We Got the Beat
“See the people walking down
the street / Fall in line just watchin’ all their feet / They don’t
know where they wanna go / But they’re walking in time / They got the beat
/ They got the beat / Yeah, they got the beat”, as pessoas na rua, sem
rumo, não sabiam para onde queriam ir, mas tinham a batida – ritmavam as Go-Go’s
uma década, a década de 80 [1]. Os passos sincronizavam-se destrambelhados também em Portugal. Mês e meio
antes de as rolhas do festivo champanhe estalarem, Lisboa, menina e moça, tirava
o cotovelo do atraso e encostava a cabeça na cambraia de capital europeia
bordada devagar: a 13 de novembro de 1979, o embaixador israelita Ephraim
Eldar é ferido no centro de Lisboa num atentado. Outros dois são feridos, o
motorista e um bófia, e um guarda da embaixada morre. No alvor da nova década, dia
3 de janeiro, no Mini Morris azul-claro da família, conduzido pela esposa,
Cavaco Silva chega ao palácio da Ajuda para tomar posse como ministro das
Finanças e do Plano, nesse mesmo mês as Doce editam “Amanhã de manhã”: “Fecha
os olhos / Esquece o tempo / Nesta noite sem fim / Abre os braços / Acende um
beijo / Fica dentro de mim”. E bem fundo ficará Cavaco Silva. Será a sua década.
A primeira de muitas, até o povo o agraciar como presidente de melões e vacas
(e, nos tempos livres, cultiva anonas) [2].
Cavaco
Silva era um pacato professor de Economia Pública, uma fotocópia portuguesa, prozoica,
de Minerva McGonagall,
– que ensinava Transfiguração na Escola Hogwarts de Bruxaria e Magia,
frequentada por Harry Potter –, com uma varinha mágica para a transmutação da
sociedade portuguesa: separar a polpa do caroço, o bife da carne, demarcar os
economistas dos políticos. Escrevera ele em 1978: “os economistas derivam as
suas conclusões considerando que o objetivo da ação pública é a maximização do
bem-estar social, entendido como o resultado da agregação das preferências
individuais dos cidadãos, enquanto as decisões públicas são tomadas pelos
políticos na base do seu próprio bem-estar, e não do interesse da sociedade
como um todo” [3]. Quando, num pacato serão, a
política lhe trambolha na carpete da sala: “uma noite, num tempo para mim já de
alguma apreensão quanto ao caminho que levava a política portuguesa, Francisco
Sá Carneiro, entrou-me pela casa dentro através da televisão”, e observou ele para
a sua Maria: “aqui está um político inteligente e sensato”.
Um
mês depois de o país ganhar Cavaco Silva para a coisa pública, Lisboa ganhava a
sua melhor atração para a coisa turística. O porta-contentores inglês MV Tollan,
aportuguesado para Tolan, dia 16 de fevereiro, abalroava o cargueiro sueco Barranduna,
e afundava-se espojando-se no Tejo de bojo para o ar. O seu casco, desde o Cais
das Colunas, respigava uma ode marítima: “Ah, a frescura das manhãs em que se
chega, / E a palidez das manhãs em que se parte, / Quando as nossas entranhas
se arrepanham / E uma vaga sensação parecida com um medo / – O medo ancestral
de se afastar e partir, / O misterioso receio ancestral à Chegada e ao Novo”
(Álvaro de Campos, engenheiro). Enquanto o país locomovia-se já noutro meio. Novo.
No ar. No dia 6 de maio, Rui Manuel Costa Rodrigues, estudante do Feijó, empunhando
uma pistola calibre 6.35 do pai, sem carregador, desvia para o aeroporto de
Barajas, Madrid, o avião que descolara às 21:46 de Lisboa rumo a Faro. Exigia ele
10 mil dólares e um salvo-conduto para a Suíça. A tripulação recomendou-lhe que
não sangrasse a TAP com a massa, a companhia estava sem cheta, e ele concordou
que seria Sá Carneiro, o primeiro-ministro, a meter um vale ao Orçamento de
Estado. Nem cacau, nem país novo, rendeu-se e regressou a Lisboa com o apodo de
“piratinha do ar” [4].
