Luz
negra
Diógenes
de Sínope arrojou um galo depenado aos discípulos de
Platão iluminando-os: aqui tendes o Homem de Platão! O mestre brunira a
essência humana de paquife quididade no “Político”: “a
política é a arte de criar rebanhos de animais que não são nem aquáticos nem
aéreos mas terrestres, que não são cornúpetos mas sem cornos, que não são
quadrúpedes mas bípedes, que não são plumados mas têm a pele nua. A política é
a arte de criar rebanhos de bípedes implumes” [1], implume, duas pernas calandradas, como a Doda: “XXX” [2]. Bestificar toda uma espécie só porque vive
organizada sob líderes não é descomedido, mensura o pacto urnário entre
governadores e governados, uns põem ovos, os outros fazem omoletas. Quando, pela crisofila
madrugada, o cocoró de Passos Coelho: “nós sabemos, só vamos sair desta
situação empobrecendo em termos relativos, em termos absolutos até, na medida
em que, o nosso PIB está a cair” [3], o povo,
fiscalizador, cacarejaria: onde estão as condições para essa penúria? O povo imiscui-se
nos affairs públicos. Isto não é
1963: “não era possível esperar que as massas aceitassem parcimoniosamente a
perda das suas conquistas, o seu empobrecimento, para pagar as libertinagens e
preservar os privilégios da classe dominante”, (nas “Actas Tupamaras – uma
experiência de guerrilha urbana no Uruguai”), e lhes “despertar
a consciência e fuzil” (hino do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros)
[4].
A
imiscuição popular acravará a lista de reivindicações para a boa consecução das
políticas dos pastores. O povo vacinou-se de que os líderes caranguejam, de que
se lhes extinguiu a velha cepa, “os homens conhecem-se pela palavra e os bois
pelos cornos”, e falam, falam, e de palavra? nada, nem uma marrada acertada. Desta
vez, a força está no povo, para reclamar as condições para empobrecer, e só tem
que sacholar nas tradições muito nossas, extemporaneamente abolidas, e exigir:
a reinstalação das lixeiras a céu aberto, um monte de oportunidades para as
classes mais baixas de acesso ao consumo e de verdadeira reciclagem nacional; a
restauração dos terrenos baldios para construção de barracas para desgarre dos
impostos contra o património; fim da videovigilância para agilizar roubos nos
supermercados; olhos fechados dos fiscais aos sifões para desviar água e às baixadas
dos postes de eletricidade… e com o “saber governar bem” [5] dos eleitos: a morte dos velhos para sustentabilizar
a Segurança Social e a emigração dos jovens para assear as estatísticas do
desemprego, e Cavaco Silva: “a situação atual no nosso país não é uma
fatalidade e os portugueses devem de facto pensar isso mesmo, não é uma
fatalidade. Se nós cumprirmos rigorosamente os compromissos que assumimos
perante as entidades internacionais, há uma grande possibilidade de melhores
dias chegarem no futuro”, se não chegarem, sempre haverá a caridade: “Too many florence nightingales / Not enough robin hoods”: “Flag Day”, dos Housemartins [6].
Povo
marinho, “Sail” [7] (rock
eletrónico americano, AWOLNATION) – por
40 anos, seus dirigentes embarcaram no frenesim de contrair dívida e aldrabar
as contas, emparelhando com a Grécia, num destino padejado nas estrelas do
firmamento, Kasia Struss foi
capa da Vogue
grega de fevereiro 2010 e da Vogue
portuguesa de março 2010 [8] – para toda a eternidade
[9]. O marinheiro (Kevin Costner) deparar-se-á
com os destroços, fundidos na língua, o portugrego, falada no entreposto
comercial em “Waterworld”
(1995). Povos saldunes, apesar da pernada de Passos Coelho: “eu espero que
Portugal se possa aplicar ainda com mais determinação e mostrar, quer à União
Europeia, quer ao mundo, que nós não seguiremos estes exemplos (ameaça
de Papandreou de um referendo ao segundo resgate), não queremos ser
confundidos com o que se está a passar na Grécia e isso depende inteiramente de
nós”. Sotopostos salvadores: Herman Van Rompuy, diz-se, presidente do Conselho
Europeu, depois do perdão de 50% da dívida grega: “queremos pôr a Grécia no bom
caminho, de modo a que, em 2020, tenha reduzido a sua dívida pública para 120%
do PIB”, e cujo final: “We goin’ light it up / Like it’s dynamite” (pop americano, China Anne McClain [10]).
E os estilhaços já escabujam. Alain Badiou apanhou-os na sua declaração “Vamos
salvar o povo grego dos seus salvadores!”: “25 000 sem-abrigo vagueiam pelas
ruas de Atenas … os novos pobres disputam o lixo em aterros sanitários” [11].
Nos
apertos da crise, a invenção remirá: os gregos, com 55 mil polícias no ativo,
remoinho de fundos públicos, parados nas esquadras, projetam alugá-los para
serviços de segurança, preçário:
bófia 30 €/hora; mota 20 €/hora; carro blindado 40 €/hora; barcos patrulha 200
€/hora; helicóptero 1500 €/hora. O município catalão de Rasquera aprova,
num referendo, uma proposta do alcaide para pagar dívidas: alugar um terreno de
7,5 hectares ,
(7 estádios de futebol), à Associação Barcelona Cannábica de Autoconsumo, para
plantar marijuana. A concessão criaria 40 postos de trabalho e renderia mais de
um milhão de euros em dois anos ao município. Portugal tem 10 estádios de
futebol a crescer ervas daninhas, 21 mil bófias gordos e bem pagos a bacorizar
nas esquadras, e a linha solucionista dos eleitos não lhes roça, é: inventar um
imposto ou multa por dia. E, na política big
picture, o furente líder da oposição
e o adeleiro primeiro-ministro, em contubernal discorde, assinaram a inscrição
da “regra
de ouro” na Constituição ou em lei de valor reforçado, esquecendo-se da
regra que deveriam sinetar a ouro, diamante, platina, lítio, dívida pública: a obrigatoriedade
de pedir a vinda do FMI cada lustro ou, no máximo, uma vez por década.
Ao
povo mais cumpridor da Europa, numa madrugada de nevoeiro regressarão os 13º e
14º meses, recompensados do Alto pela filoginia de Cristiano Ronaldo: “os
golos, como um lendas do futebol me ensinou, os golos é como o ketchup, quando aparece, aparece tudo de
uma vez, por isso não estou preocupado”. Autobiografa-se: “como uma pessoa q’é
sincera, ingénua muitas das vezes, mas q’isso faz parte da minha personalidade,
e por isso as pessoas gostam de mim, às vezes, se calhar, com esta carinha eh
eh eh eh ou não, mas tudo enquadra-se”. O jogador tem uma nova amiga Malena Costa [12]. Um colchão de ideias peregrina a Europa de como resgatar
países, espremendo os povos na verdade económica suprema: não há enriquecimento
sem exploração. O povo não tem novos amigos que lhe disjunja, Bakunine:
“desenvolveu-se no seio da Internacional mais ideias do que as necessárias para
salvar o mundo, se as ideias apenas pudessem salvá-lo e desafio quem quer que
seja de inventar uma nova. O tempo não é mais para ideias, ele é para factos e
para atos”, qualquer recurso à ação proporcional expiraria com o Estado a abater
cabeleireiras nas ruas: Petra
Schelm [13].
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[1] Em “Refutação
da filosofia triunfante” (1976) de Orlando Vitorino,
filósofo, pré-candidato
às eleições presidenciais de 1986 com estranhas propostas: “deixar de remunerar
a classe política”. As traduções antigas portuguesas coloriam-se para terem
mar, muito mar, no diálogo “O Político”, a definição,
tirada a ferros pela parteira Sócrates, é: “eu digo que deveríamos ter começado
por dividir os animais terrestres em bípedes e quadrúpedes, e uma vez que o
bando alado, e apenas esse, aparece na mesma categoria que o homem, deve-se
dividir os bípedes entre aqueles que têm penas e aqueles que não têm, e quando
eles tiverem sido divididos, e a arte da administração da humanidade é trazida
à luz, terá chegado a altura de produzir o nosso Estadista e governante, e
colocá-lo como um carroceiro no seu lugar, e entregar-lhe as rédeas do Estado,
porque isso também é uma vocação que lhe pertence”.
