Pois que o
uso de meios rápidos de transmissão de documentos, por fac-simile ou telex já
hoje é acessível à generalidade das nossas autoridades policiais em qualquer
ponto do país (tl;dr)
Muitos
séculos antes da invenção da tecnologia esperta, aqueles com a boca no inglês chamam-lhe
smart, os telemóveis-espertos, os
relógios-espertos, os ecrãs-espertos, as lâmpadas-espertas, as portas-espertas,
um smartpovo espabilado em muitas
instruções financiava xadrezes de nações. Quarta-feira, 25 de julho de 1984, “um
português que se dedicava à mendicidade nas ruas de Madrid foi preso pela
polícia acusado de maus tratos a dois filhos, a quem fazia chorar para provocar
a compaixão dos transeuntes, informaram fontes policiais. André Rodrigues, de
23 anos, nascido em Vila Nova de Foz Côa, utilizava dois filhos, de quatro e um
anos de idade. Para que as crianças chorassem beliscava-as e picava-as com
dentes de rato. O filho mais pequeno levava ao pescoço a mandibula de um rato
que era utilizada discretamente pelo pai para o picar e fazer chorar
instantaneamente quando passavam os transeuntes. (…). As crianças apresentam
sintomas de serem injetadas com sedativos e foram levadas para um centro médico
para serem examinadas. A mais pequena revelava «ingestão de medicamentos desconhecidos».”
[1]
Nas
maternidades desse povo não nasce apenas povo, nascem líderes antes da letra,
moinhos de futuro, varinhas de ideias mágicas que, para o pós-perlimpimpim,
prefiguravam. O económico ministro da Economia, Pires de Lima: “Ouvimos alguns
nãos a um caminho que estava a ser traçado e que merecia a credibilidade por
parte dos mercados, dos nossos credores. (…). Sabemos aquilo que não nos é
permitido fazer. É importante que se perceba, com clareza, aquilo que, o
Tribunal Constitucional entende, que se pode fazer, para podermos continuar
esta trajetória de responsabilidade, a responsabilidade, sem penalizar a
economia, as empresas e as pessoas em Portugal”, (junho 2014). O seu dono, é
absurdo um coelho ser dono de um pires, no entanto, aconteceu de facto,
aparelhava-se em presidente americano e combatia pelas biscas e trunfos, contra
juízes. Pedro
Passos Coelho: “Uma coisa é não concordarmos com determinadas leis,
termos divergências políticas grandes quanto à natureza da legislação que é
aprovada; outra coisa é dizer que essa legislação é inconstitucional. Claro que
quando as coisas são confundidas, nós tenderemos a dizer que o uso que é feito
das prerrogativas dos juízes e do Tribunal são desvirtuadas, mas isso não se
resolve acabando com o Tribunal, evidentemente, resolve-se escolhendo
melhor os juízes. Quem, recorrendo a princípios tão gerais e difíceis de
definir e de densificar, determina a inconstitucionalidade de determinados
diplomas, em circunstâncias tão especiais da vida do país, quem está nesta
posição, deveria ter um escrutínio muito maior do que aquele que foi feito até
hoje”, (junho 2014).
No lugar do
coro português, no varão, um carregador de pianos do cavaquismo, Mira Amaral:
“Vejo mal, não concordo com o que o Tribunal Constitucional diz, aliás, os
votos contra, de declarações de membros do Tribunal Constitucional, contra a
decisão, mostram que isto da ciência constitucional está longe de ser uma
ciência exata. Cada um decide de acordo com a sua opção ideológica. (…).
Eu acho que aumento de impostos é altamente prejudicial ao país. O país já
esgotou a via do aumento de impostos p’a resolver o problema das finanças
públicas. O problema das finanças públicas só se pode resolver através do lado
da despesa. (Subir IVA para 25 %?). Acho isso desastroso. Os aumentos dos IVA
já se viu o que é que deram e acho que já estamos numa situação em que não é
por aumentar mais impostos que vamos ter maior receita”, (junho 2014).
1984. Julho.
Terça-feira, 10 de julho, discutia-se no parlamento a Lei de Segurança Interna.
“Foi anunciado que Sottomayor Cardia estava inscrito para falar. José Luís
Nunes, presidente do grupo parlamentar do PS, entrou em pânico. Pediu a
interrupção da sessão, reuniu o seu grupo parlamentar e tentou debalde
convencer Cardia a adiar a sua intervenção. Acordou-se, depois, que o discurso
seria a título exclusivamente pessoal. Sottomayor Cardia, reiniciada a sessão
equacionou os motivos de preocupação do país – a degradação do poder de compra,
a insatisfação das necessidades básicas, as dúvidas sobre a modernização de
Portugal, a deterioração da moralidade das relações mercantis, a precaridade do
exercício da autoridade do Estado e, finalmente, «que a europeização de
Portugal ocorra preferencialmente na área do acréscimo da criminalidade
organizada». Esta última questão e só ela iria ser resolvida pela proposta
governamental de segurança interna? Cardia diz que não: «O que nos é proposto não
é uma política de combate à criminalidade. Nem um reforço dos meios humanos e
técnicos das polícias. Nem a promoção da celeridade da atuação dos tribunais.
Nem sequer a preocupação de introduzir, no domínio penal, processual penal ou
administrativo, disposições especiais de combate ao terrorismo». Por isso, o
efeito psicológico da aprovação da lei é «exclusivamente ilusório». (…). Cardia
assevera que, «em democracia, nenhum setor da administração pública pode dispor
do estatuto de reserva moral da nação». E depois, entra num ponto fundamental
do seu raciocínio: «O dever de governador não obriga a presumir-se contra todas
as ciladas, nomeadamente contra ciladas absurdas e anacrónicas. Mas parece
difícil admitir-se que ninguém tenha desejado envolver o governo neste fortuito
escândalo. Quem foi? Sugere-se tal averiguação. Talvez não fosse mau exercício
de autoridade». Reafirmando as suas convicções civilistas, o deputado
Sottomayor Cardia deu a sua explicação para esta proposta: a «absurda história»
de buscas sem mandado, de suspensão de manifestações ou de espetáculos ou de
atividades de empresas, pode não ser mais que uma cortina de fumo. Não só, «de
uma tentativa de legal policialização do poder, mas também para a legal
militarização do poder». Pronunciando-se sobre os efeitos da lei na opinião
pública, Cardia disse que a opinião pública «não vê com indiferença que os
direitos, liberdades e garantias sejam frontal e despropositadamente
ofendidos». «Aliás, o povo português tem em todas as circunstâncias, sabido
recusar o populismo. É duvidoso que viesse agora a deixar-se iludir pelo
populismo da ordem». Mais adiante, afirmou que «se uma democracia,
circunstancialmente afetada de alguma permissividade, decide atribuir
competências mal definidas às suas polícias e às suas forças armadas corre o
risco de suicidar-se».”
Segunda-feira,
23 de julho “perplexos e inquietos pela situação do país, designadamente quanto
à ameaça que recai sobre as liberdades, militantes de base do PS estão a
subscrever uma longa carta para enviar a Mário Soares. A perplexidade e
inquietação surge, dizem os militantes, «quando os direitos, liberdades e
garantias por que Mário Soares e o PS se bateram parecem agora subalternizar-se
a conceções centralistas, autoritárias e burocráticas do Estado». A carta é
dirigida «ao governante, ao camarada e ao cidadão Mário Soares» e começa por
evocar factos da história portuguesa e da vida do PS. «Estamos preocupados com
o papel que o PS desempenha hoje». «Mesmo quando conjuntamente metemos o socialismo
na gaveta não podemos fazê-lo definitivamente e, se depois de o fazer, metermos
também na gaveta a liberdade estamos a negar-nos». (…). A iniciativa deste
documento partiu de um grupo de militantes de Lisboa – João Soares Louro, Álvaro
Neves Silva e Beja Santos, são os três primeiros subscritores.” Outros
subscritores foram – Aquilino Ribeiro Machado, Eduardo Prado Coelho, Júlio
Isidro, Maria Belo, António Arnaut, Avelino Loureiro Zenha, João Lima, Carlos
Candal, Delmiro Sousa Carreira, José Manuel Leite, Barbosa de Oliveira, Manuel
dos Santos, Sumavielle Soares, Teresa Olga Tropa.
Segunda-feira,
23 de julho «há… um núcleo de valores que continua a ser o fundamento e o
fermento de qualquer projeto de esperança e de futuro. Esse núcleo de valores,
património cultural da civilização europeia e democrática, é o que diz respeito
aos direitos, liberdades e garantias. Se noutros domínios é possível
transgredir, aqui não. Porque então nada nos restaria senão a apagada e vil
tristeza duma política sem ética e sem alma». Estas palavras foram pronunciadas
na Assembleia da República pelo deputado socialista Manuel Alegre, no reinício
do debate parlamentar da Lei de Segurança Interna. Para falar, Alegre ignorou
as decisões do seu grupo parlamentar que além de querer impor a disciplina de
voto, decidira também que apenas Jorge Lacão seria o porta-voz do partido nesta
matéria de segurança interna. (…). «A luta pela liberdade é historicamente uma
sucessão de atos de desobediência, indisciplinados e indisciplinadores», começou
o deputado socialista para depois explicar porque falava à revelia das
orientações partidárias: «Decidi, no entanto, cometer este pequeno pecado
porque, no meu entender, sobre a democracia portuguesa pairam já certos
riscos». (…) «Toda a gente sabe a amizade que me liga aos meus camaradas que
estão no governo, nomeadamente a Mário Soares. Mas a amizade é também uma
exigência, em relação aos amigos e em relação a nós próprios. Trai-los-ia e
trair-me-ia se não tomasse esta posição. Não posso calar-me, não posso dizer
que sim, não posso ausentar-me. Esta é a única forma que tenho, neste momento,
de ser fiel ao Partido Socialista. Não evoco sequer as lutas do passado, evoco
o futuro, porque hoje, como sempre, tomar o partido da liberdade é ser
contemporâneo do futuro».” [2]
Terça-feira,
24 de julho “Rui Machete acentuou estar fora de causa que as Forças Armadas
possam exercer quaisquer atividades de segurança interna ou tomar medidas de
polícia em situação normal. Por isso, o governo admite ser preferível «corrigir
a redação do art.º 11, n.º 3 da proposta de lei de modo a desfazer quaisquer
eventuais equívocos. Esta alteração visa sublinhar que, só em situações de
estado de sítio ou de emergência (definidas na Constituição da República e que
apenas ao presidente da República cabe declarar) poderão as Forças Armadas
desempenhar funções relacionadas com a segurança interna e a proteção civil. O
funcionamento de tribunais de instrução criminal permanentemente em Lisboa, Porto
e Coimbra e eventualmente em Faro, «pois que o uso de meios rápidos de
transmissão de documentos, por fac-simile ou telex já hoje é acessível à
generalidade das nossas autoridades policiais em qualquer ponto do país»,
permitiria obstar à intervenção a
posteriori do juiz de instrução, no que respeita às buscas domiciliárias e
às escutas telefónicas. (…). Ângelo Correia não poupou críticas ao próprio
conceito de segurança interna, nomeadamente o que diz respeito aos artigos 3.º
e 11.º n,º 3. Em súmula, aquela articulação sublinha que, quer a atividade da
Segurança Interna quer o papel das Forças Armadas se podem estender aos fundos
marinhos contíguos e no espaço aéreo sob jurisdição portuguesa. O deputado do
PSD referiria estar-se perante uma conceção jamesbondiana
do século XXI, quando ainda estamos em 1984.” [3]
Sexta-feira,
27 de julho “eram sete da manhã de hoje quando o presidente da AR, na
oportunidade Carlos Lage, a substituir Tito de Morais, mandou os deputados para
férias. Para trás ficavam 17 horas de debate exaustivo e duas votações
politicamente relevantes – a da Lei de Segurança Interna e a dos Serviços de
Informações. A primeira passou para análise na especialidade numa Comissão
Eventual, a segunda vai para Belém para ser promulgada pelo presidente da
República. A votação da Lei de Segurança Interna era o principal objetivo da
última reunião da Assembleia da República antes das férias. A teimosia do
governo e da maioria em ver a lei passar foi eficaz. Mas os custos políticos
desta insistência também foram grandes – no Partido Socialista dez deputados
recusaram a disciplina de votos: Manuel Alegre, Sottomayor Cardia, Edmundo
Pedro, Eurico de Figueiredo, Margarida Marques, José Leitão e Rui Dicciochi
votaram contra, Mota Torres e Santos Loureiro (de Coimbra) e Tito de Morais
abstiveram-se. Mas, a acrescentar a estes, há que ter em conta algumas dezenas
de deputados da maioria que saíram da sala no momento da votação – Torres Couto
e Laranjeiro Vaz, do PS, Jaime Ramos, Pereira Lopes (presidente da UGT),
Oliveira e Costa, Bento Gonçalves, Pedro Pinto e Agostinho Branquinho, do PSD.”
