De cassetete lubrificado
Introdução
Apuleius, Cæsarus, Caucenus, Connoba, Curius, Punicus e Tantalus, lusitanos chefes, juncaram o solo de cadáveres de romanos invasores. Punicus ceifou 6 000. Quando os seus descendentes, no século XXI, enlaçam o seu zingamocho, o ergastulário, encarnado no programa de ajustamento, chocalha as chaves e sussurra: “já que vais ser o meu cão, vou chamar-te… Spot. Bem-vindo à escravidão!” [1]. Punicus! Seu nome, numa rodada de chincalhada, tintol e burriés, esbola chistes de que há uma região específica para punir. Punicus! Puni c’os ferros da economia, mergulhando das janelas do palácio dos Andradas / Ericeira [2], madrasta economia essa que retine uma constante parlenda no longo espesso nevoeiro [3]. Portugal perdeu 300 milionários em 2010, perderá os seus pobres em 2011, sobejarão em 2012 os d’ “a visão da águia, a energia de um dragão, a força do leão e a postura briosa da formiga”. Apelintrar é a nova linha política que já prospera em pouco mais de 100 dias de Governo: por ela os portugueses cunharam um novo verbo. O verbo desaumentar. Os salários desaumentarão. As pensões desaumentarão. Os cuidados médicos desaumentarão. A qualidade do ensino desaumentará. O PIB desaumentará… só a excelência da classe política não desaumenta. Desta caldeirinha, uma alma afinal se perplexa, o cocote líder da oposição [4]. António José Seguro, ainda sem pegada governativa, sambenitava uma campanha eleitoral de um parceiro de partido – quando o seu lugar era na beira da piscina with the boys, com pistolas de água numa coreografia de “La gazza ladra” (Rossini) e não with the men com bandeiras contra a “Laranja mecânica” de Alberto João Jardim – ao crepúsculo leu o relatório governamental sobre as contas da Madeira e estrebuchou: “eu ontem fiquei perplexo entre outras coisas”. Estorcegado pelos impostos, “entre outras coisas”, o povo empacota every penny… “is” ponteando que não o desperdicem, o bago dos seus impostos. Nem um cêntimo fora da bilha! O povo age como líder, e também se banza quando Miguel Guilherme avisou: “o primeiro reality show inteiramente pago pelos vossos impostos”, no 1º episódio d’ “O último a sair”; um ingranzeu hasteou-se na lota pública, um notável programa de TV, mais a “iPadiana” credulidade dos portugueses, reproduziu o fenómeno da invasão dos marcianos do Orson Welles [5]. Um povo forra-gaitas, somítico na receita fiscal, com grandes potencialidades, “tem bom gado, todo certificado, com carimbo de qualidade” [6]: – “prostitutas vão para a periferia e deixam as ruas”, informa o Diário de Notícias e que elas se hospedam nas casas de alterne ou divulgam-se através de anúncios. Este empreendedorismo das operárias do sexo, é a imagem do povo anti-cigarra, que não canta em serviço, e que o Governo Sachs lubrificará de crédito barato: – a declaração de Alessio Rastani: “os Governos não mandam no mundo, Goldman Sachs é que manda no mundo”, espavoriu os homens livres, depois desanuviou-se, porque ele era um não-especialista; as tramóias do Banco na dívida grega, funcionários seus nos lugares de Poder, e a autonomeação do seu presidente: “sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus”, são miudezas, que não tresnoitam homens livres ou políticos, nem mesmo o “idiota de Bruxelas” [7]. Amariçar o povo para a escravidão, força investimento na Polícia, puni c’os cassetetes “aqueles que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal”, ou teremos espancamentos, fuzilamentos, filmados num telemóvel, à Kadhafi: gosmado pelo génio português Ângelo Correia: “morreu como merecia”. Nesse dia de liberdade para o mundo, de madrugada, também Liberto Mealha era sovado, para constranger a subida do degrau da filmagem por telemóvel, na rubrica orçamental para a Polícia, não haverá endividamento, não haverá défice, há abrir os cordões à bolsa, e o Governo sinaliza corretamente: “este ano ministro corrige salários na PSP e GNR”, “diretores de topo da PSP aumentaram em segredo os seus salários”, “PSP e GNR aumentados só nos postos mais baixos”… É que o castigo dos escravos, será um castigo de catraio: o fisco tem “ordem para penhorar televisões e consolas de jogos”, e para a cama sem sobremesa. Um povo sem televisão, PlayStation e pudim Boca Doce incendiará as ruas se a Polícia não lhe amochar o fósforo.
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[1] Satánico Pandemonium (Salma Hayek): “não vou sugar-te todo. Serás o meu escravo. Acho que não és digno do sangue humano. Vais alimentar-te do sangue de cães vadios. Serás o meu capacho e, quando eu mandar, lambes a merda no meu sapato. Já que vais ser o meu cão, vou chamar-te… Spot. Bem-vindo à escravidão”; ▪ Seth Grecko (George Clooney): “não obrigado. Já tenho mulher”, dispara e rebenta-a. Razor Charlie (Danny Trejo) anuncia-a no Titty Twister: “agora, para o vosso deleite, a amante do macabro. A personificação do mal. A mulher mais sinistra que já dançou na face da Terra (…). Curvem-se. Ajoelhem-se e venerem aos pés de a Satánico Pandemonium!”. Titty Twister, um clube no deserto “aberto do crepúsculo até de madrugada, hot carnitas, chicas calientes, nude dancing”, Chet Pussy (Cheech Marin) convida: “muito bem! … rata, rata, rata! Entrem amantes de rata! Aqui no Titty Twister cortámos a rata ao meio. Façam uma proposta à nossa melhor seleção de rata! É uma festa de rata! Temos rata branca, preta, espanhola e amarela. Temos rata quente e fria. Temos rata molhada e malcheirosa. Temos rata peluda e sangrenta. Temos rata comilona! Temos rata de seda, de veludo e de cabedal. Até temos rata de égua, de cadela e de galinha! Entrem. Querem rata? Entrem, amantes de rata. Se não temos, vocês não querem. Entrem. Amantes de rata”. No palco do Titty Twister, Tito and Tarantula: Tito Larriva, guitarrista e vocalista, Pete A. Tasanoff, saxofonista e Johnny Vatos Hernandez, baterista: “After Dark” ♫ “Cucarachas Enojadas” ♫ “Opening Boxes”. Do filme “From Dusk Till Dawn” (1996) realizado por Robert Rodriguez e escrito por Quentin Tarantino. As sequelas de qualidade equivalente à matriz: “From Dusk Till Dawn 2: Texas Blood Money” (1999) e “From Dusk Till Dawn 3: The Hangman’s Daughter” (2000). – (Titty Twister é também um clube de strip em Jena, cidade recomendada por Schelling, ao seu amigo Hegel, que em 1801, desenrasca um cargo de professor não remunerado na Universidade. Em 1086, paragrafava, virgulava e “pontofinalizava” a sua “Fenomenologia do espírito”, quando, ó certeza sensível! ó senhor! ó escravo! ó finito dissolve-te no infinito! Napoleão está in town para a batalha de Jena contra as tropas prussianas. Hegel colhe o general corso como um fruto maduro: “eu vi o imperador – essa alma do mundo – cavalgar pela cidade em missão de reconhecimento. É realmente uma sensação maravilhosa ver um tal indivíduo, que, concentrado aqui num único ponto, montado num cavalo, se estende pelo mundo inteiro e domina-o… este homem extraordinário, a quem é impossível não admirar”).
[2] D. Luís de Meneses, 3º conde da Ericeira, político, general de artilharia na Guerra da Restauração, historiador, conselheiro de reis, vedor da Fazenda, economista hábil, alcunhado o “Colbert português”, (Jean-Baptiste Colbert ministro das Finanças de Luís XIV). No final da Guerra da Restauração a economia portuguesa estava de rastos pela destruição do comércio do açúcar no Brasil. Meneses para reduzir as importações da Inglaterra, introduziu teares nas vilas da Covilhã, Fundão, Redondo e Portalegre. Estimula uma política de proteção das manufacturas portuguesas proibindo o uso de tecidos importados. (Os lanifícios ingleses circulam na candonga pois os portugueses não abdicam de um bom fato inglês). Fixa novas indústrias de cintos, vidro, chapéus, curtumes. Incentiva a plantação de amoreiras para a criação de bichos-da-seda… atirou-se da janela do seu palácio para o jardim. Morreu dececionado, a economia não obedecia aos seus esforços de empurrar Portugal para a frente. Ironicamente, quatro anos após a sua morte descobriu-se o ouro do Brasil. A economia enriqueceu. E os portugueses construíram igrejas, igrejas e algumas igrejas.
[3] Salazar, no mês de Maio de 1933, elogiava a mão-de-obra nacional: “meus amigos: eu que sou filho do povo, nascido na aldeia e acostumado a lidar de perto com os que trabalham, agradeço-vos as palavras rudes mas sinceras que me dirigistes. Trabalhai, operários, e lembrai-vos de que enquanto vós desenvolveis aqui a vossa atividade em prol da Pátria, eu vou reunindo no ministério das Finanças o dinheiro que é para o vosso pão e para o ressurgimento da Armada Nacional”, substitui-se “aldeia” por “universidade” e “Armada Nacional” por “consolidação orçamental”, ou nem sequer isso, e escutamo-lo ainda nas bocas de hoje.
[4] Um líder “seguido”. Cavaco Silva fala sobre o Orçamento de 2012, Tózé Seguro fala sobre Cavaco Silva falando sobre o Orçamento: “verifico com agrado que o sr. presidente da República tem estado atento e tem seguido as minhas declarações em relação ao Orçamento de Estado. O meu desejo é que o primeiro-ministro faça o mesmo”. Tózé já falara que as hipóteses de a sua liderança não aprovar o Orçamento eram 0,0001 %.
