O burro doméstico
Cuidava o ser humano de que lhe aligeiravam o fardo, o desfardavam, de que cirandaria entre almoços sobre a erva [1], de que lhe podavam os espinhos das silvas, para as amoras colher numa, mais que certa, hedonista existência [2]. Nas vísceras de sacrificadas ovelhas arúspices liam facilidades e alívios: porém, se o intento dos pilotos de Nações era aliviadoira, construiriam gaiutas e não serviços de informação e de fazenda pública. Nas costas da jumentada governada alancavam-lhes fardos, ao de cidadão, o de trabalhador, de consumidor, de eleitor e, o Smartburden Black Edition, o de devedor. António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, fulanizou: “se não houver um acordo em quadro parlamentar para a aprovação do Orçamento (2011), os sinais que estamos a dar aos nossos credores é que estes devedores não se entendem entre si. Não põe no campo, no terreno, medidas concretas de atalhar, de mudar de vida” [3]. O cidadão livre, o trabalhador das 09:00 às 19:00, o consumidor consoante a classe, o eleitor de 4 em 4 anos, é agora também devedor pleno. (Cada português deve 14 852,83 euros a uma dezena de países). Apossa-se uma nova consciência dos cidadãos [4]. Dançavam sob ecstasy e sumo de laranja o beat do Catroga, na época do crédito gordo, na magra, serão mais abusados que um Justin Bieber [5]. E fortificam-se os líderes [6]. Vêm aos trambolhões peritos nos “números e Deus” [7]. – Na reconquista cristã da península ibérica, as populações derrearam sob os visigodos, os sarracenos eram mais tolerantes no direito de culto e impostos, por isso conquistaram a península em poucos anos e os cristãos demoraram séculos a recuperá-la. Na retomada financeira, os banqueiros só têm meses, e o tamanino povo está “All Dolled Up”, (“abonecado”: a viagem fantástica dos New York Dolls), sem sítio para ir… exceto às repartições de Finanças.
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[1] “Le Déjeuner Sur L’Herbe”, quadro de Manet, escandalizou os franceses em 1863, Malcolm McLaren, na década de 80, pretendeu análogo efeito na Inglaterra, com a capa do disco “See Jungle! See Jungle! Go Join Your Gang, Yeah. City All Over! Go Ape Crazy”, (1981), dos Bow Wow Wow. A vocalista, Annabella Lwin, 14 anos, não estava legal para se desvendar nua, rodeada de dois homens vestidos, e a capa foi proibida. Só aos 16 anos ela assinou a autorização: – a sessão fotográfica; – as canções: “Go Wild in the Country” ♪ “Chihuahua” ♪ “Aphrodisiac” ♪ “C30 C60 C90” ♪ “Elimination Dancing / Radio G-String” ♪ “Uomo Sex Al Apache”.
[2] Como o Nick Cave local, nem menos nem mais do que… Miguel Ângelo: no vídeo com os Profilers, formados em 2007, banda de Sintra, vencedora do XIII Festival de Música Moderna de Corroios, em 2008: – no Renhau-nhau ♪ em Corroios ♪ “Edith Piaf on LSD”: este ano rechaparam-se Os Lábios e lançaram o seu 1º disco num elétrico de Lisboa. San de Palma, sobre o nome: “uma entrevista p’ó Blitz, no dia a seguir, exato. Andamos muito tempo a discutir qual é que seria o nome. Não foi fácil chegarmos a um acordo, mas ficou Os Lábios (…) eu acho que sim… já chegamos e ficamos Os Lábios e estamos muito contentes com o nome, não estamos rapazes?”. Eurico Silvestre, sobre as influências: “a música desses 5 anos (1979-1984) influencia-nos imenso. Isso sim. Assumimos definitivamente. Não só o estrangeiro, mas principalmente também cá, (Heróis) do Mar, António Variações, sim, por aí fora, Mler If Dada”. – Miguel Ângelo explicou o seu magnetismo regional entrevistado por Olavo Bilac: “foi uma vez, que fui contactado, por uma senhora que ficou obcecada, obcecada comigo. Uma senhora casada, de Gaia, e que começou a perseguir-me. Tipo stalker, mesmo, percebes? Ligar-me às duas da manhã p’a casa e tal, acordando a minha família inteira, e então aquilo foi quase um caso de polícia e então o que é que eu descobri? Descobri que a senhora tinha visitado uma daquelas igrejas que vêm do Brasil, não é? Quer dizer aquelas seitas religiosas. Que o pastor tinha dito que havia de chegar um homem de Fátima, de olhos azuis, e que havia de resolver todos os seus problemas. Eu, por acaso, num daqueles dias, ‘tava na televisão a apresentar o ‘Cantigas na Rua’, e tinha uma t-shirt desenhada pelo Nuno Gama, que os Delfins usavam, e que tinha uma imagem dos três pastorinhos, assim muito psicadélica. Cheia de cores e cheia de efeitos psicadélicos. Pá, a senhora viu-me na televisão. Viu-me ali, pronto! É este que me vai satisfazer todos os meus desejos e pronto, começou como stalker, uma coisa, números de telefone, polícia, uma coisa complicada, mas é assim…”.
[3] O sansadurninho Paulo Macedo, vice-presidente do BCP, reforça: “eu estou otimista no sentido em que acho que é inevitável. Ou seja, como eu não encaro situações de default, ou de reestruturação, só vejo cumprirmos o acordo. Eu acho que a gente às vezes esquece que se não ‘tivéssemos na União Europeia e não tivéssemos este acordo (o salvador plano da troika) só tínhamos estas duas alternativas, e elas teriam as consequências, enfim, esta da reestruturação, já foi aqui aflorada, e a do default. A gente viu o que foi com o eventualmente, um atraso dum dia no pagamento às Forças Armadas, não é? Portanto, quero dizer, vale a pena, quando dizemos que não pagamos, saber que nós ‘tamos, não só na posição de devedores, mas numa situação especial de devedores. É de devedores reiterados, não é?”.
