Mas se o
agente deparar, na via pública, com um bailarico qualquer é seu dever
interromper e não autorizar (tl;dr)
Conquistar o coração de uma mulher portuguesa é
difícil, enormemente difícil, elas, mais letradas, não trincam qualquer coisa. Viçadas
nos catálogos La Redoute, abertas na universidade e pela televisão, voseiam o moderno,
Googlemaps, Frozen Pomegranate Margaritas, a roda, o fogo e, quando afinfam um homem,
há angelofania, cingem-no com força centrípeta, pestanejando as mais originais ideias
num “cheiro científico de cavalariça”, explicava Camilo, placitava Fátima
Bonifácio: “Costa pensa com a cabeça keynesiana do século XX, quando
havia fronteiras, alfândegas e moeda nacional. Passos pensa na
globalização do século XXI, que rege um mundo sem distâncias e que já
não dorme. (…). Porque foram os danos que «isto» infligiu ao País que
determinaram a «austeridade» que Passos se viu obrigado a administrar.
Pagou em impopularidade pelos erros dos outros. Tornou-se o culpado de tudo,
incluindo a meteorologia. O PS, tão sensível ao sofrimento do povo, cobrava
ânimo a cada medida dolorosa, a cada notícia tormentosa: quanto pior, melhor –
aqui residia a sua possibilidade de redenção. Não só aqui: também na arte de
incutir no público a ideia caricata de que Passos sofria de sanha
punitiva e fanatismo neoliberal; sadismo e cegueira ideológica, portanto. Esta
propaganda mendaz foi fazendo o seu caminho. Muita gente se convenceu de que a
«austeridade» era afinal desnecessária e contraprodutiva, pois abismaria Portugal
numa infindável e suicida «espiral recessiva». Também o zelo em obedecer à
diabólica Sra. Merkel e o gosto de vergar a cerviz perante a «Europa» eram
desnecessários e um sinal vergonhoso de cobardia: Passos não ousava elevar
Portugal à altura da sua relevância no concerto europeu. Surgiu o Syriza para
dar a Merkel uma lição de humildade, e a Passos uma lição de patriotismo,
coragem e dignidade. O «conto de crianças» acabou abjetamente, como
qualquer pessoa sensata logo podia prever. António Costa prescindiu da sensatez
e preferiu apaziguar a sua cauda de radicais dentro do PS e olear as suas
relações com a extrema-esquerda, que sonhava vir a amestrar e a usar. Festejou
com entusiasmo a vitória do Syriza e saudou os ventos de mudança e bonança que
os valentes gregos soprariam na Europa. Com o colapso do colosso grego, mudou
de discurso e de rumo. É um líder que navega ao sabor das marés. Há muito que
ninguém se atreve a falar em «espiral recessiva». Há muito que a Troika
partiu; Portugal fez uma saída limpa. Quem disse que era fácil e
faria melhor, que se apresente. Todos os indicadores importantes melhoraram; o
desemprego caiu de 17,1% para níveis inferiores aos da pré-crise, 11,9%. O PS –
do PC não vale a pena falar – desvaloriza, porque os números o deixam destrunfado.
Nada me parece mais natural e necessário do que lembra e reivindicar o mérito
pela limpeza do ajustamento financeiro.”
1984.
Setembro. Segunda-feira, 10, “treze portugueses e uma religiosa cabo-verdiana
libertados pela UNITA depois de terem sido aprisionados no interior de Angola
chegaram às 7h30 de hoje a Lisboa. Provenientes de Joanesburgo, África do Sul,
para onde tinham sido levados no sábado por um avião da Cruz Vermelha
Internacional, o grupo compreende duas crianças e doze adultos – entre os quais
duas mulheres – e foram recebidos no aeroporto da Portela pela Cruz Vermelha
Portuguesa. Um dos treze portugueses libertados disse, à chegada, ter sido
muito violento, sob o ponto de vista psicológico, o cativeiro a que foram
submetidos desde 25 de março último. António Luís Correia, professor do ensino
secundário, foi aprisionado juntamente com a sua mulher, também professora do
ensino secundário, e três outros portugueses, na casa que habitavam em Sumbe
(ex-Novo Redondo), capital da província de Quanza Sul, durante um ataque da
UNITA àquela cidade, no dia 25 de março último. António Correia, que se
encontrava em Angola desde 1982, como cooperante, disse que ele e os seus
companheiros de cativeiro andaram a pé e de camião durante 79 dias até
atingirem a Jamba, no extremo sudeste angolano, numa extensão que calculou
entre 1500 a 2000 quilómetros. O ataque a Sumbe foi levado a cabo por um forte
contingente da UNITA, avaliado em perto de 3000 homens, e a este propósito,
António Correia disse ter estranhado o facto de não ter havido reação da
guarnição local das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) e
da extrema facilidade com que os homens da UNITA atingiram a sua residência, no
centro da cidade. Só mais tarde, continuou, quando se encontrava já a 12
quilómetros da cidade, se notou uma reação por parte das forças governamentais
através da Força Aérea e de helicópteros. Os restantes portugueses, (…), dois
foram aprisionados em Luau (ex-Teixeira de Sousa), um em Malange, outro em Mege
(Moxico) e quatro quando transitavam por diversas estradas. Um deles, José
Augusto, natural de Murça e residente desde 1956 em Angola, disse ter sido
preso no quintal de sua casa no Cazombo perto de Teixeira de Sousa. Disse
também que possui duas casas de comércio e dois camiões e que deixou lá filhos
menores. Interrogado sobre o destino que ia dar à sua vida respondeu: «Vou
tentar voltar a Angola, custe o que custar, pois além dos meus dois filhos
deixei lá bens avaliados em 14 milhões de kwanzas. Para já vou descansar junto
de familiares meus em Murça». Um dos portugueses libertados pela UNITA, o frade
Francisco Filipe Duarte, seguiu de Joanesburgo diretamente para Roma. A freira
cabo-verdiana, Fernanda Vieira Furtado, encontra-se no aeroporto de Lisboa a
aguardar ligação para a capital italiana. Este grupo de prisioneiros libertados
compreende ainda mais 11 elementos, todas religiosas originárias de Itália,
Colômbia, México, Espanha e Angola. (…). É a seguinte a identidade dos 13
portugueses chegados esta manhã a Lisboa: Mário Graça, Acácio Teixeira da
Cunha, Acácio Júnior Teixeira da Cunha, Hipólito César Teixeira da Cunha, Vasco
Martins de Almeida, Valdemar Pinto dos Santos, Dora Lima da Fonte Martins,
António Luís da Costa Correia, João Pinto dos Santos, José Joaquim Jesus,
António Manuel da Silva Nobre, Lino Antunes de Albuquerque e José Augusto. A
freira cabo-verdiana chama-se Fernanda Vieira Furtado.”
Sábado, 24
de novembro, “os onze portugueses libertados quarta-feira pela UNITA e
transportados pela Cruz Vermelha Internacional desde Angola para Joanesburgo
chegaram hoje de madrugada a Lisboa. O grupo é constituído por um homem de 61
anos e outro de 60, três mulheres de 58, 50 e 48, duas raparigas de 16, dois
rapazes de 14 e 10, uma menina de dez e um bebé de quatro meses. Os únicos
naturais de Portugal são Leopoldo Rodrigues Gomes, 61, de Arcos de Valdevez,
Minho, e António Maria Gonçalves, 60, de Ribalonga, Trás-os-Montes. Os dois
emigraram para Angola há 33 anos e trabalhavam respetivamente como construtor
civil e comerciante, na localidade de Quibala. Os outros portugueses libertados
pela UNITA são: Ângela Filipe Santos, 48, Maria Margarida Rodrigues Gomes, 16,
Leopoldo Rodrigues Júnior, 14, Carlos Alberto Rodrigues, 12, Benvinda Pinto,
58, Maria Rosa de Oliveira, 10, Conceição Jesus Rodrigues, 50, Maria Jamba
Nassoma, 16 e o seu filho de quatro meses, José Nélson. Maria Jamba Nassoma
disse, à chegada, que o seu filho tinha ainda 26 dias quando em 18 de julho
foram obrigados a abandonar o hospital de Chinguar e a acompanhar os elementos
da UNITA, que tinham atacado a povoação. Seis dos libertados foram feitos
prisioneiros da UNITA no ataque a Quibala, em 12 de junho último, após o que
fizeram 95 dias de viagem a pé e só cinco de camião para a base da Jamba e,
depois, para Aricua, donde foram transportados quarta-feira pelo avião da Cruz
Vermelha. Benvinda Pinto e a sua neta Maria Rosa foram aprisionadas em agosto de
1983 na localidade do Bailungo, após o que passaram 15 meses em viagem entre as
bases da UNITA, nomeadamente trabalhando na agricultura, até ao dia da
libertação. Benvinda Pinto disse ter deixado em Angola «um filho morto há
quatro anos por causa do que lá se passa» e outro de 20 anos, motorista. Todos
os libertados disseram ter sido bem tratados pelos elementos da UNITA durante
os meses de cativeiro.”
Segunda-feira,
10 de setembro, “Arnaldo de Matos, presidente do PCTP/MRPP, considerou hoje na
Rádio Comercial que a criação de um partido presidencial é «uma manobra para
tentar minorar o descontentamento do povo». «Há partidos a mais e posso afirmar
que este é um partido sem consistência, sem programa», disse Arnaldo de Matos.
O presidente do PCTP/MRPP disse ainda que o general Eanes tem poderes para
demitir o governo, «atitude que deveria tomar, pois há poucos dias o criticou».
Arnaldo de Matos referiu-se à entrada de Portugal para a CEE, que considera
«ruinosa para o país, uma vez que os grandes grupos económicos comandarão a
economia portuguesa e intervirão a nível político». (…). Arnaldo de Matos disse
que o seu silêncio que durou mais de dois anos lhe foi «imposto pelos órgãos de
comunicação social» que «só falam dos partidos com assento no parlamento».”
Quarta-feira,
12 de setembro, “às sete horas da manhã de hoje, o Café Nicola abriu de novo as
suas portas, no Rossio. O encerramento do passado dia 25 de junho, para obras
de restauro, beneficiação e modernização, suscitara as mais sérias apreensões:
iria o popular café da baixa lisboeta dar lugar a mais uma agência bancária ou
a um vulgar snack-bar, sem deixar rosto que se visse na cidade, à semelhança do
que tem vindo a suceder com os seus congéneres? Garantiram-nos que não. E a
prova dessa promessa foi hoje dada a ver aos primeiros e incuráveis
frequentadores do local. O Café Nicola começou a funcionar ao ritmo deste tempo
que passa: condição considerada essencial pelos seus proprietários para lhe
assegurar a sobrevivência e mais, do que isso, longa vida como espaço de
convívio e prazer para os amantes da bica e de dois dedos de conversa em volta
de uma mesa. Alindado, o Nicola apresenta a mesma fachada de sempre, já sem a
porta giratória que o distinguia. Mas o seu coração é totalmente novo. O
sistema elétrico foi totalmente substituído e os interiores apresentam-se
redecorados, embora no respeito pelas características que apresentava à data do
encerramento. Um longo balcão, prolongando um mais curto que já existia, assinala
a viragem que se pretende sem sobressaltos. Com efeito, permanece um espaço,
mais reduzido, para cerca de 40 mesas e respetivas cadeiras. Outro traço
importante no novo Nicola: a profusão de plantas que abriga no seu seio, um
prazer para olhar e elemento eficaz de decoração. Cá fora, com panorâmica sobre
a praça sempre fervilhante de vida e cor, uma esplanada passará a assegurar o
prolongamento do café para fora de portas. Inaugurado em 1929, o
estabelecimento prepara-se para o seu segundo meio século de vida. Em força e
com vitalidade. Numa cidade onde cada vez é mais difícil descansar por breves
momentos que seja, o regresso do Nicola é um confortante indício de que nem
tudo está perdido para os que a habitam.” [1]
Terça-feira,
11 de setembro, “o presidente angolano José Eduardo dos Santos afirmou à noite,
em Paris, no final de uma visita oficial de dois dias a França, que Luanda e
Havana estavam preparadas para «iniciar uma retirada cubana de Angola» sob
certas condições, mas que «o perigo de agressão sul-africana continua». Falando
durante uma conferência de imprensa, Eduardo dos Santos referiu, a propósito,
que apesar do acordo assinado em fevereiro passado, em Lusaca, entre os
governos de Luanda e Pretória, forças sul-africanas estavam ainda na província
do Cunene, no sul do país, «a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a
Namíbia». «O compromisso de Lusaca não foi respeitado», acrescentou o
presidente angolano. Ao abrigo do acordo, a África do Sul concordou em retirar
as suas tropas de Angola, enquanto Luanda prometeu impedir o acesso de forças
da SWAPO a áreas deixadas vagas pelo contingente sul-africano. Por outro lado,
Eduardo dos Santos acusou a África do Sul de aumentar o seu apoio militar à
UNITA, que recentemente intensificou os seus ataques a Angola. «Não há dúvida
que a UNITA tem levado a cabo ataques em áreas onde antes não operava». O
presidente angolano recusou categoricamente a possibilidade de qualquer diálogo
com este movimento que considerou «uma criação da PIDE e um fantoche da África
do Sul». Interrogado sobre se Angola seguiria o exemplo de Moçambique que, este
ano, assinou um tratado de paz com a África do Sul. Eduardo dos Santos afirmou:
«Ao contrário de Moçambique, Angola não tem fronteira comum com a África do Sul.
A sua fronteira sul é com a Namíbia. Por esse motivo, Angola não está
interessada em assinar um acordo de boa vizinhança com a África do Sul».
«Pensamos que o isolamento político, económico e diplomático da África do Sul
deve ser mantido e aumentado, para que esse país mude de dentro», acrescentou.
(…). José Eduardo dos Santos afirmou não ter discutido compras de armamentos
com o governo francês, mas não excluiu a possibilidade de uma encomenda futura.
Segundo ele, o objetivo da viagem a França era o de incrementar a cooperação
bilateral e informar o governo de Paris sobre a situação real em Angola. Fontes
citadas pela agência norte-americana Associated Press adiantaram, todavia, que
Angola estava a discutir em Paris a compra de helicópteros Gazelle e Ecureil e
que a aquisição poderia ficar em breve concluída.”