Em
1980, a
telefonia transmitia sons para o assobio. E o povo assobiava Rui Veloso, o “Chico Fininho”: “Sempre
na sua / Sempre cheio de speed / Segue o seu caminho / Com merda na algibeira”,
ou com mais ganas ainda, Marco Paulo, “Eu tenho dois amores”: “Uma
é loira e acontece / Entre nós amor, ternura / Tão loira que até parece / O sol
da minha loucura // Mas a outra tão morena / É tal qual um homem quer / Porque
embora mais pequena / Ela é muito mais mulher”. A telefonia também transmitia sons
para o cultural atavio. Na Rádio Comercial, com o genérico “Chameleon” de Herbie
Hancock, aos domingos entre as 10:00 e 13:00 horas, “Pão com manteiga”: os autores,
Carlos Cruz, José Duarte, Mário Zambujal, untavam fatias de rádio com humor non sense: “cada vez há menos gente que
tenha conhecido D. Afonso Henriques”, “a carne é fraca, mas o molho é uma
maravilha”, “peta era antigamente. Hoje é mentira. Qualquer dia é verdade”, “nem
sempre o pecado mora ao lado; gasta-se um dinheirão em transportes”, “as pilhas
podem dar à luz: pilha és, mãe serás!”. De segunda a sexta, entre as 22:00 e
00:00 horas, Maria José Mauperrin amassava temas de cultura, cinema,
literatura, artes, e convidava os figurões da praça para o seu “Café concerto” (1980-85): David Mourão-Ferreira charla de
como, desgostando de fado na adolescência, aprendeu a estimar a música
nacional, quando aos 20-21 anos surpreendeu-se em Paris, flanando pelo boulevard St. Michel, “numa vaga de
saudade”, a trautear um fado da Amália. Na RDP Antena 1, duas horas ao sábado, “o
mais belo programa da rádio jamais feito sobre a terra, as gentes, os costumes,
a cultura do sul do continente português” (Adelino Gomes), o “Lugar ao sul”
de Rafael Correia. E em 1980, os cinemas projetavam a rota da guerra universal de "Apocalypse Now" (1979),
ou emocionava os espectadores na luta de um pai pelo filho de loiras melenas em
“Kramer contra Kramer”
(1979). Nesse ano, os mais apressados, impacientes para aguardar pelo filme, liam “O nome
da rosa”, de Umberto Eco.
O
país andava às aranhas em 1980, e é invadido pelo cubo invenção do húngaro Ernő
Rubik, “o
cubo mágico”, milhões de mãos rodam as faces coloridas numa sincronia insensata,
absurda, inútil, a solução correta é uma entre 43,2 quintiliões (43 252 003 274
489 856 000) de possibilidades. O cavalheiresco Cavaco Silva, esposo de Maria Alves
da Silva, “a mais bonita e inteligente do grupo” da praia de Olhos de Água, Algarve,
também andou à nora na pasta, efémera, das Finanças, em 1981 demitia-se.
__________________________________
[1] Em 2012 as pessoas sabem
para onde vão e vão a um ritmo diferente. Por isso, Debby Ryan, trabalhadora no canal Disney,
apenas recantou “We Got
the Beat” para o filme “Radio
Rebel” (2012): “daqui radio rebel ao vivo da clandestinidade. Não
sabem quem eu sou, mas eu sei quem são, porque sou uma de vocês. As notas
saíram hoje. Tive um menos em Participação, mas não me podem dar um menos pelo
que sou! Mas já que se dão notas, vou dar a todos nós no liceu Lincoln Bay um 1
por nos rotularmos uns aos outros: atletas, excluídos, totós, rainhas e amigos
populares e novos populares. Malta, isto são tudo rótulos, não quem somos
mesmo! Houve uma altura em que ser diferente era bom, agora as diferenças
dividem-nos, merecem assumir a vossa magia, defendam quem são, rejeitem o status quo, atrevam-se!”.
[2] Cavaco Silva nos Açores: “eu gosto de melão, sabe?”.
“Agora ‘tou aqui nos Açores, e estando nos Açores a minha preferência vai
claramente aqui para esta meloa, tenho uma certa esperança de poder prová-la
durante o almoço”.
“Toda a chuva que chegar agora é abençoada. Portanto nós, ontem eu reparava no
sorriso das vacas, que estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto e
verificando que ele estava a ficar mais verdejante”.
[3] Cavaco Silva, do lado dos
bons, os economistas, continua a radiografia dos maus, os políticos: “o facto
de a permanência no poder (de que resulta poder pessoal, prestígio e
compensação material) constituir o principal objetivo dos políticos poderia
conduzir a que as decisões tomadas na base do seu interesse pessoal fossem
também consistentes com a maximização do bem-estar social. Contudo, as
imperfeições do mercado político do mundo real fazem com que as divergências
possam ser significativas”.