Terça-feira,
24 de julho “o antigo ministro das Finanças e Plano, Medina Carreira (1977)
disse que o sistema fiscal vigente é «o terrorismo legalizado». Medina
Carreira, que fez entrega ao presidente da República de um relatório sobre «O
sistema fiscal em Portugal», onde faz o diagnóstico e apresenta uma terapêutica
para o regime fiscal vigente, advoga uma «reforma fiscal transitória» que, em
seu entender, poderia vigorar já a partir de 1985. Na introdução do mesmo
relatório que estará à disposição do público (em livro) a partir de agosto,
para «um amplo debate nacional», Medina Carreira condena «as medidas avulsas»
dos sucessivos governos, o «imobilismo» e diz «não ter sentido entrar na Europa
com o passaporte do IVA deixando tudo o resto como está». Em seu entender, «a
fraude alastrou, bem como a fuga fiscal» e apontou que enquanto a percentagem
dos impostos profissional e sobre rendimentos aumentou, de 1977 para 1984, de
40 para 57 %, o seu valor diminuiu, pois existem «titulares que se subtraem à
tributação direta, representando 60 % do rendimento nacional».”
Sexta-feira,
3 de agosto “o ex-ministro das Finanças do primeiro governo constitucional,
Medina Carreira, teceu duras críticas ao sistema fiscal português, afirmando
nomeadamente que se torna urgente adotar uma reforma fiscal transitória, para
que o país «resista até uma reforma profunda». Medina Carreira, que falava em
Lisboa, no ato de apresentação do seu livro «A situação fiscal em Portugal»,
considerou também que a Comissão da Reforma Fiscal empossada esta semana por
Ernâni Lopes é uma «reedição», oito anos depois, da Comissão do Imposto Único a
que Mário Soares deu posse em 1976. O ex-ministro das Finanças disse ter sido
sua intenção organizar «elementos minimamente sérios e ordenados» sobre os
problemas fiscais e salientou a necessidade de discutir a questão com «dados
tão rigorosos quanto permitissem as estatísticas deste país». Medina Carreira,
que assinalou a falta de atenção que os responsáveis políticos têm dado à sua
iniciativa sublinhou que o seu livro de cerca de 500 páginas é «dirigido à
consciência do poder político» e considerou que os impostos extraordinários
retroativos cobrados em 1983 serviram como «revelação do esgotamento do sistema».
[4]
Segunda-feira,
29 de outubro «num país de 10 milhões de habitantes, com rendimento per capita
de 2600 dólares, em tempo de paz, uma carga fiscal de 33 % sobre os rendimentos
do trabalho é uma brutalidade» - disse o Dr. Medina Carreira, antigo ministro
das Finanças, aos participantes no Seminário sobre Política Fiscal, realizado
neste fim de semana na faculdade de Direito de Lisboa. O seminário foi
organizado pela CGTP e contou com o contributo de muitos técnicos e
especialistas desalinhados daquela central sindical, que falaram a uns 300
sindicalistas e ativistas sindicais.”
___________________
[1] Um povo bom
de bola. No futebol, líderes e povo trançam-se. O secretário de Estado do
Desporto, Laurentino Dias: “Eu já disse uma vez e volto a repetir, não sou
adepto da, da técnica do achismo. Eu não acho coisa nenhuma. Eu não gostei do
jogo. Estive a ver o jogo, achei que fomos infelizes. Achei que devíamos ter
ganho, quando empatamos”, (2010). Portugal empatara por 4-4 frente à poderosa
seleção do Chipre. O futebol deflagra lideranças fortes, no campo do governo,
no campo do povo, desencuba ideias inovadoras. Um pastel de nata do ministro
Álvaro (correspondente moderno de “ovo de Colombo”) para o estádio às moscas de
Aveiro, do aluno de gestão de marketing do Instituto Português de Administração
de Marketing (IPAM), Gonçalo Tavares: “Optamos por dividir entre aquilo que são
as ligações institucionais que o estádio deve ter a ações dirigidas a um
público mais noturno com algumas festas dentro do estádio, para um público mais
diurno com ações para a hora do almoço, fazerem piqueniques no relvado de
estádio.”
[2] O futuro
endossa-o a mulher portuguesa, alma de mãe, porém, ousada. Cláudia Borges, 1,76 m, 53
kg, 85-61-90, sapatos 39, nascida a 9 de fevereiro de 1983, em Lisboa. “É uma
modelo portuguesa. Aos 18 anos participa no concurso Miss Mundo Portugal 2001 e
acaba por vencer. A vitória valeu-lhe entrada direta na Face Models. Em
setembro de 2002, estreia-se como apresentadora de televisão ao dar a cara ao
programa infantil da SIC, «Disney Kids». Cláudia Borges apresentou,
também, o programa «Êxtase» da SIC. Apresentou em conjunto com Liliana Campos,
Rita Andrade, Vanessa Oliveira e Andreia Rodrigues, o programa «Fama Show» da SIC.
Ganhou o prémio miss Portugal em 2005. Foi mãe pela primeira vez em novembro de
2010 do Rodrigo, fruto do casamento de quatro anos com o realizador Samuel
Fortuna.” P:
“Comeste a dobrar ou tiveste alguns cuidados?”, Cláudia: “Cuidados… que
vergonha… não tive mesmo. Usava o facto de ser magra para comer de tudo. A
Coca-Cola sabia-me pela vida!” Entrevista: “É bonita,
sente-se realizada e no geral diz-se uma mulher feliz. Cláudia Borges completou
nove anos de casamento no dia 4 de novembro com Samuel Fortuna e revela-nos
como este amor ainda consegue surpreendê-la. A apresentadora do Fama Show fala
ainda do que tem vivido com Rodrigo, o filho de ambos, que completou há pouco
cinco anos. P: «Celebrou recentemente nove anos de casada. Qual o segredo
para um casamento feliz e duradouro?», Cláudia: «Não é
segredo para ninguém que o sucesso de qualquer relação é o amor. Temos uma
identificação muito grande e tudo isso permite que sejamos felizes juntos».
(…). P: «Gostava de voltar a ser mãe?», Cláudia: «Ter apenas um filho nunca fez
parte dos nossos planos. Quero ter mais um filho, ambos queremos, e o facto de
o Rodrigo o pedir torna esse desejo ainda maior».” Em 2015, “a
apresentadora divulgou uma imagem ousada e sensual da sessão fotográfica, onde
aparece de fato de banho e saltos
altos.” Com 10 anos de casada arrasa à beira da piscina. Currículo
– na apresentação: “Disney Kids” (2002) SIC; “Êxtase” (2004) SIC; “5 Estrelas”
(2005/08) SIC; “Diário da Floribella” (2007/08) SIC; “Mudar é izi” (2008/09) SIC;
“Fama Show” (2008/14) SIC; “Portugal em Festa” (2013/14) SIC; “Posso Entrar”
(2014) SIC Caras. Na representação: “Uma Aventura”, episódio, “Uma aventura na casa assombrada” (2004);
“Perfeito Coração” (2010); “Sol de Inverno” (2013).
[3] Ângelo
Correia engraza que, nem umas ceroulas, numa catalogação de Herberto Hélder, de
um “estupor velho e relho”. “O presidente da Mesa do Congresso do PSD, Ângelo
Correia, disse hoje [28 / maio / 2008] que o partido precisa de uma «janela
aberta», que afaste o «mofo», o «bafio», o «mesmo do passado» e deixe entrar
«uma lufada de ar fresco» no país. Falando num jantar que juntou, em Santarém,
cerca de 400 apoiantes de Pedro Passos Coelho, Ângelo Correia justificou a sua
presença ao lado do candidato à liderança do PSD por «saber o que dele pode
esperar», por ter «carácter». «O Pedro não é bom rapaz, o que até é
depreciativo, é bom carácter, tem escolhas, tem opções»,
disse, acrescentando que o país está «farto de quem encena, faz espetáculo
político e faz o contrário do que disse». Para Ângelo Correia, o facto de o
PSD ter tido sete líderes em 13 anos «é mau, é errado», é «sintoma de crise,
sinal de doença». Por isso apelou a que o partido escolha desta vez «um líder
para muitos anos», com a «juventude e maturidade» que reconhece a Passos
Coelho. (…). «O País só olhará para o partido doutra maneira se houver um novo
líder, um rosto novo, uma janela aberta sobre o País, que deixe entrar uma
lufada de ar fresco. Senão continuará o mofo, o bafio, o mesmo do passado»,
afirmou. Segundo disse, a mudança em Portugal «não se fará com os do costume» e
«cada pessoa tem o seu tempo». «Hoje vim aqui dizer que apoio Pedro Passos Coelho
também pela sua juventude», afirmou, lembrando o candidato que o atual
presidente da República, Cavaco Silva, era mais novo quando foi ministro das
Finanças. Para Ângelo Correia, o facto de Passos Coelho estar numa classe
política «sem fazer parte dela» é «uma enorme vantagem». Passos Coelho pediu
aos militantes que, perante os quatro candidatos em disputa no sábado, decidam
«fechar um ciclo importante» que teve o seu momento mais alto com Cavaco Silva
e o mais baixo «quando Pedro Santana Lopes perdeu as eleições».”
