O eixo fascista Estados Unidos – Ucrânia (1)
Uma acusação do FBI proferida em outubro deste ano revela
que quatro supremacistas brancos do Rise Above Movement (RAM) receberam
treino do Batalhão Azov da Ucrânia, uma tropa de choque nazi integrada na
Guarda Nacional deste país. As ações de treino decorreram depois de membros do
RAM terem participado nos violentos tumultos em Huntington Beach e Berkeley, na
Califórnia, e em Charlottesville, na Virgínia, em 2017.
A acusação sublinha que o Batalhão Azov “teria proporcionado
ações de treino e radicalização das organizações de supremacia branca dos
Estados Unidos”.
No quadro de uma onda de violência racista através dos
Estados Unidos, que culminou com o massacre de 12 crentes judeus numa sinagoga
em Pittsburgh, a revelação de que supremacistas brancos se têm deslocado ao
estrangeiro para receberem treino e doutrinação ideológica de um grupo de
choque neonazi deveria provocar extremo alarme.
Não só os supremacistas brancos de todo o Ocidente viajam
até à Ucrânia para aprenderem com a experiência dos seus irmãos fascistas em
armas, como o fazem abertamente – relatando as suas impressões nas redes
sociais, antes de virem aplicar os seus novos conhecimentos em casa. Mas as
entidades dos Estados Unidos da América que fazem aplicar as leis nada fizeram
até agora para restringir o fluxo de extremistas norte-americanos de direita em
direção às bases do Batalhão Azov.
Existe uma provável explicação para a atitude do governo dos
Estados Unidos em relação a este problema: é que o Batalhão Azov luta na linha
da frente contra as comunidades russófonas da Ucrânia, como se fosse um
destacamento militar de Washington. De facto, os Estados Unidos armaram
diretamente o Batalhão Azov, por exemplo com engenhos antitanque, e enviaram
mesmo grupos de oficiais do exército ao encontro de comandantes desta milícia,
em 2017.
Embora exista legislação promulgada pelo Congresso
norte-americano proibindo o auxílio militar a grupos como o Azov, devido à
ideologia de supremacia branca que professam, parte do armamento ofensivo no
valor de 200 milhões de dólares enviado pela administração Trump para os
militares ucranianos é provável que acabe nas mãos dos extremistas.
Questionados por jornalistas sobre as evidentes provas de
que o Batalhão Azov está a treinar cidadãos norte-americanos, vários porta-vozes
do Pentágono admitiram que não existe qualquer mecanismo que possa evitar que
tal aconteça.
Fonte: CDU Soure, 28 de novembro de 2018
Etiquetas: batalhão azov
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