[4] José Correia Guedes, o
copiloto, relatou:
“o ano era 1980, uma terça-feira, 6 de Maio. O meu trabalho para esse dia era
tudo menos violento, pensava eu, já que apenas tinha sido escalado para fazer
um voo doméstico, de curta duração, que me levaria de Lisboa a Faro, com
regresso uma hora mais tarde. O avião era um Boeing 727-100 já em fim de
carreira, com a reforma antecipada pelo ruído e pelo consumo excessivo dos seus
reatores Pratt and Whitney. No cockpit
sentavam-se o comandante Coutinho Ramos, o operador de sistemas S. Rodrigues e
eu próprio, jovem copiloto em início de carreira. Na cabina, quatro assistentes
de bordo e 83 passageiros”. (…). Só percebi o que havia quando o operador de
sistemas, que vai sentado por trás do copiloto, me toca no ombro e diz: ‘está
aqui um gajo armado que diz que quer ir para Madrid’. Voltei-me de imediato e
vejo então um jovem, 15 ou 16 anos, que nervosamente segurava uma pistola
apontada alternadamente a cada um de nós, ordenando-nos para seguirmos para
Madrid sem mais demoras, enquanto tínhamos combustível. A porta do cockpit foi trancada e o comandante
anunciou aos passageiros que por razões de ordem meteorológica o voo iria
prosseguir para Madrid, discurso pouco convincente quando bastava olhar pela
janela para ver o Algarve iluminado, praticamente desde Sagres a Vila Real de
Santo António! Perguntei-lhe o nome, comecei a tratá-lo por tu, pedi-lhe para
desviar a arma, ao que ele rapidamente acedeu. Pouco depois ele irá dizer a
frase mágica que nos tranquilizou a todos: ‘os senhores desculpem o incómodo
que estou a causar!’. ‘Estás desculpado’, aproveitei eu, ‘mas já agora diz lá o
que pretendes com esta enorme trapalhada’. Foi aí que tomámos conhecimento das
exigências para libertar as pessoas e o avião: nada menos que dez milhões de
dólares e um salvo-conduto para a Suiça, faltando apenas saber a quem deveria
ser pedido o dinheiro. Recomendamos que não fosse à TAP, já então com grandes
problemas financeiros, pois tal poderia pôr em causa o nosso futuro e ele, o
nosso ‘amigo’, não queria causar-nos mais dificuldades. Concordámos que deveria
ser o primeiro-ministro, Sá Carneiro, a descalçar esta ‘bota’”. Sá Carneiro
declarou mais tarde: “a garantia de que será tratado de acordo com as condições
de acordo com a sua idade, com as circunstâncias e com toda a humanidade, mas
também com a atuação necessária à prevenção de casos idênticos”.
na sala de cinema
No
filme “Easy A” (2010),
Olive
Penderghast (Emma Stone): “que é feito do cavalheirismo? Só existe nos
filmes dos anos 80? Quero o John Cusak (“Say Anything”) com uma
aparelhagem à minha janela. Quero partir num cortador de relva com o Patrick
Dempsey (“Can’t Buy Me
Love”). Quero o Jake de ‘Sixteen Candles’ à minha
espera à porta da igreja. Quero o Judd Nelson (“The Breakfast Club”) a
erguer o punho por saber que me conquistou. Só por uma vez, quero que a minha
vida seja como um filme dos anos 80. De preferência, um com um número musical sem
motivo aparente (“Ferris
Bueller’s Day Off”). Mas não. Não. O John Hughes não realizou a minha vida.
Em vez disso tudo, posso poupar 15 cêntimos num frasco de gel antibacteriano
Juniper Breeze”. – “A
melhores 20 cenas de nudez na história dos filmes para adolescentes dos anos 80”.
