Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sexta-feira, junho 01, 2012


Entrar / sair

O coração é um músculo duro de roer, trincado, por poetas nos bancos das escolas, António Gedeão: “Então, meninos! / Vamos à lição! / Em quantas partes se divide o coração?” ou por quícios propícios vitalícios: “Trago d’amargura o coração desfeito... / Vê que fundas mágoas no embaciado olhar!”, Guerra Junqueiro. O coração palpitará, “vencerá um adorável concurso de comer torta” [1], mas o tubo digestivo, boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus, obra obra maior na era da exposição científica: dezembro 2010, Miguel Relvas e Paula, a esposa, ondeavam em requintado timbre, idêntico ao de Tertuliano a comer o avô [2], pelo soalho de um luxuoso apartamento na praia do Leblon para jantar com amigos, “anfitriões e convidados deliciaram-se com foie gras e arroz de codornizes. Brindaram com vinhos chilenos e champanhe francês gelado. Tudo saído da requintada mão da chef Roberta Sudbrack que já serviu reis e rainhas…”, na revista Visão nº 965 [3]. Um menu para tubos digestivos gourmet que, nas novas 900 cantinas sociais, na mente do Governo, seria por choque gástrico um “Familiar Taste of Poison” (rock de Red Lion, Pensilvânia, Halestorm: “I get off”).
O senso comum fisiológico diz que, “Do seu jantar de galinhas” [4], da sua paparoca, Miguel Relvas fará pressão para sair: “na sanita o caso é idêntico: devemos desembaraçar o espírito do que não é a operação em curso. Façamos o que fizermos, devemos abordar a sanita de espírito livre e a consciência limpa, conselho tão velho como o mundo, porém seguro”, em “Ler na retrete”; Henry Miller, desaconselhava as literalices na privada: “se é de importância vital alimentar o corpo e o espírito, não menos importante é eliminar do corpo e do espírito o que exerceu aquela função”. Miguel Relvas é ministro, ter “consciência limpa”, é um osso do ofício, uma atividade cerebral secundária não lhe prenderá os intestinos, só tem que pressionar [5]. Na evacuação coletiva, não é o apuramento da confecção por chefs, nem a inédia, por falta de dinheiro para alimentos, que coadjuva a saída, ou a não saída, por nada haver para sair. O papel higiénico que limpa a consciência geral é a economia: – o país é pobre e não sabe, tem um desemprego elevado porque o seu comportamento é típico de uma economia desenvolvida em fase de recessão, esborcinou o cozinheiro economista João César das Neves [6]. O povo, na sanita, a cabeça aloucada de preocupações, sem a economia limpando-lhe a consciência, o rilhoto doer-lhe-ia pior que o “Martyrium of the Hippolyt” (black metal, melancolia 4AD e rock de fixar o olhar nos sapatos, Ides of Gemini) [7].
Jorge Moreira da Silva, primeiro vice-presidente do PSD: “a nossa tranquilidade também se baseia na circunstância de defendermos uma total transparência nestas matérias (o Relvas, as secretas, a jornalista) e o ministro Miguel Relvas ter traduzido todos os seus atos, em relação a este tema, no âmbito de uma total transparência…”. Transparentar, o verbo, todos os tempos e modos conjugados na entrada do tubo digestivo político: a boca [8]. O artista belga Wim Delvoye, “após oito anos de consultas a especialistas em áreas que vão desde a canalização à gastrenterologia”, executou a sua obra “Cloaca”, um tubo digestivo transparente, “a questão é que a maioria das pessoas se estão a cagar para a caca, apenas se sentam na sanita…”, desentupindo uma função lucrativa: “Delvoye recolhe e vende a realisticamente mal cheirosa produção em pequenos frascos de resina no seu estúdio em Ghent”. A transparência é o maior valor atual, na política, é o valor supremo, está em todas as bocas, Cavaco Silva (em Singapura): “a mais de 15 mil quilómetros de distância, as polémicas que lá correm chegam aqui de uma forma um pouco imprecisa. Eu estou convencido que tudo acabará por ser esclarecido e com a devida transparência...” [9]. A transparência é a araruta, o centeio, o farelo de trigo, o trigo em grão, o sustento do metabolismo político, se não transparentarem “Woke Up Dead” (stoner metal grego, Planet of Zeus).
A cristalinidade transparece de uma vivência: “eis a filosofia que um pensador português pensou, na sua terra natal, diante da evocação de todos os homens e seres, na mais pura sinceridade e na mais verídica, fremente e direta curiosidade”, em “O criacionismo”, Leonardo Coimbra, se esse pensador adir experiências no estrangeiro, veraneará na sua terra natal com o seu carrão, roupas último grito, paleio de importante, como Marc Roche descreve António Borges: “o FMI disse-me que se livraram dele porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização”. A rodagem pelo estrangeiro tem desfolhado os melhores filhos da terra nuns cisnes plumados nas teorias recém-assadas nos fornos intelectuais, além do carro, os trapos, da boca saem os Swarovski que encandeiam os íncolas locais. O ministro Álvaro, de quem é habitual impeticar, apregoar como o zoina do Governo, digita livros, e não seria anormal que apanhasse uma carrada de weltschmerz [10], não, ele, sadio como uma cereja, evidencia-se pela limpidez do seu “conceito de inadaptação” [11]. Álvaro congraça, “Baby It’s You” (rock anos 60 de Los Angeles, Smith).
Camões: “e dir-me-eis qual é mais excelente / se ser do mundo rei, se de tal gente”, é uma pergunta respondida, ser-se “berbicacho do Governo” para “tal gente” cachoar: “a auto-estima tem a grande vantagem de nos dar ânimo” [12]. Animados e avisados. Do museu dos sons em vias de extinção, como o Game Boy ou o toque do Nokia, uma rica-dona da política, Mário Soares, espavoriza: “querem comer os Estados nacionais” [13]. Esta genal personagem esgoela-se fora do tempo, quando abemolava no seu, e os seus ministros das Finanças perseguiam o Carlucci – Medina Carreira: “o embaixador Carlucci estava em Viana do Castelo e ia pra Corunha. E pediu-se-lhe para não ir… não tínhamos dinheiro”, e o embaixador americano ordena ao privilegiado refugiado do regime de Salazar que chamasse o FMI. Aborais declarações de pilharengos políticos na lista negra [14] da catástrofe contígua, se as enlatassem, arte seriam [15]. E o propasto nacional seria escorripichar uns Smirnoff Ices, como a Hailie Mathers, filha de Eminem, num show da Fabiana, stripper do Viking, no Cais do Sodré [16].
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[1] Escrita e tocada por “Noah Puckerman” para “Lauren Zizes”, na segunda temporada de “Glee”, “Big Ass Heart”: “That big ass heart can pump two tons of love through her chest / And then sit down and win a lovin’ pie-eating contest”.
[2] “Trajava a primor, de preto, com um ar de pessoa que passeava de tarde na estrada de Braga, com o intento de ir à noite a Covent Garden, ao Royal Italian Opera. Fumava sempre uns charutos que vaporavam os aromas das rêcamaras das sultanas. Na mesa, era de uma elegância frugal que desmentia a procedência. Olhava para o bife com um fastio tal e tamanha tristeza, que fazia lembrar Tertuliano, quando, meditando na metempsicose, olhava para o boi cozido, e dizia: ‘estarei eu comendo meu avô?’”, em “O comendador”, Camilo Castelo Branco.
[3] Na mesa, um conviva, um filósofo, amigo de Relvas, interrogante no Parlamento, antes de se esgueirar para o Brasil para CEOar na Ongoing, o ilustre Agostinho Branquinho: “o que é que é a Ongoing? O que é? É um grupo de média? O que é a Ongoing? É uma das questões que, que mais têm atravessado esta discussão sobre as questões da liberdade de expressão é, o que é a… on… o que é a Ongoing? Ontem dizia aqui alguém que se vai ao site e que vê uma série de coisas mas não são, não se consegue perceber o que é a Ongoing?”. Quem assim interroga não é gago.