[5] Agora que os espectadores do Zip-Zip já morreram todos, ou esticarão o pernil durante o programa de ajustamento, o superior programa de TV nos últimos anos, uma série histórica, de uma ironia arrasadora, foi “O último a sair”. Onde, certas figuras da cultura portuguesa parodiavam a sua própria personagem pública. Luciana Abreu num fruti-trocadilho: “vou ter saudades de banana branca”, ou Roberto Leal numa inquirição do Insondável com Bruno Nogueira: “dar asas a uma galinha é o mesmo que dar testículos a um Papa. Porque a galinha não pode voar e o Papa também não…”. Luciana e Rui Unas, no jacuzzi, sobre técnicas para fingir orgasmos. – Os telespectadores da RTP tomaram a nuvem por Nespresso e “viram” um reality show, no que era apenas uma comédia, propositadamente realista, e choraram o dinheiro do imposto audiovisual. Bruno Nogueira: “eu lembro-me, quando acabei de gravar o pontapé que o Marco me deu, no dia a seguir, ele mostrou-me mensagens de colegas dele, fuzileiros … a dizer que se precisares nós rebentemos o gajo e não sei o quê”. (…). “O nosso primeiro objetivo, quando criámos o programa, era o mais colado à realidade possível e depois tivemos que começar a forçar a ficção para as pessoas perceberem, quer dizer, o óbvio”. O cagaço do dinheiro público dilapidado causou pavor nos espectadores, que não viram uma “representação teatral”, mas uma “realidade”. Tal como o terror da contaminação bacteriológica causara alucinações na população de Nova Iorque e Nova Jérsia, durante a emissão da “Guerra dos mundos”. No dia 30 de Outubro de 1938, a rede de rádio da CBS transmitia “A guerra dos mundos”, uma peça de teatro, retirada do livro de H. G. Wells: “o melhor teatro radiofónico da década de 1930 foi o Mercury Theatre on the Air, um espectáculo com a aclamada companhia dramática de Nova Iorque fundada por Orson Welles e John Houseman”. No início a peça simulava um relaxante sarau musical (de uma banda falsa): “boa noite, senhoras e senhores. Da sala Meridian no hotel Park Plaza, em Nova Iorque, trazemos-lhes a música de Ramón Raquello e a sua orquestra. Com um toque espanhol, Ramón Raquello inicia com ‘La Cumpasita’”, quando o programa é interrompido com notícias de uma invasão de marcianos. Os ouvintes borram-se de medo e a histeria em massa origina pânico e delírio: sentiam-se sufocar pelos gases, viam as máquinas marcianas ou o fumo da batalha no horizonte. A brincadeira cessou com o pagamento de um par de sapatos pretos a um homem que gastara o dinheiro dos sapatos na fuga aos marcianos. As outras ações judiciais foram arquivadas. No Equador não foi assim tão barato. Em Fevereiro de 1949, Leonardo Páez representa uma versão espanhola na Rádio Quito. Para ambiente, convence os seus patrões a publicar pequenas notícias no El Comercio sobre avistamentos de discos voadores, e no dia 12 abre a peça com um dos mais famosos conjuntos equatorianos da época, o Duo Benítez y Valencia (► o Yaraví “Puñales” ♫ o pasillo “Invernal” ♫ o albazo “Pajarillo”). A histeria atingiu todos, polícia, tropa, populares: debandada incontrolada pelas ruas, na igreja homens confessavam adultério na presença das mulheres, o padre absolvia multidões de uma só vez. Quando Páez desfaz o equívoco, o medo converte-se em raiva, atacaram a estação de rádio à pedrada e incendiaram-na. A bófia não os protegeu porque estava à procura dos marcianos. Das pessoas dentro do edifício morreram seis, os outros fugiram pelo telhado, incluindo Páez. A sua namorada e sobrinho não escaparam, e ele exilou-se na Venezuela. A peça foi encenada: em Santiago do Chile, 1944 ou em Buffalo, Nova Iorque, 1968.
[6] Da canção “Mãe Kikas faz-nos bem” – vídeo filmado na casa de alterne La Siesta no Vale de Santarém – do maior artista português Jaimão ► “Puta da bófia” ♫ “Rabio Hotel”: “Mas com razão as pitas se queixam / A culpa é dos putos de hoje em dia / Que não as fodem por causa da PlayStation” ♫ “A ASAE é a nova Pide” ♫ “A merda da tradução” ♫ “Broches de Espanha” ♫ “Fode-te (vai para casa dos teus pais)” ♫ “Mamma a minha” ♫ “Tu é uma besta” ♫ “Pingo Doce” ♫ “Óleo” ♫ “Ta que pariu o Farmville”. {canal YouTube}. “A Kikas é a Maria da Conceição, uma mulher de 51 anos que já foi rainha da sucata, passou pela cadeia de Tires e agora é rainha da noite no Ribatejo. Num espaço de oito anos construiu, sozinha, um verdadeiro império. Reza a lenda que a casa é frequentada por altos magistrados, deputados, jogadores da bola, muita gente conhecida e influente”.
[7] Graças a Nossa Senhora não é o nosso rapaz na Europa, o Durão Barroso, um líder: “há uma decisão que podemos tomar agora e por agora quero dizer agora!”, mas, por lapso, Amadeu Altafaj-Tardio, o Sydney Morning Herald reportou-o como sendo de nacionalidade portuguesa. O porta-voz da Comissão Europeia, participava numa discussão sobre a crise na Zona Euro, Peter Oborne, um colunista, arroja uma papaia: “é terrivelmente assustador ouvir aquele idiota em Bruxelas”, e o locutor chuta a palavra para Altafaj-Tardio: “sr. idiota em Bruxelas quer responder?”, e ele defende o seu patrão Olli Rehn e a lengalenga do “projeto político” da Zona Euro. Oborne insiste no “idiota em Bruxelas”, e que a questão não é política, é económica, Altafaj-Tardio retira o micro e pira-se.
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[1] Satánico Pandemonium (Salma Hayek): “não vou sugar-te todo. Serás o meu escravo. Acho que não és digno do sangue humano. Vais alimentar-te do sangue de cães vadios. Serás o meu capacho e, quando eu mandar, lambes a merda no meu sapato. Já que vais ser o meu cão, vou chamar-te… Spot. Bem-vindo à escravidão”; ▪ Seth Grecko (George Clooney): “não obrigado. Já tenho mulher”, dispara e rebenta-a. Razor Charlie (Danny Trejo) anuncia-a no Titty Twister: “agora, para o vosso deleite, a amante do macabro. A personificação do mal. A mulher mais sinistra que já dançou na face da Terra (…). Curvem-se. Ajoelhem-se e venerem aos pés de a Satánico Pandemonium!”. Titty Twister, um clube no deserto “aberto do crepúsculo até de madrugada, hot carnitas, chicas calientes, nude dancing”, Chet Pussy (Cheech Marin) convida: “muito bem! … rata, rata, rata! Entrem amantes de rata! Aqui no Titty Twister cortámos a rata ao meio. Façam uma proposta à nossa melhor seleção de rata! É uma festa de rata! Temos rata branca, preta, espanhola e amarela. Temos rata quente e fria. Temos rata molhada e malcheirosa. Temos rata peluda e sangrenta. Temos rata comilona! Temos rata de seda, de veludo e de cabedal. Até temos rata de égua, de cadela e de galinha! Entrem. Querem rata? Entrem, amantes de rata. Se não temos, vocês não querem. Entrem. Amantes de rata”. No palco do Titty Twister, Tito and Tarantula: Tito Larriva, guitarrista e vocalista, Pete A. Tasanoff, saxofonista e Johnny Vatos Hernandez, baterista: “After Dark” ♫ “Cucarachas Enojadas” ♫ “Opening Boxes”. Do filme “From Dusk Till Dawn” (1996) realizado por Robert Rodriguez e escrito por Quentin Tarantino. As sequelas de qualidade equivalente à matriz: “From Dusk Till Dawn 2: Texas Blood Money” (1999) e “From Dusk Till Dawn 3: The Hangman’s Daughter” (2000). – (Titty Twister é também um clube de strip em Jena, cidade recomendada por Schelling, ao seu amigo Hegel, que em 1801, desenrasca um cargo de professor não remunerado na Universidade. Em 1086, paragrafava, virgulava e “pontofinalizava” a sua “Fenomenologia do espírito”, quando, ó certeza sensível! ó senhor! ó escravo! ó finito dissolve-te no infinito! Napoleão está in town para a batalha de Jena contra as tropas prussianas. Hegel colhe o general corso como um fruto maduro: “eu vi o imperador – essa alma do mundo – cavalgar pela cidade em missão de reconhecimento. É realmente uma sensação maravilhosa ver um tal indivíduo, que, concentrado aqui num único ponto, montado num cavalo, se estende pelo mundo inteiro e domina-o… este homem extraordinário, a quem é impossível não admirar”).
[2] D. Luís de Meneses, 3º conde da Ericeira, político, general de artilharia na Guerra da Restauração, historiador, conselheiro de reis, vedor da Fazenda, economista hábil, alcunhado o “Colbert português”, (Jean-Baptiste Colbert ministro das Finanças de Luís XIV). No final da Guerra da Restauração a economia portuguesa estava de rastos pela destruição do comércio do açúcar no Brasil. Meneses para reduzir as importações da Inglaterra, introduziu teares nas vilas da Covilhã, Fundão, Redondo e Portalegre. Estimula uma política de proteção das manufacturas portuguesas proibindo o uso de tecidos importados. (Os lanifícios ingleses circulam na candonga pois os portugueses não abdicam de um bom fato inglês). Fixa novas indústrias de cintos, vidro, chapéus, curtumes. Incentiva a plantação de amoreiras para a criação de bichos-da-seda… atirou-se da janela do seu palácio para o jardim. Morreu dececionado, a economia não obedecia aos seus esforços de empurrar Portugal para a frente. Ironicamente, quatro anos após a sua morte descobriu-se o ouro do Brasil. A economia enriqueceu. E os portugueses construíram igrejas, igrejas e algumas igrejas.
[3] Salazar, no mês de Maio de 1933, elogiava a mão-de-obra nacional: “meus amigos: eu que sou filho do povo, nascido na aldeia e acostumado a lidar de perto com os que trabalham, agradeço-vos as palavras rudes mas sinceras que me dirigistes. Trabalhai, operários, e lembrai-vos de que enquanto vós desenvolveis aqui a vossa atividade em prol da Pátria, eu vou reunindo no ministério das Finanças o dinheiro que é para o vosso pão e para o ressurgimento da Armada Nacional”, substitui-se “aldeia” por “universidade” e “Armada Nacional” por “consolidação orçamental”, ou nem sequer isso, e escutamo-lo ainda nas bocas de hoje.
[4] Um líder “seguido”. Cavaco Silva fala sobre o Orçamento de 2012, Tózé Seguro fala sobre Cavaco Silva falando sobre o Orçamento: “verifico com agrado que o sr. presidente da República tem estado atento e tem seguido as minhas declarações em relação ao Orçamento de Estado. O meu desejo é que o primeiro-ministro faça o mesmo”. Tózé já falara que as hipóteses de a sua liderança não aprovar o Orçamento eram 0,0001 %.
[5] Agora que os espectadores do Zip-Zip já morreram todos, ou esticarão o pernil durante o programa de ajustamento, o superior programa de TV nos últimos anos, uma série histórica, de uma ironia arrasadora, foi “O último a sair”. Onde, certas figuras da cultura portuguesa parodiavam a sua própria personagem pública. Luciana Abreu num fruti-trocadilho: “vou ter saudades de banana branca”, ou Roberto Leal numa inquirição do Insondável com Bruno Nogueira: “dar asas a uma galinha é o mesmo que dar testículos a um Papa. Porque a galinha não pode voar e o Papa também não…”. Luciana e Rui Unas, no jacuzzi, sobre técnicas para fingir orgasmos. – Os telespectadores da RTP tomaram a nuvem por Nespresso e “viram” um reality show, no que era apenas uma comédia, propositadamente realista, e choraram o dinheiro do imposto audiovisual. Bruno Nogueira: “eu lembro-me, quando acabei de gravar o pontapé que o Marco me deu, no dia a seguir, ele mostrou-me mensagens de colegas dele, fuzileiros … a dizer que se precisares nós rebentemos o gajo e não sei o quê”. (…). “O nosso primeiro objetivo, quando criámos o programa, era o mais colado à realidade possível e depois tivemos que começar a forçar a ficção para as pessoas perceberem, quer dizer, o óbvio”. O cagaço do dinheiro público dilapidado causou pavor nos espectadores, que não viram uma “representação teatral”, mas uma “realidade”. Tal como o terror da contaminação bacteriológica causara alucinações na população de Nova Iorque e Nova Jérsia, durante a emissão da “Guerra dos mundos”. No dia 30 de Outubro de 1938, a rede de rádio da CBS transmitia “A guerra dos mundos”, uma peça de teatro, retirada do livro de H. G. Wells: “o melhor teatro radiofónico da década de 1930 foi o Mercury Theatre on the Air, um espectáculo com a aclamada companhia dramática de Nova Iorque fundada por Orson Welles e John Houseman”. No início a peça simulava um relaxante sarau musical (de uma banda falsa): “boa noite, senhoras e senhores. Da sala Meridian no hotel Park Plaza, em Nova Iorque, trazemos-lhes a música de Ramón Raquello e a sua orquestra. Com um toque espanhol, Ramón Raquello inicia com ‘La Cumpasita’”, quando o programa é interrompido com notícias de uma invasão de marcianos. Os ouvintes borram-se de medo e a histeria em massa origina pânico e delírio: sentiam-se sufocar pelos gases, viam as máquinas marcianas ou o fumo da batalha no horizonte. A brincadeira cessou com o pagamento de um par de sapatos pretos a um homem que gastara o dinheiro dos sapatos na fuga aos marcianos. As outras ações judiciais foram arquivadas. No Equador não foi assim tão barato. Em Fevereiro de 1949, Leonardo Páez representa uma versão espanhola na Rádio Quito. Para ambiente, convence os seus patrões a publicar pequenas notícias no El Comercio sobre avistamentos de discos voadores, e no dia 12 abre a peça com um dos mais famosos conjuntos equatorianos da época, o Duo Benítez y Valencia (► o Yaraví “Puñales” ♫ o pasillo “Invernal” ♫ o albazo “Pajarillo”). A histeria atingiu todos, polícia, tropa, populares: debandada incontrolada pelas ruas, na igreja homens confessavam adultério na presença das mulheres, o padre absolvia multidões de uma só vez. Quando Páez desfaz o equívoco, o medo converte-se em raiva, atacaram a estação de rádio à pedrada e incendiaram-na. A bófia não os protegeu porque estava à procura dos marcianos. Das pessoas dentro do edifício morreram seis, os outros fugiram pelo telhado, incluindo Páez. A sua namorada e sobrinho não escaparam, e ele exilou-se na Venezuela. A peça foi encenada: em Santiago do Chile, 1944 ou em Buffalo, Nova Iorque, 1968.