Sexta-feira,
14 de setembro, «Agora é mesmo preparar o ano de 1985», insistiu esta manhã, em
declarações ao Diário de Lisboa, Cabrita Neto, presidente da Associação dos
Hoteleiros do Algarve. As suas palavras estão perfeitamente apropriadas à
realidade resultante da perda de mais três mil dormidas de finlandeses, como
consequência da anulação ontem anunciada pelos operadores daquele país. E não
só, porque também os dinamarqueses resolveram não voltar ao Algarve nos
próximos tempos. Sabe-se, porém, que o número de dormidas perdidas é, neste
caso, ligeiramente inferior. O regresso de Cabrita Neto ao Algarve foi ontem
feito após duas entrevistas com o primeiro-ministro de com o ministro da
Qualidade de Vida, que lhe deram garantias de que o saneamento do Algarve vai
ser resolvido. «No que se refere a Albufeira», disse esta manhã Cabrita Neto,
«as obras nunca pararam. O que parou foi a conclusão, por dificuldades do
empreiteiro, de duas estações elevatórias de esgotos para as estações de
tratamento prontas e a funcionarem». (…). Anote-se que Cabrita Neto salientaria
que ontem não foi pedir a Mário Soares, a «cabeça» de Sousa Tavares. «Fui sim
procurar a solução dos problemas que trazem prejuízos para as empresas e também
para a população, num país tão carente de divisas». Dinamarca e Finlândia
juntaram-se ontem à Suécia no boicote ao envio e turistas para o Algarve,
devido às doenças intestinais que afetaram, recentemente turista estrangeiros
em Albufeira [2]. As empresas de turismo dinamarquesas
Spies e Fritidsrejser, de Copenhaga, que organizam férias de grupos, informaram
que reduzirão ou cancelarão todo o tráfego de turistas para o Algarve. A Spies
disse que está a cancelar todas as visitas ao Algarve e a oferecer aos seus
clientes que estão já em Albufeira férias alternativas ou um reembolso. A casa
Fritidsrejser anunciou que só vai suspender o envio de turistas para a
localidade de Albufeira. O maior operador turístico da Finlândia, a Filnnmatkat,
anunciou por seu lado que está a desviar veraneantes de Albufeira para a ilha
grega de Kos. (…). As duas firmas dinamarquesas, citadas pela Reuter, enviam
anualmente cerca de dez mil turistas suecos e dinamarqueses para o Algarve.
Christer Eandahl, diretor de uma agência sueca de turismo disse entretanto que
espera que os portugueses suportem os custos do reembolso de bilhetes e de
transferência de clientes para outros destinos de lazer. O primeiro-ministro
encarregou o ministro da Qualidade de Vida e outras entidades para «rapidamente
se encontrarem soluções que minimizem tudo aquilo que de menos bom existe na
costa portuguesa e principalmente no Algarve», disse Cabrita Neto, ontem,
depois da sua conversa com Mário Soares.”
Quinta-feira,
27 de setembro, “a fragilidade das infraestruturas sanitárias do Algarve são o
facto saliente e negativo do balanço da época turística na região. Contudo,
apesar das contrariedades sanitárias, que provocaram algumas aflições, entre
elas um surto de gastroenterites em Albufeira, que afetou mais de três mil turistas,
na maioria escandinavos, o afluxo de turistas estrangeiros ao Algarve foi
superior a anos anteriores em mais de 10 a 15 %.”
Sábado, 27
de outubro, “os hoteleiros algarvios acabam de receber mais um duro golpe com a
falência de um conjunto de operadores britânicos que lhes deixam dívidas, no
seu conjunto, superiores a 200 mil contos. A informação foi confirmada esta
manhã por Cabrita Neto, presidente da Associação dos Hoteleiros daquela região
turística. «Não há ameaças de falências nos hoteleiros algarvios», disse Cabrita
Neto, acrescentado, no entanto, que se trata de um duro golpe entre os
industriais do ramo, tanto mais que se encontram à entrada da época baixa. As
falências dos operadores britânicos começaram a ser conhecidas na semana
passada e atingiram empresas como a Vintage, a Excel, a Budget, a Portugal
Hollidays, a Venture Hollidays e a Play and Pleasure, entre outras. A
explicação para este conjunto de falências em Inglaterra foi dada por Cabrita
Neto como resultado de uma acesa concorrência existente naquele país, o
maior fornecedor de turistas da Europa. Por isso, muitos
operadores ingleses são levados à prática de preços com lucros pequenos e nulos
ou até prejuízos. Só a falência da Portugal Hollidays reflete-se entre os
hoteleiros algarvios com um conjunto de dívidas que deve rondar os 120 mil
contos, entre os 200 mil que ela deixou no seu conjunto (um milhão de libras).
A Budget, por sua vez, deixa dívidas, entre nós, que deverão rondar os 60 a 70
mil contos.” [3]
Terça-feira,
18 de setembro, “é com um «retorno aos valores tradicionais» que Sharlene Wells, a nova
Miss América, pretende marcar o ano do seu efémero reinado. Para a loura da
cidade de Salt Lake, vai ser, no entanto, um ano diferente. Viagens,
publicidade e contratos marcarão os seus próximos 12 meses.” [4]
Quinta-feira,
20 de setembro, “pelo menos 23 mortos e 60 feridos é o balanço do atentado de
hoje contra a embaixada americana em Beirute. (…). As equipas de salvamento já
concluíram os seus trabalhos, mas um dos membros salientou que algumas das
vítimas nunca serão encontradas. Aparentemente, morreram dois norte-americanos
e ficaram feridos 25, entre eles o embaixador Reginald Bartholomew.
Bartholomew, que teve de ser retirado dos escombros, foi submetido a uma
intervenção cirúrgica para remoção de estilhaços. Depois da explosão, a
organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade do atentado. O mesmo
grupo assumiu a responsabilidade de um outro ataque com um carro armadilhado,
em Beirute Ocidental, em 18 de abril de 1983, contra a embaixada dos Estados
Unidos. Morreram então 63 pessoas. (…). O porta-voz [do Departamento de Estado]
John Hughes, disse aos jornalistas que a organização islâmica Jihad (…) telefonou
há uma semana para a agência France Press, anunciando que «muito em breve
atingiria interesses vitais dos EUA no Médio Oriente». Hughes disse que a
ameaça foi aparentemente provocada pelo veto norte-americano no Conselho de
Segurança sobre uma resolução condenando a ocupação israelita do sul o Líbano.
«Essa ameaça foi levada a sério», disse. «As missões diplomáticas dos EUA na
área foram alertadas». (…). Uma fonte oficial norte-americana disse que o
secretário de Estado, George Shultz, que advoga ações punitivas contra os
«grupos terroristas», ficou «ultrajado» com a notícia do atentado. Uma fonte
ocidental indicada pela agência NP diz que o autor do atentado conduzia uma
carrinha roubada do principal edifício da embaixada norte-americana em Beirute
Ocidental, possuindo matrícula diplomática. O condutor teria parado junto de
uma barreira de cimento armado à entrada de uma estrada de 200 metros de acesso
à embaixada e mostrou um cartão de identificação aos guardas de segurança
libaneses (falangistas cristãos). Quando o guarda começou a fazer perguntas,
sobre o documento, o condutor matou-o e dirigiu-se para a embaixada sob fogo
dos outros guardas. Fez detonar a bomba no exterior da embaixada, a cerca de
cem metros à entrada do anexo. Um fosso impediu-o de embater contra o edifício
de cinco andares e uma parede de pedra com vigas de aço absorveu grande parte
da explosão, evitando provavelmente mais vítimas e maiores danos na estrutura.
(…). O presidente Ronald Reagan considerou o atentado contra a embaixada dos
Estados Unidos em Beirute como «manifestação do perigo que representa o
terrorismo internacional». O presidente norte-americano acrescentou que a
ameaça do «terrorismo é dirigida a todos os povos do mundo e não apenas aos
americanos». «Sabemos que o movimento terrorista internacional atua a nível
mundial e não só contra os americanos». (…). «Temos que viver com essa ameaça e
sabemos que a nossa gente será objeto de ataques onde quer que se encontre,
porque o movimento terrorista está contra tudo aquilo que nós defendemos». O
presidente dos Estados Unidos confirmou que o seu embaixador em Beirute,
Reginald Bartholomew, ficou «levemente ferido» na explosão provocada por um
camião-bomba e indicou que o embaixador «foi pelos seus próprios meios até ao
centro médico onde foi tratado».”
Sexta-feira,
21 de setembro, “os salários reais na indústria de transportes e construção, e
na agricultura apresentaram quebras de 11,17 e 18 %, respetivamente, no
primeiro trimestre de 1984, revela o boletim do Banco de Portugal, enquanto o
empego continua a registar uma evolução negativa, particularmente no setor
produtor de bens de investimento. Nos serviços oficiais, as inscrições de
desempregados aumentaram 17 % entre janeiro e março, enquanto a oferta de
empregos registou uma queda de 52 %. (…). O boletim trimestral do Banco de
Portugal constata que as exportações de bens e serviços continuaram a crescer a
uma taxa de 15 % em dólares, relativamente ao trimestre homólogo, conhecendo as
receitas do turismo um aumento de 9 % em dólares. Em contrapartida, as remessas
de emigrantes sofreram uma nova queda de 6,7 % em dólares. O défice de
transações correntes registou uma redução assinalável, passando de 766 milhões
de dólares no primeiro trimestre de 1983 para 256 milhões no mesmo período
deste ano. No final de março de 1984, a dívida externa portuguesa totalizava 14
826 milhões de dólares (1 952,4 milhões de contos), dos quais 3,7 mil milhões
de dólares (25 %) a curto prazo e 11,1 milhões de dólares (75 %) a médio e
longo prazo.”
Quinta-feira,
27 de setembro, “agentes da PSP estão a convidar os jovens amantes da breakdance que executam as suas piruetas
nas praças de Lisboa a irem dançar para casa. Um porta-voz da PSP de Lisboa
disse à NP que não existe nenhuma lei ou disposição interna específica que
proíba os jovens de dançarem breakdance
na cidade, «desde que não incomodem outras pessoas». «Mas se o agente deparar,
na via pública, com um bailarico qualquer é seu dever interromper e não
autorizar», salientou. Sem problemas com as autoridades, milhares de jovens em
todo o mundo, designadamente, nos Estados Unidos e na Europa, estão a ocupar os
seus tempos dançando break nas ruas.
Vários especialistas em assuntos da juventude asseguram que a breakdance pode constituir uma
alternativa à criminalidade juvenil, embora alguns acidentes de percurso tenham
já acontecido nalguns países. Segunda-feira, jovens breakers foram convidados, por um locutor da rádio, a participarem
no seu programa, executando alguns passos de dança na Praça dos Restauradores,
em Lisboa. Vários jovens queixaram-se que a polícia os havia proibido de dançar
na baixa de Lisboa, tomando os profissionais da rádio partido dos amantes da breakdance. Um jovem adepto da breakdance, Sérgio Ferreira, disse à NP
que a polícia chegou a deter durante algum tempo vários jovens que dançavam há
dias no Rossio, ao som de música gravada. Grupos de breakdance que começam a aparecer em Lisboa têm atuado com agrado
na Praça da Figueira, juntando-se quase sempre à sua volta uma pequena multidão
de apreciadores de todas as idades.” [5]
____________________
[1] A
relevância das ruas ou cafés de Lisboa há muito que embotelham no singular conceito
de Margarida Rebelo Pinto, “sei lá”. Sábado, 18 de dezembro de 1982, “óculos
escuros graduados, Henrique
Tavares, fala: «Fiz sempre vida de café. Estive no grupo do
Chave de Ouro com Manuel Ferreira, Alberto Lacerda, Eugénio de Andrade, Jacinto
Baptista, Tomás Ribas e Augusto Abelaira. Era a sede do Graal…» Muito jovem,
dezoito anos, fazia a sua aprendizagem. Andava, por lá, a ouvir. Ainda não
tinha adquirido a autoridade de falar, remetido à condição de aluno limitava-se
a beber as palavras dos mestres consagrados. Poesia pairava no ar, agarrando-se
à pele dos cavaleiros da Távola Redonda que depois do almoço tomavam,
calmamente, a bica ali [na Brasileira]. «Nessa altura liam-se muito os ensaios
de António Sérgio», o laço que os prendia à realidade. «Depois mudei para o
Gelo. Ia também ao Royal e à Mansarda, propriedade do Varela das tintas». Diz
Henrique Tavares. Atento, na sua passividade de Buda, o «Cabeça de Vaca»,
acrescenta: «O Varela dava as tintas e nós o talento». Para as incursões noturnas,
Henrique Tavares preferia outros companheiros mais dados à loucura, às
cervejolas, ao desaforo da boémia. Normalmente, acamaradava com o chamado grupo
dos surrealistas em que pontificavam António José Forte, Saldanha da Gama,
Barahona da Fonseca, Alexandre O’Neil, Vergílio Martinho, Ernesto Sampaio e
outros. «Era a época da corrida pela noite: Intendente, Cais do Sodré… os
sítios onde havia bom vinho. Beber era uma forma de convívio, uma descoberta,
uma experiência mais direta. Gostávamos de nos misturar com o lúmpen, chulos e
putas. Desatestávamos a literatura de gabinete. Éramos pela vida. Não nos
interessava publicar livros, a carreira e o prestígio. Só queríamos viver com
intensidade». Apesar de tudo, Henrique Tavares (funcionário dos Serviços de Bibliotecas
Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian) ainda publicou três livros de
poesia, nos princípios dos anos sessenta, a par de uma exposição de pintura
intitulada Arte Fantástica em Portugal. As edições de autor, vendidas
diretamente, mão a mão, (como faz o Luís Pacheco) era normalmente prática dos
surrealistas do café Gelo. «A nossa marginalidade nunca foi consequência do
acaso mas sim uma contestação vital e provada». O café, num ambiente de
tertúlia, compensava os jovens intelectuais das dificuldades que tinham em se
exprimir neste país, calado e solitário, submerso pelo futebol e pelas
peregrinações a Fátima. «Devo toda a minha preparação cultural ao café. Sozinho
nunca teria conseguido nada. Agora… isto de transformar Lisboa, acabando com os
cafés é cortar as pontes de ligação entre as pessoas. Julgo que vão aparecer
sucedâneos… Não sei», diz Henrique Tavares.
“Abel Manta
chamava à Brasileira a loja dos plásticos. Ele, beirão de rija têmpera, parava
ali todas as manhãs. Numa mesa, com Ramada Curto, Carlos Olavo, Luís Cebola e
Manuel Mendes cavaqueava. Intrincavam-se em altas discussões. A propósito de
ruido, ouvia-se bem o vozeirão do arquiteto Segurado que tem já cinquenta anos
de tarimba na Brasileira. «Havia um cantinho envidraçado onde se vendia café…
com uma senhora muito simpática que tomava conta dos recados. O criado João
Franco, um castiço, usava muitas pulseiras de cobre por causa do reumático.
Tipo curioso! Quando lhe dávamos uma nota de cem mil réis dizia: mariposas são as
melhores. Era galego. No primeiro voo comercial, de Lisboa para Madrid, em que
foram muitos jornalistas, alguns do Diário de Lisboa como Norberto Lopes e
Félix Correia, levaram o João Franco para oferecer café. Anedotas, chistes,
histórias contam-se. Expressivamente reaviva-as José Segurado, em relato no
grupo que nesse dia formávamos na Brasileira. Gualdino Gomes foi
protagonista de muitas delas. «Naquela época os homossexuais eram mal vistos.