A nudez gratuita é barata… e boa: “Porky’s” (1982), o balneário feminino, o local
inefável do liceu, faísca incendiária das hormonas masculinas: “1954, um grupo
de estudantes do ensino secundário da Florida planeia perder a virgindade. Vão
ao night-club Porky’s fiando-se que
podem contratar uma prostituta para satisfazer os seus desejos sexuais. Porky
saca-lhes o dinheiro e humilha-os atirando-os no pântano”. No filme, Kim
Cattrall é “miss Lynn Honeywell”, conhecida por “Lassie” porque uivava durante
o sexo, descontrolava-se, excitada, com o cheiro de homem nas roupas suadas no
ginásio. “Risky
Business” (1983), “Joel Goodson” (Tom Cruise), e “Lana”
(Rebecca De Mornay) copulam no Chicago “L” ao som dos Tangerine Dream. Joel, estudante
da zona rica de Chicago, depois de enfiar o Porsche do pai no lago Michigan,
confrontado com a conta da oficina, safa-se com a chave do sucesso do
capitalismo americano: a livre iniciativa na criação de negócios: transforma a
casa num bordel para os seus amigos ricos molharem o pincel em putas de luxo,
colegas de Lana, enquanto os pais estão ausentes. Só pelo cartaz
venderam-se muitos Ray-Ban Wayfarer. "Blame it on Rio"(1984), “Jennifer Lyons”
(Michelle Johnson) e Nicole ‘Nikki’ Hollis (Demi Moore) em topless numa praia do Rio de Janeiro. Johnson tinha tetas, mas não
idade para as mostrar, os pais autorizaram, Moore tinha idade, mas não tetas, o
cabelo disfarçou. Jennifer
consuma o seu desejo por “Matthew Hollis” (Michael Caine), o melhor amigo do
pai: “nunca esquecerei a maneira como o sentia, a maneira como nós nos
sentimos, nada perfeito, porém, demorará um mês para tirar toda a areia do meu
umbigo”. “Malibu Express” (1985), a “condessa
Luciana” (Sybil Danning), é a ligação do detetive particular e playboy azeiteiro texano “Cody
Abilene” (Darby Hinton) ao jet-set
envolvido na venda de tecnologia informática aos russos. A mútua esfregadela de
“May” (Barbara
Edwards) e “Faye” (Kimberly
McArthur) no chuveiro foi rotulada de “uma das mais sensuais cenas lésbicas
topless na longa e sensual tradição
de cenas lésbicas no chuveiro”.
“Return of the Living Dead” (1985), “Trash”
(Linnea
Quigley): “bem, para mim, a pior forma de morrer, seria um bando de velhos
rodear-me e começar a morder-me e a comer-me viva. (…). Primeiro, eles
rasgavam-me as roupas”. Um produtor escandalizou-se com a sua lisura púbica,
que lhe desprotegia a vagina aos olhos dos espetadores, a cena da dança na
cripta já tinha sido filmada, nas outras, camuflaram-lhe o sul com uma “inexpressiva
prótese de boneca Barbie” nas virilhas. Quigley é “rainha do grito”, expressão nos filmes de terror para “jovem donzela
em perigo”: “uma das diferenças entre a minha ligação com os filmes de terror e
as rainhas do grito das gerações passadas é que eu não desmaio tanto” –, guitarrista
e vocalista das Skirts, modelo e
produtora. “Just One of the Guys” (1985) “Terri
Griffith” (Joyce Hyser), uma adolescente, do curso de jornalismo, em Tucson,
Arizona, faz uma mamaçuda declaração de que é gaja. “A minha vida mudou depois
de ‘Just
One of the Guys’. As pessoas pararam de olhar para a minha cara e, em vez
disso, olhavam para o meu peito”.
no aparelho de televisão
“Ana dos cabelos ruivos” (1979), série de anime baseada no romance “Anne of Green
Gables” da escritora canadiana Lucy Maud Montgomery, estreada em 1987 no
programa “Agora, escolha”, da RTP: na ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá, na
quinta Frontão Verde, os irmãos Marília e Matias pretendiam adotar um rapaz, por
confusão burocrática recebem Ana Silvestre, eles afeiçoam-se à sonhadora e entusiasta
criança e não a devolvem. “As
Aventuras de Tom Sawyer” (1980), estreou na RTP em 1981,
série de anime japonesa dirigida por
Hiroshi Saitô, sobre o livro de Mark Twain: nos finais do século XIX, depois da
morte dos pais, Tom vive na casa da tia Polly em S. Petersburgo com
o seu irmão Cid. Tem uma paixoneta por Becky, cujo coração também palpita por
ele, e, em vez de ir à escola, investe nas traquinices com o seu amigo
Huckleberry Finn, um miúdo vadio, abandonado pelo pai, e obvia má influência. “As aventuras do Bocas” / “Ox Tales”
(1987-88), estreado na RTP em 1989, uma co-produção nipo-holandesa, baseada nas
tiras cómicas de Wil Raymakers e Thijs Wilms, sobre as aventuras numa quinta,
profusa de animais de toda a espécie, de um boi e o seu melhor amigo, a
tartaruga Ted. Na ora do soninho, o “Vitinho”
(1986), cantado por Isabel Campelo. Foram realizados quatro “Boa noite
Vitinho”, todos com música de José Calvário, letra de José Mendes Martins: 1988, cantado por Dulce Neves
e o Coro Infantil da TAP; 1991,
cantado por Eugenia Melo e Castro; 1992-96, cantado por
Paulo de Carvalho. Na hora do marketing
venderam-se bonecos,
almofadas,
livros, discos, à fartazana. O boneco fora criado a 2 de Fevereiro de 1986 por
José Maria Pimentel, para uma campanha publicitária da Milupa, (fabricante
alemão de comida para bebé), e venceu o concurso da RTP para o espaço “Boa
Noite”, para sugerir nas crianças hábitos de cedo deitar.