[6] Da canção “Mãe Kikas faz-nos bem” – vídeo filmado na casa de alterne La Siesta no Vale de Santarém – do maior artista português Jaimão ► “Puta da bófia” ♫ “Rabio Hotel”: “Mas com razão as pitas se queixam / A culpa é dos putos de hoje em dia / Que não as fodem por causa da PlayStation” ♫ “A ASAE é a nova Pide” ♫ “A merda da tradução” ♫ “Broches de Espanha” ♫ “Fode-te (vai para casa dos teus pais)” ♫ “Mamma a minha” ♫ “Tu é uma besta” ♫ “Pingo Doce” ♫ “Óleo” ♫ “Ta que pariu o Farmville”. {canal YouTube}. “A Kikas é a Maria da Conceição, uma mulher de 51 anos que já foi rainha da sucata, passou pela cadeia de Tires e agora é rainha da noite no Ribatejo. Num espaço de oito anos construiu, sozinha, um verdadeiro império. Reza a lenda que a casa é frequentada por altos magistrados, deputados, jogadores da bola, muita gente conhecida e influente”.
[7] Graças a Nossa Senhora não é o nosso rapaz na Europa, o Durão Barroso, um líder: “há uma decisão que podemos tomar agora e por agora quero dizer agora!”, mas, por lapso, Amadeu Altafaj-Tardio, o Sydney Morning Herald reportou-o como sendo de nacionalidade portuguesa. O porta-voz da Comissão Europeia, participava numa discussão sobre a crise na Zona Euro, Peter Oborne, um colunista, arroja uma papaia: “é terrivelmente assustador ouvir aquele idiota em Bruxelas”, e o locutor chuta a palavra para Altafaj-Tardio: “sr. idiota em Bruxelas quer responder?”, e ele defende o seu patrão Olli Rehn e a lengalenga do “projeto político” da Zona Euro. Oborne insiste no “idiota em Bruxelas”, e que a questão não é política, é económica, Altafaj-Tardio retira o micro e pira-se.
cinema:
Margaret Nolan ou Vicky Kennedy: “com a sua fantástica figura, 104-60-91, os seus olhos azuis, cabelos loiros e os seus lábios a fazer beicinho era a perfeita fantasia para a fórmula mágica de Harrison Marks [1]”; Margaret era uma beldade dos sixties, nascida a 29 de Outubro de 1943, em Hampstead, Londres, de pais irlandeses. Queria ser bailarina mas, como diz ela, “cresceu demasiado alto!”, (as tetas se lhe insuflaram num pouco clássico par de melões), e estreou a sua carreira profissional como modelo glamour, sob o nome de Vicky Kennedy, antes de ser descoberta no ano de 63 por um produtor, para um pequeno papel de secretária, na série “The Saint” (1962-69). Pulou para o cinema, na cena do casino, debruçada sobre Wilfred Brambell, no beatlíco “Hard Day’s Night” (1964). Foi contratada para ser fotografada como a rapariga dourada no genérico de “Goldfinger” (1964) – no filme, a moçoila assassinada por uma demão de ouro é Shirley Eaton –, ela exigiu uma participação na fita: o seu papel de Dink, a massagista de Bond, na famosa despedida, para “conversa de homens”, com uma palmada no rabo: ▪ Felix: “sabia que te encontrava em boas mãos”; ▪ Bond: “Felix! Felix! Como estás? Dink, este é o Felix Leiter”; ▪ Dink: “alô”; ▪ Bond: “Felix, cumprimenta a Dink”; ▪ Felix: “olá, Dink”; ▪ Bond: “Dink, diz adeus ao Felix”; ▪ Dink: “o quê?”; ▪ Bond: “conversa de homens”, e plaf! palmada de mão cheia nas nádegas. Disse ela sobre esses dois filmes: “Sean era reservado e simples; os Beatles foram emocionantes, eles queriam que eu fosse a anfitriã no ‘The Magical Mystery Tour’, mas eu estava a fazer outra coisa e não podia! O John Lennon efetivamente telefonou ao meu agente!”. As suas transbordantes tetas atulharam alguns filmes “Carry On”, como Buxom Lass em “Carry On Henry” (1971), ou Dawn Brakes, a moça que espirra, e rebenta os botões do decote, em “Carry On Girls” (1973) e na catfight pelo biquíni. E foi Sophie, no episódio Element of Risk, de uma das melhores séries dos anos 70: “The Persuaders!” (1971-2). {A sua biografia ilustrada}. {Fotos}. {Fotos}. {Fotos}. {Foto}. {Site}. – Cuecas: descobrem o maneirinho rabo da Sigourney Weaver, como a oficial Ellen Ripley, no filme “Alien” (1979). Dilatam o sucesso escolar, Julia Montgomery, em “Revenge of the Nerds” (1984). Colmatam o produto da ciência, Kelly LeBrock, em “Weird Science” (1985), musicado pelos Oingo Boingo. Destapam as confissões lascivas por big dick das adolescentes americanas, Mena Suvari, em “American Beauty” (1999). Vitaminam os poderes curativos de Amy Smart em “Road Trip” (2000). Condizem com os peúgos e chapéu de Britney Spears em “Crossroads” (2002). – Cenas chocantes: “The Girl Next Door” (2007), uma parábola sobre os bons sentimentos humanos. Baseado no caso verdadeiro de Sylvia Marie Likens falecida aos 16 anos. Os pais, Lester e Betty Likens, trabalhadores do circo, confiaram-na, com a irmã Jenny Faye Likens, 15 anos, ao cuidado da família Baniszewski, uma velha divorciada, mãe de seis descendentes, por 20 dólares semanais. Quando o primeiro pagamento se atrasou, a velha Baniszewski encheu-as de porrada. A velha Baniszewski era uma mulher típica americana, mastigadora de Bíblia, acusava as Likens de serem putas, pregava-lhes acerca da imundice das putas e das mulheres em geral. Asseava Sylvia, para entrada no Paraíso, mergulhando-a em água a ferver e esfregando-lhe sal nas queimaduras. Incontinente pelos maus-tratos, amarrada à cama, irritava a velha Baniszewski, quando molhava a enxerga, um dia forçou-a a introduzir uma garrafa de Coca-Cola na vagina, enquanto lhe cravava no abdómen com uma agulha em brasa: “sou uma puta e orgulhosa disso”. – Top nuas: Helen Mirren, há cinco décadas a despir-se, fiel ao seu lema: “carne vende”: “Age of Consent” (1969), “Savage Messiah” (1972), “Calígula” (1979), “The Roman Spring of Mrs. Stone” (2003), na promoção de “Love Ranch” (2010). – “Sign of the Cross” (1932), realizado por Cecil B. DeMille antes da vigência do código Hays (1934-68), algumas cenas serão cortadas para licenciamento da exibição: a cena da dança lésbica: Marcus Superbus, rejeitado pela inocente cristã Mercia (Elissa Landi), incita Ancaria a executar a erótica “Dança da Lua Nua”, que “a aquecerá para vida”; a sequência da arena com mulheres nuas atacadas por crocodilos e um gorila. Sobre o banho de Poppaea (Claudette Colbert): “DeMille, logicamente, anunciou à imprensa que estava a ser usado leite verdadeiro de burra, embora tenha sido, provavelmente, leite em pó de vaca. O leite foi deixado na banheira durante a noite, e no segundo dia, transformou-se em queijo sob o calor dos holofotes. O fedor era insuportável. Colbert quase desmaiou pelo cheiro”. “A reação da Igreja Católica dos Estados Unidos ao conteúdo deste filme e ao de “Ann Vickers”, adaptado da novela de Sinclair Lewis, conduziu à formação, em 1934, da Legião Católica da Decência, uma organização dedicada à identificação e combate aos conteúdos questionáveis, do ponto de vista da Igreja, no cinema”, distraíram-se na fiscalização das famílias que doavam as crianças à religião e aos padres. – “Diva” (1981), filme de Jean-Jacques Beineix, realizador de “Lua na Valeta” (1983) e “Betty Blue” (1986): “é um dos primeiros filmes a abandonar o humor áspero realista do cinema francês dos anos 70, e regressar a um estilo colorido, melódico, chamado cinéma du look”: “estes realizadores dizia-se que favoreciam o estilo sobre a substância, o espetáculo sobre a narrativa. Referia-se a filmes que tinham um estilo visual habilidoso, e focado em personagens jovens e alienadas, que se dizia representarem a juventude marginalizada da França de François Mitterrand. Os três principais realizadores do cinéma du look foram Jean-Jacques Beineix, Luc Besson e Leos Carax”. Da banda sonora: “Sentimental Walk”, um pastiche das “Gnossiennes” de Erik Satie, composto por Vladimir Cosma; a ária “Ebben? Ne andrò lontana”, do Primeiro Acto da ópera “La Wally”, de Alfredo Catalani. – “Colombiana” (2011): “quando tinha nove anos, Cataleya viu os seus pais serem assassinados por Marco, o guarda-costas de um traficante colombiano local chamado Dom Luís. Escapou antes que eliminassem as testemunhas, a nossa pequena heroína consegue chegar à embaixada dos Estados Unidos, e depois a Chicago, onde fica sob a tutela do seu tio Emílio. Aí, transforma-se numa altamente treinada assassina”, com o corpo de Zoe Saldanha.
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[1] Pioneiro inglês da foto glamour (outro nome para gajas nuas), na revista Kamera, no final dos anos 50, quando os pêlos púbicos eram retocados por razões de pudor. A tolerância das modelos, nos sixties, para barbearem os seus montes de Vénus, facilitava o cumprimento desta regra censória. Um manual dos rapazes, sempre à mão, para os trabalhos de casa sobre as modelos, a revista interrompeu a sua publicação em 1968 e renasceu em 69. A empresa Kamera Publications Ltd, com a suposta esposa de Marks Pamela Green, falecida no ano passado, como managing director, editou muitas outras revistas, como a Solo. Depois de 1958, Marks filmava curtas-metragens em 8mm das suas modelos a despirem-se ou a posarem nuas, os seus “filmes caseiros glamour”: com Margaret Nolan, “Attic Queen” e “Making Hay”.
