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quinta-feira, fevereiro 23, 2023

O eixo fascista Estados Unidos – Ucrânia (1)

Uma acusação do FBI proferida em outubro deste ano revela que quatro supremacistas brancos do Rise Above Movement (RAM) receberam treino do Batalhão Azov da Ucrânia, uma tropa de choque nazi integrada na Guarda Nacional deste país. As ações de treino decorreram depois de membros do RAM terem participado nos violentos tumultos em Huntington Beach e Berkeley, na Califórnia, e em Charlottesville, na Virgínia, em 2017.

A acusação sublinha que o Batalhão Azov “teria proporcionado ações de treino e radicalização das organizações de supremacia branca dos Estados Unidos”.

No quadro de uma onda de violência racista através dos Estados Unidos, que culminou com o massacre de 12 crentes judeus numa sinagoga em Pittsburgh, a revelação de que supremacistas brancos se têm deslocado ao estrangeiro para receberem treino e doutrinação ideológica de um grupo de choque neonazi deveria provocar extremo alarme.

Não só os supremacistas brancos de todo o Ocidente viajam até à Ucrânia para aprenderem com a experiência dos seus irmãos fascistas em armas, como o fazem abertamente – relatando as suas impressões nas redes sociais, antes de virem aplicar os seus novos conhecimentos em casa. Mas as entidades dos Estados Unidos da América que fazem aplicar as leis nada fizeram até agora para restringir o fluxo de extremistas norte-americanos de direita em direção às bases do Batalhão Azov.

Existe uma provável explicação para a atitude do governo dos Estados Unidos em relação a este problema: é que o Batalhão Azov luta na linha da frente contra as comunidades russófonas da Ucrânia, como se fosse um destacamento militar de Washington. De facto, os Estados Unidos armaram diretamente o Batalhão Azov, por exemplo com engenhos antitanque, e enviaram mesmo grupos de oficiais do exército ao encontro de comandantes desta milícia, em 2017.

Embora exista legislação promulgada pelo Congresso norte-americano proibindo o auxílio militar a grupos como o Azov, devido à ideologia de supremacia branca que professam, parte do armamento ofensivo no valor de 200 milhões de dólares enviado pela administração Trump para os militares ucranianos é provável que acabe nas mãos dos extremistas.

Questionados por jornalistas sobre as evidentes provas de que o Batalhão Azov está a treinar cidadãos norte-americanos, vários porta-vozes do Pentágono admitiram que não existe qualquer mecanismo que possa evitar que tal aconteça.

Fonte: CDU Soure, 28 de novembro de 2018

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