[4] Uma croata
vale mais que um livro de 500 páginas. “Nives Zeljković, olhos e
cabelos castanhos, sapatos 38 ½, nascida em 18 de dezembro de 1981, conhecida
pelo seu nome artístico Nives Celzijus
(Nives Celsius), é uma socialite, modelo, cantora e escritora croata, ex-mulher
do futebolista Dino Drpić. Nives nasceu em Zagreb, na época, parte da
Jugoslávia. O seu pai, Spaso Čanković (conhecido como Anej Sam) nasceu em
Sanski Most, Bósnia e Herzegovina, e trabalha como escritor na Eslovénia. A mãe
chama-se Mira. Ela é de etnia sérvia. Os pais separaram-se antes do seu
nascimento. Durante a guerra da Croácia, foi intimidada e humilhada devido ao
seu apelido. Ela afirmou que foi violada aos 16 anos por um jogador do Dinamo
de Zagreb, embora não revele o nome dele. Viveu em Belgrado dois anos antes de
retornar a Zagreb, onde lançou a canção «Na koljena» (2004),
que se tornou um sucesso. Nives, aos 13 anos, já se maquilhava, usava minissaia
e saltos altos, apareceu pela primeira vez no vídeo, “Ne zovi mala policajce” (1998), de Mladen
Burnać, logo depois com a ajuda de Zrinka Tutić
grava o seu primeiro álbum, «Cura Moderna» (Rapariga
moderna), publicado em 1999. Em 2005, casou-se com o jogador de futebol Dino
Drpić, tatuando, «Propriedad de Dino», de um
lado ao outro do abdómem, logo acima do entremontes, pela santa lei, pertença
exclusiva do esposo, de quem teve dois filhos, Leon e Taiša. O casal foi
alcunhado os “Beckham de Baden», na Alemanha. Em 2009, escreveu, na sua
autobiografia «Gola Istina» (A Verdade nua), que fizera sexo no estádio
Maksimir vazio: “Dino combinou com as pessoas que deviam ligar as luzes do
estádio para nós e finalmente ele realizou o seu sonho de fazer sexo no meio de
um estádio de futebol. Foi maroto». Em
outubro de 2009, ela foi condenada pelo Tribunal Penal Municipal por difamação,
após ter declarado numa entrevista para a Playboy sérvia que fora molestada
pelo pai. Em 2008, o casal fez manchete em toda a Europa numa história bizarra.
Durante as férias na ilha croata de Krk, o seu filho Leone foi confundido com a
menina britânica, Maddie McCann, vista pela última vez em Portugal. «Estou
acostumada que as pessoas me tirem fotos e se aproximem de mim, porque somos
famosos na Croácia, por isso não reagi», disse a modelo. «Comecei a ficar
desconfiada quando a mulher inglesa se aproximou de Leone e começou a falar com
ele. Subitamente, agarrou-o. No entanto, quando fui até lá ela percebeu que a
minha criança era um rapaz e pediu desculpa». Em 2011, cantava o verso gongórico
“enche-me esta noite como Cristiano Ronaldo” na canção “Zabij mi gol”. Em 2014,
divorcia-se de Dino Drpić.” Outras
canções: “Take
me to Brasil” (2014) ♫ “Kukulele” (2016) ♫ “Mamurluk” (2016).
na sala de cinema
“3 hommes et un couffin” (1985), real. Coline Serreau, c/ Roland Giraud,
Michel Boujenah, André Dussollier … sob o título local de “Três homens e um
berço” estreado sexta-feira, 18 de abril de 1986 no Londres e no Las Vegas sala
2. “Jacques,
Pierre e Michel, solteiros, vivem juntos num apartamento espaçoso no centro de
Paris. Uma tarde, durante um serão organizado no apartamento, Jacques, o
assistente de bordo, aceita servir de intermediário de um pacote que um amigo
lhe entregará no dia seguinte. Mal tendo tempo de prevenir os amigos, parte,
por várias semanas, para o Extremo Oriente. Quando chega o «pacote»,
verifica-se que é uma bebé, aparentemente a filha de Jacques, que a mãe,
Sylvia, lhe enviou sob pretexto que o seu trabalho lhe impede cuidar dela.” “3 Men and a Baby” (1987), real. Leonard Nimoy, c/ Tom Selleck, Steve Guttenberg, Ted
Danson … sob o título local “Três homens e um bebé” estreado sexta-feira, 29 de
abril de 1988 nos cinemas Tivoli, Nimas, Terminal, 7.ª Arte e Amoreiras sala 2.
Os americanos não entendem os filmes europeus, qualquer exportação deste
produto para esse mercado faz-se obrigatoriamente através do remake, e este particularmente originou
uma lenda urbana. “Leonard Nimoy cruzou-se com um fantasma. Esta incrível história
aconteceu em 1987 no set do remake americano de «3 hommes et un
couffin» com
Tom Selleck, Ted Danson e Steve
Guttenberg. É um dos doze filmes e telefilmes realizados por Leonard Nimoy e o
seu maior sucesso com 168 milhões de dólares de receita. A presença desse
suposto fantasma contribuiu também para aumentar os alugueres e as vendas
aquando da saída em videocassete. O espetro aparece cerca do 60.º minuto, em
segundo plano, numa cena com Ted Danson e Celeste Holm. Podemos
distinguir uma silhueta meia escondida por uma cortina transparente.
Rapidamente, este fantasma adquire uma identidade e um destino trágico.
Trata-se de um rapaz de nove anos que se suicidou no apartamento onde a cena
foi filmada. A história não termina aí: a sua mãe, devastada pela dor,
enlouqueceu ao descobrir o filho no filme. Ela morreu internada num hospital
psiquiátrico após intentar um processo contra os produtores para que a imagem
do seu defunto filho fosse retirada do filme. Infelizmente, ou melhor,
felizmente, este horroroso relato é uma lenda urbana de primeira água. A cena
não foi filmada num apartamento mas num estúdio em Toronto. Quanto à mãe alucinada
pela dor, que teria participado em vários talk-shows para evocar a aparição do
fantasma do filho, nunca existiu, assim como a ação judicial. A silhueta
enigmática é na realidade uma figura em cartão do ator Ted Danson vestindo um
smoking e uma cartola utilizada numa sequência cortada na montagem. Todavia,
depois encontramo-la brevemente, um pouco mais nítida, como mostra esta imagem.” “Um adeus português” (1985), real. João Botelho, c/ Ruy
Furtado, Isabel de Castro, Maria Cabral … estreado quinta-feira, 17 de abril de
1986 no Quarteto sala 1 e no Tivoli. “África Portuguesa, 1973. Nos últimos
tempos da Guerra Colonial um pequeno grupo de soldados avança no mato. Um
soldado morre vítima do rebentamento de uma mina. Em Lisboa, doze anos depois,
Raul e Piedade, pequenos agricultores do Minho, visitam Alexandre, o filho mais
novo, e Laura, a viúva do filho mais velho que morreu em África na guerra. A
família volta a estar junta, mas nunca será o que foi. Há uma pequena dor,
serena e amarga, que o tempo não esbateu. Raul e Piedade regressam à terra.
Alexandre e Laura não têm lugar para regressar. Nem para esquecer. «Um
Adeus Português», de 1985, é a segunda longa-metragem de João Botelho, o autor do
sofisticado «Conversa Acabada», que confirma plenamente o seu particular
domínio estético, artístico e narrativo num filme de uma notável coesão. Olhar
amargo e sentido sobre um conjunto de personagens que, entre a Guerra Colonial
e uma Lisboa desencantada em meados dos anos oitenta, tenta encontrar os
vínculos familiares e emocionais, perdidos no tempo, na memória e na tristeza.
«Um Adeus Português» é pois um filme tocante, surpreendente e profundamente
português que soube refletir, admiravelmente, sobre uma memória tão incómoda de
forma tão sensível.” “Mannen från Mallorca” (1984), real. Bo Widerberg, c/ Sven Wollter, Tomas von Brömssen,
Håkan Serner … sob o título local “O homem de Maiorca” estreado sexta-feira, 18
de abril de 1986 no Quarteto sala 3. “Em Estocolmo, no dia de Santa Lúcia, um
meliante, arrojadamente, assalta uma estação de correios apinhada de gente. Nas
duas semanas seguintes, duas testemunhas estão mortas. Dois bófias da brigada
de costumes, Johansson e Jarnebring, que foram os primeiros a chegar ao local
do crime, seguem todas as pistas e identificam um suspeito, um arrogante membro
da elite da polícia secreta, Kjell Göran Hedberg, um homem designado para
guardar o ministro da Justiça. Precisamente quando os chuis pensavam ter o laço
no pescoço do suspeito, aparecem pontas soltas, testemunhas perdem as certezas,
alibis crescem, e até os bófias duvidam do que viram. Quem está a proteger o
suspeito e porquê?” “Baseado na primeira novela do
polícia e professor de criminologia, Leif G. W. Persson, ele próprio pertenceu
às forças de segurança durante o «bordellhärvan och Geijeraffären» (a salsada
do bordel e o caso Geijer), em 1979, quando havia advertências dos Serviços
Secretos, (Säpo), de espionagem do Bloco de Leste no alcoice de Doris Hopp [1]. A madame alegava ter clientes regulares da elite
da sociedade. Houve um aviso especial sobre Lennart Geijer, o ministro da
Justiça, cujas visitas às prostitutas poderiam constituir um risco de segurança
nacional por causa da oportunidade de chantagem. Não há provas nenhumas de que
Geijer frequentasse tais casas, e Persson negou que outros políticos o
fizessem. Nenhum assassinato foi cometido, tampouco.” “Death Wish 3” (1985), real. Michael Winner, c/ Charles Bronson, Deborah Raffin, Ed
Lauter … sob o título local “O justiceiro de Nova Iorque” estreado sexta-feira,
16 de maio de 1986 no Alfa 3, Eden, Gemini e Mundial. “Paul Kersey (Charles
Bronson) volta para Nova Iorque, depois de ter escapado desde os eventos do
primeiro filme, para visitar o seu colega da guerra da Coreia, Charley (Francis
Drake), que está a ser atacado por um gangue no seu apartamento no leste de
Nova Iorque. Os vizinhos ouvem o tumulto e chamam a polícia. Paul chega e
Charley morre-lhe nos braços. A polícia prende-o por homicídio. Na esquadra, o
inspetor Richard Shriker (Ed Lauter) reconhece-o como o «Sr. Vigilante». Shriker
aplica-lhe a lei e Paul é levado para uma cela. Nela está Manny Fraker (Gavan
O'Herlihy), líder do gangue que matou Charley. Ele e Paul lutam. Quando é libertado,
Manny ameaça Paul. A polícia recebe relatórios diários sobre o aumento da taxa
de criminalidade. Shriker oferece um acordo a Paul: ele pode matar todos os
rufiões que quiser, desde que o informe de qualquer atividade do gangue que
tenha conhecimento para que a polícia possa fazer uma detenção e sair nas
notícias.” Factos: “De
acordo com o livro «Bronson’s Loose» de Paul Talbot, o título original «Death
Wish III» foi mudado para «Death Wish 3», porque a Cannon Group, Inc. fez um
inquérito e descobriu que quase metade da população dos EUA não sabe ler
numeração romana.” “Charles Bronson tinha sessenta e quatro anos quando
apareceu neste filme.” “Das Arche Noah Prinzip” (1984), real. Roland Emmerich, c/ Richy Müller,
Franz Buchrieser, Aviva Joel … sob o título local “O princípio da arca de Noé”
estreado sexta-feira, 16 de maio de 1986 no Quarteto sala 2. “Filme de ficção
científica da Alemanha Ocidental escrito e realizado por Roland Emmerich como
tese para a
Hochschule für Fernsehen und Film
München (Escola Superior de Televisão e Cinema de Munique). Enquanto os seus
colegas normalmente angariavam e gastavam 20 000 marcos alemães na sua
obra final, Emmerich conseguiu arrecadar um orçamento de 1 200 000
marcos, tornando-o no filme de estudante mais caro na Alemanha. (…). O ano é
1997, e a paz mundial parece ter chegado, com a maioria das armas de destruição
maciça tendo sido abandonadas. No entanto, orbitando a Terra está a estação
espacial euroamericana Florida Arklab, capaz de controlar o tempo em qualquer
sítio do planeta. Um projeto civil por natureza, pode ser desvirtuado como uma
poderosa arma, visto que poderia provocar devastação a qualquer potencial
adversário, simplesmente causando-lhe desastres naturais, tais como tempestades
e inundações. Não admira que a estação espacial logo se torne o foco central
das crescentes tensões políticas entre o Ocidente e o Leste, próxima paragem,
terceira guerra mundial (como indicado no slogan: «O fim do nosso futuro já
começou»). Acompanhamos o protagonista, Billy Hayes, um astronauta a bordo da
estação, enquanto ele caminha através de uma trama de secretismo e sabotagem,
tentando distinguir os amigos dos inimigos, durante o processo.”
