Nas
águas do bacalhau
A
classe política portuguesa, calhou sempre posta do meio, nada de rabo, nem
barbatana, nem cabeça, só postas altas. E costas largas, que entretecem os fios
da nação, enredouçando num ó-ó aquedado o futuro [1].
Muito justamente, suas decisões pelo povo ovacionadas não são julgadas neste
reino, rorejante de aguazis e tribunais, são atiradas para os “julgamentos da História”
[2]. Cavaco Silva, ministro das Finanças e do
Plano do VI Governo Constitucional, no dia 15 de janeiro de 1980, arenga o seu
primeiro discurso na Assembleia
da República com um colchete final: “a política económica do
governo não se caraterizará pela ausência de política, nem pela falta de
firmeza da sua condução. Exigem-no todos os portugueses para quem a austeridade
é uma dura vivência quotidiana, impõem-no as gerações futuras” [3]. A sua firmeza e rigor orçamental [4] rebuçar-se-ão pela campanha eleitoral permanente
do primeiro-ministro Sá Carneiro: 1980, dupla dose, eleições legislativas no
dia 5 de outubro e eleições presidenciais a 7 de Dezembro.
Na
democracia, a festa do voto festeja-se com bombons ao povo, Sá Carneiro
desbragava: “como resultou do último debate parlamentar, pela primeira vez em
Portugal, depois de 75, o salário real dos portugueses, ou seja o seu poder de compra,
ou seja o seu bem-estar, vai aumentar, não tanto como nós quereríamos, mas em 5
meses também não era difícil, não era fácil, que aumentássemos mais, mas vai
aumentar um pouco. Isto é aquilo que nós prometemos, não fazer em 5 meses ou em
8 meses aquilo que não se fez em 5 anos, mas começar a realizar concretamente,
falando pouco e trabalhando muito, e para isso termino as minhas declarações” [5]. O povo respondeu: voto! Maioria absoluta para a
Aliança Democrática (AD), um miscrado de partidos, Partido Social-Democrata (PSD)
de Sá Carneiro, Centro Democrático Social (CDS) de Freitas do Amaral e Partido
Popular Monárquico (PPM) de Gonçalo Ribeiro Teles, liados em 5 de julho de 1979
– coligação já vitoriada pelo povo nas eleições legislativas intercalares de 2
de dezembro desse ano, que espotricara para a política o professor e economista
Cavaco Silva: “era aí que estava a minha vocação, nunca me passando pela cabeça
que pudesse trocá-la pela vida política” [6].
Sá
Carneiro porfiava um domínio da direita na política portuguesa, governo e
presidente da República a
mesma cor, a mesma roupa interior, o mesmo parenético. Nos dias 20 - 22 de novembro
de 1980, em Bolonha, a petiz Maria Armanda cantava “Eu vi um sapo” e vencia o
Sequim de Ouro. No mês de dezembro, em Lisboa, engoliam-se sapos, isto é, os
petizes do berlinde despalhavam estratégias para as eleições presidenciais. PS
e MRPP são dedais, incondicionais verbais, do presidente e candidato a 2º mandato,
o general Ramalho Eanes. Álvaro Cunhal enfia uma agulha, um candidato próprio do
PCP: “Carlos Brito, dirigente destacado do nosso Partido, militante de muitos
anos, que passou o duro caminho da luta e da vida clandestina, das prisões, das
torturas, das condenações, não é um candidato à procura de promoção pessoal”. Depois
desenfia-a para achar no palheiro da candidatura de Eanes e “derrotar o
candidato da direita”. Sá Carneiro, no seu último tempo de antena:
“boa noite, aquilo que muitos pensavam impossível aconteceu o Partido Comunista
apoia oficialmente a eleição do general Ramalho Eanes”, o seu candidato, o
candidato da direita, era outro general, o general Soares Carneiro.
Na
Rádio Comercial, pelas 7 da matina, no “Ora Ora, Manhã Manhã”, a voz de Luís
Pereira de Sousa, animava: “como íamos dizendo, aqui estamos nós. Ora, ora, bom
dia. Aqui no dia 4 de dezembro de 1980, uma quinta-feira, quinta-feira feliz, a
27 dias apenas do final do ano, em vésperas de eleições, uma quinta-feira
agradável, venha connosco, amigo venha daí”. O Diário de Notícias noticiava:
“Portugal vai receber da CEE ajuda de 19,5 milhões de contos”; “NATO adverte União
Soviética contra intervenção na Polónia”. Um dia normal. Anoitece, pelas 21:29
horas, a RTP interrompe o 80º episódio da “Dona Xepa”, os minutos
arrastam-se, as agruras da laboriosa feirante não retornarão nessa noite, quando
a emissão retoma, Raul Durão, de gravata preta, anuncia: “Francisco Sá
Carneiro, primeiro-ministro de Portugal, faleceu há pouco mais de uma hora num
desastre de aviação. Na avioneta em que viajava Sá Carneiro seguiam também sua
mulher Snu Abecassis… aguardamos a todo o momento, aqui nos estúdios do Lumiar,
a presença do
prof. Freitas do Amaral, vice-primeiro-ministro…”, depois pespegaram-lhe com a
“Paixão segundo São Mateus”
de Johann Sebastian Bach, até que Freitas do Amaral, de cara assopeada,
bandeira nacional do lado direito, leu: “portugueses, num horrível acidente de
aviação…” [7]. O Cessna 421A
registo YV-314 P descolara do Aeroporto Internacional de Lisboa, com destino ao
Porto, minutos depois despenhava-se sobre uma casa em Camarate. Morreram
Sá Carneiro [8], primeiro-ministro
e notável cliente do restaurante Tavares rico, a sua amante Snu Abecassis, uma norueguesa,
dona da Dom Quixote, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa e a mulher Maria
Manuela Vaz Pires, o chefe de gabinete António Patrício Gouveia, e os dois
pilotos. Cavaco Silva retrataria Sá Carneiro em 2010: “dizia-se que ele, ele
antecipava os acontecimentos muito antes de eles, eles acontecerem. Tinha razão
antes do tempo, era a frase que se dizia”. Órfão político Cavaco Silva recusa
integrar a governo de Pinto Balsemão. Uma das suas últimas medidas será um aumento
de 5 escudos no preço dos combustíveis efetivo depois da meia-noite de 18 de
dezembro. A 9 de janeiro de 1981 demite-se para “regressar à vida profissional”,
enquanto, na verdade, ficará em muito ebulientes águas de bacalhau, maquinando
o seu regresso.