[4] O cidadão comum Vale e Azevedo, à saída do Court of Lords, na Inglaterra, mala na mão, chove, vai apanhar um táxi: “entendi que não era necessário gastar dinheiro. A crise toca a todos e a toda a gente. Temos de ter cuidado com o que gastamos hoje em dia”.
[5] Pela propaganda judaica: “ o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu cancelou o seu encontro com a sensação pop Justin Bieber por causa da recusa do cantor de se encontrar com crianças vivendo em comunidades afetadas pelo lançamento de rockets de Gaza”. E por uma Lilith, uma vampe: Selena Gomez, 18 anos, seduz um Bieber de 16 anos e os tribunais não acionam contra este crime contra as crianças.
[6] Cavaco Silva, na campanha eleitoral: “cada um de vós pode imaginar o que sucederia a Portugal se a Presidência da República fosse ocupada por radicais ou por extremistas, por aqueles que insultam os que nos emprestam dinheiro. E no dia seguinte, como é que era?”. Durão Barroso, o timoneiro europeu: “este é o momento da verdade para a Europa. Ou nadamos todos juntos, ou nos afogamos separadamente”.
[7] Hervé Le Grand, em 1939, sobre Salazar: “aconteça o que acontecer, recordaremos que Portugal, tão grande pelo seu passado, mas tão diminuído pela democracia, se reergueu de forma espantosa a partir do dia em que passou a beneficiar de um Governo único encarnado por um homem que pode ser cabalmente descrito como alguém que conhece apenas os números e Deus”. O sapiente economista Cavaco Silva, nas Legislativas 2011, votou e depois foi à missa.
Os banqueiros não têm o conceito de “cliente” [1]. Profissionais de fácil paleio: “bem prega São Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz”, ou na língua deles “you know me by my actions [2], not by words [3]”. Porteiros da circulação do dinheiro inventaram em 1988 os SIV (“produtos financeiros estruturados”), um caldo de ativos, uns reais, outros incertos e outros até insolventes. Apesar da duvidosa cobrança de alguns desses ativos, o dinheiro cumpria a sua função, isto é, circulava, o crédito era barato, economias e pessoas enriqueciam. Certo dia os Bancos começaram a desconfiar desses valores incertos, pararam os empréstimos e as trocas interbancárias congelaram. O “dinheiro” (apenas informação nos computadores) evaporou-se. Jean-Claude Trichet: “aquando da reunião da direção do Banco Central Europeu, na manhã de 9 de Agosto de 2007, o pedido de liquidez era de 92 mil milhões de euros para os Bancos comerciais. Era uma quantia enorme que traduzia o estado de letargia em que estava o mercado financeiro”, em duas horas e meia “decidimos dar liquidez ilimitada, com taxa fixa”. A circulação do “dinheiro” regressou, retornou a felicidade, voltou a mama nos países “ricos” [4].
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[1] Faria de Oliveira, presidente da Caixa Geral de Depósitos, durante a venda da Vivo à espanhola Telefónica, distribuiu palavras amigas a todos menos aos clientes: “tudo tem, já um colega meu (Ricardo Salgado do BES) disse, tudo tem o seu preço, exceto obviamente a honra, como ele disse e muito bem, mas tudo tem o seu preço (…) os accionistas, os accionistas devem, obviamente, procurar obter o máximo de informação possível por parte dos Conselhos de Administração é aquilo que nós também procuramos e procurar encontrar aquilo que melhor defenda, em primeiro lugar, o interesse nacional, em segundo lugar, o interesse dos accionistas e o interesse da empresa. Estão três factores em jogo”.
[2] Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo, sobre o novo imposto para a Banca: “agora o que temos de pensar todos é que os Bancos de facto; têm de ser rentáveis, por que a Europa e os Estados Unidos estão cheios de casos de Bancos que fracassaram e que levaram à ruína as economias dos seus países. Não se esqueçam daquilo que aconteceu na Irlanda e em muitos outros países da Europa”. São os clientes que pagarão mas eles preocupam-se.
[3] Faria de Oliveira: “o momento é único, o que atravessamos, e não é sentido, segundo eu creio, no dia a dia, na grande maioria dos cidadãos portugueses. Nem sequer é completamente realizado pelas elites. Temos um primeiro momento de assumpção colectiva das dificuldades presentes e do próximo futuro, depois há que ter capacidade para solidariamente aceitar o inevitável. Temos de mudar radicalmente de vida e o nosso nível de vida vai baixar por uns tempos”. Não a vida dos banqueiros, as vidas dos outros.
[4] Mamar ou não mamar agita o mundo da pedagogia. O bebé Glotón, um brinquedo que mama, tem preocupado os educadores, quando o momento é de alegria, pois as boas almas, os pais negadores das diferenças entre os sexos, por 45 €, poderão oferecê-lo aos filhos varões, preparando-os para uma função que talvez cumpram no futuro. Nessa mesma visão o top de biquíni “Ashley”, um soutien push-up, acolchoado, para consumidores de 7-8 anos, da Abercrombie & Fitch, terá um nicho de mercado nos boys, tranquilizando os pais: “o soutien push-up é, efetivamente, uma ferramenta sexual, desenhado para empurrar os seios para cima e para fora, colocando-os à frente e centro, onde eles são mais acessíveis aos olhos (e a tudo o resto)”. E o novo mundo perfeito será pintado por Mike Cockrill.