[4] “Eu já só tenho apetite / Para comer terra e pirite. / Ao desjejum tomo ar, / Rocha, pedra, água do mar. // Ó fome, caminha, anda, fome / Pelas aldeolas. / O alegre veneno come / Das papoulas. // Monda sarrafos do rio, / Lajes de igreja poluídas; / Sobras de dilúvio frio; / Pão semeado em searas perdidas. // O lobo uivava às ervinhas / Escarrando o penado sumo / Do seu jantar de galinhas: Como ele me consumo.”, em “Fome”, Arthur Rimbaud.
[5] Ainda secretário-geral do PSD, invetivava contra o Governo de José Sócrates a 8 de abril de 2011: “aumentou-se impostos. Cortou-se salários. Baixaram-se pensões e a verdade é que estamos hoje pior do que estávamos há um ano. Nós sabemos que temos de fazer sacrifícios. Sabemos que a governação é uma governação de exigência, de rigor, de seriedade, mas também sabemos, pra poder pedir esses sacrifícios aos portugueses, os exemplos vêm de cima e depois têm que valer a pena”.
[6] O prato: “de facto está a ser uma surpresa e e e e a taxa de desemprego está muito acima de qualquer pessoa, não foi apenas o Governo ou o FMI ou a OCDE” … “se calhar estamos a reagir como país rico. Antigamente, Portugal era um país muito pobre, e quando tinha uma choque destes, as pessoas diziam ‘oh!’ agarravam o primeiro emprego que aparecia ou morria de fome, era tão simples quanto isso. Hoje as pessoas podem! estar desempregadas, porque há alguém que paga, porque o Estado ajuda, porque, e é isso que está a fazer com que as nossas taxas de desemprego, que tradicionalmente eram das mais baixas da Europa, e agora estejam a alinhar com aquilo que era habitual nas recessões dos países mais desenvolvidos, porque afinal nós somos um país mais desenvolvido”.
[7] Miguel Relvas tem solução: “estamos a atravessar um momento que nós sabemos que é difícil, eeeee vamos ter é que pôr a economia portuguesa a crescer, esta esta esta aposta nas empresas, e que nós, se pusermos a nossa economia a crescer, vamos resolver os problemas do desemprego. Não há milagres. A única forma de resolver os problemas do desemprego em Portugal é nascerem empregas, empresas, é começar a gerar mais riqueza”.
[8] Miguel Relvas, numa dessas comissões parlamentares, dialoga com Gabriela Canavilhas: “quanto custa ao erário público este grupo de trabalho? Da resposta a esta pergunta (Relvas faz o gesto de zero unindo o polegar e indicador) o Partido Socialista ficará esclarecido…”; Miguel R interrompe: “zero! Não espero pelo fim. Zero! Zero! Zero!”; Gabriela C incrédula: “o economista João Duque trabalha sem qualquer tipo de remuneração?...”; Miguel R: “custa zero, todos! todos!”; Gabriela C: “é a sua palavra? muito bem, ficamos muito satisfeitos”; Miguel R: “zero! zero! custa zero, senhora deputada. Hábitos novos ‘tá a ver? na cultura, na cultura, há uns anos atrás custaria muito mais eh eh eh”, finaliza com a sua famosa rinchavelhada.
[9] Miguel Relvas a 7 700 km, no Rio de Janeiro: “nós também temos hoje uma emigração de luxo, muito bem preparada, é uma emigração na qual Portugal investiu muito, Portugal investiu muito, e portanto nós também temos que ser seletivos. Se estamos a fazer uma aposta grande na educação e na formação é para os sabermos aproveitar mais tarde, é essa a exigência, que os jovens esperam da sociedade, cabe ao Governo liderar este movimento para uma nova esperança no nosso país”.
[10] Na série “The Big Bang Theory” (2007): Sheldon: “os alemães têm um termo para o que estás a sentir: weltschmerz, significa a depressão que surge de comparar o mundo tal como é com um mundo idealizado e hipotético”; Leonard: “tens razão. Já me sinto melhor”; Sheldon: “os alemães sempre foram um povo reconfortante”.
[11] Definição na Assembleia, na discussão do Código de Trabalho: “também gostaria de referir eeee à pergunta sobre o conceito de inadaptação e gostaria de referir que exatamente graças ao acordo de concertação social, e aliás como alguns parceiros sociais assim enaltecem nalguns pareceres, referem muito claramente que foram salvaguar, o acordo, o memorando de entendimento, era bastante, ia pra, ia bastant m, um bocadinho mais além ao nível do conceito de inadaptação do que foi acordado com os conce, com com com com os acor, com os parceiros sociais, a ideia é exatamente aaaa preservar eeee a os direitos dos trabalhadores enquanto se flexibiliza a contratação”.
[12] Miguel Relvas, a seleção sub-20 foi derrotada na final, na Colômbia, pelo Brasil: “um momento muito importante, um Campeonato do Mundo, também a delegação de básquete foi apurada, o Nelson Évora que teve ontem uma uma grande vitória, com uma medalha de ouro nos Jogos Universitários. E isto é a demonstração de que nós em Portugal, com programação, com planeamento, temos capacidade para ultrapassarmos as dificuldades e para podermos ter grandes sucessos … a auto-estima tem a grande vantagem de nos dar ânimo e de nos dar força para reganharmos uma nova esperança para sermos capazes de atingir os nossos os nossos os nossos objetivos”.
[13] Mário Soares na universidade de verão do PSD: “nós não temos de estar sempre de chapéu na mão e subservientes em relação à troika, que afinal os tipos da troika são os tipos dos mercados, são os tipos que nos querem comer pura e simplesmente os Estados nacionais. É tão simples como isso. Portugal tem condições humanas e naturais para crescer, p’a crescer muito e vai consegui-lo sem alienar, como alguns querem, o seu património”. Um jovem social-democrata de polegar espetado: “Soares é fixe”, numa alusão ao enganoso slogan político, que camuflava um mau governante, bom em chamar o FMI.
[14] A Scotland Yard baniu os termos “lista negra” e “lista branca”. O chefe dos serviços de segurança Brian Douglas: “IB (Information Board) estão desconfortáveis com o uso do termo lista branca (para designar uma lista de contactos aceitáveis). Estou certo de que podemos apreciar a sensibilidade em torno de tal terminologia hoje…”, sugere ele lista verde e vermelha até, talvez, um pele-vermelha ser presidente da América.
[15] Piero Manzoni, “Merda d'artista”: conteúdo líquido 39 g; preservada de fresco; produzida e enlatada em maio 1961. “Um dos colaboradores de Mazoni, Agostino Bonalumi, agora revelou que as latas não estão cheias de fezes, mas de gesso. A namorada Nanda Vigo, que o ajudou a produzir as latas, afirmou que os conteúdos eram realmente fezes”. “Seja como for, ficou provado que, com algumas latas a vazar, o conteúdo era fezes, mas os cientistas não conseguiram dizer se era de origem humana ou animal. Há também um galerista da Galeria Blu em Milão, que trabalhou como perito para uma companhia de seguros. Ele detetou numa lata fendida um odor que, sem dúvida, era cheiro de fezes”.
[16] “Quando aparece no palco, as atenções focam-se nela. Ouve-se Leona Lewis e Toni Braxton. Fabiana dança, tira a roupa, interage com quem está mais perto. No fim do show, a música volta ao rock. Agora, a música é de Morrissey”. Fabiana Ferreira de Goiânia, no Brasil, elogia o aberto Portugal: “sempre gostei muito da noite, de dançar, do striptease. Gosto de Portugal, aqui não há discriminação na noite. Trabalhar na noite no Brasil é prostituição”. A aprendizagem das suas competências: “‘já tive chulo que me bateu e roubou, mas agora tenho um marido a sério, que cuida de mim quando chego a casa bêbeda’, conta ao DN a stripper que aprendeu a dançar num treino com um balde e uma esfregona. ‘A minha irmã me ensinou. E quando eu me despi, entrou meu cunhado na sala e eu só tive tempo de me tapar com um tapete’”. A sua estreia: “quando tirei a calcinha saí correndo e chorei bastante. Agora não, já é normal. Mas aqui dentro, claro. Não vou tirar a calcinha na rua”.