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[1] Cavaco Silva, visionário après la lettre, em 1978, avisava para o
esbanjamento pernicioso nas obras públicas aos molhos, pontes, estradas, cimento
e alcatrão que um primeiro-ministro, chamado Cavaco Silva, obrará nos finais de
80: “há programas que são ‘cinicamente’ financiados pelos governos, com o
objetivo de exibir o ‘interesse’ dos políticos na resolução de certos
problemas, embora saibam perfeitamente que são inoperantes para o efeito. Por
outro lado, quando os políticos realçam verdadeiros benefícios produzidos por
um projeto a cuja realização estão associados, procuram deixar na penumbra os
custos suportados, assim como as alternativas que foram rejeitadas, porventura
com maior benefício social líquido”. – Cavaco Silva, primeiro-ministro; o
ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral e o ministro das Finanças
Eduardo Catroga negociaram o acordo para a construção da ponte Vasco da Gama
com a Lusoponte. A empresa investiu 578 milhões de euros e, desde 1995, já
recebeu 364 milhões do Estado em indemnizações, e 746 milhões em receitas de
portagens dessa ponte mais aquelas cobradas na ex-ponte Salazar, o pospasto do
negócio.
[2] Em Portugal, nenhum
político age de má-fé, é incompetente ou simplesmente burro. Todos são
magníficos génios. Suas decisões geniais magníficas, muitos votos lhes
granjeiam, por elas nunca serão julgados, o povo crê que, virados muitos
séculos, um historiador lhes punirá com o opróbrio de uma má reputação. A
impunidade avalentoa-lhes a imaginação para coloridos rótulos para engulo popular
como a “descolonização
exemplar”. No livro “15 anos da História recente de Portugal (1970-1984)”
coordenado por F.A. Gonçalves Ferreira: “no dia 28 de dezembro de 1979, foi
apresentada na secretaria da Polícia Judiciária uma queixa por um grupo de 18
cidadãos portugueses por nascimento e na plenitude dos seus direitos legais,
encabeçado pelo general na reserva, Silvino Silvério Marques, e constituído por
militares, professores, jornalistas e outros profissionais, contra: Mário
Soares, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros; António de Almeida Santos,
que foi ministro da Coordenação Interterritorial; Ernesto Augusto de Melo
Antunes, que foi membro do Conselho de Estado e do Conselho da Revolução;
Francisco da Costa Gomes, que foi presidente da República; António Alva Rosa
Coutinho, que foi presidente da Junta Governativa de Angola; Vítor Manuel
Trigueiros Crespo, que foi alto-comissário em Moçambique; Otelo Nuno Romão
Saraiva de Carvalho, que foi comandante-adjunto do COPCON; Pires Veloso, que
foi alto-comissário em S. Tomé
e Príncipe; Vicente de Almeida d’Eça, que foi alto-comissário em Cabo Verde ; António da
Silva Cardoso, que foi alto-comissário em Angola; Leonel Cardoso, que foi alto-comissário
em Angola; os membros da Junta de Salvação nacional, que deram pareceres
favoráveis aos acordos da descolonização; os membros do Conselho de Estado, que
deram pareceres favoráveis aos mesmos acordos; os membros dos governos
provisórios que deram pareceres favoráveis aos mesmos acordos; os membros do
Conselho de Estado, autores da Lei Constitucional nº 7/74; outros indivíduos
que tivessem tido participação ativa nos factos criminosos que vão ser
denunciados. O crime imputado aos participantes é o previsto no artigo 141º do
Código Penal (intentar por qualquer meio violento ou fraudulento separar da
mãe-pátria qualquer território português), a que corresponde a pena de prisão
de vinte a vinte e quatro anos”. – O juiz Eduardo Maia da Costa, no 3º Juízo
Criminal, arquivou o processo por “ser evidente inexistência de matéria-crime” e
a “denúncia foi formulada nitidamente de má-fé”. No final dos vários recursos,
o Supremo acorda em 20 janeiro 1982: “se porventura houve erros ou desvios no
processo da descolonização, a História não deixará de fazer incidir sobre eles
o seu julgamento”. A classe política no poder, com os calcanhares escaldando, quando
o jornal
Expresso de 21 de novembro de 1981 publicou rumores de que o Supremo poderia
dar razão aos autores da queixa, cerrou fileiras; Freitas do Amaral, então vice-primeiro-ministro
e ministro da Defesa no governo de Pinto Balsemão: “o governo não tem a
intenção, nem tolerará que se pretenda julgar a descolonização”. – Também não
serão julgados os negócios PPP, assinados a
bem da nação, e a rendimento zero para os políticos. A produção de prova que será
feita num tribunal no futuro: um diligente governante nesses negócios está
pobre. Pede dinheiro aos pais para sobreviver. “A História dirá se as decisões
tomadas foram as melhores”, o ex-secretario de Estado das Obras Públicas, Paulo
Campos, como deputado socialista ganha 3 605 euros/mês mais ajudas de
custo. Outros 600 euros/mês, por direito parlamentar, por viver em Cascais,
numa pobre moradia no valor de 1.4 milhões de euros. Tem um filho atleta a
estudar nos Estados Unidos e a massa não estica, os pais complementam a miséria
do seu salário.