___________________
[1] “A Sexkopslagen mudou a perceção da
prostituição na Suécia. De ser um contrato entre uma mulher e um homem, pagar
por sexo é agora visto como um abuso das mulheres. A mudança de perceção também
reavivou o interesse pelo chamado Caso Geijer. Irrompeu em 1977, quando o
jornal sueco Dagens Nyheter revelou que o chefe da polícia tinha escrito um
memorando ao então primeiro-ministro Olof Palme, avisando-o que o ministro da
Justiça Lennart Geijer constituía um risco de segurança, porque ele visitava um
bordel também frequentado por diplomatas estrangeiros. Olof Palme negou a
existência do memorando e o Dagens Nyheter retratou-se da notícia e pediu
desculpas. Mas o sucessor de Palme, Thorbjoern Falldin, disse que tal memorando
existiu. Também admitiu que mencionava-o a ele e ao líder do Centerpartiet, Olof Johansson. Mas Falldin
argumentou que esse memorando tinha que estar cheio de erros, pois ele nunca
visitara uma prostituta. Enquanto a mulher que dirigia o bordel de Estocolmo,
Doris Hopp, foi condenada a dois anos de cadeia por lenocínio, duas das
prostitutas avançaram agora [2008] e pedem compensação do Estado. As duas
mulheres tinham 14
e 15 anos na altura, (Eva Bengtsson, de Nyköping, e a sua prima,
respetivamente. Exigiam um milhão de coroas e um pedido de desculpas. O caso
foi arquivado). Elas alegam ter vendido sexo a políticos famosos e outros
funcionários públicos. Enquanto a Sexkopslagen não criminaliza atos do passado,
o advogado das duas ex-prostitutas argumenta que ambas eram menores e sexo com
menores era ilegal na época. A ministra da Justiça, Beatrice Ask, disse que
agora está investigando o caso. «É claro que quando as pessoas estão
preocupadas e consideram que foram abusadas, então teremos de encontrar uma
maneira de lidar com isso e dar as respostas que podem ser encontradas», diz
ela. Contudo, Ask não faz promessas: «Isto foi há muito tempo e será difícil de
deslindar, visto que alguns dos envolvidos já não estão vivos». Olof Palme e Lennart
Geijer estão mortos.”
no aparelho de televisão
“O Nazareno – Frei Hermano da Câmara” (1986), programa
de entretenimento para a família portuguesa transmitido pelas 21h40, na RTP 1, segunda-feira,
28 de julho de 1986. Espetáculo baseado no disco de folk, world, & country de Frei Hermano
da Câmara intitulado «O Nazareno» gravado no Coliseu dos Recreios com encenação
de Carlos Avilez. Direção de orquestra de Jorge Machado. Participação de Teresa
Tarouca, Mara Abrantes, Teresa Siqueira, Alexandra, José Fardilha, Jorge
Fernando, Nuno da Câmara Pereira. Realização de Fernão Katzenstein. [1] “Manoel dans l'île des merveilles” (1984), minissérie franco-portuguesa transmitida aos
sábados na RTP 2, pelas 22h55, de 21 de dezembro de 1985 / 4 de janeiro de
1986. É uma obra do chileno Raul Ruiz baseada em contos infantis de João
Botelho e Leonor Pinhão que o realizador «enriqueceu» com numerosas histórias
que um sábio pescador madeirense lhe contou aquando das filmagens de um dos
muitos outros filmes que este cineasta realizou durante o seu exilio. As
filmagens decorreram, durante cinco semanas, na ilha da Madeira. Em Berlim, as
três partes do filme divertiram tanto os seus fãs que o diretor do Forum,
Ulrich Gregor, decidiu mostrar este filme mais uma vez, como «filme-surpresa»
do Forum. Na primeira parte, «Os destinos de Manuel», o protagonista
encontra-se com ele mesmo, seis anos mais velho, jogando com a sua própria
história. Na segunda parte, «O piquenique dos sonhos», parece mais acessível à
compreensão do público. Manuel vive no corpo de um adulto a quem entregou a sua
última moeda e encontra assim a família dos corpos eternos que são habitados
pela gente que passa. Um dia, o seu primo Pedro desaparece e Manuel parte… na
terceira parte do filme, «A pequena campeã de xadrez», à sua procura. Quem o
conduzirá nesta busca? O homem das sombras, passador de homens, ou a pequena
Marilina, a campeã mundial de xadrez que descodificará a mensagem dos bordados
da Madeira? Nas viagens estranhas num meio adulto e ao mesmo tempo misterioso,
recheado de sonhos e pesadelo, vamos seguindo Manuel que se vai confrontando com
os madeirenses e as suas lendas, com a ternura portuguesa e até com as
contradições de humor sarcástico. Participam em «Manuel e a ilha das
maravilhas», que é uma coprodução da RTP e Branco & Castro Neves (Porto),
Ruben de Freitas, Marco Paulo de Freitas, Fernando Heitor, Teresa Madruga,
Vasco Pimentel, José de Freitas, Aurelie Chazelle, Diogo Dória, Cecília
Guimarães, Miguel Silve, Pedro Ruivo, Pedro Fernandes, Clara Rolim, Luís Gaspar
da Silva, Tony Jessen, Vasco Sequeira, Armanda Bacelar, Rafael de Sousa, José
António Gomes, Luísa Gedge, Sofia Câmara, Martin Velosa, Gonçalo Vieira,
Elisabeth, Ana Franquinho, Paula Franquinho, Isabel Branco, Pedro e Paulo,
Andreia Quintal, Sérgio Gonçalves da Cunha, Isidro, Ilídio Gouveia e 24
crianças da escola de Porto da Cruz. [2] “Chiefs” (1983),
minissérie americana transmitida às terças-feiras na RTP 1, pelas 22h50, de 21
de janeiro / 11 de fevereiro de 1986. Durante anos a cidade de Delano é alvo de
interesse jornalístico devido aos numerosos casos de assassinatos de jovens
que, à boleia, por aí passavam, dirigindo-se ao sul. Estes casos foram ficando
por resolver, não obstante a eficiência e o interesse da polícia local. Embora
todas as investigações parecessem indicar um único suspeito, o seu nome nunca
chegou a ser revelado, já que os chefes da polícia eram sucessivamente
eliminados, de forma «acidental». Hugh Holmes, banqueiro, fundador da cidade e
deputado, dava todo o seu apoio a esta investigação e comentava, assiduamente,
a sua evolução com «Foxy» Funderburke, herói da Primeira Grande Guerra e pessoa
muito conceituada na zona. Aliás, eram sempre perto da propriedade deste que os
corpos dos jovens eram encontrados. «Chiefs» será apresentado em 4 episódios e
tem nos principais papéis: Charlton Heston, Keith Carradine, Stephen Collins,
Tess Harper, Victoria Tennant e Paul Sorvino. Realização de Jerry London. 2.º
episódio: Will Henry, o primeiro chefe da polícia, está cada vez mais
preocupado com o assassínio do jovem rapaz. Embora o xerife Skeeter o aconselhe
a esquecer o caso, pois trata-se certamente de um marginal. 3.º episódio: 1945.
Delano dá as boas vindas aos seus soldados que regressam da guerra. Entre eles
encontram-se Billy Lee e Sonny Butts. Billy vem acompanhado pela noiva e com a
ajuda de Holmes consegue comprar a quinta onde vivera enquanto criança. “Quelques hommes de bonne volonté” (1983) com título local “Homens de boa vontade”, série
transmitida às quintas-feiras na RTP 2, pelas 20h35, de 16 de janeiro / 27 de fevereiro
de 1986. Vinte de sete volumes compõem o romance de «Les hommes de bonne
volonté» de Jules Romains, autor francês falecido em 1972 em Paris, aos 87
anos. Sete episódios condensam essa obra numa série francesa, adaptada por
François Villiers e Marcel Jullian para a Televisão Francesa, sob o título
original «Quelques hommes de bonne volonté» que reproduz o itinerário político
e humano de 300 personagens durante 25 anos de História, no período
compreendido entre 6 de outubro de 1908 a 7 de outubro de 1933 em França.
Segundo o realizador da série, François Villiers, o tema principal desta obra é
a solidão do homem perante a ameaça da guerra. A série inicia-se com a entrada
na faculdade de duas personagens principais, Pierre Jallez e Jean Jerphanion, cuja
amizade vai perdurar até ao fim da vida embora passem a militar em campos
opostos da política francesa. Com o ano de 1908 os ânimos agitam-se com um caso
levado à discussão do parlamento, que tem a ver com o monopólio da refinação do
petróleo. Jaurès é um jornalista conceituado, que publica no jornal L’Humanité,
um artigo com o título «Risco de um conflito mundial». Interpretes: Jean-Claude
Dauphin Jean Barney, Jean-Claude Brialy, Daniel Ceccaldi, entre outros. 2.º episódio:
no início do ano de 1909 os dois amigos, Jerphanion e Jallez discutem sobre os
novos rumos que hão de dar às suas vidas para romperem um pouco com a rotina.