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Para a fast life, filmes em quatro fotogramas. – “Die Straße”, (“A Rua”), (1923), de Karl Grune: “conta a história de uma noite, em que um homem de meia-idade é atraído, do seu feliz lar, para as emoções e perigos das ruas da cidade. A cidade é um pesadelo expressionista, um lugar perigoso e caótico. O infortunado homem cruza-se com ladrões, prostitutas e outros predadores. Mas a verdadeira ameaça à sua segurança e ordem é a própria rua”. Depois das suas noturnas agruras “regressa a casa onde a esposa, sem uma palavra, lhe serve a sopa requentada da noite anterior”. – “Qui êtes-vous, Polly Maggoo?” (1966), do fotógrafo de moda William Klein: diplomado pintor, estudou sob Fernand Léger, desviou-se para a fotografia, e para a revista Vogue (1955-65); “filmado como um falso documentário de TV mistificando a alta-costura” onde “o ridículo passa por sublime”; com Dorothy McGowan, modelo e atriz descoberta por um caçador de talentos de entre a multidão que esperava os Beatles no aeroporto Kennedy, Nova Iorque, irmã de James, polícia nova-iorquino, negociador principal na crise dos reféns, no Chase Manhattan Bank, no Brooklyn, em 1972, filmado por Sidney Lumet em “Dog Day Afternoon” (1975). – Cenas de ação: “Hard Ticket to Hawaii” (1987): “dois agentes da brigada de narcóticos são mortos numa ilha privada do Havai. Donna (Dona Linda Speir, Playmate, miss Março 1984) e Taryn (Hope Marie Carlton, Playmate, miss Julho 1985), duas agentes da Agência, acidentalmente intercetam uma entrega de diamantes destinados ao traficante Seth Romero, que discorda e tenta recuperá-los”; cenas de estonteante ação: o skater, a boneca insuflável e a bazucada ou a morte por frisbee. Com tudo, os mestres da porrada estão em Bollywood. – Montagens sem sentido: “Footloose” (1984), com Lori Singer: desterrado para uma parvalheira, Ren McCormack (Kevin Bacon), desafia a autoridade clerical, que proibira o rock e a dança, dançando (?) o rock (?) de Kenny Loggins num armazém: filme “vagamente baseado em acontecimentos vividos na pequena, rural e extremamente religiosa cidade agrícola de Elmore, Oklahoma, em 1978. A dança estava banida há perto de 90 anos até que um grupo de estudantes do liceu contestou”. – “Client 9: The Rise and Fall of Eliot Spitzer” (2010), “este documentário faz uma análise, em profundidade, da rápida ascensão e queda dramática do governador de Nova Iorque Eliot Spitzer. Alcunhado ‘ o xerife de Wall Street’, quando era Procurador-geral de NI, Eliot Spitzer processou crimes das maiores instituições financeiras da América e dalguns dos mais poderosos executivos no país. Depois da sua eleição para governador, com a maior margem na história do estado, muitos acreditavam que Spitzer estava no trajeto de se tornar no primeiro presidente judeu da nação. Então, chocantemente, a ascensão meteórica de Spitzer transformou-se numa queda vertiginosa, quando o New York Times revelou que Spitzer – o paradigma da retidão – fora apanhado a frequentar prostitutas. Enquanto os seus poderosos inimigos se regozijavam, os seus apoiantes questionavam o calendário de tudo: enquanto o xerife caía, assim também os mercados financeiros, num cataclismo que ameaçou desfiar a economia global”. Numa investigação do FBI sobre a interação com putas, Spitzer baixava as calças para “Kristen”, uma morena de 1,65 m , 22 anos, colaboradora do serviço internacional de acompanhantes Emperors' Club VIP: com preços entre mil e 5 500 dólares/hora e 31 mil por dia não é prostituição no mundo real, mas no fantasioso mundo da Justiça, “bons costumes” é salário magro para a plateia e bónus gordos para o balcão. Na inevitável escuta, “Kristen” avaliava o seu cliente 9: “não penso que ele seja difícil. Quero dizer, é apenas um tipo de gosto… que se lixe… eu estou aqui com um propósito. Sei qual é o meu propósito”. O New York Times identificou “Kristen” como Ashley Youmans, nome artístico Ashley Alexandra Dupré, nascida a 30 de Abril de 1985, atualmente colunista sexual no New York Post e cantora: “estive sozinha. Abusei de drogas. Estive tesa e sem-abrigo. Mas, sobrevivi, à minha custa. Aqui estou em Nova Iorque por causa da minha música”: “What We Want”. – “Repo! The Genetic Opera” (2008): “no ano 2056 uma epidémica falta de órgãos devasta o planeta. Da tragédia emerge o salvador: GeneCo, uma empresa de biotecnologia, que oferece transplantes de órgãos, por um preço. Aqueles que falham o pagamento são agendados para recuperação e perseguidos pelos infames Repo Men”; com Alexa Vega, Sarah Brightman, Paris Hilton. – Raparigas arrebenta-bilhas: Kate Beckinsale, a “sexiest woman alive”, na série “Underworld” (2003): “Selene, uma bonita guerreira vampira, está entalada numa guerra entre as raças de vampiros e lobisomens. Embora alinhe pelos vampiros, ela apaixona-se por Michael, um lobisomem que sonha com o fim da guerra”; “Underworld: Evolution” (2006): “o filme remonta ao início da antiga discórdia entre as duas tribos, enquanto Selene, a linda heroína vampira, e Michael, o licantropo híbrido, tentam desvendar os segredos da sua linhagem”; “Underworld: Rise of the Lycans” (2009), terceiro filme sem Beckinsale mas com Rhona Mitra: “na Idade Média, um jovem Lycan chamado Lucian emerge como um poderoso líder que reúne os lobisomens contra Viktor, o cruel rei vampiro que os escravizou”; Beckinsale retorna com India Eisley em “Underworld: New Dawn” (2012): “depois de ser mantida em estado de coma durante 15 anos, a vampira Selene descobre que tem uma filha de 14 anos, híbrida vampira/licantropo, Nissa, e quando a encontra, elas devem travar BioCom de criar um super Lycan que irá matar todos”. – Samia Gamal (1922-1994), no filme egípcio “Ma takulshi la hada” (“Don't Tell Anyone”) (1952), de Henry Barakat; ela também dançou em “Ali Baba and the Forty Thieves” (1954), com Fernandel; atriz e dançarina do ventre, nascida na aldeia de Wana, no Cairo conheceu Badia Masabni: fundadora da moderna dança oriental, nascida no Líbano, quando este ainda integrava a Síria, mudou-se para o Egito no início do século XX, em 1926 abriu um cabaret, Casino Opera, e contratava coreógrafos ocidentais para ensinarem as suas bailarinas, convidou Samia para a sua companhia de dança; Samia estudou com Badia e com a sua vedeta, Taheyya Kariokka, nome artístico de Badaweya Mohamed Kareem Al Nirani, nascida em 1915, em Ismaileya, Egito: participante em 120 filmes e casada 14 vezes. – “Intrépidos Punks” (1980), “é tão ruim, mas tão ruim, que você não consegue desgrudar os olhos da tela – e o espanhol falado pelos protagonistas só ajuda no factor diversão, já que a pronúncia de ‘punks’ se transforma em ‘PÓNKS’ com o carregadíssimo sotaque mexicano”: um bando de motociclistas “anda por aí a roubar, a chantagear e a violar pessoas, às vezes ateando-lhes fogo, enquanto tocam rock em salas vizinhas, ou a desfrutar um ocasional jogo de roleta russa, até que conseguem chatear, tanto o povo como as autoridades, que convocam um dueto de superbófias para pôr cobro ao seu extremo reino de terror, assim como terminar a corrupção em general no México rural”.