[3] No futuro, (2012), Cavaco
Silva será o encosto fofinho, o chocolateiro útero, o cobertor do Linus de Portugal: “o
presidente da República é o provedor, digamos assim, das incertezas, das
angústias, mas também das ambições do nosso povo. O presidente da República é
de facto o provedor do povo”. De um bom povo: “e acima de tudo, o sentido! de
responsabilidade e o notável! espírito cívico que o povo português tem
demonstrado. E como estamos aqui, num mosteiro (de S. Miguel de Refojos,
Cabeceiras de Basto), eu diria: Deus queira que consigamos preservar estes
ativos que eu acabei de apontar, porque se o conseguirmos! com certeza que o
futuro de Portugal será melhor”.
[4] Queixava-se o financista:
“o rigor orçamental que procurava impor aos ministérios e a oposição que
manifestava às medidas que considerava economicamente incorretas entravam em
choque com as posições dos outros ministros”.
[5] E no horizonte o éden da
entrada na CEE: “os problemas são sobretudo internos do Mercado Comum, estou
convencido que não vão retardar significativamente a adesão, de qualquer
maneira não vão determinar a suspensão nem o retardamento das negociações. O
Mercado Comum tem os seus problemas e é possível até que seja útil que Portugal
e a Espanha, novos membros, sejam associados à resolução desses problemas que
respeitam aos nove, à constituição financeira, a todas essas questões institucionais.
De qualquer maneira mantém-se a nossa vontade de adesão ao Mercado Comum.
Mantém-se a vontade do Mercado Comum de integrar Portugal e a Espanha. Isso é
do nosso interesse e vamos continuar a trabalhar para obter as melhores
condições, visto que se trata sobretudo de obter boas condições mais do que a
adesão em si, que nunca esteve em causa”.
[6] Cavaco Silva fez alterações
nas sociedades de investimento, as primeiras instituições que permitiram a
entrada dos privados no setor bancário nacionalizado: “quanto às sociedades de
investimento que são instituições para-bancárias vocacionadas para o
financiamento do investimento, o governo alterou o quadro legal que rege essas
mesmas sociedades e quero destacar as alterações das possibilidades de concessão
de crédito a médio e a longo prazo, a maior possibilidade por parte das
sociedades de investimento na concessão de garantias, o acesso que essas
sociedades passam a ter ao mercado interbancário de títulos e ao mercado
monetário interbancário, assim como a possibilidade da obtenção de refinanciamento
junto do Banco Central. Quero ainda destacar que aqueles que vão recorrer às
sociedades de investimento, beneficiam nos mesmos termos do que beneficiariam
caso recorressem ao sistema bancário, dos incentivos fiscais e financeiros que
presentemente são concedidos para o relançamento do investimento”. Aportuguesamento
dos merchant banks e development banks, será esta a janela de abertura
para Artur Santos Silva, cujo sonho era ter um banco, viabilizar a Sociedade
Portuguesa de Investimento, em 1981, que mais tarde, em 1985, bancará no Banco
Português de Investimento (BPI). – Indicadores da conjuntura económica na época:
o investimento teve evolução positiva na primeira metade do ano, segundo um inquérito
a gestores, 82% estão dispostos a investir nos próximos 12 meses. A taxa de
inflação do mês de julho foi de 1%. Nesse ano previa-se que ficasse abaixo dos
20%. Os salários crescerão 21%. O défice da balança de transações correntes
situar-se-ia nos 600 milhões de dólares. Fora paga parte dos empréstimos
contraídos anteriormente, o que permitiu reduzir a parte das reservas de ouro
afeta à cobertura desses empréstimos.
[7] Freitas do Amaral:
“portugueses, num horrível acidente de aviação morreu hoje ao princípio da
noite o primeiro-ministro de Portugal dr. Francisco Sá Carneiro. Ignoramos
ainda as causas do acidente que serão apuradas no mais rigoroso inquérito a que
se procederá de imediato. É com a maior consternação e pesar que vos confirmo
esta notícia brutal. O dr. Francisco Sá Carneiro foi um grande homem, um grande
lutador e um grande estadista. Foi um grande homem, na coragem com que assumia
as suas posições, na simpatia irradiante do seu temperamento e na lucidez
invulgar do seu espírito vivo e sagaz, foi um grande lutador e sobretudo um
lutador pela liberdade, antes e depois do 25 de Abril, morreu em pleno combate,
no ardor de uma campanha eleitoral que tomou a peito e ao serviço de uma causa
nobre, de um ideal elevado, de uma noção mais pura da democracia que desejava
com toda a sua alma para a nossa pátria … peço a todos a maior calma e
serenidade, repito peço a todos a maior calma e serenidade … que dê força e
animo às suas famílias e aos seus amigos para transformarem a dor enorme…”. Em
2010, Freitas do Amaral recorda: “eu tive receio de me emocionar se fizesse a
comunicação em direto. Eu
tinha a consciência de que precisava de transmitir calma”. “Pedi à RTP que
gravasse, se não ficasse bem, poderia gravar outra vez, mas ficou bem à
primeira. Custou-me muito fazer essa intervenção, mas depois pensando nela,
cada vez que penso nela, acho que foi talvez um dos maiores serviços que eu
terei prestado ao longo da minha vida inteira à democracia portuguesa”.