Enquanto o primeiro ainda está indeciso em aderir à maçonaria, o segundo, pelo
menos, decidiu-se a reconquistar o amor de Juliette Verand. Quanto a Quinette,
homem inteligente e estranho, na sequência de um assassínio na sua rua, vai ele
também dar livre curso ao seu próprio maquiavelismo. 3.º episódio: em julho de
1911, Jallez e
Jerphanion terminam as provas de agregação e resolvem tirar férias juntos na
montanha, numa altura em que o agente imobiliário, ávido de lucros, contrata o
jovem Wazemmes para trabalhar ao seu serviço. 4.º episódio: 14 de julho de 1919
é data histórica do desfile da vitória, nos Campos Elísios. Entre os que
regressam da guerra, muitos deles mutilados, Jerphanion desfila tentando
compreender o período doloroso que acabou, Jallez, pelo seu lado vai viver para
Nice, onde procura encontrar tranquilidade para escrever. [3] “Wallenberg: A Hero’s Story” (1985) telefilme sob o título
local “Wallenberg” transmitido às sextas-feiras na RTP 1, pelas 21h50, de 17 de
janeiro / 7 de fevereiro de 1986. Os Wallenberg, uma das mais abastadas
famílias da Suécia, vivem em confortável neutralidade durante a II Guerra
Mundial. Contudo, Raoul Wallenberg sente uma profunda revolta pela sistemática
exterminação dos judeus na Europa e em 1944 decide intervir. Sendo um homem
influente, foi-lhe fácil ser recebido pela missão diplomática sueca destacada
na Hungria. Durante seis meses, que foi o tempo necessário para o exército
soviético derrotar o exército nazi, Wallenberg dedicou-se, de alma e coração, a
salvar os poucos que restavam na comunidade judaica na Hungria. Quando os
soviéticos entraram em Budapeste, Wallenberg desapareceu. Esta é a sua história
que foi escrita para televisão por Gerald Green, e será exibida em 4 episódios.
Interpretes: Richard Chamberlain, Bibi Andersson, Thomas Ormeny, Stuart Wilson,
Aubrey Morris, Alice Krige. 2.º episódio: Wallenberg continua a fazer tudo que
está ao seu alcance para salvar as vidas dos judeus. A sua confrontação com
Eichmann vai-se desenvolvendo, até que os alemães afastam o seu aliado Horthy.
A situação dos judeus de Budapeste agrava-se e Eichmann envia-os todos para
campos de concentração. 3.º episódio: Wallenberg não desiste de tentar salvar
judeus da exterminação e consegue convencer a baronesa Elizabeth Kemeny, cujo marido
acaba de ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, a ajudá-lo. Uma ajuda
que acaba por se transformar em atração recíproca. 4.º episódio: Wallenberg
convence o cônsul suíço a ajudá-lo e, pagando a alguns guardas, consegue salvar
muitos judeus nas estações de caminho-de-ferro, em que são embarcados para o
extermínio. A paixão de Wallenberg pela baronesa Kemeny aumenta, mas ela é
exilada em Itália e Wallenberg, sozinho, tenta uma vez mais e sem êxito
convencer Eichmann a poupar os judeus que ainda não foram condenados.
____________________
[1] “Frei
Hermano tem exercido assim o apostolado pela música, reenquadrando-se nos novos
ventos que sopraram do Concílio do Vaticano II, concluído em 1965, e fez até
uma experiência com o Quarteto 1111, para introduzir novos estilos musicais nos
cânticos beneditinos de Singeverga. Esta experiência está registada no disco
«Bruma azul do desejado» (1973), que inclui, entre outras, a canção «Vem Senhor Jesus». Em 1978,
compôs e gravou em disco uma peça baseada na vida de Jesus, «O Nazareno». O
álbum, produzido por Mário Martins, com o Coro e Orquestra Gulbenkian, sob a
direção musical de Jorge Machado, contou com a sua prestação, e ainda, entre
outros, de Amália Rodrigues, Mara Abrantes e Carlos Quintas. O disco vendeu
mais de 80 000 exemplares e foi levado à cena, em 1986, no Coliseu dos
Recreios, em Lisboa, com alterações ao elenco da gravação, mas sempre
protagonizado por Frei Hermano. Em 1987, saído de Singeverga, criou a
Comunidade dos Apóstolos de Santa Maria, cujo apostolado é a difusão dos seus
ideais cristãos pela música, em conformidade com o Vaticano II. Apesar deste
vínculo a comunidades monásticas, Frei Hermano da Câmara atuou além-fronteiras
e, com menor regularidade desde 2000, continuou a gravar.” Entrevista:
P: “Não era uma
pessoa recolhida, frequentava a sociedade, ia a casas de fado...”, R: “Às casas
de fado também ia, mas sempre em grupo. Naquela altura era A Toca, do Carlos
Ramos, A Tipoia, O Embuçado ou A Parreirinha, que gostávamos muito, pois estava
lá a Celeste Rodrigues, que cantava muito bem. Por vezes, também aparecia a
Amália. Naquela época havia festas em casas de famílias, algumas só para dança,
com orquestra do Shegundo Gallarza. Lembro-me de que a minha primeira festa de
dança, em que ia excitadíssimo, foi no Estoril, tinha 15 anos. Convivia-se
entre famílias, tudo gente conhecida. E cresci com amigos do Estoril, Cascais e
Sintra. Havia os bailes em que as meninas debutavam de branco e aí
passava-se imensa coisa. Agora é tudo nas discotecas, há menos distinção,
mais mistura.” P: “Podemos saber quem?”, R: “Não posso dizer quem, mas
posso dizer que me custou muito, como a qualquer rapaz que anda num meio com
raparigas lindíssimas. Nós, religiosos, também nos apaixonamos. Isso é que as
pessoas não entendem. Quando um rapaz decide ir para a vida religiosa e abdica
do casamento, do amor, não é por não ter atracão pelas raparigas. É
porque a vocação é algo sobrenatural, que não se pode explicar, e há a
obrigação de a seguir.” P: “Cantava para um público especial?”, R:
“Gostava de cantar para todas as camadas sociais, todo o público. Num disco
metia mensagens religiosas e também números folclóricos ou música popular portuguesa.
Eu nem sabia o tema de «O
Rapaz da camisola verde», mas aquela imagem que surge quando se diz «era o
rapaz de camisola verde, negra madeixa ao vento, boina de marujo ao lado»
cativa as pessoas, seria o símbolo do rapaz rebelde, que não se porta bem e se
perde, e que poderia ter salvado se tivesse feito alguma coisa... é assim.” P:
“Em 1978
gravou o «Nazareno» e nos anos 80 levou à cena o musical, em que fazia de
Cristo na cruz...”, R: “Foi o Mário Martins, diretor musical da Valentim de
Carvalho, que me pediu para gravar uma obra de grande fôlego, um musical, com
princípio, meio e fim. Criei um Cristo à portuguesa. Tinha havido há
pouco tempo o «Jesus Cristo Superstar» e eu escolhi as cenas simples que as
pessoas conhecem, como o nascimento de Cristo, as Bodas de Caná, com muita
alegria e bailados, a morte e a ressurreição. Houve pessoas que ficaram
chocadas, mas as Bodas de Caná foram assim, uma coisa alegre.”
[2] A boa
vontade em revista. Jacques Magazine, explica o
fotógrafo / realizador Jonathan Leder: “A nossa estética difere
significativamente daquilo que você encontra nas bancas hoje, mas não penso que
difira daquilo que você encontraria há 40 anos. Somos inspirados por álbuns de
fotos e revistas pré-1986. Queremos uma sensação retro que é arrojada. Não
fotografamos nada digital. É tudo filme, assim, estamos definitivamente
tentando mantê-la no analógico.” “Tori, Super 8”, para a revista Jacques ● “Squash, Jacques Sports Issue” (2010), c/
Michea Crawford ● “Bowling,
Jacques
Sports Issue” c/ Lauren Young. Ѻ Alyona Shishmareva p/ Jonathan
Leder para Darius Magazine ● vídeo “Shooting Up Sunshine” (2012), p/ Reptile Youth, real. Jonathan Leder ∫ modelo Alyona Shishmareva (Алёна
Шишмарёва), 1,80 m, 86-61-90, sapatos 41, olhos verdes, cabelos
castanhos-escuros, nascida em Rostov-on-Don, Rússia. “Agora, eu era
fascinada pelo desenho. Amo cozinhar, e caminhar ao redor da cidade, explorar
novos lugares. Além disso, gosto de ir a shows
dos meus artistas favoritos. Na música, principalmente gosto de ouvir rock, as minhas bandas favoritas: A Day To Remember, Four Year Strong, Enter Shikari e Attack Attack!”. ∫ Cinema. “Promiscuities” (2014),
real. Jonathan Leder,
c/ Amy Hood,
Joe Bongiorno, Phillip X Levine, Lindsay Jones (Playboy, dez. 2014).
Enredo: “Diane tem um problema. Medicação usada para aliviar a tentação. Mas tal
como os botões de pausa do comando se desgastam, pílulas já não suprimem o fogo
interior. Memórias escuras como o breu que Diane anteriormente reprimira são
agora arrastadas para a luz destrutiva. E o relógio bate numa espiral de
promiscuidades que a imolarão.” Entrevista: P:”Quais
são as tuas maiores inspirações para o filme?”, Leder: “Observação e psicose
humana. Em termos de outros filmes, certamente alguns da nova vaga francesa
foram muito inspiradores, tais como «Cléo de 5 à 7» de Agnès Varda, «Weekend»
de Godard, «Faces» de Cassavetes, assim como «Repulsion» de Polanski. Mas
muitos outros filmes foram influentes, «Casino», «Pi», «Psicho», «Videodrome»,
«Sex, Lies and Videotape». Todos por razões ligeiramente diferentes. Livros
específicos que foram inspiradores, «Women and Madness» (1972), de Phyllis
Chesler e «Sybil» (1973), de Flora Schreiber.” Ѻ
“American Ecstasy” (2013),
real. Jonathan Leder, c/ Britany Nola, Robert Kirkland, Amy Hood, Lindsay Roan Ѻ “Pretty Big
Mouth” c/ Amy Hood Ѻ “Fetishisms Manifesto: Masochism” Ѻ “Fetishisms
Manifesto: Nymphomania” Ѻ “Fetishisms Manifesto: Sadism”. ∫ Álbuns fotográficos. Publicação bianual, “A
Study in Fetishisms”,
volume 1 apresenta fotos de Emily Ratajkowski, Amy Hood, Britany Nola (Playboy nov. 2012) ● “A
Study in Fetishisms”,
volume 2 encarna a ideia de Loiras – da badalhoca à platinada. ● “BANG!” ∫
Modelos. Amy Hood ●
Amy Hood1
p/ Jonathan Leder ● Amy Hood2 p/
Jonathan Leder ● Amy
Hood3 p/ Jonathan Leder ● Amy
Hood4 p/ Jonathan Leder ● Amy Hood5 p/
Jonathan Leder ● Amy
Hood6 p/ Jonathan Leder ● “CULT
CLASSIC”
(projeto a solo de Amy Hood, apresentando as modelos Bodhi Rose, Zanah Marie,
Diandra Godiva e Ana Corbi em lingerie p/ Agent Provocateur e Dainty Rascal). Ѻ Lindsay Roan ● Lindsay
Roan p/ Bryan
Liston ● Jonathan Leder fotografa Lindsay
Roan em Woodstock, NY ● Jonathan
Leder fotografa Lindsay Roan em Bearsville, NY ● Lindsay
Roan para as revistas Jacques e Furfur.