Um dia Gualdino entrou na Brasileira, de braço dado, com António
Botto. Ficou toda a gente a olhar. E Gualdino dá meia volta
e diz: vamos embora. Não há quartos. Noutra ocasião o Carlos Queiroz apareceu
vestido à última moda. Calças de flanela à boca de sino, casaquinho curto, modelo
papo-seco. Um matulão das lezírias que estava no café comentou jocoso: ai, tão
giro! Carlos Queiroz deu-lhe uma surra». Numa das festas que Ramiro Leão, o dos
armazéns, costumava oferecer aos artistas, Gualdino Gomes saiu-se com esta
quadra: Chamam-te Ramiro Leão / Ramiro vá que não vá / Leão não pode ser / Leão
com cornos não há…”
«Algumas
figuras, de certo modo numerosas, fizeram do café o único cenário conhecido ao
longo de toda a sua vida: Gualdino Gomes, Stuart Carvalhais, António Soares,
Alberto de Sousa...», afirma Marina Tavares Dias, no seu primeiro volume de «Lisboa
Desaparecida». Por seu turno, Raul Brandão nas suas «Memórias» é mais cáustico
para a fauna que escolhe os cafés como habitat: «É na Brasileira e no café
Chiado que os pobres-diabos, como rãs num charco de café, se exaltam ou
combinam as revoluções do dia seguinte. A um canto, o Gualdino de gabinardo e
barba branca, prepara a última piada...» Na realidade, o nome de Gualdino Gomes
é quase indissociável dos lugares que, durante mais de sete dezenas de anos,
vai ocupando às mesas dos cafés da baixa lisboeta. Uma reportagem do Notícias
Ilustrado de 1928 - «Lisboa e os seus cafés», proclama, legendando uma foto da
fachada do Martinho, situado no então Largo de Camões (hoje Praça D. João da
Câmara) - «O Martinho que ainda se lembra de Fialho e de Gualdino.» Alberto
Allen Pereira de Sequeira Bramão, o político e jornalista, ex-secretário
particular de Hintze Ribeiro, quando este chefiou o governo, numa evocação
organizada pelos Amigos de Lisboa em 26 de Dezembro de 1936, recorda os nomes
ligados à tertúlia do Martinho: «o que caracterizou esta casa era o grupo
literário que todas as noites realizava as suas sessões de cavaqueira
irreverente, em torno das chávenas de café e do pontífice que era o
incomparável Fialho de Almeida. Desse grupo faziam parte Marcelino Mesquita,
Manuel Silva Gaio, D. João da Câmara, Gualdino Gomes, Heliodoro Salgado, João e
Levy Marques da Costa, João Chagas, o espirituoso Figueiredo (Pinturas),
Eugénio de Castro, Abel Botelho [...] Guerra Junqueiro e Rafael Bordalo
Pinheiro também apareciam de longe a longe.”
[2] Apoquentações
de quando viajamos para países subdesenvolvidos, no primeiro mundo, comemos,
bebemos, banhamo-nos à cúnfia. Mundiais de atletismo 2017. “A organização dos
Mundiais de atletismo, em Londres, detetou um surto de gastroenterite num dos
hotéis londrinos que alojam atletas que disputam a competição. Um dos
alojados no Tower Hotel é Isaac Makwala, atleta do Botsuana e um dos favoritos
da prova masculina dos 400 metros. Em comunicado, o comité organizador dos
Mundiais de Londres confirmou que os departamentos médicos de várias equipas
estão a tratar os atletas afetados. Makwala disputaria na segunda-feira, nos
200 metros, o primeiro de um dos dois duelos, nos 200 e 400 metros, com o
sul-africano Wayde Van Niekerk, outro dos grandes favoritos nesta distância,
mas acabou por não comparecer devido a uma intoxicação alimentar. «Houve vários
casos de gastroenterite comunicados por membros das equipas residentes num dos
hotéis oficiais dos Mundiais, que foram atendidos pelos serviços médicos.
Estamos a trabalhar com o ministério da Saúde Pública para controlar a
situação», referiu o comité organizador no comunicado. Por seu turno, os
responsáveis do Tower Hotel revelaram que decorrem investigações dos serviços
sanitários e da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF),
mas garantiu que o foco do surto não está localizado na unidade hoteleira.”
[3] Os
operadores turísticos britânicos e o turismo inglês, visitante
de povos subdesenvolvidos, estão bem documentados na obra cinematográfica “Carry on Abroad” (1972), real.
Gerald
Thomas, c/ Kenneth Williams, Sidney James, Charles Hawtrey … sob o título local
“Com jeito vai… na pândega” estreado quinta-feira, 1 de março de 1973 no cinema
São Jorge. Sexta-feira, 23 de março, o filme muda-se, “continuação de estreia -
4.ª semana”, para o cinema Lys (metro: Intendente), e em complemento “O despertar
duma adolescente”. É reposto quinta-feira, 26 de abril no cinema Imperial
(metro: Arroios, P. Chile), e em complemento “Un bellissimo novembre”.
[4] “Portanto,
no ano seguinte, Sharlene Wells, uma mórmon, foi coroada Miss América. Wells
atribuiu a sua vitória, em parte, ao facto de o concurso necessitar de uma miss especificamente «conservadora» e
virtuosa. Branca, loira, patriota e religiosa, Wells proclamou: «Estou muito
orgulhosa das minhas raízes mórmon. Vivo os meus valores sete dias por semana.
Acredito muito firmemente em Deus e pátria. Sigo a bandeira com todo o meu
corpo». Apoiante do então presidente Ronald Reagan e opositora do aborto, do
sexo pré-marital e da proposta de emenda da igualdade de direitos, a encarnação
de Wells de Deus, nação e feminilidade casta, ajudou a higienizar a reputação
do concurso Miss América, e branquear as nodoas deixadas pela alegada
devassidão de Vanessa Williams. Em 1989, Miss América atribuiu a coroa a Debbye
Turner, outra evangelista. Turner recebeu atenção dos média, não apenas por ser
preta, mas também pela sua complacência em identificar-se publicamente como uma
miss «cuja Bíblia era a sua constante
companheira».”, Karen W. Tice em “Queens of Academe: Beauty Pageantry,
Student Bodies, and College Life”.
[5] O breakdancing foi a última loucura que
atingiu o país (ou a penúltima, talvez a última seja a onda do rap em Miratejo nos anos 90). “We Are The Jonzun Crew” (1983), p/
Jonzun Crew ♫ “Breakdance” (1983), p/
Irene Cara ♫ “The Haunted House Of Rock” (1983), p/
Whodini ♫ “B-Boys Beware” (1983), p/
Two Sisters ♫ “This Could Be The Night” (1984), p/ Cindy
Mizelle ♫ “Street Dance” (1984), p/
Break Machine ♫ “Planet Rock” (1986), p/
Afrika Bambaataa and The Soul Sonic Force. Nos
anos 2000, o breakdance não está
morto. “Os Momentum
Crew, do Porto, venceram o Campeonato do Mundo de Dança
Hip-Hop em Marselha. A equipa portuguesa venceu o campeonato no passado sábado,
dia 5 de março [2016]. Aproximadamente 5000 espetadores marcaram presença para
assistir à batalha final entre os melhores B-boys
do mundo. O grupo do Porto venceu a equipa de Taiwan nos quartos-de-final, a do
Japão nas meias-finais e nas finais venceram a equipa francesa. No mês passado,
o grupo de Max Oliveira, Mix, Lagaet, Deeeogo, Bruce, Makumba, Robert e XXL já
tinha vencido a European Battle Pro, na Alemanha.”
na sala de cinema
“Prestami tua moglie” (1980), real. Giuliano Carnimeo,
c/ Lando Buzzanca, Janet Agren, Daniela Poggi, Claudine Auger … um ciclone de
gargalhadas, sob o título local “Empresta-me a tua mulher” estreado quinta-feira, 26 de fevereiro
de 1981 no Pathé e no Politeama. “Alex Fortini, (Lando Buzzanca), um meridional
transplantado para Milão, está separado da mulher, Ingrid (Janet Agren), há
cinco anos e vive com a rica Diana (Claudine Auger), diretora de uma agência de
publicidade, de quem depende totalmente do ponto de vista económico. Diana é
muito ciumenta e nem sequer quer que Alex pronuncie o nome de Ingrid. Quando
esta regressa a Itália, Alex oculta a sua chegada de Diana e, em grande
segredo, pede a Vic (Massimo Boldi), um realizador de anúncios publicitários,
seu amigo, que lhe empreste por algumas
horas a cave onde habita, localizada no mesmo edifício. Convicto de que Ingrid
quer pedir-lhe a pensão de alimentos, que nunca pagou, finge-se pobre e, após
uma girândola de equívocos, está prestes a fechar um importante negócio com Mario
Bonotto (Renzo Montagnani), um empresário da cerveja. Mas Bonotto é um
conhecido vigarista e Diana desmascara-o, mandando às urtigas o negócio. No
final, Alex descobre que Ingrid é riquíssima, não necessita da pensão de
alimentos e que ainda por cima está apaixonada por ela.” “Que la fête commence…” (1975), real. Bertrand Tavernier,
c/ Philippe Noiret, Jean Rochefort, Jean-Pierre Marielle, Christine Pascal … sob o título local “Vamos a isto
que é festa” estreado quarta-feira, 21 de janeiro de 1981 no Quarteto sala 4. “Em
França em 1719, Filipe II, duque de Orleães é o regente do jovem Luís XV. Ele é
sofisticado, gentil, liberal e libertino. Esforça-se por manter os seus
súbditos cultos e felizes – principalmente para impedir os camponeses de se
revoltarem – mas ele sabe que não tem autoridade real. Para ajudá-lo, Filipe
recruta um padre ateu e corrupto chamado Guillaume Dubois, outro libertino que
não se importa com ninguém exceto consigo próprio. O filme começa com a horripilante autópsia
de Maria Luísa Isabel de Orleães, duquesa de Berry, filha mais velha do regente que
morreu a 21 de julho de 1719, com a saúde fatalmente arruinada por uma vida de
deboche e uma série de gravidezes clandestinas. Afamadamente promiscua, «Joufflotte»
(Gordinha) – a sua alcunha por causa das suas generosas proporções – corria o
rumor de ter praticado incesto com o pai. A autópsia revela que a rubenesca
princesa estava outra vez grávida. Filipe fica muito afetado pela morte dela.
Entretanto, ocorre uma rebelião liderada por um escudeiro bretão chamado Pontcallec.
O idealismo natural de Filipe é ainda mais abalado quando é forçado a executar
o grupo revolucionário de Pontcallec. Dubois, por seu lado, tenta tirar
vantagem da revolta e subsequente onda de fome para se tornar arcebispo.” Erros históricos: “a ação
desenrola-se em Versalhes, enquanto o jovem rei só aí regressou em 1722.
Naquela época, ele vivia com a corte em Paris.” “A duquesa de Berry é retratada
como um criança desmiolada por quem seu pai estava apaixonado. Na verdade, a
princesa, viúva desde 1714 e conhecida pelas numerosas prodigalidades amorosas
morre aos 24 anos na sequência das complicações de um parto muito difícil
ocorrido no seu palácio do Luxemburgo, no final de março de 1719. O escândalo
público do parto e a sua saúde em declínio obrigam-na a recolher-se no castelo
da Muette em Paris, onde se apaga a 21 de julho. A autópsia revela que ela está
novamente grávida pouco depois do aborto.” [1] “Durante
uma das cenas finais, numa casa de banho, onde Emilie lava a mão «fedorenta» do
regente, a luz provém de duas lâmpadas elétricas.” “O marquês de Pontcallec
utiliza a palavra «avatar», embora ela só tenha aparecido na língua francesa no
século XIX, vinda do sânscrito «avatāra». Além disso, usa-a erroneamente para
referir um acontecimento lamentável, esta confusão com a palavra «avanie»
(ultraje) só é testemunhada a partir do século XX.” “Na sequência final, em que
os camponeses incendeiam uma carroça, anuncia explicitamente a revolução
francesa, com uma mulher gritando: «Vamos queimar muitas outras». Na realidade,
a ação desenrolando-se em 1720, será preciso esperar 69 anos.” “Pacific Inferno” (1979”, real. Rolf Bayer, c/ Jim
Brown, Richard Jaeckel, Timothy Brown … sob o título local “Inferno no Pacífico”
estreado a 30 de abril de 1981 no Politeama. “Ao saberem que MacArtur despejou
caixas cheias de prata na baía de Manila enquanto fugia das Filipinas, os
japoneses começaram a usar os seus prisioneiros de guerra para mergulharem e
recuperá-las em troca de rações extra e melhores alojamentos. Isto conduz ao
conflito entre os homens, especialmente o tenente Dennis Butts (Rik Van Nutter),
que está furioso por os japoneses respeitarem mais Clyde Preston (Jim Brown),
de patente inferior, do que a ele [2]. Mas, à
medida que os homens começam a ajudar os japoneses, são abordados pela
resistência que quer as caixas do dinheiro e, em troca, ajudará Clyde e os seus
amigos a escaparem.” “Attack Force Z” (1981), real. Tim Burstall, mús. Eric Jupp, c/ John Phillip Law, Mel Gibson,
Sam Neill … sob o título local “Os comandos da Força Z” estreado quinta-feira,
1 de julho de 1982 no Monumental. “O capitão P.G. Kelly (Gibson) lidera uma
equipa da Z Special Unit. A Z Special Unit, muitas vezes conhecida
como Z Force, foi uma unidade de
comando conjunta, australiana, britânica e neozelandesa, que entrou em ação
contra o império do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. O seu objetivo
principal era reconhecimento e sabotagem, atualmente, o seu papel é
desempenhado pelos Special Air Service
Squadrons da Austrália e da Nova Zelândia. Dez de janeiro de 1945, estreito
de Sembalang, sudoeste do Pacífico, cinco homens são enviados por submarino em
canoas Klepper para resgatar sobreviventes de um avião abatido numa ilha
próxima que é ocupada pelo exército imperial japonês. Liderados por Paul Kelly,
um oficial comando inexperiente, secretamente, a equipa desembarca na ilha e
esconde os caiaques. Enquanto penetram no terreno, Ted «Kingo» King é atingido
pelo fogo de uma metralhadora, a equipa rapidamente elimina os japoneses e
recupera o camarada ferido. King foi atingido na perna, a bala estilhaçou-lhe a
rótula. King não pode cair nas mãos do inimigo e comprometer a missão sob
interrogatório então, após partilhar um cigarro com ele, Costello dá-lhe um
tiro. Os quatro homens restantes retornam à sua busca, cruzando-se com um
agricultor de arroz, descobrem a área onde o avião se despenhou. O agricultor
também é morto para preservar o sigilo.” Factos: “O argumento é baseado
num raide de salvamento real, a Operação Opossum, na qual uma equipa de
comandos resgatou o sultão local da ilha de Ternate, perto do Bornéu, ocupada pelos
japoneses.” “Phillip Noyce foi supostamente despedido devido a
incompatibilidades artísticas com John McCallum e Lee Robinson. Segundo o livro
«The Avocado Plantation», de David Stratton, Noyce «estava insatisfeito com a
escolha dos produtores para ator principal, uma vedeta de segunda categoria
chamada John Phillip Law. Antes de começar a produção, Noyce discutiu com Robinson
e McCallum acerca do argumento. Ele foi despedido e Tim Burstall foi contratado
para o substituir.” “De acordo com o livro «The Avocado Plantation», Noyce «queria
fazer mais do que um filme de guerra; queria também explorar os aspetos do
colonialismo.” “Viens chez moi, j'habite
chez une copine”
(1981), real. Patrice
Leconte, mús. Renaud, a canção título e “P'tit déj' blues”, c/ Michel Blanc, Bernard Giraudeau,
Thérèse Liotard … sob o título local “Um pendura dos diabos” estreado quinta-feira,
30 de setembro de 1982 no Estúdio 444 e no Castil. “Guy (Michel Blanc) trabalha
numa bomba de gasolina. O seu amigo Daniel (Bernard Giraudeau) trabalha numa
pequena empresa de mudanças. Guy é despedido porque o seu chefe descobre que
ele vigariza os clientes faturando serviços não prestados. O seu golpe favorito
consiste em fazer crer que despeja uma lata de óleo no motor quando usava uma
lata já vazia. De passagem, ele não se ensaia em engatar as clientes. Sem
trabalho e sem morada, alojado na bomba de gasolina, Guy pede a Daniel que o
albergue. Este, que mora na casa da namorada, Françoise (Thérèse Liotard),
aceita desenrascá-lo. Nos primeiros tempos, Guy vive com o casal, enquanto
procura trabalho e leva miúdas para casa, entre as quais Adrienne, uma artista de circo adepta do
sexo livre, interpretada por Anémone [3].