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[1] Pioneiro inglês da foto glamour (outro nome para gajas nuas), na revista Kamera, no final dos anos 50, quando os pêlos púbicos eram retocados por razões de pudor. A tolerância das modelos, nos sixties, para barbearem os seus montes de Vénus, facilitava o cumprimento desta regra censória. Um manual dos rapazes, sempre à mão, para os trabalhos de casa sobre as modelos, a revista interrompeu a sua publicação em 1968 e renasceu em 69. A empresa Kamera Publications Ltd, com a suposta esposa de Marks Pamela Green, falecida no ano passado, como managing director, editou muitas outras revistas, como a Solo. Depois de 1958, Marks filmava curtas-metragens em 8mm das suas modelos a despirem-se ou a posarem nuas, os seus “filmes caseiros glamour”: com Margaret Nolan, “Attic Queen” e “Making Hay”.
música:
[Remy Munasifi – “é um árabe-americano, comediante de ‘comédia em pé’, músico trocista e artista de vídeo. (…) pai iraquiano, médico, e a mãe libanesa, instrutora de Pilates”. Pelas suas palavras: “sou um YouTuber a tempo inteiro. Sou um content partner no site e sou-o há um ano e meio, o que tem sido fantástico. O YouTube e a Google têm sido muito generosos e apoiantes dos seus parceiros e fazem um grande trabalho criando e mantendo um ambiente ótimo para cineastas que querem um espaço para o conteúdo dos seus vídeos”. E o seu sonho: “atuar em Beirute seria um sonho tornado realidade. (…). Hallab, em Tripoli, é provavelmente o meu restaurante favorito na Terra”. {Canal YouTube GoRemy}. ► “Munasifi, 31, é originário de McLean, e estudou na Langley High School. A biografia no seu site diz que frequentou a Wheeling Jesuit University, em Wheeling, West Virginia. Recentemente (em 2009) mudou-se para Arlington, o que estimulou o novo rap sobre a sua nova toca”: “Arlington: The Rap”: “So if you think you got the cred and you think your toughness got me come and see me in my town and we'll grab a cup of coffee / At the Starbucks, or the Starbucks...” ♫ “Saudis in Audis”: “Drive to Emirates tonight / shopping for some stuff Dubai / drive Audi out in Amman / even we go to Cinnabon” ♫ “Hey There Khalilah”: paródia da canção “Hey There Delilah”, o corno ilude-se, dos Plain White T’s ♫ “McDonald's: The Rap”: “They say, ‘you're playing with a cardiac arrest, my boy’ / Only thing bad for my heart's when they forget my toy / Now I'm-a have a milkshake, but before you rant / It's made of shamrocks--now that's a plant” ♫ “Raise the Debt Ceiling Rap”: “on the beach getting tan / and sipping Corona / we got a monetary plan / and it involves a lot of toner...” ♫ “Occupy Wall Street Protest Song”: “now there's fountains on streets / from which clean water pours / Four dollar generics / at all big box stores / a sultan and student / both have iPhone 4s / it's not fair”:
O credo da economia americana é: make money, e se for easy money, melhor. “A fundamental e pragmática regulação bancária, que surgiu a partir do devastador colapso financeiro da Grande Depressão, durante décadas, reforçou os Bancos dos EUA e os mercados de capitais, tornando-os os motores gémeos do crescimento americano e a inveja do mundo. O desmantelamento sistemático dessas mesmas regulações, por banqueiros gananciosos, começou a sério em 1980 (com o Depository Institutions Deregulation and Monetary Control Act, assinado por Jimmy Carter), atingiu o pico em 1999 (com o Gramm-Leach-Bliley Act, assinado por Bill Clinton), e, finalmente, culminou com a decisão da Securities and Exchange Commission, em Abril de 2004, uma decisão final, que pavimentou o caminho para a implosão de tudo o que a regulação fora projetada para proteger”. Sem a imposição legal de possuir valor, que cubra as suas obrigações financeiras para com os clientes e credores, as grandes corretoras de valores como a Bear Stearns, a Goldman Sachs, o Lehman Brothers, a Merrill Lynch, e a Morgan Stanley festejaram o easy money, de que o deboche do subprime é um exemplo. Michael Lewis resume esta onda do muito dinheiro: “a estratégia oficial para o individual trader era ignorar a razão e participar na loucura”, e esclarece porque talvez os convocados com a divina missão de restucar o capitalismo desacertem na esconjuração de novas “crises”: “Tim Geithner, o secretário do Tesouro, o que pensa que ele irá fazer quando deixar de ser secretário do Tesouro? O seu próximo passo natural é ir trabalhar no setor financeiro”. A História já regista o presidente Báráque como acendalha intelectual dos seus fãs: galava ele a bunda da brasileira Mayara Rodrigues Tavares, enquanto Sarkozy se lambuzava? a mãe da moça, Lúcia Rodrigues: “se eu estivesse lá puxava-lhes as orelhas. (…). Ela é muito magra e só veste calças. Mayara é tímida e envergonhada do seu corpo. Esta foi a primeira vez na sua vida que usou um vestido, e foi emprestado por uma amiga na favela, porque ela não tem um”. E registará a História Báráque como habilíssimo emissor de sound bites: “não aceitaremos um sistema que constantemente nos coloca em risco”, a sua reforma da regulação bancária – expostas as lacunas e deficiências no bom, o mau e o vilão, no Huff Post – embaterá contra o muro de Wall Street, e não será mais uma agência, o Consumer Financial Protection Bureau: para garantir que os empréstimos proveem real valor – e não bombas armadilhadas – para os mutuários, que impedirá estes consumidores de produtos financeiros de serem trapaceados, nem impedirá que a única almofada do capitalismo, o dinheiro dos contribuintes, seja promovido a Capital, nas “crises”. O presidente Báráque, na impossibilidade de devolver o país às índias, devolve-o a Wall Street:
Asfalto de outras ambiciosas selvas: “a grande oportunidade” para “iniciar uma verdadeira revolução global”: OccupyWallStreet. No sentido de humor contestatário dos sixties marcharam contra os milionários, visitando as casas dos ricos na Fifth Avenue, desde a 59th Street. Ocasionam-se solidariedades: “fornecer às pessoas informações sobre eventos que estão a ser organizados, em curso, e a arquitetar-se por todos os EUA”: Occupy Together. E estes descontentados contabilizam-se: “1% dos americanos controlam 40% da riqueza. Os outros 99% têm essencialmente sido privados de direitos pelo controlo corporativo do Governo”: OccupyWiki. (Aritmética económica já arromançada por Gore Vidal em “The Golden Age” (2000): 1% da população é dona de quase toda a riqueza; 19 % desenrasca-se, pois trabalha para esses donos; 80% está lixada). As aglomerações são plantações para recoleta de produtos para a indústria jornalística: NYDaily News. E, feira com carrinhos de choque, barraquinhas de tiro, ursos de peluche e algodão doce para aqueles que mais se divertem nos mistifórios protestativos: as forças da ordem: bófias em festa, a equipa da my Fox e manifestantes atingidos por gás pimenta e bastões. Os privilegiados também espreitaram; tuítou Russell Simmons: “acompanhei Kanye West através do occupywallstreet. Adoro como ele foi doce e tolerante para a multidão”; confirmou-o a jornalista Lucy Kafanov, da Russia Today America: “bem foi rápido. O artista de rap Kanye West faz uma aparição no OWS. Não fala com ninguém. Ele e Russell Simmons entram num carro e partem”. {live-blog Village Voice}. {Twitter}. {Top das mais giras ocupadoras}. {O bófia hipster}. O filosofante Slavoj Zizek discursou perspético: “a mudança é possível. O que é que consideramos possível hoje? Basta seguir os média. Por um lado, na tecnologia e na sexualidade tudo parece ser possível. É possível viajar para a lua, tornar-se imortal através da biogenética. Pode-se ter sexo com animais ou qualquer outra coisa. Mas olhem para os terrenos da sociedade e da economia. Nestes, quase tudo é considerado impossível. Querem aumentar um pouco os impostos aos ricos? Eles dizem que é impossível. Perdemos competitividade. Querem mais dinheiro para a saúde? Eles dizem que é impossível, isso significaria um Estado totalitário. Algo tem de estar errado num mundo onde vos prometem ser imortais, mas em que não se pode gastar um pouco mais com cuidados de saúde”:Julian Gough – romancista irlandês a viver em Berlim “escreve novelas sérias disfarçadas de novelas humorísticas. É conhecido por ganhar prémios e roubar porcos”, autor de “Jude in London”: “o enredo é uma estrutura em torno daquilo que Gough faz melhor: sovar certos aspetos da sociedade contemporânea numa narração charmosa e hiper-real de BD”. Em 2007 postava uma crise por causa do mercado de derivativos: “porque quase toda a inovação financeira importante, não regulada, começa por ser usada para a sua finalidade, é usurpada por mais e mais instituições financeiras principais para fazerem dinheiro de borla, e é empurrada para um grotesco excesso, levando ao inesperado colapso e desgraça de, frequentemente veneráveis instituições, seguido de reforma e regulação”. Em 2003 escrevia uma fábula burlesca sobre economia para o Financial Times, depois peça radiofónica na BBC Radio em 2009: “The Great Hargeisa Goat Bubble”, e prevista no palco a meados de 2012. Postou Stephanie Flanders: “a maior parte da ação decorre na Somaliland, em meados dos anos 80, mas confiem em mim, é um conto para os nossos tempos”. Também na biografia de Gough: “enquanto estudava filosofia na universidade de Galway, começou a cantar com, a muito literária e underground, banda de rock Toasted Heretic” ► “You Make Girls Unhappy” ♫ “You Can Always Go Home” ♫ “Sodom Tonight” ♫ “Galway and los Angeles” ♫ “LSD (isn't what it used to be)” ♫ “Another Day Another Riot”].