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[Eternal Moonwalk (1) – ele morreu, o matemático Peter Dodds e o cientista de computadores Chris Danforth, bisbilhotaram 2.3 milhões de blogues e deduziram essa data como “o dia mais infeliz da net”. A Dança, precedeu-o: talvez influenciado por Bob Fosse no filme “The Little Prince” (1974), e sucedeu-lhe: a dança da vassoura de Turbo (Michael Chambers), no filme “Breakin’” (1984) (2): “uma batalhadora dançarina de jazz encontra dois break-dancers”; com Lucinda Dickey, uma estrela perdida para o casamento que, antes da rendição aos espinhos do tálamo, brilhou em “Ninja III: The Domination” (1984): “um pérfido ninja tenta vingar a sua morte, do além túmulo, possuindo o corpo de uma inocente mulher”. A história de Michael Jackson conta-se em peúgas: abuso infantil, negado pelo ancião pai, Joseph Jackson: “e toda a gente dava umas palmadas nos seus filhos quando eles faziam algo errado. Mas não espancavam. A Katherine cascava mais no Michael do que eu. Porque eu trabalhava em dois empregos e ela estava mais em casa com ele”; e o chimpanzé Bubbles: “tem agora 26 anos (em 2009) e está vivo e próspero no Centro para os Grandes Macacos, em Wauchula, Florida.
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(1) Outros vídeos sincronizados: el señor anónimo para o Ghosts Film Festival dos Nine Inch Nails. Com a webcam: “Hibi no Neiro” (“o som diário”) dos Sour.
(2) Na primeira cena de dança de rua a assistência compõe-se de surfistas e vadios de praia. Entre eles, um homem de camisola de alças e calções pretos bate palmas ao compasso da música. É o primeiro aparecimento no cinema de Jean-Claude Van Damme.
O Moonwalk alunou no dia 25 de Março de 1983, durante a encenação de Billie Jean, no Pasadena Civic Auditorium, no programa especial de TV “Motown 25: Yesterday, Today, and Forever”: pela comemoração dos 25 anos da Motown e tributo a Berry Gordy Jr., seu fundador. “Jackson, inicialmente, recusou o convite, justificando que não queria apresentar-se ao vivo, nem tão pouco cantar com os irmãos. Reconsiderou após uma visita pessoal de Gordy, por quem tinha um enorme respeito. Jackson iria na condição de uma atuação a solo”. Por ela, nomearam-no para um Emmy e as vendas do álbum “Thriller” (3), colocaram um em cada lar. Quanto à gaja instigadora desta movimentação gravidade zero, Michael explicará: “existe uma rapariga chamada Billie Jean, mas não é acerca dessa Billie Jean... representa muitas raparigas... nos anos 60 costumavam-se chamar groupies”. Nessa mesma atuação a mão esquerda de Michael endireitou-se de fama: a luva branca que a agasalhava objetificou-se “popmente”, em merchandising para o cérebro dos fãs e tarefas para os ociosos da era informática, que isolaram os 10 060 planos da luva na “nacionalmente transmitida marcante execução de Billie Jean”. Sobre a enluvada decisão, a atriz Cicely Tyson, que partilhava o mesmo estilista de Michael (Bill Whitten): “e de repente, ele disse, ‘eu estou a fazer esta luva para o Michael’. Michael começava a desenvolver vitiligo e começara pela mão”.
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(3) Versões do “Thriller”.
As esquisitices da vida de Michael (4) horrorizaram mastigadores de Bíblias e engrossaram o anedotário: P: “sabes que o Michael Jackson vai casar com a Lisa-Marie Presley? R: “se o Elvis estivesse vivo daria voltas na tumba”. E abasteceram de lenha infinitas indústrias, além da óbvia. A indústria cinematográfica: “Captain Eo” (1986) e “Moonwalker” (1988); a indústria dos videojogos: “Michael Jackson's Moonwalker” (1990) para a Sega Genesis; a indústria da psiquiatria: diagnosticaram-lhe “autohebefilia”, (da deusa da juventude Hebe, filha de Zeus e Hera), o paciente seria “eroticamente excitado pela ideia de ser criança” (5); a indústria do passatempo informático: Super Michael Bros. por sikamako; a indústria da inseminação artificial: os doadores de esperma contrataram a indústria dos advogados pela paternidade dos filhos de Michael; a indústria da publicidade: na filmagem do anúncio da Pepsi incendiou-se-lhe o cabelo, Michael terá comentado: “odeio Pepsi. Odiei fazer aquele anúncio idiota. A única coisa de que gostei foi trabalhar com as crianças”, numa cassete onde discorria sobre a sua família: “Janet é uma maria-rapaz. É por isso que me mata vê-la sair e casar-se. Nós fazíamos tudo juntos e éramos muito parecidos”, que a indústria jornalística escandalizou.