[2] Dorota “Doda” Rabczewska, 1,69 m , 88-63-88,
cantora polaca nascida a 15 de fevereiro de 1984; na juventude treinou
atletismo durante quatro anos, venceu os campeonatos no Voivodeship nos 1000 e 600 metros e no lançamento
do peso; aos 16 anos era vocalista dos Virgin ► “To Ty”
(“és tu”) ♪ “Mam Tylko
Ciebie” (“eu só te tenho a ti”). Doda está quatro furos abaixo de Einstein
com um QI
de 156; por ter duvidado da Bíblia:
“porque é difícil acreditar em algo que foi escrito por alguém emborrachado de
vinho e a fumar algumas ervas”, foi multada em 5 000 zlotys (1.110 €) e a
Televisão Nacional Polaca (TVP) rescindiu-lhe o contrato, o administrador
Wojciech Bosak justificou: “é impossível para as pessoas que insultam os
cristãos aparecerem na TVP”. {Tatuagens –
no antebraço esquerdo, um erro
gramatical, em vez de “eu amo Radek”, tatuaram-lhe “para amar um Radek”, o
amor evaporou-se, e ela reciclou-a por outra em sânscrito}. Divorciou-se do
guarda-redes Radosław Majdan em 2008, e em 2009 namorava Nergal, o vocalista e
guitarrista do grupo de death metal Behemoth, a quem foi
diagnosticado leucemia: “a minha primeira reação foi dramática, tipo, ‘foda-se
é cancro!’. Foi muito emocional obviamente. Mas cinco minutos depois eu estava
tipo ‘ok, acorda porra’. Comecei a telefonar e a enviar SMS aos meus amigos, a
explicar com o que estávamos a lidar, como podíamos enfrentar este filho da
puta, e como foda-se podíamos vencê-lo”. (…). “No momento em que fiquei
internado e saiu para o público, tive esta reação de pessoas, tipo, ‘oh, isso é
provavelmente porque rasgaste uma Bíblia no palco e agora estás a pagar por
isso’. Então eu fiz uma declaração no nosso site
onde basicamente expliquei que, não, não me estou a converter; vou ficar ainda
mais anti-religioso e anticristão
no hospital do que eu era antes. E estou ainda mais determinado nestes dias. É
um paradoxo – tenho mais amor para algumas pessoas do que costumava ter, mas
pelo outro lado, tenho mais ódio e nojo pela treta religiosa”, na revista
Terrorizer nº 213. Quando ele saiu do hospital em 2011 finou-se o noivado: “quando
abandonei o hospital, simplesmente distanciamo-nos”, disse ele ► “Bad Girls” ♪ “Nie Daj Sie” (“não se
deixe”) ♪ “Katharsis”.
[3] Passos
Coelho em outubro de 2011: “não vale a pena fazer demagogia sobre isto. Nós
sabemos, só vamos sair desta situação empobrecendo em termos relativos, em
termos absolutos até, na medida em que, o nosso PIB está a cair. Mas isso vai
ser feito para sair desta crise e para recuperarmos o trajeto de crescimento
económico e não para ficarmos, como se costuma dizer, no buraco orçamental,
em que as medidas restritivas, retroalimentam consecutivamente, a perda de
competitividade e a recessão económica. O que estamos a fazer é para sair da
recessão não é para agravar a recessão”.
[4] Grupo marxista-leninista que
lutou pelo socialismo no Uruguai. “A guerrilha faz a luta armada para
conquistar as massas e por sua vez continuar a avançar. Depende vitalmente do
seu objetivo pois, se não vai conquistando, fenece. A luta armada é ao mesmo
tempo uma resposta e uma proposta política. ‘Se somos partidários da
omnipotência da guerra revolucionária, isso não é mau, é bom, é marxista’ (Mao
Tse Tung)”. Resolução das contradições em 1968 na Segunda Convenção Nacional: “aspira-se
à proletarização de todos os militantes através de uma alta cota de trabalho
manual, o trabalho ideológico, a prédica e a prática da austeridade para
evitar as deformações da luta armada urbana, anular os efeitos nocivos do
individualismo próprio da pequena burguesia e da classe média onde se recrutam
muitos militantes, formar o homem novo e aumentar a confiança mútua”. Uma das
suas ações foi o assalto à Rádio Sarandi, para transmitir um chamamento à luta
armada, durante o jogo para a taça dos Libertadores da América, entre o
Nacional uruguaio e o argentino Estudiantes de la Plata em 1969: “a respeito
da planificação só resta dizer que o ato de assaltar a emissora se efetuará
poucos minutos antes de finalizar o primeiro tempo da partida de futebol, de maneira
a poder irradiar a mensagem sem interferir com o relato”. Precedia a mensagem “Cielito de los Tupamaros”:
canção
composta em 1959 para o filme falhado “Ismael”
e proibida durante a ditadura. “A partida terminou com a eliminação do Nacional
por 2-1. Mas um tricolor fanático, que apesar de tudo parecia contente,
comentava à saída: ‘que me interessam os dois golos dos Estudiantes depois
deste golão dos Tupas…’”.
[5] Pedro Mota Soares, ministro
da Segurança Social, segura: “numa situação de austeridade, temos de saber
governar bem com os poucos recursos que temos. Esta crise, nesse sentido, é
também uma lição p’a todos os políticos, porque a partir daqui não é possível
continuar a governar mais lançando dívida que os outros pagam. Eu acho que os
eleitores também se apercebem disso muito claramente”.
[6] Canção sobre a redução da dívida pública, trespassando a responsabilidade
pelos pobres, do Estado, para as instituições de caridade. Os Housemartins traçaram a revolução marxista
(com influência cristã), em vários singles:
“Build”, o mercado livre
do imobiliário demolindo as habitações sociais; “Five Get Over Excited”, o
capitalismo compassivo dos conservadores
britânicos. Na tournée Adopt-A-Housemartin encorajavam os fãs a abrigá-los
depois dos espetáculos: “‘lembro-me de ir para a casa de uma rapariga’,
recorda Stan Cullimore. Ela acordou os pais para dizer: ‘ei, vejam quem temos
para passar a noite’. No dia seguinte, porque as minhas calças estavam sujas,
ela deu-me um par do pai dela. E ela escreveu-me a dizer que, na vez seguinte,
que estive no Top Of The Pops, ele disse: ‘fogo, aquele gajo está a usar as
minhas calças’”, na revista Mojo nº 190.
[7] Vídeo de Nanalew, um canal YouTube criado pela
canadiana Shawna Howson, e
realizado por Tessa Violet.
[8] Kasia
Struss, nome verdadeiro Katarzyna Strusińska, 1,79 m , 81-60-88, olhos
castanhos, cabelo castanho claro, modelo polaca,
nascida em Ciechanów a 23 de Novembro 1987.
[9] Vítor Gaspar, Setembro de
2011, na universidade de verão do PSD; apresentado como um homem austero; hobby: a leitura; animal preferido: o
cão; qualidade que aprecia: a sinceridade; a comida preferida: salada: “David
Westbrook diz isso por uma razão muito simples. Os países perduram sempre.
Não há qualquer espécie de dúvida que Portugal superará a crise. A questão que
depende de nós é, como e quão depressa seremos capazes de superar a crise?”. A
receita: “a nossa estratégia para sair da crise, vai ter de ser, baseada em
três elementos: a consolidação orçamental, a diminuição do ind e a diminuição
do endividamento, primeiros dois aspetos, e em terceiro lugar, uma estratégia
para ganhar de novo o potencial de crescimento da economia portuguesa”
[10] Do elenco da série do
canal Disney “A.N.T. Farm”,
nascida dia 25 de agosto de 1998 é atriz, cantora e compositora ► “Calling All the Monsters”,
com as irmãs mais velhas, Lauryn Alisa McClain e Sierra Aylina
McClain, (no vídeo), formam as McClain Sisters ► “Rise”.