cinema:

Julia Lapina: (música “Feel What You Want” dos Phonique feat. Rebecca): Юлия Лапина: 1,75 m, 50 kg, 90-61-91, sapatos 39, olhos azuis, cabelo castanho, modelo e dançarina russa: “normalmente, as crianças tendem a fazer humanidades ou ciências exatas. Uma colecção dos meus temas favoritos era um pouco estranho, eu adorava literatura, russo e inglês, e ao mesmo tempo adorava álgebra e geometria.  Hoje, apesar do alcance do meu trabalho, uma boa metade do meu círculo de amigos são os ‘prós’. Eu amo a lógica e as pessoas com uma mente matemática”. “Estou muito grata pelo trabalho, ele ensinou-me a seguir atentamente a figura!  Eu tento comer separadamente - proteínas e hidratos de carbono, quando possível devem ser combinados numa única refeição.  Deve usar toda a substância do corpo necessária,  não substituí-los com uma pequena quantidade de junk food” ▬ Go-Go Dance Class ■ Paul van Dyk feat. Ashley Tomberlin, c/ Julia Lapina, Anna Konchakovskaya ■ “What Have I Done” de Anna Ternheim ■ “Mindful” DNS Project feat. Johanna – “Western spaghetti revela as diferenças entre os cérebros dos homens e dos macacos”: “num estudo de 2004, Uri Hasson e os seus colegas usaram ressonância magnética funcional para scanear os cérebros de cinco participantes (Macaca mulatta) que assistiam a 30 minutos de ‘O bom, o mau e o vilão”. Eles descobriram que o filme ativava regiões generalizadas do córtex cerebral, especialmente nas zonas visuais e auditivas do cérebro e que os padrões eram notavelmente semelhantes em todos eles. Este alto grau de sincronicidade levou os investigadores à conclusão de que os filmes podem fazer os cérebros dos espetadores pulsarem coletivamente, e também levou a um novo campo chamado ‘neurocinemática’, que visa avaliar as semelhanças entre as respostas do cérebro durante uma sessão de cinema”. “Em ambas as espécies, (Macaca mulatta e Homo sapiens), a informação visual é processada de forma hierárquica. Os primeiros estágios do processamento acontecem nas zonas corticais visuais primária e secundária, muitas vezes referidas simplesmente como V1 e V2, que contêm células que respondem às caraterísticas mais simples de uma cena, como o contraste entre áreas adjacentes da cena visual e a orientação das margens”. “Nos macacos, aproximadamente metade do córtex cerebral está dedicado a processar a visão. Durante o curso da evolução humana, houve uma grande expansão da superfície cortical. O córtex visual humano não se expandiu excessivamente mas, em alternativa, ganhou subregiões adicionais especializadas. Grande parte do aumento do tamanho ocorreu noutras partes do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal na parte dianteira do cérebro, que é conhecida por estar envolvida em tarefas complexas, como tomada de decisões e as ditas funções executivas”. Ou a liderança prova esta evolução: o efeito Hollande: “em todas as capitais, para lá dos chefes de Governo e de Estado, há pessoas que, graças a nós, têm esperança. E que nos estão a observar e que querem o fim da austeridade… esta é a minha mensagem, vocês são muito mais do que um povo que quer mudança, já são um movimento que se levanta para levar os nossos valores e aspirações pela Europa, e talvez, pelo mundo”, e o feito Cavaco: “o próprio presidente Obama, quando quis referir uma mudança em sentido positivo que está a ocorrer na Europa, mencionou o nome de Portugal. Fico muito satisfeito com isso, porque quando estive em Washington juntamente com o presidente Obama lhe dei algumas certezas. A certeza de que Portugal iria cumprir”. Ou este é mais um caso de ciência que não vale “Un Dollaro Bucato / Um dólar furado”.

