banda era conhecida pelos seus descomprometidos e
energéticos espetáculos.” █ “Hello” (1989), p/ Twinkle. Duo de Amersfoort,
Utrecht, Holanda, composto pelas gémeas Claudia e Petra van Essen. A canção foi
escrita por Hans Van Hemert e Jan Rayder, único single das manas produzido por Hans Van Hemert tinha no lado B, “Self
Control”, escrito por Hans Van Hemert. Delas sabe-se que participaram na série
juvenil “Laat de vissen maar TV kijken” (1985). [6]
___________________
[1] Nem sempre o destino é fatal. Nos anos 2000, o
destino dos géneros bifurcou-se, no género feminino acamou-se o melhor da
espécie humana, sinceridade, afetividade, confiança, perfeição, no homem, a
insidia, a satisfação, a avidez. Nunca antes a dicotomia foi tão clara, a fêmea,
mercê, o macho, violentador. Esta liquidez simplifica a faculdade de julgar,
nos tribunais, nas associações de mulheres ressentidas ou no grande público.
Era uma vez na Rússia… Alice, 1,75 m,
81-61-84, cabelo loiro, olhos verdes, nascida Jana Bazhenova a 16 de abril de
1985 em Vologodskaya, Rússia. Sites: {The Nude} {Galitsin’s Angels} {EGAFD} {hqcollect}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10}. Obra cinematográfica: {“Defloration 1” + Katia. – Katia: “Olá, caros senhores, hoje vou
colocar à Alice algumas questões sobre a sua vida, porque ela está a tornar-se
uma modelo muito popular no nosso site,
mas não tem uma entrevista dela. Assim, hoje, vou fazer-lhe algumas perguntas
para que possam conhecê-la melhor. Ela é uma das raparigas virgens mais
populares no nosso site. Mas alguns
homens não acreditam que algumas raparigas ainda sejam virgens, assim, não é
simpático, porque nós somos. Há bastantes virgens no nosso site, como a Alice, eu, a Krista, a Arina e mais algumas. Assim, nós não subscrevemos essas
opiniões, e queremos dizer-vos que ser virgem não é assim tão mau. Há algumas
de nós que estão felizes com isso, que estão orgulhosas, estamos contentes por
sermos ainda esse género de rapariga. Assim, hoje, vamos mostrar algumas
criações engraçadas sobre virgens. Como podem ver ser virgem não é assim tão
mau, e Alice é um dos brilhantes exemplos desse tipo de rapariga. Ela é
maravilhosa, ela é bonita, e está a tornar-se cada vez mais popular atualmente
no nosso site, e é uma coisa boa que
ela ainda seja virgem, mas alguns amigos dela, quero dizer
amigas, já têm namorados, assim, estão sempre a dizer-lhe quão maravilhoso é
ter um namorado, e o sexo é tão excitante e tão maravilhoso, é tão fixe, tão
fixe e etc. E a Alice acredita que ser virgem é muito bom, ela não tenta
apressar-se em ter um namorado, não quero dizer que ela não quer um namorado de
todo, não o quer ter agora. Senta-te, por favor (Alice senta-se no colo de
Katia). Assim, algumas amigas dela não compreendem, tentam convencê-la que ser
virgem não é nada bom, assim, há pessoas más, tão malvadas. E hoje quando ela veio
aqui, ao estúdio do Grig, ele estava bastante irritado, ele estava muito
cansado, porque ontem teve muito trabalho, e conheceu uma nova modelo, assim
ele está muito cansado e agora vamos ajudá-lo a limpar o estúdio, sim? Vamos
ajudá-lo apenas a limpar, e depois vamos fazer um vídeo, fazer um filme, no
qual poderão ver histórias engraçadas sobre virgens. A Alice acabou de tomar um
duche, e ela lavou o cabelo, quer estar limpa e bonita para que possam gostar
dela. Ela quer muito que gostem bastante dela. E agora ela vai limpar o estúdio
do Grig e eu vou procurar informação sobre virgens. (…). Encontrei alguma
informação, na Internet, sobre virgindade, sobre defloração, não sei, eu sei o
significado, não sei em inglês. É quando uma rapariga se torna mulher, é sobre
isso, é bastante giro. Dentro de pouco vou contar-vos algumas historias e
mostrá-las na Alice. (…). Esta rapariga é extremamente bem-educada, ela é tão
distinta, sabe bebe chá. (Alice sorve ruidosamente da colher). (…). Como vos
prometi agora vamos contar algumas histórias giras sobre defloração, contar-vos
mais factos sobre isso, numa maneira engraçada. (…). Algumas palavras sobre
defloração. A defloração normalmente ocorre durante a primeira penetração
sexual, já sabemos isto. (…). Alguns membros, quero dizer, os nossos amigos do site, duvidam que a Alice e outras
raparigas, como eu, somos ainda virgens. E agora quero provar-vos, fazer-vos
acreditar, que ela ainda é virgem. Vou usar alguns instrumentos para isso, para
saber, para descobrir, qual é o tamanho da sua rata, e outras coisas, acho que
são interessantes. Primeiro, vamos conferir o tamanho. Sabem, o tamanho da rata
depende da rapariga. Ela não é muito alta, tem uma rata normal, penso eu, de
acordo com a sua altura. Tem cerca de 9 cm, acho eu, está fixe. E agora vamos
ver a rata dela, quero mostra-vos que ela ainda é virgem. Não sei como fazer
isto, mas… acho que assim. Podem ver a rata da Alice, em toda a sua beleza, sim
ela ainda é virgem e está orgulhosa disso. Uma ótima rata. A doce rata da
Alice, têm o maravilhoso privilégio de vê-la.”} ѽ {“Defloration
2” + Katia. – Katia: “A Alice está
muito excitada acerca disto (Katia perfurava uma romã com um berbequim em
frente da theobroma denarii de Alice). Podem ver como ela
está excitada. Hum, rata húmida, a sua rata está húmida depois disto, é tão sexy.”} ѽ {“Defloration
3” + Katia. – Katia: “Agora algumas
perguntas tradicionais sobre a biografia da modelo, da Alice. Em primeiro lugar
quero contar alguns factos sobre a sua vida precedente, a Alice costumava
trabalhar como empregada numa loja, agora trabalha com Galitsin e trabalha como
promotora, sabem, ela distribui papéis, publicidade, nas ruas da nossa cidade,
assim, ela é uma rapariga bastante atarefada, penso eu. Agora vou pedir-lhe
para contar alguns factos interessantes sobre o seu sonho. A Alice acabou de
contar-nos o seu sonho. Ela estava a dormir ontem e sonhou sobre a forma como
se tornou mulher, sabem, sobre ela já não ser mais virgem, assim, ela fez sexo
com um tipo – no seu sonho – fez sexo com um tipo, com um desconhecido, um tipo
completamente desconhecido, e ele tinha uma piça como este charuto, podem ver,
uma piça muito estranha, pobre imaginação da Alice. Ela não gostou nada deste
sonho, de manhã ela estava muito nervosa porque ela não quer que este sonho se
realize, ela não quer apenas ter sexo, sexo tão horrível, no sonho ela não
sentiu nada, uma experiência dolorosa, um sonho muito invulgar, penso eu, não
acham? Agora, vou fazer-lhe mais algumas perguntas, sobre a sua biografia,
sobre a sua curiosidade sexual, acho que será interessante para vocês. Ela diz
que às vezes sonha com uma bonita rapariga terna com a qual deseja ter sexo.
Ela diz gostaria de ter uma rapariga fixa que me daria todo o seu amor. A Alice
é uma rapariga bastante invulgar. Depois, descreve as tuas fantasias sexuais
preferidas. Ela diz que quer ter sexo inesquecível com a sua namorada numa bela
ilha tropical onde ninguém as perturbasse durante muito tempo. Assim a Alice é
uma pessoa bastante romântica, não é?” Alice: “Yes, yes”, Katia: “Sim, ela é,
claro. E mais algumas. Às vezes a Alice gosta de confusão. Sim, Alice?” Alice:
“Yes, yes”, Katia: “Sim, sim. Ela prefere beber vodka, Martini, Pepsi, sim, ela
gosta de beber algum álcool, vodka não? Vodka não, mas talvez outro álcool,
tipo cocktails, sabes?” Alice: “Yes”, Katia: “Sim, além disso a Alice gosta de
dançar muito, gostas de dançar?” Alice: “Yes! Yes! Yes!”, Katia: “Sim, sim,
sim, sim, é seu preferido, ela diz que gosta de dançar muito, muito.
Especialmente com raparigas com blusas bonitas, raparigas, sim?” Alice: “Yes”
(…). Katia: “Sabem, a Alice fica normalmente confusa quando alguém lhe faz
perguntas porque ela não tem resposta para algumas perguntas, sabem, ela é uma
rapariga estranha, mas a Alice é muito divertida, muito bem-disposta, se pensam
que ela é triste, estão bastante enganados. Podem ver como ela é alegre. (…).
As minhas mamas”, Alice: “Boas mamas, boas mamas. (…). Rata boa. Boas mamas.
(…). Eu gosto de rata, vem rata, boa rata, boas mamas, boa rata.”} ѽ {“Cleaning” + Alina + Valentina + Vika} ѽ {“Sea
Hooligans” + Liza} ѽ {“Picking
Up Alice” + Katia +
Valentina} ѽ {“Lick” + Liza} ѽ {“The Green Stones” + Liza} ѽ {“Gentle
Bathing” + Aksinya}
ѽ {“Girlish
Dreams”} ѽ {“Deceived
Petter” + Lina + Maya} ѽ {“Awakening” + Valentina + Liza + Katia} ѽ {“Hardcore”} ѽ {“Explicit
Macro” + Valentina} ѽ {“Good
Morning” + Liza} ѽ {“Spank
& Enema” +
Valentina} ѽ {“Experienced
Dressmaker 1” + Alina} ѽ
{“Experienced Dressmaker
2” + Alina} ѽ {“Naughty
Kitten 1” + Alina +
Valentina} ѽ {“Naughty
Kitten 2” + Alina +
Valentina} ѽ {“A
Model Agency” + Natcha +
Valentina + Valya} ѽ {“Crazy
Undressing” + Alina +
Valentina} ѽ {“Golden
Stream”} ѽ {“Examining
the Housewife” +
Valentina} ѽ {“Wild
Beach” + Liza + Valentina} ѽ {“Call
Girs 1 Begining” +
Valentina + Gera} ѽ {“Call
Girs 2 Wet Course” +
Valentina + Gera} ѽ {“Call
Girs 3 Lesbian Games” +
Valentina + Gera. As heroínas desta arrebatadora saga veem na TV o filme
“Contes Immoraux” (1974), de Walerian Borowczyk, estreado no cinema Império
quarta-feira, 30 de julho de 1975 no XII Ciclo da Casa de Imprensa, e para o
grande público no dia seguinte, quinta-feira, 31 de julho, nos cinemas Castil e
Estúdio 444} ѽ {“Call
Girs 4 Bed Battle” +
Valentina + Gera} ѽ {“Bath Russian Traditions” + Katia + Valentina} ѽ {“Fruit Desert” + Katia + Valentina} ѽ {“Healing from Masurbaton ” + Valentina + Natia} ѽ {“No Name” + Liza + Sandra + Valentina} ѽ {“Watermelon
Battle” + Krista} ѽ {“Drink and Piss” + Alexa} ѽ {“Tender
Touches” + Krista}
ѽ {“Tantric
Flower” + Arina} ѽ {“Bath
Icy Test” +
Valentina + Katia} ѽ {“Japanese
Supper” + Valentina + Katia} ѽ {“Tender
Katia Washing” +
Valentina + Katia} ѽ {“Naked
Only” + Valentina + Katia} ѽ {“Teaching
Water Games” + Gera} ѽ {“True
Love” + Gera} ѽ {“Hot
Friend Classes” + Gera} ѽ {“Paradise
Rain” + Liza} ѽ {“BeachGym” + Liza + Polina} ѽ {"Nude Beach" + Valentina + Lina + Maya}.
Justificou o processo judicial
contra ele, o fotógrafo Galitsin: “Gostaria também de esclarecer que o
depoimento original, a base para o início do procedimento criminal, pertence a
uma paciente mentalmente instável, menor na época, sexualmente ansiosa, de
ciúme, como explica ela própria. Esta é uma pessoa conflituosa com uma mente
frágil e em sofrimento, que tem estado constantemente em choque com a sua
família e escola. Por exemplo, ela tem uma disputa com a mãe porque dirigiu-se
nua para o padrasto na sua ausência. Ela saiu de casa e abandonou a escola
várias vezes. Desde os 16 anos vivia com um parceiro mais velho. O ciúme
repentinamente irrompeu, após eu deixar de comunicar com a queixosa durante
nove meses. Este é um sentimento forte, mas não é uma razão para assinar uma
declaração e prender pessoas. Numa tentativa de reconciliação com a queixosa, a
qual foi tomada sem a minha participação, ela explicou que estava arrependida
pelo seu depoimento, pelo facto de eu ser mencionado, mas agora tinha medo dos
seus amigos, rufias e o investigador Chernyshev S.V. O exame psiquiátrico
forense que é requerido neste caso, de acordo com o Código de Processo Penal
st. 196 R.F p. 4, não foi feito. Penso que seria muito melhor clarificar
as motivações da queixosa. Contudo, a base reside claramente em razões
pecuniárias: o pedido de um milhão e meio de rublos requeridos por Bazhenova,
este é o verdadeiro motivo das declarações escritas e chantagem. Sobre a
queixosa Bazhenova foi exercida coação psicológica por parte dos seus amigos
adultos a fim de lucrar com esta situação. Antes, os mesmos amigos
chantagearam-me, ameaçando-me com o facto de Bazhenova não ter 18 anos na
altura. Mais tarde, a chantagem continuou com a aquiescência da investigação e,
por fim, formou uma ação cível no valor de um milhão de rublos por míticos
danos morais. Agora mesmo tornou-se claro que a ação cível foi um pretexto para
arrestar o meu carro de luxo, dinheiro, proibir qualquer transação, tais como
direito à herança, rescisão da transação de venda. Com o auxílio do títere o Ministério
Público canalizou o dinheiro em favor deles, entretanto eu estava completamente
destituído de quaisquer meios de reconciliação com a queixosa, caução,
encomendar produtos da cantina de SIZO, próteses dentárias, comprar medicamentos.”
Katia Petrova (Катя
Петрова). Sites: {Babepedia} {imdb} {Galitsin’s
Angels} {hqcollect}. Obra fotográfica: {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos6} {fotos7}. Obra cinematográfica: {“Naughty
Cooks 1” +
Valentina + Aksinya + Katrin} ѽ {“Naughty Cooks
2” + Valentina + Aksinya + Katrin} ѽ {“Naughty Cooks
3” + Valentina + Aksinya + Katrin} ѽ {“Hands Up” + Liza + Valentina} ѽ {“Krista Interview” + Krista} ѽ {“After Interview” + Krista} ѽ {“Twins Interview 1” + Twins + Valentina} ѽ {“Twins
Interview 2” + Twins +
Valentina} ѽ {“Alexa
Spicy Interview” + Alexa + Liza} ѽ {“Nature
Romp” + Krista + Valentina} ѽ {“During
the Snowfall”} ѽ {“Picnic” + Valentina} ѽ {“Ferry” + Valentina + Liza} ѽ {“Gera
First Shooting 2” + Gera +
Valentina}.
Descreveu esta commédienne, Galitsin: “Ela é a rapariga mais chegada até à
detenção. Ela é simultaneamente intérprete e modelo. Mas também é uma boa
fotógrafa. Porque é que lhe chamamos Reynard, a raposa? É uma personagem do
conto de fadas para crianças, a astuta Reynard, a raposa. Às vezes,
brincávamos: «Katia, se algo correr mal, chibas-te de nós?» E naquele momento
estávamos a dar a resposta por ela. «Ela chibar-se-ia de nós sem a menor
dúvida!» Ela fez tudo de forma a Katia não ser incriminada no nosso caso. Ela
chorava em dezenas de gabinetes do Ministério Público. Ela fez as piores
declarações em tribunal. No Ministério Público foi interrogada por toda a
gente. A minha esposa Irina foi encarcerada segundo o seu depoimento. Mas, para
dizer a verdade, não está zangada com ela, apenas ignora-a… Tanto ela como a
«vítima» choravam, diziam que tinham medo de nós, também pediram para não me
deixar sair da cadeia. Apenas há uns dias, a nossa «vítima» lamentava-se no
tribunal mais uma vez, ela recebeu 500 000 rublos por danos morais.
Acredito que hoje já gastou o dinheiro todo. Mas o caso de Katia é diferente, a
soma equivale 500 000 rublos, porquanto Katia roubou o nosso dinheiro
poucos dias antes da detenção. Acho que ambos, ela e Vasya Lvov, sabiam da
prisão com antecedência. Após um contacto privado com o investigador Chernyshev
S. V. uma elevada soma de dinheiro foi retirada dos cartões de crédito, tanto
meu como da Irina. Nessa altura o investigador tinha os nossos cartões de
crédito e Katia conhecia as palavras-chave.”
[2] “Hey Mickey” (2015),
p/ Sweet
California.
“É uma girlband espanhola formada em
Madrid a 23 de janeiro de 2013, cujos membros são Alba Reig Gilabert, Sonia Gómez Gónzalez e Rocío
Cabrera Torregrosa [substituída por
Tamara Nsue]. O seu estilo musical é
fundamentalmente pop, com pinceladas
de dance e R&B. Nos anos 2012 /
2013, as raparigas, ainda sem se conhecerem, criaram os seus canais no YouTube
(cada uma por seu lado), cantando versões de canções de outros artistas. Uma
editora queria formar uma girlband,
mas pedia que os membros tivessem um pouco de experiência. Assim, chamou-as e
juntou-as numa sala para cantarem uma canção. Todos os presentes adoraram a
canção, e decidiram formar uma banda. O seu nome surge porque elas tinham claro
que o grupo ia ser «cena americana» pelo estilo de música e roupa. E «Sweet»
surge porque costumavam dizer que eram umas raparigas muito doces, então
pensaram em estados americanos, «California» era o que mais pica lhes dava. E
formou-se as Sweet California.” “Somos Monster High” (2015) ♫ “Vuelvo a ser la rara” (2014).
[3] Toni Basil: “Um tipo decidiu que seria engraçado colocar
isso na minha entrada na Wikipédia. Ele foi taxativo, que Mickey era sobre
Micky Dolenz. Eu coreografei o filme «Head», mas realmente não conhecia Micky
de lado nenhum. Conhecia melhor Davey Jones.” “Um rumor persistente perseguiu a
canção durante décadas. Os versos: «So come on and give it to me / Any way you
can / Any way you want to do it / I'll take it like a man» conduziram à
especulação que Basil queria que lhe carimbassem como «um homem». Por outras
palavras, abastecida ao estilo Cláudio Ramos. Numa crítica da época, Robert
Christgau alimentou o mexerico, dizendo que Basil foi «a única mulher de sempre
a oferecer-se para apanhar no rabo no Top 40». O ativista gay nova-iorquino, Jim Fouratt, que cofundou a lendária discoteca
dos anos 80, Danceteria, ouviu a mesma interpretação na altura: «O boato
espalhou-se como fogo em palha seca entre os meus amigos escritores».” Toni
Basil: “Não! Isso é ridículo. Toda a gente vê trampa em tudo. Não é sobre nada
porco. Altera-se o nome de rapariga para rapaz – isto é, de Kitty para Mickey –
e veem o que querem nisso. Quando é um gajo a cantar sobre uma rapariga, é um
verso doce. Mas quando uma rapariga o canta, deve querer dizer levar no rabo. É
assim que o pé errado é cortado quando o médico nos empurra para as urgências.