[11] Alain
Badiou: “num momento em que um em cada dois jovens gregos está
desempregado, onde 25 000 sem-abrigo vagueiam pelas ruas de Atenas, onde 30% da
população desceu abaixo da linha de pobreza, onde milhares de famílias são
forçadas a dar os seus filhos para que estes não morram de fome e frio, onde
novos pobres e refugiados disputam o lixo nos aterros sanitários, os
‘salvadores’ da Grécia, sob o pretexto de que os 'Gregos' não fazem um 'esforço
suficiente' impõem um novo plano de ajuda que duplica a dose letal
administrada. Um plano que elimina o direito ao trabalho, e que reduz os pobres
à miséria extrema, tudo isto fazendo desaparecer do cenário as classes médias”.
[12] Malena
Costa
Sjögren,
1,76 m ,
89-67-92, sapato 41, olhos castanhos, nascida a 31 de agosto de 1989, em
Alcudia, Maiorca: “Miranda Kerr, Rosie Huntington y Blake Lively son mis iconos
de estilo”. Ela pertenceu a um dos grupos mais importantes da humanidade,
porque, esvaziando-os, estimula o rendimento: as namoradas de desportistas. É ex-namorada de Carles
Puyol, que a rifou por Giselle
Lacouture, e ela ficou desolada:
“pensei que Carles quisesse ficar sozinho”. É fã do conforto e das marcas low cost: “me encanta la moda, pero
también me gusta ir cómoda. No soy de las de sufrir por llevar el zapato más bonito”. {Blogue}.
[13] Os vates escreveram-lhe versos.
Mollie Wells, residente no Ohio, do grupo post-industrial
Funerals: descrito como “oceanos cinzentos e a terrível espera pelo sol”,
dedicou-lhe um projeto paralelo post-punk
e darkwave homónimo Petra Schelm
► “Buried Deep”. Cabeleireira,
nascida numa família operária de Berlim, militou na Außerparlamentarische
Opposition, onde conheceu Ulrike Meinhof e Horst Mahler, juntou-se, com o
namorado, Manfred Grashof, à Facção do Exército
Vermelho (RAF): fundado em 1970 por Andreas Baader, Gudrun Ensslin, Ulrike,
Mahler… nesse ano, ela viajou para a Jordânia, com alguns companheiros para
treino em guerra de guerrilha urbana, com a Organização de Libertação da
Palestina. O seu nome de guerra era Prinz. Procurada desde a primavera de 1970,
foi abatida aos 20 anos pela polícia de Hamburgo. No dia 15 de julho de 1971,
num carro com Werner Hoppe, esbarram num controlo da polícia. Hoppe consegue
fugir, mas Petra
Schelm é abatida com uma rajada de metralhadora. Uma bala penetra abaixo do
seu olho esquerdo. A polícia alega que disparou porque Petra abriu fogo com uma
9 mm . Em maio
de 1972 o Comando
Petra Schelm explode uma bomba no quartel-general do 5th Army Corps.
Andreas
Baader, condenado a 3 anos por fogo posto, obteve autorização para escrever
um livro sobre “organizar os jovens à margem da sociedade”, numa ida à
biblioteca do Instituto de Pesquisas Sociais, é libertado por quatro membros da
RAF.
Inicia-se uma luta pela destruição do Estado e o modo de produção capitalista. Emile
Marenssin: “o objetivo estratégico não será mais a conquista do poder do Estado,
enquanto estrutura mediadora entre a separação e a totalidade, mas a sua
destruição. O objetivo estratégico, visado pela classe média-proletária, é a
destruição da separação e portanto, imediatamente, a destruição das relações de
produção”, em “Da pré-história à história”. Uma luta armada: Ulrike Meinhof, (crê-se
escrito por ela), no jornal anarquista 883: “as balas atiradas sobre Rudi
(Dutschke) puseram fim ao sonho da não-violência. Quem não se arma morre.
Quem não morre é enterrado vivo: nas prisões, as casas de reeducação, nos buracos
(das cidades satélites), nas sinistras pedras dos novos imóveis, nos jardins-de-infância
e escolas sobrepovoadas, nas cozinhas perfeitamente organizadas, nos
inumeráveis palácios quartos de dormir”.
Textos
teóricos da RAF: “Sobre a concepção da guerrilha urbana”: “a guerrilha urbana tem por objetivo de tocar o aparelho de
Estado em pontos precisos, de os pôr fora de uso, de destruir o mito da
omnipresença e da invulnerabilidade do sistema. A guerrilha urbana supõe a
organização de um aparelho clandestino: alojamentos, armas, munições, carros,
papéis. É preciso ter presente o que Marighella descreve no seu ‘Mini manual de
guerrilha urbana’; o que nós sabemos a mais, por pouco que seja, estamos
prontos a dizê-lo a quem quiser pô-lo em prática”.
“Sobre
a luta armada na Europa ocidental”, julga-se escrito por Horst Mahler: “uma dúzia de combatentes que se empenham
verdadeiramente, e não discutem sem fim, podem fundamentalmente mudar a cena
política e desencadear uma avalanche. Na primeira fase, a tarefa consiste, por
ações apropriadas, demonstrar que é possível formar grupos armados e enfrentar
o aparelho do Estado, e que ataques surpresa podem ser um meio de fazer valer
com sucesso os interesses legítimos face a um sistema repressivo”.
cinema:
“The Darkest Hour” (2011), produção russo-americana: “em Moscovo,
cinco jovens lideram o ataque contra uma raça alienígena que atacou a Terra
através da eletricidade”, c/ Emile
Hirsch, Olivia
Thirlby: 1,63 m ,
76-58-83,
Rachael
Taylor: 1,73 m ,
76-66-86,
Veronika Ozerova,
Anna Roudakova: 1,83 m… aviso
legal: “todas as personagens que aparecem nesta obra são fictícias. Qualquer
semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência”. A raça que
ataca Portugal através da eletricidade não é alienígena, é de trazer por casa. António
Mexia, presidente executivo da EDP, mais um ano, mais uma justificação de cevados
lucros, contrários ao lânguido mercado interno: “efetivamente temos um ano de
lucro recorde, mas porquê? porque todos os anos também temos vindo a investir,
portanto é normal que consigamos esse esse objetivo. Mas que essa subida dos
resultados se deve a um crescimento de 11% dos resultados operacionais fora e a
uma descida em
Portugal. Esta é a questão essencial.
Resultam da capacidade de internacionalização da companhia. Mas são
efetivamente os melhores resultados, ou seja, subimos em relação ao ano anterior,
que tinham sido os melhores resultados da companhia”. (1
079 milhões de euros em 2010 / 1
125 milhões em 2011).
A
pitança abonada pela eletricidade saliva empreendedores e políticos – Paulo
Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, treteia no Parlamento, a pirueta
de 6% para 23% no IVA desse bem de consumo: “com este incremento, Portugal
segue a tendência da esmagadora maioria dos Estados membros da União
Europeia, que já tributam a eletricidade e o gás natural à taxa normal de
IVA. Relevo aliás, sendo o IVA um imposto harmonizado ao nível da União
Europeia, a eletricidade e o gás natural não se incluem, sequer, na categoria
de bens e serviços, constantes do anexo III da Diretiva do IVA, a que são
aplicados as taxas reduzidas”. Não somos nós, são os europeus! No parágrafo
seguinte da taxa do
IVA não relevou sequer o dependente de ministro: “os Estados-Membros podem
igualmente, após consulta do Comité do IVA, aplicar uma das taxas reduzidas aos
fornecimentos de gás natural, de electricidade e de aquecimento urbano”. A
tarifa da eletricidade é cherinola de que o povo não escapa, glândula mamária de
políticos cobradores de impostos, paveia engorda investidores. No total, um
ninho de ratazanas que um estudo de avaliação dos custos da universidade de
Cambridge, “Rents in the electricity generation sector”, remexeu com um pau
técnico: “o Estado estará a pagar 3.9 mil milhões de euros a grandes produtores
de eletricidade em rendas excessivas”,
logo saltou o ratão António
Mexia: “o estudo tem erros grosseiros, básicos, que o tornam basicamente
inútil, e inutilizável… ao que julgo saber, também não gosto porque não, o
próprio Governo terá considerado a sua não utilização por causa daquilo que são
as conclusões claras, os erros crassos, deste estudo”.