música:

Saga of the Ponderosa” – “Antes que vocês mergulhem na noite, meus amigos, eis uma história para o caminho. É a minha história pessoal do oeste…”, cantarolava Lorne Greene, o pai Ben Cartwright, o civilizador do rancho Ponderosa, 2 400 km2 desbravados na Sierra Nevada, no condado Comstock Lode, entre, a norte, Virgínia e Carson City, a sul, o lago Tahoe. Um lugar fictício, cujo mapa foi desenhado com desorientações geográficas (Reno fica a norte de Carson City e não a oeste) por Robert Temple Ayres: “quanto à sua pintura do mapa da Ponderosa que abre o genérico de Bonanza, a série da NBC exibida de setembro 1959 a fevereiro de 1973, durante anos foi um dos mapas mais reconhecidos do mundo. O público via-o aparecer, brevemente, todas as semanas, antes de irromper em chamas e dissolver-se num plano dos membros da família Cartwright a cavalo, enquanto o vibrante tema tocava. Ela foi doada pela família de David Dortort, o produtor da série, e tem estado pendurada na galeria Autry’s Imagination desde maio de 2010”. Howdy! Yeehaw! Una Colt in pugno al diavolo! Une corde, un Colt…! Upa cavalhinho! [1] o oeste selvagem, somente aconteceu... mais de uma vez, nas telas de cinema.
Nas vastas pradarias nunca galoparam esbeltos cowboys de coldre cintados, rápidos no gatilho, esporas luzentes, chapéus estilados, nem Stella Stevens ("The Ballad of Cable Hogue" numa selha, nem Senta Berger ("Major Dundee") não engelha, só havia vaqueiros de traseiros colados às selas, poros entupidos de pó, ossos moídos do chão duro e doenças venéreas e chatos do bordel da Gilda (em “Règlements de femmes OQ Corral”). Mais achegado ao verdadeiro faroeste está Mean Mary – “nascida na Florida, residindo agora em Nashville, enxeriu-se na vida como um prodígio musical, ela conseguia ler música antes de poder ler palavras e co-escreveu canções aos 5 anos. Aos 7 era proficiente na guitarra, banjo e violino e entretinha o público através de todos os EUA com as suas aptidões vocais e instrumentais” – no seu “Big Red Barn”: “Sentada sozinha no meu grande celeiro vermelho / Bichos entretendo que se estão nas tintas / Cantado para patos e gansos e galinhas / Latindo como um cão e tocando como o diabo”. E a música dos vaqueiros do oeste (western cowboy) e dos labregos das montanhas (música folk do sudeste), raízes da música country, preencheria outras paisagens fictícias em países sem índios nem bandoleros, cujo único perigo era a mulher do agricultor [2].
Música country na língua alemã: género aculturado das tropas americanas ocupantes do país após a derrota na Segunda Guerra Mundial; um dos primeiros cantores de country alemão era… belga. Bobbejaan com “Ich steh an der Bar und ich habe kein Geld”, escrita por Peter Kreuder, permaneceu 30 semanas nos tops boches nos anos 60. – “Bobbejaan Schoepen é o pseudónimo de Modest Schoepen (16 de maio, 1925 / 17 de maio, 2010) foi um flamengo pioneiro na música pop belga, vaudeville e música country europeia. Schoepen poderia ter sido caraterizado como um ‘artista total’ e empresário: ele era cantor, compositor, guitarrista, comediante, ator e assobiador profissional, bem como fundador e antigo diretor do parque de diversões, Bobbejaanland” ▬ “The Yodelling Whistler” ■ “The Cannonball Yodel”. – Outros alemães na garupa de cavalos imaginários: Ronny ▬ “Es hängt ein Pferdehalfter an der Wand”, versão tudesca de “There’s a Bridle Hangin’ on The Wall” de Carson Robison. Bruce Low: “passou a sua infância com três irmãs e um irmão na América do Sul, onde o seu pai era missionário calvinista. A partir de 1920 frequentou a escola na Holanda. Após a formatura muda-se para Berlim para estudar desporto. Mas uma lesão grave (rutura de ligamentos no trampolim) impediu-o de estudar para professor de desporto, em vez estudou canto no conservatório de música” ▬ “Noah”. Nos anos 70, laçaram êxitos campestres: Gunter Gabriel: “foi casado quarto vezes e tem três filhas e um filho e agora vive num barco em Harburg, Hamburgo. Através do seu primeiro casamento com Gabriele retirou o nome artístico ‘Gabriel’” ▬ “Willy Klein, Der Fernsehmann” ■ “Papa trinkt Bier” ■ “Hey Boss, ich brauch mehr Geld” ■ “Komm unter meine Decke” ■ “Ich geb den Rest für Dich”; Tom Astor: “fez a sua primeira aparição no palco em 1963. Inicialmente, cantava canções populares, no final de 1970 dedica-se ao country alemão” ▬ “Hallo guten Morgen Deutschland” ■ “Junger Adler” ■ “Ring of Fire” c/ Johnny Cash; Truck Stop: “fundados em Hamburgo em 1973. Começaram por tocar country em inglês e editaram três álbuns cada um com piores vendas. Então, em 1976, decidiram tentar novamente com algo diferente. No ano seguinte lançaram ‘Die Frau mit dem Gurt’, uma versão de ‘Girl on the Billboard’, a primeira vez que um título alemão tinha grande sucesso” ▬ “Ich möcht' so gern Dave Dudley hör'n” ■ “Wenn es Nacht wird in Old Tucson”; Tex Haper: “Knut Zietsch, o seu nome verdadeiro e empreiteiro de profissão, esteve ativo vários anos no show business” ▬ “New Wave Country” ■ “Auch ein Trucker hat ein Herz”. Linda Feller: “fez um estágio em atendimento ao cliente na escola de negócios em Erfurt. Foi descoberta em 1985 pelo cantor popular Hartmut Schulze-Gerlach no seu programa de televisão ‘Sprungbrett’, promovendo-a nos primeiros anos da sua carreira” ▬ “Lebenslänglich Liebe pur” ■ “Tränen verraten dich”. Slow Horses: “desde 2002 a banda tem a sua casa na Baixa Saxónia” ▬ “I Can't Look At That” ■ “It's Not Raining Every Day” ■ “Time Drippin Like Honey”. Markus Rill: “nasceu a 20 de Março de 1970, em Frankfurt. Cresceu em Goldbach perto de Aschaffenburg, e ganhou vários títulos de campeão alemão de wrestling e múltiplos campeonatos de equipa entre 1987 e 1993, com a Bavaria AC Goldbach” ▬ “Straighter Road” ■ “Sarah Stein” ■ “The Things That Count”. Texas Lightning: quinteto de Hamburgo “os membros são Olli Dittrich como ‘Ringofire’ (bateria e voz), Jon Flemming Olsen como ‘The Flame’ (voz e guitarra), Markus Schmidt como ‘Fastfinger’ (guitarra elétrica e banjo), Uwe Frenzel como ‘Friendly’ (contrabaixo e voz) e a australiana Jane Comerford (voz e ukulele)” ▬ “Like a Virgin” ■ “Man of Constant Sorrow” ■ venceram o festival da Eurovisão de 2006 com “No No Never”. The BossHoss: “banda de Berlim que começou em 2004 com versões, estilo country & western, de canções pop, rock e hip-hop famosas” ▬ “Hey Ya” ■ “Hot in Herre” ■ “Word Up” ■ “Hey Joe” ■ “Go! Go! Go!” ■ “Sabotage”. The Watsons: country punk ▬ “Blitzkrieg Bop” ■ “Goin' Rodeo”. Silverwood: Miruna, a vocalista, “na tenra idade de seis anos, já estava com a viola à volta do pescoço no palco. (…). Em 1998 torna-se membro fundador dos Silverwood” ▬ “My Side of Town” ■ “(If You're Not In It for Love) I'm Outta Here!”. Wüste Wüstensöhne ▬ “Der Cowboy Jim aus Texas”.
