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quinta-feira, agosto 25, 2022

Mais de 40 morrem em incêndio e confrontos em Odessa

Prédio do sindicato local foi incendiado em condições ainda não esclarecidas


Quarenta e seis pessoas morreram nesta sexta-feira em Odessa, no sul da Ucrânia, no pior dia de conflitos na região do Mar Negro desde a deposição do presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro. Segundo a polícia, 31 pessoas morreram, quando a sede do sindicato local foi incendiada – foram asfixiadas pela fumaça ou morreram ao saltar das janelas do edifício.

Não há informações claras sobre como o incêndio começou. Há informações indicando que separatistas se entrincheiraram dentro do prédio e começaram a atirar cocktails Molotov para fora, enquanto grupos do lado de fora também atiravam bombas para dentro do edifício. O número de 31 mortos foi divulgado pela representação regional do Ministério do Interior que, inicialmente, havia falado em 38 mortos no incêndio.

Outras quatro pessoas morreram, segundo a polícia, num confronto que começou quando uma manifestação de grupos pró-Kiev caiu numa emboscada. Pedras e explosivos foram usados no conflito. Os manifestantes favoráveis ao governo provisório que busca de uma aproximação com a Europa tinha saído às ruas com a bandeira azul e amarela da Ucrânia, usando capacetes e empunhando bastões.

Vários deles eram adeptos da equipa local, o Chornomorets, o que tingiu o confronto com a rivalidade do futebol, já que muitos separatistas pró-Rússia, que vestiam as cores do Metalist, equipa da Carcóvia, no leste do país, se misturaram na multidão pró-Europa. A polícia rapidamente perdeu o controlo da situação. O deputado local, Dmitro Spivak, disse à TV ucraniana que os separatistas estavam bem armados e bem organizados. Para ele, a ação havia sido planeada e os polícias pouco fizeram para conter o conflito.

No leste do país, onde vários prédios públicos já foram ocupados por separatistas pró-Moscovo, os conflitos continuam. Nesta sexta, o Ministério da Defesa afirmou que dois soldados ucranianos foram mortos após um ataque a uma base militar em Slavyansk. A tutela também acusa os militantes de usarem cidadãos comuns como escudos contra as tropas de Kiev. Anteriormente, dois soldados morreram em Slavyansk, após militantes derrubarem dois helicópteros do Exército ucraniano.

Sanções – A aplicação de sanções económicas mais duras contra Moscovo foi mais uma vez ventilada durante um encontro entre o presidente americano Barack Obama e a chanceler alemã Angela Merkel na Casa Branca. “Na Europa, tomamos a decisão de que, se houver uma desestabilização maior, vamos dar início da uma terceira etapa de sanções. Gostaria de destacar que isso não é necessariamente o que queremos, mas estamos prontos e preparados para tomar tal decisão”, disse Merkel. “É óbvio para o mundo que estes grupos apoiados pela Rússia não são manifestantes pacíficos. São militantes fortemente armados”, acrescentou Obama. Os dois políticos destacaram que o Ocidente fará de tudo para que as eleições presidenciais marcadas para 25 de maio sejam realizadas normalmente.

Fonte: Veja, 2 de maio de 2014


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