Crebro
gracejo se ouve de “repartição de sacrifícios”, e até o Governo declara estado
de emergência nacional para cortar despesa, e cortou-se nos rendimentos de
funcionários públicos, pensionistas e desempregados quando a tesoura arrombou
nos 2 500 milhões de rendas excessivas pagas pelo consumidor ao setor
energético. Henrique
Gomes, ex-secretário da Energia, embateu em cidadãos com direitos
adquiridos, os operadores do setor energético, não atendeu ao apelo de S.
Paulo, se não fosse casto, fosse cauto, e apagou-se-lhe a luz no Governo.
Doudejou ele numa entrevista: “o Estado tem de impor o interesse público, ao
excessivo poder da EDP” e que, na questão das rendas, o Estado deveria
atropelar os invioláveis direitos adquiridos, impondo “uma decisão
unilateral e soberana”. “Seria revolucionário, mas não legítimo de um Estado de
direito”, disse em tempos Carlos
Zorrinho, um socialista. Num Estado de direito Henrique Gomes seria
internado, num Estado entortado demitiu-se, pelas razões amoedadas por Carlos Moedas,
secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro: “confirmo essa demissão
por razões pessoais e familiares do sr. secretário de Estado, mas sabe, um
Governo funciona como uma equipa. O trabalho que o secretário de Estado da
Energia começou e que tem a ver com as medidas que estavam no memorando da troika,
porque aquilo que nós temos p’a fazer na área da energia já estava nesse memorando
da troika e portanto nada muda … nada muda”.
A
troika tropeçou no chorume do Estado, as rendas excessivas, e ordenou-lhe o fim
no memorando: “sobrecustos
associados à produção de eletricidade em regime ordinário: 5.6. tomar
medidas de modo a limitar os sobrecustos associados à produção de eletricidade
em regime ordinário, nomeadamente através da renegociação ou de revisão em
baixa dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) paga a
produtores do regime ordinário e os restantes contratos de aquisição de energia
a longo prazo (CAE)”. O preço da eletricidade em Portugal não decorre da
produção, de operadores a competirem no mercado livre, mas de políticas
energéticas dos estadistas. Os governantes têm eleições a ganhar e, depois de
darem o melhor de si à causa pública, desandam para as empresas privadas, e as
do setor energético desembolsam balúrdios pelo marketing de um ex-ministro nos seus sofás, então, enquanto estão
ativos, optam para um saco multicolorido chamado custos
de interesse económico geral. Bela antonímia, o interesse é de um grupo
restrito, aquele que se amaquia da maior parcela, do sobrecusto (a diferença
entre o que custa comprar no mercado e aquilo que é pago aos produtores através
de bombons como CMEC e CAE); nesse saco há outros custos como a taxa para que o
preço na Madeira e Açores seja igual ao do continente, a portagem paga aos
municípios pelo uso do solo e ar, e mais outras 14 bicadas na fatura da luz,
que somariam 2.5 mil milhões.
Na
fatura da luz, 58,6% são para CMEC, CAE e outras rendas, 31% para a
eletricidade, e o resto distribui-se pelos impostos e outros encargos. Uma
conta de 60 €, se cessassem os subsídios aos produtores, baixaria
automaticamente para 24,84 €, e se concorressem no mercado livre, como em
Portugal há excesso de oferta de eletricidade, pela lei da oferta e da procura,
o preço desta decairia. Desde 1994, os governantes, para protegerem o dinheiro
dos investidores, têm-nos mimado com lucro garantido nos contratos de aquisição
de energia (CAE). Nesses tranquilos anos 90, um produtor tinha rentabilidade
assegurada de 8,5% acima da inflação durante 15 anos, no mínimo, que iria para
a fatura da luz, se os Governos não lhes pedissem por favor que adiassem a
cobrança, por causa do impacto sobre os eleitores, e assim se foi construindo
um monstro chamado défice tarifário: em 1999 era de 200 milhões, atualmente são
2.4 mil milhões, sempre a subir, com juros que rondarão os 300 ou 400 €. A
responsabilidade deste pulo nos euros devidos à EDP & friends é a política energética da romaria que escabulhou os fados
do país desde o palácio de S. Bento.
A
opção das energias renováveis foi a grande catástrofe. Os políticos tinham algo
para “obra feita”, algo que caía no goto dos eleitores: a salvação do planeta,
e para canalizarem investimento, da alcatra alta da sociedade, que não é tola
para correr riscos com o seu dinheiro, garantiu os lucros a todo o bicho careta
que montasse um parque eólico no cimo de uma fraga. José Sócrates visionou-lhe
a meta dos 5 500 megawatts / hora de capacidade eólica, como o país consome
quase isso e os outros produtores, das centrais elétricas clássicas, carvão ou
gás, ou da cogeração etc. também têm os lucros protegidos por contratos mesmo
que não produzam, a solução, para não aumentar a conta da luz nas percentagens
noticiadas, é atirar para o défice tarifário. No horizonte do mercado ibérico de
eletricidade (MIBEL), os operadores do setor energético protegem os seus lucros
numa troca de CAE por CMEC, e a garantida rentabilidade original de 8,5% acima
da inflação amplia-se para 15%. Quando o mercado abriu em 2007 o Governo de
José Sócrates recebeu o manguito quando sugeriu aos produtores que vendessem e
competissem nesse mercado. Só um pateta trocaria 15% certos pela incerteza do
mercado. E o valor do défice tarifário soma e segue para o impossível de pagar.
A
troika assustou-se com o berro que o défice tarifário dará e obrigou o Governo
a travá-lo até 2013 e a extingui-lo até 2020. Só há duas formas de travar esse
défice: cortar nas rendas pagas aos operadores ou aumentar desvairadamente os
preços da eletricidade aos consumidores, extingui-lo é outra conversa,
requererá mais impostos. Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia: “quando
nós chegámos ao Governo estava projetada uma subida da eletricidade, 30% para os consumidores e de 55% para as empresas. Nós temos estado a
trabalhar com muito empenho para que tal não aconteça, não vai acontecer”. O
aumento foi “somente” de 4%.
Que milagre foi este? fanfarrear de ministro derrota o poder económico? O povo fantasia
egrégios heróis, dirigentes atomatados, que agarram os cabrões da EDP pelos
postes de alta tensão e os obriga a não roubar. Uma quimera de povo com
História. Depois do cálculo do aumento anual da eletricidade publicado pela
ERSE, os dirigentes vão respeitosamente negociar. O respeitinho é muito bonito
pois no futuro provavelmente estarão nos quadros da empresa, então dialogam: não
aumentem tanto, pensem nas famílias, que tal 2%? O quê? vocês andam na coca
marada? nem pensar! ficaríamos com problemas de tesouraria e os acionistas sem
dividendos. Palavra puxa palavra, umas garrafas de água depois e lá concordam
nos 4%. E os 26% que restaram? vão para a folha de couve? o cubo de gelo? as
areias de Alcácer-Quibir? Vão para mais perto. Vão para o défice tarifário. Nem
o novo
imposto arcabuzará este pato.
“O
crescimento global dos preços de electricidade de 2012 para 2013 não será
inferior a 11%”.
Que não, balbucia o Governo, que os aumentos serão de 1% ou 2%, ou seja, irão mais
10% ou 9% para o crédito que os consumidores têm na EDP & friends, mais uns 850 milhões. E, numa
avaliação lúcida, porque não querem cá voltar, dentro de uns anos, com outro
empréstimo, para o Estado português pagar à EDP & friends, a troika ordenou que o Governo termine com esta
brincadeira cara aos consumidores. E, quem está familiarizado com a jogatina
nesta tavolagem, facilmente antevê as renegociações das rendas excessivas. Ao
fim de extenuantes sessões de trabalho: ok, aceitamos descer dos 15% para 7,5%.