na aparelhagem stereo
Stock Aitken Waterman
(abreviado como SAW) foi um trio de compositores e produtores britânicos,
consistindo em Mike Stock ,
Matt Aitken e Pete Waterman. O trio teve enorme sucesso de meados até final da
década de 80 e princípio de 90. SAW são considerados uma das mais bem sucedidas
parcerias de composição e produção de todos os tempos, registando mais de 100
êxitos no top 40 britânico, vendendo
40 milhões de discos e ganhando uma estimativa de 60 milhões de libras (74
milhões de euros). (…). Em janeiro de 1984, logo após conhecer Mike Stock e
Matt Aitken, Pete Waterman pediu-lhes para trabalharem com ele na sua
recém-formada companhia de produção. Uma das suas primeiras colaborações foi a
participação do Chipre no Festival Eurovisão da Canção em maio de 1984, onde o
cantor grego Andy Paul trauteou a canção SAW “Anna Maria Lena”. O seu
estilo inicial era criar música de dança Hi-NRG (“high energy”, do final de
1970, mescla de disco rápido e música
de dança eletrónica), com “You
Think You’re a Man”, por Divine (#16 top
inglês, julho 1984) e “Whatever
I Do”, por Hazell Dean (#4 top
inglês, julho 1984). Eles alcançaram o seu primeiro single nº 1 em março de 1985 com “You Spin Me Round (Like a
Record)”, pelos Dead or Alive”.
Som SAW:
Mel and Kim ▬ “Respectable” (1987) ♫ Bananarama ▬ “Love in First Degree” (1987)
♫ Kylie Minogue ▬ “I Should Be So Lucky” (1988)
♫ Rick Astley ▬ “Together Forever” (1988)
♫ Sinitta ▬ “Cross My Broken Heart” (1988)
♫ Brother Beyond ▬ “The Harder I Try” (1988) ♫
Hazell Dean ▬ “Who's Leaving Who” (1988)
♫ Sabrina ▬ “All of Me (Boy Oh Boy) ”
(1988) ♫ Stock Aitken Waterman ▬ “S.S. Paparazzi” (1988) ♫ Sonia ▬ “You’ll Never Stop Me Loving
You” (1989) ♫ Samantha Fox ▬ “I Only Wanna Be With”
(1989) ♫ Reynold Girls ▬ “I'd Rather Jack” (1989) ♫
Jason Donovan ▬ “Too Many Broken Hearts”
(1989).
34 Comments:
At 12:53 da manhã, Unknown said…
Boas, reviver é algo que nunca deveremos regeitar, alguns dos factos evidenciados são a triste realidade passada para o presente, "esse cavaco" deveria ser queimado logo na altura em que apareceu...
Falta um facto digno de registo que me veio à memória só por falar emdatas tão rabuscadas de anos, talvez não se lembre mas havia um programa televisivo que eu teimava em não perder, ok é coisa de miudos mas recorda-me de um programa de miudos que apresentava uma data de bonecos, o popas, o monstro da bolhachas, o becas e o egas...
" bem a mim siam-me as popilas com a apresentadora (A. LENCASTRE) na altura sonhava, sonhava, sonhava...
como é triste recordar quando penso nas palermices que a senhora faz hoje triste figura eu fiz em endeusar tal pessoa.
há outra coisa ostou a ver o tipo do duarte e companhia, só falta o zé gato, estou mesmo velho e resmungão...