Sentindo-se um peso para o casal, Guy acaba por pedir a Daniel que lhe arranje
trabalho na empresa de mudanças. O patrão aceita com algumas reservas, e os
dois amigos fazem então transportes juntos.” “Search and Destroy” (1979), real. William Fruet, c/
Perry King, Don Stroud, Tisa Farrow … sob o título local “A desforra do
Vietname” estreado sexta-feira, 7 de janeiro de 1983 no Roxy, no Cine Portela e
no Zodíaco [4]. “Os efeitos psicológicos da
guerra do Vietname têm sido tratados de forma proeminente em vários filmes
canadianos, retrocedendo até «Explosion» de 1969, uma produção de Julian
Roffman sobre desertores homicidas. «Deathdream» de Bob Clark também apresenta um
ex-soldado enlouquecido sedento de sangue, que regressa a casa para matar a
família e os amigos. Em «Search and Destroy», o distinto terceiro filme do
realizador canadiano William Fruet, a vingança dos dias sujos do Vietname é
ainda apresentada como uma razão viável para iniciar uma matança, mas desta vez
acontece entre as luzes da moderna cidade de Niagara Falls. (…). Com um breve
prólogo no Vietname, somos apresentados às personagens principais. RJ, Buddy,
Roosevelt e Kip fazem parte da mesma unidade guiada através da selva húmida por
um guia vietnamita chamado Nguyen [5]. Fruet,
que nunca perde tempo em agarrar o público pelo gasganete, de repente leva-nos
a Los Angeles, no presente, a tempo de vermos Roosevelt, agora trabalhando como
porteiro, ser assassinado por uma silhueta na sombra apenas identificada por
uma caraterística luva sem dedos numa mão. Próxima paragem, Niagara Falls. Dois
rapazes caminhando ao longo do leito de um rio descobrem um carro caído nas
águas com um homem tombado sobre o volante. Kip recebe um telefonema avisando
que o seu amigo RJ foi morto, e vai até ao rio ver o que se passou. Lá,
encontra um detetive interpretado por George Kennedy, que lhe pergunta sobre a sua relação
com RJ. Depois de ajudar a polícia no que pôde, Kip apanha Buddy, o último camarada
da tropa sobrevivente, e circulam pela cidade para obter algumas respostas
sobre a misteriosa morte. Sem seu conhecimento, um carro segue-os lentamente,
conduzido por um homem com a luva. Por fim, a câmara recua para revelar que o
perseguidor não é outro senão Nguyen, que cuidadosamente carrega a arma antes
de retomar a perseguição.”
___________________
[1] Este deboche ancien régime está irreversivelmente
erradicado das sociedades contemporâneas, fiel, a mulher atual tem o único
propósito de derramar açúcar no seu amorzinho. Vanessa,
nome verdadeiro ou falso, personifica esta nova paz doméstica, {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9}.
[2] O contraste entre um grupo feminino
e um grupo masculino surpreende os estudiosos, eles, lutas de galos, elas,
manifestações de afeto, diversão, entreajuda. Laura F &
Angie H, {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4}. Sites: {The
Nude} {Indexxx} {Club
Seventeen} {Indexxx}. Laura & Tanja H {fotos1} {fotos2} {fotos3}. Site: {Indexxx}. Laura & Tara C {fotos1}. Site: {Indexxx}. Laura H {fotos1} {fotos2}. Site {Club
Seventeen}.
[3] Com a terceira idade vem a primeira
sabedoria. Anémone: “Ela calcula, aliás, nunca ter encontrado um homem que não
fosse machista: «Não posso amar alguém que se sente superior a mim. (…). A
minha vida estava cortada em duas: desejava os homens, fisicamente,
sexualmente, e amava as mulheres, mas, infelizmente, não me sentia atraída
carnalmente por elas. É pena, porque teria vivido melhor se tivesse sido lésbica.”
[4] “Search and Destroy” é também a
aconchegante faixa n.º 1 do indispensável álbum “Raw
Power” (1973),
dos Stooges. Versões. Dead
Boys (1977) ♫ Sid
Vicious (1979) ♫ EMF
(1992) ♫ Soundgarden
(2011) ♫ Afterhours &
Verdena (2003) ♫ Turbonegro
(2005) ♫ na banda sonora do filme “Sucker Punch” (2011), Skunk Anansie ♫ Red Hot Chili Peppers
(2012).
[5] Em terra estrangeira não tem preço
um som, um cheiro, um gosto amigos, que bem sabe, na diáspora portuguesa, ouvir
na língua de Camões “ai” quando o buraco negro de uma mulher suga a luz ofuscante
de um rolo de carne, como magistralmente interpreta a meritória atriz Mona
Liza, 1,69 m, 56 kg, 86-64-91, sapatos 38, olhos castanhos, cabelo preto, nascida
Anita Teresa de Sousa em 1982, no Brasil, t.c.c. Monalisa, Monaliza, Mona Lisa,
Mona Luiza. Sites: {Excalibur
Films} {iafd} {Excalibur
Films}. Obra
cinematográfica: {“Pretty
Little Latinas # 11” (2002)} ѽ {“Cute
Exotic Girls # 9” (2002)} ѽ {“Globetrotting # 6” (2002)} ѽ {South American Pie” (2003), a mesma obra inclui o
segmento com as ibsenianas atrizes Anita e Barbara, “Room Service”} ѽ {“International Booty # 4” (2003)} ѽ {“Legal Skin # 10” (2003)} ѽ {“Latin Eye # 5” (2003)} ѽ {“Latin Eye Candy # 2” (2003)} ѽ {“Hard Sofa + 3
Boys”} ѽ {“Interracial
Pussy Patrol XXX” (2004)} ѽ {“Hustler Casting Couch X No. 6” (2004)} ѽ {“Spanish
Fly Pussy Search # 17” (2005)}.
no aparelho de televisão
“Cobardias” (1988),
real. Herlander Peyroteo [1], série portuguesa transmitida
na RTP 1 pelas 21h15, aos sábados, de 23 de janeiro / 16 de abril 1988. “As
atrizes Cármen Dolores, Guida Maria, Irene Cruz e Margarida Marinho dão corpo
às figuras de quatro gerações de mulheres da família Aguilar. Entre os
restantes intérpretes deste original de Miguel Rovisco, destaque para os nomes
de João Baião, Francisco Pestana, Jorge Sousa Costa, Isabel de Castro, Paulo
Matos, Lídia Franco e Eduardo Galhós.” 3.º episódio: Francisca regressa a casa
de seus tios com a filha. Porém, à medida que o tempo passa, cada vez mais se
nota a falta de amor e de interesse que nutre pela criança. Francisca leva uma
existência dividida entre Diogo – que ama em silêncio – e Jonas – o pintor
judeu por quem não sente amor. Diogo revela a Francisca que Afonso (o noivo)
está de volta. Francisca recusa-se a receber Afonso ou a permitir que ele veja
a pequena Afonsina, sua filha. 4.º episódio: o pintor Jonas vê-se obrigado a
deixar Portugal por questões políticas. No dia da despedida, Francisca sente-se
muito deprimida e decide visitar o tio no escritório. Aí encontra Afonso.
Fechados num gabinete travam uma violenta discussão. Francisca insulta-o e
esbofeteia-o, para no final o beijar, acabando por se entregar ao homem que
(sempre) amou. Porém, quando tudo parecia correr bem a situação altera-se. 5.º
episódio: a tia Sofia morreu e Maria Teresa casou-se com o cunhado, formando um
casal felicíssimo. Pomme tem agora quase vinte anos e vive com os dois, ora em
Lisboa ora na quinta no Ribatejo. Está noiva de Hugo Saraiva. 6.º episódio:
acontece que Vicente de Sá Gaspar – o filho de Afonso com a «outra» – é
ambicioso. Já conhece Pomme; sabe pelo pai qual a situação dos negócios da
família Aguilar, mas deseja mais: deseja conhecer a mulher que embora
indiretamente, desgraçou a vida do seu pai. Talvez através de Francisca ele
consiga um bom emprego. 7.º episódio: um novo escândalo estala. É o Afonso que
vai ter com Francisca e lhe conta a verdade: «Vicente é meu filho, irmão de
Pomme». Mas Francisca não desiste. Para ela Vicente é apenas o homem da sua
vida. Desafiando tudo e todos, ela afirma-se disposta a casar com Vicente.
Pomme e Francisca têm, então, uma violenta troca de palavras, onde mais uma vez
fica bem patente o ódio de uma pela outra. 8.º episódio: Maria Teresa e o
marido, cansados e velhos, refugiaram-se no Ribatejo, recusando-se a enfrentar
o novo escândalo. Vicente não se cansa de jurar à dona da galeria de arte que a
ama e mais que ninguém deseja o casamento, projetando uma vida a dois no
Brasil, rodeados de filhos. Diogo, seu tio, conhecendo perfeitamente Vicente,
sabe que ele apenas pretende dinheiro. Dá-lo com a condição de abandonar
Francisca. Vicente parte para Moçambique. Mais uma vez a história se repete:
Francisca, em vésperas de casamento, fica sozinha e à espera de um filho. 9.º
episódio: após a morte do tio Emílio, a fábrica e demais propriedades são
ocupadas pelos trabalhadores. Apenas lhe resta a quinta do Ribatejo. Xica,
filha de Pomme e Hugo Saraiva, é uma jovem inconstante em busca de um sentido
para a vida. Ao contrário dos Aguilares, o casal Saraiva vive na abastança.
Hugo chegou mesmo oferecer uma boutique à mulher. Francisca, agora sexagenária,
desistiu da galeria de arte. Mas Vítor, seu filho, dedica-se à pintura para a
qual revela grande sensibilidade. 10.º episódio: Hugo e Pomme vivem um
casamento que se assemelha a uma condenação antecipada ao purgatório. Pomme
arrasta-se pelo caminho decadente do alcoolismo e Hugo é vítima de um
chantagista que ameaça destruir a sua promissora carreira política. Xica
sente-se cada vez mais isolada e estranha, na sua própria casa. Numa noite de
mais uma trágica discussão familiar, sai de casa desesperada procurando algum
conforto psicológico em casa de sua avó, Francisca. 11.º episódio: Hugo,
completamente apavorado, cede à chantagem de que é alvo combinando encontrar-se
com o chantagista num cruzamento de estrada perto da quinta levando consigo uma
quantia em dinheiro para resgatar as fotografias e documentos comprometedores.
Na quinta, prepara-se o aniversário de Xica. Pomme e Ilda enfrenta-se, no
escritório, num duelo de cinismo. Pomme descobre uma caixa de preservativos no
quarto de Xica. Na sala da quinta, diante de toda a gente reunida para o
aniversário da filha, faz um escândalo e aplica um valente estalo na cara da
aniversariante. Francisca não aguenta o primitivismo da cena e repreende Pomme
mas esta põe-na na rua. 12.º episódio: Hugo, ao volante do carro de Gustavo,
dirige-se para o ponto de encontro com o chantagista. Ao chegar ao local
atropela um homem que deixa estendido na estrada. Hugo sente necessidade de
desabafar com alguém e vai até casa de Francisca. Na sala repara numa pasta
amarela. Francisca abre o jogo e diz que a mala contém os documentos
comprometedores. Para seu espanto, Francisca diz-lhe que o homem que ele
atropelara naquela noite era Vicente Sá Gaspar. [2]
“Melba” (1988), c/
Linda Cropper, Hugo Weaving … minissérie australiana transmitida na RTP 2 pelas 21h30,
aos sábados, de 5 de março / 23 de abril de 1988. Melba foi a
primeira superestrela internacional de origem australiana, o rei Jorge V
deu-lhe um título de nobreza e os amantes do bel-canto idolatravam-na por todo
o mundo. Os grandes chefes de cozinha deram o seu nome a pratos especiais
(Pêssegos Melba, entre outros). 2.º episódio: em Londres, Nellie experimenta
pela primeira vez a indiferença e o insucesso. Decide, então, mudar-se para
Paris onde recebe lições de canto de Mathilde Marchesi, reputada professora que
irá contribuir decisivamente para a sua ascensão artística. Mais tarde, já no
auge de uma carreira que a consagrou como uma das melhores intérpretes do
bel-canto, Nellie apaixona-se profundamente por um jovem aristocrata. Juntos
viajam por toda a Europa, indiferentes aos escândalos que o seu envolvimento
amoroso causa na opinião pública que considera a relação adúltera, pois Nellie,
além de ser plebeia, é casada. 3.º episódio: de regresso à Austrália,
reencontra o pai, o homem mais importante da sua vida e aquele, afinal cuja
aprovação sempre procurou. Apesar de ter percorrido o mundo inteiro, aquele
país torna-se o foco da sua vida emocional. Mais tarde, de novo em Inglaterra,
volta a encontrar o filho, George, e os dois começam a tentar reconstruir o que
o passado brutalmente interrompera. “Michael Jackson: Bad” (1987), videoclip transmitido na RTP 1 pelas 20h50,
quarta-feira, 2 de setembro de 1987. “Curta-metragem escrita pelo romancista e
argumentista Richard Price, e realizado por Martin Scorsese, durante seis
semanas, em novembro e dezembro de 1986. O vídeo contém muitas referências ao
filme «West Side Story» (1961) [sob o título local «Amor sem barreiras»
estreado em Panavision, Technicolor, 70 mm, terça-feira, 23 de abril de 1963 no
cinema Monumental], especialmente a sequência «Cool». Para a
banda sonora do vídeo foi usada uma faixa áudio diferente daquela no álbum;
incluía um solo de órgão que não fazia parte do disco. No vídeo, Jackson
interpreta um adolescente chamado Darryl, que terminou um semestre numa escola
privada cara, a Duxston School. Regressa à cidade e apanha o metro para o seu
deteriorado bairro. Chega a casa, encontra, na máquina de escrever, um bilhete
escrito à mão: «Olá, Darryl, bem-vindo a casa. Estou no trabalho. As sandes
estão no frigorífico. Estou em casa às sete. Amo-te, mãe», e vai parvar com o
grupo de amigos. O líder do grupo é Mini Max (Wesley Snipes). No início, as
relações são amigáveis, mas um pouco estranhas. Então, a situação começa a
degradar-se à medida que o gangue percebe quão mudado está o Darryl. Notam,
particularmente, como ele fica incomodado com as atividades criminosas deles.” “Sins” (1986),
real. Douglas Hickox, c/ Joan Collins, Jean-Pierre Aumont, Marisa Berenson … sob
o título local “Pecados”, minissérie americana transmitida na RTP 1 pelas
22h15, às quintas-feiras, de 27 de agosto / 1 de outubro
de 1987 [3]. Hélène Junot é poderosa, rica e
bonita. Invejada pelo seu sucesso, está rodeada por inimigos que pretendem
destruí-la. Mas Hélène é uma mulher com passado. Presenciou os crimes nazis em
França, incluindo o assassinato da mãe, foi violada e maltratada. Ligou-se com
diversos homens, entre eles um fotógrafo que a lança no mundo da moda, um conde
decadente, que lhe empresta dinheiro, um compositor americano… É uma mulher com
sucesso como empresária, mas sem felicidade e dominada pelo desejo de vingança.