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(4) Embalada no berçário Jackson 5: “Never Can Say Goodbye” ♪ “Can You Feel It”. E historiada em seis canções.
(5) Num caso relatado, um paciente consultou um cirurgião plástico para que fizesse o seu pénis parecer mais infantil.
O leilão do século (6) marcado para 22-25 de Abril de 2009: “Darren Julien, o afável leiloeiro de Los Angeles, de mercadoria de celebridades, que está a conduzir a venda, espera que um circo mediático desça sobre o hotel (Beverly Hilton), bem como tribos de dedicados fãs de Jackson de todos os cantos do globo”, Michael cancelou-o, porque se arrependeu da separação da tralha, que um gajo normal (7) amontoa ao longo dos muitos dólares. A indústria da advocacia acordou por uma exposição em vez do leilão. Entre a tarecada do rei da pop estava: o rei da pequenada, as criancices dos pirralhos; as lâminas do Eduardo Mãos de Tesoura; a mobília; os meiotes da tournée Triumph; Pete Wentz, baixista dos Fall Out Boys, licitaria: “quero aquele carro de golfe que tem ele vestido de Peter Pan no capot”. Muito dinheiro não dançou mas o verdadeiro dinheiro só baila sobre o caixão….
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(6) Catálogo da Julien’s Auctions.
(7) Celebrou o 50º aniversário “desfrutando bolo e desenhos animados” com os filhos.
Em 1990 a cantora hip-hop Safire – nome artístico de Wilma Cosme, da ilha de San Juan, Porto Rico – gravou “I Never Heard”. O corpo de Michael ainda não arrefecera, e a editora enxugava os chorosos dólares dos fãs, com um novo álbum e um filme, ambos rotulados: “This Is It”, precisamente outro título para a canção editada em 1990. O cadáver de Michael exalava o verde aroma dos dólares, e os direitos de autor intensificava esse odor, e o nariz de alguém não desobstruía. A canção foi escrita em 1983, por Michael Jackson e Paul Anka, que pôs a mão na anca: “eles perceberam o erro. Pediram desculpa e deram-me o que legitimamente é meu. É 50-50, dividido bem ao meio”. O agente de Safire diz que, a ideia original, era um dueto entre ela e Anka: “eles pensavam que Safire ia ser a próxima Gloria Estefan. Ela lançara três grandes discos de dança e estava a tornar-se uma artista bastante conhecida. E então ela lançou a balada ‘Thinking of You’, que foi um dos discos mais tocados do ano. Mas quando Michael a conheceu na Califórnia, no estúdio, viu como ela era nova e bela. Ele disse para o Paul: ‘não podes gravar o disco com ela, ela é muito nova’”, e ofereceu a canção a Safire.
O cadáver esquisito de Michael amamentará longos banquetes de chicken e meatloaf até ao fim dos tempos. A mãe, Katherine Jackson, e os três filhos, Prince Michael, Paris e Blankett, deliberou-lhes o tribunal uma mesada de 86 804 dólares. O juiz Mitchell Beckloff delineou: os 26 804 dólares da mãe: 4 722 $ para um assistente, 3 500 $ para roupa, 4 000 $ para uma governanta e um motorista, 1 500 $ para entretenimento. Para os filhos 60 000 dolares: 14 600 $ para salários e impostos das pessoas que cuidam deles, 13 260 $ para entretenimento e despesas relacionadas. A caridade também come: a canção “Home” de La Toya Jackson “previamente gravada em honra da família será agora relançada em homenagem ao seu falecido irmão”, os lucros irão para a AIDS Project LA. E os credores digerirão. Pela morte, a receita anual de Michael era de 19 milhões de dolares, mas os seus gastos de 20-30 milhões, aportuguesavam-no, isto é, situavam-no na dependência de um plano externo. O benfeitor Sheik Abdullah bin Hamad Al Khalifa, o segundo filho do rei do Bahrein, processa o património de Michael por 7 milhões, “alegando que lhe dera milhões de dólares para pagar as dívidas, gravar um álbum, escrever a sua autobiografia e subsidiar o seu estilo de vida”.