[3] Uma atriz
de boa vontade. Nastya
B, t.c.c. Marta, Ariel, Melena, Silvia. Sites:
{Indexxx} {Teen
Mega World} {Porn Teen Girl} {Euro
Babe Index}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos15}. Obra
cinematográfica: {Nastya1} {Nastya2} {Nastya3} {Nastya4} {Nastya5} {Nastya7} {Nastya8} {Nastya9} {Nastya10} {Nastya11} {Nastya12, c/ Stella}
{Nastya13} {Nastya14} {Nastya15} {Nastya16} {Nastya17}.
na aparelhagem stereo
Não há
memória de tantas cabeças poderosas se terem enganado tanto. Louis Althusser, Dennis
Altmann, escritor, Jean-Paul Aron, professor, Claude Bardos, professor
universitário, Roland Barthes, André Baudry, diretor da «Arcadie», Simone de
Beauvoir, Pasteur G. Berner, presidente do Consistoire de Paris, Claude Besret,
antigo prior da Abadia de Boquen, Michel Bon, psicossociólogo, Jean-Louis Bory,
escritor, Bertrand Boulin, educador, Christian Bourgeois, editor, François
Chatelet, Patrice Chéreau, realizador, Jean-Pierre Colin, professor universitário,
Copi, desenhador, Alain Cuny, ator, Gilles e Fanny Deleuze, Jacques
Derrida, Dominique Desanti, escritora, Jean-Toussaint Desanti, professor
universitário, Françoise Dolto, neuropsiquiatra, Bernard Dort, professor
universitário, Françoise d’Eaubonne, escritora, Maurice Eme, psiquiatra, Michel
Foucault, Pierrette Garreau, pediatra, Philippe Gavi, jornalista, André Glucksmann,
Renaud Goyon, artista plástico, Félix Guattari, Daniel Guérin, Pierre Hahn, jornalista,
Jean-Luc Hennig, jornalista, Christian Hennion, jornalista, Guy Hocquenghem, Roland
Jaccard, psicanalista, Pierre Klossovski, Anne Laborit, diretora de escola, Madeleine
Laïck, psicóloga, Georges Lapassade, professor universitário, Dominique
Lecourt, assistente na Universidade de Amiens, Jacques Lefort, encarregado de
pesquisas no CNRS, Michel Leiris, conservador do Museu do Homem, Michel Lobrot,
professor universitário, Jean-François Lyotard, Michel Mardore, cineasta,
Dionys Mascolo, escritor, Gabriel Matzneff, escritor, Michel Meignant, psiquiatra,
sexólogo, Gérard Molina, professor agregado, Vincent Montreil, professor
universitário, Bernard Muldworf, psiquiatra, Jean Nicolas, ginecólogo, Marc
Pierret, escritor, Jacques Rancière, mestre assistente na Universidade de
Paris, Claude Revault d’Allonnes, professor de psicologia social, Olivier
Revault d’Allonnes, professor universitário, Jean Ristat, escritor, Christiane
Rochefort, escritora, Alain Robbe-Grillet, Gilles Sandier, crítico dramático,
Jean-Paul Sartre, René Schérer, professor universitário, Pierre Simon,
ginecólogo, Philippe Sollers, Victoria Therame, escritora, Hélène Védrine, professora
universitária.
São eles
signatários de uma perturbante “Lettre ouverte à la
Commission de révision du code pénal pour la révision de certains textes
régissant les rapports entre adultes et mineurs”, publicada
no jornal Le Monde de 26 de janeiro de 1977. “É a lei de 28 de abril de 1832
que cria a infração de «atentado ao pudor cometido sem violência sobre a pessoa
de uma criança com menos de 11 anos». Este texto, decalcado do texto
ocupando-se dos «atentados cometidos com violência», dava aos factos a mesma
qualificação de «criminal». Ele está em vigor até hoje, a idade da menoridade
tendo sido aumentada duas vezes, primeiro, sob Napoleão III, pela lei de 13 de
maio de 1863, que a coloca nos 13 anos, depois, pela Ordenança do Governo
Provisório de 2 de julho de 1945, que a coloca nos 15 anos. Esta qualificação de
«criminal» conduz hoje a resultados aberrantes. Seguindo o texto à letra,
qualquer um, seja maior ou menor, tendo praticado ou tentado praticar uma
relação sexual com alguém menor de 15 anos, comete um crime, que deve ser
enviado para a Cour d’Assises e fá-lo incorrer numa pena de 5 a 10 anos de
prisão. Texto inaplicável e inaplicado na maior parte dos casos, porque, se o
fosse, veríamos todos os dias comparecer centenas de rapazes na Cour d’Assises
por se terem «divertido» com uma namorada de 14 anos numa praia qualquer ou
numa cave de H.L.M. (Habitation à Loyer Modéré). O próprio legislador
poderá ser acusado de «cumplicidade com o crime», pois acaba recentemente de
autorizar a venda de contracetivos a raparigas menores de 15 anos, o que supõe
relações sexuais, logo, crime da parte do parceiro.” [1]
No final dos
anos 70, debatia-se a reforma do código penal no parlamento francês, sendo a
idade do consentimento em França de 15 anos, os signatários, sem distinguir
rapazes e raparigas, peticionavam revisão desse número. Uma descoberta científica
recentíssima assentou, sem apelo nem agravo, que os rapazes e as raparigas são
diferentes nos seus órgãos genitais. O rapaz, logo que se inicia a produção de
esperma, também tem que iniciar a utilização do pénis, para este espigar
saudável em tamanho, largura e dureza, de preferência em mulheres mais velhas,
lassas, com experiência de pénis. A rapariga não sofre desta premência
fisiológica para evitar a atrofia genital, a vagina não carece de nenhum
cuidado preventivo especial, exceto higiénicos e estéticos, aparar, decorar com
purpurinas, desenhar figuras engraçadas. No homem há uma idade biológica
objetiva individual para começar a vida sexual, na mulher, não. O legislador,
por preguiça, rasoura os factos e caldeia-os numa idade convencional,
estabelecendo a maioridade sexual nos artificiais 15 anos. No homem, desacerta por
excesso, na mulher, por defeito. A idade do consentimento da rapariga nos 15
anos é um crime mulíebre, é dar-lhe um poder volitivo para o qual não está
preparada, forçando-a ao vático amor e à romântica escolha de um labroscas que
lhe amassará as trombas, num rosário da violência doméstica, afoitada por leis
cegas, porque, primeiro, a mulher desenvolve-se muito mais lentamente que o
homem, segundo, a sua função edénica não é sexual, é empresarial, industrial, diretorial,
ministerial, senatorial, concetual, intelectual, mental. [2]
Não sendo
historiadora, logo não pesca o conceito “Contexto” [3],
isso não é barreira que emudeça as guitarras do pensamento pós-verdade-verdadinha
de Helena Matos: “Assim como o subdiretor daquele colégio fez uma declaração
que pode ser interpretada como discriminatória para os alunos homossexuais,
tivemos logo o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, a pedir explicações,
considerando a «situação inaceitável» e o presidente da República a aceitar o
pedido de demissão do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Carlos
Jerónimo. Sem esquecer o BE que imediatamente requereu a audição do general
Carlos Jerónimo para lhe perguntar se tinha conhecimento da «discriminação em
função da orientação sexual», existente no Colégio Militar. (A possibilidade
de ver o general Carlos Jerónimo a ser inquirido por Catarina Martins ou por
uma das gémeas Mortágua é bem um símbolo daquilo a que chegámos!). (…). Sublinhe-se
que os ativismos neste campo nunca se perdem, apenas se transformam: nos anos
70 ninguém se preocupava com os homossexuais mas sim com a sujeição que a moral
burguesa impunha à sexualidade, nomeadamente à sexualidade das crianças e
adolescentes. E assim tivemos desde internatos com camaratas mistas a escolas e
jardins-de-infância em que os adultos que tomavam conta das crianças não só
mantinham com elas práticas sexuais como se orgulhavam disso. Este vídeo de
Cohn-Bendit em que o herói do Maio de 68 relata as suas experiências sexuais
com crianças de quatro anos nos jardins-de-infância alternativos é um testemunho
perturbante desses tempos [4]. Ao ver-se hoje
este vídeo percebem-se várias coisas [5]. A
primeira, e mais óbvia, é que estar do lado mediaticamente certo da História
faz com que tudo se esqueça e perdoe. A segunda é que as matérias de educação,
sexualidade e família são o terreno por excelência dos sucessivos ativismos,
particularmente quando falham no assalto direto às instituições. E, por último,
que os radicais triunfam não apenas graças à fé que anima os seus prosélitos
acerca da superioridade das suas teses mas sobretudo porque ninguém ousa
contrariá-los: Cohn-Bendit diz barbaridades mas Cohn-Bendit não passava de um
jovem adulto parvo e mimado pelos jornalistas, pelos políticos e pelos
intelectuais. Mas vejam quem está à volta: são adultos, gente que se tomava por
culta e humanista. (…). Esses eram os anos que no Le
Monde e no Libération se escreviam textos de apoio a
pedófilos presos, argumentado, como sucedeu no caso de Gerard R. preso por ter
relações com meninas de 6 a 12 anos, que se estava perante uma «moral de
Estado». Pelo contrário, lia-se nesse texto-petição subscrito por gente das
artes e da cultura, «O amor das crianças é também o amor dos seus corpos. O
desejo e os jogos sexuais livremente consentidos têm o seu lugar nas relações
entre crianças e adultos. Eis o que pensava e vivia Gerard R. com meninas de 6
e 12 anos cujo crescimento prova aos olhos de todos, incluindo os seus pais, a
felicidade que elas encontravam nele».”
No ano em
que nasceram as gémeas Mortágua:
█ “Papa Don't Preach” (1986), p/
Madonna. Canção, no 1.º lugar do top inglês no dia em que nasceram as
duas manas que avassalaram o macho world da política
portuguesa, “é sobre a gravidez na adolescência. Madonna assume a voz de uma
franga à toa que quer o conselho do pai num momento difícil. Em 2009, numa
entrevista à Rolling Stone, ela declarou: «Encaixa no meu zeitgeist pessoal enfrentar a autoridade masculina, seja o Papa ou
a igreja católica, ou o meu pai e a sua personalidade conservadora e
patriarcal». O verso «I've made up my mind, I'm keeping my baby» fez os grupos
antiaborto elogiarem Madonna, e os grupos a favor do aborto criticá-la. Madonna
recusou tomar partido neste assunto.” █ “I Feel The Magic” (1986), p/
Belinda Carlisle. “Após
abandonar as Go-Go’s, Belinda Carlisle sentiu necessidade de deixar para trás o
enérgico new wave da banda. Por conta própria, mergulhou no mainstream com a ajuda do produtor Michael Lloyd, abraçando o
brilho da rádio de meados dos anos 80 no seu álbum de estreia, «Belinda», em
1986. O single principal (e abertura
do álbum), «Mad
About You», celebrava esta mudança e ela foi recompensada com
um massivo êxito, que subiu a número três nos EUA. Contudo, atrás do lustro
residem alguns elementos das Go-Go’s, o que não devia ser surpreendente,
considerando que Charlotte Caffey escreveu metade do disco – mais canções que a
própria Carlisle. Muitas vezes, estas canções sugerem que Caffey e Carlisle
estavam retomando onde «Talk Show», (Go-Go’s, 1984), parou, particularmente com
a contagiante vivacidade da Motown de «I Feel the Magic» e o insistente power pop de «Gotta Get to You».” █ “Baby Love” (1986), p/
Regina. “A canção foi escrita por Stephen Bray,
Regina Richards e Mary Kessler. Bray tinha escrito vários êxitos para Madonna.