Vitória! Vitória do Governo! Escondido nas entrelinhas estará que a renda, em vez
de se estender pelos 15 anos, estender-se-á por 30, ou que o Estado ficou mais
pobre noutro lado qualquer. O mistério adensa-se: quem pagará o défice tarifário?
Ninguém acredita que sejam os consumidores.
música:
Sons de
Londres – “no
passado, a música era algo que se escutava e se sentia – era tanto um evento
social como puramente musical. Antes de a tecnologia de gravação existir, não
se podia separar a música do seu contexto social. Canções épicas e baladas,
trovadores, entretenimentos da corte, música de igreja, cânticos xamanísticos, cantorias
nos bares, música cerimonial, música militar, música de dança – estava praticamente
tudo ligado a funções sociais específicas. Era comunitária e frequentemente
utilitária. Não se podia levar para casa, copiá-la, vendê-la como uma
mercadoria (exceto como partitura mas isso não é música). A música era uma
experiência intimamente intricada com a sua vida. Você podia pagar para ouvir
música, mas depois de o fazer, acabou-se, foi-se – uma memória. (…). A
tecnologia alterou tudo isso no século XX. A música – ou o seu artefacto
gravado, pelo menos – converteu-se num produto, uma coisa que podia ser
comprada, vendida, comerciada e reproduzida infinitamente em qualquer contexto.
Isto inverteria a economia da música, mas os nossos instintos humanos
permaneceram intactos”, David
Byrne.
Uma
mercadoria tão grande como a vida renderá lucros maiores que a própria.
Empresas piratearão a fraqueza humana pelos sons muito para além do limite da
extorsão. Cegos pela cupidez os seus gestores, ultrapassados pela economia e
tecnologia, no século XXI, assanham-se contra o consumidor, estripando-o de
qualquer direito, exceto abandejar-lhes dinheiro ad aeternum. Para o Universal Music Group
“a questão aqui é quem possui os CDs. A Universal argumenta vigorosamente que
nunca transferiu a propriedade quando os distribui e que os discos são apenas
‘licenciados’ àqueles que os recebem. Cada disco inclui texto que deixa claro
que ‘este CD é propriedade da gravadora e é licenciado ao pretendido
destinatário apenas para uso pessoal’”. As editoras fonográficas acovilham-se nos
inimigos imaginários: “eles são o bicho-papão
das companhias discográficas: o jovem de 15 anos, no seu quarto, a roubar o
mais recente álbum de uma vedeta e partilhando-o com os seus amigos tem sido
acusado por trazer uma indústria de joelhos” – para encobrirem a sua negação de
que a “pirataria
é um problema de serviço”, que a venda de música a preços razoáveis reduziria,
e o aspeto lucrativo da partilha de ficheiros: “quando os Plushgun lançaram o
seu álbum ‘Pins andPanzers’, foi o álbum mais descarregado no popular site peer-to-peer What.cd,
com mais de 10 000 músicas descarregadas ilegalmente. ‘É apenas uma questão de
se adaptar’, disse Dan Ingala. ‘Ao mesmo tempo, está a ajudar-nos a criar um público’”.
A
dança histérica dos números, pelos líderes do mercado das cançonetas, os EUA
e o Reino Unido, embarra a
atenção com um absurdo comercial: baixam as vendas, acrescem os lucros, enfardelando,
pela porta do cavalo dos relatórios de contas, os novos filões do negócio como as
bandas sonoras de filmes ou videojogos. (No Portugal, país subdesenvolvido, de
subdesenvolvidos gestores, capazórios de vender apenas fado, o bitoven luso Tózé
Brito quer sanções, quando a produção musical é lixo e os mercados não
mentem: “venda da música em Portugal caiu 40% no 1º semestre de 2011” ). Com o puro roubo aos
consumidores, compensam, as editoras, a pura incompetência e gestão danosa: “Kevin Cogill
foi preso no verão de 2008 sob ameaça de arma e acusado de fazer upload de nove faixas do álbum Chinese
Democracy no seu site de música –
antiquiet.com. O álbum, que custou milhões e demorou 17 anos a ser concluído,
foi lançado dia 23 de Novembro de 2008 e alcançou o número 3 nos tops”: custo superior a 13
milhões de dólares, 928,571 cada faixa. A sentença
não foi muito cruel, dois meses de prisão domiciliária, pior seria se fosse coagido
a ouvir, sem ver, a ass music americana,
o valor acrescentado por um bom rabo, como Ciara – Jean-Luc Godard:
“primeiro houve a civilização grega. Em seguida, houve o Renascimento. Agora
estamos a entrar na Era do Rabo”.
Os
amauróticos políticos europeus satisfazem ordens dos seus donos, a indústria
americana, e marralham. “David
Lammy, ex-ministro
trabalhista para a propriedade intelectual, disse: ‘o download ilegal rouba a nossa economia de milhões de libras a cada
ano, seriamente prejudicando comércio e inovação em todo o Reino Unido. É algo
que precisa de combate e estamos empenhados em fazer isso”. Papagueio malsão de
uma indústria de embustice:
“você está a matar as nossas indústrias criativas. Descarregar custa biliões,
disse o Sun. ‘Mais de sete milhões de britânicos usam sites de download ilegal
que custam à economia biliões de libras, assessores do Governo dizem hoje.
Investigadores descobriram mais de um milhão de pessoas a usar um site de download num dia e calcularam que num ano eles usariam material num
valor de 120 mil milhões de libras”. Se esse material fosse iPodável, com
qualidade bastante para ser conservado num leitor digital, estes números seriam
“reais” e catastróficos, e não uma trapaça. O acesso ao ficheiro protegeu o
consumidor de espatifar o seu dinheiro num engodo qualquer da indústria, que
aforçura o vómito à segunda audição, e o fim de maior parte desse material é delete – salvo os Orlando Riva Sound, eurodisco alemão.
A
limitada inteligência cibernética dos políticos europeus – Stephen
Timms, num e-mail: “proprietários de copyright têm atualmente capacidade de
ir on-line, procurar por material de
que possuem o copyright e identificar
fontes não autorizadas para esse material. Eles podem então procurar
descarregar uma cópia desse material e, fazendo isso, capturar informação
acerca da fonte, incluindo o endereço Intellectual Property (IP)” – conluiou-os
num ataque aos cidadãos. Como não são eleitos, nem lhes delegaram poderes,
amaltam-se com quem lhes paga férias, iates, carros, e negociaram secretamente,
conspiratoriamente, e assinaram a 22 janeiro as imposições de Hollywood, no ACTA (Anti-Counterfeiting
Trade Agreement): a disseminação da figura do polícia no tráfego da Internet. Helena
Drnovšek-Zorko, ministra dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, trasteja: “não
relacionei o acordo que me mandaram assinar e o acordo que, na minha opinião de
cidadã, limita e suspende a liberdade de uso da maior e mais importante rede da
história humana, e que vai limitar o futuro dos nossos filhos”. E Martin
Schulz, presidente do Parlamento Europeu, borrifa: “tal como está, não me
parece que seja positivo”. – A joldra política europeia amoderna o controlo
social, afuroar com a polícia normal é dispendioso, e na política de austeridade,
insuficiente, então trina o chamamento de cada um polícia dos outros, e o povo
sem pão nem circo… “Ooh, YesI Do”, (“a melhor exportação da Holanda”, as Luv’) / “TrojanHorse”: a Inspeção-geral de Atividades Culturais (IGAC) e a treda
Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) assinaram um acordo em 2010 para o
espalhamento de honeypots,
dissimulados de ficheiros de música, para caçar piratas.
Um
negócio de biliões de euros, espeleólogos da alma humana sofraldam-lhe razões: Nietzsche
(1871): “o simbolismo cósmico da música resiste a qualquer tratamento adequado
através da palavra, seja pela simples razão de que a música, referindo-se à
contradição e ao sofrimento primordiais, simboliza uma esfera que ao mesmo
tempo é anterior à aparência e se situa além dela”. Claude Lévi-Strauss (1964):
“pensar mitologicamente é pensar musicalmente. De todas as linguagens, só a
música une os atributos contrários de ser e ao mesmo tempo inteligível e
intraduzível”. Jimi Hendrix (1969): “a música em si é uma coisa espiritual. Não
se pode cortar uma fatia de uma onda perfeita do mar e levá-la para casa. A
música está em movimento o tempo todo. É a maior coisa eletrificando a Terra”. Os
preços desmedidos das editoras discográficas, lucros absurdos, mais as
perseguições judiciais, outros lucros fáceis e milionários, acossa o consumidor
a ouvir as pedras da calçada… ou o silêncio de uma “DeadFall” (metal
feminino de São Paulo, HellArise).