Então é sobre Micky Dolenz e levar no rabo.”
[4] “[Bob] Rafelson apresentou a banda ao seu amigo, um
esforçado ator de filmes série B e argumentista chamado Jack Nicholson. «Jack
era fabuloso», diz [Peter] Tork. «Nós adoramo-lo, todos nós. O Michael [Nesmith]
praticamente apaixonou-se por ele, de uma forma máscula». [Micky] Dolenz
concorda: «Ele era um tipo tão maravilhoso, carismático e divertido. Jack
passou muito tempo connosco. Ele aparecia no set [da série de TV ‘The Monkees’] e acompanhou-nos em tournée, apenas para apanhar a
onda». Num fim-de-semana no final de 1967, escapuliram-se todos para uma suite
do Ojai Valley na Califórnia para uma sessão de brainstorming. No meio de nuvens de fumo de erva, falaram o
fim-de-semana todo com o gravador ligado. Nicholson levou as cassetes e
transformou as conversas num argumento, segundo Rafelson, estruturou-o sob
efeito de LSD. Originalmente chamado «Changes», o filme foi rebatizado «Head»,
em parte como referência às drogas e em parte para que a próxima produção da [produtora]
Raybert, «Easy Rider», pudesse ser comercializada com o slogan: «Dos tipos que
vos fizeram Broche» - um plano
torpedeado pelo afundanço de «Head» nas receitas de bilheteira. Dolenz
lembra-se da Raybert Productions trabalhar em «Easy Rider», ao mesmo tempo,
Nicholson, Dennis Hopper e Peter Fonda fazem aparições especiais em «Head»,
assim como Frank Zappa e o ex-campeão mundial de pesos pesados Sonny Liston. «O
filme estava a usar os Monkees para desconstruir o studio system», avalia
Dolenz. «Há uma cena comigo e a Teri Garr no faroeste e eu sou atingido por
flechas e digo. ‘Bob, não posso fazer mais esta porcaria da tanga’. Bem, aquilo
era uma metáfora das pessoas a ficarem fartas do studio system».”
[5] Galgada a fase superior do capitalismo, o
imperialismo, vivemos agora a sua fase premium,
o idiotismo. “A marca de roupas Gap retirou um anúncio que alguns críticos dizem
transmite uma mensagem «racista». No anúncio, uma miúda branca de 12 anos, de
um grupo juvenil de dança, apoia o braço na cabeça de uma colega preta de 8
anos, que por acaso é também sua irmã adotiva. Os críticos dizem que o anúncio
dá uma mensagem de «racismo passivo».” É inaceitável representar uma preta como apoio de
braço de uma branca, uma observação bastante perspicaz, que passaria
desapercebida aos olhos desatentos, aos olhos desligados do cérebro. Nós, os
lúcidos, temos o dever moral de denunciar o racismo entranhado na cultura, tão
natural, tão quotidiano, que invisível. Um casal de apaixonados, ele preto, ela
branca, passeia amorosamente nas ruas, se ela acompanha respeitosamente cinco
passos atrás ou se o preto a sobraça com o seu amplexo é normal, rapidamente
esta cena idílica descamba no racismo quando é ela que tem o braço sobre os
ombros do preto, amesquinhando-o com um gesto paternalista, numa altivez de
mamã Ku Klux Klan. Estas situações secundarizam o preto e têm de ser
imediatamente denunciadas à polícia. Os meios de entretenimento são os grandes
divulgadores de imagens negativas repugnantes nos produtos de consumo popular.
Nos filmes e séries de TV com sexo inter-racial, retratar a mulher branca por
cima é uma execrável reedição da supremacia branca e do esclavagismo,
transmitindo às jovens a ideia errada que o preto é inferior, que it’s ok inferiorizá-lo, violentá-lo, golpeando
com o seu ventre.
[6] As gémeas Claudia
e Petra van Essen desapareceram, algo impossível se
fossem portuguesas. A mulher portuguesa é um joia, uma preciosidade, das mais massacradas
no mundo pela sua noologia, formosura e gaieté.
Os homens, quando se lhes achegam, nunca se fartam delas, e, no trauma do
divórcio, desaparafusam, endoidam, matam-nas, suicidam-se, enlutados por
perderem tamanha fortuna. Não há nenhuma explicação científica unanime para
esta fusão indissolúvel, para uns será o seu odor, as moléculas odoríferas libertadas
pelo corpo de uma portuguesa, os pés, os sovacos, o rego do cu, intrigam o
recetor cerebral que identifica o cheiro encaixando-o num piropo: Oh morcona,
comia-te o sufixo, uma oitava maravilha, fora dos sete odores básicos: cânfora,
almíscar, floral, menta, éter, penetrante e putrefato, de John E. Amoore, “Stereochemical
theory of olfaction”, Nature, (1963). Em termos leigos, o recetor cerebral canta
com Pedro Abrunhosa, é impossível resistir a tanto cheiro, encontrei-te então
na baixa, (sem nada que o justifique), ali ficamos toda a tarde, nos sofás do
Magestic. Uma outra teoria explicativa da ascendência da mulher portuguesa, que
impossibilita a separação, seria os homens serem manipulados por bactérias. “Há
um caso extremo que ilustra a ideia do microrganismo que manipula o hospedeiro.
Os ratos que têm o cérebro infetados com o parasita Toxoplasma gondii (neste
caso não é uma bactéria) perdem o medo do cheiro dos gatos. Mais facilmente são
comidos, mas isso é do interesse do parasita, que passa a ter um novo
hospedeiro felino, do qual depende para se reproduzir sexualmente (sim, estes
parasitas matam para ter sexo).
É possível criar em laboratório
ratos estéreis, ou seja, que não estão colonizados por nenhum microrganismo. Se
esses ratos comerem as fezes (que contêm muitas bactérias) de outros passam a
ter comportamentos dos seus dadores fecais. Podem tornar-se mais tímidos ou
mais exploradores (mas é capaz de não ser uma boa ideia ingerir as fezes da
pessoa que tem sua personalidade favorita). Serão as bactérias capazes de fazer
algo semelhante connosco, a partir dos intestinos? São conhecidas várias formas
de as bactérias manipularem os hospedeiros, algumas delas compiladas numa
revisão de 2014 publicada na revista Bioessays”, em jornal Público, n.º 9630. Ou simplesmente é o
espírito de liderança da mulher portuguesa que submete o homem que não
deslarga.
“Em 2007, o país era governado por
José Sócrates com maioria absoluta e Paulo Portas regressava à liderança do
CDS, depois de dois anos fora da política ativa e de uma dura guerra interna
entre Ribeiro e Castro e os órfãos do «portismo». Foi neste contexto que
Assunção Cristas entrou para o CDS. Hélder Amaral estava no Largo do Caldas a
trabalhar nas eleições autárquicas desse ano quando Assunção Cristas foi
inscrever-se como militante. «O Paulo disse-me: ‘Vais ouvir falar muito dela’»,
recorda o dirigente centrista. (…). Ainda foi aconselhada por um amigo
social-democrata a ir para o PSD, onde o poder está mais à mão, mas achou
que faltava ideologia no partido então liderado por Marques Mendes. O que a
atraiu foi a democracia cristã. «Do ponto de vista ideológico, é uma
democrata-cristã. Não é liberal nem conservadora, mas é uma democrata-cristã.
Vai beber à doutrina social da Igreja», diz ao i Duarte Bué Alves, ex-chefe de gabinete de Assunção Cristas no
Ministério da Agricultura. (…). Com quatro irmãos, Assunção foi batizada pela
irmã mais velha como Becas e ainda hoje é tratada assim em casa. Na escola
sempre foi tratada por Assunção. Estudou no Colégio do Bom Sucesso, uma
instituição privada de inspiração católica onde estudam hoje os filhos e, mais
tarde, largou o rígido uniforme do colégio privado para estudar no Liceu Rainha
D. Amélia. Cresceu numa família numerosa e recorda a infância como «um tempo
muito feliz». Da família herdou a fé. Todos os dias reza. «Não
peço muitas coisas, agradeço mais, agradeço a família, a vida que tenho, peço
ajuda para fazer melhor as coisas.» À missa vai uma vez por semana e os filhos
sabem que «a coisa mais importante» ao domingo é ir à igreja. «É uma católica
convicta, praticante. Não faz disso uma bandeira, mas também não o esconde. Mas
não transporta a questão religiosa para o discurso político», diz Duarte Bué
Alves. (…). Antes de entrar na política, Cristas foi professora universitária e
advogada. Trabalhou com Celeste Cardona no governo liderado por Durão Barroso,
no ministério da Justiça, e foi diretora do Gabinete de Política Legislativa e
Planeamento do ministério da Justiça. (…). Antes de ser a primeira mulher a
chegar à liderança do CDS, Assunção Cristas já tinha sido a primeira mulher à
frente do ministério da Agricultura. Uma das primeiras medidas foi dispensar os
funcionários do ministério de usar gravata para «minimizar o impacto ambiental
associado ao consumo de energia elétrica na administração pública». A ideia era
contagiar os outros ministérios, mas não resultou”, no jornal i n.º 2102.
366 Comments:
At 5:23 da manhã, Táxi Pluvioso said…
10.º post sobre 1984, mês de maio. A frase do título é do político mais viril do espetro nacional: Ângelo Correia. Neste mês morre Joaquim Agostinho, de forma trágica, e a miss Polónia deste ano morrerá de forma, igualmente trágica, (o secador no banho), dez anos depois. Quando a família de Agostinho estava no velório, os larápios aproveitaram para assaltar a casa, um método ainda hoje eficaz. Neste mês também, um ajudante de motorista corta o pénis para reprimir o desejo sexual.
Mas principalmente isto é um elogio da classe política dignificada pela subvenção vitalícia, obra do governo da altura. Se queremos bons, há que pagá-los, diz o nono homem mais poderoso do país, Marques Mendes, esquece ele que a política é apenas um trampolim para voos mais altos, enriquecer na política é algo tão século XIX.
At 5:10 da tarde, Anónimo said…
Esse António Marques Pinto, além de despachado, mostra sageza bíblica, pois mais vale entrar no reino do Senhor com um testículo no sítio do que viver nesta República com dois desviados.
At 5:32 da tarde, Anónimo said…
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/sintome-triste-quando-as-pessoas-acreditam-em-inverdades-1742618
Porra, depois de ler isto, fiquei a perceber o Wittgenstein: "cara você só diz bobagens, vou p'ra minha cabana no meio do monte, não falo mais com cê não".
At 8:25 da tarde, Anónimo said…
Essa piada sobre o Marques Pinto parece coisa do humorista Araújo, não posso infelizmente dizer 'um Araújo série Z" pois trampa mais mal cheirosa do que o Araújo não é possível. Tenho de descansar, só volto depois da Mortágua fazer uma purga no BE, lá para o Natal.
At 2:10 da manhã, Anónimo said…
(só uma última coisa: vi hoje na tv uma gaja muita parecida com a margarida rebelo pinto a comentar política, no português de agora, cheio de estrangeirismos, helás e tal, mas fiquei de olho arreguilado quando ela disse "zoom out")
At 8:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: esta inverdadeira senhora na terceira idade é muito pândega. E tem uma prova da existência diferente da cartesiana: Toda a minha vida me foquei numa missão. Essa missão é tornar o país e a sociedade melhores. Para isso, estudo. Estou viva, existo e nessa medida sempre pensei que deve haver alguma razão por detrás da minha existência.” Foge, há um gajo que a atura há 30 anos? Espero que não haja nenhuma desgraça, que um dia o gajo flipe e desate a matar.
Zoom out? que quererá dizer. As mulheres de hoje têm cada coisa na boca.
O ministro quer substituir as praxes por cientistas, quer que os alunos sejam recebidos com cultura e ciência. Em vez de alunos a fazer coisas muito engraçadas, que saem das suas cabeças, e em vez de pôr strippers a oferecer lap dances, quer cientistas: ora caloiros, tomem lá a explicação do plano inclinado, vejam nesta placa de Petri uma bactéria multirresistente ou além um texto do Tavares do Público num círculo hermenêutico feito de chuchas e biberões de Dilthey. O ministro andou na universidade de olhos fechados, nunca viu como aquilo era, e fantasia coisas que se calhar viu em filmes. As praxes é o que está mais adequado ao nível intelectual do aluno universitário.
E o assessor do Cavaco, Fernando Lima, que vem agora morder a mão que o alimentou. Nem uma pitada de gratidão vem a atacar o grande cavacado estadista. Bem dizia Estaline que a gratidão era uma doença de que sofrem os cães, e Lima mostrou ser uma galinha, ficou chateado por ter servido Cavaco, e este, largou-o da mão quando as coisas azedaram. O gajo fala que o Sócrates tinha um “poderosa máquina invisível”. Pergunto-me se seria a do Kafka.
Ontem reparei melhor. O Tavares do Público escreve de olhos fechados. Como é que ele viu o sorriso do Costa, no meio daquelas beiçolas, para escrever o artigo do matar o país?
Há cerca de 2000 blogs a concurso para o melhor. O prémio já está no papo. O blog tem muitas ideias fortes que podem ser desenvolvidas por todo o tipo de cientistas, desde os cientistas políticos aos cientistas da construção civil. José Gil ou Eduardo Lourenço agilizariam as suas filosofias com muitas delas. Espero que seja o Presidente marcelo a entregar o prémio, para eu levar um alfinete e espetar o Eduardo Lourenço. Então não é que, na feira do livro marcelista, Pedro Mexia de micro na mão falava de coisas muito importantes, de certeza, e o Lourenço dormitava ao lado. Quando eu for receber o prémio de melhor blog do ano, ele não vai dormir, não.
At 8:57 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: hoje os jornais trazem uma anedota de morrer a rir. Os bófias mataram um tipo e alegam legítima defesa. E a desculpa é que iam identificar o cidadão para conferir um mandado de detenção, e que o cidadão se atirou a eles, inexplicavelmente. Como se os bófias não conhecessem as pessoas da zona e precisassem de pedir identificação, e ainda por cima, parece que o morto era tipo que se destacava na zona. C M chama-lhe terror da Moita. Gigante guineense. E então seriam os polícias que não o conheciam. Provavelmente, os bófias foram dar-lhe uns arrebites, era uma rua meio deserta, e o outro não foi de modas, também lhes deu. Será que aquela senhora dos números vê esta inverdade plasmada nos jornais de hoje? Os bófias não conhecerem as pessoas, francamente, isto é coisa mesmo para anjinhos.
A Alexis e a Christine são duas jovens empreendedoras que pediram fundos europeus para montar negócio próprio.
Já falam de nós há muitos anos.
Há mais um sabor para uma melhor apreciação do que se mete à boca.
Para ficar o dia a sorrir.
Pode ser muito genial mas a música só mesmo para americanos.
E como é que se deve ensinar? com exames cratistas?
At 1:29 da tarde, Anónimo said…
Já é Natal?
"num círculo hermenêutico feito de chuchas e biberões de Dilthey."
-Um conceito que deve ser explorado.
"Bem dizia Estaline que a gratidão era uma doença de que sofrem os cães"
-Vi há bocado na tv um cão desorientado no meio de um incêndio, tudo isto é triste; esse Estaline deve ser dos durões não-fofinhos.
O Cavaco, como Salazar, é uma construção, resistente a qualquer hermenêutica circular e incomplexa, tal como a senhora das estatísticas.
Táxi, lamento, mas criei um blog que pode atingir o primeiro lugar. Não vou entrar no cliché de dizer que a bloga está morta. O prémio é real e as lecas - suponho que há lecas - são reais:
http://jcplscc.blogspot.pt
At 1:37 da tarde, Anónimo said…
E trabalhar nos campos a agradecer ao Senhor o pão nosso que nos dá cada dia?
https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/jogadores-de-pokemon-go-ja-caminharam-o-equivalente-a-distancia-entre-o-sol-e-plutao-1743510
At 2:28 da tarde, Anónimo said…
Parece que o Panurgo também é candidato ao prémio já que , para utilizar a gíria futebolística, pôs "a carne toda no assador":
http://peripsema.blogspot.pt/2016/09/nocoes-do-paraiso.html
Por mais ideias que tenhas Táxi, em vão concorres contra argumentuns ad gajum deste jaez.
At 2:39 da tarde, Anónimo said…
O Kanye West entrou definitivamente para a galeria dos "clássicos", não só as mulheres dele desmaiam (fenómeno da literatura vintage) como mostra que anda a ler o livro de Barthes sobre moda (vê o final do texto):
http://lifestyle.publico.pt/noticias/364723_em-mais-um-desfile-de-neutros-as-modelos-de-kanye-west-desmaiaram
At 2:53 da tarde, Anónimo said…
Tenho de retomar aquela minha série, a "palavra do momento", a palavra-virus:
"leite" é a que anda aí:
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/isabel-moreira-contra-equiparacao-entre-cigarros-electronicos-e-tabaco-vulgar-1743473
Será por causa da Manuel Ferreira, da Milena, dos chineses ou o caralho, que merda de insistência é esta no "leite"?
At 3:20 da tarde, Anónimo said…
Ah, afinal era isto:
http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/capoulas-proclama-o-lacto-socialismo-6398732
Considerando a literatura abundante que há sobre o tema e o facto ser um dos "topoi" favoritos dos cafés snobs e hipsters que gajos como eu frequentam, acho que "continua a ser o que era":
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/joao-lopes/interior/a-linguagem-ja-nao-e-o-que-era-5372288.html
At 3:25 da tarde, Anónimo said…
Vou recomendar um livro: Eurico, o Presbítero, do Alexandre Herculano; bela prosa, estou a reler.
At 4:46 da tarde, Anónimo said…
Na foto 12, podia estar um livro de Heidegger ou até um livro de Coutinho na mesinha de cabeceira, mas não, o mundo contemporâneo opera uma brutal redução do potencial da noosfera aos elementos estritamente biológicos, mesmo que artificiais:
http://p3.publico.pt/cultura/filmes/21549/beleza-e-humanidade-nos-bastidores-da-industria-pornografica
At 11:55 da tarde, Anónimo said…
Em algum momento estes gajos conseguem pôr a hipótese - uma mera hipótese, uma representação mental que não implica a existência real da coisa - que haja um gajo que goste de ser reaccionário e que não partilhe as ideias progressistas e revolucionárias deles?
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-genio-idiota-ou-a-semiotica-da-reaccao-1743354
At 11:56 da tarde, Anónimo said…
das
At 12:16 da manhã, Anónimo said…
Esse artigo é fascinante, não lia nada tão divertido e inteligente desde o Górgias de Platão. Tenho apenas um reparo a fazer, creio que estes diálogos podiam ser mais esmerados a nível formal:
" “Quando não está a realizar o Clint Eastwood diz as coisas mais básicas”, afirma Oliveira, em conversa telefónica. "
At 4:27 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: não tens a mínima hipótese, o prémio já está assegurado, porque isto é um blog positivista, cultiva o positivismo, aponta caminhos de futuro, não pratica o bota-abaixo, nem o louboutin-abaixo. Se não houver um volte face dramático, um impeachment, uma catástrofe em Kobe, um zoom out, o prémio é meu. E subirei ao palco, e agradecerei com um discurso feito de colagens dos Oscares com várias de Walter Benjamin de um livro que cortarei expressamente para a efeméride.