At 1:10 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Era isso que eu queria explicar melhor. Este é apenas o primeiro post sobre a década de 80, nem acabei ainda o ano de 1980, e faltam outros nove, como isto tem que ser repartido não vale a pena escrever posts muito grandes.
Isso era a “Rua Sésamo”, tenho muitas séries para dar umas pinceladas, e claro também estão incluídas: “Duarte & Companhia” e o “Zé Gato”, onde a Manuela Moura Guedes cantava o Summertime num episódio.
At 1:21 da manhã, Tétisq said…
O casal Aníbal e Maria Cavaco Silva vão muito bem um para o outro. Eu dispensava os dois.
A "Ana dos cabelos Ruivos" era a minha série de desenhos animados preferida.
Não te esqueças de "Os amigos do Gaspar" produzida no Porto com Banda Sonora do Sérgio Godinho : http://www.youtube.com/watch?v=JNS63NFeoXI
Eu quando penso na música do final dos anos 80 não consigo evitar o "Wicked Game" do Chris Isaak (a C&A recuperou a música para a campanha de outono/inverno 2012 está sempre a passar na Tv não me sai da cabeça) http://www.youtube.com/watch?v=UAOxCqSxRD0
Beijinhos
At 1:43 da manhã, Anónimo said…
Um coisa muito 80's é o Carteiro Toca Sempre Duas Vezes...Na altura era puto e pensava que era um filme pornográfico, pela maneira como os meus irmãos falavam dele. Nunca o vi, só vi o primeiro, realizado pelo Visconti.
At 1:46 da manhã, Anónimo said…
Nos 80's tens também de falar do Gelado de Limão, do Pato com Laranja, dos jovens heróis de shaolin, etc.
O Shogun ainda é anos 70 não?
At 1:49 da manhã, Anónimo said…
Também podes pesquisar o rasto daquela moça dos três duques.
At 2:00 da manhã, Anónimo said…
A única época em que fui activista político foi em fins de 70/inícios de 80: lembro-me nitidamente de eu e colegas da escola primária atirar-mos bosta de vaca aos cartazes da AD fixados no posto do leite de Vila Franca do Lima.
Dessa altura deve ser um reclame da Ovomaltine com música dos Warsaw(Joy Division.
At 3:41 da manhã, Anónimo said…
"atirar-mos"...aquilo na escola primária não correu nada bem...
At 9:33 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Tétisq: eu gostava imenso do Bocas. Fiquei com vontade de continuar com uns posts sobre os anos 90, pois a melhor série, os Power Rangers, é dessa década. Ainda não dei uma volta pelo YouTube para ver como estamos de séries portuguesas, mas não espero muito: já não me lembro se A árvore do patafúrdios também é dos anos 80.
At 9:33 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Il castello del sogno: caraças, já nem me lembrava do Gelado de limão, aquilo foi um grande êxito em Portugal. Tenho que confirmar as décadas desses filmes e séries. Os Três duques é incontornável.
A atividade política sempre esteve ligada à escatologia. Essa foi bosta de vaca, mas lembro-me que uma vez, a Faculdade de Letras sofreu um ataque: um facho desenhou uma suástica, a marcador grosso, dentro de um círculo, coisa bem feita, artística, na porta da casa de banho, do lado de dentro. Pois, houve um jovem preocupado com o mundo, com a ideologia certa, suponho que de esquerda, que lhe besuntou bosta, mas humana. Sempre imaginei, um jovem, magro, barba rala, jeans arriadas, fazendo força para ativar a tripa, e com a mão por baixo do rabo para apanhar o, contestatário instrumento, dos seus intestinos. Se ele apanhou bosta de outro, então a coisa é diferente, se calhar era um tipo da associação de estudantes.
At 11:29 da tarde, xistosa, josé torres said…
Antes que me disperse.
A actividade política e a escatalogia da casa de banho, ou da premonição do homem?
Então o dito cujo deixou os despojos das alvoraçadas funções intestinais nas fúcias suásticas?
Numa leitura rápida, não aprofundada, há "coisas" que ficam. Descobri quando o Carlos Cruz aprendeu a espalhar manteiga no pão.
Foi Rafael Correia, com o seu "Lugar ao Sul", a única pessoa que me conseguiu modificar o horário do meu ténis de sábado. Já não me recordo bem, mas ia para o ar ás 9 horas de sábado (jogava das 11 ao meio-dia) e depois bruscamente lançaram-no para umas impróprias 7 da matina, até "morrer". Deixou saudades.