Dizia
Dizzy Gillespie: “não me importo muito com a música. O que eu gosto é de sons”,
e os sons das ruas são um excelente produto de marca branca ao preço /
qualidade das edições musicais atuais; – em Londres: “Day
Sound Map”.
Nas
ruas tocaram os Destroy All
Monsters, grupo de Detroit, (1973-1985), descrevem a sua música como antirock. “Influenciados por Sun Ra,
Velvet Underground, a editora
ESP-Disk, filmes de monstros, a cultura beat
e o futurismo. (…). No fim de ano de 1973, o primeiro concerto dos Destroy All
Monsters realizou-se numa convenção de BD em Ann Arbor , Michigan. Na
época, os instrumentos eram um violino, um saxofone, um aspirador e uma lata de
café. Tocaram uma versão demente de ‘Iron Man’ dos Black Sabbath e foram
convidados a sair após dez minutos. O grupo apresentava-se guerrilla style,
construindo-se de borla em festas e tocando por comida ao longo das
fraternidades de estudantes de Ann Arbor. Eles usavam instrumentos modificados,
uma drum box, loops gravados,
brinquedos eletrificados, teclados baratos e dispositivos eletrónicos partidos”
→ “Paranoid
of Blondes” ♫ “Nov
22nd” ♫ “Party Girl”.
– No grupo expandiam-se dois artistas: Mike Kelley (27 de outubro 27,
1954 / 31 de janeiro, 2012) e Niagara
(Lynn Rovner): a “rainha
da pop art de Detroit”, “com um estilo que parece girar em torno do arquétipo
da femme
fatale”; ela sobre o barbudo género: “homens a sério gostam de punk. É engraçado como o termo
sobreviveu. É uma versão hard-core,
áspera, esfarrapada do rock and roll de
músicos incultos”;
também pertenceu aos Dark
Carnival; e, numa homenagem aos Gun Club, cantou com os Demolition
Doll Rods: banda c/ a pouco vestida Margaret
Doll Rod,
voz, guitarra, composição; Danny Doll Rod, voz, harmonias; Christine Doll Rod,
também conhecida como The Thump / Thumper / Thumpurr, bateria, substituída em
2006 por Tia “Baby T” Doll Rod → ao vivo
♫ “Spoonful”.
Dentro
portas há sons substitutos da música. Nattefrost, músico do verdadeiro, primitivo,
de vistas curtas, black metal, o anticristo norueguês, vocalista
dos Carpathian Forest, Bloodline e World Destroyer, grava as suas inspirações fisiológicas: “Nattefrost Takes a Piss”, 9ª faixa do CD “Blood and Vomit” (2004); e “Eine Kleine Arschmuzick”, 6ª faixa de “‘Terrorist’ (Nekronaut PT1)” (2005).
Ou então um anónimo
no freesound:
uma enorme coleção de sons quotidianos – rouxinol ♠ socos e estaladas
♠ ribeiro
♠ granada ♠
ressonar ♠
grito ♠
fogo
florestal ♠ folhear
jornal ♠ grito
Wilhelm.
Em
Lisboa, os sons das ruas são metálicos, uma atração turística destacada nos
roteiros high class: “a
day in the life of a photojournalist in Lisbon”. No dia 22 de março, uma
viciosa, insana, raivosa, cruenta carga da Polícia de Choque à imota, ordeira,
inofensiva, cordata esplanada da Brasileira. Cadeiras fracturaram-se, mesas
sangraram, guarda-sóis equimosaram-se. Da pátina de sua cadeira Fernando
Pessoa: “a doida partiu todos os candelabros glabros”. Do verdete de seu
cadeirão Cavaco Silva: “lamento profundamente que dois fotojornalistas tenham
sido atingidos durante os distúrbios que as forças de segurança portuguesas
tiveram que fazer face. E como é do conhecimento público, as entidades
competentes já determinaram a realização dum inquérito para que tudo seja
clarificado, e penso que é importante que todos saibamos, que o povo português
saiba bem tudo aquilo que aconteceu nos distúrbios que ocorreram no Chiado”; o poeta
António Ribeiro “O Chiado”, em “Auto da natural
invenção”, respondera-lhe no século XVI: “Tu vilão, todo és mistérios, /
tenho logo quem tem tudo, / quem manda grudo (contração popular de graúdo) e
miúdo, / os mares e os impérios, e faz doudo do sisudo!”.
Azorragar
nas ruas com a Polícia de Choque fardada de anteolhos será mais uma despesa, em
gaze e mercurocromo, para as associações de solidariedade com os sem-abrigo,
quentados na calçada portuguesa: “as famílias entregam 37 casas ao Banco por
dia, 6 900 devolvidas em 2011” .
Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, esbambeia preocupações:
“houve arremesso de pedras, arremesso deeeee louça que estava em mesas de
esplanadas, houve agressões a polícias. Hão de compreender que aquilo que
aconteceu ali não aconteceu por que de repente alguém se lembrou de fazer
aquilo que fez da forma como foi apresentado (…) eu não confundo uma situação,
por lamentável que seja, e é! como aquela que ocorreu, com o que aconteceu no
país, com manifestações em todo o lado sem que tenha havido incidentes de maior,
na maior das tranquilidades, com grande civismo”. O ministro aciona o marcador
genético democrático: “a abertura / encerramento de um inquérito”, no hermético
calão técnico causídico: “ficar em águas de bacalhau”. O poeta “O Chiado”,
outra vez: “Irra! Fora! Vá de pulha; / justiça que faz barbulha / fará cajado
da vara”. Alberto João Jardim, no congresso do PSD, convizinho: “graças a Deus
temos forças da disciplina democrática que estão preparadas para defender a
democracia”. Fernando Pessoa, outra vez: “E sente-se chiar a água no facto de
haver coro…”. E, a esplanada da Brasileira, atacada sem provocação, e sem
homem-cadeira (“chairman”), como a Galp: “não sou pacífico, mas não sou
turbulento”, avaliza-se Américo Amorim, na próxima carga policial, apanhará no
toldo e not “Fight” (rock galês,
na Universal Records, The Dirty Youth).
Algo
deveras insólito aconteceu nas ruas de Lisboa. Jessica Benavides
Canepa, ao serviço do Traveler’s Digest, cruzou-se com “cavalheiros altos,
carismáticos e atléticos que poderão causar surpresa com o seu firme
conhecimento não só da sua própria cultura, como da de outras nações”, e
classificou os portugueses no 4º
lugar dos homens mais bonitos do mundo. As explicações empilham: uma pane
aérea e o avião aterrou noutro país; do aeroporto diretamente para a ginjinha emborrachou-lhe
o tablet; ou embrumou-se no país do celícola
Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros: “nós estamos a pensar criar
um visto especial. Um visto de investimento, nos termos do qual, uma pessoa,
estrangeira, que, coloque aqui mais de um milhão de euros, em depósitos, que
faça compras imobiliárias acima de 750 mil euros, ou que crie investimento com
postos de trabalho, pelo menos 30, fazendo isto estavelmente, tenha direito a
um visto muito rápido e competitivo para residir em Portugal. Isto
significa atrair para o nosso país dinheiro, investimento, emprego, criação de
riqueza e ajudar a dinamizar a economia”. Nas ruas do país c’um “visto de
investimento”, como nas passerelles, um gajo aformoseia-se e “MovesLike Jagger”, Maroon 5, no 2011 Victoria’s Fashion Show: modelos: Miranda Kerr, c/ o marido, Orlando Bloom, na plateia a aplaudi-la, Sui He, Constance Jablonski, Caroline Winberg, Lindsay Ellingson, Anne Vyalitsyna, namorada (ex) do vocalista dos Maroon 5, Adam Levine, Liu Wen, Anais Mali, Erin Heatherton, Joan Smalls, Maryna Linchuk e Karlie Kloss - (c/ Christina
Aguilera).