Era destinada a Madonna, com Regina gravando-a quando Madonna recusou. Com a
produção de Bray, soava às canções da própria Madonna e, ocasionalmente, era
confundida com uma.” “Regina, que se formou em teatro no Marymount Manhattan
College, começou a carreira musical no final da década de 70, gravando e
atuando com a banda new wave Regina Richards and Red Hot. A
banda tocava regularmente nas salas de Nova Iorque como CBGB, Max’s Kansas City e Irving
Plaza. Com a ajuda de Richard Gottehrer assinaram pela A&M Records. O
primeiro single intitulava-se «Tyger» com «Tug of War» no lado B.
O segundo single, «Don’t Want You Back» com «Company Girl» no lado B,
foi seguido por um álbum homónimo; os discos não alcançaram sucesso.
Posteriormente, ela dissolveu a banda e concentrou-se em escrever para outros
artistas e em ajudá-los a gravar maquetes com a ajuda do ex-baterista dos Red
Hot, Stephen Bray. Uma das artistas que os contactou foi Madonna, que estava a
tentar conseguir um contrato de gravação na altura; Regina ajudou Madonna com
harmonias vocais nas maquetes dela.”
█ “Schoolgirl” (1986), p/
Kim Wilde. “Editado na Austrália e em
vários países europeus (embora não no Reino Unido), foi o primeiro single da carreira de Kim no qual
recebeu créditos de coescrita. Ela recebeu créditos exclusivos de composição,
escrita e produção no lado B, «Songs About Love».
«Schoolgirl» foi inspirado na irmã mais nova de Kim, Roxanne, e foi escrita
pouco depois do desastre de Chernobil.” █ “Baila Bolero” (1986), p/
Fun Fun. “Os produtores Dario
Raimondi e Alvaro Ugolini juntaram-se às vocalistas de estúdio Antonella Pepe,
Angela Parisi e Ivana Spagna um balançado som Hi-NRG
para discotecas. O primeiro lançamento, «Happy Station» (1983),
obteve sucesso em Itália e noutras partes da Europa, graças a várias
remisturas, incluindo a duvidosa versão «Scratch». Também
alcançou número um na África do Sul. Ao receberem convites para atuações, Raimondi
e Ugolini decidiram usar modelos para a imagem pública das Fun Fun, em vez das
próprias vocalistas, uma tática comum usada na cena dance music europeia por
artistas como Baltimora e The Real McCoy. «Have Fun!»,
o primeiro álbum do grupo em 1984, apresentava Francesca Merola e Roberta
Servelli como caras do grupo no palco. «Have Fun!»
incluiu outros singles populares,
incluindo «Give
Me Your Love», «Living In Japan» e o êxito
de marca do grupo frequentemente tocado por outros, «Colour My Love», que se
tornou popular nos nightclubs
americanos por causa da sua insistente linha de baixo de sintetizador e a
facilmente misturável precursão da introdução.” █ “Brother Louie” (1986), p/
Modern Talking. Outra obra-prima dos
neo-Beethovens alemães, Thomas Anders e Dieter Bohlen, aquele, encomendado a Nora Isabelle Balling cangava seu nome
ao pescoço, este, proferirá “Cantas como um gnomo de jardim com uma pedrada de ecstasy”, “A tua voz soa como o sapo
Cocas a levar nos cornos”, no programa de talentos “Deutschland sucht den
Superstar”. Meio-dia da música alemã erudita, inerentemente são emulados por
todos os povos da terra, “Brother Louie” foi versado pelos estónios Vanemõde (1987) ♫ pelo
russo Сергей Минаев
(1987) ♫ pelos húngaros Végvári
Ádám és Polgári László (1993) ♫ pelos filipinos Moymoy Palaboy (2009) ♫
pela alemã Lian Ross (2014)
♫ pelos mexicanos Los
Klasykeroz (2014) ♫ no “Zubi
Zubi” p/ DJ Sonya e
DJ Vladimir Remix ♫ pelo universal Pochonbo Electronic Ensemble.
█ “So Far So Good” (1986), p/
Sheena Easton. “Easton nasceu Sheena Shirley Orr
na cidade escocesa de Bellshill, a mais nova de seis filhos do operário
siderúrgico Alex Orr e a esposa Annie. Ela teve dois irmãos, Robert e Alex, e
três irmãs, Marilyn, Anessa e Morag. O seu primeiro espetáculo público
conhecido como cantora foi em 1964, com 5 anos, quando cantou «Early One
Morning» para o tio e a tia e outros parentes, na celebração do 25.º
aniversário de casamento do casal. O pai de Easton morreu em 1969, e a mãe teve
de sustentar a família. De acordo com o site
de Easton, da pesada carga de trabalho da mãe, ela estava sempre disponível
para os filhos: «Sheena fala sempre com muita consideração pela mãe e o
maravilhoso trabalho que ela fez educando-a e aos seus irmãos, inclusive
ensinando-os a ler em casa mesmo antes de se matricularem na escola». Easton
não pensava numa carreira de cantora até ver o filme «The Way We Were», com Barbra
Streisand. Streisand cantando no genérico inicial «assoberbou» a
miúda e convenceu-a que o que mais queria era ser cantora e ter o mesmo efeito
sobre os outros.” █ “Invisible Touch” (1986), p/
Genesis. “Phil Collins escreveu a letra, que é
sobre uma mulher que tem poder sobre o cantor. Ele deseja-a mesmo que sinta que
há algo de sinistro nela. O álbum «Invisible Touch» marcou a transformação
radical dos Genesis, da música teatral complexa (começada quando Peter Gabriel
era vocalista), para canções pop
condensadas. Eles perderam alguns fãs pelo caminho, mas ganharam muitos mais.
Segundo Phil Collins, uma influência nesta canção é o sucesso de Sheila E., «The
Glamorous Life» (1984), que foi escrita pelo Prince. A canção é sobre uma
mulher que consegue tudo dos homens apesar (ou por causa da) sua vaidade.
Explicando por que ficou na banda, Collins disse à Rolling Stone: «Quando
estamos numa banda, é família. Há os roadies e as suas famílias para ter em
conta. Se frivolamente dizemos, ‘Vou-me embora’. Eles são tipo, ‘Acabámos de
comprar uma casa com hipoteca’. Não podemos fazer isso às pessoas».” █ “What Have You Done For Me Lately” (1986), p/
Janet Jackson. “Após conseguir um contrato de
gravação da A&M Records em 1982 para a sua filha Janet, então
com 16 anos, o pai, Joseph Jackson, supervisionou toda a produção do álbum de
estreia, «Janet Jackson» e o seguinte «Dream Street» (1984); este foi escrito e
produzido por Jesse Johnson e os irmãos de Janet, Marlon e Michael. Inicialmente,
Janet estava relutante em começar uma carreira de cantora, comentando: «Eu
estava a sair de um programa de TV, «Fame», que absolutamente odiava fazer. Não
queria fazê-lo [gravar o disco]. Queria ir para a faculdade. Mas fi-lo pelo meu
pai…» e explicou que estava muitas vezes em conflito com os produtores. No meio
das suas lutas profissionais, ela rebelou-se contra os desejos da família
casando-se com James DeBarge, também de um grupo-família do mundo da música, os
DeBarge, em 1984. Os Jackson desaprovavam a relação, apontando a imaturidade e
o abuso de drogas de DeBarge. Janet abandonou o marido em janeiro de 1985 e
foi-lhe concedida uma anulação mais tarde, nesse ano. (…). [6] Embora Joseph Jackson exigisse que o novo álbum da
filha fosse gravado em Los Angeles, para poder estar de olho nela, Jam e Lewis
recusaram. Eles impuseram que toda a produção fosse feita no seu estúdio em
Mineápolis, Minnesota, «longe do brilho e das distrações de Hollywood e da
interferência de pais-agentes». (…). «Control» foi gravado nos estúdios Flyte
Tyme (…). Janet gravou o álbum todo, mas o executivo e manager da etiqueta
A&M, John McClain, queria uma canção mais acelerada para integrar o álbum.
Então, ela regressou a Mineápolis para gravar mais uma faixa, intitulada «What
Have You Done for Me Lately». (…). O videoclip de «What Have You Done for Me
Lately» foi realizado por Brian Jones e Piers Ashworth, e filmado em dezembro
de 1985. A coreógrafa foi a antiga cheerleader
dos Los Angeles Lakers, Paula Abdul, que aparece no vídeo como amiga de Janet.
De acordo com um número da revista Jet publicado em 1990, no vídeo Abdul
«combinou energia sexual com movimentos elegantes e sedutores. A combinação impeliu
Janet para a classificação de superestrela sexy.
Qualquer um que visse os vídeos [o outro era «Nasty»]
testemunhava o facto que Janet era, deveras, uma mulher plenamente
desenvolvida». O vídeo apresenta também Tina Landon que se tornaria mais tarde
coreógrafa de Janet. Janet revelou no seu livro «True You», em 2011, que a
editora achava importante que ela aparecesse mais magra no vídeo: «Tinham-me
dito isso toda a minha vida, mas neste ponto crítico, com a minha carreira a
começar, eu não tinha meios para contra-argumentar. (…). Nós [Paula Abdul]
partilhávamos uma casa e passamos semanas a treinar [em Canyon Ranch]. Eu
estava motivada como nunca a dar a volta. (…). Senti-me bem quando acabou. Gostei
dos elogios sobre a minha «nova» figura. Rodei o vídeo e remodelei de facto a
minha imagem».” [7] █ “If You Leave” (1986), p/
Orchestral Manoeuvres In The Dark. “Esta canção
foi introduzida na cena final do filme «Pretty in Pink» de John Hughes, e os
OMD escreveram-na especificamente para o filme. Numa entrevista Andy McCluskey
explicou: «Estávamos encantados pelo pedido de John, e fomos ao set onde Molly e Cryer estavam a filmar.
Infelizmente, a canção original não encaixava depois de terem mudado todo o
final (no final original a personagem de Molly Ringwald escolhia o Duckie, que
era interpretado por Cryer, em vez do Blane, interpretado por Andrew McCarthy).
Tínhamos dois dias para escrever uma nova faixa nos Larabee Studios em LA.
Trabalhámos até às quatro da manhã escrevendo uma versão rudimentar e enviámos
um motociclista à Paramount. John ouviu-a, gostou, e o nosso agente
telefonou-nos às oito, e disse-nos para voltar ao estúdio e misturá-la. Foi
assim que «If You Leave» apareceu. A canção tinha que ter 120
batidas por minuto, porque era o andamento de «Don’t You
(Forget About Me)», que foi a canção que, de facto, usaram na filmagem da cena
do baile de finalistas. Infelizmente, quem fez a montagem, obviamente, não
tinha sentido de ritmo, porque estão todos a dançar fora de tempo no final do
filme. Foi fixe estar no filme durante tanto tempo e fantástico cruzar a
passadeira vermelha no Chinese Theatre na estreia.”