É muito pessoal, mas para mim foi um dos maiores e melhores programas de rádio.
Vou ficar por aqui...
Amanhã atravesso a estrada para continuar.
Espero que a semana lhe comece bem...
Boa noite.
At 12:49 da manhã, São said…
Eu acho que o Tollan e o Cavaco ...não há acasos, não!
Feliz semana
At 7:23 da tarde, Paulo said…
Aqui aprende-se muito....mesmo que os estudantes tivesse "parado na idade media".
Grande abraço
Paulo
At 12:53 da manhã, xistosa, josé torres said…
Afinal o amanhã vai ser mesmo amanhã.
Depois do Telejornal fiquei com a barriga colada ás costas... nem consigo respirar...
Boa noite.
At 11:01 da manhã, Rafeiro Perfumado said…
O Cavaco Silva deu aulas na minha faculdade, e um dos meus professores foi seu aluno. Contou-nos que ele tinha um mini e um certo dia deixou de aparecer com ele. Foram dar com o seu novo BMW, estacionado bem mais longe, para não dar nas vistas.
At 3:57 da tarde, Ana Casanova said…
Meu amigo, venho deixar-te um beijinho e desejar um bom fim de semana.
Lá ando a colocar como me costumas dizer, livros nas prateleiras...;)
Tenho andado ausente mas acredita que não me esqueço dos amigos.
At 9:29 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Jose Torres: parece que as melhores ideias saem na casa de banho, pelo menos na Faculdade de Letras era um lugar de cultura, o que já não posso dizer o mesmo do resto do espaço.
Não tinha conseguido encontrar o horário do “Lugar ao sul”, na altura tinha comprado um walkman, quando apareceram, daqueles primitivos, que eram só rádio, mas aquilo apanhava mal as estações, que também eram poucas. Cheguei a ouvir o “Pão com manteiga”, porque estava em casa, é que o rádio não dava para andar nas ruas, em certos sítios não se ouvia nada, o som falhava, era irritante.
O governo tomou a ideia de empobrecer a sério. Só que não dará o resultado que eles lá têm nos livros e modelos que aprendem na universidade. Um país, que por força da entrada no euro, ficou sem os instrumentos financeiros normais de um estado soberano, está tramado, para corrigir desequilíbrios económicos, é fazer como estes fazem, tomar medidas e rezar muito para que o tempo passe e traga algo de novo.
At 9:29 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: o Tolan era a melhor atracão turística de Lisboa, foi pena terem tirado, o Cavaco Silva também, foi pena terem-no posto.
At 9:29 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Paulo: pelo que tenho lido, as universidades sem massa, as pessoas terão que estudar pelos blogues, enquanto ainda tiverem dinheiro para a eletricidade, que isso também vai levar aumento de se lhe tirar o interruptor.
At 9:29 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: um BMW branco, ele já tinha o carro quando foi para as Finanças de Sá Carneiro, mas não levou o carro, se calhar tinha medo que o roubassem, já naquela altura as finanças estavam muito em baixo.
At 9:30 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Ana Casanova: como estão as coisas até as prateleiras terão que ir para o prego, se forem de madeira estarão lixadas… serão marteladas.
At 10:33 da manhã, São said…
Pois, foi por isso que disse que havia ali um ponto de contacto.
Aliás, pode-se agradecer a Cavaco o íncio desta colossal (é assim que eles dizem , não é?)catástrofe!
Se não me desse um ataque de raiva quando agora o ouço perorar sobre o mar e a agricultura, que o grande idiota destruiu sistemática e deliberadamente enquanto Primeiro-Ministro, dar-me-ia vontade de rir !
Bom fim de semana
At 12:08 da tarde, xistosa, josé torres said…
Um Panasonic resolvia o problema, apanhava todas as estações e apeadeiros... até a rádio Argel (Rádio Portugal Livre) em 1969/72).
Parece-me que estamos mais próximos desses tempos. Se for assim, como despojo, só quero uma orelha de um "meliante".
Mas enfim...
Que tenha um bom fim de semana.
(eu vou tentar adquirir um telemetrógrafo que me desenha o futuro político.
At 12:08 da tarde, xistosa, josé torres said…
Um Panasonic resolvia o problema, apanhava todas as estações e apeadeiros... até a rádio Argel (Rádio Portugal Livre) em 1969/72).
Parece-me que estamos mais próximos desses tempos. Se for assim, como despojo, só quero uma orelha de um "meliante".