[8] O biógrafo Manuel
Pinheiro: “ele fazia corridas de carros com a mulher Isabel Sá Carneiro. Vinham
da casa de campo, em Barcelos, para o Porto, e por vezes, faziam corridas de
carros para ver quem chegava primeiro. Ele tinha muita pressa em tudo. Quis casar, quis
namorar muito depressa, quis casar muito depressa e politicamente também tinha
muita pressa. (…). Várias vezes ao longo dos tempos desabafou com amigos que
sentia que ia morrer cedo, aliás chegou a dizer uma vez que ia morrer cedo e de
forma violenta”. Rui Rio, presidente da Câmara do Porto: “admito que o dr. Sá
Carneiro não tenha feito tanta falta ao país, assim, nos anos 90, 80, 90, no
tempo dos fundos europeus e do desenvolvimento económico, mas agora que está em
causa questões de regime e questões do regime profundas, que é que preciso
fazer roturas para salvar aquilo que o regime tem de mais essencial, portanto
qualquer dia nem isso conseguiremos. Eu acho que o perfil dele era, era
extraordinário. Agora, ele ‘tá a fazer falta”.
na sala de cinema
“Gymkata” (1985): “Jonathan Cabot é abordado
pela SIA (Special Intelligence Agency) para participar no ‘Jogo’. O Jogo é uma
competição de atletismo no país fictício Parmistan, uma pequena nação
montanhosa, que supostamente está localizada na cordilheira Hindu Kush (filmado
na Jugoslávia). Parmistan força todos os estrangeiros a jogar o Jogo, que é
basicamente uma corrida de resistência com obstáculos, sendo perseguidos o
tempo todo pelos guerreiros de Parmistan. Se uma pessoa ganha, é-lhe concedida
a vida e um desejo. A SIA quer que Cabot vença o Jogo para que ele possa usar o
seu desejo para instalar uma estação de monitorização de satélites americana, que
poderá seguir todos os satélites no espaço e agir como um sistema de alerta prévio
em caso de ataque nuclear”. “5
razões por que é o filme mais engraçado dos anos 80”: o herói: “Kurt Thomas
foi três vezes campeão mundial de ginástica e uma aposta certa para o ouro
olímpico em 1980, mas falhou-o porque os Estados Unidos boicotaram os jogos por
causa da invasão soviética do Afeganistão. Recebendo este filme em vez disso
foi como substituir um bilhete de lotaria premiado por uma ordem de despejo da
dignidade. (…). O problema é que para se tornar num atleta olímpico significa
dedicação absoluta, o que significa que não há tempo para se concentrar em
qualquer outra coisa, como ‘aprender a representar’ ou ‘como parecer mais ameaçador
do que uma mediana escuteira”; a missão: “Parmistan sofria de dois problemas:
um défice de madeira a nível nacional e um ridículo superavit de ninjas”; as competências:
“Kurt usa triplos saltos mortais em tarefas que a maioria das pessoas nem
precisaria dos punhos”, e, para conquistar a princesa Rubali, o “Thomas Salto”; o
Jogo: “eventualmente, o Jogo começa, e logo percebemos que a maioria dos outros
países enviou concorrentes do Jeopardy em fatos de treino para participar numa
corrida de morte pelo destino do mundo”; o final: “em seguida, a população de
Parmistan de repente decide libertar-se do jugo da opressão, casualmente, como
quem compra um pacote de gomas”. A princesa Rubali é a inspiração filipina dos
anos 80, Tetchie
Agbayani, (nascida Visitación Parado), atriz, instrutora de psicologia,
Mutya ng Pilipinas (=“Pérola das Filipinas”, um concurso de beleza) e modelo da
Playboy
alemã: “uma vez que esta Playboy era a edição alemã, pensei que só sairia na
Alemanha e não nas Filipinas. Quando disse sim, pensei em mim como uma modelo e
a ferramenta de uma modelo é o seu corpo. (…). Quando estava a ser fotografada,
queria exsudar a imagem de Eva. Se eu fosse a única mulher neste mundo a viver
nesta ilha com mais ninguém, como devo parecer? Deve ser um aspeto selvagem,
não tão polido”.
“Os
8 mais quentes vilões dos filmes para adolescentes”: James Spader como
Steff McKee em “Pretty
in Pink” (1986), “bonito, fumador em cadeia, preppie rico com uma propensão para festas
e fatos. Steff McKee é o melhor amigo de Blaine, que tenta acabar com a relação
entre ele e Andie, por ciúme”; “a maliciosa líder Heather Chandler (Kim
Walker), a leitora compulsiva Heather Duke (Shannen Doherty) e a cheerleader fraca da cabeça Heather
McNamara (Lisanne Falk)” em “The
Heathers” (1988) “estas três dominam a Westerburg High School
em Sherwood, Ohio, através da crueldade. Apesar de serem as alunas mais
populares, as Heathers são temidas e odiadas”; Ted McGinley como Stan Gable em
“Revenge of the Nerds” (1984), Stan é um
atleta que não suporta os nerds que
perde a namorada, Betty Childs, para um deles; Paul Mones como Nick Hauser em “Tuff Turf” (1985), líder de um gang que
perde a namorada para outro adolescente problemático. “Galeria de posters
das garotas mais quentes dos anos 80”: Tiffani Amber
Thiessen (23 janeiro 1974) 1,65
m 58 kg
80-67-77; Nicole Eggert (13
janeiro 1972) 1,60 m
56 kg
70-70-75; Catherine
Bach (1 março 1954) 1,72
m 91-58-88; Erika Eleniak
(29 setembro 1969) 1,67 m
52 kg
75-60-70.
no aparelho de televisão
No
dia 7 de março de 1980, o povo menos abonado, embasbacava em frente dos
escaparates das lojas de eletrodomésticos, ao ver o feérico verde do blusão de José Cid: teclando “Um grande, grande amor”,
no Festival RTP da Canção. Era a primeira emissão regular a cores em Portugal,
depois de uns ensaios nas eleições presidências de 1976
[1] e, por obrigação europeia, a transmissão dos
“Jogos
sem fronteiras” a 5 de setembro de 1979. Colorida, a vida tinha outra cor. Os
espectadores não eram consumidores de televisão, eram pessoas que assistiam a
emissões de televisão, e a televisão era um serviço público na casa das pessoas,
apresentado, personalizado, por locutoras de continuidade:
Isabel Bahia, Fátima Medina, Ana Maria Cordeiro, Ana Paula Reis, Helena Ramos e
Valentina Torres. Para consumir, os espectadores tinham os produtos industriais: anúncio,
umm! caramelo, baunilha e chocolate da Mimosa c/ a Nucha. A
televisão, comodidade moderna, facilitava a educação dos filhos, delimitando o
horário das crianças em frente do televisor, prevenindo pais e filhos para a
hora da deita. “Vamos dormir!”