Johnny Cash, de 1951 a 54 foi operador de interceção de código Morse para as transmissões do exército soviético, em Landsberg, na Alemanha. (“Enquanto na Alemanha, a sua audição foi permanentemente danificada por uma moça alemã que, por brincadeira, lhe enfiou um lápis no ouvido esquerdo. Mas foi também na Alemanha que Cash comprou a sua primeira guitarra e formou a sua primeira banda, os Landsberg Barbarians”). Em 1959 ele gravou “I Got Stripes” e “Five Feet High and Rising” para um single em alemão: “Viel zu spat” / “Wo ist zuhause, Mama?”. Em 1965 a CBS / Columbia editou mais dois 45 rotações “In Virginia / Wer kennt den Weg” e “Kleine Rosemarie / Besser So”. Ele não aprendeu a língua, isto foi uma finta babélica, miraculada através da fonética: “nos últimos anos, a produtora Jennifer Sharpe acumulou uma pequena coleção de o que ela gosta de chamar ‘gravações de língua estrangeira’. Elas são versões de sucessos dos tops americanos, cantados pelos artistas originais, geralmente em alemão, italiano ou francês. Os cantores aprendem as letras foneticamente, verso a verso, treinados por um técnico do idioma. Sharpe diz que as canções foram gravadas num tempo em que canções em inglês tinham dificuldade em vencer na Europa”. – Sobre “Ragazzo Solo, Ragazza Sola”, a versão italiana de “Space Oddity”: “a companhia discográfica julgou que flutuar pelo espaço sideral em estado de alienação era demasiado profundo para os italianos, então alterou-a. Na sua versão, um rapaz solitário vagueava pelas ruas da sua cidade, dizendo coisas como: ‘se precisares da minha mão para nadar, obrigado, mas esta noite quero morrer”.
Havai: country paniolo “o cowboy havaiano, o paniolo, é também um descendente direto do vaqueiro da Califórnia e México. Especialistas em etimologia havaiana acreditam que ‘paniolo’ é a pronúncia havaiana de ‘español’. (A língua havaiana não tem o som ‘esse’ e todas as sílabas e palavras devem terminar numa vogal). O paniolo, como os cowboys no continente da América do Norte, aprendeu as suas habilidades com os vaqueiros mexicanos”; a rainha do country paniolo Melveen Leed.
Indonésia: “dangdut é um género de música popular da Indonésia, que é parcialmente derivada da música malaia, árabe e hindu. Desenvolveu-se nos anos 1960 e 1970 entre os jovens muçulmanos da classe operária em Java, mas renascendo no final da década de 90, alcançou amplos partidários nas classes mais baixas indonésias, Malásia e sul das Filipinas”; nos anos 70, o autoproclamado rei do dangdut Rhoma Irama: “depois da sua peregrinação a Meca em 1975, tomou o nome de Rhoma Irama, que é uma abreviatura de ‘Raden Haji Oma Irama’ (Raden é um título de nobreza na cultura javanesa e sundanesa). Na sequência desta peregrinação, ele assumiu um tom moral islâmico mais explícito, adotando vestes islâmicas, penteados mais curtos e expulsando membros da banda que consumissem álcool e tivessem sexo fora do casamento”; e a rainha do dangdut Elvy Sukaesih: “nasceu em Sumedang e canta desde os bancos da terceira classe”. Evie Tamala: “ a mais nova de seis irmãos, estreou-se em 1983 como cantora de palco na banda Marantika com o pseudónimo Uce Arifina, em 84 muda-se para o grupo Sinar Remaja”. Dangdut Cowboys: de Pittsburgh. Ikke Nurjanah e os Dangdut Cowboys: “a aparência de Ikke doce e educada (para o tamanho da cantora dangdut) não prejudicou a sua ‘venda’. Tornou-se na sua própria marca registada. Ikke evita o uso de roupas espalhafatosas, olhares sensuais, assim como suspiros excitantes”.
Peles-vermelhas: “Navajo Country Bands”: 10DAYband Sapphire Sky The Dina Preston Band. Japão: Charlie Nagatani: “aos 20 anos, juntou-se a uma banda chamada ‘Speedy Kido & Hillbilly Jamboree’ como cantor. Cinco anos depois, formou o seu próprio grupo chamado ‘Charlie and the Cannonballs’ e começou a percorrer as bases americanas localizadas no Japão. Daí, foram para as bases em Okinawa, Taiwan, Filipinas, Tailândia e ilha de Guam, especialmente durante os anos da guerra do Vietname” ▬ “Whisky River” ■ “Rose of San Antone”. Wildwood Roses, Mizuho Yokochi, vocalista, hobbies: visitar museus, passear com uma câmara digital ▬ “29 Nights” ■ “Cleopatra, Queen of Denial”. Austrália: Roger Knox: “conhecido como o Elvis preto e o rei koori do country. É um gamilaroi (grupo aborígene australiano), nasceu em Moree e cresceu na missão aborígene Toomelah perto de Boggabilla, na fronteira entre New South Wales e Queensland. Em 1980 Knox sofreu um acidente de aviação que matou o seu baterista Ken Ramsay. Knox ficou gravemente queimado e obteve alívio de um óleo de banho natural feito do arbusto eura. Esse arbusto e a colónia na qual o seu pai nasceu foram as inspirações para o nome da sua banda, a Euraba”. Slim Dusty: “era conhecido por gravar canções do legado dos poetas australianos Henry Lawson e Banjo Patterson que representam o estilo de vida australiano no mato e também pelas suas muitas canções de camiões”. Zimbabué: Don Williams - Into Africa: “começa com uma versão de ‘You’re My Best Friend’ por Masaisai, os dois músicos de rua cegos da First Street em Harare”. África do Sul: Ladysmith Black Mambazo c/ Dolly Parton. Holanda: Kilima Hawaiians: “fundada por Bill Buysman em 1934 como ‘Kilima Hawaiian trio. Em 1936, a sua mulher Mary Buysman, juntou-se-lhe ▬ “Es hängt ein Pferdehalfter an der Wand”. Suiça: Peter Hinnen: “nos anos 50, começou a sua carreira como o yodeler Peterli Hinnen no restaurante Kindli de Zurique, onde foi descoberto e incentivado pelos Geschwistern Schmid” ▬ “Eine Rose Bluht Im Colorado” ■ “Siebentausend Rinder”.
Tailândia: “Luk Thung (ลูกทุ่ง = “criança / crianças dos campos) refere-se à forma mais popular de um estilo de música encontrado na Tailândia. A expressão é abreviatura de ‘pleng luk thung’ (เพลงลูกทุ่ง = ‘canção de uma criança do campo’). As canções luk thung normalmente refletem as dificuldades da vida quotidiana entre camponeses pobres. Os ritmos tendem a ser lentos e os cantores usam um estilo de interpretar com muito vibrato. Comparações são feitas, às vezes, com a música country dos Estados Unidos”; Pumpuang Duangchan (1961-1992): “filha de agricultores pobres, ela sobressaiu como adolescente no final dos anos 70. Embora fosse analfabeta, as suas letras eram histórias poderosas e irresistíveis da Tailândia rural pobre. Ela adaptou o pleng luk thung num formato eletrónico dançável, conhecido como luk thung eletrónico”. Ponsri Woranut: “torna-se estrela na década de 50 (…). Woranut misturava o estilo de música folclórica tradicional tailandesa com música de fora da região, incluindo vários géneros musicais do leste asiático, música latino-americana, música country americana e música de filmes”. Suraphon Sombatjalern: “apelidado o rei do luk thung foi uma das primeiras vedeta do género country próprio da Tailândia. Foi morto a tiro depois de um concerto em Nakhon Pathom”.