Ah, o velho Nuno Nabais. Foi meu colega, quer dizer, quando cheguei para tirar um curso de Filosofia (que pensava ser muito lucrativo), ele estava a sair. Acho que ainda assisti a uma palestra dele na Sociedade Portuguesa de Filosofia, sim, havia isso, e numa zona de rendas caras.
Foge, se os jogadores de Pokémons andassem em linha reta, provavam o universo do Einstein.
O Panurgo também não tem hipótese, porque eu desmascaro com o é que aquilo, parece bom parece, é feito.
Hmm, se calhar é o Kanye que anda a organizar os cursos de comandos em Portugal, eles por lá também fartam-se de desmaiar.
Só que o leite não é tão inofensivo assim. É um inimigo da próstata. Suponho que é só o de vaca, se for da Milena, da Carrino, da Desiree Elyda, da Brianna Banks, da Anri Sugihara, a lista é infinita, já pode ser tomado ser parcimónia, a todas as horas do dia.
Preferia que o Capoulas nem desse dinheiro em vez de leite. Não tenho substituto para o dinheiro, para substituir o leite, tenho o vinho. “Domesticar o mercado”, está bem, aquilo é uma potra selvagem, ele pode dar-lhe muita cowgirl, que não vai lá.
Bom, este culpa o Magritte, e não o Marx. Não vou fazer a piada fácil, que o que importa é a língua e não a linguagem, a linguagem é cacarejar, a língua é higiene.
Fui obrigado a ler o Eurico no liceu, não me lembro de nada.
As grandes questões da humanidade, deveriam ser tratadas nos filmes porno: conservadorismo e liberalismo, direita e esquerda, fé e razão, pussy e ass, a mulher normal e a mulher vesga.
At 4:30 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Ah, o racismo, um tema que me é muito querido, e que eu muito contribuo para erradica-lo da nossa cultura. Na alínea [5] da secção música, foco algumas situações que estão tão imbuídas na nossa cultura que ninguém liga. Mas há mais. As óbvias expressões lista negra ou mercado negro ou caixa negra ou ovelha negra têm de ser proibidas, o mesmo o verbo denegrir, ou chocolate preto, ou a coisa está preta, ou apostar no preto nos casinos…
Ó diabo, “afirma Oliveira, em conversa telefónica” mas haverá coisa mais básica? Não é a linguagem que é a nossa casa, é o basiquismo ou basismo (a condição de ser básico). E aqui vai exemplo de um gajo com um curso: “Como não tenho amigos nem fortuna tenho de trabalhar” – e não contente com esta baboseira de base, puxa do conhecimento universitário: “Não sou pessoa de quem ninguém deva ter medo, tenho 1,69m no bilhete de identidade [...] e sou um grande cultor da lei moral de Kant, que diz sensivelmente isto ‘age de uma forma tal que queiras que os outros ajam em relação a ti da mesma maneira”.
Uma ideia inovadora, se as gajas vierem nuas para a rua, pedir dinheiro para comprar roupa, quem recusará?
No tempo em que elas era educadas.
O argumento do filme não parece inocente, até é uma ideia para atribuir ao Estaline a crise grega.
E os oitentas, nesses anos as coisas eram educativas.
At 1:45 da tarde, Anónimo said…
"em conversa telefónica" é vintage, dos filmes do James Bond ou isso, agora é skype.
Essa tua busca do "conhecimento permanente" não te favorece muito para o prémio; olha o Zainel Bava, não sabe nada, não se lembra de nada e ainda assim é um coleccionador de prémios. No entanto, podem compensar-te com o prémio de Miss Simpatia.
Pensamento positivo e afirmativo só o Gustavo Santos, o Deleuze e o Jim Carrey. As vantagens do cinismo e do pessimismo antropológico são muitas: "este trabalho de assessor de sua excelência é uma maçada, faço isto por fazer; enfim, as coisas são o que são, pelo menos não faço parte do povão".
As obsessões dos filósofos. Partindo do princípio de que sou um filósofo, pois todos os homens são filósofos, e eu (suponho) sou um homem: sofro do problema do Voltaire; simpatizo com o do Schoppnehauer (conhecia o caso) e o Descartes tinha razão, uma gaja ligeiramente estrábica pode ser sexy.
At 2:15 da tarde, Anónimo said…
Voltando ao artigo, conheces o Daniel Morin Oliveira?
"[Morin] Oliveira tem, até, dificuldade em acreditar que Clint tenha capacidade, fora dos filmes, de articular um pensamento complexo."
At 2:29 da tarde, Anónimo said…
Ainda o artigo:
[Morin] Oliveira: "É quando ele diz que há coisas que hoje se chamam racistas e que no tempo dele ninguém chamava racistas… Mas nesse tempo havia o Klu Klux Klan – ele não se aperceber disso é um sinal de estupidez”.
Tinha ideia de que este Oliveira, apesar de ser burro, é uma pessoa bastante informada, o que volto a confirmar.
At 8:36 da tarde, Anónimo said…
http://sound--vision.blogspot.pt/2016/09/o-facebook-contra-uma-imagem.html
Bem dizia o Espinoza que a consciência só recebe os efeitos, sem perceber as causas. Vou ter de explicar o que se passou nesse tema de administração de redes sociais, vou? Pensam que é fácil administrar sites de redes sociais, pensam?
At 9:04 da tarde, Anónimo said…
Neste caso de jurisprudência, tenho é um bocado pena do nerd que tava lá a comer batatas fritas e a censurar imagens, seguindo a "policy" do site, mas tenho ainda a esperança que foi apenas um bot e que o pobre nerd não vá para a fila do desemprego. É que a indignação moral do sujeito burguês-cristão é bonita mas quem se fode é muitas vezes o nerd/bot que come batatas fritas e com olhar insone clica em cima de fotos com maminhas para censurar.
At 9:21 da tarde, Anónimo said…
Queres um pesadelo kafkiano queres?
http://mccoment.blogspot.pt/2012/02/queixa-para-erc-contra-manuel-luis.html
At 9:37 da tarde, Anónimo said…
Japan live in Japan com Stevie Nicks a vocalista. Curioso.
https://www.youtube.com/watch?v=pr-k_rQS-QQ
At 9:43 da tarde, Anónimo said…
É verdade que a voz parecia muito o Dylan mas os Dire Straits tinham muitos mais argumentos (além da guitarra genial):
https://www.youtube.com/watch?v=Q7OpJAzQJyo
At 10:06 da tarde, Anónimo said…
A prova de que o rock é música de velhinhos para velhinhos:
https://www.youtube.com/watch?v=0PxaA_x3CqY
Pelo menos já não falta muito para irmos para o asilo, em vez de estarmos aqui, como moscas, a comentar cócós do oliveira ou do coutinho.
At 10:24 da tarde, Anónimo said…
Os Guns:
https://www.youtube.com/watch?v=GhUKuNRInSE
At 10:36 da tarde, Anónimo said…
https://www.youtube.com/watch?v=-Izya6aXLqM
a partir de 0:45
At 10:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: coitado do Daniel Oliveira, teve azar de ser filho do Herberto Hélder, e em vez de abraços e beijinhos, deve ter levado xutos e pontapés na infância, (que são mais adequados despoletar a musa):
cheirava mal, a morto, até me purificarem pelo fogo,
e alguém pegou nas cinzas e deitou-as na retrete e puxou o autoclismo,
requiescat in pace,
e eu não descanso em paz nas retretes terrestres,
a água puxaram-na talvez para inspirar o epitáfio,
como quem diz:
aqui vai mais um poeta antigo, já defunto, é certo, mas em vernáculo
e tudo
at the end of the day, é pedir muito que uma criança medrada neste meio, não cresça a gostar dos filmes de Clint Eastwood e a abraçar temas queridos, como o racismo, e aguce um olho interior que veja sinais de estupidez (nos outros).
Ah, sim, todas as imagens têm de ser recompostas para os nossos tempos. Tal como coisas não eram racistas no tempo do Clint, também certas imagens são-nos chocantes, e não eram para os nossos bisavôs. O Ministério da Verdade, do livro do Orwell, é uma urgência nos governos modernos, para ir refazendo a História conforme avançamos para mais e mais esclarecimento.
Pois é, o Arredes Sociais nem sempre está atento, nota uma pilinha, mas não nota a destruição do bom nome, como denuncio no início do post. Alípio Dias recebe a subvenção dos políticos, e justifica dizendo que se deve desconfiar de quem abdicou dela, pois se calhar não é pessoa honesta, ora o único que abdicou dela foi o Marques Mendes. Não vi indignação do Arredes Sociais por este vil ataque ao nono homem mais poderoso de Portugal. Aqui não há engano. Ele lança a suspeição, o único que abdicou foi Marques Mendes, logo ele só pode estar a falar de Marques Mendes.
Isto agora é tudo feito com bots, os nerds agora vão todos para secretários e subsecretários de Estado.
É outro tema querido, o anti-plasma, a abraçar. E há apoio político, na Madeira dizia Passos Coelho: “Na televisão parecemos mais gordos e mais velhos”.
O que eu gostava dos Japan quando era novo. Não sei quantas vezes ouvi o Gentlemen Take Polaroids. Sylvian era considerado o homem mais bonito do mundo (depois de mim, claro, embora eu nunca fosse reconhecido).
Bem, tenho que sair, continuo o resto mais tarde. Ontem descobri uma coisa curiosa, é bem possível que os livros estejam na moda. Passei pelo mercado e houve um tipo que abriu uma banca que vende livros em segunda mão a cinquenta cêntimos – um euro. Ali entre as fanecas e os repolhos encontras Diderot e Camilo, Marcello Caetano e a coleção Harlequin. Eu, procurei logo livros de Stalin, Lenine, Mao, etc. etc. livros que ensinem algo. Não encontrei, vou voltar agora, para falar com o vendedor, ontem ele estava a almoçar, e não quis interromper a sopa, e perguntar por grandes autores.
At 12:04 da tarde, Anónimo said…
Satlin, Lenine e Mão foi chão que já deu uvas. Pergunta ao vendedor se ele tem este livro:
http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/3/1/5/9789724616513.jpg
At 12:36 da tarde, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Comprei a obra do Artur Agostinho, “Até na cadeia fui roubado”, obra de pungente interesse humano. Mas também comprei “A tia Tula” do Unamuno e “Gentes de Dublin” do Joyce, obras mais menores. Não vi os grandes autores, é pena, pois um Stalin agora é que marchava mesmo.
Ontem li no JN: Viana do Castelo, ele com 64 e ela com 71 detidos a assaltar carros. – Mas o que é que fazem por aí à peste grisalha? Deixam-nos andar à solta? Além de pressionarem o orçamento da Segurança Social, agora atentam contra a propriedade privada, não sei o que será pior. Acho que as duas coisas são consideradas pecado na nova lista da Santa Sé.
Dire Straits e Def Leppard eram muito celebrados nos oitentas, Money For Nothing e Photograph passaram milhões de vezes na TV. Não sei se me aceitarão no asilo, terei a tendência de recriar, geriatricamente, cenas de Bergman e Carl Dreyer (é bem capaz de implicar alguma nudez, não será só comer morangos), e serei expulso por crime contra o celuloide.
Guns, a melhor banda do mundo.
Fogo, a miúda hoje consumirá Kanye West.
Bom livro, o Trump, nós tínhamos o “Testemunho de um banqueiro” do João Rendeiro, mas também não consegui encontrar.
A mim parece-me o Cláudio Ramos.
Com este preços, em Portugal, já iam bem pagos.
Ainda bem que foi bolo fino.
Não se deve destruir pussy.
Porra, com 50 anos ainda consegue sacar lecas valentes.
At 2:49 da tarde, Anónimo said…
Fogo. Será que o Artur Agostinho era o Churchill?
"Afinal, a minha prisão fora simplesmente efectuada quando estava a dormir tranquilamente na minha casa, «disfarçado» com um pijama de riscas azuis que não é sequer, dos que mais gosto de usar…”
http://nonas-nonas.blogspot.pt/2008/10/livro-at-na-priso-fui-roubado-de-artur.html
At 10:30 da tarde, Anónimo said…
Este sabia umas coisas:
http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/4/6/2/9789724615264.jpg
At 10:45 da tarde, Anónimo said…
Quem é esta Maria João Marques, que escreve frases tão lúbricas?
,
"Talvez por – nas zonas íntimas do cérebro que a vigilância opressiva maoista não conseguia perscrutar – haver esta perceção da duplicidade de Mao"
http://observador.pt/especiais/mao-tse-tung-a-revolucao-nao-e-uma-festa/
At 11:03 da tarde, Anónimo said…
Este da literochachada é bom:
http://observador.pt/especiais/nelson-rodrigues-o-reacionario-de-estimacao/
A ver se aparecem cousas em dvd de pornochachada e cinema marginal brasuca, como "o marido e suas duas donas flores", "matou o tavares e foi ao cinema", "pichote, a lei do menos forte" e o "van damme do lotação".
At 11:52 da tarde, Anónimo said…
She is completely naked underneath all her clothes:
http://www.cmjornal.pt/famosos/detalhe/mariah-carey-nua-na-banheira
At 11:43 da manhã, Anónimo said…
Isto é de um estupidez praticamente infinita, mas pronto:
http://daliteratura.blogspot.pt/2016/09/quinze-anos.html
At 11:47 da manhã, Anónimo said…
Mas é interessante saber que um prato de profiteroles pode dividir a história universal.
At 12:25 da tarde, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: o Artur Agostinho tinha mania tinha. Nunca se soube se ele era informador da PIDE ou não. Mas ele tem este belo excerto: “Quando senti aquela porta pesada fechar-se e a chave rodar duas vezes, ruidosamente, senti um estranho arrepio percorrer-me o corpo. Dentro de mim cresceu subitamente uma onda de revolta que não consegui dominar. Apeteceu-me gritar com toda a força dos pulmões a injustiça de que estava a ser vítima, mas havia qualquer coisa que me impedia de o fazer.” – E nem penses que vou fazer a piada fácil de que estava, na cela, um preso caparrudo que logo o comeu mal ele entrou. O my point é solidarizar-me com todas as vítimas de injustiças.
Quando penso que perdi o meu Livro Vermelho fico com vontade de gritar como o Artur Agostinho. A linha de Mao Zedung provou ser a correta, se tivesse sido de outra maneira, a História teria sido diferente e hoje não teríamos nós luz em casa (ou teríamos luz espanhola ou francesa, que é una mierda ou une merde, respetivamente). Logo, Mao não tinha alternativa avant Thatcher. Estas zonas íntimas do cérebro têm boobs, só pode.
O cérebro humano é, de facto, uma poderosa máquina. Vem no CM Idoso mata filho alcoólico com martelo de carne. É incrível como numa situação de stress, de fervilhar sináptico, o cérebro, em background, comanda para a escolha do martelo correto, e o pai não matou o filho com um martelo de peixe, que, post-mortem, levaria os jornais a especular se o falecido não seria homossexual.
Não conhecia este Nelson Rodrigues. Talvez exista algum livro dele no mercado. Agora só compro livros a cinquenta cêntimos.
Porra! Que enganador! Diz para clicar na imagem para saber mais, e ficamos na mesma. Não diz o PH da água nem a marca do sabonete.
O naine eleven foi um dia glorioso, não sei se se repetirá um dia de TV como aquele, nem as estreias das temporadas da Guerra dos tronos ou de Walking Dead conseguem reproduzir aquela sensação de dinheiro bem gasto na MEO.
At 12:26 da tarde, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Tem graça nos comments as pessoas exporem os seus casos, e nem devem ser os mais bizarros, muitos outros ainda estarão para vir.
Não sei se teria rodas (para estar num estacionamento).
Tem graça que as reações das associações reproduzam estereótipos.
Está explicado o mistério do turismo em Portugal.
At 4:43 da tarde, Anónimo said…
http://ionline.sapo.pt/artigo/523343/sri-lanka-jovem-faz-se-passar-pelo-presidente-da-rep-blica-para-adiar-exames-do-liceu?seccao=vida_i
Estava a ler isto no café. O perna de pau ficou a escorrer no prato e o café semi-bebido. Corri para casa na esperança de tentar um cambalacho do género.
At 7:24 da tarde, Anónimo said…
Mais um testemunho:
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/o-dia-mais-longo-da-minha-vida-8747800
At 8:37 da tarde, Anónimo said…
A linha de massas do Mao foi depois suavizada e revista com líricas de "linhas de fuga" e não sei quê. Mao e as massas, Adolfo e o Estado moderno, enfim, a civilização não seria possível sem o trabalho preliminar de neandertais deste jaez.
Tenho mesmo de fazer pausa longa, trabalhos hercúleos esperam por mim e ser comentarista cansa-me, é difícil, é preciso também o silêncio e saber ler as palavras do comentarista mesmo quando o comentarista está ausente; espero que, na minha ausência, e perante futuros eventos transcendentais relatados pelo CM ou isso, consigas ler os comentários que não deixo aqui, mas que no fundo deixo.
At 9:54 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: seria muito difícil fazer-se passar pelo Presidente marcelo, seria necessário ser muito afetivo e ter um apetite devorador. Talvez seja mais fácil fazer-se passar pelo Pedro Mexilhão.
Fogo, estava a ler mais este pungente testemunho do naine eleven, pensei: Que coisa, uma gaja a escrever, procuro o nome, é de gajo, voltámos ao tempo em que começou a moda dos cabelos compridos, onde não se conseguia distinguir um homem de uma mulher. O que é bom. A discriminação de sexo é um tema que me é querido. Que raio, o Artur Agostinho também chama “O dia mais longo”, o dia em que foi preso, 28 de setembro de 1974, e as suas sensações foram iguais às deste croniqueiro: “havia calor mas senti frio. As imagens das vítimas indefesas de Nova Iorque, com os seus apelos lancinantes e as suas preces desesperadas, não me saíam da cabeça.” – se calhar os jornalistas thinkam alike.
Então quer dizer, quando voltares, eu já terei recebido o prémio de melhor blog. A minha certeza é tal, que estou a treinar ao espelho poses e expressões faciais para que nada falhe, para que fique perfeito como um filme do D. W. Griffith e não se vejam saltos bruscos nesta cena do social. Ainda não escolhi o fato, mas devo optar por um clássico de Tolstoi ou Dostoiévski. Como sapatos usarei uns ténis (ou umas sapatilhas) Jimmy Choo Belgravia High Tops. E acho que levarei uma bengala com cabo de prata, mas ainda não decidi entre a bengala ou uma prancha de surf.
O que há em Portugal que ensandece os filhos dos diplomatas. Será a água, o vinho ou a Carolina Patrocínio (esta última para rimar).
É injusto, deve ser recebido como um grande de Portugal.
É assim que se deve ver arte, para evitar interpretações críticas, a linha assim, o traço assado, o ponto de fuga cozido, desta forma, não há divergências.
O começo do ano letivo.
At 3:13 da tarde, Anónimo said…
Pausa na pausa:
Aconselho a bengala com cabo de prata, não só és um cavalheiro como precisas de te defender das socialites que vão ulular à tua volta depois da cerimónia, a pedir conselho, autógrafo e elogio.