O credo da economia americana é: make money, e se for easy money, melhor. “A fundamental e pragmática regulação bancária, que surgiu a partir do devastador colapso financeiro da Grande Depressão, durante décadas, reforçou os Bancos dos EUA e os mercados de capitais, tornando-os os motores gémeos do crescimento americano e a inveja do mundo. O desmantelamento sistemático dessas mesmas regulações, por banqueiros gananciosos, começou a sério em 1980 (com o Depository Institutions Deregulation and Monetary Control Act, assinado por Jimmy Carter), atingiu o pico em 1999 (com o Gramm-Leach-Bliley Act, assinado por Bill Clinton), e, finalmente, culminou com a decisão da Securities and Exchange Commission, em Abril de 2004, uma decisão final, que pavimentou o caminho para a implosão de tudo o que a regulação fora projetada para proteger”. Sem a imposição legal de possuir valor, que cubra as suas obrigações financeiras para com os clientes e credores, as grandes corretoras de valores como a Bear Stearns, a Goldman Sachs, o Lehman Brothers, a Merrill Lynch, e a Morgan Stanley festejaram o easy money, de que o deboche do subprime é um exemplo. Michael Lewis resume esta onda do muito dinheiro: “a estratégia oficial para o individual trader era ignorar a razão e participar na loucura”, e esclarece porque talvez os convocados com a divina missão de restucar o capitalismo desacertem na esconjuração de novas “crises”: “Tim Geithner, o secretário do Tesouro, o que pensa que ele irá fazer quando deixar de ser secretário do Tesouro? O seu próximo passo natural é ir trabalhar no setor financeiro”. A História já regista o presidente Báráque como acendalha intelectual dos seus fãs: galava ele a bunda da brasileira Mayara Rodrigues Tavares, enquanto Sarkozy se lambuzava? a mãe da moça, Lúcia Rodrigues: “se eu estivesse lá puxava-lhes as orelhas. (…). Ela é muito magra e só veste calças. Mayara é tímida e envergonhada do seu corpo. Esta foi a primeira vez na sua vida que usou um vestido, e foi emprestado por uma amiga na favela, porque ela não tem um”. E registará a História Báráque como habilíssimo emissor de sound bites: “não aceitaremos um sistema que constantemente nos coloca em risco”, a sua reforma da regulação bancária – expostas as lacunas e deficiências no bom, o mau e o vilão, no Huff Post – embaterá contra o muro de Wall Street, e não será mais uma agência, o Consumer Financial Protection Bureau: para garantir que os empréstimos proveem real valor – e não bombas armadilhadas – para os mutuários, que impedirá estes consumidores de produtos financeiros de serem trapaceados, nem impedirá que a única almofada do capitalismo, o dinheiro dos contribuintes, seja promovido a Capital, nas “crises”. O presidente Báráque, na impossibilidade de devolver o país às índias, devolve-o a Wall Street:
Asfalto de outras ambiciosas selvas: “a grande oportunidade” para “iniciar uma verdadeira revolução global”: OccupyWallStreet. No sentido de humor contestatário dos sixties marcharam contra os milionários, visitando as casas dos ricos na Fifth Avenue, desde a 59th Street. Ocasionam-se solidariedades: “fornecer às pessoas informações sobre eventos que estão a ser organizados, em curso, e a arquitetar-se por todos os EUA”: Occupy Together. E estes descontentados contabilizam-se: “1% dos americanos controlam 40% da riqueza. Os outros 99% têm essencialmente sido privados de direitos pelo controlo corporativo do Governo”: OccupyWiki. (Aritmética económica já arromançada por Gore Vidal em “The Golden Age” (2000): 1% da população é dona de quase toda a riqueza; 19 % desenrasca-se, pois trabalha para esses donos; 80% está lixada). As aglomerações são plantações para recoleta de produtos para a indústria jornalística: NYDaily News. E, feira com carrinhos de choque, barraquinhas de tiro, ursos de peluche e algodão doce para aqueles que mais se divertem nos mistifórios protestativos: as forças da ordem: bófias em festa, a equipa da my Fox e manifestantes atingidos por gás pimenta e bastões. Os privilegiados também espreitaram; tuítou Russell Simmons: “acompanhei Kanye West através do occupywallstreet. Adoro como ele foi doce e tolerante para a multidão”; confirmou-o a jornalista Lucy Kafanov, da Russia Today America: “bem foi rápido. O artista de rap Kanye West faz uma aparição no OWS. Não fala com ninguém. Ele e Russell Simmons entram num carro e partem”. {live-blog Village Voice}. {Twitter}. {Top das mais giras ocupadoras}. {O bófia hipster}. O filosofante Slavoj Zizek discursou perspético: “a mudança é possível. O que é que consideramos possível hoje? Basta seguir os média. Por um lado, na tecnologia e na sexualidade tudo parece ser possível. É possível viajar para a lua, tornar-se imortal através da biogenética. Pode-se ter sexo com animais ou qualquer outra coisa. Mas olhem para os terrenos da sociedade e da economia. Nestes, quase tudo é considerado impossível. Querem aumentar um pouco os impostos aos ricos? Eles dizem que é impossível. Perdemos competitividade. Querem mais dinheiro para a saúde? Eles dizem que é impossível, isso significaria um Estado totalitário. Algo tem de estar errado num mundo onde vos prometem ser imortais, mas em que não se pode gastar um pouco mais com cuidados de saúde”:Julian Gough – romancista irlandês a viver em Berlim “escreve novelas sérias disfarçadas de novelas humorísticas. É conhecido por ganhar prémios e roubar porcos”, autor de “Jude in London”: “o enredo é uma estrutura em torno daquilo que Gough faz melhor: sovar certos aspetos da sociedade contemporânea numa narração charmosa e hiper-real de BD”. Em 2007 postava uma crise por causa do mercado de derivativos: “porque quase toda a inovação financeira importante, não regulada, começa por ser usada para a sua finalidade, é usurpada por mais e mais instituições financeiras principais para fazerem dinheiro de borla, e é empurrada para um grotesco excesso, levando ao inesperado colapso e desgraça de, frequentemente veneráveis instituições, seguido de reforma e regulação”. Em 2003 escrevia uma fábula burlesca sobre economia para o Financial Times, depois peça radiofónica na BBC Radio em 2009: “The Great Hargeisa Goat Bubble”, e prevista no palco a meados de 2012. Postou Stephanie Flanders: “a maior parte da ação decorre na Somaliland, em meados dos anos 80, mas confiem em mim, é um conto para os nossos tempos”. Também na biografia de Gough: “enquanto estudava filosofia na universidade de Galway, começou a cantar com, a muito literária e underground, banda de rock Toasted Heretic” ► “You Make Girls Unhappy” ♫ “You Can Always Go Home” ♫ “Sodom Tonight” ♫ “Galway and los Angeles” ♫ “LSD (isn't what it used to be)” ♫ “Another Day Another Riot”].
57 Comments:
At 5:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Bem tentei não usar o vernáculo, mas com o decorrer dos acontecimentos é quase impossível, e ainda bem que somos, na gestão estatal, bidimensionais, atacam-nos na despesa e na receita, se fossemos tridimensionais, ainda nos comiam as ilhargas.
At 11:18 da manhã, Armando Rocheteau said…
Valeu a pena faltar à missa para saborear o teu post. Estive um tempo afastado destas lides, por razões que aqui não interessam. Estás na maior. Grande abraço.
At 6:38 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Armando Rocheteau: Então voltaste dessa demanda espiritual por algum luso Tibete, Arrentela ou Seixal? Com aquilo que irá suceder em Portugal, só haverá mesmo vida em espírito, porque a carnal mirrará. Enrolar-nos-emos em panos cor de laranja ou de camisa meia-manga e deambularemos à volta da estátua do Rossio, enquanto não chega o camião das mudanças para levar aquilo que ainda valer uns trocos em leilão.
Este era para ser um post de elogio à bófia, mas como perdi o meu “Morte aos chuis e ao campo de honra”, do Péret, perdi o estilo poético, e terá de ser dividido por partes. Enquanto estou a escrever acontecem sempre coisas que tenho de incluir e lá se vai a ideia inicial. Uns desses factos quentes, que atrai a atenção é o Tózé Seguro. Se não lhe arranjam um treinador nunca deixará de ser um jota. Ele abre a boca e diz coisas extraordinárias, essas que meti no post: aquela que o Cavaco o ouviu está muito boa; mas também em tempos disse ele no parlamento, por causa dessa palhaçada das secretas, que queria “secretas com transparência e verdade”, ora isto é mesmo o que os espiões fazem: são transparentes e falam verdade. É um fartote de rir o Tózé.
Como isto ficou muito grande, eis um road map: tens que ver os nossos colegas: o Julian Gough ou o lado feminino de Hegel ao contemplar Napoleão. O programa “O último a rir”, que causou um fenómeno semelhante aos marcianos do Orson Welles, nunca pensei que fosse possível no século XXI, enganar as pessoas com a Arte, não foi uma peça de teatro radiofónico, mas uma série de TV, que é histórica. O grande Jaimão e a casa de alterne da Kikas, onde se calhar vamos todos acabar, depois de mudar de sexo. E o duo Benítez y Valencia do Equador, onde a peça do Welles teve consequências interessantes, do ponto de vista humano.
At 9:07 da manhã, Anónimo said…
A única coisa que não desaumenta é a carga fiscal com que nos premeiam, é sugar até ficarmos sequinhos.
PS: fiquei preocupado com aquela cena de "só beberás sangue de cães vadios".
Rafeiro Perfumado
At 9:13 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Na Ucrânia, por causa do futebol Euro2012, é que andam a matar os cães vadios, para não dar mau aspeto aos turistas, nem eles serem mordidos, os turistas, não os cães. Por lá vão todos, rafeiros e de raça, não sei como os matam, mas não deve ser com injeção.
At 12:26 da manhã, xistosa, josé torres said…
Comecei a ler o testamento e recordei-me disto que vai mais abaixo.
Agora que estamos no fundo do poço todos querem aprender a nadar.
Bem, então aqui vai enquanto vou dar uma leitura.
Carta a um filho sobre estes dias que correm
por José Manuel Fernandes
Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011 às 19:49
Esta semana, no Público, escrevi sobre o que nos meteu neste poço a que só agora vemos as paredes escuras, negras, aterradoras. Defendi, numa carta imaginária a um filho, que o dever dos que têm a minha idade, sobretudo dos que estão instalados, não é declarem-se “indignados” por perderem alguns direitos – é aceitarem este ajustamento doloroso mas necessário para libertar recursos para os que têm mesmo razões para se indignarem, os da idade dele.
Escrevo-te no final de um estranho mês de Outubro. Depois de um Verão triste, tivemos sol e calor. Na praia e o mar estava estranhamente calmo. Teriam sido semanas descontraídas e alegres se não fossemos lendo as notícias. Sabíamos que elas, quando chegassem, seriam más – mas não estávamos à espera de notícias tão más.
Não sou funcionário público e ainda nem falei com o teu avô, que perderá, nos próximos anos, os subsídios de férias e de Natal. Mas sei que os funcionários públicos e os pensionistas estão atordoados. É natural. Não estavam à espera. Ninguém estava à espera. Mesmo eu, que há muito defendia a necessidade de diminuir os gastos com a função pública, não imaginava que fosse assim.
No entanto tenho a percepção da fatalidade. Julgo que muita gente a tem. O dinheiro acabou. O nosso e até o que nos emprestam. Não posso nem quero imaginar que fosse através de mais impostos que se resolvessem as aflições do próximo Orçamento, como parece sugerir o Presidente da República.
Não posso nem quero imaginar que o governo deste país continuasse a fazer como os governos do passado, a fingir que cumpria as metas disfarçando as dívidas.
É por isso que não posso deixar de pensar: o que foi que nos trouxe até aqui? O que foi que nos meteu neste poço a que só agora vemos as paredes escuras, negras?
Também te escrevo envergonhado. Porque escrevo para te dizer, por exemplo, que quando tiveres a minha idade, se ainda andares por este país, continuarás a pagar centenas e centenas de quilómetros de auto-estradas que se degradarão antes de chegarem a ter movimento que se veja. Ou para te alertar que bem antes de chegares à idade da reforma o sistema de pensões terá entrado em colapso (dizem-me que ainda haverá dinheiro para os da minha idade, mas não acredito).
Escrevo-te sobretudo para te contar como desperdiçámos a melhor oportunidade de um século de história. Ou mesmo dos últimos dois séculos.
Sei que muitos andam por aí a culpar “os políticos”. Têm razão: houve muita irresponsabilidade política, houve dolo e houve corrupção. Há alguns figurões a que nunca perdoarei, e espero que o país não perdoe. Mas eu não culpo só “os políticos”. Ou só “os banqueiros”, apesar de estes também terem contribuído para a irresponsabilidade do festim. Eu culpo também uma nação que se embebedou com a ilusão da riqueza fácil, do sonho de “ser como os outros europeus” no espaço de uma década.