Mas enfim...
Que tenha um bom fim de semana.
(eu vou tentar adquirir um telemetrógrafo que me desenha o futuro político.
At 12:39 da tarde, José said…
Pois eu dei uma olhadela lá bem para trás, desde que Portugal era menino, e sempre o vi com a corda na garganta, eu nasci com ela bem apertada ao meu pescoço, mas ainda respirava se não teria morrido,depois afrouxou um bocadinho, mas sempre com ela. Depois que entrou o Cavaco, e a sua quadrilha, a corda não mais parou de me estrangular, já mal posso respirar, mas ainda tenho uma caixa de fosfores para fazer um fogo, com cavacos e silvas, e resto das lixeiras que há por aí.
Tenha um bom fim de semana,
José.
At 12:48 da tarde, José said…
Uma coisa ele tinha razão, quando ele dizia em campanha na primeira vez que se candidatou a Presidente, ele dizia que a avó dizia, para nunca porem os ovos todos no mesmo cesto, mas essa seita sempre quiseram tudo, um governo e um presidente, e agora aqui temos toda esta gente incompetente.
At 11:25 da tarde, DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO said…
the beat is the beat of life
a powerful beat ou beata uma cousa assis fernando
ou o outro monhé da rotunda de 750 mil
costas do castelo
não têm mouros na costa
nem pintos da costa
At 11:44 da tarde, xistosa, josé torres said…
Tenhamos todos calma e aguardemos que estes políticos conduzam a gentalha para o céu (certamente que alguns, muitos, irão para o inferno, mas isso só depois do julgamento etéreo).
Parece-me que daqui a 30 ou 40 anos, já teremos as areias do deserto para trás...
(felizes os com Alzheimer que não conhecem políticos)
Um bom fim de semana
At 7:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: eram outras condições. Líderes que tenham visão de futuro, no mundo, até hoje foram muito, muito pouco, a situação normal é seguirem os acontecimentos. São as circunstâncias que fazem as pessoas e não o contrário. Os líderes, se a conjuntura é favorável, governam “bem”, se for má, é o que se vê. Com as quedas na riqueza global dos países ricos, de 80% para cerca de 60% nesta última década, fez dos líderes políticos aquilo que eles são: uns Obamas, uns comediantes, homens do espetáculo. Entretêm e toda a gente fica feliz.
At 7:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José: de facto nunca houve tempo histórico em que Portugal tivesse respirado, respirou só para alguns, no tempo do ouro do Brasil e dos fundos europeus quando Cavaco era primeiro-ministro, de resto tem sido miséria atrás de miséria.
At 7:46 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José (cont.): Ter uma avó sábia e com dinheiro para ovos foi sorte de Cavaco. Foi pena ela não o ter ensinado a cozinha, hoje seria um desses chefs nos júris de concursos, a enervar-se no Facebook.
At 7:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
THE ON RÁ dos PADRINHOS E AFILIADOS AFILHADOS: a rotunda parecer ter sido uma boa ideia, não haverá carros a circular por lá em 2013, sempre poderá ser usada como passeio público.
At 7:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José Torres: um Panasonic resolvia mas seria difícil de carregar todo o dia, por isso é que apareceram aqueles para meter na cintura, em que o fio dos auscultadores era a antena, marca Decca, mas aquilo tinha falhas na captação do sinal. No futuro nem dinheiro para pilhas, quanto mais aparelhos. Talvez se volte ao tempo em que se comprava a música em pautas e ia-se para casa cantar ou tocar ao piano (que atualmente estará no prego e a casa foi confiscada pelo banco ou pelas Finanças, logo, cantar, só sob as estrelas).
40 anos a violar! Que dirão os outros povos? O horror! e ainda por cima a dívida é nova, tem 40 anos, é um bebé, lá se vai a nossa credibilidade, tão a ferros conseguida. Isto vai ter um bonito fim, ai se vai.
At 12:54 da tarde, cdr said…
No blog do Manuel Falcão tem apontamentos sobre vários temas em cada post e eu gosto da variedade e de serem pequenos.
http://aesquinadorio.blogs.sapo.pt/399296.html
Neste caso dos posts deste blog tem muitos em variados temas de interesse mas mais uma vez sugeria uma nova abordagem da colocação dos posts. Os posts sobre os SAW poderiam sempre ser vários mas em separado. O mesmo para quando há abordagens mais extensas a programas de televisão, cinema, etc
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