2.º episódio: com ajuda de Jacques, Hélène Junot torna-se um modelo famoso. A
guerra ficara para trás, mas ela não esquece o que os alemães fizeram à sua
família. Entretanto, a sua carreira profissional é um êxito. Com relativa
facilidade torna-se estilista e, mais tarde, diretora de uma das mais
importantes casas de moda de Paris. 3.º episódio: depois de se tornar modelo
famoso Hélène vai dedicar-se inteiramente à moda como estilista e como
proprietária de uma das mais importantes casas de moda de Paris. Editar uma
revista, Woman of Today, será o passo seguinte. Tudo graças à sua persistência
e à sua capacidade de luta e de entrega ao trabalho. Ser uma mulher poderosa,
rica e bonita traz-lhe, contudo, inconvenientes, o maior dos quais será a
existência de falsos amigos que pretendem destruí-la, alguns pertencentes a um
passado que Hélène não esqueceu e que a perseguem, ensombrando a sua vida. 4.º
episódio: Hélène Junot é agora uma próspera empresária. Invejada pelo seu
êxito, está rodeada por inimigos que pretendem destruir o que ela, com muito
sacrifício, conseguiu alcançar. A frieza no amor e a sua desmedida ambição
tornaram-na num alvo fácil para os seus adversários. “Rebecca” (1979),
real. Simon Langton, c/ Jeremy Brett, Joanna David, Anna Massey … minissérie
inglesa transmitida na RTP 2 pelas 18h30, às sextas-feiras, de 5 de setembro / 26 de
setembro de 1986. Série Daphne du Maurier “em Monte Carlo, uma jovem inglesa
apaixona-se por um grosseiro e formoso desconhecido que se lhe declara e
resgata-a da escravidão de ser uma acompanhante contratada. Mas quando ele a
leva para a sua propriedade, Manderly, toda a sua convicção desaparece,
sobretudo perante a severa e misteriosa governanta de Maxim de Winter, a sra.
Danvers, e como bizarros rumores lhe chegam aos ouvidos, a segunda sra. de
Winter decide descobrir tudo o que pode sobre a sua predecessora, Rebecca.”
___________________
[1] “Realizador
de televisão português, Herlander Peyroteo nasceu a 11 de agosto de 1929, em
Moçâmedes, Angola, e morreu a 18 de abril de 2002, em Lisboa, vítima de doença
prolongada. Quando vivia na ex-colónia portuguesa começou a dedicar-se ao
teatro amador, o que se manteve na sua juventude, altura em que foi viver para
Portugal. Acabou por se formar em arquitetura na Escola Superior de Belas Artes
de Lisboa, mas também frequentou o Conservatório Nacional. Nos anos 50, fundou
o Teatro Universitário de Lisboa juntamente com Fernando Amaro, o criador da
Casa da Comédia, a quem tinha sido recomendado por Almada Negreiros. Mais
tarde, viria a fundar com o produtor Cunha Telles o Estúdio Universitário de
Cinema Experimental. Herlander Peyroteo foi um dos fundadores da Radiotelevisão
Portuguesa, depois de ter feito um estágio na BBC de Londres, de onde regressou
já com um contrato provisório assinado com a estação pública de Portugal. Na
televisão portuguesa, que arrancou com as emissões em 1957, destacou-se como
realizador, tendo sido um dos mais conhecidos do país nesta área. A sua
especialidade era os teledramáticos, uma espécie de teatro televisivo. Realizou
perto de cem programas deste género, muitos deles em as "Noites de
Teatro", que eram gravadas em direto nos tempos iniciais da televisão
estatal. Um dos melhores trabalhos de Peyroteo foi feito em 1961, quando
realizou a peça teatral «Pedro, o Cru», de António Patrício. (…). Em 1977, foi
nomeado responsável pelo setor de produção e realização do 1.º canal da RTP,
mas a nomeação não foi aceite pelo administrador Raul Junqueiro que alegou não
ter tido conhecimento dessa decisão. De qualquer forma, no ano seguinte, acabou
por ficar a liderar o Departamento de Realização da RTP, isto no ano em que
realizou «Os Putos», baseado na obra com o mesmo nome do escritor Altino do
Tojal. Foi considerado um dos melhores trabalhos de teleteatro da televisão
portuguesa. Herlander Peyroteo também realizou alguns filmes para cinema, com
destaque para «Um
Campista em Apuros», em 1967, com Florbela Queirós, Manuel Cavaco e
Nicolau Breyner.”
[2] O ensino
universitário extinguiu toda esta tontice feminina. “Game Night” (2016), c/ Sweet Cat, Nata
Lee, Angel Piaff, Victoria Sweet e Lilith Lee segmento da longa-metragem “Sorority Sex
Parties”. Sweet Cat, 1,70 m, 57 kg, 86-64-91, sapatos 40, olhos verdes,
cabelos loiros, nascida a 1 de agosto de 1992 em Praga, t.c.c. Alice, Cat,
Catherine, Cathy, Cathy I, Dorina, Elena, Elisa, Eliska, Hellen, Ina, Kat,
Kathy I, Katie, Katka, Katty, Maya, Melanie, Melany, Melany Fox, Nikola, Ruth,
Sandik A, Sandra, Sandra H, Sandra Sweet, Sandra W, Sandy, Sweet, Sweet C,
Sweet Cat ou Sweet Kat. Sites: {Indexxx} {Porn Teen Girl} {Erosberry} {MC
Nudes} {Euro
Babe Index} {iafd} {Evil
Angel} {PJ Girls} {21
Naturals} {VR Porn} {Babepedia} {Private} {Elite Babes} {DDF
Network} {Pornstar
Network} {Twitter} {VIPissy} {We Like To Suck} {Porn18} {Babes} {Lezkiss} {Hot
Movies} {Class Models} {Red Tube}. Serviço de acompanhante: “Sweet Cat
é a nova joia no nosso serviço de acompanhantes de luxo escolhidas a dedo, em
que cada uma delas é única na sua beleza tanto física como psíquica. Gostámos
muito dela durante a audição, principalmente pela sua afabilidade e abertura a
conhecer pessoas, o seu amor pelo desporto e estilo de vida ativo. A
acompanhante Sweet Cat gosta de viajar, dançar, esquiar, é também habitual no
ginásio, onde força o seu curvilíneo corpo para a perfeição divina, tornando-a
um modelo do género feminino e uma companhia para todas as ocasiões, incluído
desportivas. O seu traquejo na indústria videográfica e a sua paixão natural
garantem-lhe a melhor sensação de uma namorada e momentos apaixonados
reservados apenas para dois, cheios de fantasias e descobertas. Mas mesmo que
goste de passar o ser tempo com ela juntamente com a sua companheira, será um
prazer para Sweet Cat. Recorrendo à sua genuína bissexualidade escaldante, ela
será uma ótima opção para isso.” Tabela de preços para a Europa: 1 hora - 350
€; 2 horas - 450 €; 3 horas - 550 €; 4 horas - 650 €; 5 horas - 750 €; 6 horas
- 800 €; 12 horas - 1300 € (passar a noite); 24 horas - 2000 €; 48 horas - 2800
€; dia adicional - 800 €. As despesas de viagem serão calculadas
individualmente. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10}. Obra
cinematográfica {“Camerawoman” + Claudia
Macc} ѽ {“Creamy
Blondes” + Violette} ѽ {“Blowjob Marathon”} ѽ {“Sweet
Cat Getting Off”} ѽ {“Chick
Flick” + Eileen Sue} ѽ {“Afternoon Passion” + Kamil Klein}
ѽ {Woodman Casting} ѽ {“Rellenando
de lefa a la checa” (2012)} ѽ {“Intense Kissing” +
Victoria} ѽ {“Wake Up
N Fuck” + Carolina April} ѽ {“Double
Down” + Cayla Lyons}.
Nata Lee, 1,65 m, olhos cinzentos, cabelos castanhos, nascida
a 20 de agosto de 1993, em Vysoké Mýto, na República Checa, t.c.c. Anastasia,
Arabica, Chrissy Curve, Chrissy Curves, Christine, Christine T, Christy, Elsa,
Kristyna, Ksantia, Nara Lee, Natalee, Natali, Natalie, Natalie Black, Natasha,
Naty Lee. Sites: {Indexxx} {The Nude} {Alba Gals} {iafd} {Euro
Babe Index} {Porn
Teen Girl} {European Pornstars} {PJ Girls} {hqcollect} {Do the Wife} {Mofos} {Private} {ATkingdom} {Wet And Puffy} {Girlfrieds.XXX}. Obra
fotográfica: {fotos3}. Obra
cinematográfica: {“Mrs.
Lee Takes Black Cock”} ѽ {“Juicy Butt GF Tries Anal - Let’s
Try Anal” (2014)} ѽ {“Czechcasting”} ѽ {“Woodman
Casting”} ѽ {“Natalee
and her pussy gets pleased”} ѽ {Summer Day Trip” + Carrie +
Lucy Li} ѽ {“Hardcore” + Kamil
Klein} ѽ {“Missed
You”} ѽ {“I
Prefer Your Love”} ѽ {“Wet
And Puffy”} ѽ {“Golden
Days Showers”} ѽ {“Surprise Me”+ Donna Joe}.
Angel Piaff, 1,62 m, 48 kg, 86-64-89, olhos azuis, cabelo loiro,
nascida a 30 de novembro de 1990, na República Checa, t.c.c. Angel P, Angel
Piaf, Lenka Cherry, Angela, Angelica, Angelina, Beatrice, Chaynee, Elle, Lenka,
Lenka C, Lenka P, Lucy, Maya, Nadea, Scarlet, Sweet Lassie, Veronica. Sites: {Indexxx} {The Nude} {iafd} {Euro
Babe Index} {Porn
Teen Girl} {Data18} {ALSScan} {Alba Gals} {VRBangers} {Nubiles} {Twitter} {High
Mile Media} {Hot
Movies} {Girlfrieds.XXX} {VIPissy} {Sapphic
Erotica} {PornHub} {21
Naturals} {Nubiles} {Teen
Mega World} {Webyoung}. Obra
fotográfica: {fotos1} Obra
cinematográfica: {“Gape
My Pussy”} ѽ {“Gyno Exam”} ѽ {“A
Sweet Surprise” + Bella
Baby} ѽ {“Masseur”} ѽ {“Drinking
Games”} {“Take
The Heat”} {“Cum
And Go”} ѽ {“4 on
1 Lesbian Gang Bang # 02” + Sweet Cat,
Antonia Sainz, Nathaly Cherie, Vinna Reed} ѽ {“Exhibitionist
lesbians outdoor sex”} {“Amateur
Photography” + Alexis Crystal} ѽ {“Trio
Feetastic” + Davon Kim, Lexi Dona} ѽ {“ChopSticks” + Leila
Smith} ѽ {“Tandem
Fisting” + Gina Devine, Jessica Rox} ѽ {“Like
The Wind”} ѽ {“Tight
Teen Pussy”} ѽ {“Passionate
Kiss” + Tess Lyndon} ѽ {“Letter Game”, incluído
na obra “Love
Dice” + Tess Lyndon} ѽ {“Lazy
Painters” + Alexis Crystal} ѽ {“Foot
Art # 2”}.
Victoria Sweet, 1,72 m, 59 kg, 86-61-91, sapatos 39, olhos azuis,
cabelo castanho, nascida como Hedvika Makosová a 25 de agosto de 1990 em Pizen,
República Checa, t.c.c. Janet Millar, Vivien B., Gitta Szoke, Victoria S., Gigi,
Wivien. Sites: {Indexxx} {The
Nude} {Define
Babe} {Reality
Kings} {iafd} {Nubiles} {Euro
Babe Index} {Porn
Teen Girl} {Erosberry} {ATKarchives} {Euro
Girls On Girls} {Nubiles} {We
Like To Suck} {Model Mayhem} {21
Naturals} {Nip
Activity} {Mofos}. Serviço de acompanhante: “A
acompanhante de luxo de Praga, Victoria Sweet, é uma jovem bonita e magnífica.
É muito sensual e elegante, sempre de bom aspeto, um grande cartão-de-visita
para um verdadeiro cavalheiro como você. Victoria gosta de usar vestidos lindos
e lingerie requintada, e safa-se muito bem, provocando e excitando ao mesmo
tempo, pois tem realmente bom gosto e boas maneiras. Pode levá-la a um bom
jantar gourmet para passar um noite bastante agradável, ou a qualquer evento
cultural, tal como o teatro ou a ópera, terá muitos tópicos de conversa com
ela. Graças à sua opção sexual pode passar um bom bocado metendo-a entre você e
a sua companheira, desfrutando momentos inesquecíveis.” Tabela de preços para a
Europa: 1 hora - 350 €; 2 horas - 450 €; 3 horas - 600 €; 4 horas - 700 €; 5
horas - 750 €; 6 horas - 800 €; 12 horas - 1200 € (passar a noite); 24 horas -
1900 €; 48 horas - 2700 €; dia adicional - 800 €. Obra fotográfica: {fotos1}. Obra
cinematográfica: {“Lick
Lick”} ѽ {“Hardcore”} ѽ {“Victoria
Sweet is working out with a Stud”} ѽ {“Cute
chicks having hot lesbian sex” + Nataly} ѽ {“Petite
teen Viktoria
Sweet fingered and fucked”} ѽ {“Victoria
Sucks”} ѽ {“My
First Time Anal Sex”} ѽ {“Foot Kisser”} ѽ {“Mi Primer Porno”} ѽ {“Mofos
Wide World”} ѽ {“Public
Pickups”} ѽ {“Teenage
Coming of Age”} ѽ {“Afternoon Snack”} ѽ {“I
Kown That Girl”} ѽ {“Going
for the Orgasm Record”} ѽ {“Naked
on Public Streets”, em Barcelona}.