--
"comoventes jeans" é muito bom:
http://sound--vision.blogspot.pt/2016/09/terry-richardson-5-love-openly.html
At 3:59 da tarde, Anónimo said…
É uma cadeira portuguesa:
"Para o gestor, a “cadeira portuguesa” já é “um ícone”, embora não saiba dizer quem foi o autor que a desenhou. “Não podemos atribui-la a ninguém. O autor é a Adico”, remata."
https://www.publico.pt/economia/noticia/fabricante-da-cadeira-portuguesa-quer-sentala-perto-do-luxo-1743812?page=2#/follow
Por acaso li ontem uma passagem do Oscar Alho Wilde em que ele diz que o encanto da "cadeira japonesa" é que não dá para se sentar.
At 5:42 da tarde, Anónimo said…
Fogo! Esta carita laroca passou-me ao lado, não me recordo mesmo, devia estar a perder tempo com Simple Minds ou o carais:
https://www.youtube.com/watch?v=J-PYqUHfTMA
At 5:46 da tarde, Anónimo said…
lol! É que foi mesmo isso:
"Kensit has been married to musicians Dan Donovan, Jim Kerr, Liam Gallagher and Jeremy Healy."
At 6:32 da tarde, Anónimo said…
Falaste aí em cabelos compridos, relembro-te isto:
https://www.youtube.com/watch?v=7oV6wkR7SWM
a partir dos 2:50
Continua a ser a melhor performance musical de sempre.
At 6:35 da tarde, Pedro said…
epá ontem li uma passagem, um parágrafo, do Câmara Clara do Barthes. Nunca tinha lido nada do gajo. Aquilo dizia qualquer coisa em que a fotografia deixava de ser medium e passava a ser ela mesma, ou lá o que era, não consegui entender muito bem. Para me instruir decidi pesquisar no google «publico.pt roland barthes» e deparo-me com:
Antes de procurar desesperadamente nas palavras espalhadas pelo chão – “por ordem alfabética”, lembra, “porque o Barthes diz que, apesar de tudo, é a ordem que fica menos sujeita ao acaso e o acaso", diz ainda, "pode criar monstros” – um consolo para a sua necessidade de comunicação afectiva, Paula mune-se também de arco e flecha, encarna brevemente Cupido, e tenta alvejar o melhor possível um coração pendente do tecto. O amor é o alvo, mas teima em não se deixar domar, mesmo depois de trespassado, mesmo depois de o coração ser puxado para baixo e espancado à paulada logo depois do anúncio “É pois um apaixonado que fala e diz.” E o apaixonado, mais uma vez, apenas mostra a sua frustração por nada conseguir dizer.
De resto, é para esse “nada dizer” que L-O-V-E caminha em cada momento, para uma falência repetida da linguagem em servir o amor – ou servir-se do amor. Paula Diogo vê apenas “um caminho para a destruição, para a catástrofe, porque é um caminho com esse confronto com as palavras que não dizem o que se quer dizer, para um discurso necessariamente falível.” De onde quem fala é tão mudo quanto surdo é quem ouve.
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/falar-de-amor-e-um-caminho-para-a-catastrofe-1702004
Continuo sem perceber nada. Ainda estou para saber como conseguir acabar o nono ano.
E era isto. Tu que és filósofo podes explicar melhor
At 8:33 da tarde, Anónimo said…
Teatro, Gajas e Roland Barthes é para o Pedro Mexia. Também não percebi nada. Qualquer coisa que meta gajas não é para se perceber.
Mas posso tentar:
- “É pois um apaixonado que fala e diz.” E o apaixonado, mais uma vez, apenas mostra a sua frustração por nada conseguir dizer. -
Esse apaixonado não é, portanto, o Cyrano de Bergerac. O mais provável é ser um hipster mudo, que frequenta a Zé dos Bois.
At 8:48 da tarde, Anónimo said…
Paula Diogo vê apenas “um caminho para a destruição, para a catástrofe, porque é um caminho com esse confronto com as palavras que não dizem o que se quer dizer, para um discurso necessariamente falível.”
Estas desgraças von hoffmanshtalmianas permitem reavaliar os clássicos:
https://www.youtube.com/watch?v=kjmy7chZMxU
At 8:50 da tarde, Anónimo said…
Para terminar, a verdadeira "catástrofe" da linguagem:
https://www.youtube.com/watch?v=buDyz025H6A
At 8:56 da tarde, Anónimo said…
E quando a linguagem colapsa, temos as balas... perdão, o rock and rolla:
https://www.youtube.com/watch?v=4d8Xtj_Mkbo
At 9:44 da tarde, Anónimo said…
Fónix! Lá para o quarto minuto é que fiquei a saber por que raio até há padres motards:
https://www.youtube.com/watch?v=0hWOLPWm6Ss
Isto é muito bonito mas tem pouca poesia e não há viagra suficiente.
At 2:32 da manhã, Anónimo said…
Por acaso este blog congrega mentes brilhantes. O Táxi está prestes a receber o prémio e há que aproveitar enquanto não se vende aos media, enquanto não é "capturado" para ir aos programas do Daniel Oliveira chorar e coisas assim. Tu consegues ler grego antigo e Heidegger no original. Eu, um filósofo que alia a cultura enciclopédica permanente de Miguel Relvas com a destreza de raciocínio de M. Carrilho (sou a mente mais brilhante, senão da minha geração, pelo menos do meu quarto, o que não é grande mérito, pois é habitado apenas por mim e, ocasionalmente, um ou outro insecto).
At 2:58 da manhã, Anónimo said…
Por falar no Barthes:
"L’échancrure de son chemisier blanc laisse deviner la naissance de ses seins."
http://www.parismatch.com/People/Monica-Bellucci-la-sensualite-a-fleur-d-eau-1064260
At 3:02 da manhã, Pedro said…
Lol heidegger. Espera que já posto uma resposta a isso lá no meu tasco
At 11:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Pedro: é arte, é preciso “estar a fim de”. Entrar na sala e “estar a fim de”. Só fui uma vez ao teatro, ver uma peça em que os atores não usavam roupa, eu fui a fim de ver as gajas nuas, mas a iluminação, propositadamente penumbrosa, dificultava esse anseio, no entanto, lembro-me que a atriz não era má de carne.
Na questão de filosofia, só há um lugar seguro, a Wikipédia, que diz sobre a Câmara clara: “Written after his mother's death, Camera Lucida is as much a reflection on death as it is on photography. Barthes died in an automobile accident soon after the publication of Camera Lucida, and many have read the book as Barthes' eulogy for himself.”
Acidentalmente tropecei numa boa organização que poderás integrar de coração aberto.
At 11:59 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: as socialites e as intelectuais caixa de óculos, saia a roçar o chão, poros entupidos e cabelos espigados. Será de facto um problema, a fama. Sofrerei horrores para voltar para casa, perseguido por cameramen de mota, drones, helicópteros, balões de hélio, pombos amestrados com camaras nas patas, e um ou outro ocasional Super-Homem. (Terei cuidado para não passar por nenhum túnel e acabar espetado num pilar com um árabe ao lado). Estalado o anonimato, nunca mais terei sossego, perseguido pelos paparazzi, provavelmente publicarão fotos nuas minhas na internet captadas da rua com teleobjetivas. Ir às compras será um inferno. (Não cometerei o erro de usar peruca e óculos escuros, tão banais, que serei logo reconhecido e recomeçará o massacre dos autógrafos e selfies. Usarei uma careca à Pereira Coutinho e um nariz à Karl Malden, assim, ludibriando todos, inclusive os mais avisados leitores da revista Vida Rural. Nas férias, cumprirei a tradição de ir para as praias algarvias e fazer algo para as revistas do social: ou mostrar boa forma física ou uma namorada atriz numa novela. Só desejo que a fama não me lance na devassidão das mulheres, álcool e droga como o José Carlos Pereira, e que todas estas agruras sejam por um Portugal melhor.
Os jeans comovem sempre. É a peça de roupa das esganiçadas.
Fogo, e eu que pensava que a inspirada cadeira era esta. (Atenta no segundo parágrafo ao seu objeto de eleição).
A Patsi passou-te ao lado? Não admira, embrenhado nos livros, não vemos as margens. Ela até protagonizou a polémica do nipple no filme Absolut Beginners, nipple que afinal nunca existiu. Porra, andaram todos a comê-la!
Lá isso é verdade. As estações de TV, depois, não fizeram mais do que tentar reproduzir o Big Show Sic. Nunca o conseguiram.
O cameraman ficou mesmo baralhado com o tipo do cartaz Free Diogo Infante, não sabia para onde apontá-la. Não é preciso ir às desgraças von hoffmanshtalmianas, temo-las passocoelhanas: "Eu sou um bocadinho acusado de ter visões apocalípticas e catastrofistas que, normalmente, não tenho oportunidade de formular e fico um pouco surpreendido sobre as visões que me querem emprestar sobre o futuro”.
Foi uma boa comunicação de Cavaco, não foi de esquerda nem de direita.
No entanto, os padres largaram as motas com as Rockbitch, o único grupo (I thinko), que pode ter os seus concertos apenas no Pornhub. Nem vou pôr o link para não assustar o júri que está a monitorizar o blog para premiá-lo com o primeiro lugar.
Eu prometo, desde já, ser eu próprio, mesmo depois de a fama me tornar figura pública. E que as opinions que makerei estarão sempre em sintonia com a União Europeia.
E por naissance de ses seins. Meteram no Tubo um extrato do filme Pretty Baby, em que a Brooke Shields, com 11 ou 12 anos, aparece nua. Os comentários são uma delícia de Arredes Sociais. Este é um tema que me é muito querido: a instituição de um Ministério da Verdade que refaça o passado.
At 12:01 da tarde, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Os gajos demoraram tanto tempo, e o Presidente marcelo lê em hora e meia.
Até o complexo de Édipo anda baralhado.
At 5:26 da tarde, Anónimo said…
O Karl Malden!
"On December 18, 1938, Malden married Mona Greenberg, who survives him. Their marriage was one of the longest in Hollywood's history, lasting nearly 71 years."
Por acaso, isto casa bem com a careca conservadora do Coutinho. Espero que resulte ou a tua vida vai ser mais sofrida do que os papparazis perseguidos pela Lili Caneças.
At 5:27 da tarde, Anónimo said…
do que a dos
At 6:26 da tarde, Anónimo said…
ahahahahah!!
a partir de 1:10 :
https://www.youtube.com/watch?v=9zirDYPVTmg
(tenho mesmo de bazar agora)
At 11:59 da tarde, Anónimo said…
Estalinistas e japoneses, queres melhor do que isto, queres?
https://www.youtube.com/watch?v=LNTA8R00nVg
At 10:17 da manhã, Anónimo said…
Táxi, tu que és um gajo das artes performativas:
A Boca -
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/portugal-vai-ter-uma-bienal-de-arte-contemporanea--ponto-1744006
-- Cita o exemplo do Museu Nacional de Arte Antiga, onde um encenador estrangeiro, ainda por anunciar, vai estrear uma instalação que interromperá o circuito expositivo habitual, e do São Carlos, que receberá um artista especialmente desafiador, verdadeira ave rara das artes performativas europeias, num happening que incluirá parte da orquestra. Será, adianta, uma performance duracional, oportunidade para trazer “alguma informalidade” ao único teatro de ópera do país, com o público a poder “sair para ir fumar um cigarro e voltar a entrar”.
Porra!!! Está um gajo descansado no São Carlos, a ouvir o prelúdio do Tristão, com a mente a vaguear em regiões metafísicas, e aparece lá o Goucha Cristina, a fazer palhaçadas, e a obrigar-nos a ir fumar um cigarro, é isso é?
At 10:33 da manhã, Anónimo said…
Eu quero aquela cadeira com livros do Barroso. Um intelectual burgesso tem de ter estas comodidades, é como o Pavarotti, que entrava em palco num tapete rolante. Outra coisa que queria era uma estátua em cera do Valter Hugo Mãe, para substituir o globo terrreste, o compasso, o círio, a caveira e a garrafa de anis, simbologias retrógradas da sabedoria e das artes.
At 10:37 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: por enquanto estou a preparar o enfrentamento da futura fama de forma amadorística, com elementos da experiência de das Neves, Marques Mendes e Lindsey Lohan, mas no golpe de calor da notoriedade contratarei um coach de fama para desenhar um plano profissional de gestão desta intrincada situação social. Também espero, para rentabilizar o estatuto, vir a fazer uma produção ousada para a revista 7 Dias ou a Mariana, e fazer muitas presenças em discotecas, e estar presente nos lançamentos dos livros de Gustavo Santos.
Falta uma compilação dos bloppers dos comentadores políticos.
Muito bons estes Stalin, o grande estadista não os mandaria para o gulag. Sendo oitentas, tenho que guardar para futura referência.
Notei que estranhamente o teu desaparecimento coincide com o início da Casa dos Segredos. São “trabalhos hercúleos”, guardar um segredo e fazer jogo debaixo dos lençóis filmado em infravermelho.
Afinal os seios vêm para Portugal.
Não acredito, nem os erros ortográficos param o longo braço da lei.
Ó, divórcio.
Começou a época do ballet.
At 10:49 da manhã, Anónimo said…
Um plano?
"In the spring of 1799, the 21-year-old Kleist wrote a letter to his half-sister Ulrike in which he found it "incomprehensible how a human being can live without a plan for his life" (Lebensplan). In effect, Kleist sought and discovered an overwhelming sense of security by looking to the future with a definitive plan for his life."
https://en.wikipedia.org/wiki/Heinrich_von_Kleist
Também eu tentei a via de bailarino, ensaiava o "plié" e andava pelos campos atrás de borboletas e a cheirar florzinhas; mas logo a seguir veio a bota cardada e a tropa.
At 11:13 da manhã, Anónimo said…
Realmente, o "coaching" é uma via a explorar:
https://www.youtube.com/watch?v=Yn_6Y4zSO9M
(essa "casa" aí, não é igual à do CR7?)
At 11:18 da manhã, Anónimo said…
Que diria o Arroja disto?
https://www.youtube.com/watch?v=F7psA-oWFVs
At 11:35 da manhã, Anónimo said…
Acho que já era altura de ser reeditado aquele evento bíblico, com águas abundantes; Deus, se existir, anda distraído:
http://observador.pt/opiniao/o-fim-da-classe-media/
At 11:57 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: o cigarro pode ser metafórico. O cigarro sempre se direcionou para a arte.
Portugal vai ter uma bienal de arte? Caraças, estes gajos estão mesmo de uma lição, de uma aldrabice sob a forma de arte, como Dalí ou Lacan, génios reconhecidos, mas acima disso amantes do dinheirinho bom. Sacar-lhes umas lecas com uma “criação” “artística”.
Um homem tem que ter um plano.
Parece mais a casa de Poiares Maduro. Se fosse de CR7 teria a mãe na piscina, ela faz de sereia (little mermaid).
Ioga em sapatos de salto alto, Arroja aprovaria, é sinal de não-esganiçamento.
Porra, o fim da classe média seria o fim da Cristas, ela agora é a grande defensora da classe média, não fala doutra coisa. Queria pôr em cima da mesa uma questão sobre a cristã, simultaneamente democrática, é uma coisa que faço pouco, pôr questões em cima da mesa, mas hoje não posso, tenho que desligar o computas para fazer uma pesquisa livresca.
At 12:19 da tarde, Anónimo said…
Fui demasiado optimista. Não há, hoje em dia, sustentabilidade para as devastações bíblicas:
Águas abundantes? Isso era antes do Sousa Cintra. Hoje é um recurso limitado e taxado (e no futuro vai ser um problemazito do carais)
Praga de gafanhotos? É uma espécie ameaçada.
Apocalipse? Uma fantasia. O apocalipse seria a reunião de uma série de empreendedorismos insustentáveis, só mesmo nas fantasias de Hollywood tal coisa é possível.
Por último, a própria imagem do Criador, imenso na sua mega-nuvem, a lançar trovões para cima dos passos e dos monhés: a EDP não deixa.
At 12:28 da tarde, Anónimo said…
Quando não há tema, um gajo pode sempre discutir a "natureza humana":
https://www.publico.pt/mundo/noticia/os-deploraveis-estao-entre-nos-1744037
At 12:34 da tarde, Anónimo said…
Uma alternativa ao "pichota na boca" (que é um método anti-democrático):
https://www.youtube.com/watch?v=-oUNGmJ6Sqk
At 1:23 da tarde, Anónimo said…
Não li todo, mas estas memórias cinéfilas parecem-me boas, excepto o dizer mal do Vincent Price, não posso gostar de ninguém que não goste do Vincent Price:
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/memorias-subjectivas-2-8753217#cutid1
At 7:02 da tarde, Anónimo said…
Efeitos imediatos de "não haver gajas": um gajo ficar com óculos, dentinhos de fora/baba e tirar 20 a tudo -
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/melhor-aluno-a-entrar-na-universidade-do-porto-desistiu-da-vaga-1744078
At 7:09 da tarde, Anónimo said…
O combate de dois gigantes do pensamento moderno e até medieval:
O Saloio de Mação versus O Filósofo Sciences-Pô.
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/defesa-de-socrates-pede-afastamento-do-juiz-carlos-alexandre-da-operacao-marques-1744105
At 7:33 da tarde, Anónimo said…
Ainda vais a tempo de desistir do prémio Táxi; olha o que a fama, o Arredes Sociais e as esganiçadas fizeram ao Arroja:
http://portocanal.sapo.pt/um_video/I7yTtHIz0ztzro1bS4yR
At 6:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: o Apocalipse é certo. Passos anunciou e Passos não mente. E a propósito de Passos, aproveito para pôr sobre a mesa, algo que devia ser um hábito quotidiano: pôr assuntos sobre a mesa. Dizia eu, aproveito para pôr sobre a mesa o tema Assunção Cristas. Passos é um sonso, a política é a sua única forma de ganhar umas lecas, e agarra-se a ela como uma lapa. Mentir para ele é uma segunda pele. Vai para casa e dorme de consciência tranquila, sem remorso algum. O mesmo já não sucede com Cristas. Católica, o pecado atormenta-a. Passa os dias a enfiar petas, chega a casa, não dorme sem expiação. O jejum, as chicotadas, o cilício ou mesmo as Ben Wa Balls, interfeririam na sua atividade política, o incómodo físico distrairia, alhearia do meio circundante e as vozes dos colegas pareceriam balidos de ovelhas, e não úteis contribuições, para pátria e partido. Como se punir sem perder a concentração? Para uma católica só há um sítio que aguenta aguenta: o rabo. No verão, a TV mostrou um outro lado da centrista, o lado de trás. Tem uma divinal peida. É fácil imaginar que findo o dia, recolhida para o sono, revendo o que disse durante o dia, conversa fiada, - até a sua defesa da classe média é balão de ar, quando ela saiu do governo o número de pessoas nesta classe descera drasticamente –, antes de dormir, virar-se para o marido e pedir para ser enrabada. Não nestes termos vulgares e populares, mas em termos ternos do amor Querido, empurra-me o cocó para dentro, ou Quiduxo, ilumina o beco da Becas, ou Bebé, já sabes onde é.
Este Tavares foi tocado pelo isqueiro da razão (“eu sou bom”) e, como anda na politica, pelo chouriço da ação (“eu é que sei”). Uh! Uh! Um novo mundo: “Ser de esquerda não é achar que a classe operária está isenta de ter sentimentos racistas. E ser progressista não implica ficar calado quando são os “perdedores da globalização” a dar voz às ideias mais reacionárias.” Não se consegue perceber qual, na sua mente, é a relação entre apartheid e inquisição.