Brasil: peões e boieiros tangiam dores na guitarra e sanfona, do Rio Grande do Sul, Teixeirinha: “cantor e compositor brasileiro, também conhecido como o ‘Rei do Disco’, pelos recordes de vendas de discos que consegue até hoje, mesmo já falecido” ▬ “Tordilho negro”. Nos anos 70, os seres cultos portugueses fingiam Chico Buarque, ouviam Teixeirinha, no século XXI, ainda fingem Chico Buarque, ouvem Michel Teló, o country brasileiro: a música sertaneja. “O folclorista Cornélio Pires conheceu a música caipira, no seu estado original, nas fazendas do interior do Estado de São Paulo e assim a descreveu no seu livro ‘Conversas ao pé do fogo’: ‘a sua música carateriza-se pelas suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a terra de pousio, mas a sua dança é alegre’”. Muito alegre. Euclides da Cunha: “Ali estavam, gafadas de pecados velhos, / serodiamente penitenciados, as beatas — / émulas das bruxas das igrejas — / revestidas da capona preta / lembrando a holandilha fúnebre da Inquisição; / as solteiras, termo que nos sertões / tem o pior dos significados, desenvoltas e despejadas, / soltas na gandaíce sem freios; / as moças donzelas ou moças damas, recatadas e tímidas; / em honestas mães de famílias; / nivelando-se pelas mesmas rezas”. Rezam no concurso Miss Bumbum 2011, do Ceará, a vencedora Rosana Ferreira: “acho que faço bem um pouco de tudo. Nunca recebi reclamações. Mas o mais elogiado é o sexo oral”, elucida a Miss Bumbum não ser muito adepta ao sexo anal: “não é que eu não goste. Quando a mulher se sente segura, quando tem carinho, pode rolar. Só assim eu consigo me entregar”. De Paraíba, outra concorrente, Jéssica Lopes: “o que faz o ‘sexy appeal’ é o conjunto de pequenas coisas na imagem e na postura da mulher. Como cabelos, olhos, boca, marquinha de biquíni, unhas, lingerie e além de tudo ser articulada, saber se impor e valorizar-se”.
Alegravam beatas, donzelas e moças: Tonico & Tinoco: os irmãos Salvador Pérez, “no fim do ano agrícola de 1937, os Pérez decidiram, com outras famílias, tentar a vida na cidade de Sorocaba (SP). As irmãs Antónia, Rosalina e Aparecida foram trabalhar na fábrica de tecidos Santa Maria. Tonico foi ser servente na pedreira Santa Helena, fábrica de cimento Votorantim. Tinoco torna-se engraxador na Estação Sorocabana…” ▬ “Tristeza do Jeca”. Chitãozinho e Xororó: “irmãos de Astorga, no Paraná, foram os primeiros sertanejos a tocar em rádios FM no Brasil e a incluir banjos e guitarras elétricas neste estilo musical. Isso sem jamais perder a essência da música de raiz sertaneja. Também foram os primeiros deste estilo musical a colocar o país no topo dos tops da Billboard” ▬ “Pura emoção”, versão de “Achey Breaky Heart”, de Billy Ray Cyrus. Paula Fernandes: “cantora e compositora, nasceu a 28 de agosto de 1984, em Sete Lagoas, em Minas Gerais. Começou a cantar ainda criança, aos oito anos e, aos 10, lançou o primeiro disco independente, “Paula Fernandes”. “Numa inquérito promovido entre os leitores da revista VIP em 2011, ela foi considerada a 16ª mulher mais sexy do mundo” ▬ “Quando a Chuva Passar”. Luan Santana: “nascido a 13 de março de 1991, já aos três anos de idade na sua cidade natal, Campo Grande – MS, ele chamava a atenção de toda a família com os acordes afinados das músicas sertanejas que não parava de cantar”. “Em fevereiro de 2011 Luan Santana adquiriu uma mansão avaliada em cerca de 10 milhões de reais em Londrina, no estado do Paraná. Estima-se que a fortuna de Luan Santana seja de 40 milhões de reais, nos últimos dois anos o cantor movimentou mais de 70 milhões de reais com seus shows, venda de discos, publicidade e produtos licenciados no seu nome” ▬ “Aqui é seu lugar / Digitais” ■ “Meteoro”. Gusttavo Lima: “numa entrevista a um jornal local, Lima disse que durante sua infância namorava com uma garota diferente a cada mês, terminando de propósito para compor. Também disse que não era bonito então tinha que fazer músicas para conquistar miúdas” ▬ “Inventor dos amores” ■ “Balada boa”.
Portugal: um único cowboy cavalga as vastas pradarias, os infindos horizontes, os espaços sem fronteiras, os quilómetros de vastidão, o Leandro, porque ele o diz: “ontem disseram-me que eu era um cowboy romântico”. O artista entusiasmava-se com o seu concerto no pavilhão Atlântico em novembro de 2011: “espero que seja uma noite romântica também, que o público que está habituado a ver o Leandro nos coliseus, que veja um Leandro completamente diferente no Atlântico, como dá p’a ver, numa onda diferente agora de vestir e tudo. Por isso espero que realmente seja um espetáculo que fique novamente na memória do meu público”. “Aliás, mudamos a imagem por completo. O Leandro era uma imagem muito, muito mais, dava a entender, muito mais velha etc. aparecia de fato, de camisa, então decidimos mudar um pouco mais a imagem para, mais para jovem”. (Camisa aos quadrados fora das calças, a loucura juvenil!). “Vamos ter um cenário completamente diferente, uma forma de vestir do Leandro completamente diferente da que estavam habituados a ver” ▬ “Desesperado”.
República Checa: Country Sisters: “Europa (100 km de Praga, na cidade de Jablonec nad Nisou, berço das Country Sisters), havia um festival de country feminino. Reunir uma banda feminina numa cidade pequena, movê-la para a cena europeia, e mantê-la num nível profissional durante 30 anos, apesar de uma série de mudanças radicais, é em si mesmo uma grande obra de arte, vontade, profissionalismo e paciência” ▬ “Cotton Eyed Joe” ■ “Every Little Thing” ■ “Johnny B. Goode” ■ “Let's Twist Again” ■ “Thanks God I'm a Country Girl” ■ “The Devil Went Down To Georgia” ■ “Tiger By The Tail”.
França: de Estrasburgo, o primo em primeiro grau da country, o rockabilly: The Wolfgangs: Cha von Wolfgang, vocalista, Lothar von Wolfgang, guitarrista, Dean Blondin, contrabaixo e Jim Bullit, bateria ▬ “Cannibal Family”.
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[1] Nem todos se abatem, há cavalos com sorte, cavalgados pela jockey canadiana Chantal Sutherland, nua para a Vanity Fair, fotografada por Bo Derek: “ela dirá que a parte mais forte do seu escultural corpo é o dedo grande do pé. Sim, esse é o primeiro ponto de contacto que cria a vantagem que controla um cavalo de corrida a 64 km por hora. As rédeas são uma mera sugestão”.  
[2] O perigo de papar a mulher do lavrador no palheiro: “Farmer John” (1965) dos Hep Stars: grupo rock sueco, formado em 1963 em Estocolmo, nos teclados Benny Andersson futuro ABBA. As imagens do vídeo são do filme “Supervixens” (1975), de Russ Meyer, com Stuart Lancaster, o lavrador e Charles Pitts, o jovem assediado, pela glandulífera atriz sueca Uschi Digard: 1,70 m, 62 kg, 111-66-88, sapato 38, olhos verdes, cabelo loiro: “nasci em Saltsjö-Duvnäs, uma pequena cidade nos arredores de Estocolmo, Suécia, e sou de descendência sueca / suíça. Fui despachada para um colégio interno de freiras muito nova, porque eram as melhores escolas no país e porque eu era muito promíscua em pequena – não com homens, mas com livros. Adorava ler e aos seis anos decidi que queria aprender línguas porque não suportava ler livros que tinham sido traduzidos – eles perdiam a essência. Aos sete anos tinha lido todos os livros na biblioteca da minha pequena aldeia”.