Lilith Lee, 1,73 m, 60
kg, 86-64-89, sapatos 39, olhos cor de avelã, cabelos loiros, nascida a 1 de
fevereiro de 1989, na República Checa, t.c.c. Bamby, Bella, Drahoslava, Ingrid,
Kelly Love, Lady Pink Hot, Lady Pinkdot, Lili, Lilith, Lilith Lee, Michaela,
Michelle, Michi, Misa Kuklinkova, Misha Gold, Monika, Pink, Savannah Hill,
Sweetie, Tonya. Sites: {Indexxx} {The Nude} {Porn
Teen Girl} {Evil
Angel} {Define
Babe} {European
Pornstar} {Oldje} {Euro
Babe Index} {Nubiles} {iafd} {Bangros} {Alba Gals} {Adult
Mart} {VIPissy} {We Like To Suck} {Do the Wife}. Serviço de acompanhante:
“Bambi Lee, também conhecida como Mischa Lee, Rachel La Roudge, ou simplesmente
Lilith Lee é o nome da nossa misteriosa, bela e muito carismática acompanhante.
Detentora de uma ótima educação na faculdade de economia e perfeito
conhecimento do inglês, gosto apurado para roupas feitas por medida e lingerie,
é uma jovem muito experiente, de mente aberta, cordial e muito marota. Lilith
está pronta para viajar pelo mundo todo, gosta de conhecer pessoas novas, e
qualquer viagem para além das fronteiras do seu país natal está cheia de
entusiasmo e expetativa do seu conto de fadas pessoal.” Tabela de
preços para a Europa: 1 hora - 300 €; 2 horas - 400 €; 3 horas - 500 €; 4 horas
- 600 €; 5 horas - 700 €; 6 horas - 700 €; 12 horas - 1100 € (passar a noite);
24 horas - 1400 €; 48 horas - 1800 €; dia adicional - 600 €. Obra fotográfica:
{fotos1}. Obra
cinematográfica: {“Hardcore”} ѽ {“Grape
My Pussy”} ѽ {“Exposed Nurses”} ѽ {“Don't
Drink 'n' Drive”} ѽ {“Gyno Exam”} ѽ {“Lilith”} ѽ {Blacked
While Husband Watches”} ѽ {“Woodman Casting”} ѽ {“Ass
in an Apartment Hallway”} ѽ {“It's
all about the shirt”} ѽ {“Wake me up like this”} ѽ {“Blonde big ass takes on some anal”} ѽ {“Sweet
Lara with Old
Friend”} ѽ {“GF Rampage”}.
[3] «Sins» não
é televisão boa, ótima ou edificante. É apenas televisão. Na verdade, é como a
própria estrela. Ela é uma profissional, todavia não esperamos vê-la como uma
das três irmãs de Tchecov. Tampouco queremos. O ponto alto de «Sins» pode ser
quando a câmara se aproxima de Joan Collins, e vemo-la interpretar uma
personagem nos seus 20 anos. Consegue fazê-lo? É crível? Afinal, Collins tem 52
anos.”
na aparelhagem stereo
As inglesas
são feias, no geral. É uma “ideia simples” de John Locke, um dado do senso
comum, um portrait de Margaret
Thatcher, finalmente, nos anos 2000, houve vontade política para o admitir, de
forma responsável, sustentável, sem renunciar ao valor moral principal das
sociedades mais evoluídas: o dinheirinho bom no bolso. “Publicidade com corpos
demasiados magros ou seminus tem os dias contados. Inglaterra e Alemanha travam
luta para criar publicidades que se afastem da imagem de «corpo perfeito». (…).
Quando a temperatura aumenta, a roupa diminui. Apesar de esta regra ser quase
universal, há países a travar uma luta desigual entre a inevitabilidade de
corpos mais despidos e a ética que obriga a uma contenção no uso da imagem.
Em Londres, o presidente da câmara deu instruções à empresa responsável pela
rede de transportes da capital do Reino Unido, a Transport For London (TfL),
para que não seja permitido o uso de imagens de corpos irrealistas em
publicidade. Para Sadiq Khan, algumas das imagens escolhidas para estarem em
grande destaque nos cartazes publicitários a circular pelas ruas da capital
podem denegrir a imagem feminina e encorajar as mulheres a alcançar formas
irrealistas e pouco saudáveis. Em causa está uma publicidade da Protein
World, lançada há um ano, na qual surge uma mulher em
biquíni com a frase «Are you beach body ready?» (algo como O seu corpo está
pronto para a praia? em português). «Como pai de duas raparigas adolescentes,
fico extremamente preocupado com este tipo de publicidade, que pode rebaixar as
pessoas, em particular as mulheres, e fazê-las sentirem-se envergonhadas dos
seus próprios corpos. Já é altura de isto acabar». As palavras são do mayor de Londres, que já as transformou
em ações concretas, com a proibição de qualquer anúncio que ponha em causa a
autoconfiança, através de imagens que levem a expectativas irrealistas.
Estima-se que esta proibição possa abranger cerca de 12 mil anúncios por ano,
mas o autarca já veio a público garantir que a medida não afetará os lucros
da TfL, que tem alguns dos espaços publicitários mais caros do mundo.
Prevê-se que a empresa venha a lucrar mais de 1,5 mil milhões de libras (quase
1,9 mil milhões de euros) em receitas de publicidade até 2025. Além disso, é a
empresa a primeira a admitir que a forma como passa a mensagem tem uma força
que a distingue dos meios tradicionais. «A publicidade na nossa rede é
diferente da publicidade na televisão, online
ou na imprensa. Os nossos clientes não podem simplesmente desligar a televisão
ou virar a página se um anúncio os ofende ou os faz sentir mal», lembra Graeme
Craig, diretor de desenvolvimento comercial da TfL.” [1]
Expetativa
realista nos anos 80:
█ “Polícia” (1986), p/
Titãs. Banda de rock formada na cidade de São Paulo, Brasil, em 1982, na qual
tocaram os músicos Nando Reis (baixo, voz), Branco Mello (voz), Marcelo Fromer
(guitarra), Arnaldo Antunes (voz), Tony Bellotto (guitarra), Paulo Miklos (saxofone,
mandolim, harmónica, voz), Charles Gavin (bateria) e Sérgio Britto (teclados,
voz). A canção “Polícia” está incluída no seu terceiro álbum, “Cabeça Dinossauro”, lançado
em 1 de junho de 1986. Não só marcou a estreia da parceria da banda com o
produtor Liminha, que na época era diretor da WEA, o que facilitou a
aproximação de ambas as partes; como também garantiu o primeiro disco de ouro
para a banda, em dezembro do mesmo ano [2]. “Dizem prá você / Obedecer! / Dizem prá você /
Responder! / Dizem prá você / Cooperar! / Dizem prá você / Respeitar!...”. Os
burgessos dos anos oitenta, agentes da lei e ordem, recrutados entre bimbos e
semialfabetizados, também emparelharam o progresso social, metamorfoseando-se em
belas borboletas, agora, aos pares nas ruas, bem instruídos, bem fardados, bem
remunerados, bem torneados, primores que obrigaram a uma atualização da letra.
“Dizem que ela existe / pra ajudar / Dizem que ela existe / pra proteger / Eu
sei que ela pode / te parar / Eu sei que ela pode / te foder // Dizem pra você
/ Obedecer! / Dizem pra você / Cooperar! / Dizem pra você / Tomar no cu! / Dizem
pra você / Filha da puta!” “Polícia” (1997), p/
Sepultura. █ “Jesus Built My Hotrod” (1991), p/
Ministry. “Soon I
discovered that this rock thing was true / Jesus was the devil / All of a
sudden, I found myself in love with the world / So there was only one thing
that I could do / Was ding a ding dang my dang a long ling long.” “Este
clássico do speed metal apresenta os vocais de um muito
bêbedo e desnorteado Gibby Haynes, dos Butthole Surfers. Quando ele estava em
Chicago para a sua primeira tournée Lollapalooza, Al Jourgensen dos Ministry
trouxe-o para acrescentar os vocais nesta canção. Jourgensen disse: «Gibby
chegou bêbedo que nem um cacho. Ele nem conseguia sentar-se no banco, muito
menos cantar. Quero dizer, ele estava arrumado. Caiu do banco umas dez vezes
durante a gravação desses vocais. Não dizia coisa com coisa, era só
algaraviada. Então, passei duas semanas a editar a gravação do que ele fez,
achando que mesmo assim era melhor do que eu estava a pensar fazer com a canção».”
“Os Ministry tinham assinado com a Warner Bros. Records, que cometeu o erro de
lhes passar para a mão 750 000 dólares para fazerem um álbum. «Nós, claro,
chutamos e snifamos tudo, e não tínhamos uma única canção em troca», conta
Jourgensen. Com o orçamento estoirado, a banda tinha apenas esta canção para
mostrar – e nem tinha vocais. «Não sabia que fazer com esta canção. Porque era
uma batida louca 5-4-7-4», disse o líder dos Ministry. Depois de trazerem o
Gibby para colocar os vocais, tinham uma canção completa, mas nada mais para o
álbum. A editora teve de tomar uma decisão. Disse Jourgensen: «Comunicámos à
Warner Bros. que eles tinham de resolver se queriam dobrar a parada e dar-nos
outros 750 000 paus ou se queriam cancelar o projeto todo. Estilo,
verem-se livres destes tipos, eles são uns inúteis. Porque nós éramos. Éramos
uns inúteis. Então, arrotaram a massa e lançaram ‘Jesus Built My Hotrod’, que
até hoje é o single mais vendido na
história da Warner Bros. Mas eles tiveram de fazê-lo para recuperar o dinheiro,
porque já tinham apostado cerca de milhão e meio em nós. E tínhamos uma canção.
Concluindo, finalmente recompusemo-nos e criámos um álbum. Mas a primeira
canção foi um perfeito acidente. Isto mostra o poder das editoras, porque elas
odiavam-nos. Eram tipo, o que é isto? Isto é estupido. Pensei que contratáramos
os Ministry, em vez disso, temos este bing a bang
a bong bing bing bing bing, sabe, cena hillbilly. E odiavam isso. Mas, para surpresa, começou a
vender. Porque foi lançada cerca de seis meses antes de o álbum estar
terminado. Começaram a vender como single,
porque tentavam recuperar o dinheiro com qualquer coisa, eles achavam que não
iam conseguir mais nada de nós, o álbum ‘Psalm 69: The Way to
Succeed and the Way to Suck Eggs’, então editaram ‘Jesus Built My Hotrod’ com o
Gibby, completamente pateta, a dizer merdas, apenas a gritar para o micro e a
cair da cadeira. E venderam. Venderam tipo 14 milhões de discos ou algo assim.
E então entraram com a massa e fomos capazes de terminar o disco. Sabíamos que
não podíamos chutar o resto do orçamento, então fomos lá, arregaçámos as
mangas, não só para chutar, mas também para trabalhar, e terminámos o álbum».”
█ “Institutionalized” (1983), p/
Suicidal Tendencies. “She goes, «No, you’re on
drugs!» / I go, «Mom, I’m okay, I’m just thinking.» / She goes, «No, you're not
thinking, you're on drugs! // Normal people don't act in that way!» / I go,
«Mom, just give me a Pepsi please / All I want is a Pepsi». / And she wouldn't
give it to me! / All I wanted was a Pepsi! / Just one Pepsi! / And she wouldn't
give it to me! / Just a Pepsi!” “Louichi Mayorga: «Sim, eu escrevi a música,
foi a minha primeira contribuição para a banda… escrevi-a aos pés da cama».” Letra de
Mike Muir. “Muir disse: «Passe
a analogia das camadas da cebola do Shrek, mas há muitos níveis diferentes
nela. Primeiro, foram cenas que aconteceram especificamente a um par de amigos
meus. E depois, na época, havia muitos desses – não sei como lhe chamam –
acampamentos, em que os pais levantavam os filhos às quatro da manhã e
enviavam-nos para estes campos no Arizona ou Idaho ou onde quer que seja. A
forma como eu via isso e o que pensava era que, aqui estão pessoas que foram
pais por 14 ou 15 anos, não podem gabar os filhos em festas, logo deve haver algo
errado com o miúdo. Então despacham-nos e tal. Costumava haver anúncios: O seu
filho irrita-se quando as coisas não lhe correm bem? Eles fazem isto e aquilo?
Se responder sim a três ou mais destas, eles podem ter problemas de droga ou
alcoolismo. E você não está só, nós podemos ajudar. E eu pensava, Meu, nunca
tomei drogas, não bebo, e sim, fico com raiva quando as coisas não me correm
bem. É chamado ser humano. Não sou uma máquina. Acho que é um bode expiatório
fácil os miúdos serem o problema. Acho que muitas vezes era falta de aptidão
parental e tempo. Acontece e é uma coisa intemporal, haverá sempre um fosso
geracional, por assim dizer.»” “O videoclip foi um dos primeiros, de uma banda
de hardcore, a obter significativa exibição
na MTV. Realizado por Bill Fishman, mostra Muir queixando-se dos pais. O pai no
vídeo é interpretado Jack Nance, que entrou na série «Twins Peaks» e também
aparece nos filmes de David Lynch, «Eraserhead» [sob o
título local «No céu tudo é perfeito» estreado sexta-feira, 8 de julho de 1994
no cinema Medeia Nimas] e «Blue Velvet» [estreado
sexta-feira, 29 de maio de 1987 nos cinemas Alfa sala 1, Amoreiras sala 1,
Mundial sala 1, Tivoli, Castil e Fonte Nova sala 3]. A mãe no vídeo foi
interpretada por Mary Woronov, cujo palmarés inclui «The Lady in Red»
[estreado sexta-feira, 16 de novembro de 1984 no Condes] e «Warlock» [sob
o título local «Sortilégio» estreado sexta-feira, 24 de novembro de 1989 no Éden, Império,
Alfa sala 3 e Amoreiras sala 1].” █ “Time Bomb” (1995), p/
Rancid. “Esta canção foi escrita num estilo ska / dub semelhante ao dos Operation Ivy, banda na
qual o vocalista dos Rancid, Tim Armstrong e o baixista Matt Freeman
tocaram no final dos anos 80. A letra, o primeiro verso - «If you wanna make a
move then you better come in» - foi tirado de outra canção dos Rancid chamada «Motorcycle Ride», do álbum
de 1994, «Let’s Go». A canção é um caso clássico de dissonância lírica,
descrevendo um rapaz que vive uma vida de crime (provavelmente traficante de
drogas) e é morto por um rival no fim.”
█ “Too Much Too Young” (1980), p/
The Specials. “Conta a história de uma mãe
adolescente. É baseada numa canção de Lloyd Charmers chamada «Birth Control», de 1969.