(1965), música de Eugénio Pepe e letra de Alexandre O’Neil, animação de Artur
Correia, Ricardo Neto e Mário Neves. A família Pituxa de “São horas meninos” (1971):
“Meninos rabinos, mas muito asseados, / A cara e os dentes lavados / Ala
Pico-Pico, foge Seranico! / E tudo a rezar a Jesus. / São horas meninos, fica o
Seranico, / E é ele quem apaga a luz”, letra de Maria João Duarte, música de Eugénio
Pepe, animação de Artur Correia. “Os Amigos do sono” (1979):
“Vem primeiro o Manuel Esfrega / Depois chega o João Pestana / Finalmente o
Chico Escuro / Somos nós os três amigos do sono”, interpretado pelo Coro
Infantil João Henrique, desenhos de Marcello Moraes, música de João Henrique e
Ramon Galarza, letra de Nuno Martins. “Boa-noite Topo Gigio” (1981):
“Todos os meninos que são teus amigos, / estudaram as lições. / Já estão
lavadinhos deitados na cama, / rezaram as orações”, composição de Rui Guedes e
José Cid, voz de António Semedo [2]. “Boa-noite” (1990) filme
realizado por Artur Correia e Ricardo Neto, música e interpretação de Eugénia
Melo e Castro. “Dartacão e os três moscãoteiros” (1981):
“Eram uma vez os três / Os famosos moscãoteiros / Do pequeno Dartacão / Tão
bons companheiros”. Série criada por Claudio Biern Boyd, antropomorfizando cães
como os mosqueteiros de Alexandre Dumas, produzida na BRB Internacional
espanhola e nos estúdios Nippon Animation japoneses. Estreou em Portugal em
1983, aos sábados de manhã: ano de 1625, no caminho da Gasconha para Paris,
Dartacão apaixona-se por Julieta, a aia da rainha. Já em Paris ensarilha-se com
os três moscãoteiros, Dogos, Mordos e Arãomis, remediadas as divergências vão
combater o primeiro-ministro, o cardeal Richelião. “Panda Tao Tao” (1983), série de anime produzida numa joint-venture sino-japonesa, dirigida
por Shuichi Nakahara e Tatsuo Shimamura: num vale da China, nunca pisado pelos
seres humanos, o pequeno panda Tao Tao vive feliz com os seus amigos, Kiki o
macaco, Purpur o esquilo, Poe a lebre, Chipta o pica-pau, quando se atrapalham
em encrencas, a mãe panda conta-lhes belas histórias que os ajudam [3]. “G.I. Joe: A Real American Hero” (1983), série americana criada por Ron Friedman, baseada
nos brinquedos - action
figures
- da Hasbro e na BD da Marvel. Introdução: “ei Joe. Ele lutará pela liberdade
onde alguma vez houver problemas. G.I. Joe está lá. G.I. Joe. Um verdadeiro
herói americano. G.I. Joe está lá. É G.I. Joe contra Cobra, o inimigo, lutando
para salvar o dia. Ele nunca desiste. Ele está sempre lá. Lutando pela liberdade
sobre o mar e ar. G.I. Joe. Um verdadeiro herói americano. G.I. Joe está lá.
G.I. Joe é o nome de código para a ousada, altamente treinada, força de missões
especiais da América. O seu objetivo: defender a liberdade humana contra Cobra,
uma organização terrorista cruel determinada a dominar o mundo. Ele nunca
desiste. Ele ficará até o combate ser vencido. G.I. Joe ousará. G.I. Joe. Um
verdadeiro herói americano. G.I.
Joe”.
___________________________________
[1] Venceu o general Ramalho
Eanes com maioria absoluta. No segundo lugar ficou Otelo Saraiva de Carvalho,
com uma forte adesão das massas populares proletarizadas, sobretudo em Setúbal,
que desgarrou semostradeiros comentários dos manda-chuvas da época. Sá
Carneiro, secretário-geral do PPD: “ainda há uma grande ilusão à volta do major
Otelo, que considero representante do 25 de Abril deturpado, do falso 25 de
Abril”. Mário Soares, secretário-geral do PS: “é um resultado, sob certos aspectos,
inesperado, que lhe dá o direito de continuar uma campanha de agitação que o
povo português rejeitou, a meu ver, duma maneira clara”.
[2] O boneco foi criado em
1959 pela italiana Maria
Perego que, explorando as novas técnicas da televisão, como a
invisibilidade dos manipuladores quando vestidos de preto, renovou os
espectáculos de marionetas. Rui Guedes, pianista, tocou no bar do hotel
Sheraton em Lisboa, estreou o Topo Gigio em Portugal, em 1979, ao final
das tardes de domingo. Compôs a música do programa com José Cid. E a voz do
Topo Gigio português foi António Semedo, falecido em 2005, filho do realizador
Artur Semedo e da atriz Maria José.
na aparelhagem stereo
“O
maior sucesso de Stock Aitken Waterman foi explorar plenamente a cena da música undergroung que crescia na Inglaterra no
final dos anos 80. O objetivo de SAW foi o de aproveitar a energia dinâmica da
cultura das discotecas (e o som da música Hi-NRG) e combiná-lo com o
entretenimento leve, sem má reputação, que poderia vender em grandes
quantidades, enquanto controlando firmemente a publicação de tudo o que
produziam. Neste aspeto, eles eram extremamente semelhantes à Motown, com SAW
supostamente fazendo uso do dúbio ‘acordo de desenvolvimento do artista’, tal
como Berry Gordy tinha duas décadas antes. Sob tais acordos, todas as facetas
da carreira de um jovem artista seria controlada e ditada pela companhia
discográfica, e muitas vezes os direitos de publicação do artista seriam
cooptados no processo e a companhia discográfica preencheria o papel de manager em nome do artista”.