22 Comments:

  • At 8:14 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Enquanto não abrem uma cantina social perto de si, mais uma sopa de letras. Devo dizer que nas citações, parece haver gralhas, poderá haver de facto, mas eu tento registar tudo o que dizem os adorados líderes: gaguejos, palavras repetidas, enganos, acentuação, etc. só é possível porque o “comando é meu”, em presença não seria possível, aliás em presença já dei por mim à procura do comando para fazer voltar a trás algo que não percebi. Já reparei que quando um político repete seguidamente a mesma palavra, ou está a mentir, ou não tem confiança no que diz.

    Ter citado muito o Relvas é pura coincidência. O caso da jornalista, enfim, o que distingue as pessoas entre si, é a distância a que estão do pote. É isso que distingue o Relvas da jornalista, e não qualquer fundo honesto.

    Manuel, os links: Júlia Lapinha, parece ser boa católica, já que ninguém pergunta porque é que meto as medidas, explico eu: é, se alguém estive interessado em casar com alguma, saber exatamente o espaço que ela ocupa lá em casa; Tex Haper no seu “new wave country”; os fantásticos BossHoss; o “ragazzo solo, ragazza sola”, a versão italiana de Space Oddity; a Rosana Ferreira, esta sim católica dos costados.

     
  • At 2:41 da tarde, Blogger Tétisq said…

    Porque será que ultimamente falar em Miguel Relvas dá conversa de "cócó"?

    Finalmente há alguém que cita Leonardo Coimbra. Um dos que caíram em esquecimento no nosso país. Infelizmente a outros continua-se a dar crédito a mais, como é o caso de um certo exilado privilegiado...

    Depois volto para ver o cinema e ouvir a música.*

     
  • At 10:31 da tarde, Blogger Unknown said…

    Bem, a relva(s)e uma espécie de erva, "daninha digo eu"esta relva serve unicamente para embelezaros jardins do ricos ou os parques das camaras municipais endividadas,para além claro dos estádios da bola, sim dos estadios porque eu corri milhares de km atrás dela mas sempre nos pelados, onde se arranhavam os joelhos e os quadris a relva foi sempre para os betinhos.
    aliás a relva nem para alimentar os animais erviveros serve é mesmo banal.
    será por esse motivo que o texto de hoje cheira mal, talvez seja, talvez...
    Creio que esta relva(s) é mesmo uma mer... é por isso que cheira mal.