É uma boa alternativa à "pichota na boca", veremos se constará do próximo orçamento do Estado.
“Eram a qualidade e os elementos mais visuais que me prendiam”, é um tema que me é muito querido, a qualidade. Porra, não me lembro nada de a TV passar clássicos ao sábado à tarde. Pelos vistos, ele deixou de ver filmes, para ter tempo para escrever tanto.
Olha, uma que vai chupar muito grelo na faculdade: "Comecei a perceber que o corpo humano me fascinava”. Esta curiosidade numa residência estudantil termina no quarto da colega invariavelmente.
Pedir o afastamento do juiz? Não vale a pena. Quando o julgamento começar o juiz já estará morto, a não ser que dure mais que o Manoel Oliveira.
Fogo, o homem mais odiado do país! O monstro do ano! Epá, hoje, dia 15, está Arroja no DIAP, a responder pelo crime de descriminação sexual. Este é outro dos meus temas queridos. Vou ter que rever a minha estratégia para me proteger do Arredes depois de a fama chegada: vou conseguir uma bula do Presidente marcelo garantindo que sou afetuoso.
At 6:44 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
O cabrão do Arredes mete-se em tudo, até na moda.
E não lhe podemos escapar.
Está na hora de arranjares um barba à profeta.
Agora que a gasosa está barata.
O tema que me é muito querido da discriminação.
É quase oitentas.
At 1:08 da tarde, Anónimo said…
"Comecei a perceber que o corpo humano me fascinava”.
Corpo no sentido cartesiano, de máquina animada, com uma separação epistemológica clara entre o sujeito observador e o objecto observado (sem interferências quânticas na gata de schrodinger).
"O cabrão do Arredes mete-se em tudo, até na moda."
A professa, na minha modesta opinião, pode levar as roupas. Trata-se de alunos do 4 ano e não do Arredes (um sujeito na casa dos 50, de bigode e garrafão). Também não podemos partir do princípio que podem acontecer depois problemas nas reuniões da professora com os pais; estamos a falar de pessoas civilizadas, que separam claramente a esfera da líbido da esfera civil, e não do Arredes.
At 11:29 da tarde, Anónimo said…
"No verão, a TV mostrou um outro lado da centrista, o lado de trás. Tem uma divinal peida."
Ora aí esta mais uma coisa para ser taxada: a peida. Um peida abundante traduz um modo de vida neoburguês. À atenção de Mariana Mortágua.
At 11:43 da tarde, Anónimo said…
Táxi, os teus olhos que a terra há-de comer, já viram tudo, papagaios a andar de patins, maoístas na goldmann sachs, peidas de cristas, o raio, mas isto nunca:
http://www.tvi.iol.pt/secretstory/videos/carla-recebeu-um-aviao-da-namorada/57dabdb20cf2a409e4717d94
Uma lésbica a falar açoreano!
At 12:13 da manhã, Anónimo said…
Era entrar aí o Fisco e lixa-lo(a)s a todo(a)s:
https://www.youtube.com/watch?v=wk2J4RrB35c
At 5:07 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: será que o Arroja foi preso? Saiu do DIAP por seu pé? Ou de gatas? Não vi nenhuma estação de TV acampada à espera do economista, é discriminação, que condeno e deploro, se fosse o Vara ou o Manuel “Palito”, estavam de câmara ligava 24 horas para não perder uma mosca, o economista entra anónimo sai invisível.
A Assunção apanhou o jeito de dizer “eu diria”, está sempre a dizer “eu diria”, creio que é uma citação de Dupond e Dupont.
Um dos temas que me é mais querido é a língua portuguesa e o seu salvamento da espúria e do gargarejo. Tenho andado aqui nos livros à procura de citações sobre fressura e fressureiras. Perguntar a Deus Google não vale a pena, Deus emudece. A língua portuguesa é tão rica, e entre as suas mais belas palavras está fressura, há ação mais magnânima que uma mulher possa fazer do que fressura? Fressura é mais português que as palavas saudade ou vinho tinto, e podia ser exportada para as outras línguas, se houvesse vontade política. Na alínea [1] da secção cinema citei o movimento contrário, isto é, a migração de palavras estrangeiras para o nosso dicionário. Este tema surgiu-me em cima da mesa porque me deparei com o problema de traduzir “money hungry”; traduzi por peseteiro, e cientificamente expliquei que uma palavra de outras praias se aflorasse um português, essa palavra seria nossa. Tentei recordar-me de exemplos, só me lembrei daqueles. Bem que queria um em italiano ligado a Poiares Maduro, mas não tive sorte. Agora está na altura de retribuirmos, darmos palavras ao mundo, e fressura cumpre os requisitos. Tentei encontrar nos livros fundamentação científica, mas mexer nos meus livros é uma tarefa muito difícil, nem consegui encontrar os livros de Sade. Socorri-me de extensas citações de Pierre Louÿs, que era especialista, é pena não ter autores portugueses, Teodora Cardoso não seria mau ou Agustina Bessa-Luís. (Ou, que as duas fizessem fressura, nesse caso, inspirado por esse romano fogo, seria eu próprio a escrever bela prosa poética para mostrar aos outros povos a vantagem de assumirem a palavra).
É um tema candente, o fufismo, nunca deixarei de bater-me por ele, acho todos os posts são panegíricos a esse estado de graça.
Há gajas que nascem com corpos que dão para pagar os impostos, outras se forem saloias de Mação, terão que trabalhar.
At 5:08 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Uma futura democrata cristã.
O tal ioga.
Passos dá o cu e Marco antonio Costa para ter poleiro, outros não têm de fazer nada.
Tenho vários CDs do grupo dele, tenho este.
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Há nova obra no mercado, e apresentada por Passos, sinal de qualidade:
Por exemplo: o “affair” que Pedro Santana Lopes teve, no Algarve, com uma hospedeira de 18 anos, cuja mãe não a deixava sair tarde de casa, pelo que a jovem tinha de saltar da janela (enquanto o “Romeu” Santana Lopes a aguardava à janela…). Uma história rocambolesca que viria a resultar numa belíssima história de amor? Nada disso: Pedro Santana Lopes, na mesma noite, já estava embeiçado por Cinha Jardim. Santana acabaria por revelar ao Autor do livro que não consegue deixar de viver apaixonado – e isso explica uma certa desorientação emocional…
At 11:30 da manhã, Anónimo said…
Quem escreve mal, pensa mal, excepto em Portugal: a maioria dos que aqui escrevem bem, também pensam mal.
Gostava de ler esse livro do João António Saraiva, como dizia Oscae Wilde:
"By giving us the opinions of the uneducated, journalism keeps us in touch with the ignorance of the community."
At 12:56 da tarde, Anónimo said…
Sexta devia ser dia de sair à noite, nem nos anos 80 eu saia, ficava em casa entretido a ler nietzsche, enquanto os outros iam para as boites dançar guns n roses.
https://img.ifcdn.com/images/5182d631e93be6b420b78ff14b8f6899412eb82a884136598465c90a583c6379_1.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=zXt56MB-3vc
At 2:32 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro: o livro do Saraiva terá muito juicy, é uma coisa que temos pouco por cá, juicy. Espero que algum jornal publique as passagens mais juicy para não ter a chatice de ler.
Fogo, trocar a ida à discoteca por ficar em casa a ler Nietzsche é muito forte, só aguenta um Agapito de Palestrina ou uma Augusta de Serravalle ou o Rentes de Carvalho.
Se não reparaste, já começou.
É um tema que me é muito querido.
Otários, não aproveitaram a oferta.
Quando os luteranos vivem em Gomorra.
O YouTube servirá apenas para ver vídeos de intelectuais, Pereira Coutinho, Cavaco Silva, se a Mariana quiser mostrar a mamas não terá lugar onde.
At 2:34 da manhã, Táxi Pluvioso said…
julio dias loureiro:
Música para fazer o amor.
Música em que o amor já vem feito.
At 11:52 da tarde, Anónimo said…
O livro do Saraiva parte do pressuposto, completamente errado, de que os políticos são pessoas normais, com necessidades "sexuais", como se o poder não fosse afrodisíaco o suficiente e o alvo a "fuckar" não fosse, invariavelmente, o bom povo.
Reconheço que essa minha atitude, para além de estúpida, era misantrópica; hoje fico em casa a ler o "De Mal A Pior" do Vasco Pulido, mas depois saio (tenho de sair aliás).
O Putin tem razão, a semente é sagrada e na Rússia já há mulheres da vida suficientes; o Pornhub é um modernismo aliás, como as portas-rolantes.
--
Boa cena, não tem o esquilo traquina do Ice Age, mas mesmo assim vale a pena ver este filme:
https://www.youtube.com/watch?v=vKZPgGbUuX0
At 11:54 da tarde, Anónimo said…
portas-giratórias
At 12:26 da manhã, Anónimo said…
Não há dinheiro não há vícios:
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/as-esquerdas-e-o-dinheiro-5395256.html?utm_source=dn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=1.208928154.983588522.1474240673
At 12:50 da manhã, Anónimo said…
Lá começa o efeito-saraiva:
https://blasfemias.net/2016/09/18/intimidade-revelada/
É Pornhub a mais, que põe o pc lento e derrete os circuitos.
At 1:17 da manhã, Anónimo said…
Imagem eventualmente tenebrosa da Mariana Mortágua quando catraia:
http://2.bp.blogspot.com/-1vbw12FtLmM/VDZ7HKAFHPI/AAAAAAAAAMs/ysSwgiOWTXU/s1600/The%2BOmen.jpg
At 1:21 da manhã, Anónimo said…
Agora a sério, quando a Mariana propôs aquela coisa, como foi possível ouvi-la sem um ataque de riso? "Great idea Mariana!" kas kas kas, "Nunca tal coisa tinha sido pensada!" kas kas kas.
At 1:55 da manhã, Anónimo said…
Repara nos comentários. Caíram todos em cima do gajo. Ora, este espécime só tem contra ele a cara de toino, no resto ele aplica a moral de sobrevivência normal num estado democrático: antes lamber cus e viver na desonra do que morrer como um herói impoluto; pelo menos é o que eu faço, mas cada um sabe de si.
http://sol.sapo.pt/artigo/523787/o-livro-proibido-de-jose-antonio-saraiva-a-democracia-vai-nua-
At 2:02 da manhã, Anónimo said…
Ainda sobre a Mariana. O Costa pá. O Costa devia estar mesmo num spleen baudelariano: "que se foda, ela que vá para o microfone anunciar a coisa, agora estou a ouvir AC/DC e não quero ser interrompido".
At 2:18 da manhã, Anónimo said…
Quem é este ex-fala-barato? Que faz ele num cenário que podia ser um pintura de Henri Rousseau ou um filme jungle-erotic de Jesús Franco?
https://www.publico.pt/politica/noticia/alberto-joao-jardim-da-politica-para-o-cinema-1744433
At 7:05 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: parece que o livro do Saraiva vale mesmo a pena. Naquele programa de humor da SIC, Eixo do mal, desancaram como nunca tinha visto antes, e até no bom estilo, eu não li mas zás! Pumba! Toma! (tal como eu, não leio nada e sou capaz de falar de cátedra de todos os assuntos). Chamaram pulha, pulhice, coscuvilheira, e até o filho do Herberto Hélder sugeriu que o Saraiva não bate com a bola toda, tem problemas mentais. Nitidamente notava-se que lamentavam não haver mexericos deles no livro, pois daria ar de importância. Eu sou do tempo em que ter um boneco no Contra Informação era o ponto alto do estatuto social, um boneco feito de raiz, não um normal com uns enfeites e dizer que é fulano ou sicrano. Um who’s who nacional sabia que atingira o topo, quando tinha um boneco feito de propósito para ele no Contra Informação, no livro do Saraiva passar-se-á o mesmo, quem não vier citado ficará com dor de corno. No ido tempo dos reis havia livros de anedotário nacional, com relatos de coisas das ruas, paralelemente à História oficial; não me lembro do nome, quem falava nisso era o Saraiva, o outro, o Hermano; se queremos compreender uma época pelo que diz o alegadamente historiador Rui Ramos, então ficaríamos a saber uma bela fantasia (e ainda por cima o Walt Disney já morreu). A ver se o ministro das finanças, o gato, me dá folga orçamental para comprá-lo, talvez para o ano que vem, este ano já está comprometido.
E nenhum realizador português filmou uma cena semelhante com Afonso Henriques a bater na mãe. Claro que a grande cena do nosso tempo é… Bateman.
“Com algumas exceções, as pessoas de esquerda não têm muito. Por isso, quando estão no governo, têm uma atitude ligeira com o dinheiro dos outros.” – foda-se! Espero que o Saraiva tenha um bom mexerico sobre este colunista. Diz ele que não há ricos, há e sempre foram assim.
Ei, caraças, esse Vítor Cunha revelou o tamanho do seu sexo, não é normal no homem português, que por regra mente muitos centímetros acima, este não, diz ele que a bloquista “anseia ser assaltada na rua por brutamontes cheios de testosterona”, não se oferece ele, Vítor, espera que apareça o mítico e proverbial brutamontes.
O Rui Moreira do Porto já chama Lei Mortágua às trocas costianas no IMI. Nessa mesma altura ela pediu ao Costa para olhar o capitalismo de frente. Se o Trump vencer virá cá o tal brutamontes.
O artigo deste engomadinho vem reforçar a ideia de que tenho que ler o livro.
Está visto que o Alberto João tem nova carreira pela frente. De galã de cinema.
At 7:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Bom, é modalidade olímpica.
Tu, que gostas de dar às visitas um ambiente intelectual para beberem gin e discutirem Sartre, já não precisas de gastar dinheiro em livros, basta comprares um autocolante.
Incrivelmente, ele não está a falar da Ferreira Leite.
Trabalhar na indústria não é só divertimento.
No nosso país.
At 12:28 da tarde, Anónimo said…
Ai ai: lá está o Carlos Filhozes:
"A maior parte afirma que não vai voltar."
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-querido-mes-de-agosto-1740104?frm=opi
Opá. Portugal é uma merda? É. Eles não querem voltar? Que não voltem! Mais ainda: que se fodam e que lhes seja fechada a fronteira caso revoguem a decisão!
Viva Salazar! (a sério, só gosto de Salazar)
At 1:06 da tarde, Anónimo said…
"Eu, Cenoura, estar aqui em Nova Ioque, eu não ser barbárie, eu aqui ver melhor a piolheira/choldra à distancia, eu dizer-vos estas coisas":
https://www.publico.pt/mundo/noticia/notas-de-nova-iorque-1744455?page=1#/follow
At 2:01 da tarde, Anónimo said…
Love Without Violins:
http://sound--vision.blogspot.pt/2016/09/the-gift-primeira-cancao-com-brian-eno.html
Love With Violins:
http://www.pornhub.com/view_video.php?viewkey=ph5716f032461b3
At 2:14 da tarde, Anónimo said…
Queres saber o que acontece quando um gajo lê Nietzsche, Oscar Wilde, Burke e Cebolo, e até Chagas, em excesso, queres?
https://www.youtube.com/watch?v=yMKxwbzdyYI
At 2:21 da manhã, Anónimo said…
Porra. Está-me a doer a cabeça de tanto rir, depois de mais umas páginas do "Mal a Pior" do Pulido. Acho que o Pulido ainda é melhor do que o Cervantes e o próprio livro é volumoso; a minha personagem preferida é uma criatura que por lá anda, chamada "Cavaco".
At 9:11 da manhã, Anónimo said…
Foda-se. O Galambra é "giro"?
https://www.publico.pt/politica/noticia/la-comandante-mariana-1744523
O estado (e paneleirage) a que isto chegou.
At 9:53 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: pois, sim, “boa imagem profissional que gozam lá fora”, é curioso que os botsuanos também dizem a mesma coisa. É uma daquelas frases que atravessam todas as culturas.
Epá, não estou nos finalistas do blog do ano. É uma enorme surpresa. Atribuo isto à compra dos juízes pelos adversários com favores sexuais. Vou contactar o meu advogado para meter uma providência cautelar e que seja a imparcialidade da justiça a avaliar esta injustiça. Isto é uma notícia devastadora, já tinha feito adaptações em casa para proteção da privacidade, tais como: instalar um canhão de bolas, como aqueles que há nos campos de ténis, para acertar nos paparazzi empoleirados nas árvores e fazê-los cair; também mandei instalar uma placa na entrada dizendo Aqui mora Marques Mendes, para afugentar os caçadores de selfies; e abri um fosso com uma ponte levadiça e só permitia a entrada no prédio de cavaleiros montados a cavalo. Só posso atribuir este nefasto desfecho a uma cabala, da pipoca mais doce, ou do grelo mais verde, ou do superjuiz, ou do superbombeiro, ou do superescritor, ou da superavózinha ou do supercatroga … ou do superargo. Ainda estou com esperança que o júri reconsidere desta decisão em cima do joelho, e que decida em cima do tendão de Aquiles e eu regresse à senda luminosa da fama.
Olha o rabanete, pensei que já tivesse morrido. Será que ele conseguiu a aliança das civilizações, e cristãos e mafomas já dancing in the streets com aquelas roupas o Bowie e do Jagger? “Perante este quadro sombrio, importará todavia lembrar que, da História, e da sua lenta e pouco linear passada de anos e séculos, nos chega igualmente um sólido acervo de realizações que justificam que continuemos a acreditar num futuro melhor e na evolução positiva da sociedade em que vivemos, no plano nacional ou internacional.” – lá entrará em cena o Rui Ramos.
Fogo, o Brian Eno foi a Alcobaça ou Alcobaça foi a Brian Eno. A Hitomi toca bem, esperemo-la no próximo Jorge Palma.
Mas o quê? Quem é este bárbaro? A literatura não nos torna pessoas melhores? Isto é um obscurantista. De certeza que é militante do Estado Islâmico ou seguidor do Agostinho Neto. E por literatura. Reparaste que o CM vai vender (0.50 €) vários livros do Dick Haskins? Será às quintas-feiras. Já pedi na tabacaria que me reservassem um exemplar.
O livro do Valente Polido vinha com uma oferta de uma garrafa de whisky ou vem a seco?
At 9:56 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
De qualquer maneira é melhor que leias o livro do Pulido rapidamente, o tempo escasseia.
Insistindo, de facto uma grande banda, e uma arte esquecida, a das parties.
At 10:11 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Porra, a paneleiragem está mesmo a ocupar o espaço mediático. É o Tavares e também o Paulo Rangel a atirarem-se à Mariana, eles preferem um homem: Passos. O Tavares arma-se em cátedro: “Esta declaração revela mais do que qualquer programa de governo. Analisemo-la, ponto por ponto.” O Rangel usa uma palavra sem sentido, o “chavismo”.
Afinal há um sem pescoço contra o livro.
At 12:10 da tarde, Anónimo said…
Fogo! Realmente, cinco mil milhões de anos é mais ou menos a estimativa do Pulido para se conseguir resolver a quantidade de sarilhos criados em Portugal pelos portugueses.
"também mandei instalar uma placa na entrada dizendo Aqui mora Marques Mendes, para afugentar os caçadores de selfies; e abri um fosso com uma ponte levadiça e só permitia a entrada no prédio de cavaleiros montados a cavalo."
Hmmm... Há aqui qualquer coisa de anacrónico que empresta fantasia à narrativa.