Produtos SAW:
Paul Lekakis ► “Boom Boom” (1986) ♪ Scarlet Fantastic ► “No Memory” (1987) ♪ Laura Branigan ► “Shattered Glass” (1987) ♪
Mandy ► “Positive Reaction” (1987)
♪ Michael Davidson ► “Turn It Up” (1987) ♪ Big Fun ► “Blame It on the Boogie”
(1988) ♪ Début De Soirée ► “Nuit de Folie” (1988) ♪ Sandra ► “Everlasting Love” (1988)
♪ Sigue Sigue Sputnik ► “Success” (1988) ♪ Eighth Wonder ► “Baby Baby” (1988) ♪ Dollar ► “Oh L’Amour” (1988) ♪ London Boys ► “Requiem” (1988) (duo
anglo-germano, Edem Ephraim e Dennis Fuller, ambos faleceram num acidente de
viação nos Alpes austríacos dia 21 de janeiro de 1996. Numa estrada de montanha, um condutor embriagado, que
durante alguns quilómetros fazia ultrapassagens perigosas, chocou de frente com
o carro deles. Bettina, a mulher alemã de Ephraim, um DJ de Hamburgo amigo
comum e o condutor suíço, causador do acidente, também morreram) ♪ Pat and Mick ► “I Haven't Stopped Dancing Yet” (1989) ♪ Cliff Richard
► “I Just Don't Have the Heart” (1989) ♪ Donna Summer
► “This Time I Know It’s For Real” (1989) ♪ Yell! ► “Instant Replay” (1989) ♪ Damian ► “The Time Warp” (1990) ♪ Lonnie Gordon ► “Happenin' All Over Again”
(1990) ♪ Boy Krazy ► “That's What Love Can Do”
(1993).
31 Comments:
At 7:07 da manhã, Táxi Pluvioso said…
A segunda parte de 1980, francamente não me lembro bem da morte desse herói, como só Portugal os forma, para a governação e outras tarefas, Sá Carneiro, por questões horárias a RTP deveria estar a transmitir a Dona Xepa, ou então estaria no intervalo, se intervalos havia.
At 9:58 da manhã, Pedro said…
Discordo do primeiro parágrafo: ao olhar para este governo e para as suas assessorias, o que há mais é gente cheia de classe que prefere o rabo e dispensa o bacalhau.
At 1:33 da tarde, Tétisq said…
Por gostar tanto de economia é que o Cavaco foi para politico...assim tratou das economias da familia.
Um heroi que morre num acidente de avião e a melhor homenagem que lhe fazem é dar o seu nome a um aeroporto, deve andar às voltas no tumulo...
At 2:09 da tarde, São said…
Maria Armnda viu um sapo...mas foi só um dos muitos que Portugal, pelo menos uma parte da população, está engolindo , e a seco!!
Lá vou eu continuar como o exercicio masoquista de assistir televisamente à pseudo-discussão parlamentar do Orçamento de EStado para 2013, que significa o suicídio colectico...salvo as honrosas excepções do dostume, claro.
Tudo de bom
At 2:47 da tarde, José said…
Poucos são os posts que tenho lido até fim, não escrevas mal, pelo contrário, mas é complicado ler tudo de uma vez só, ainda assim é mais fácil entender o que escreves, do que entender esta cambada de políticos. O que escreves hoje amanhã ainda tem o mesmo valor, o que eles dizem hoje amanhã já não vale nada.
Naquilo que tenho lido, tenho visto que nas previsões que tens feito tens acertado em todas.
E eu por o pouco que sei de história, digo que o Alcapone, e José telhado, tinham muito a aprender com esta gente, a começar pelo ti Silva, e por ai abaixo.
Abraço
At 10:06 da tarde, Unknown said…
Que grande gralha!
Então esquecer o protegido"Pedro Santana Lopes" eu nem sabia que a companhia do Sá Carneiro (era a amante) mas foi aí que o menino da pagódia "P S L" ganhou gosto pela noite...
( é pá não me voltes a falar no topo gigio, levei uma lambadas do prof. por insinuar que era parecido com ele, "safa".
At 10:16 da tarde, xistosa, josé torres said…
O meu amigo do peito,(Passos), que era o piloto privativo do deus da RAR, digo, do dono da RAR, escapou...
Era ele que ia trazer o séquito para o Porto, no afã de conquistar tudo o que mexesse... mas à última hora, ou no último momento, os relógios não registaram, mudaram de avioneta.
Alguém que se ponha no lugar de um morto que por um bambúrrio "qualquer" (parece-me que não será um "qualquer"), fica vivo.
Até os ditos cujos caem ao chão. parece-me que o meu amigo Passos se recompôs, pois foi pai uns tempos depois...
Bem.
Vim só desejar boa semana.
Li e vou voltar para conferir a "escrita"...
At 10:35 da tarde, xistosa, josé torres said…
Como falei em sutiãs, quero dizer, falei por escrito... lá na minha herdade.
Com a pressa, devo ter deixado o comentário por aí... num qualquer blog onde me vão apelidar de louco.
Não é que não tenham razão, mas... que raio de coisa.
Escrevi qualquer peta e já não sei onde ou donde.
Olhe, não é velhice, nem azelhice, mas não sei mesmo onde escrevi sobre o o piloto que ia trazer o Sá Carneiro, um amigo,n (o Amigo, vizinho e parceiro de "tainadas", Passos) que o era mesmo e que escapou...
(escrevi "azelhice" só para vincar ou fincar a aselhice que me invade.
Por agora é tudo.
At 10:38 da tarde, xistosa, josé torres said…
Antes de ler o primeiro c0pmentário, leia o segundo, ou como começa pelo segundo, o outro é o primeiros, ou o primeiro é o segundo.
Que grande "gaita"!!!
Já meti as mãos pelos pés.
Como eu não volto ao local "do crime", leia como lhe der mais jeito.