30 Comments:
At 8:16 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Como isto ficou ilegível, nem sabia que o blogger aguentava tanta letra, vou resumir as três partes. Primeiro, a linha do primeiro-ministro de empobrecer para enriquecer, é correta segundo a lógica aristotélica, mas continua no paleio de político. Dizem: vamos empobrecer mas não dão as condições para tal. Por isso, temos que ser nós a exigir lixeiras a céu aberto, muito concorridas na Grécia, e terrenos baldios para construir barracas, com os ataques dos impostos, muita gente ficará ao ar livre. Vou escrever ao Cavaco para que ele ponha o Governo a dar estas condições, e não fique só pela conversa. Da última vez que lhe escrevi ele mandou a uma comissão de investigação da bófia, vermos para onde manda agora, talvez para algo começado por “c” ou “m”. Na Grécia querem alugar polícias para rentabilizar as esquadras, em Espanha querem plantar erva para pagar dívidas, e por cá, a única solução para as dificuldades de tesouraria é inventar um imposto (ou multa) por dia.
Segundo, a conta da luz é uma bomba que vai rebentar, eu creio que é já em 2013, mas as notícias, ou contra-notícias, nos jornais são confusas. A opção política pelas energias renováveis criou uma situação insustentável. Como a sua produção é cara, e os Governos para atraírem investidores, garantiram os lucros, o que a troika chamou rendas excessivas. Por outro lado, para que as contas da luz não subissem muito, os Governos pediam para ser cobrado parte e a outra parte iria para um rol de crédito, chamado défice tarifário. Ou seja, todos os anos vão uns milhões para lá, que mais os juros, será impossível de pagar, a não ser que a conta da luz suba 30 ou 40% ao ano, ou faseado durante o ano (por exemplo de 3 em 3 meses). E será o que vai acontecer, pois a troika ordenou que esse défice seja extinto até 2020, (ou então eles terão que cá voltar para emprestar mais algum para o Estado pagar à EDP).
Terceiro, a parte da música é sobre literalmente os sons da cidade. Houve quem se dedicasse a gravar sons em várias partes de Londres, e claro por cá seria também um êxito, gravar os sons de Lisboa. Como a coisa era curta, aumentei, e muito, com as mentiras da indústria discográfica sobre as causas das maiores etiquetas estarem a ficar com menores lucros. Eles culpam a partilha de ficheiros. Primeiro, os lucros antigos eram obscenos, segundo, essa baixa deve-se em grande parte a má gestão. Surgiram novas empresas, mais dinâmicas, que continuam a engordar com o dinheiro do mercado musical.
Uma das coisas mais estranhas que já vi, aquela inclusão dos portugueses no 4º lugar dos mais bonitos, como altos, musculados e cultos. Ai! o que o álcool faz às jornalistas. Os poetas do Chiado já tinham respondido aos inquéritos da bófia e do ministro, e depois vêm dizer que estão sem papel e tinteiros de impressora, enquanto os gastam a fazer inquéritos.
Manuel o must see: a Doda, entre outras coisas tem um QI perto do Einstein; claro, os Housemartins, a revolução em 45 rotações; “Sail”; o “Cielito de los Tupamaros”; Orlando Riva Sound; “Ooh yes I do” das holandesas Luv’; os Destroy All Monsters.
At 1:12 da tarde, São said…
Li o primeiro parágrafo, que só por si daria mais do que matéria suficiente par um post.
Li os resumos (obrigada) e te digo que nem vale a oena estarmos preocupados por aí além: esta situação de exploração desenfreada acabará na primeira guerra mundial,porque tudo isto se está tornando verdadeiramenet insustentável.
Até quem é de Direita( sim, porque não me venham com essa ideia cacarejante de que já não existe Direira /Esquerda), mas tem algum discernimento, está a ficar com a noção de que se está a ir longe demais!
Um abraço, com votos de bom fim de semaan
At 4:29 da tarde, Tétisq said…
Eu li quase tudo...voltarei com mais tempo.
Mas, desde já afirmo que me recusarei a falar portogrego...
Está muito bom!*
At 9:08 da tarde, Anónimo said…
There is No Time:
http://www.youtube.com/watch?v=ygNAnIG8g_E
At 10:50 da tarde, Unknown said…
MEU CARO.
COMEÇO A FICAR PROCUPADO.
A raiva acumulada a cada linha da sua publicação qualquer dia explode, á não acredito em quase nada, e depois ainda temos que levar com matéria que dava para uma nova "biblia" um desejo sulitário quanto a inergia eles que deixem cada um produzir a sua, já agora quanto a taxas (multas9 eles que continuem a impor regimes e quero ver onde vão buscar a massa, qualquer dia esta porra está toda parada,estará tudo morto, mesmo os carrapatos sanguesugas precisam de alguém vivom as eles estão a matar a galinha, e ainda vão dar conta que a mesma morta não da "ovos".
At 8:39 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: a direita e esquerda diluíram-se, porque as soluções seriam iguais. Um partido de esquerda não teria nenhum sítio onde buscar dinheiro, tal como Portugal não terá na mítica data de 2013, quando é que a notação AAA regressa para que os fundos soberanos invistam em Portugal? Não é de certeza em 2013.
Os países não progridem sem investimento, ou então progridem tão lentamente que não se vê nada, e para isso é necessário cacau. Ou é produzido pela economia desse país ou é emprestado, que é o caso português. Dito de outra forma, a economia do país está no estrangeiro. E enquanto o estrangeiro não tiver a certeza que tem lucros (bons), e para isso muitos portugueses terão de comer nas lixeiras, isto não é nem por sombras a crise ainda, as coisas terão de piorar muito mais, o dinheiro não vem. Exceto, o que faz o FMI e Europa, emprestar algum para irmos pagando as contas, a ver no que isto dá. Foram 40 anos com a dívida pública acima do PIB, não vejo nem Cavaco, nem Mário Soares, e os outros todos, na cadeia, andam por aí a mandar bocas sobre os mercados, as agências de rating ou o anticiclone dos Açores.
At 8:39 da manhã, Táxi Pluvioso said…
tétisq: será uma língua com futuro. É bom saber que os nossos lanços com a Grécia se estreitarão, pois temos destino comum, ou seja, a bancarrota (já lá estamos, mas ainda não foi decretada, os líderes acham que ainda podem fazer umas passeatas e uns negócios com o que resta do Estado).
At 8:39 da manhã, Táxi Pluvioso said…
scopitone: é tempo para Janie’s got a gun.
At 8:40 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Campista selvagem: não há uma letra de raiva, é tudo amor, eu ainda posso levar com muitos mais impostos, sobretudo, quando eles vão fazer muita diferença no sítio para onde Portugal vai. Não sei se haverá luz lá, mas não me parece, os mais ricos com certeza terão acesso, também não estou a ver aqueles portugueses de génio que trabalham na EDP, ficarem desempregados.
At 9:32 da manhã, Anónimo said…
*** Hello ! Je te souhaite une belle journée et je t'envoie de GROS BISOUS ! :o) ***
At 11:20 da manhã, São said…
Li o segundo parágrafo e, se fazes favor, não avances com ideias...é que corremos o risco de o nosso amado Governo aproveitar algumas. Como , por exemplo, fazer o milagre da diminuição dos velhos seja de que maneira for.
Sim, 2013 é uma data impossível de cumprir. E se assim continuarmos, emdata haverá: estamos na rota grega.
No actual descalabro quelauer Governo não teria actuação substancialmente diferente, creio.
No entanto, esse facto não implica a fusão Esquerda /Direita: essa existe porque os motivos não desapareceram, antes pelo contrário
Fica bem
At 5:19 da manhã, Anónimo said…
*** Je viens te souhaiter une belle journée et je t'envoie de GROS BISOUS ! :) ***
At 9:08 da tarde, Mariazita said…
Olá, boa noite
Ler tudo? Claro que não.