Bem, isso de não estares nos finalistas é normal, a porta é estreita e só os melhores conseguem passar; não desanimes, é perseverar, trabalhar no duro, com trabalho tudo se consegue; com trabalho e alguma sorte daqui a cinco mil milhões de anos atingirás a final e a merecida glória (e o inconveniente desassossego).
Yap, os Japan e os Roxy Music são bons sem serem chatos.
At 8:13 da tarde, Anónimo said…
Por falar nos Roxy:
https://www.youtube.com/watch?v=HaCzvxjaQpQ
(aparece aí um violino esquisito)
At 8:41 da tarde, Anónimo said…
Canção bizarra:
https://www.youtube.com/watch?v=PEJZmmssEN0
Tem piada: nesta altura o Espada já preparava, em última instância, os preliminares para a instauração da Ditadura do Proletariado; Durão, contra o mais elementar senso e por razões inexplicáveis, continuava o trabalho subterrâneo de sabotagem do ensino burguês; Crato, por si, já espiava e ameaçava detonar - o quê não se sabe bem. O tempo nada apurou destes mistérios.
At 8:59 da tarde, Anónimo said…
Os deuses não gostam de Jesus:
http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/francisco-jose-viegas/detalhe/20160920_0012_blog
" como reconhecia Albert Camus: "Tudo o que aprendi sobre a natureza humana, aprendi-o com o futebol." "
Está explicada a origem do pessimismo antropológico.
At 9:03 da tarde, Anónimo said…
A Madame Bovary não é o Passos:
http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/joao-pereira-coutinho/detalhe/licao--de-aviso
At 9:15 da tarde, Anónimo said…
Boa malha dos 80s:
https://www.youtube.com/watch?v=a_fhVeJUee4
At 8:26 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: de facto enganei-me. Não era Cavaleiros montados a cavalo mas Cavaleiros montados nos seus corcéis, num tom mais medieval e com dois padres no telhado a lerem em voz alta, a plenos pulmões, excertos apropriados de Étienne Gilson, assim só passaria o carteiro e eu não correria o risco de ter fãs debaixo da cama como o Júlio Iglésias. Não me resta mais nada a fazer, senão, preservar, claro, vou pôr mais temas sobre a mesa e ganhar os likes do meus conterrâneos, e no próximo ano receber a almejada estatueta.
Foi um grande balde de vinho frio não ter passado à fase final, quando estava convencido da vitória certa e da minha inclusão (porque famoso) no segundo volume do livro do Saraiva. Espero não cair na depressão e deixar crescer uma barba à Moreira da Silva e trincar as palavras como ele (passa-se algo no PSD relacionado com a boca, não quero fazer a piada fácil de que andam a mamar caralhos, mas Luís Montenegro anda a crescer umas bochechas Dizzy Gillespie, parece que anda a soprar num trompete, Moreira da Silva empreguiça-lhe a língua, Passos abusa do “portanto”).
Também me enganei nos livros do Dick Haskins, não é o CM, é a revista Sábado que venderá quatro títulos. E por livros, então não é que Passos já não vai apresentar o livro do Saraiva, o casmurro, o homem que não volta na palavra, o homem com visão de futuro, retrocede e fecha-se em casa. E a editora cancelou a apresentação com medo que algum cliente da Sociedade Portuguesa de Autores se faça explodir com uma écharpe explosiva. É outra vez o pesadelo do livro do Raposão, em que milhões e milhões de alentejanos rumaram a Lisboa para boicotar e esbofetear o Raposo (ah! tanta atividade cultural e se calhar o livro nem se vendeu).
Os maoistas deram-se bem na vida, a linha de Mao estava correta, o campesinato ascendeu à boa vida.
Que caraças, tanta metonímia, “capazes de nos comover com uma jogada, um golo, um drible, uma defesa ou um "posicionamento”, porque é que o gajo não diz logo que gosta de homens? Bom, tudo o que aprendi sobre a natureza humana, aprendi-o no CM.
Lá está o Pereira Coitinho com a dor de corno.
At 8:31 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
A Mathea espera pelo Euromilhões para entrar na classe média e ser defendida pelo CDS.
Debaixo das camadas.
Nem um pé foi magoado.
At 12:08 da tarde, Anónimo said…
O Dick Haskins nunca li, não é como o Dennis Mcshade? (se for é bom).
O Mao trouxe gente do campo para os confortos burgueses?
https://www.youtube.com/watch?v=FV2O6whuSw8
A ligação entre as massas/bom povo e os intelectuais nunca foi boa e provavelmente nunca existiu, ainda assim o bom povo (neste caso) podia esforçar-se e tentar meter menos medo do que certas criaturas do Terror no Texas.
[Agora percebo por que raio a esquerda não gosta dos pobres e se concentra nas "causas da pobreza".]
Na altura do Punk, andava toda a gente a escarrar e a grafitar palavras de ordem contra a ordem, enquanto eu lia um calhamaço de Etienne Gilson (está todo sublinhado, estragado, portanto).
At 1:03 da tarde, Anónimo said…
Se a ambulância conseguiu passar nessa manif, significa que a manif não tem qualquer tipo de suporte, nem do arménio, nem do pc, reduzindo-se a um compósito de entes sem eira nem beira.
" Que caraças, tanta metonímia, “capazes de nos comover com uma jogada, um golo, um drible, uma defesa ou um "posicionamento” "
Isto não é verdade. Lembras-te da última vez que viste um drible? Falo de um drible, e não de um emaranhado de signos vocalizados por cientistas da bola (no pior dos casos) ou pelo Futre (no melhor), num cenário esverdeado ao fundo em que apenas é possível descortinar um Mister e umas bestas na bancada.
At 1:37 da tarde, Anónimo said…
Vou escrever agora mesmo um tratado sobre "futebol e natureza humana".
https://www.youtube.com/watch?v=hriHFA1nv1s
Começo com um preâmbulo, mas como ninguém gosta de ler prêmbulos e prefere passar ao cerne da questão, abandono agora mesmo o preâmbulo e passo já à introdução. Como introdução, ponho esse videoclip do Savisevic que pode ilustrar a relação partes/todo, tema eminentemente futebolístico, humanístico e político e que põe a questão mais profunda (como no caroço da cebola lobo antuniana) [estou já no desenvolvimento] da "natureza" (repare-se) do jogo: o jogo é de natureza colectiva ou individual? Será necessário um árbitro (Estado, Máfias, etc) para regular as partes no todo e o todo nas partes? O que será, espremendo ainda mais o caroço da cebola lobo antuniana, a própria "natureza"? E o que será o "jogo"? E Jesus, que nos tem a dizer?
Esta brilhante conclusão mostra que este não é um tratado dogmático e que deixa em aberto problemáticas essenciais para o destino da natureza humana e do próprio futebol.
At 2:04 da tarde, Anónimo said…
- Romeiro, romeiro, quem és tu?
https://www.publico.pt/multimedia/video/jornalista-frances-nao-sabia-quem-era-marcelo-rebelo-de-sousa-2016921010135
Falaste aí no Dizzy:
https://www.youtube.com/watch?v=gg1Wl-NmzWg
At 2:11 da tarde, Anónimo said…
O bagaço e o catarro deram cabo da voz do Morrissey:
https://www.youtube.com/watch?v=VUBpHaHO9qI
At 2:26 da tarde, Anónimo said…
Estava a pensar em comprar o livro do Saraiva, mas deixo sempre as leituras a meio; pensei melhor e vou esperar pelo filme (que será provavelmente realizado, se não bater com a porta a meio, pelo João Botelho).
At 2:42 da tarde, Anónimo said…
The Deputy:
https://www.youtube.com/watch?v=6KEa-lH_d80
Se me é permitido uma crítica, aparece ali um cliché (2:25): um preso amarrado a uma rebeldia james deaniana (podia ser um Portas antes de entrar na esfera política), a contrastar com a gravitas e sentido de Estado de um xerife que podia ser um Abreu Amorim ou um Sousa Pinto (aos quais Henry Fonda empresta o corpo).
At 3:10 da tarde, Anónimo said…
Realmente, a Mortágua (e do que este País precisava era não de uma mas de duas Mortáguas [carais, este fixação salazarista que não me larga, preciso de pastilhas] ) irritou (e até anestesiou) muita gente, sendo o caso detectado (até agora) mais grave, este:
http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2016/09/20/a-anestesia-conformista/
At 3:32 da tarde, Anónimo said…
Explica-me uma coisa:
https://vimeo.com/82729487
A voz-off neste filme não é do Presidente Bruno Carvalho? Se, como tudo indica, é, qual o conteúdo da mensagem? Um lamento a Jesus? Uma descrença? Uma fatal resignação ao poderio do Glorioso? (nada disto me interessa, sou do fcp, clube que já ascendeu aos céus há muito).
At 11:15 da tarde, Anónimo said…
Volto ao tema do Romeiro.
Eu penso que o jornalista, por vias erradas, pôs uma questão fundamental: quem é Marcelo Rebelo de Sousa e quais são as suas funções na República de Portugal e Algarves? Alguém é capaz de dar uma resposta?
Nos 5 minutos de tv cabo a que tenho direito (no intervalo de uma das telenovelas da TVI) pude assistir a um importantíssimo debate sobre essa obra de referência da literatura de alcova a publicar (ou já publicada) intitulada, não sem propriedade, "Eu e os Políticos". Um dos intervenientes, uma criatura habitualmente gemebunda e histriónica, de graça Galamba, declarou, com incontinente solenidade, que a presença do ex-ministro Passos no evento promocional e comercial do dito opus, seria uma "questão de regime"! Assim vai o desvario nas nossas praças públicas.
At 11:53 da tarde, Anónimo said…
Olha, andam praí tops of the pops completos:
https://www.youtube.com/watch?v=qre6ut3qrnk
Estas canções coloridas na realidade eram uma vil propaganda com a intenção de reeditar o babyboom de 60s, por meras razões de crise demográfica e com objectivos torpes mais dissimulados, tais como camuflar o governo da senhora Tachter e de Ronaldo Reaggen, bem como ostracizar a leitura privada de Nietzsche.
At 12:16 da manhã, Anónimo said…
O Maria Carrilho explicado às criancinhas:
https://www.youtube.com/watch?v=xTOXbyI3-mA
Os mais inteligentes, como o Umberto Eco, respondem literalmente:
https://www.youtube.com/watch?v=pOo3ydEPk9U
At 12:35 da manhã, Anónimo said…
Mesmo assim, das mais toinas, como a do Godard, até à mais sábia resposta (a da freira), a minha seria idêntica à do Michel Piccoli.
At 1:09 da manhã, Anónimo said…
Vou ter de defender o Saraiva. O Saraiva não se limita a balbuciar premissas e concluisões cartesianas, como defende José Lemos Esteves. Há algo mais profundo, que a prosa enxuta de Saraiva quase consegue atingir:
"A verdade é que esta licenciosidade em relação aos prazeres sexuais é uma doença da alma que se deve, em grande medida, a uma só substância que, por causa da porosidade dos ossos, corre pelo corpo e humedece-o. De um modo geral, não é correcto repreender tudo quanto respeita à incontinência de prazeres e ao que é considerado digno de repreensão, como se os maus o fossem propositadamente; ninguém é mau propositadamente, pois o mau torna-se mau por causa de alguma disposição maligna do corpo ou de uma educação mal dirigida – estas são inimigas de todos e acontecem contra a nossa vontade. Novamente no que respeita às dores, a alma adquire do mesmo modo uma grande quantidade de males através do corpo. Quando as fleumas ácidas e salinas e todos os sucos amargos e biliosos que vagueiam pelo corpo não tomam um fluxo respiratório para o exterior, mas ficam às voltas no interior, se cruzam com o movimento da alma, misturando com ela os seus próprios vapores e introduzem na alma distúrbios de toda a espécie, mais ou menos graves, em menor ou maior quantidade. Faz-se transportar até às três regiões da alma e, conforme qual delas ataquem, pejam tudo de todas as formas e variedades de mau-humor, de desgosto, e pejam tudo de audácia, de cobardia e ainda de esquecimento e dificuldade em aprender. Além disto, quando há homens assim mal constituídos pelas cidades, as instituições políticas e os discursos produzidos em privado ou em público são maus; e quando ainda por cima não existem ensinamentos aprendidos por estes homens desde a infância que de nenhum modo curam destes males, então todos os maus os tornaram maus por via de duas coisas completamente alheias à sua vontade. Entre eles, devemos lançar a acusação muito mais sobre os que concebem do que os que são concebidos, muito mais sobre os que educam do que os que são educados. Todavia, devemos esforçar-nos, na medida do possível, através da educação e de hábitos de aprendizagem, a fugir do mal e a alcançar o seu contrário. Mas estes assuntos pertencem a outro tipo de discussão."
Platão, Timeu
At 1:56 da manhã, Anónimo said…
E após esta comentarística toda da minha parte, que escreve ele?
"Vai daí, António Costa, político que faz sempre a mesma finta, como Vítor Paneira"
https://www.publico.pt/politica/noticia/bloco-e-ps-o-dia-da-primeira-traicao-1744791
Ele continua a sacar lecas como se não houvesse amanhã e eu nada? Exigo explicações.
At 10:28 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: também não o li o Haskins, ele tem muita obra publicada, aliás foste tu que me chamaste a atenção para a série homónima dos oitentas, eu já tinha metido num post, mas foi num daqueles que desapareceu com a formatação. Vou ter que escrever de novo.
Portugal urbanizou-se com camponeses, por isso as cidades são habitadas por campónios, eu estou a pensar usar croça, ou ceroulas, camisa de flanela aos quadrados, faixa de algodão preta, carapuça de lã preta, meias grossas e tamancos. Só não quero ser confundido com um romeno.
O Gilson riscado vale mais, comprei um Pinharanda Gomes no alfarrabista, e vinha com a assinatura do próprio punho (ou mão), do próprio Pinharanda, dedicada a alguém que não consigo identificar (em caso de necessidade posso dizer que sou eu).
Vi um belo drible. O de Passos a dizer que não faltou à palavra. Que pediu para ser desobrigado. É curioso esta coisa do Passos ter ficado entalado, e logo pelo maior passista de Portugal, se fosse pelo Galamba ou uma esganiçada, mas o Saraiva até lambe as pedras que o cu do Passos pisar.
Basta deixares crescer barriga e careca para ires à TV falar de futebol. Se tiveres dois dedos de testa, as pessoas normais têm dois dedos de testa, só Pereira Coutinho tem um palmo, saltarás para o comentário político, esse sim dá lecas boas.
O Presidente marcelo e o catraio, um sucesso na net. Na nossa cultura equivale aos gatinhos fofinhos.
Morrissey tem que deixar os salt peanuts.
O livro do Saraiva, na Wook, custa onze euros e tal, por acaso carreguei no “comprar”, e aquilo assumiu, há tempos registei-me, mas nunca comprei nada por causa do método de pagamento, eu não pago nada adiantado, se querem vender, é pelo correio e pago na hora. Anulei o pedido na Wook, não fosse os gajos mandarem mesmo o livro. Espero comprá-lo no início do ano. Seria um melhor filme, não sobre o livro, nas da reação do Arredes Sociais, neste caso realizado pelo João Pedro Rodrigues.
Bom, já é cliché dois homens passearem tão juntos na rua.
Porra, tenho que mudar o teclado, não sei porque c esta merda fica lenta depois muito tempo de uso. Já continuo.
At 11:32 da manhã, Anónimo said…
Não me recordo de te ter falado da série.
https://www.youtube.com/watch?v=dZKbmhFs-ig
É curioso. Isto é um retrato fiel da realidade lusa em inícios de 80, mais, da realidade lusa eterna. Em vez dos habituais clichés, como o senhor Américo, de barba desordenada, a sair do café, depois do mata-bicho, de garrafão na mão e galochas, pronto a pegar no carrinho de mão com o bom estrume orgânico, temos aqui, pelo contrário, uma certa distorção ficcional, de raiz neo-noir: uma femme fatale, dois copos de uísque, jazz e letargia existencial (a pistola deve aparecer mais tarde), que permite captar melhor a alma lusa intemporal. Esta alma aparece, no seu esplendor, numa precisa linha do diálogo: "olha que sou amigo do patrão!".
At 12:01 da tarde, Anónimo said…
Como os anos passam rápido. Por exemplo, a "A Festa do Cinema Francês", tenho sempre a sensação que a última foi há 2 meses, quando o evento é anual. Também é curioso, o cinema francês é o único que justifica uma festa preliminar, pois no que concerne ao desenvolvimento narrativo delxa muito a desejar: as acções importantes, como carros em fuga ou actrizes a despirem-se não só raramente acontecem como são bloqueadas e paralisadas por diálogos intelectuais, apenas acessíveis a testas com mais de dois dedos. Os próprios dois dedos ficam por lá ao deus dará, incapazes de lidar com as belas impertinentes que povoam estas fitas intragáveis, piores do que se ver tinta a secar.
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/17-anos-de-festa-do-cinema-frances-a-partir-de-6-de-outubro-1744631
At 12:17 da tarde, Anónimo said…
Posso até dar um exemplo:
https://www.youtube.com/watch?v=Ff4Bdz9B0FU
Como dizia um amigo meu, "um gajo está ali o tempo todo à espera de ver quando é que o velho vai comer a gaija e nada, o velho fica o filme todo a engonhar".
At 12:58 da tarde, Anónimo said…
E continua:
https://www.youtube.com/watch?v=lL6a2deoz-k
É horrível. Parece um kamasutra zen, além de ser um desperdício de recursos humanos.
At 1:12 da tarde, Anónimo said…
A política cultural da TVI procura seguir estéticas menos extremistas:
https://www.youtube.com/watch?v=pP71_-CCMtw
(nas noites de Agosto lá passa isto)
Mas a TVI não está bem a par da realidade: o emigrante francês já não é o bosquímane iletrado da mala de cartão, pelo contrário, ele já sabe quem é Manet e Courbet, ele, ao contrário do que pensa a TVI, já não ouve Tony Carreira nem Joe Dassin, ele agora ouve Dutronc:
https://www.youtube.com/watch?v=hunxvgQphNQ
At 1:41 da tarde, Anónimo said…
Vê se te proteges da peste sazonal que anda por aí: o regresso das 4 cabeleiras do apocalipse (a propósito de não sei o quê); portas e janelas bem calafetadas, para evitar o contágio deste vírus para o qual, a certa altura, havia a esperança de extermínio total. Ficas também protegido da canonização e respectiva sobrexploração (se tal é possível) de Bowie e seus múltiplos nichos de mercado.
At 2:11 da tarde, Anónimo said…
Para fechar de vez, só volto em 2018:
O Cenoura voltou, e que nos diz ele? :
"afinal não me costumam imputar o defeito de frases longas e intrincadas?"
Mais adiante:
"(...) também queria voltar à intervenção do Presidente Obama que, de resto, merece ser lida na integralidade, para vincar um aspecto que ontem não referi: canto de cisne, sim, mas outrossim, uma afirmação forte e inequívoca de um conjunto de princípios e convicções que enformam a sua visão do mundo e da política internacional."