     
  • At 12:11 da manhã, Blogger Rafeiro Perfumado said…

    Tenho sempre pena daquelas pessoas que dizem ter o "coração na boca". Nem quero imaginar a quantidade de operações que serão necessárias para o voltar a meter no sítio correcto...

     
  • At 8:33 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    tétisq: o Relvas agora desaparece durante uns tempo e já o povo arranja outro para morder. Até há bem pouco tempo era o ministro Álvaro que recebia as dentadas, passou para low profile, e já ninguém se lembra dele.

    Temos um bom continuador do Coimbra, como os tempos já não são de lutas entre idealismo e materialismo, o novo filósofo é Cristiano Ronaldo: ter muito dinheiro para ser livre (e não levar com o fisco numa operação stop). Claro que chocou as pessoas boas de coração, vê-lo a tratar por você um velhinho cuja reforma não chega para as despejas, também acho que não se deve escarnecer dos pobres, mas deve ter sido um lapso.

     
  • At 8:34 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Campista selvagem: a relva ainda há-de ser a salvação do país, nos estádios é fundamental, os jardins à beira mar plantados não dispensam, os campos de golfe serão fonte de emprego (a carregar os tacos), e com o memorando de entendimento mais adiantado servira de refeição (uma por dia, que a vida não está para ruminar).

     
  • At 8:34 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Rafeiro Perfumado: e aquelas pessoas sem coração que ninguém sabe explicar como alimentam as células.

     
  • At 1:56 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Fónix e eu pensava que ainda não tinhas postado!

    A propósito do rilhoto do Relvas, deixo-te para já a "Butchering Christian Souls" dos Intestinal Infection:

    http://www.youtube.com/watch?v=buoNgqP5nrE

     
  • At 2:33 da manhã, Blogger Marco Rebelo said…

    pois não...não deu para sacar o número da Isabel..abraço

     
  • At 8:00 da tarde, Blogger José said…

    As relvas antigamente, lá no brejo, da minha ribeira, depois de bem fertilizadas com cócó cresciam muito, e alimentavam as vacas e os bois lá do sitio. Como é uma erva daninha ganhou raízes profundas, e agora já não há pesticida que consiga ir a tamanha profundidade, por isso ela se espalhou e já chega a todo o lado. embora sempre secretamente.

    Bom domingo,
    Abraço.
    José.

     
  • At 12:22 da tarde, Blogger São said…

    Relvas? Esse nunca me enganou, até porque ser amigo chegado de Bruno Vitorino( PSD/Barreiro) não é boa recomendação.Aliás, esse facto só veio reforçar a má opinião que sempre tive da criatura.

    Tem bom domingo.

     
  • At 8:16 da manhã, Blogger xistosa, josé torres said…

    Caríssimo.
    Com dificuldade desloquei-me até aqui, não é que não consiga andar, mas a dificuldade reside em levantar o copo com três pedras de gelo. Já só coloco duas para facilitar aquele terço terso.
    Só li por alto.
    Não sei se será uma relva, se um corta relvas, se um fertilizante.
    Penso ser o tal fertilizante que queima tudo, quando mal aplicado.
    Penso que dava um bom gestor de cadeias se o agrilhoassem.
    Só posso desejar uma boa semana, ou meia
    semana que o "sol" já vai alto.

     
  • At 10:57 da tarde, Blogger xistosa, josé torres said…

    Rafael Bordallo Pinheiro tinha razão com o seu "Zé Povinho". Somos pequenos e nem a Povo conseguimos chegar.
    Deixámos colocar as arreatas e agora temos que nos deixar continuar a ser subjugados.
    Falta-nos dar uma parelha de coices...mas primeiro tornam-se necessárias as ferraduras, já que são tantos os destinatários que gastaríamos as meias-solas.
    A ARMA É O VOTO DO POVO!!!
    INTÉ!!!
    Um bom fim de semana, porque o meu é sem jornais, notícias de faca e alguidar em horários nobres, internet e outros vícios que mesmo dizendo mal deles, tornam-nos a vida mais "bela".

     
  • At 11:24 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Don Medina: Os Intestinal Infection, acho que tenho por aqui algum CD deles, para mim é Mozart, faço aquela cara de frequentador do CC Belém quando os oiço. É nisto, e nos filmes que o Scy-Fy faz, metem sempre something aquático, não perco um. Ontem gravei um de tubarão com duas cabeças, é pena não jogar a seleção hoje, que era para eu ver durante o jogo.

     
  • At 11:25 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Marco Rebelo: calculei logo. Com o macho por perto, sempre no controlo, seria muito difícil chegar perto dela.

     
  • At 11:25 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    José: a bosta de vaca era um bom adubo, do melhor. Mas agora acho que nem isso serve para adubar a terra. Talvez num futuro próximo, usem cadáveres humanos, como vamos morrer todos saudáveis, não só porque ninguém se pode dar ao luxo de estar doente, como o Estado proíbe tudo o que nos faça mal. Os nossos cadáveres são a coisa mais saudável do mundo.

     
  • At 11:26 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São: o Relvas desaparece das notícias durante uns tempos, amanhã ou depois, já ninguém se lembra dele. Ele tem que fazer muitos e bons amigos para conseguir riqueza quando sair da política, por enquanto é aguentar os maldizentes portugueses.

     
  • At 11:27 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Jose Torres: o Relvas crescerá no Brasil, é só endireitar o país, (ou entortar-nos as costas), a sua missão e de Passos, que ele zarpa que se faz tarde.

    Os gregos vão votar e de pouco lhes servirá, pois isso não traz o que falta: dinheiro. E a Europa já está quase no fundo, ficou sem a sua infra-estrutura económica e agora a superstrutura acerta-se.

    Um fim de semana no campo, só com pássaros e árvores não é má ideia.

     
  • At 11:37 da manhã, Blogger São said…

    "Bonanza" faz parte da minha adolescência : na época ver televisão era um acto comunitário.

    Relvas..relvados...isto anda tudo ligado.

    Bom fim de semana

     
  • At 8:43 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    O Bonanza ensinou-me todos os valores que orientavam a sociedade na época: a justiça, a coragem, a defesa do bem, a ajuda no seio da família, etc.

     
  • At 1:44 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Que seca do caraças! Chiça!

    Uma menina

     
  • At 9:52 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    Uma menina sempre pode sentar.

     

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