No outro dia pus-me a olhar para o meu carro. Seria necessário ter um modelo tão bom? Não. Mas tudo estava feito para que o tivesse. Em poucos anos, Portugal encheu-se de automóveis. Na Europa só os italianos têm proporcionalmente mais carros do que os portugueses. O parque automóvel de Lisboa é imensamente mais rico do que o de Copenhaga ou Estocolmo. Mas não só. Somos o povo com mais telemóveis. E o que mais casas próprias comprou. Até casas de segunda habitação.
At 12:26 da manhã, xistosa, josé torres said…
PARTE II
Muitos da minha geração fizeram tudo para proporcionar aos filhos os bens de consumo a que eles próprios não haviam tido acesso, mas não fizeram o suficiente para que muitos da tua geração saíssem mais cede de casa dos pais. Há quem diga que é assim porque ainda acreditamos nos valores familiares, mas eu desconfio. Afinal com que família sonhamos se, ao mesmo tempo, somos um dos países da Europa onde nascem menos crianças?
Não te vou contar a história de todas as oportunidades falhadas. Ou de todas as políticas criminosas. Ou de todos os roubos, que também os houve. Prefiro tentar, mais humildemente, explicar como te expropriámos o futuro.
Nasceste, como eu nasci, num país de cultura atávica. Num país onde se prefere a protecção do nepotismo ao risco da emancipação. Um país habituado à segurança, mesmo que na pobreza relativa. A revolução não nos mudou, apenas transformou tudo em direitos. Os empregos tinham de ser para a vida, de preferência empregos no Estado. Ninguém pôde tocar nas rendas antigas, pelo que a minha geração teve de ir á procura de casa própria e a tua… nem isso. Os despedimentos são tabu. Houve até quem assumisse “direitos” como a reforma aos 55 ou 56 anos.
Neste país não há profissões: há posições. Quem as ocupa chama-lhes suas, e barra os caminho a todos os competidores. Neste país não há feriados: há “pontes” e fins-de-semana alargados. Neste país detesta-se a avaliação: somos todos “bons” ou “muito bons”. Neste país fala-se muito dos jovens, mas não há oportunidades nem bons olhos para os mais novos.
Enquanto a economia foi crescendo, enquanto o dinheiro (primeiro o dos emigrantes, depois o da Europa) foi chegando, parecia que corria tudo bem. Mas isso tinha de acabar, e acabou. Foi nessa altura que o desemprego dos da tua idade começou a disparar. Antes de disparar todo o desemprego.
Ninguém que, nessa época, chamasse a atenção para a insustentabilidade da nossa economia era ouvido. Gozava-se com o Medina Carreira. Diziam que todos os que chamavam a atenção para o risco de nos embebedarmos com os juros baixos eram apenas “velhos do Restelo”. Na nossa vida privada, comprávamos mais um plasma. No Estado, contratava-se mais uma PPP para outra auto-estrada.
Quando penso no que nos aconteceu como país, e no que aconteceu ao Estado, lembro-me das campanhas da Cofidis e outras empresas de crédito fácil. Para muitos, esse dinheiro ao virar da esquina e a ilusão de que os ordenados aumentariam todos os anos, levou-os a comprar hoje o que julgavam poder pagar amanhã. Até que começaram a ver o salário penhorado por dívidas e, mesmo sem perderem os empregos, perderam os rendimentos.
O país todo portou-se da mesma forma. Desde 1995 que consumimos, em média, mais dez por cento do que produzimos. Sempre a crédito. Sempre com dívidas maiores. Sempre sem sermos capazes de nos emendarmos a tempo.
At 12:27 da manhã, xistosa, josé torres said…
O que se passou no Estado – por via de vários governos centrais, dos governos regionais e das autarquias – foi muito pior. Inventaram-se expedientes para continuar a gastar sem pagar. Já deves ter ouvido falar das PPP’s, mas são só uma parte do problema. Há empresas públicas fictícias que, para financiar o Estado, lhe compram os imóveis e, depois, lhos alugam. Outras que fazem as obras para as quais não há (nem havia) dinheiro, como nas escolas. Outras, como as de transportes, que são veículos de endividamento. Se na Madeira se construiu uma marina que nunca teve barcos, em Lisboa há outra marina na Expo que nunca serviu para nada e em Beja um aeroporto vazio. O Alqueva já consumiu milhões e ainda não rega um hectare. E por aí adiante. A lista é infindável e o espantoso é que os autores dos desmandos andam por aí a rir e a atirar setas aos que, agora, tentam concertar a casa em ruínas.
Vivemos de mentiras – votámos mesmo em mentiras apesar de vários alertas – e na ilusão de que o dinheiro chegaria sempre. Não chegou. A factura que estamos a pagar é imensa. A que te vamos deixar, além de imensa, é imoral.
Chegámos a uma altura em que um governo nos veio dizer que temos de empobrecer. Admiro-lhe a frontalidade (gostei muito de ver, por exemplo, a franqueza com que o ministro das Finanças se explicou na televisão). Gosto da lufada de ar fresco que representa esta sinceridade.
A ti isso pouco te importa. O que conta é saber se saímos inteiros do embate deste “martelo-pilão”, como lhe chama o Pacheco Pereira. Acho que sim. Podemos ter um Orçamento que é como “um Houdini algemado dentro de uma camisa-de-forças fechado num aquário de água salgada”, uma imagem do Pedro Guerreiro, mas tal como o Houdini não temos alternativa senão safarmo-nos.
Talvez tenhas ouvido dizer que assim se acrescenta recessão à recessão. É verdade, mas só num primeiro momento. Depois, a única esperança que a minha geração pode devolver à tua é quebrar o ciclo da dívida e permitir que, sem loucuras, os bancos possam voltar a financiar a economia. Prosseguir o caminho que vinha detrás é alimentar a ilusão de que, continuando o Estado a gastar dinheiro, ou a estimular o consumo que nos levou ao endividamento, a economia recupera. Não acredites: afunda-se ainda mais. E passará aos da tua idade um passivo ainda maior.
O dever dos que têm a minha idade, sobretudo dos que, melhor ou pior, viveram os anos do bem-bom e estão razoavelmente instalados, não é declarem-se “indignados” por perderem alguns direitos – é aceitarem que algum ajustamento nos seus hábitos, mesmo um ajustamento doloroso e duro, é necessário para libertar recursos para os que têm realmente razões para se indignarem. Os da tua idade.
A minha geração passou a vida a reivindicar direitos pagos pelo dinheiro de todos. Ainda hoje continuo a ouvir por todo lado gente a pedir que se use o Estado para “apostar” na economia, o que quase sempre significa apostar nas empresas amigas. Possa a tua geração fazer em Portugal o que tantos de vocês fizeram emigrando: correr riscos, inovar, trabalhar com ambição, cerrar os dentes. A muitos da minha geração só se lhes saírem da frente. Mesmo deixando-te as SCUT’s para pagar.
At 12:36 da manhã, xistosa, josé torres said…
Com isto baralhei-me (não "barulhei-me" pelas pernas abaixo) e...
Pois... por cá, há uns anos, num restaurante famoso pelo cabrito assado no forno (e não só) foram descobertas 26 ou 36, já não me recordo, cabeças de cães.
Este dito cujo famosos, era o restaurante "A Casa Branca", em Lavadores, V. N. de Gaia.
Também me parece que não se sabe como morriam os bichos, mas que eram afamados depois de tostados, lá isso eram.
Fui lá algumas vezes mas na busca do bacalhau à Zé do Pipo, mas se tivesse aparecido o famoso "cabrito", marchava també.
Comi cobra, tromba de elefante, gato bravo e ainda mexo por cá.
Até já.
At 9:15 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: é um artigo de jornal para pôr comida na mesa, mas como carta de um pai, só mostra que é um mau pai. Se fosse bom, a primeira coisa que diria era: filho emigra, e depois dava-lhe bons conselhos na escolha de um curso, médio ou superior, com saída no estrangeiro. Nada de perder tempo com essas coisas que não interessam a ninguém como Direito, Psicologia… Portugal acabou. Bem sei, a esperança, os exemplos que resultaram na Suécia, Noruega, Finlândia, etc. esta fé de que vai resultar, é bem lusa, mas os lusos terão uma surpresa em 2014, quando teoricamente as coisas estarão melhores, ou a melhorar.
Não estarão melhores. Os subsídios não voltam mais. E outros meses serão retirados às pessoas, já se foi o 12º, em impostos, mas também irá o 11º. E o Governo está determinado nas suas metas, já disseram que se for necessário mais, assim seja, eles não têm medo, e tiram. A carta ia bem até ele citar o Pacheco Pereira, enfim, é um intelectual português, não podemos ser esquisitos, temos que ficar com o que há. Mas é ainda a carta de um ingénuo que pedia a diminuição dos gastos na função pública e não sabia que era assim? Deve ser daqueles que pensava que o Estado gastava milhões numas fundações e noutras coisas míticas que por aí há, mas nunca ninguém viu.
Cão a passar por cabrito? Nunca tinha ouvido falar. Os animais sem pele são muito parecidos. Estou convencido que comi gato nas cantinas universitárias. Já estava mentalizado para isso, quando serviam coelho, encolhia os ombros e que se lixe, marcha na mesma.
At 12:28 da manhã, xistosa, josé torres said…
Ando um bocado "perdido" nesta 'vida' com o tempo.
Vou deixar algo que me chegou à pouco:
O SUBSÍDIO DE NATAL OU 13º MÊS NUNCA EXISTIU...
Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!
Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade MAIS crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!
Lembrando que o 13º MÊS em Portugal foi criado em 1972 no governo de MARCELO CAETANO e que nenhum governo depois mexeu nisso, "fala-se agora que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês ou subsídio de Natal.
Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se intitulem "capitalistas" ou "socialistas", e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que ganhas €700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, recebes um total de €8.400,00 por um ano de doze meses. €700,00 X 12 = € 8.400,00
Em Dezembro, o generoso governo manda então pagar-te o conhecido 13º Mês
€ 8.400,00 (Salário anual)
+ €700,00 (13º salário) =
--------------------------------------------------------
€ 9.100,00 (Salário anual + o 13ºMês)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o "governo amigo dos trabalhadores" que mandou o patrão pagar o 13º.
Agora vê bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer uma simples conta que aprendeu no Ensino Básico:
Se o trabalhador recebe €700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganhas por semana € 175,00.
€700,00 (salário mensal) e 4 (semanas que tem o mês) = € 175,00 ( de salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos
€ 175,00 (Salário semanal)
X 52 (Número de semanas anuais)
-------------------
€ 9.100,00.
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual + o 13º salário .
Surpresa, surpresa? Onde está, portanto, o 13º Salário?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse fato simples:
A resposta é que o governo, que faz as leis, te rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio trabalhador.
Se o governo retirar o 13º salário ou subsídio de Natal dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.
Como palavra final para os trabalhadores inteligentes:
Não existe nenhum 13º salário.
O governo apenas devolve e manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.
Conclusão:
Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional...
13º NÃO É PRÉMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO.
É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!
At 8:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: já me tinham falado neste argumento, mas nunca tinha visto em contas, e não deixa de ser verdade.
O prof. Marcello Caetano quando instituiu o 13º mês pretendia dinamizar a economia no Natal, dar dinheiro às pessoas para que elas gastassem no comércio, a ideia nunca foi enriquecer ninguém. Agora já não é necessário isso, ela já está bem dinamizada. Depois, como o fascismo dava muita importância à família, mais uns cobres faziam a alegria da pequenada e a felicidade da família. Agora nada disso é necessário, há psicólogos que tratam disso. E também porque os nossos “empresários” não tinham o hábito de distribuir lucros (excessivos) pelos trabalhadores, assim era uma forma de forçar isso. Agora já não é necessário pois os nossos empreendedores pagam muito bem. E sobretudo porque os salários eram muito baixos e assim dava algum desafogo às famílias para pagarem as contas. Agora já não é necessário pois todos ganham bem.