Cumprimentos
At 10:56 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Panurgo: isto é malta com um projeto para o país e que, obviamente, a História julgará. Pois não há outra forma de julgamento em Portugal para políticos nem para a classe que eles servem. Há uma arraia-miúda, como o major Loureiro ou o soldado raso Isaltino, que são apanhados na rede, mas os outros ficam de fora para os historiadores, dentro de 1000 ou 2000 anos, lhes avaliarem os méritos ou deméritos. É o trivial.
At 10:57 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Tétisq: ele deve ter ido para economia pela mesma razão que a malta escolhe um curso… para fugir à matemática :))
Não tenho tanta certeza que Sá Carneiro seja herói, não era a ideia geral na época, era um tipo que queria mandar, e chateava-se, entrava em depressão, se o não pudesse fazer, bom, de facto depois de mortos todos são heróis, até Pedro Álvares Cabral.
At 10:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: ó diabos! aquilo tinha discussão? tive que sair e não vi nada. Talvez tenham feito uma refundação no Parlamento, é palavra da moda. Agora, para evitar este esforço de puxar pela memória para falar de tempos passados, coleciono factos e palavras da moda: ele foi “modelar”, foi “mitigar”, agora “refundir”.
Toda a gente já percebeu o que significa esta refundação, como Portugal faliu será preciso retirar muitos dos serviços que eram prestados à população. Eu proporia um numerus clausus para os tratamentos, tal como havia (ou há) para as universidades: por exemplo, doentes com cancro, o Estado só assegurava o tratamento de x pacientes, os outros, ou milagre ou cova.
At 10:59 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José: nesta procura nos anos 80 tropecei com a privatização da banca, que tinha sido nacionalizada em 75 (creio), e que começa a ser privatizada com Cavaco e depois Balsemão, e que me parece ser uma das formas como a malta que controla o país se organizou para viver à conta do Estado (é lá possível que 10 milhões de tesos necessitem e deem lucro a tanto banco, tem que haver marosca). Não sei se alguém já fez a história dos bancos portugueses, as empresas, as famílias, as pessoas, os políticos etc, que estiveram por detrás disso, seria interessante saber.
At 11:02 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Campista selvagem: pois, o Pedrocas também andava no séquito mas ainda era peixe miúdo, só será grande e valoroso português mais tarde.
Era amante, segundo os padrões dele, que era pessoa muito religiosa, e creio que é assim que chamam as pessoas que não são legitimamente casadas, e quando uma delas, Sá Carneiro, tem mulher legítima, casados pela igreja, e filhos. Na altura, ele tinha problemas de aparecer com ela em certas cerimónias oficiais.
Foi uma coisa que se perdeu, essa de chamar Topo Gigio às pessoas, o prof. não era o único. Naquele tempo um calduço era pedagógico, mas a pessoa não escapava à alcunha, aliás era pior, levava com ela até ao fim da vida.
At 11:03 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Jose Torres: eu nem consegui saber o nome dos pilotos que iam com Sá Carneiro, devo ter escrito em qualquer lado os nomes, encontrar é que é o diabo, no que li, só se lhes referem como dois pilotos, mas merecia ter incluído os nomes, só que não sei.
At 5:19 da tarde, São said…
Racionamento para oncoçpgoa, Sida e oitra doença que mão recordo o nome agora foi o que a Comissão de ètica propôs e que até já é prática comum nos hospitais do Norte .
Excelente o discurso de Paulo Portas no encerramento do pseudo-debate...só tive pena porque está com ano e meio de atraso!!
Este Governo PSD/CDS reve tudo na mão, espatifou a vida das pessoas, vai lançar o país na tragédia grega e agora quer refundar?! Mas refundar o quê?
Fica bem
At 5:21 da tarde, São said…
ERRATA:
Oncologia
Outra
Ética
Não
Teve
Desculpa, sim?
At 2:21 da tarde, Paulo said…
De passagem. Bom fim de semana!!
Abraço
At 11:17 da manhã, Rafeiro Perfumado said…
Nunca achei piada a essa expressão, faz-me sempre pensar nisto http://rafeiroperfumado.blogspot.pt/2009/03/curta-7-o-bacalhau-quer-caminha-o.html
Além de que prefiro águas de costeleta...
At 10:42 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: não seria má ideia selecionar o tratamento pela idade. Pedia-se um estudo ao FMI, - os nossos técnicos são muito bons, mas é no estrangeiro, onde estão longe da vista, e depois podem dizer que são muito bons quando vêm de férias – pedia-se um estudo ao FMI para determinar o limite de idade para o tratamento. Começa-se por aqueles com mais de 90 anos, se adoecem levam com água e caldo de galinha (feita de patas e asas, que isto não é a América) para cumprir os sentimentos culturais cristãos e os cuidados paliativos. E depois consoante as finanças do país, iam os de 80 anos, 70, 60, 50 e por aí abaixo até sustentabilizar as contas do Estado.
O Portas é um sempre em pé, falar sabe ele, gosta mais de poleiro do que de sushi, que ele adora para ficar elegante. Veremos quem ele engana nas próximas eleições (se houver dinheiro para elas). Também para virem para o poleiro os partidos responsáveis por isto, com as suas clientelas económicas, arrimar-se ao Estado, é melhor não haver dinheiro, nem eleições. É como os gregos, os partidos responsáveis, agora é que vão safar a situação, ai se vão.
At 10:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Paulo: todas as semanas que não são de declaração ou pagamento de impostos são boas, teoricamente, às vezes é ao contrário.
At 10:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: são águas internacionais, são de quem as apanhar, se fosse um cherne, as águas seriam dele.
At 11:27 da manhã, São said…
Meu Deus, mas ainda existirá quem se deixe enganar pelo Portas?!
Bom, eu já nem digo nada: nas últimas eleições tive uma acesa troca de impressões com uma grande amiga minha porque ela assumiu ir votar Portas, porque achava que iria fazer alguma coisa e eu respndi que só se fosse para comprar porta-aviões ou bombardeiros!!