Mas a melhor fatia, fatiou-a a AEG Live. A promotora dos concertos londrinos organizou o Concerto Perfeito (50 concertos mais exatamente: cenas dos últimos ensaios, dois dias antes da morte). Esgotou o 02 Arena, o artista morre, propõe a devolução dos bilhetes como é de lei, mas o colecionismo dos fãs guarda-os como históricos. O Concerto Perfeito: muito lucro, pouca despesa. As cataratas de dinheiro prosseguirão as usual: o vídeo “Scream” (7 milhões de dólares) está no 1º lugar do top da lista dos vídeos mais caros:
Vídeografia: 1979 - “Don't Stop 'til You Get Enough”, realizador Nick Saxton ♪ “Rock with you”, real. Bruce Gowers ☻1980 - “She's out of My Life”, real. Bruce Gowers ☻ 1983 - “Billie Jean”, real. Steve Barron ♪ “Beat it”, real. Bob Giraldi ♪ “Say Say Say”, real. Bob Giraldi ♪ “Thriller”, real. John Landis ☻ 1987 - “Bad”, real. Martin Scorsese ♪ “The Way You Make Me Feel”, real. Joe Pytka ☻ 1988 - “Man in the Mirror”, real. Donald Wilson ♪ “Dirty Diana”, real. Joe Pytka ♪ “Smooth Criminal”, real. Colin Chilvers ♪ “Another Part of Me”, real. Patrick Kelly ♪ “Speed Demon”, real. Jerry Kramer e Will Vinton ♪ “Come Together”, real. Jerry Kramer e Colin Chilvers ☻ 1989 - “Leave Me Alone”, real. Jim Blashfield e Paul Diener ♪ “Liberian Girl”, real. Jim Yukich ☻ 1991 - “Black or White”, real. John Landis ☻ 1992 - “Remember the Time”, real. John Singleton ♪ “In the Closet”, real. Herb Ritts ♪ “Jam”, real. Michael Jackson e David Kellogg ♪ “Heal the World”, real. Joe Pytka ☻ 1993 - “Give Into Me”, real. Andy Moharan ♪ “Who Is It”, real. David Fincher ♪ “Will You Be There”, real. Vincent Paterson ♪ “Whatzupwitu”, real. Wayne Isham ♪ “Gone Too Soon”, real. Bill DiCicco ☻ 1995 - “Scream”, real. Mark Romanek ♪ “Childhood”, real. Nicholas Brandt ♪ “You Are Not Alone”, real. Wayne Isham ♪ “Earth Song”, real. Nicholas Brandt ☻ 1996 - “They Don't Care About us”, (versão prisão), real. Spike Lee ♪ “They Don't Care About us”, (versão Brasil), real. Spike Lee ♪ “Stranger in Moscow”, real. Nicholas Brandt ☻ 1997 - “Blood on the Dance Floor”, real. Michael Jackson e Vincent Paterson ♪ “Ghosts”, real. Stan Winston ☻ 2001 - “You Rock My World”, real. Paul Hunter ♪ “Cry”, real. Nicholas Brandt ☻ 2003 - “One More Chance”, real. Michael Jackson].
30 Comments:
At 7:56 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Isto era para ser um post sobre a chegada da dívida à zona euro, e de como o cidadão saído da Revolução Francesa, é agora um devedor (com credores à perna), mas tive de parar. Escrevi mas tive que retirar. Não creio que a primeira página do blogue chegasse. A continuação terá que ficar para o próximo. E esta porcaria dos espaços entre os parágrafos dá ainda um aspeto maior. Por causa deles, já nem consigo escrever um primeiro parágrafo pequeno, que é o que se lê num post longo.
A história do Miguel Ângelo, dos Delfins, tem um cariz tão nacional, mas tão nacional, que não resiste em reproduzir-lhe a narração, que aumentou o tamanho do post. E também aumentou a tralha que o Michael Jackson tinha em casa. A minha ideia inicial era só fazer a vídeografia dele que, por ser coisa de muito milhões, não coloquei o link diretamente, mas a primeira página do Tubo onde eles estão, para evitar os bloqueados por direitos de autor, ou not available no meu país.
Manuel se por aí apareceres tens que ver o “All Doll Up”. Ou os “Intrépidos Punks” ou mesmo o “Hard Ticket to Hawaii”.
At 11:45 da manhã, Rafeiro Perfumado said…
Devemos 14 mil e tal euros cada um o tanas!! Eu devo dinheiro ao banco pela minha casa, e só! Quem criou essas dívidas que as pague, tal como eu pago as que fiz!
Abraço!
At 1:39 da tarde, xistosa, josé torres said…
AQUI há de tudo como na farmácia do povo.
Estou na iniciação; depois, bem depois, vou tentar ler.
Cumprimentos.
At 4:31 da tarde, Mariazita said…
Hoje fiquei-me pelos burros...
Postes destes não se absorvem duma só vez.
Voltarei com uma carroça, para me ajudar a carregar os 14 mil e tal euros.
Boa semana. Beijinhos
At 9:06 da tarde, Unknown said…
Táxiamigo
Essa de eu dever (todos nós devemos, pelos vistos...) os tais catorze mil e uns trocados a quem quer que seja - tem muito que se lhe diga.
Mas nunca me esqueço, nem esquecerei que pagar e morrer quanto mais longe melhor.
... mas se nem assim penetra, três na p e etc...
Abç
At 10:00 da tarde, xistosa, josé torres said…
Estou com uma camada de cha... aborrecidos vírus.
Como sou um crente, apesar de não gostar do cheiro da igrejas (talvez cheirem a velho e para isso já basto eu inspirar-me...), acreditei piamente que dois antivírus são melhor do que um...
Só agora que não posso aceder a nada é que verifiquei que os euritos que gastei no BitDefender não foram em vão.
Não consigo aceder a nada, a não ser à informática do Metro do Porto.
Talvez me resolvam o problema...
Sacana do "trojan", não sei o nº, mas deve ser uma série especial.
É o que me dizzem os entendidos, que me substituiram o que tinha pago, pelo AVIRA, masi o não sei quantos.
É por isso que não acredito em deus nenhum...
São todos BONS, mas para os outros.
Prometo voltar.
Um bom fim de semana (sem vírus),estou numa porcaria dum "coiso e tal", que nem sei como funciona.
Talvez consiga chegar, se bem que as teclas tenham sido feitas para dedos de guitarristas.
É tudo.
Cumprimentos.
At 10:04 da tarde, xistosa, josé torres said…
Já não consegui publicar o que queria.
Culpa minha, mas então... quem não sabe é como quem não vê... ou melhor... não mete o dedo como deve ser...
Agora sim, cumprimentos e
INTÉ!!!
At 8:02 da tarde, São said…
Alguém tem que me explicar direito como é que vivo acima das minhas possibilidades e como é que devo dinheiro seja a quem for(exceptuando o empréstimo para obras de conservação da casa onde vivo) !!!
Uma boa semana
At 11:18 da tarde, xistosa, josé torres said…
Hoje sei que estou livre!!!
LIVRA!!!
Andei a fugir para não ser convidado +para cargos políticos que fossem associados a dinheiro.