O teclista dos Specials, Jerry Dammers, acelerou o ritmo e atualizou as
palavras. Dammers contou a história da canção numa entrevista a Annie Othen,
no programa de radio da BBC, «Coventry and Warwickshire»: «Não consigo lembrar-me,
claro, sobre o que era a canção… Eu quase tive uma cena com uma mulher casada
e, no fim, não aconteceu – obviamente, porque ela era casada – então, havia
todo o tipo de raiva e frustração de um jovem. A canção teve uma espécie de
final feliz, porque ambos afastámo-nos, por consideração ao filho».” “Às
vezes, afirma-se erroneamente, que a canção foi banida pela BBC, devido a
menções de contraceção na letra, o que não é verdade. Contudo, quando o vídeo
promocional foi apresentado no «Top of the Pops», cortaram-no antes de chegar
ao verso final, «tenta usar uma camisa-de-vénus».” [3] █ “Mirror
In The Bathroom” (1980), p/ The Beat.
“Escrita pelo vocalista e guitarrista Dave Wakeling. Ele contou a história da
canção: «Eu trabalhava nas obras na altura, e era inverno. Tinha-me esquecido
de pendurar as jeans para secar durante a noite, assim, quando entro na casa de
banho para tomar um duche, reparei que as jeans ainda estavam no chão,
ensopadas, cobertas de terra. Então pendurei-as, pensando, bem, provavelmente é
melhor tê-las aquecidas pelo vapor e molhadas. Fui fazer a barba, nevava, e eu
não queria mesmo nada ir bulir. Então comecei a falar comigo próprio ao espelho
enquanto me barbeava. E era estranho, porque olhava mais para o fundo do espelho,
e podia ver a pequena legenda na porta atrás, e disse para mim mesmo, Olha,
David, só estou eu e tu aqui. A porta está trancada. Não temos que ir
trabalhar. Claro que temos. Peguei na moto, e comecei a matutar enquanto
patinava para o estaleiro das obras, nessa moto. E foi assim que começou.
Estava a pensar como o egocentrismo se transforma em narcisismo e como o
narcisismo se transforma em isolamento, e como o isolamento se transforma em
egocentrismo outra vez, e como isso se pode tornar um ciclo vicioso. Então
comecei a pensar em várias situações em que as pessoas, aparentemente, pareciam
estar a fazer alguma coisa, mas na verdade estavam a verificar o seu reflexo. E
você veria isso, talvez, no sábado à tarde, com a s pessoas a ver as montras,
metade do tempo elas estão apenas a olhar para o seu reflexo. Depois, abriu um
restaurante, e foi uma grande novidade na altura porque tinha mesas de vidro, e
eu era tipo, oh, podemos ver-nos a nós próprios.” “Esta canção é muitas vezes
mal interpretada como sendo sobre cocaína, que é geralmente consumida em
espelhos levados para a casa de banho. A canção não tem nada a ver com drogas,
como explica Wakeling: «Na América, no início dos anos 80, toda a gente
fazia-me piscadelas de olho cúmplices e dizia, Oh, eu sei sobre o que é essa,
Dave. E não era de todo esse espelho na casa de banho, era aquele na parede, e
não aquele nos joelhos. E, de forma bizarra, as canções podem tornar-se, não
obstante, estranhamente proféticas. Mas com certeza, na altura da composição,
ninguém tinha dinheiro nem acesso a cocaína… até que a canção saísse».” █ “M.A.D.” ♫ “Jean Luc ecoutez-moi” (1991), p/
Zirkus Maximus. “Naturais da
Azambuja, os Zirkus Maximus foram um projeto que apareceu e desapareceu num
ápice, tendo esse facto sido realmente lamentável pois eram criadores de uma
sonoridade complexa e dançável que, na altura em que surgiram, mais ninguém
praticava com a sua competência e vigor. Para quem viveu aquela época pôde com
certeza vê-los num promo-clip de
«M.A.D.» que foi transmitido múltiplas vezes no programa televisivo «Pop-Off».
Vivia-se a ressaca de uma época de música pop-rock
britânica assente na dança e em bandas como EMF ou Jesus Jones. E estes
pareciam ter encontrado, à sua medida, sucessores em Portugal. Participaram no
1.º Concurso Anual de Musica Moderna da Câmara Municipal de Lisboa, realizado
no Johnny Guitar, onde foram injustamente afastados da final [4], e no 1.º Concurso de Música Moderna de Braga onde
causaram muito boa impressão. Contribuíram com um tema, «Jean Luc», para a compilação
«Distorção
Caleidoscópica» da MTM e deixaram de dar sinais de vida. A banda era
constituída por Sónia (voz), Marco (guitarra, voz) e mais dois elementos cujos
nomes desconheço.” [5]
____________________
[1] A mulher
russa não tem os complexos das inglesas. Kristina-Nastya – Nastya, 1,75 m, 53 kg, 85-64-91, sapatos 40,
nascida a 12 de dezembro de 1984, em Potsdam. Site: {The
Nude}. – Kristina, 1,65 m, 52 kg, 90-60-93, sapatos 38,
nascida a 19 de janeiro de 1985, na região de Chernigovskaya. Site: {The Nude}. {hqcollect} {jeuneart}. “Estas
raparigas não são gémeas, nem irmãs, mas não estão um único segundo longe uma
da outra. Elas são diferentes e nada parecidas uma com a outra, mas o terno
amor verdadeiro une-as. Elas saem com rapazes e durante o dia da sessão
fotográfica, o telefone da Kristina aborreceu bastante o Grig. Estes diabretes
precisam dos homens apenas para fazer pouco deles, para as sustentar e ajudar a
passar um bom bocado juntas. Nastya é muito severa, inexpugnável, um pouco
autoritária e fria. Kristina é a sua perfeita antítese – viva como um furão,
meiga, apaixonada, sexual e às vezes bastante bruta. Durante vários dias
Valentina e Grig certificaram-se do seu amor sincero de uma pela outra. As
modelos disseram que era a sua imagem, que usavam para as sessões fotográficas,
mas o Grig não acreditou nelas e confirmou o seu palpite. Os seus fogosos e
apaixonados beijos, o interesse sincero de uma pela outra, não deu hipótese ao
fotógrafo de duvidar do seu raciocínio. Kristina veio para a sessão no seu
maravilhoso carro. Até que ela vestiu o roupão, Grig estava espantado com a sua
pequena estatura, e a impressionante altura da sua namorada. No início, as
raparigas lembraram-lhe um par cómico dos anos 60 – Plug e Tarapun'ka. Mas,
mais tarde, esta sensação suavizou-se, porque Nastya estava sempre por baixo e
Kristina acabou por estar sempre por cima. Galitsin ficou encantado com as
modelos e nunca se arrependeu do seu encontro. Nastya e Kristina são
personalidades bastante famosas no mundo da passagem de modelos de Moscovo.
Ambas estudam na prestigiada universidade. O seu intelecto é inimitável.
Erudição e confiança enchem-lhes os olhos e elas sem dúvida conhecem o seu
próprio valor. Grig descobriu o conhecimento perfeito das raparigas do calão
AME e começou a usá-lo nos vídeos. (…). Por vezes, as modelos trabalhavam em
linhas de vídeo eróticas. Era uma forma simples de entretenimento para Nastya e
Kristina, mas o seu calão era incrível. Galitsin tentou juntar Dunyasha a este
afetuoso casal, mas ela parecia uma parola. As nossas encantadoras raparigas
têm reputação de cabras, mas não mostraram as garras a Grig.” Entrevista: P: “Quais
pensam que são os vossos melhores atributos?”, Kristina: “O cabelo.” Nastya:
“Os olhos.” P: “Cor favorita?”; R: “Nós gostamos de cor-de-rosa.” P: “Programas
de TV favoritos, lista de nomes”, R: “Você é uma supermodelo.” P:
“Livros favoritos, lista de títulos”, R: “Kamasutra.” P: “Filmes favoritos,
lista de títulos”, Kristina: “Oh, Women, Tinto Brass.” Nastya: “Red Hat por Grigori
Galitsin” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, Kristina: “World of Nudest
Nudist.” Nastya: “Cosmo.” P: “Música favorita, lista de títulos”, R: “Pop, disco.”
P: “Altura favorita do dia, porquê?”, R: “A noite – gostamos de dançar em
discotecas.” P: “Qual é a vossa formação? Curso?”, R: “Estudantes. Universidade
de gestão.” P: “Falam outras línguas? Se assim for, digam algo nessa língua”,
R: “Inglês.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, R: “Gostamos
da vida ativa, indo a discotecas, cinemas…” P: “Quais foram os locais que
visitaram?”, R: “EUA, França, Alemanha.” P: “Qual é o vosso feriado preferido?
(Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, R: “O dia internacional
da mulher.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, R: “Gostamos de comida
chinesa.” P: “Qual é o vosso carro de sonho?”, Kristina: “Já tenho o meu carro
de sonho, Mercedes.” Nastya: “Não sonho com um carro.” P: “Qual é o vosso
emprego de sonho?”, P: “Passar modelos.” P: “Descrevam o vosso lugar favorito
para fazer compras”, R: “Gostamos de nos vestir em lojas boas e caras.” P:
“Assistem a desporto, se sim, quais são as vossas equipas favoritas?”, R: “Não.”
P: “Quais são os vossos passatempos?”, R: “Caçar homens.” P: “Preferência de
bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, R: “Champanhe.” P: “Têm algum animal de
estimação?”, R: “Não.” P: “Estado civil?”, R: “Solteiras.” P: “O meu pior
hábito é…”, R: “Provocar raparigas.” P: “A única coisa que não suporto é…”, R:
“Mulherengos.” P: “Que animal melhor descreve a vossa personalidade e porquê?”,
R: “Coelhos.” P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam que eu era…”,
R: “Desmioladas.” P: “Como é que descontraem ou passam o vosso tempo livre?”,
R: “Ir a discotecas.” P: “Qual foi o momento mais feliz da vossa vida?”, R:
“Quando finalmente nos encontrámos.” P: “Quais são as vossas esperanças e
sonhos”, R: “Que o nosso amor nunca acabe.” P: “O melhor conselho que já me
deram foi…”, P: “Posar nua.” P: “O pior conselho que me deram…”, R:
“Separarmo-nos.” P: “Que tipo de cuecas usam, se algumas”, R: “Não usamos
nenhumas.” P: “O tamanho importa? Qual é a vossa medida ideal?”, Kristina: “O
dedo da minha miúda.” Nastya: “A língua da Kristina.” P: “Descreve a tua
primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Kristina: “A
minha primeira vez com uma rapariga foi quando eu tinha 14 anos. E percebi que
as raparigas são muito melhores que os rapazes.” P: “O que vos excita?”, R:
“Excitamos uma à outra, principalmente.” P: “O que vos desliga?”, R: “O chico.”
P: “O que vos faz sentir mais desejadas?”, R: “A rata húmida da minha miúda.”
P: “Melhor maneira de vos dar um orgasmo”, R: “Lamber as nossas ratas.” P:
“Masturbam-se? Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, R: “Oh, sim!”
P: “Qual foi o vosso primeiro fetiche, se algum?”, Nastya: “Meias.” Kristina:
“Cobertura de chocolate.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em que
fizeram sexo? Ou onde gostariam que fosse?”, R: “No elevador parado.” P:
“Posição sexual favorita, porquê?”, R: “69.” P: “Descrevam um dia típico da
vossa vida”, R: “Levantamo-nos e vamos fazer xixi. Depois, lavamo-nos e damos
comida uma à outra… E mais tarde desfrutamos o dia estando juntas.” P: “Têm
alguma curiosidade sexual que gostassem de explorar ou tivessem explorado? Por
favor, descrevam com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.) ”, R:
“Rapariga / rapariga.” P: “Descrevam em detalhe a vossa fantasia sexual
favorita”, R: “Gostaríamos fazer sexo e filmá-lo. E passar o dia todo a ver a
cassete.” P: “Se pudessem ser fotografadas de qualquer forma, em qualquer
cenário, qual escolhiam? O que vos faria sentir mais desejadas, mais
sensuais?), R: “Gostaríamos de ter fotografias tais que nos tornassem
mundialmente famosas. Para todos nos amarem.” Obra cinematográfica:
{“Naked
Supper” + Dunyasha} ѽ {“Doxy
in Hotel Sovietsky
Apartment”
+ Dunyasha}.
[2] «O André
gostava muito de arte, achou que valia a pena. Eu sempre dei importância para
essa coisa da capa, de colaborar com o sentido da música que está lá dentro, de
dialogar, batalhei por isso», diz Britto, que foi quem teve a ideia de colocar
dois desenhos de Leonardo da Vinci na capa e na
contracapa. «Eu tinha esse livro de esboços do da Vinci, eu havia estudado
artes plásticas, achei do caralho e comentei com o Branco. Quando fui tentar
fazer, ver se era viável, pela cópia do livro, vi que ficava meio granulado. Um
amigo do meu pai, que vivia na Europa, mandou o acetato para a gente, do
Louvre, e deu certo». “A prisão de Bellotto e Arnaldo [em novembro de 1985, Bellotto
por posse de heroína, Arnaldo por posse e tráfico] rendeu mais do que uma
sonoridade mais agressiva. Uma das músicas foi meio que uma resposta do
guitarrista para o episódio. Um dos maiores hits
da banda, «Polícia» quase não entrou no disco porque ninguém enxergou potencial
nela num primeiro momento. «Eu não canto nos Titãs. Quando apresentei «Polícia»
para a banda, nenhum dos vocalistas se apresentou para cantar. Eu tinha
imaginado o Paulo [Miklos] cantando, mas ele preferiu «Estado violência». Aí grilou
o Britto o facto de ele só estar cantando duas músicas, e ele acabou
escolhendo-a”, diz Bellotto, autor do hit. «Ninguém
queria cantar. Quando o Tony mostrou a música, mostrou no violão, ela não
parecia ser aquilo que na verdade era. A gente pode se enganar, acho que não
estávamos com os olhos abertos para ver suas virtudes», diz Britto. Até na hora
de registrar a voz, «Polícia» acabou meio que deixada em segundo plano. «Tive
pouco tempo para gravar. Passei a voz, chequei o microfone e cantei. Fiquei
meio puto, irritado, porque quando chegou a minha vez tive só três minutos». Britto
também ficou incomodado porque colocou a voz na música enquanto Liminha
conversava sobre pesca submarina com o vocalista da Blitz, Evandro Mesquita,
que visitava o estúdio Nas Nuvens naquele dia. «Parecia que ele não estava se
importando muito, por isso acho que cantei com mais raiva». O resultado é o que
ficou para a história.”
[3] “Man at C&A” (1980), p/ The Specials, incluída no segundo album “More Specials” lançado em outubro de 1980 | “Man at C&A” (2011), p/
Anaal Nathrakh, para a série flexi-disc da revista Decibel.
[4] Classificação:
1.º lugar Plopoplot
Pot; 2.º Tina
and the Top Ten; 3.º ex-áqueo Valdez e as Piranhas Douradas e Entre Aspas.