Mas fiquei estupidamente convicta de que depois duma discussão daquelas e de todas as razões que lhe tinha apresentado - e tendo ela votado Bloco de Esquerda anteriormente- não voratia mesmo CDS.
Quando o Governo começou a desvairar eu disse que os impostos e afins deveriam cair exclusivamente sobre a cambada de idiotas que lá os tinham posto e ela diz muito sumidamente: "Não te esqueças que assim eu faço dos parvos..." Ia caíndo e disse_ "Mas sempre votaste CDS?!" E, agora assombra-te: votou porque acreditou que seria uma voz consciente e que travaria os impetos de Passos!!!
A partir daqui, meu caro, estou já à espera de tudo!!!
Desculpa o comprimento e fica bem
At 7:15 da tarde, xistosa, josé torres said…
Que a semana não vá por águas de bacalhau e seja, nem boa, nem má... nais ou menos gasparada, que é a ementa de dia-a-dia.
Coincidência coincidente, já que se fala em "gadus morhua" ou na sua água, vou emalar uma à zé do pipo, com minúsculas porque o bacalhau é do chamado "de gato", mas haja batatas para puré e uma cebolada, tal e qual como nos encontramos, de cebolada e prontos para sermos engolidos por esta onda de advogados-políticos.
Uma boa semana e até já!
At 2:21 da tarde, xistosa, josé torres said…
É uma rapidinha para desejar um bom fim de semana.
Vou preparar o discurso para a Melga, digo Merke.
At 11:45 da manhã, Mariazita said…
Bom dia, e bom domingo
Devo confessar que na política estou apenas como observadora muda (mas nem por isso desatenta...), e me limito a uma ferroada uma vez por outra...
Mas sei apreciar uma boa escrita!
Li apenas a primeira parte ( o tempo não dá para mais), e
GOSTEI!
Tudo de bom por aí. Beijinhos
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: realmente as coisas andam bastante revoltas, uma pessoa passar do BE para o CDS é uma grande volta, algo impensável no tempo da guerra entre ideologias. Estes posts sobre os anos 80 têm-me servido para recordar como não avançamos nada – se houvesse documentos fiáveis do tempo do Afonso Henriques veríamos que desde aí nada avançou, ficamos na mesma, não é por acaso que lhe querem refundar o país – já tenho escrito os dois de 1981, e nesse ano também por cá estava o FMI a emprestar massa e a ditar o orçamento de 1982.
Não me admirava nada que o Portas tivesse uma boa votação. Então aquele “imenso aumento” de impostos, decidido no Conselho de Ministro, e depois a patranha nos meios de comunicação, se Portas fala, se não fala, qual é a opinião do Portas, vai haver crise, se aceita, se não aceita e bláblá. Que diabo! Então o gajo não é ministro, não está sentado no Conselho (se estivesse em viagem estavam lá os outros do partido com os telemóveis), então ele não concordou com o aumento? Mas aquela jogada de estar uns dias calado revela como Portas sabe gerir eleitores ao seu moinho.
Hoje o povo tem um divã de psicanalista, um bombo para descomprimir tensões acumuladas, a visita de Merkel, dão-se uns gritos, faz-se protesto e lá vamos para casa mais satisfeitos de dever cumprido. Eu tenho grande dificuldade em compreender o que tem a Merkel a ver com Portugal. Portugal abdicou da sua soberania quando entrou no euro, e os governantes não souberam orientar o futuro. Acho que o primeiro artigo da Constituição deve ser obrigatoriedade de chamar o FMI de 5 em e anos, ou menos, para verificar a contabilidade do Estado, para ver se os eleitos não estão a gastar à tripa forra.
A Merkel dirige um país com uma economia a desacelerar, num continente que será ultrapassado pela China dentro de pouco tempo, e pelos outros: Índia, Brasil, Indonésia, etc. logo a seguir. Quem está a travar a economia mundial, por aquilo que não fez, nem podia fazer, pois Wall Street e a alta finança americana ri-se dele, é o presidente Barack – é um dos piores presidentes americanos, e as consequências só se verão dentro de 10 ou 20 anos, já cá não estou para ver, mas a próxima crise do capitalismo vai implicar uma guerra, porque alguém vai perder muito dinheiro, não é estes amendoins que gregos e portugueses devem, refiro-me a dinheiro a sério.
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: enquanto houve água e batatas pode-se sempre alimentar mais uma boca. Até não seria má ideia entrarmos pela poligamia (ou poliandria), em vez de um casal, a panela alimentava quatro ou cinco.
Parece que a Merkel e o Vale e Azevedo chegam no mesmo dia, é provável que se cruzem no espaço aéreo ou no aeroporto.
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: já estamos a andar no arame, se perdemos a atenção caímos e não há rede. Tudo de bom. Boa semana.
At 11:42 da manhã, São said…
POis é, concordo.
Mas entre Obama e o republicano, antes o primeiro. Aliás, eu acabei por me convencer de que para entrar como militante para o Partido Republicano tem que se apresenter um CEC(Certificado de Estupidez Congénita)!
Eu só culpo Merkel e quem a apoia de não ter atalhado a tempo e adequadamente o problema grego. e de não entender, ainda hoje, que a questão tem a ver com uma Europa a decair no seu todo e não só resumido aos países do sul.
Mas como , de facto, a União Europeia sempre foi uma manta de retalhos alinhavada pela moeda única...a consequêmcia foi a que se está a ver; tudo a desfazer-se aos bocados, com o risco muito sério de se descambar em sério conflito armado.
Um abraço
At 9:07 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: não há grande diferença entre republicanos e democratas, exceto para os judeus, quando estão os democratas estão no poder, Israel recebe armamento novo, blocos para colonatos, apoio incondicional, quando estão os republicanos a coisa pia mais fino. Esperemos que Obama leve a América para a guerra de que o mundo precisa.
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