NATO refere que decisão de invasão foi erro estratégico e que “Rússia pagará um preço elevado”
Os chefes de Estado e de Governo da NATO declararam hoje que
a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia “é um erro
estratégico pelo qual a Rússia pagará um preço elevado” económica e politicamente.
Num comunicado conjunto, divulgado após a reunião de hoje em
Bruxelas destinada a debater aquela que classificaram como “a mais grave ameaça
à segurança Euro-Atlântica em décadas”, os Estados-membros da Organização do
Tratado do Atlântico-Norte (NATO) condenaram “nos termos mais fortes possíveis”
a “invasão em larga escala da Ucrânia, facilitada pela Bielorrússia”, que teve
início na quinta-feira.
“Instamos a Rússia a cessar imediatamente a sua agressão
militar, a retirar todas as suas forças da Ucrânia e a recuar em relação ao
caminho de violência que escolheu”, lê-se no documento.
“Este ataque longamente planeado à Ucrânia, um país
independente, pacífico e democrático, é brutal e totalmente não-provocado e
injustificado. Lamentamos a trágica perda de vidas, o enorme sofrimento humano
e a destruição causados pelas ações da Rússia”, prosseguiram os dirigentes dos
Estados-membros da Aliança Atlântica, para quem “a paz no continente europeu
foi essencialmente destruída”.
Defendendo que “o mundo considerará a Rússia responsável,
bem como a Bielorrússia, pelas suas ações”, os chefes de Estado e de
Governo da NATO apelaram “a todos os Estados para condenarem sem reservas este
ataque inconcebível” e sublinharam que “ninguém deve deixar-se enganar pelo
chorrilho de mentiras do Governo russo”.
“A Rússia é a única responsável por este conflito: rejeitou
a via da diplomacia e do diálogo repetidamente proposta pela NATO e seus
aliados; violou os fundamentos do direito internacional, incluindo a Carta das
Nações Unidas” e “as suas ações são também uma flagrante rejeição dos
princípios consagrados na Ata Fundadora NATO-Rússia”, porque “foi a Rússia que
se afastou do compromisso assumido na Ata”.
“A decisão do Presidente Putin de atacar a Ucrânia é um
terrível erro estratégico, pelo qual a Rússia pagará um preço elevado, tanto
económica como politicamente, nos próximos anos”, lê-se no texto, que
precisa que “já foram impostas sanções em massa e sem precedentes à Rússia” e
que a NATO “continuará a
coordenar-se estreitamente com os atores relevantes e outras organizações
internacionais, incluindo a União Europeia”, indicando que, a convite do
secretário-geral, participaram na reunião de hoje representantes da Finlândia,
da Suécia e da União Europeia.
Fonte: Sapo24, 25 de fevereiro de 2022
Etiquetas: guerra américa rússia, nato
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