Obrigada pelos resumos. Foi uma ideia óptima.
É muito certo que uns pôem os ovos, outros fazem as omeletes.
Se nisso houvesse alguma equidade... até se poderia aceitar.
Afinal... nem todos podem cacarejar.
Mas o problema é que é exageradamente elevado o número dos que têm que pôr ovos, comparando com os que fazem as omeletes. Para não falar nos que as comem, que são ainda menos...
Para tudo há um fim. Terá que haver também para os comedores de omeletes.
Beijinhos
At 4:44 da tarde, Ana Casanova said…
Táxi agora foi demais!
Estive eu aqui a contar-te que não sabia como pagar as contas e deu erro. Não me digas que a censura chegou aqui!
Bem...passei para te dar um beijinho e agradecer as visitas ao meu César que entendes, me sabem tão bem.
Continuação de boa semana.
At 3:20 da tarde, Rafeiro Perfumado said…
Confessa lá, a referência ao galo depenado tem a ver com a vitória do SLB sobre o Gil Vicente, não tem?
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
.•♫•. Nancy .•♫•.: hello, je que en France Hollande veut gagner les élecions et parle de bénéfices pour la population. En voyant les comptes du pays il va changer immédiatement son avis. Bon week-end
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: eles não precisam de ideias. Serão forçadas pelos mercados. Ou seja, não haverá mais dinheiro emprestado para manter níveis de vida (saúde, educação, etc.), e não estou a ver Portugal ter um boom económico que permita sustentar as despesas que o Estado tem atualmente. Para mim irá à falência antes do fim desta década.
Essas tarefas antigas do Estado, educar os jovens, cuidar dos velhos, dos doentes, etc. acabou-se na Europa, porque isto não é uma idiossincrasia nossa. A Europa tem uma produção económica má, desde a década de 70 que tem sido sempre a descer, e os Estados têm tomado para si cada vez mais despesas. Durante algum tempo as subidas de impostos lá foi financiando as coisas, depois, não era possível aumentar mais, recorreu-se aos empréstimos, e agora estão todos endividados e com necessidade das tais medidas de austeridade, ou seja, cortar na despesa, alinhar a despesa pela riqueza produzida efetivamente pelo país. Ao Estado será reservado o seu papel: proteger os interesses da classe dominante, isto é, ter a seu cargo a polícia, tropa - para proteger a ordem social - e a cobrança de impostos, para a financiar.
Os benefícios sociais serão reduzidos drasticamente. E veremos as cenas que vemos em países sem “Estado social”: pessoas a morrer à porta dos hospitais porque não têm seguro de saúde ou massa para entrar e pagar a despesa, analfabetismo e tudo o resto. A ideia de que há uma evolução, um caminho para a frente, na humanidade, é uma ideia filosófica, não económica.
At 9:37 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: no fundo, passamos 38 anos a votar naqueles que enterraram o país, nos que chegaram ao poleiro e destruíram efetivamente, e os que se ficaram na oposição, e gostariam de ter destruído. Nem foi uma estranha forma de ser nossa, todos o fizeram, na Europa e Estados Unidos.
At 9:37 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Ana Casanova: deve haver algum alerta Google que censura quando os portugueses são piegas, depois da ordem para o não serem, e quando aparece queixa, zás! o Deus Google corta.
At 9:37 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: ai o Benfica! estavam distanciados, com 5 pontos de avanço, e depois perdem tudo o que havia para perder, acho que ainda vão ficar num Sporting: chegam ao Natal, ou outra época festiva, e morre-se-lhe a bazófia.
At 11:13 da manhã, São said…
Começo a crer que não é só o tempo que não é linear.
Aliás, jamais acreditei nessa tolioce cde que a História não se repete! Claro que se repete!
Estamos aqui, neste jardim à beira Atlântico, a voltar - em força e rapidamente- a um passado não longinquo(caramba, ´não tenho noventa anos e guardo perfeita memória do que foi a ditadura).
Penso que a tua previsão está perto da realidade, só que aquilo que me indigna é que não tem que ser obrigatoriamente assim: é uma questão de distribuição de dinheiro!
Bom, fiquemos por aqui, senão é um post, rrss
Beso
At 10:39 da tarde, xistosa, josé torres said…
Peço desculpa pela ausência, mas deste lado das paredes que me envolvem, tenho tentado trepar (termo português, não o brasileiro) para não cair.
Ainda se fosse na cama
O motor que reboca o meu canastro tem fraquejado e depois de ter andado do Pólo Norte ao do Sul, com a companhia de um holter, de tomografia axial computorizada, ressonância magnética (eu que parece-me que não ressono) fui à faca.
Pensei que me iam capar, mas não, foi da virilha direita, direita à máquina.
Não sei se foi para saberem onde estava o coração se para me darem umas “facadas” eléctricas por radiofrequência.
E assim vai a vida.
Sei que a solução era arranjar um coração jovem, que “batesse bem da bola” e encostá-lo ao meu, para o ensinar a bater.
Os médicos não acreditam… e…
Bem, agradeço os votos formulados e retribuo-os com a certeza de que voltarei a aparecer neste mundo.
Ninguém acredita que sou eterno, mas ninguém me consegue contrariar, como costumo afirmar.
Cumprimentos.
At 10:44 da tarde, xistosa, josé torres said…
A verdade e/ou a mentira t~em o valor que cada um lhe atribuir.
Há mentiras quase verdadeiras e verdades que até parecem mentira (rsrsrs9
Se tiver tempo, oiça isto AQUI
At 12:43 da manhã, xistosa, josé torres said…
Grandiloquente...
Só espero que não acabe o papel para a contrafacção da moeda, ou melhor das notas. (pelo sim, pelo não, já não me desfaço dos jornais velhos. Sempre podem ser reciclados e darem uma de 500.
Para a saúde, não haverá problemas. Quem adoecer, Paulo Macedo manda rezar.
Quem nos mandou nascer neste país?
O mundo é tão grande...
Já agora fica o meu reparo ao
At 7:06 da tarde, José said…
Olá Táxi!
Estava com saudade, de ler textos, assim um pouco compridos,onde há um pouco de tudo, e para todos gostos, por isso voltei.
Bom fim de semana.
José
At 1:07 da manhã, xistosa, josé torres said…
Não é visita de médico, mas de "viajante" apressado.
Desejo um bom fim de semana a partir desta data e hora.
At 3:28 da tarde, Táxi Pluvioso said…
São: o dinheiro acumula-se. Não se distribui. É a acumulação primitiva do capital que depois permitirá o enriquecimento (de alguns). Ainda por cima, com a criação do mercado financeiro, meio esquizofrénico, em que todos produzem dinheiro, este é uma coisa volátil, como sucedeu com a “crise”, milhões e milhões desapareceram porque nunca existiram.
At 3:28 da tarde, Táxi Pluvioso said…
xistosa - (josé torres): isto da saúde só mesmo com o Paulo Macedo a mandar rezar missas, ele fazia-o quando estava nos impostos e toda a gente gostou.
O vídeo é bastante plausível. Desde o século XIX que os enviados da América criaram uma gigantesca dívida nos países sul-americanos, e beneficiar os ricos desses países é mais do que plausível. A questão do dólar é fulcral para enterrar a economia mundial. Os americanos têm uma dívida para defender, primeiro têm armas e influência, depois são proprietários do dólar. Quando aparecem tipo como Saddam, Ahmadinejad, Chávez, a sair do cesto, começa a máquina de propaganda a funcionar, e o povo papa tudo, e até pessoas que se têm por inteligentes.
At 3:28 da tarde, Táxi Pluvioso said…
José: já que o governo tira tudo e mais alguma coisa, enquanto os americanos não no tirarem o blogger, lá vamos andando, daqui a uns tempos pode ser que Passos tenha a ideia de taxas as palavras, e então não se poderá dizer pio.
At 1:05 da tarde, Blog Dri Viaro said…
Bom dia!
Que sua semana seja abençoada por Deus, e que aquilo que vc espera possa chegar ;)
Beijos
Dri Viaro
Mãe, esposa, dona de casam trabalhadora - www.driviaro.com.br
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