At 11:26 da manhã, José said…
Mais um texto, bem construído, mas já me vai faltando as forças para o ler até ao fim.Cheguei ao fundo do poço, não preciso de aprender a nadar, porque o poço com tanta água que meteu, agora secou, e com a água que eu bebi para matar a fome, e eu precisava era de forças para subir a corda até ao gargalo, e depois fugir daqui para longe.
José.
At 9:10 da tarde, São said…
Ainda algum dia me explcarás onde arranjas tempo e saber para construires estes interessantes , mas loongos , textos...
Fica bem
At 9:46 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José: dentro de um ano ou dois o poço nem água terá. Quem lá cair estatela-se no rochedo. A água ficará tão cara, que encher poços será uma recordação para os mais velhos, como aqueles subsídios que havia antigamente, já nem me lembro, acho que se chamavam de Natal e férias, ou algo parecido.
At 9:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: é um post por mês. E levo uma semana a escrevê-lo, não é assim tanto tempo. Com a recessão ficaremos ainda com mais tempo. A revolução industrial permitiu libertar o homem do trabalho, as máquinas produziam e o homem tinha mais tempo livre, e deu origem a uma sociedade de lazer e à indústria do turismo. (Aliás, costumo ver os nossos sábios psitacídeos na TV a defender o capitalismo, dizendo que ele foi responsável por um progresso da Humanidade nunca visto na História, é o regime perfeito para bem estar e evolução. Ora, esta evolução indiscutível no bem estar de uma parte da Humanidade deveu-se à energia: o vapor, a eletricidade e o petróleo barato, e não ao capitalismo, mas os nossos intelectuais são tão cabecinhas de vento que chegam a ter graça. Eles não percebem que uma sociedade que tem como fonte de energia o petróleo permite muito mais trabalho (logo, produção de riqueza), do que uma que tenha a força dos braços ou a tração animal, como fonte de energia). Com a recessão também os portugueses terão mais tempo, mas para estarem à janela ou passearem nos jardins do programa Polis, assim pode ser que fique com mais tempo para escrever: o limite é mesmo a conta da luz.
No post, como sou um colecionador de casos com valor humano, que dignifiquem e provem os bons sentimentos que estão em todos nós, gostaria de chamar a atenção para o caso de Sylvia Marie Likens, que resumi na parte do cinema, de que foi feito um filme, “The Girl Next Door”, e o que aconteceu no Equador quando transmitiram uma versão em espanhol da peça de Orson Welles.
At 11:31 da manhã, São said…
Muttley é dos desenhos animados que mais aprecio.
Pois quanto ao resto , os nossos inelectuais( uma grande parte , pelo menos) são à medida do país: pequenos, "tadinhos".
O meu grato abraço pela explicação
At 9:06 da tarde, xistosa, josé torres said…
Nesta hora difícil que a nação atravessa...
Pois bem..., estava a mexer o corta-feno e ouvi, penso que bem... que um ministro se "alembrou" de interrogar o LNEC sobre o desabamento do tecto, telhado, cobertura ou lá o que seja que enganava o pessoal, tapando-o do sol.
Já sei que uma gaveta... algures num ministério... vai ficar com MAIS um libelo (como convém) lá bem no fundo da dita cuja...
Parece que estamos ao nível da Grécia em não sei quê...
Palavras para quê?
Pelo menos Duarte Lima ainda se abarbatou a uns milhões, quase sem custos.
Quanto custará uma bala de prata?
At 9:20 da tarde, xistosa, josé torres said…
Não costumo beber (pelos vistos não é verdade), mas trunquei o que queria, mas o que saiu...
è verdade que aqui neste pequeno paraíso fiscal e não só, os criminosos "merdam" por tudo o que é sítio.
As pontes caiem quando um criminoso presidente de câmara que vem para a TV chorar se locupletou com milhares...
Quando um terreno que deve estar em vida vegetativa se torna num euromilhões, (um exemplo gritante é a Quinta do Ambrósio comprada pelo impoluto Valentim ladrão, desculpe, digo Loureiro.E todosd esses Ambrósios explorados por Valentões.Ou os que têm sobrinhos espertos, como o sobrinho de Narciso Miranda que de uma penada deu cartas a todos os investidores portugueses.
Para não me referir ao outro criminoso, PRESIDENTE DE CÂMARA, com um sobrinho consumidor de...
É ...
Tudo bons meninos, boa gente e impolutos cidadãos que venderam, vendem e continuarão a vender o país em retalhos.
Vou comer a sobremesa.
Só espero que não seja mais uma do executivo que me obrigue a executar...
At 9:24 da tarde, xistosa, josé torres said…
Já ia no corredor quando me lembrei do título da postagem.
Pois é... o pessoal feminino preferia o título de "cassetete arredondado".
Estou só a transmitir as milhares de solicitações que recebi... (rsss, rsss, 5rsss).
E vivam as ervilhas com presunto e ovos escalfados!!!
At 10:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: já não sei o que é pior, se os intelectuais, se o embasbacado, que lhes ouve as pérolas. Até o Marcelo Rebelo de Sousa ainda aumenta as audiências da TVI.
Li que a Catarina Furtado ganha 30 mil por mês. Isto é bem revelador da mentalidade lusa, que durante 40, se julgava rica, e não era, e que agora pensa que dentro de um par de anos, depois da austeridade, voltará a ser rica. Ora, se nunca foi rica, é muito improvável que o venha a ser.
Sendo dinheiros públicos, mostra como o Estado abre as mãos. Mas se fosse privado também era exemplo de um riquismo que não existe. Uma empresa (privada) paga bem, depois cobra publicidade como se estivesse ma América, depois as empresas que publicitam vão cobrar aos clientes preços ridículos, desadequados da realidade económica, aos clientes, estes depois exigem mais remuneração para consumirem e por aí fora, até chegar a um país com mania de rico. Lembro-me que há uns anos, encontrava na baixa turistas, e o que eles queriam era sítios para comer barato, confundiam Portugal com um país africano, que isto por cá era tudo barato. Eles estavam certos, nós é que andamos enganados.
At 10:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: também achei estranho a pala do aeroporto de Faro cair. Mas isto agora ninguém quer dar mau nome a Portugal, e o arquiteto ou engenheiro, não devem ser incomodados. O Duarte Lima é que foi esperto, a secretária queria a massa de volta, e isto de passar de rico a pobre custa, é dinheiro em psicólogos, terapeutas, etc. e como não há dinheiro para eles, é uma pescadinha com rabo na boca.
É que cassetete lubrificado é unisexo. E terá muita saída. A nossa bófia já está a preparar-se. Se houvesse umas cargas da polícia de choque tão boas como no tempo do Cavaco, já teria valido a pena a crise.
At 1:35 da tarde, São said…
Esses trinta mil euros provam bem a mentalidade delirante deste país, que é o nosso!!
Andamos todos de cabeça cheia de vento, sem dúvida!
Mesmo no privado, acho que deveria haver um tecto máximo para salários.
Estou recordando aquele idiota do Mexia, EDP, por exemplo.
Com o contexto em que ele se move, também eu seia uma gestora ímpar e eficientissima!!!
Um abraço
At 1:43 da manhã, xistosa, josé torres said…
Coitado do Duarte Lima, como disse alguém na RTP1, com um mandato de captura internacional e não sendo extraditado, vive preso cá dentro.
Não se pode ausentar para o estrangeiro.
Tenhamos pena de mais este.
Brevemente começará o folhetim dos robalos em Trás-os-Montes, (vi pequenos peixes voadores, aos milhares, que só faziam curtos voos planados. Será que os robalos se abalançam até distãncias maiores?
Um bom fim de semana.
At 8:38 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: estas transferências que houve há tempos, da Júlia Pinheiro e da Fátima Lopes, em que só se falaram de milhões, como se elas valessem isso. E os outros, os “jornalistas”, a Judite Sousa e companhia, loucuras de números como se a Rio Tinto já tivesse descoberto filões de ouro em Portugal. As coisas valem, não é o valor de mercado, que era um país pobre, mas o que os papalvos, ou seja, os consumidores estão dispostos a pagar. Por isso é que digo que os consumidores têm de abrir a pestana e só consumir o essencial, a “crise” obrigará a isso, e não sustentar uma economia que em última análise os penalizará.
O Júlio Magalhães é que descreveu bem esta evolução. Dizia ele que os jornalistas viviam em bairros sociais e que agora vivem em condomínios fechados. De uns tipos mal pagados a viver junto do povo, passaram para super bem pagos, a viver junto do poder, isto diz bem da sua importância para encarneirar as pessoas numa determinada ordem (que se diz inevitável e única).
At 8:39 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: e o Duarte só tinha um cliente, pelo menos gabava-se disso, e pelo suor do seu rosto, noites de esforço a trabalhar, conseguiu comprar três casas, casas é favor, pois aquilo eram palácios, no tempo do marquês de Pombal.
Mas a notícia de hoje é: “Cátia acaricia sexo de Marco”, masturbação na Casa dos Segredos, isto sim é que devia abrir os telejornais, e não o Gaspar, a praticar algo também sexual, mas mais doloroso.
At 11:22 da manhã, São said…
Desconhecia essa aventura bem triste de "A Guerra dos MUndos" na América do Sul.
Um bom fim de semana.
At 11:27 da manhã, São said…
Os jornalistas independentes e sérios estão em vias de extinção e com a privatização de mais um canal televisivo pior.
Pergunto(-me) : poeque não o encerram pura e simplesmente?!
E qual vai ser o conteúdo do canal público? Continuará a ser de telenovelas, concursos e programas estupidificantes?!
Um abraço...e desculpa o comentáro ser bipartido, mas foi involuntário
At 12:46 da tarde, Paulo said…
Todos os dias os subterfúgios nos iludem. Ainda não interiorizamos a realidade no que concerne aos efeitos da crise actual em PORTUGAL...
Enganamos-nos e enganam-nos.
Abraço
At 4:08 da tarde, Fernanda Ferreira - Ná said…
Está mesmo, amigo Jorge, estão cá todos, especialmente nos teus posts.
Eu estou por aí...
Procura-me.
Beijinhos
Ná
At 7:28 da tarde, Só em links said…
gastou-se o orçamento para 2012
felizmente o mundo acaba em 2012
pelo menos para 100 mil mais coisa menos coisa
uns vão à facada outro vão via SNS
At 11:50 da tarde, Je Vois La Vie en Vert said…
Depois de tanta conversa do Xistosa e da São, fiquei sem palavras...
Beijinhos
Verdinha
At 5:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: eles abusaram do realismo e as pessoas acreditaram mesmo. Contrataram atores para imitarem entidades oficiais, tipo, presidente da Câmara, e aquilo era tudo credível. Resumi o acontecimento ao máximo, porque não dava para esticar o post, mas no link há mais informação, embora não se tenha bem a certeza do que sucedeu: o número de mortos varia entre 6 e 20, por exemplo, porque o edifício era também sede do jornal El Comercio, que pertencia aos mesmos donos da rádio, e estariam lá dentro cerca de 100 pessoas. Algo semelhante se passou por cá com o programa “O último a sair”, só que não houve mortos, só depressões e úlceras. O Bruno Nogueira diz que teve de abrandar no realismo que era para a pessoas perceberem que se tratava de uma representação e uma paródia aos reality shows: que já estão no coração luso, já são muito nossos, tal como o cozido ou o pastel de bacalhau.