Derreto-me todo... e derreto-o.
Por isso sou livre outra vez... já sou oiço portas a baterem.
Uma dismorfia (da audição) que me acompanha há uma data de anos.
Ainda não sei se morri mordido, se mordi os mortos... mas vou sabê-lo.
Não há convites para sardinhadas ou sardinhas porque, estas, estão escanzeladas... e para dois (eu e a m/secretária), mais não sei quantos convidados..., que vão comer noutro local que os fósforos estão a acabar... e a lixa foi mijada pelo gato.
Os pimentos estão verdes e os vermelhos um pouco intragáveis...
Um bom S. João.
At 10:42 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: isto já não dá para dizer não pago. Os credores estrangeiros mandam cá os cobradores de dívidas difíceis, e agarram-nos pelo colarinho, uns tabefes, uns murros no estômago, e os mais sensíveis à dor, cedem. Os outros, os mais durões, levam até puxar da carteira. Não há calotes no capitalismo global.
At 10:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: este site de vídeos é fantástico. Haja tempo para perder nele. Tempo é uma coisa que me é cada vez mais escassa.
Nas mulheres é que duas é melhor que uma. Se uma adoece, ou está com dor de cabeça, a outra substitui. No caso dos antivírus é o contrário, dois, andam à bulha entre eles, pelos favores do informático, e lá adoece o sistema operativo. O BitDefender estava no top como um dos melhores antivírus, deve chegar como defesa.
Os tachos para o Governo, isto é, os lugares de trabalho para jovens, independentes, académicos, ainda há alguns por distribuir, é preciso ter esperança que algo nos toque. Pelo menos 1º ministro não compensa. Leio no jornal que ele vai a Bruxelas em classe económica, não tarda nada está a viajar na Easyjet ou Ryanair, e isso deve querer dizer que nos aeroportos tem de passar pela revista, que deve incluir a vistoria retal, ninguém acredita que é um dignitário, saindo do avião carregado de sacos de plástico e o fato amarfanhado pelas cadeiras.
Vejo aqui uma notícia que talvez renda algum dinheiro. Portugal perdeu 300 milionários no ano passado. Criar uma empresa que faça e cole folhas A4, nos postes de eletricidade ou paredes, com “procura-se” e a foto deles, deve ter sucesso, porque haverá cada vez mais clientes. Ou não e os ricos voltam.
At 10:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: e que burro fui. Se soubesse o que sei hoje, teria gastado muito mais dinheiro em champanhe francês e lagosta. São bens que as Finanças não podem penhorar, nem com lavagem de estômago lá vão, porque o bolo não terá licitadores. A não ser que fosse de pessoa famosa: não duvido que se pagasse balúrdios pelo vomitado, ou de outra saída, do Cristiano Ronaldo, mas do cidadão normal, nem um chavo lhe dariam.
At 10:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Henrique Antunes Ferreira: estes 14 mil são para a população toda. Os quase 11 milhões de almas que lavam no rio (qualquer rio). As famílias com filhos pequenos pagarão por eles, portanto, um pai além dos seus 14, pagará mais 14 por cada filho. Há 30 anos que se foi adiando o pagamento e agora o prazo terminou, ou se paga ou as sopas dos pobres não chegarão. Ou os portugueses terão de ver Nossas Senhoras, que lhe revelem segredos, para termos moeda de troca. Que isto de pagar não quer dizer forçosamente dinheiro, a chantagem também é uma forma de pagamento.
At 10:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: isso é fácil. A vida moderna é vivida a crédito. Portanto, pede-se agora, paga-se depois. As pessoas fazem isso (ou faziam), consumiam os bens, e iam adiando os pagamentos. Os Estados (ou os seus serviços: Câmaras, empresas, ministérios…) também fazem isso. Os políticos gostam de apresentar obra feita, e lá vão pedindo emprestado para estradas, edifícios, fontanários…
Quem gere o dinheiro são os banqueiros. Que em determinada altura verificaram que eram uns trafulhas e deixaram de confiar entre si. O dinheiro (a riqueza das nações) que eles diziam que tinham não existia, ou só existia num valor muito inferior às suas contas. O dinheiro que restou, que existia efetivamente, torna-se caro. Quem o quiser terá de pagar mais juros.
Como os Estados vivem de crédito, e vão protelando os pagamentos, para os sucessivos Governos “fazerem obra”, na época do crédito gordo, não havia problema, pedia-se emprestado para pagar os empréstimos vencidos, e os investidores confiavam que os Estados não iam à falência e emprestavam na mira de um negócio seguro. Chegada a época do crédito magro as coisas mudam. Não há dinheiro para emprestar e os juros sobem. Para os Estados de risco sobem ainda mais, pois o risco de não pagarem é maior, nesta zona os mecanismos financeiros são muito nublosos, porque há interesses em conflito, a ver se consigo explicar isto no próximo post.
Resumindo: as despesas passadas do Estado português: eletrificação do país, erradicação das barracas, autoestradas, pelourinhos, bebedouros para pássaros… foram feitas por opção política, mas sem suporte económico, ou seja o país não produzia riqueza para tais luxos (ou para a maior parte deles), e agora apareceu a conta para pagar, pois não dá para adiar mais. Ou seja, o Estado deveria ter-nos carregado com mais impostos, para que não tivéssemos dinheiro para comprar aquela aparelhagem XPTO ou aquela TV último modelo, e ele, Estado, tivesse dinheiro para pagar as benfeitorias que fez nas nossas vidas. Como isso não foi feito suavemente ao longo dos anos, terá de ser feito tudo agora e sem lubrificante.
At 12:28 da manhã, xistosa, josé torres said…
Como não sou médico não me meto em operações desajustadas aos meus parcos conhecimentos de "bites e bytes".
É por isso que piamente aceitei os desmandos que me modificaram o dia-a-dia.