[5] Um belo
loiro dos anos 80, talvez, com futuro. Sábado, 1 de outubro de 1983. Diário de
Lisboa. “É
alto, belo, loiro. Tudo em que toca transforma-se em ouro. Aos trinta e sete
anos Donald Trump, que constrói os imoveis mais caros de Nova Iorque, é o novo
menino-prodígio do business. Como
muitos dos seus pares, a modéstia não é o seu forte e, se já não se arvora as
atitudes dos vinte anos, no deixa por isso de adorar fazer-se fotografar
apoiado num dos gigantescos T em bronze dourado, que ornamentam o hall de entada da sua última criação: a
Trump Tower. A Trump Tower, no ângulo da 5.ª avenida com a 56.ª rua, é
Hollywood em Nova Iorque, o castelo de «Citizen Kane» para o homem da rua e a
prova de que, apesar da recessão económica, há ainda público para a América das
lendas: ostentadora, barroca, plena de mau gosto e de falsa glória, cómica,
soberba e vagamente aterradora. Os sessenta e oito andares de vidro cobreado da
Torre Trump não são para toda a gente: os duzentos e sessenta e três
apartamentos que abrigam, vendem-se pelo preço médio de um milhão de dólares (120
mil contos). Mas os cinco andares do Atrium, o centro comercial vertical que
ocupa a base da Torre, oferecem-se à admiração do vulgar cidadão, circulando
por ali com aquela expressão incrédula própria dos visitantes de Versalhes ou do
museu do Kremlin. O Atrium foi construído em mármore italiano pormenor
acentuado nos folhetos de propaganda. Entra-se passando sob o olhar indiferente
de dois porteiros coma aparência de terem sido recrutados entre os Harlem Globe Trotters,
trajando, no inverno, um uniforme muito semelhante ao dos guardas do palácio de
Buckingham e, no verão, o capacete colonial do antigo exército inglês no Egito.
Uma bateria de escadas rolantes, com rampas de cobre, conduz através de uma
cascata ruidosa, a boutiques exibindo
os mais prestigiados nomes do luxo internacional: Gucci, de Roma, Loewe, de
Madrid, Charles Jourdan e Cartier, de Paris, Ludwig Beck, de Munique, Asprey,
de Londres, Lina Lee, de Beverly Hills. As rendas anuais escalonam-se entre os
250 mil e os 400 dólares (30 mil a 56 mil escudos) por pé quadrado (um metro
quadrado equivale a 11 pés quadrados), mais uns 10 % do valor das vendas, ou
seja, o triplo do preço normal de uma boutique
nova-iorquina. Há de tudo no Atrium: blusões em couro forrados de seda Made in Italy por 360 contos e chinelos
em lã bávara marcados a 4 mil e 200 escudos o par, sapatos em de piton a 48
contos e borboletas gigantes (quem usará tais joias?) em pedras preciosas o
joalheiro italiano Bucellati.
Por
um preço módico, pode almoçar uma «pequena» sanduiche verde e vermelha
imaginada chez Dino de Laurentiis e
um cappuccino que, sem ser o melhor de Nova Iorque – esse é o serviço na ONU –,
é, mês mesmo assim, decente. Com o dispêndio destes 5,35 dólares (à volta dos
650$00), pudemos sentar-nos confortavelmente, vendo passar gente bela do muno,
a par de outros menos belos, ou escutar os sons harmoniosos lançados por um
pianista e um violoncelista, em smoking,
desafiando os êxitos do presente e do passado, do grande e do pequeno écran,
algumas vezes entrecortados por uma valsa vienense. Não de rock ou de disco: estamos
entre gente civilizada. Mas como, apesar de tudo, estamos em Nova Iorque, onde
a franqueza é timbre, a «Serenade», da Torre Trump, atrai todos os dias um bom
público de terceira idade à procura dos «relents» do Café Mozart. O Atrium,
primeiro centro comercial vertical, vai sem dúvida fazer escola nas cidades
americanas: economiza no preço do terreno, cada vez mais proibitivo, e é fácil
de vigiar com alguns homens d segurança, colocados em locais estratégicos, walkie-talkie na mão.
Donald
Trump – nome predestinado, tanto podendo significar «sacana» como «amigalhaço»
- habita, na sua Torre, num apartamento triplex, com a sua mulher Ivana, antigo
manequim e campeã de ski, de origem austro-checa, e os seus três filhos. Afirma
ter construído a «morada mais elegante de Nova Iorque», destinada aos
provincianos ricos e aos estrangeiros – os emires são raros mas sobram,
valha-nos Deus, suficientes europeus inquietos com a crescente ameaça do
«perigo vermelho». Para estes, impossibilitados de investir um milhão de
dólares num apartamento – mais as taxas mensais que se devem aproximar da
centésima parte do preço de compra – Donald Trump propõe a Trump Plazza, na 3.ª
avenida, com apartamentos a partir dos 250 mil dólares (30 mil contos). Há três
anos, construiu o Hotel Hyatt, cujos mil e quatrocentos luxuosos quartos se
projetam sobre a Great Central, dando um pouco de lustre a um bairro em
decadência. Agora tem um novo projeto imenso: a construção do maior hotel e do
maior casino do mundo em Atlantic City, o Estoril nova-iorquino dos anos 30,
abandonada aos pequenos comerciantes depois da guerra, mas em pleno
renascimento desde que, há quatro anos, se autorizou a abertura da primeira
sala de jogo.
Uma
pequena beliscadura na lenda durada: Donald Trump não é um verdadeiro self made
man. O seu pai, Fred, já era construtor civil. Um bem modesto empreendedor
ao pé do filho, apesar de haver acumulado 40 milhões de dólares, obtidos na
construção de apartamentos em Brooklyn e Queens. Fred e Mary Trump educaram os
seus cinco filhos dentro da mais estrita ética protestante: trabalho, lealdade
para com a família e os amigos, e, sobretudo, esse intraduzível positive thinking (qualquer coisa como
otimismo, confiança no futuro). Depois dos estudos secundários na escola
militar de Cornwall-on-Hudson (o papá Trump acreditava numa educação espartana
para os seus filhos), Donald Trump atravessou a juventude como playboy. Desportivo, arrogante, seguro
de si, sabia além disso ser encantador quando era necessário, possuindo um
favor especial para os negócios. «A minha sorte, gosta de repetir num tom de
falsa modéstia, foi começar a comprar terrenos em Nova Iorque quando a
desconfiança assolava o mercado. Soube comprar, é tudo». Hoje, vale mil milhões
de dólares. As suas secretárias tratam-no por Donald, mas Donald não confia em
ninguém. Trabalha com uma pequena equipa e decide sozinho. Os bancos parecem
não ser capazes de lhe recusar seja o que for e ele é uma espécie de génio a
esgrimir com o fisco. Tubarão, lobo solitário? Sem dúvida. Mas tem verdadeiros
amigos e, como todos os homens de ação, guarda sempre algumas cartas na manga:
ajudou a financiar a campanha de Ronald Reagan e já foi convidado da Casa
Branca. O que não o impede de manter as melhores relações com a estado-maior
democrata de Nova Iorque, do qual o seu pai foi em tempos um dos pilares. Até
onde irá Donald Trump?”
9 Comments:
At 6:24 da manhã, Táxi Pluvioso said…
22.º post de 1984, mês de setembro, com uma introdução a Fátima Bonifácio para me lembrar quão originais são as nossas elites intelectuais, não se limitam a reproduzir baboseiras que flutuam no ar, pesquisam no fundo da mente para a mais bela novidade, assim ainda batemos os americanos ou os ingleses.
Nesse mês a UNITA liberta prisioneiros lusos; Arnaldo de Matos falou depois de dois meses calado; reabriu o Nicola depois de obras (o Bocage não apareceu); Angola preparava a retirada dos cubanos; doenças intestinais no Algarve afugentam turistas; os operados turísticos ingleses vão à falência, numa boa demonstração de capitalismo bom, a concorrência levou-os a baixar os preços até ao prejuízo; há um atentado à embaixada americana em Beirute; em Portugal, os salários descem as exportações aumentam; e uma nova moda possui os jovens lusos: o breakdance. A frase do título vem da reação da bófia ao fenómeno.
At 11:57 da manhã, Anónimo said…
O Arnaldo é o único intelectual púbico que merece alguma consideração e cuja voz jamais deve ser silenciada.
Táxi, voltei ao roque enrola, via Alice Cooper/Gato:
https://www.youtube.com/watch?v=z4DQwcPtkE8
At 2:00 da tarde, São said…
Fátima Bonifácio, porque não segue o sábio conselho do seu adorado Passos e vai até ao estrangeiro, ficando nós em paz ? E ,já agora, pode levar comitiva.
A propósito dos operadores turísticos, então a companhia inglesa de aviação deixa as pessoas em terra, declarando falência?? Por acaso, os prejuizos funcionam como os vulcões e os tremores de terra?! Aparecem assim sem aviso levando tudo à frente??
Cheira-me a fraude!
Bom Outubro.
At 11:44 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São:
A Bonifácio ficará sem o líder, mais uma viúva que pastoreará na nossa Cultura. Houve as viúvas de Santana, as viúvas de Sócrates, agora as viúvas de Passos, a viuvez alastra e não há quem seque as lágrimas das nossas carpideiras.
Se a saída de cena de Passos implicar também o desaparecimento de Hugo Soares, acho muito mal. Tenho grandes esperanças nesse líder. Isto obriga-me a transcrever, em alta poeiras, a grande vitória da lista dos mortos de Pedrogão, senão, dentro de uma semana já ninguém sabe quem é Hugo Soares. É o risco da História viva, dentro de cinco minutos, já ninguém se lembra.
Esta coisa de aviação low-cost sempre me cheirou a fraude. Transportar pessoas como gado, (elas são de facto gado, mas há que ter uma certa contenção, em nome da boa educação), só pode dar mau resultado. A Monarch faliu, e a Ryanair deixa as pessoas em terra pelas péssimas condições de trabalho que oferece, e os pilotos deram o pino. Li um artigo sobre essas condições num jornal qualquer, até raspadinhas são obrigados a vender a bordo, porque o pessoal de cabine tem que cumprir um certo valor de vendas ou está tramado. Nem acreditei quando li aquilo.
At 11:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
O que eu gostava do Alice, deve ter sido um dos meus primeiros ídolos, nem sabia se era homem ou mulher, e fazia-me muita confusão um nome feminino numa voz masculina. Naquela altura não havia internet, nem os jornais ligavam a esses géneros de música.
Faço notar, no post, na secção televisão, na nota 2, um filme sobre a exigente vida universitária, mas o que eu quero sublinhar é as atrizes, checas, trabalharem todas num serviço de acompanhantes, misturando arte e vida. Não sei que será um serviço de acompanhantes, mas tenho a certeza que é um sítio para onde telefonamos quando temos um problema, como a diferença do empirismo em Hume e Berkeley ou os temas dos prémios Nobel do ano em curso, e eles mandam uma gaja versada para nós discutirmos numa esplanada ou num restaurante, e fazer inveja aos outros com a elevação da conversa.
Com o avanço tecnológico vamos usar como comando o busto de Lenine que todos os lares têm na sala, ou o livro de Chagas que por hábito temos no coffee table.
Se vão começar a atacar a arte, a representação da copulação de uma forma abstrata, está na altura de pegar em armas.
Faz lembrar o vídeo da estudante universitária abusada por um macho que o CM viu.
Será possível tirar o escalpe a um careca?
Fogo, sustentar esta maltosa toda nem o Ronaldo com a sua fortuna.
At 1:17 da manhã, São said…
Talvez seja conveniente alguém abrir um negócio de crepes de viuvez, porque como dizes as viúvas políticas alastram a uma velocidade supersónica.
Coelho deixou coelhinhos: essa inteligência rara que é Hugo Soares, Montenegro e André Ventura.
Nem quero imaginar o que nos espera!!!
Eu nunca achei piada a essa estória low-cost ; ficar a não sei quantos quilómetros da cidade que se pretende e pagar para ir para lá, por vezes, mais do que a viagem de avião não me parece algo desejável, mas as pessoas lá sabem.
E à custa da exploração do pessoal ainda menos : estamos ao nível das t-shirts e outras coisas baratissimas porque no Oriente trabalham quase(ou mesmo) em regime de escravatura.
Tudo de bom e feriado agradável
At 10:29 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São:
Não há dúvida, a viuvez política é uma epidemia mundial. Não se aplica, nas terras de Viriato, só aos machos alfa (quando desaparecem), mas também aos beta, gama, delta, e até aos teta como Montenegro e Paulo Rangel, que rebentaram os diques das lagrimas quando decidiram não candidatar-se ao supino cargo de social-democrata-mor. Já Rui Rio será um chi, para perder as eleições para o Costa mas, esperam os moderados, que vença nas de dois mil e troca o passo.
André Ventura não é bem passista, apenas recebeu a bênção do líder quando os ratos saltaram fora do navio, dita Assunção Cristas, (que anda inchada de orgulho por ser líder da oposição, num belo truque de ilusão – festejar muito Lisboa, para ninguém se lembrar que, a nível nacional, ficou pior que Portas), quando o André andou a falar da ciganada, não disse mentira nenhuma, e o povo votou nele. Aliás, eu atribuo o racismo aos antirracistas, que se agarram ao Twitter e Facebook e não fazem nada para promover a inclusão. Às vezes vejo a ciganada na paragem, eu sei que a maior parte vai entrar sem pagar (se forem crianças, então não paga nenhuma), o motorista sabe muito melhor do que eu, pois anda ali todos os dias, obviamente, fingirá que não viu nada, tem família, e anda todos os dias naquela carreira e sabe que se fizer ondas tem uma espera no dia seguinte. Mas o que me choca, são as pessoas antirracistas, que se indignam, que não estereotipam, que defendem direitos, não se chegarem à frente e dizerem aos ciganos que não devem fazer aquilo e blá blá… ensinar a cidadania para a inclusão blá blá...
Temos um bom líder europeu, Mariano Rajoy. Com a sua atitude de direita (corrente política com grandes e bons lideres como Hitler, Franco, Pinochet…) precipitou uma situação evitável. Sei que agora os políticos pelam-se de medo pelas consultas populares não combinadas, - aquelas em que o arco da governação pode perder -, o brexit foi um grande susto, mas se ele autorizasse o referendo, quase de certeza o eleitorado votaria contra a independência, como sucedeu na Escócia. Muito fogo-de-vista, mas depois, na hora da verdade, as pessoas não ariscam, ficam-se pelo que conhecem (Rajoy venceu as eleições, Passos venceu as eleições, Cameron venceu as eleições…). Vi, depois do referendo escocês, um rapaz na TV resumir tudo, ele até nem se importava com a independência, mas o seu namorado trabalhava numa multinacional e temia que o seu apaixonado ficasse no desemprego, e votou pelo seguro.
Boa semana (o regresso de Rui Rio e Santana Lopes encarregar-se-á de pôr bondade na semana).
At 10:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Epá, li em qualquer lado que vão expor a picareta que matou Trotsky. Em matéria de objetos pop temos muitos para museu: o pin de Passos, o colar de pérolas de Ferreira Leite, as jeans de Assunção Cristas, a toalha de Eusébio... Temos um país cheio de fazedores de opinião, quando precisávamos de fazedores de cultura para não se perder património.
At 6:52 da manhã, Free Online Sex Videos said…
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