"sim, mas outrossim" : O Cenoura, coitado, pensa que é o Ulisses no fim da saga do James Joyce.
https://www.publico.pt/mundo/noticia/quartafeira-21-de-setembro-de-regresso-a-lisboa-1744774?frm=opi
At 2:18 da tarde, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Epá, o Bagão tem que getar uma life, ficar em casa a ver TV, apesar da idade o pedir, não dá saúde nem “visão” do país. “Mas o país não pode ser só o que é retratado todos os dias numa espécie de cocktail Molotov de crimes, mais marginalidade, mais febres delirantes de dinheiro sujo, mais indução de pura inveja, mais pansexualismo a toda a hora, mais exotismo, mais futebol.” Olá, pansexualismo a toda a hora, andará Bagão naqueles clubes de swingers? Deixo a questão em cima da mesa.
Os jornais perceberam que a Mariana, mesmo sem mostrar carninha da boa, vende. Espero que a atividade política não a coiba de realizar a sua sex-tape, como é apanágio de qualquer mulher moderna.
Muito melhorado, Manoel de Oliveira com legendas em espanhol fica com mais ação que um Bond (Daniel Craig) ou uma canção dos Gwar. E aquela de velas em embalagens de pudim flan está muy lusitana. O filme mais estranho que já vi resulta de uma conjugação de fatores: o filme é francês, (com o Delon), estava dobrado em inglês e as legendas eram em brasileiro. Aquilo dava um produto saído desses artistas que tomaram como missão chatear o público em geral.
Ó diabo, e eu que pensava que as "questões de regime" eram cuecas limpas.
Top Of The Pops marcou os ingleses, por cá, foi a experiencia, premonitória, logo falida, da TV Europa, e o Countdown do saudoso Adam Curry. Os países que entraram com a massa não se entenderam, sempre achei que aquilo era um bom exemplo do que se seguiria em termos europeus. Mas a minha voz não tem peso político, é demasiado pesada e afunda em meios líquidos.
Olha, as crianças é que conheciam o Carrilho. No entanto, “Bárbara Guimarães foi repreendida pela juíza na audiência desta terça-feira do processo de violência doméstica, movido a Manuel Maria Carrilho. "Se não fossem as suas cólicas já tínhamos dado por terminadas estas sessões", afirmou Joana Ferrer, referindo-se à indisposição que fez com que Bárbara faltasse ao julgamento do passado dia 9.” – Ou seja, vai a Barbara para tribunal sem arrear o calhau antes. Assim, em 3001 teremos sentença.
E por arrear calhau. Ontem, olhava eu para a peida de uma senhora, quando me dei conta de como isso é ofensivo e discriminatório de sexo. Há que haver vontade política para acabar com isto. A solução que antevejo já tem provas dadas: fotos chocantes coladas nos rabos. As gajas andariam na traseira com fotos de cus com cancro, cus inflamados, cus com hemorroidas, cus de judas.
Vê-se que a cultura francesa está confusa com o conceito de droga. Que vença Sarkozy pelos enfants de la patrie. A minha continuará a ser a coca, para reuniões sociais não há melhor.
Quem percebia de medicina era Platão. Ainda hoje as coisas são assim, para sustentar sistemas de saúde socializantes é que dizem que não. Quanto ao sexo no livro do Saraiva parece ser uma alucinação jornalística, até agora só li que o Santana esvaziou os coelhões numa hospedeira, e uma jornalista, inadvertidamente, entrou num gabinete e viu o ministro das Finanças, na época, Medina Carreira, de calças em baixo para levar uma injeção. Apesar de na época, o rabo não ser um órgão sexual tão disseminado com o hoje, poderemos considerar sexo em termos de futuro.
Tavares é mais um passista que almeja aquele grande membro do / e no poder. Desde que o Público lhe vá pagando… o Público estava falido, nunca mais se ouviu falar disso.
At 2:18 da tarde, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
“Sou amigo do patrão” tinha um peso enorme na noite lisboeta (a que conheço, nos outros lados não sei). Melhor do que isto só a Manuela Moura Guedes a cantar o “Summertime” no “Zé Gato”. Tinhas um post com um clip da série no Coisas do arco…
Puxa, os franceses nunca param de vender a sua cultura, em tempos mais lucrativa. Um livro do Deleuze trazia tanta divisa quanto um disco dos Beatles. Olha, a festa vai até aí, se passasse por cá perto, menos de 100 metros da porta de casa, ia ver, já não vou a um acontecimento cultural desde Américo Thomaz inaugurou um viveiro de trutas, devia eu ter cinco ou quatro anos.
De facto, isto só traz mau nome aos velhos. Do velho que se baba pelas carnes nova não restará nada.
Não vejo nenhum site sobre a Hitomi, ou sobre ass fuck, ou liberalismo em geral.
O divórcio do século, traição, insultos, drogas, tudo o que faz a vida um bom lugar.
A importância das sapatilhas.
O submarino do Portas.
É o que eu digo, os rabos deviam levar fotos chocantes.
Aprende para não seres enganado, Arroja não é.
Fogo, já separaram as estátuas.
Olha para o céu, não te vá cair um pedaço na cabeça.
At 2:39 da tarde, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Realmente irritante, um gajo no cinema era logo olhado de lado pelos jovens, Olha o velho é mais confiável que uma mota Famel.
Filme bom para a família. O empregado da sex-shop estava mesmo com medo da SIDA.
Opio também não é mau, mas muitíssimo difícil de encontrar.
O quê? Dos Beatles vão regressar? Iam fazer concertos com um holograma da Whitney Houston. É possível fazer de todos, inclusive do António Variações.
Se alguém ainda se lembrasse de quem é Sampaio, o Arredes Sociais hoje estaria indignado com o canto do cisne do Obama.
At 2:42 da tarde, Anónimo said…
Por acaso, recordo-me do livro mais estranho que li: uma edição de "Valéry face à ses idoles" de Emil Cioran, cujo original, escrito em francês, foi vertido para romeno e depois revertido - do "original romeno" - para uma tradução em portugês do brasil (a edição que comprei).
Pior do que isso das estátuas da cera, foi o miserável cliché da Jolie: contratou um detective à la Graham Greene e como naquelas músicas pop dos eighties!
A ver se volto antes de 2018.
At 3:23 da tarde, Anónimo said…
Epílogo:
https://www.youtube.com/watch?v=KfWvx-EqYyE
(cuidado com essa overdose de psicadelia, perpetrada por criaturas abaixo de reco)
https://www.youtube.com/watch?v=HJ4nbCoLX9k
(que sossego o velhinho Portugal, ou eu é que estou a ficar velho)
At 10:54 da tarde, Anónimo said…
Como o tempo passa, 2018!
Há uns tempos um gajo quis provar que o figurão dos Massive Attack é o Banksy, pela coincidência dos concertos com as paredes caiadas nas cidades. Pois bem, já na altura dos Joy Dicvision, pela coincidência dos concertos com a actividade de um serial killa, o pobre do baterista foi parar à choça (a sério, se calhar já sabes desta história, ele foi ilibado mas eu continuo a achar que ele tem cara de serial killa). Onde quero chegar com isto? Pois bem, achas que acontece algo de semelhante em terras lusas? Eu acho: há uma perturbante coincidência dos locais onde o Glorioso se revela com a actividade intelectual de Pedro Mexia; mais uma prova:
http://origemdasespecies.blogs.sapo.pt/quinta-feira-no-ccb-comeca-uma-leitura-1480941
Este já cá canta:
http://loja.xl.pt/novidades/detalhe/livros_policiais_dick_haskins___n_1___espaco_vazio.html
At 11:11 da tarde, Anónimo said…
Fogo. Que desilusão, o Umberto Eco aqui foi o que deu a pior resposta:
https://www.youtube.com/watch?v=qjq85zKERc0
Muitas palavras não percebo, mas pela sonoridade ganha o Godard, que tinha sido o pior no questionário anterior.
At 11:26 da tarde, Anónimo said…
Não era o Peixoto que tinha um panque dentro dele?
https://www.youtube.com/watch?v=Sz_ONtrQtBY
At 11:38 da tarde, Anónimo said…
Debates intelectuais de antanho:
https://www.youtube.com/watch?v=Ikg4rH8eNcM
Exemplos de serenidade, urbanidade, ponderação, afectividade, responsabilidade, cumplicidade, bom senso e intransigência que nada têm a ver com o circo grotesco que nos consome a todos hoje em dia. A juventude que ponha os olhos nisto.
At 11:58 da tarde, Anónimo said…
Estes lusos só nos envergonham, o Zé Sócrates, já depois da Filosoofia estar tão desacraditada na opinião pública (com gajos como o Sokal a malhar nas nossas bíblias) deu a estocada final. Pensava eu, não sabia deste verdadeiro cúmulo de ridicularização da Filosofia, a hipótese de uma mulher igualar o QI de um filósofo! :
http://www.dn.pt/pessoas/interior/barbara-guimaraes-e-carrilho-tem-o-mesmo-qi-diz-advogado-5234554.html
Nada nos foi poupado Táxi.
At 12:16 da manhã, Anónimo said…
Francamente, não tenho opinião sobre o Fidel Castro. Mas quando o Zé Manuel Fernandes começa aqui logo a falar de pobreza, devia aparecer logo um filósofo (ou um panque) e perguntar-lhe: "Ó Zeé Manel, mas o que é a pobreza? sabe definir?". Depois, o debate esgotava o tempo, sem nenhuma conclusão; se a filosofia servisse para alguma coisa seria precisamente para isso.
http://observador.pt/videos/conversas-2/fidel-castro-dura-e-dura-e-dura-como-explicar/
At 12:39 da manhã, Anónimo said…
O regresso das "forças de bloqueio" que tanto atormentavam as relações bilaterais de Cavaco com a sua Maria:
http://observador.pt/videos/entrevista-2/adolfo-mesquita-nunes-entrevista-ps-perdeu-vocacao-reformista-so-bloqueio/
Quem é este Adolfo? Parece fofinho e a vestimenta contraria convenções e clichés. Tou farto de brutamontes como a Mortágua.
At 1:00 da manhã, Anónimo said…
https://www.youtube.com/watch?v=KtZKW_z5SwM
Acho que esta merda acaba por ser como a questão dos "independentes" na política. O último que me recordo foi o Marinho de Pinto, não, antes ainda foi o Fernando Nobre, não! o Paulo de Moraes (só que este n foi eleito para nada): alguém sem os vícios da política; o povo olha e acredita, confia, o povo é bom e acredita. Resulta sempre, quem será o próximo a aparecer?
At 1:12 da manhã, Anónimo said…
É assim que os políticos lixam os portugueses:
https://www.youtube.com/watch?v=_7z86jB0r2w
At 1:35 da manhã, Anónimo said…
A humanidade andou sempre desequilibrada, São Tomás de Aquino tinha uma mente perfeita e cuidava da salvação da alma mas de corpo era um badochas e tinha uma testa mais exagerada que a de Coutinho. Agora é tudo ao contrário:
https://www.youtube.com/watch?v=aUp-GP-BMfs
Será que alguma vez existiu isso de mente sana em corpo sano?
É capaz de estar relacionado com isto, olha: este gajo aqui, já antes de Passos, queria "Mudar" (em Portugal "Mudar" é "voltar ao natural estado de miséria"); no fim, o gajo fica num estado quase idêntico ao do Passos:
https://www.youtube.com/watch?v=VAV4ggdbBG0
At 2:19 da manhã, Anónimo said…
Sempre a intelectualidade:
https://www.youtube.com/watch?v=45DGg_wHedo
Táxi, tu que tens passado aí os dias a observar a Assunção Cristas em câmara lenta, talvez possas dar um contributo para reforçar a cientificidade deste importante estudo:
http://observador.pt/2016/09/22/os-segredos-e-os-detalhes-dos-discursos-dos-politicos/
At 6:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: sempre achei os livros brasileiros estranhos, e não muito confiáveis as traduções. Eles traduziam tudo, antigamente as livrarias estavam cheias de livros brasileiros, porque em português não havia nada. Tinha comprado o “Homem unidimensional” do Marcuse, em brasileiro, mas só muito tempo depois é que reparei, quando foi ver por curiosidade o título original. Não me lembro que título lhe davam, mas até o nosso cientista político teve que mudar o nome do seu “Conservadorismo”; opá, Coutinho defende o primado da lucidez e do equilíbrio.
Holy santa foda de our mother de Fátima! O Goucha a levar no cu na varanda de um Hotel na Madeira é base suficiente para um filme de sucesso, uma comédia ou um drama profundo. O Canijo ou o Vasconcelos andam a dormir.
A saudosa Emissora Nacional, comparado com a rádio de hoje prenha de gajos e gajas com mania que são engraçados, é um sossego, de facto.
Este princípio da coincidência entre presença e factos pode ser aplicada aos nossos maiores, onde está a Constança Urbano de Sousa há festa da Flash; onde está Rocha Andrade há futebol; onde está Passos está Mariana Mortágua. Então não foi que uns sacanas quaisquer foram desencantar um discurso de Passos onde diz exatamente o mesmo que Mariana, sobre taxar os mais ricos. Quando vão notar a contradição a Passos este diz que then era then e now é now. Se a geringonça não servir para mais nada, serviu ao menos para pôr Passos na oposição, e assim, sempre que abre a boca diz coisa histórica. Tenho centenas de dizeres deste político da lavra de Ângelo Correia, um dia tenho que comparar a passarola de Passos versus a geringonça de Costa, e como o povo preferiu a geringonça em detrimento da passarola.
Fogo, 3.40 € de custos de envio. Também comprei, e comprei a revista, porque me interessava, mas quero ver se por cá me vendem só o livro, se a revista não valer um cornetto. Creio que não haverá problema, pois estou bem cotado, aqui, neste mercado regional.
O Jean Pierre Marielle, I thinko que é ele, que vem a seguir ao Eco, parece o Saraiva do livro proibido. O Godard gosta de uma mousse qualquer?
At 6:12 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Não há seguranças sur les plateaux que rebentem com esses tipos?
Debates só em tascas e depois de os debatentes terem bebido três vezes o limite estipulado por lei. Ou então estando presente o Carlos Abreu Amorim.
Não pode ser. É balela de advogado para enganar a juíza, ou cair nas boas graças dela, pela identificação de sexo. Não foi a Bárbara que traduziu o “Anti-Édipo”, nem escreveu o “Pensar o Mundo”, quanto muito a Bárbara deve ter fritado um ovo ou aspirado a sala.
Comparado com Cuba antes do castrismo? Claro, aquilo era uma riqueza dos diabos. O Baptista era um gajo porreiro, quando se juntam jarretas a falar sucedem duas coisas: há um incremento de venda de Corega e outro incremento de ideias baralhadas.
Ah, um homem com um pulôver é outra classe, um homem com pulôver amarelo é top. Algum dia espero perceber o que significa a palavra reformista. Este nosso Adolfo era tão quiduxo quando vinha apresentar os dados do turismo, puxando mérito para ele, ora, o Estado Islâmico fez mais pelo turismo português que 100 Adolfos.
Ai, os estereótipos, os pretos partem logo para a violência, não está certo representar o preto como violento. O preto tem que ser representado de óculos, lendo Hegel, e cabeleira loira.
Acho que o último independente foi o Alexandre Quintanilha.
É coisa moderna, esta de chatearem as pessoas, sucede o mesmo com os religiosos, por cá aos sábados são uma praga nas ruas, mas já se estenderam pelos dias da semana a querem conversa: digo sempre que não tenho tempo para Deus. Algum dia direi outra coisa.
Acho que o Platão tinha mente sã em corpo sano. Ele e o Ice T.
Hmm, é capaz de haver material genético do Eng. Ângelo Correia no Passos, uns pelos, umas asas, umas patinhas.
Muitos estudos precisam os nossos políticos, para, at the fim do day, fiquemos orgulhosos.
At 6:14 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Olha aqui um sem ambições. Um santo. “O regabofe dos últimos dias só espanta os incautos ou os arrependidos de última hora (e começa a haver alguns, tal é o incómodo com a realidade). A verdade é que houve uma maioria que quis um PS assim, há uma maioria que ainda quer um PS no governo assim, capturado, distorcido e a reboque dos partidos políticos que, na Assembleia da República, apresentam diariamente a fatura de uma solução governativa à medida de ambições pessoais.”
Cicuta? Podem os filósofos apanhar Pokémons? Enfim, um maoista enquanto jovem.
Quando o entretinimento era correto.
Uma democrata cristã.
Uma social democrata.
Uma song in the noite.
Outra para a madrugada.
At 6:15 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Não percebo como esta agulha enfeitiçada saiu do mercado.
Tá bem tá, eterna, cada engana-se como pode.
Outra que está livre, podemos avançar, (será um problema tirar o nome do gajo que ela tem tatuado no braço).
At 12:12 da tarde, Anónimo said…
O que o Goucha faz nas varandas não é da nossa conta e não digo isto para o politicamente correcto mas por uma mera questão de bom gosto estético. Eu cada vez detesto mais paneleirage/fufedo, mas a minha divisão não é entre paneleirage/não-paneleirage, mas simplesmente, como dizia o Oscar Wilde, entre boring people/not-boring people. Devemos rejeitar o Goucha e Edward Beauté não por se entregarem à paneleirage mas por serem boring e choninhas. Antes a paneleirage do que essa gentalha que anda praí a exibir a filharada e as famílias numerosas ("vejam estes exemplares quase prontos para pedir cartão aos jotinhas). O verdadeiro Homem é aquele que já pagou o tributo à espécie e é capaz de animar a malta:
https://www.youtube.com/watch?v=6nSSwCu2L7A
Esse gajo aí dedica-se à paneleirage mas tem colhões incomensuráveis (quase duas bolas de bowling) e é menos choninhas que muitos pais de família pós-modernos (desviados e pervertidos pelas gajas para actividades muito pouco consentânes com o exercício do filosofar, como lavar a loiça). Que todos os paneleiragicos e todas as fuficas possam ser espécimes interessantes como esse aí, em vez de se apresentarem nas festas como "paneleirágico e critítico literário"; mais vale "not-boring e crítico".
Este é um tema muito actual e fracturante e muito popular. Depois comento coisas mais importantes que puseste aí.
At 12:19 da tarde, Anónimo said…
E com tanta verborreia esqueci-me do essencial: repara no macaco Adriano nesse videoclip, ele só depois foi parar ao big show sic, por mero oportunismo aliás; nessa altura o macaco Adriano ainda lutava por ideais e pela implantação do socialismo paleolítico.
At 7:27 da tarde, Anónimo said…
O Dick Haskins comprei por 50 centimos (só me decidi depois de ver o autocolante não-descartável "best-seller").
Um livro que nunca comprei no quiosque foi o "20 mil Mortáguas Submarinas", para não ficar mal visto.
O horror absoluto são as revistas de música: beatles, bowie, smhits, led zepplin, queen... enfim.
Isto ainda se ouve bem (quando eu digo que uma coisa é boa é porque é, mesmo que essa coisa seja um lugar-comum) :
https://www.youtube.com/watch?v=DAx-fbLisd4
Não vi o livro do Saraiva em lado nenhum, ou ainda não foi lançado ou vendeu como pãezinhos quentes. Mas numa prateleira toda decorada com pilhas de livros do Papa Chico, estava também um pilha de livros de Noam Chômski, intitulado não sei quê que manda no mundo, enquanto na prateleira de baixo o zizekm se escondia, silencioso como um rato.
Ainda sobre o livro do Saraiva, interrogo-me como será a apresentação, se vai ser algo com a devida verticalidade, elevação (sobretudo elevação) e sentido de Estado ou algo mais informal, com bolachas e moscatel e citações de livros publicados na (excelente) editora Aletheia.