E depois... com o BitDefender sempre posso chatear a parte técnica e não tenho razões de queixa, antes pelo contrário.
Antes que me esqueça, que fique bem assente ou acente, (depende do acento ou assento) não haver qualquer obrigatoriedade de visitas.
A coisa pior é andar a correr e parar sem tempo para um café.
Eu, quando não posso, não posso e o raio do relógio, que é "martelado", não dá horas extras.
Um dia, quando estiver do lado de lá já terei mais descanso...
Um bom fim de semana.
At 7:39 da tarde, Mariazita said…
Passando para desejar bom fim de semana.
Um abraço
At 9:51 da tarde, tempus fugit à pressa said…
devo 14000 a uma dezena de países?
pelo contrário ai uma dezena de países é que me deve dinheiro
mas eu perdoo-lhes
quem é que levou a tuberculose e o sarampo pó Brasil?
pois disso não se lembram eles
Quem é que andou a gastar munições com Calicut e Ormuz e Mombaça
gente sem memória eles é que nos devem
e aqueles jau's e gentes do Congo que tinham passagens gratuitas nas nossas naus durante séculos
disso não se lembram eles
At 5:35 da tarde, José said…
Olá Taxi!
Como tive de férias para aí uns dois meses, li alguns três livros, e agora já me sinto preparado para ler os teus posts, duma assentada só.
Mas também é aqui que eu fico sabendo o dinheiro que deve sem ter pedido dinheiro nenhum, às vezes também me dizem, que eu sou culpado porque os pus lá, naqueles que eu tenho votado, ainda nenhum pôs lá o cú, portanto também nisso não sou culpado. os culpados estão em Cabe Verde estão espalhados aí por esse mundo,os outros estão aqui com um bom tacho, ou com uma reforma choruda,eu não vou pagar a divida que eles puseram na minha conta, mas eles vêm outra vez meter a mão no meu bolso, e eu já não tenho força para ir para a rua sozinho enfrentar mil polícias e os seu cães, e terei pagar ou a bem ou mal, só porque não se pode ficar devendo dinheiro a essa chulama.
Esses bebedores para os pássaros que eles fazem por aí, o valor anda aí na volta dos cem mil euros, , mas o custo da obra no final é de quinhentos mil euros, há mais umas alterações, umas pias para os passarinhos mais pequeninos, e umas pias maiores para aqueles grande passarões.
Abraço
At 9:49 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: também não percebo nada de informática e resolver as coisas pela porta do cavalo é uma grande chatice. Demora um tempo do caraças. Esperava chegar à idade em que as Juntas de Freguesia oferecem uns cursos à borla, mas agora duvido que haja massa para cursos, nem para a luz vai chegar.
Nem eu também tenho tempo para visitas assíduas, é conforme a maré.
At 9:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: fim-de-semana é algo que o Governo terá de acabar. É luxo. Por enquanto vamos tendo uns bons.
At 9:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
الرجل ذبح بعضهم البعض ولكن الخيول باهظة الثمن: claro, e não esquecer também a doença dos pezinhos, a grande expansão portuguesa. Muita gente pensa que foi o cristianismo, que os portugueses difundiram, mas foi a Paramiloidose.
At 9:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José: seria um boa ideia metê-los todos na cadeia. Desde o Cavaco ao Mário Soares, por serem medíocres, falharem em tudo, exceto nas passeatas que deram e nos almoços grátis que paparam, mas isso não será possível. Possivelmente erigir-lhes-ão estátuas.
At 9:53 da manhã, José Sousa said…
Olá querida amiga TÁXI!
Dentro em breve voltarei a trabalhar os meu blogues e a comentar em meus seguidores. Minha mãe já recuperou, foi um grande susto que me deixou muito em baixo. Gostei do que escreveu, pois é uma verdade, cá estarei para o acompanhar.
Um abraço grande.
At 1:23 da manhã, Banda in barbar said…
claro, e não esquecer também a doença dos pezinhos, a grande expansão portuguesa.
ora agora e o sarampo e a tuberculose que pegámos ós índios dos brasis
e o extermínio via varíola ...eramos muito mais eficientes qagora a dar cabo da concorrência
At 1:25 da manhã, Banda in barbar said…
Táxi Pluvioso disse...
José: seria um boa ideia metê-los todos na cadeia. Desde o Cavaco ao Mário Soares, por serem medíocres, se se pusessem nas cadeias todos os medíocres quem é que travalhava?
falharem em tudo, exceto nas passeatas que deram e nos almoços grátis que paparam, mas isso não será possível. Possivelmente erigir-lhes-ão estátuas.
só se for em mármore
que as de bronze levam-nas os romenos e os ciganos
At 8:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Sousa: ainda bem que tudo se resolveu, penso dar uma vista de olhos pelos blogues, mas isto do computador na oficina traz muitas limitações.
At 8:49 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Banda in barbar: mas éramos povo afável, também exportámos os doutores para os curar.
Que seja em mármore. O mármore do Centro Cultural de Belém deve ser mais valioso que o bronze e ninguém o rouba.
At 12:15 da manhã, Unknown said…
Chuvosamigo
Cheguei tarde, mas cheguei. E posso assegurar-te que não há nada que mais me consuma do que esfregar e não fazer espuma.
Gramei bué as citações, em especial aquela daquele senhor que estudou muitoooooooo, mas que perdeu um anos e o paizinho mandou cavar. Salvo seja, claro cumo binho tinto.
Aguardo-te religiosa e atenciosamente na nossa Travessa. E não te olvides. Senão 하지만 당신이할지 모르겠.
Abç
At 8:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Estou com o computador no bate-chapas, por isso limitado nas bloguistas navegações, mas lá irei quando me devolverem a canoa calafetada.
At 6:32 da manhã, Anónimo said…
Thank you for an excellent blog. And thank you a lot for giving everyone remarkably brilliant opportunity to read from this site.
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