Perguntei ao Deus Google o que era serviço público de TV? e Deus respondeu-me que era programas para os catraios e programas de culinária, suponho que serão essas as conclusões do João Duque. Eu até acho que a RTP tem uma boa qualidade, claro que as pessoas que vivem nas avenidas novas de Lisboa, e nunca de lá saíram, condenam certas opções e quereriam educar o povo com mais cultura de qualidade, enfim, toda a gente tem um Mao Tsé-tung dentro de si que quer educar as massas. “O último a sair”, por exemplo, fez História, vi também um outro, “Ainda bem que vieste”, que também era bom.
Os jornalistas têm uma função específica, que desde Hearst não é informar, informavam no tempo do telégrafo, depois o seu papel é vender jornais e desinformar. Eu não acredito que a Catarina Furtado ganhe 30 mil, porque os outros da informação ganham pela metade, aquela vedeta das orelhas e dos livros não ganha 30 mil. Deve ter sido uma “notícia falsa” enviada pelo Relvas que quer denegrir para vender. Para ter a opinião pública com ele. Não era só o José Sócrates que tinha uma matilha a tratar da lida com os meios de comunicação, (nisso se inclui blogs, Twitter, Facebook, etc.), a meter notícias de fonte anónima e a apagar fogos, todos os Governos o têm. Por exemplo, esta “notícia” que saiu este fim-de-semana, de que Sócrates pressionava deputados socialistas para votarem contra o orçamento, porque, se não, estariam a pôr em causa os PEC e a sua política, é de mestre. Como há a votação do orçamento em breve prepara-se a cama através de “notícias”.
At 5:46 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Paulo Sempre: bem verdade. Até porque temos um Governo de loucos, intoxicados por teorias universitárias, e que acreditam que as coisas vêm dos livros para a realidade e não o contrário. Esta de dizerem que 2012 será um ano difícil, deve querer dizer que em 2013 as pessoas já estarão acostumadas, porque 2013 será ainda pior que 2012.
At 5:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Fernanda: então acabar com o blog para se dedicar a outra coisa? Haverá vida para além do blog? bom, só se for para ir pedir esmola, que é o que ainda me vai suceder, espero que o Governo não proíba. Houve um rei qualquer que proibiu a criação de mais ordens medicantes, nessa época os portugueses só queria andar por aí de mão estendida. E esse tempo voltará por necessidade e não por fé religiosa.
At 5:48 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Só em links: será uma solução, ou morte ou emigração. Creio que foi esta última que fez a Irlanda crescer. E como os nossos dirigentes nos querem parecidos com eles e não gregos, e como será necessário baixar a população, e o mercado de trabalho internacional não gosta muito de portugueses, a solução será um SNS deficiente e as pessoas morrerem: sobretudo as mais velhas que só dão despesa.
At 5:48 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Je Vois La Vie en Vert: e ainda juntei mais uns parágrafos à conversa.
At 12:32 da tarde, xistosa, josé torres said…
É uma fugida rápida.
Estou de viagem até Oeiras para entrevistar o opulento banqueiro, digo presidente de câmara.
O homem merece uma estátua. Consta-se que recebeu uns dinheiritos para vestir o pessoal do Meco e as "meninas" da mata de onde não sei onde. (certamente que ele também já se esqueceu).
Pelo vistos o homem ficou com o dinheiro porque não pode chegar vestido à praia e na mata, todos os seres vivos fugiram daquela pança.
Para acabar bem o dia ficam os votos de, uma boa semana, um bom início de mês e como não podia deixar de ser, um regozijo por acabar mais um mês e assim mais perto da salvação; daquela que o n/primeiro prevê...
Utopias àparte, uma boa semana mesmo.
At 12:34 da tarde, xistosa, josé torres said…
Para que conste, esta fugida é mesmo rápida (não é redundância minha), porque há fugas lentas, por exemplo as de fininho...
INTÉ!!!
At 1:01 da tarde, Unknown said…
Avé Táxi
Um (pelo menos) copulado[*] te saúda.
Por enquanto ainda sou dos capados, digo, porra!, dos escapados, mas, quem sabe?, um destes dias...
A receita para não haver despesa não precisaria de comer as ilhargas a ninguém, porque os ninguéns já todos teriam falecido de ajustamentarite hipergrástica.
Li o testículo com x, como sempre gostei e leio cuidadosamente os comentários e as tuas respostas. O camião de mudanças? Só para levar as cinzas, que talvez sirvam para adubos fosfatados (???)
No que concerne à(s) lista(s) telefónica(s) páginas amarelas e páginas brancas, os meus mais sentidos p..., perdão, cumprimentos ao Senhor José Torres, aliás Xistoso. O caro Amigo já está a trabalhar mais meia hora por dia, presumo. A Pátria o contempla, a Pátria agradecere-lhá estou seguro.
E, a propósito, o homem julga-se Seguro, mas os bardinos do PS juram-lhe pela pele. E pelo resto.
Prontos (sem s) calo-me porque senão também me armo em produtor de listas. Já estou como a nossa Verdinhamiga...
Mas não posso deixar de aqui exarar que ainda não sei o que será pior: se os passos da crise, se a crise do Passos. Quid juris?
Abç
INFORMAÇÃO
[*] Na nossa Travessa, copular é preciso
At 4:27 da tarde, Blog Dri Viaro said…
boa tarde ;)
beijos
At 2:39 da manhã, Anónimo said…
Trago-te Zen
http://www.youtube.com/watch?v=bvpEq9QHpJ4
e vou levar leite de burra.
At 10:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: homens “estatuáveis” em Portugal não poucos há, haja rotundas para todos eles, reproduzem-se eles mais rápido que a Mota-Engil amanha a terra e coloca alcatrão e jardins em flor, mas há outros sítios, também nobres, para os erigir, nas ruas de Lisboa, por exemplo, acabaram com as casas de banho do Rossio, e eu uso as estátuas como privada, mais algumas nunca são demais.
É curioso as animações da Bolsa e os lusos jornais: Papandreou afunda banca portuguesa! e coisas assim escrevem. Os lusos Bancos privados estão falidos desde 2009 e os nossos banqueiros pavoneiam-se como opulentos homens de negócios e não há ninguém que grite o rei, neste caso o ricaço vai nu, todos ainda lhes vêem os fatos de rico corte. Já deviam ter deixado as leis do mercado funcionar e falir aquilo tudo.
Mas a minha preocupação hoje, está solidária com a Cleide, preocupada com as cenas de sexo na Casa dos Segredos, é que se começam a picar miolos, pouco faltará para chegarem ao cérebro (na Casa dos Segredos está uma amostragem bastante representativa da sociedade portuguesa). E lá se vai a anedota do pica-miolos: pica, pica, que para chegares ao miolo tens muito que picar.
At 10:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Henrique ANTUNES FERREIRA: os portugueses ainda aguentam mais varapau, ainda têm as costas bastante folgadas, somos nós que, amantes da Pátria e do nosso Banco, temos de exigir de Passos, não passos, mas trote ou galope. Todos nós podemos dar um ano sem comer à Pátria e do nosso Banco, para a Pátria e do nosso Banco, salvar.
At 10:52 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Dri Viaro: bem precisamos boas tardes por cá :))
At 10:52 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Manuel: já tinha metido esse filme num post, por causa da versão 3D, mas não tinha encontrado esse trailer. E ainda por cima todos os vídeos foram bloqueados e até o acesso ao site do filme está difícil.
At 12:02 da manhã, xistosa, josé torres said…
Não sabia que existia uma casa dos segredos.
Informei-me e soube, (porque li algures) que a apresentadora tinha sido restaurada no visual e até as mamas tinham ficado perto do pescoço (já me informaram que estão a retornar ao local habitual e normal da dita cuja carcaça, sua dona).
Ando bem baralhado com outras coisas.
Então o "chefão" grego não tem o direito de interrogar o rebanho sobre o modo e o local da pastagem?
Ou tem que baixar a cabeça e obedecer aos cães de fila, Sarkozy e Merkel?
Já nem sei bem o que é democracia...
Uma boa noite.
At 8:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: Ah pois! A democracia tem destas coisas. Só pode haver democracia, com consulta popular, quando o resultado é aquele que interessa. Não poucas vezes tiveram de repetir eleições e referendos até dar os resultados certos. Se o resultado não está assegurado, há democracia na mesma, mas não se pergunta nada ao povo, a coisa pública é entregue aos líderes que sabem e estudaram para tal.
Acho que esses programas tipo Casa dos Segredos são muito importantes, porque são bastante representativos da população portuguesa, um gajo vê meia hora daquilo e fica a conhecer Portugal.
At 1:03 da tarde, José said…
E a Teresa Guilherme, diz que o Passos quer recambiar a massa todo, e pelo sim pelo não, quer se pisgar para o Brasil, com os milhões que tem ganho nas casas dos segredos, e das noutras, ela tem que ter cuidadinho dinheiro, com uma bucarra daquele tamanho deve comer, e engolir muito.
Um bom fim de semana,
At 11:28 da tarde, xistosa, josé torres said…
A velhice é uma merd*
Soube que a tal Teresa da tal casa, gosta dos tais putos mais novos, apesar de ser casada, (penso eu), com um fulano (até podia ser comigo, (PORRA!!! Sou feio demais para ela) qualquer.
Pelos vistos não há segredos e "cuzinha-se" ás escâncaras (digo o que med isseram, para não dizer que escrevi o que me ditaram).
Neste momento não me posso "des alargar" mais porque o JN tem trazido notícias de pulhas (são quase todos) que pululam nas autarquias e Urbanismos.
É ver como se construíram ilhas (nome dado aqui no norte, parece-me que no sul são pátios, mas há diferenças abissais), ao alto, em locais de pencas e nabos...
nabos somos todos nós.
Penso que a vida já medeu tudo e já tudo suguei...
Só peço uma caçadeira e munições...
Não, não vou aos bancos...
Bem...
Um bom fim de semana, que eu vou matutar para o 4º segredo de Fátima, digo, 4º recurso do Isaltino!!!
At 2:42 da tarde, São said…
Acho que estamos a necessitar de um Meneses ou até de pombal...
Bom fim de semana.
At 8:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: a Teresa Guilherme era casada com um tipo mais novo, mas creio que já se divorciaram. O amor é muito bonito, mas a idade é muito mais, acordar pela manhã e olhar para o lado, e ver aquilo que a maquilhagem ainda não disfarçou é uma experiência traumatizante. Mesmo que o dinheiro seja abundante.
O advogado do Isaltino é mesmo bom. Ele sabe os recursos todos. Até li que a petição para a prescrição do crime já foi metida. O crime prescreve para o ano, é só aguentar mais uns meses, e o Estado deu trabalho a muitos, não houve pena de prisão, mas ao menos não houve desemprego.
At 8:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: o que estamos a precisar é que as nossas tradições de Natal não morram. Só há duas: Ferrero Rocher e a Popota. E parece-me que este ano estão asseguradas, talvez pelo Paulo Portas, o equilibrado do Governo. Será a felicidade. Para o ano veremos.
At 1:39 da tarde, Carla said…
um pitéu este post
At 3:16 da tarde, São said…
Tu desculpa, mas não gosto de Ferrero Rocher nem um pouco e para peso a mais, chego eu
Portas, estou danada com ele: absteve-se quanto à Palestina!
Fica bem.
At 9:02 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Carla: bem-vinda de volta. Isso que foi ausência.
At 9:02 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: mas é uma tradição nossa, que substituiu todas as outras, de peru ou polvo, ou troncos. Sem o Ambrósio? tomei a liberdade minha senhora, não é Natal é Páscoa.
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