Ah! Também vi o livro do tal Francisco Lima, asessoror de Cavaco Silva. Fala de blogs, no livro, e isso não gosto, é como quando um gajo está a ver a telenovela e uma das personagens da novela está no skype ou no facebbok.
Ainda sobre o São Tomás de Aquino, ele que atiçava as gajas para fora do quarto com brasas da lareira, para poder ler e estudar em sossego, como seria um matrimónio de Tomás Aquinas com uma gaja com QI igual ou superior ao de um filósofo?
Sabes o que podia ser taxado agora? As jeans!
É para se não meter nestas trapalhadas que o Lourenço passa 24 por dia a traduzir (é o que diz o CM); em 2020 o Apocalipse estará concluído (é uma ilação que se pode tirar da entrevista do Lourenço).
Na segunda imagem tem um monhé a fazer o pino:
http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2016/09/22/o-governo-deve-agradecer-a-direita-o-frenesim-sobre-o-imposto/
At 7:54 da tarde, Anónimo said…
Eu sei que não comentei alguns assuntos que mencionaste aí, mas para já não me posso ir embora sem comentar pelo menos 2:
O livro de Coutinho. "As Ideias Conservadoras" (em brasil) de Coutinho revelam tão-só [triste vocábulo] um comunismo de beatos.
A Ana Malhoa. Será que foi para imitar a Jolie? Não é da nossa conta. Quando a máquina não turbina, não turbina e pronto.
(a comentar estas coisas podemos aspirar, já não digo a ocupar o lugar de Ferreira Leite, mas pelo menos o de Claude Ramos)
At 7:59 da tarde, Anónimo said…
Confirma-se, é a peste negra, o Apocalipse, o contágio:
http://www.cmjornal.pt/famosos/detalhe/cinha-jardim-esta-separada?ref=Bloco_MaisVistas
At 8:52 da tarde, Anónimo said…
https://www.amazon.com/Compass-Pleasure-Exercise-Marijuana-Generosity/dp/0143120751
Não concordo. Falta aí o dinheiro. Não há nada que se compare ao cheiro de notas novinhas em folha a saltar do multi-banco.
At 8:57 da tarde, Anónimo said…
Como dizia Nietzsche, para aliviar uma tensão insuportável há quem beba chá:
https://www.youtube.com/watch?v=IvB50S-i6QQ
At 9:29 da tarde, Anónimo said…
Literatura:
http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/94969.html
Sócartes foi ao comício do PS:
https://www.youtube.com/watch?v=GSGd5cIZ8lI
At 9:39 da tarde, Anónimo said…
O governo de coalizao ouviu-me e já começou a taxar jeans:
http://www.abola.pt/galeria/ver.aspx?id=624503
At 10:02 da tarde, Anónimo said…
Se até o velhote de moledo já começa a passar melhor música do que eu, desisto; levanto então o pau com a bandeira branca:
http://origemdasespecies.blogs.sapo.pt/fim-de-setembro-e-assim-3-1481815
At 10:56 da tarde, Anónimo said…
https://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-homem-que-foi-uma-cabra-e-toda-a-ciencia-improvavel-dos-ignobel-1745004?page=1
Não está aí, mas posso adiantar que o prémio IgNobel da Ciência Política foi atribuído ex-aequo a Espada, Coutinho e Assis por significativas contribuições para o conhecimento de coisas que podiam ser conhecidas se alguém, mentalmente são, ainda os lesse.
Ah! Já me esquecia, também vi isto no quiosque:
http://www.cmjornal.pt/mais-cm/promocoes/detalhe/colecao-descobrir-a-ciencia
Quero o livro sobre física quântica para ver se esclareço uns pontos obscuros do felix guattaari no livro "que é a filosofa?"
Um excerto do Guatari, em português de brasil, que soa melhor:
"Uma função é uma Desacelerada. Certamente, a ciência não cessa de promover acelerações, não somente nas catalises, mas nos aceleradores de partículas, nas expansões que distanciam as galáxias. Estes fenômenos, contudo, não encontram na desaceleração primordial um instante-zero com o qual rompem, mas antes uma condição coextensiva a seu desenvolvimento integral. Desacelerar é colocar um limite no caos, sob o qual todas as velocidades passam, de modo que formam uma variável determinada como abcissa, ao mesmo tempo que o limite forma uma constante universal que não se pode ultrapassar (por exemplo, um máximo de contração). Os primeiros functivos são, pois, o limite e a variável, e a referência é uma relação entre valores da variável ou, mais profundamente, a relação da variável, como abcissa das velocidades, com o limite."
Acho que ele aí não está a falar de física quântica pô! Tinha de escolher outro excerto. Mas não importa, a minha tese é a seguinte: nem a Bárabara Guimarães era capaz de entender essa coisa aí cara!
At 11:16 da tarde, Anónimo said…
Métodos de sedução que não passam por mostrar a bunda:
https://www.youtube.com/watch?v=-hHi1XWPWUI
Nem o teu deus escapa:
https://www.youtube.com/watch?v=WXSsLWbWIoM
At 11:23 da tarde, Anónimo said…
Não há meio suficientemente baixo para uma gaija captar a presa, vale tudo:
https://www.youtube.com/watch?v=eXuVr1nYzr0
At 9:32 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23: também não sou contra a paneleiragem, não sou o presidente da Gâmbia: “Enfrentaremos estes vermes chamados de homossexuais ou gays da mesma maneira que lutamos contra os mosquitos da malária, talvez até de uma forma mais agressiva”, “não aceitará nenhuma amizade, ajuda ou qualquer outro gesto” de países que aceitem os homossexuais ou a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). “No meu entender, LGBT significa lepra, gonorreia, bactérias e tuberculose. Todas estas causas são um perigo para a existência dos seres humanos”, apesar desta interpretação inovadora do acrónimo LGBT, vou ser conservador, e não ser omofóbico, desde que me lembro sempre usei Omo, ultimamente é que mudei para a marca do Mini Preço, por ser barata e lavar bem, foi uma mudança estratégica e não um sinal de omofobia.
A homossexualidade é uma doença. Mas uma doença muito diferente das outras, o paciente não quer ser curado, e assim, é doença crónica, é para a vida. Veremos o Goucha sempre a rejeitar todas as tentações.
Um mistério do Big Show SIC, tão misterioso como o macaco, é o xixizinho da dona Albertina, o Baião estava sempre: "Dona Albertina, não vá fazer já o seu xixizinho", será que a senhora não desenvolveu nenhum desvio erótico? Ou um comportamento pavloviano, urinando só quando via o Baião?
O Dick Haskins é só um pequeno passo. Para a semana tens um preview da última obra de José Rodrigues dos Santos, e na semana seguinte poderás tê-la em troca de 19 euros. A tua biblioteca agradecerá e, claro, serás assediado por muitas gajas que se querem despir nela (biblioteca).
A idade do plástico, por ser prejudicial para o ambiente, foi substituída por poética mais orgânica.
O livro do Saraiva já vai na 7.ª edição, é possível que o encontres quando chegar à centésima. Foi pena o Passos ser um cobarde e ter desistido da apresentação da obra. Seria acontecimento cultural nunca visto em Portugal, desde aquela exposição de arte moderna (1916) em que o Amadeo Souza-Cardoso levou uns tabefes. E até a coincidência de datas – 1916 / 2016 – faria a delícia da malta da numerologia.
São Tomás de Aquino atiçava as gajas com brasas para poder ler? Diabo, o Arroja também faz a mesma coisa, embora talvez não no plural.
No caso das taxas eu sou estrutural, acho que se deve taxar as taxas.
Bom, se a Cinha Jardim pode dar com os pés num milionário (algo não muito fácil de encontrar) é porque a sua conta bancária está de boa saúde. Será que neste copy-cat de divórcios veremos a Maria separar-se de Cavaco?
Não há como o cheiro do dinheiro para o cérebro feel so good. Mas antes de tratarem as pessoas como cães nas caixas multibanco, tempos houve em que éramos bem tratados. (Só sentias o cheiro do dinheiro depois de tirá-lo do envelope. E se reparares na foto, o senhor é pessoa decente, agora até punks e hippies encontras nas caixas de multibanco).
At 9:37 da manhã, Táxi Pluvioso said…
rodolfo23:
Tanta coisa para parecer animal? Por cá há tanto cabrão que nem se esforça, sai-lhes naturalmente.
O CM não para. Também vi essa coleção sobre ciência que seria um bom complemento à filosofia. O jornal já fez mais pela cultura lusitana que toda a família Carreira (incluindo o Medina Carreira). Daqui a pouco tenho que ir ao quiosque buscar mais dois números da coleção Filosofia, Diderot e Fichte. Uma pessoa que queira ser culta, basta o CM, perder tempo com folhas de couve como o Expresso ou o DN, é tempo sem retorno.
A Wiki diz em brasileiro sobre Guattari: “foi um filósofo, psicanalista e militante revolucionário francês praticamente autodidata, que não chegou a cumprir a burocracia de nenhum título universitário” Guattari teve escolaridade irregular, cursou Farmácia e Filosofia, mas não concluiu nenhum dos cursos.” – Não ter curso tira-lhe toda a credibilidade. Nem Bárbara Guimarães o leria.
Se ela não gosta de Rimbaud, é bom sinal. Ela parece ter uma biblioteca maior que a tua.
Ah, o velho Breton. Não sei se será a melhor forma de ler. Assim é a forma correta de ler.
O que eu sei é que há gajas a motivar para a leitura e outras a desmotivar.
At 10:16 da manhã, Anónimo said…
Fónix! Uma caixa multibanco vintage no site da Fundação Mário Soares? Nesse site esperava encontrar uma manivela (para dar à manivela e fazer notas). Enfim, até tu Mário.
Se a homossexualidade é uma doença crónica, isso explica a quantidade de rabetas que saca lecas a escrever crónicas:
https://www.publico.pt/economia/noticia/nao-ha-vida-para-alem-do-defice-1745048
Hoje é o Vasco Gonçalves, ontem foi a Brangelina, amanhã será a TINA.
Também deve ser complicado comprar o livro do Saraiva. Um gajo tem de ir à livraria com um sobretudo, barba, chapéu e óculos escuros, como quando comprava as Ginas no quiosque, para não ficar mal visto (e ainda tem de dizer que se esqueceu do cartão que dá descontos e que não se lembra do número do tlm).
No quiosque: "É um águia de enrolar, a Maria, o Record e o livro do Fichte, fázfavor"
O Lobo Xavier é bruto:
http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/ate-tu-brutus-6413564
O Guattari tem agora novas oportunidades nos círculos de Dante, deve andar por lá em situação indeterminada, não foi prevista pelo Berzebu que castigo dar a uma criatura arrotadora de postas de pescada sobre física quântica, sem qualquer base científica (isto partindo do princípio que o Belzebu se interessa por física quântica).
At 11:13 da manhã, Anónimo said…
https://www.youtube.com/watch?v=52T4S6h0KsA
https://www.youtube.com/watch?v=4WEYgThy23E
Agora tenho mesmo de evaporar. Alguém descobriu a coincidência da minha brilhante comentarística aqui com o meu absentismo a tarefas elementares para a mais elementar sobrevivência.
At 6:22 da tarde, Anónimo said…
(já afugentei o alguém, momentaneamente)
Era aparecer aqui a mortágua, na sua motarrona não-capitalista, destruir a porta a machado (como no shinning) e dizer "hi girl! venho recolher o dízimo para o Costa! vai doer, mas ficas melhor preparada para este país de remediados!"
https://www.youtube.com/watch?v=g7RZ_y-Cako
Ainda sobre a mortágua: esta raiva irracional dos direitolas sobre a mortágua, resulta do espírito de vingança: é a vingança da direita pelo caso da mala da Pepa.
At 6:48 da tarde, Anónimo said…
Hoje de manhã estava um comentador, já velhote, a falar de Sócras e do "animal feroz" e ele disse isto (a sério) :
- é preciso combinar a coragem do leão com a astúcia da raposa
Mais adiante, a propósito do "Estado", falou no Hobbes e, repetidas vezes, no "Leviathan" !
Um filme dobrado em indiano, desnecessariamente, se fosse dublado também n tinha grande interesse (refiro-me à pista audio):
https://www.youtube.com/watch?v=tQNrLu88p4g
At 6:56 da tarde, Anónimo said…
Por exemplo, a partir do 27:23, era justo entrar lá a mortágua; ali em cima não, é claro, coitada da garota, mas aqui é justo: não faço qualquer condenação moral destes; se é para viver acima das possibilidades, que seja à grande e à francesa, fazem muito bem, mas têm de dar o dízimo à república, se a república estourar nem estes sobredotados conseguem escapar, é para o bem deles, e não só dos pobres, que defendo o dízimo mortágua.
At 6:57 da tarde, Anónimo said…
a seguir a "justo" é ponto final e não dois pontos.
At 7:04 da tarde, Anónimo said…
O extraordinário lirismo da música aos 54:10, já não se fazem filmes assim, só metem hip hopadas agora.
At 8:40 da tarde, Anónimo said…
Saiu um importante artigo de opinião do Dr. Diogo Freitas do Amaral:
"Não esqueçamos o que se passou com Hitler: escreveu um livro radical, a dizer todas as enormidades que faria se fosse eleito; os alemães não acreditaram que falasse a sério, e elegeram-no. Seguiram-se 12 anos de terror."
É bom, no meio deste ruído mediático imbecil, poder ouvir uma voz com grande autoridade académica como a do Dr. Freitas do Aamaral, que além de ser um político com largos anos de experiência a saborear salsicha acompanhada de couve lombarda, não entra e não transige com os jogos parlapatórios das criaturas irresponsáveis que pululam por aí. São as pessoas superiores e educadas, diria mesmo "civilizadas" - na mais nobre acepção da palavra - como o Dr. Freitas do Amaral e o Dr. João Soares que me levam a crer que ainda há esperança para a jovem república portuguesa.
https://www.publico.pt/mundo/noticia/as-proximas-eleicoes-americanas-1744984
At 10:09 da tarde, Anónimo said…
http://grandcollectionturtle.tumblr.com
Tou pur aqui, tudo compraudo na pormoçao, que yha fique contigo ia.
At 11:24 da tarde, Anónimo said…
Que o Lord ou o Heidegger tenha piedade de nós:
https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/snapchat-muda-de-nome-e-lanca-oculos-com-camara-de-filmar-1745092
https://www.youtube.com/watch?v=nooO9Pon6Kg
Pelos menos, em Cuba, há bons cirurgiões dos olhinhos. Há sempre um lado bom em tudo.
Mas eu estou à é espera daqueles óculos do Zuckkerberg, quero testar se o prof. Marcelo, na realidade virtual, permanece irrelevante (piada fácil).
At 2:29 da manhã, Anónimo said…
Foda-se. Por causa de um vídeo viral do blog Insurgente (que nunca leio) fui parar outra vez às saraivadas:
http://portadaloja.blogspot.pt/2016/09/os-homosexuais-fassistas-nao-tem.html
http://malomil.blogspot.pt/2011/12/desde-1988-comunidade-lgbt-norte.html
É preciso arrumar este assunto de vez, pôr a coisa no armário, abandonada à traça, tal como o Mário enfiou (salvo seja) o socialismo na gaveta. Há paneleiros em Portugal? Há. Mas a questão não é essa. A questão é que o luso não tem consistência estética para ser paneleiro. A paneleirage só fica bem em livros de Proust e Oscar Wilde. Já imaginaram um Leonel Nunes paneleiro? Imaginam um banquete de dândis paneleiros da Cova da Moura, a comer caldo verde e a beber tintol? Imaginam um ritornello de Quim Barreiros a apimentar uma discussão estética sobre Huysmans? Por falta de delicadeza, os portugueses não podem ser paneleiros (excepto o João Peste). Já as fufas devem ser toleradas, foram abençoadas por São Baudelaire e São Vicente, mesmo que por vezes sejam uma forma de concorrência desleal.
(este texto é tão pastiche/papagaio de esteves cardoso que até enjoa, mas foi este tipo de merda literária que governou portugal durante décadas, felizmente o esteves agora é menos pro-activo e, com sorte, não volta)
É por isso que o partido comunista é anti-paneleirage, o paneleiro é um esteta inútil e contra-revolucionário, um decadente. alheio a temas neo-realistas, despreza o bom povo e escreve nos blogs de direita. Como agora a paneleirage abunda, o pc está reduzido a velhos gágás e à Rita Rato.
Nota: quando uso o vocábulo "paneleiro" é num sentido vago, mais político do que sexual, não me refiro a uma interconexão de buracos e assuntos pendentes específicos, tal como por vezes é materializada por socialites em varandas, por exemplo, ou por um pobre lavrador que, involuntariamente, cai em cima de um pepino.
Mas quem fica pior nisto tudo até é Portugal: Portugal obriga os seus "cidadões" a levar no cu todos os dias por meras razões de sobrevivência, e quando o cu ficar anestesiado, Portugal irá às orelhas e a qualquer porta sem fechadura dos portugueses.
At 10:12 da manhã, Anónimo said…
Nada escapa à tortura em Portugal. Até os números:
https://www.publico.pt/politica/noticia/cds-acusa-primeiroministro-de-torturar-dados-para-fabricar-a-realidade-1745125
" Estamos a crescer 0,9%”, refere a deputada, desafiando o Governo “a concentrar-se em encontrar políticas que estimulem o crescimento em vez de tapar o sol com a peneira”. "
O ministro Costa tem raios de sol no cu (taxados). Anús solar: é isso a "peneira" em questão. Qual a relação entre a padaria da Cristas e a buzina da Geringonça? Como pode isto estimular o "crescimento"?
Terminei o Pulido. É bom o livro, mas se fosse agora comprava antes uma garrada de Grants (não bebo nada há anos pô!).
At 10:30 da manhã, Anónimo said…
Será que a Pepa depois pôs a mala à venda no eBay?
Será que a classe média em Portugal tem um rosto? Tem:
http://expresso.sapo.pt/autores/2015-05-06-Daniel-Oliveira-
É o meu sonho: ter o extracto bancário e a superior consciência moral do Oliveira.
At 10:38 da manhã, Anónimo said…
Se pegares nos textos do Oliveira e passares num daqueles crivos de análise da frequência de vocábulos, vais descobrir que não só Lacan mas o próprio Freud tinham razão, e que essa criatura demonstra, sem saber, que é um inócuo badalhoco. É mesmo essa a palavra: "badalhoco".
At 11:36 da manhã, Anónimo said…
O São Tomás de Aquino não admitia gajas no gabinete de trabalho, é verdade. Já este, que era marxista, punha as gajas num pedestal e é assim que tem de ser.
https://www.youtube.com/watch?v=Hq0Z4cjpAYw
At 11:56 da manhã, Anónimo said…
Por falar no Aquinas, que era conhecido como o "boi mudo". A filosofia já não precisa do silêncio de Aquinas ou do Wittegenstein, precisa é de um Dirty Harry, enquanto os filósofos não olharem para o Real e para as "pessoas" com esta cara:
https://www.youtube.com/watch?v=Hq0Z4cjpAYw ,
jamais serão respeitados.
Dirty Harrys de todo o mundo, uni-vos!
At 11:59 da manhã, Anónimo said…
Não é esse youtube, o copy/paste falhou, é este:
https://www.youtube.com/watch?v=YKIGbkf7jOU
esta cara
(confirmo sempre os links)
At 12:05 da tarde, Anónimo said…
Nada como o cheiro a napalm pela manhã:
https://www.youtube.com/watch?v=T9rdQdz7WRA
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