____________________
[1] O mesmo
tema foi debatido na emissão “Dialogues” transmitida na rádio France Culture,
em 4 de abril de 1978, entre Michel Foucault, o advogado Jean Danet e o
militante da Frente Homossexual de Ação Revolucionária, Guy Hocquenghem. Mais
tarde publicado em livro sob o título “La
Loi de la pudeur”. “Além
disso, sublinham a dificuldade para a lei (por natureza geral) de estabelecer
um limite de idade. Foucault cita um juiz que afirmou que «apesar de tudo, há
raparigas de 18 anos que praticamente são obrigadas a fazer amor com o pai ou o
padrasto; elas bem podem ter 18 anos, é um sistema de coação intolerável». Por
outro lado, mesmo que o menor declare estar de acordo, a sua palavra não será
tomada em conta, e não terá nesse caso «valor jurídico de um consentimento».
Noutros termos, a noção contratual de consentimento contradiz a de infância,
porque é preciso ser-se maior de idade, por definição, para poder passar um
contrato jurídico, ou seja, consentir a…”
[2] Só para javardos como Donald Trump é que a mulher tem uma
função sexual. A mulher quere-se casta. Nelly, 1,70 m, 51 kg, 80-57-88, sapatos 37 ½,
nascida a 15 de agosto de 1985 em Volgograd. É uma das novas e mais notáveis
modelos de Grig. Ela atrai as pessoas pelo seu interessante estilo de vida,
paixões e perspetivas. A coisa é que Nelly vai ser uma designer de interiores
no futuro, assim agora ela estuda na State Architecture Academy; ela é aluna do
segundo ano. Nelly é uma pessoa muito criativa, no seu tempo livre ela gosta de
imaginar e depois pintar as casas dos amigos, parentes e entes queridos. Ela é
excelente desenhadora e tem muita experiencia, ela gosta de combinar coisas
absolutamente diferentes e obtém satisfação com o resultado do seu trabalho.
Apesar de Nelly ser muito jovem, ela já é uma boa profissional e tem boa
reputação. Muitas pessoas tentam convencê-la a criar a imagem da sua casa ou
apartamento… mas Nelly normalmente recusa essas sugestões. Não é difícil de
persuadir de todo e não é teimosa, ela apenas costuma fazer o que quer e gosta
e concorda com aquilo que a maioria raramente diz. Há algo atraente nela, algo
que é impossível de ver, possível apenas de sentir. Na realidade Nelly é muito
calma, simpática e bem comportada.” Entrevista: P: “Quais
pensas que são os teus melhores atributos?”, Nelly: “A minha naturalidade.” P:
“Cor favorita?”; Nelly: “Azul.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”,
Nelly: “Around the World” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, Nelly: “O
Mestre e Margarida, Notre-Dame de Paris.” P: “Filmes favoritos, lista de
títulos”, Nelly: “The Mummy (1999), Bear’s Kiss (2002).” P:
“Revistas favoritas, lista de nomes”, Nelly: “Elle.” P: “Música favorita, lista
de títulos”, Nelly: “Música alternativa. Red Hot Chili Peppers, A-ha, Tori Amos.
” P: “Altura favorita do dia, porquê?”, Nelly: “A noite, quando posso destacar
a minha atividade diária e descansar.” P: “Qual é a tua formação? Curso?”,
Nelly: “Sou aluna do segundo ano na State Architecture
Academy.” P: “Falas outras línguas? Se assim for, diz-me algo nessa língua”,
Nelly: “Um pouco de inglês.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou
visitar”, Nelly: “A praia e o campo.” P: “Quais foram os locais que
visitaste?”, Nelly: “Finlândia, Turquia, Espanha.” P: “Qual é o teu feriado
preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Nelly: “O
ano novo.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Nelly: “Gelado de morango e
baunilha, bolos de framboesa, panquecas e cacau.” P: “Qual é o teu carro de
sonho?”, Nelly: “KIA Rio.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Nelly:
“Desenhadora de interiores.” P: “Descreve o teu lugar favorito para fazer
compras”, Nelly: “Lojas de artesanato.” P: “Assistes a desporto, se sim, quais
são as tuas equipas favoritas?”, Nelly: “Patinagem artística, ginástica.” P:
“Quais são os teus passatempos?”, Nelly: “Coleciono fotos engraçadas dos meus
amigos.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, Nelly: “Leite,
cappuccino, sumos naturais.” P: “Ocupação?”, Nelly: “Estudante.” P: “Tens algum
animal de estimação?”, Nelly: “Não, tinha um cão. Ele morreu...” P: “Estado
civil?”, Nelly: “Solteira.” P: “O meu pior hábito é…”, Nelly: “Esquecer o
telemóvel em todo o lado.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Nelly:
“Mentiras e traição.” P: “Que animal melhor descreve a tua personalidade e
porquê?”, Nelly: “O tigre - gosto de ser a vencedora e atrair a atenção dos
homens.” P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam que eu era…”,
Nelly: “Muito calma.” P: “Como é que descontrais ou passas o teu tempo livre?”,
Nelly: “P: “Leio coisas variadas na internet; passo muito tempo em vários chats.” P: “Qual foi o momento mais
feliz da tua vida?”, Nelly: “Quando criei o estilo do meu apartamento e os meus
pais gostaram.” P: “Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Nelly: “Quero ter
educação superior e construir a minha própria vida cheia de momentos felizes.”
P: “O melhor conselho que já me deram foi…”, Nelly: “Nunca sejas a mesma outra
vez.” P: “O pior conselho que me deram…”, Nelly: “Não me lembro.” P: “Que tipo de
cuecas usas, se algumas”, Nelly: “Biquíni.” P: “Homem ou mulher ideal”, Nelly:
“Salvador Dalí! Adoro-o muito como pintor, admiro as suas pinturas.” P: “O tamanho
importa? Qual é a tua medida ideal?”, Nelly: “O tamanho não importa nada.” P:
“Descreve a tua primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação,
etc.)”, Nelly: “Sou ainda virgem.” P: “O que te excita?”, Nelly: “Beijos nas
orelhas e pescoço, massagens meticulosas.” P: “O que te desliga?”, Nelly:
“Tipos bêbedos.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Nelly: “Beijos
ardentes e abraços ternos” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo?”, Nelly:
“Não tenho essa experiência.” P: “Masturbas-te? Com que frequência? (dedo,
brinquedos ou ambos)”, Nelly: “Não.” P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se
algum?”, Nelly: “Gosto de coisas diferentes para telemóveis.” P: “Qual é o
lugar mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que
fosse?”, Nelly: “Gostaria que acontecesse num palácio em França.” P: “Descreve
um dia típico da tua vida”, Nelly: “Levanto-me às sete da manhã, lavo a cara e
o cabelo e tomo o pequeno-almoço. Depois vou para a universidade. Passo a maior
parte do meu tempo estudando e fazendo trabalho de casa. Regresso a casa cerca
das seis da tarde, tomo um banho, ligo aos meus amigos e saímos.” P: “Descreve
em detalhe a tua fantasia sexual favorita”, Nelly: “Fazer amor na praia.” P:
“Conta-nos a tua ideia de um encontro de fantasia”, Nelly: “Muitas vezes sonho
com um encontro algures na Europa, durante uma excursão com um guia.” P: “Se
pudesses ser fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual
escolhias? O que te faria sentir mais desejada, mais sensual?”, Nelly: “Gostaria
de ser fotografada com a Natia, ouvi dizer que ela é muito terna.” Sites: {jeuneart} {The Nude} {Which Pornstar}.
[3] “Além
disso, no início de maio de 68, o movimento era mais ou menos dominado por
grupos de extrema-esquerda bastante puritanos e austeros como papas. É no
pós-maio que tudo explode, com uma nova palavra de ordem: «A revolução política
falhou. Façamos a revolução no nosso quotidiano». A «revolução cultural»,
cantava a rua. Depois das barricadas, a patada. Uma palavra-chave: a
«libertação». A libertação dos espíritos e corpos, libertação dos costumes, das
mulheres, dos homossexuais, dos loucos, dos presos, dos jovens e das crianças.
Contra a «repressão» moral, as «opressões» institucionais e todos os interditos
diabolizados, matraqueava-se a inocência e força do desejo revolucionário.
Filha de uma sociedade congelada nos valores do século XIX, a geração de 68
teve o mérito de insuflar oxigénio e fazer saltar as fechaduras. Até aos delírios.
Alguns eram inofensivos. Outros não eram.”
[4] Extratos
avulso editados do episódio “Quelles valeurs pour demain”, do
programa “Apostrophes”, da Antenne 2, emitido a 23/04/1982 - real. Jean-Luc
Léridon. “Bernard Pivot recebe Paul Guth para seu livro, «Ce que je crois du
naïf», Jean Edern Hallier para seu segundo livro, «Bréviaire pour une jeunesse
déracinée», Sapho, cantora rock para o seu primeiro livro, «Douce
violence». E por fim, Daniel Cohn-Bendit pela obra de dois alemães, Ingolf
Diener e Eckard Supp, «Ils vivent autrement».”
[5] É delicioso
uma mulher portuguesa executar uma operação lógica, em serventia, neste caso, a
ilação afadistada. “Um antigo ministro da Justiça, Klaus Kinkel (1992-1993), publicou
num jornal berlinense uma carta aberta a Daniel Cohn-Bendit na qual pede
explicações. Para se defender, este último enviou ao jornal uma carta assinada
por uma vintena de pais e crianças do jardim-de-infância: «Tratava-se de
transgredir fronteiras e quebrar tabus. Isso não tinha nada a ver com abusos
sexuais». (…). Pouco à vontade, em Lyon, onde estava de passagem, explica que
foi Bettina Röhl, a filha de
Ulrike Meinhof - uma das líderes do grupo Baader Meinhof - que
lançou esta história, no seu site, no
quadro dos seus ajustes de contas emocionais com os mais velhos dessa época.
Ele sugere que através dele é o ministro dos Negócios Estrangeiros, Joschka
Fischer, do qual Cohn-Bendit é próximo, que é o visado. Interrogada por L’Express,
Bettina Röhl confirma: «Quis mostrar que género de pessoa é realmente Cohn-Bendit».
Evidentemente o eurodeputado não pode negar ter escrito esse texto num livro -
Le Grand Bazar (1975, Belfond) - que, diz ele, vendeu 30 000 exemplares e
que nenhum cronista da época sublinhou o caráter escandaloso. O estado de
espírito da época era a liberação dos costumes, defende ele. Daniel
Cohn-Bendit, como tantos outros, discípulos ou não de Wilhelm Reich acreditavam
na revolução sexual. Daí a recomendar práticas pedofilas havia um passo que
ninguém cruzava. Hoje, ele reconhece que esses excertos são «de uma
inconsciência insustentável». Mas as ações? «Contei aquilo por pura provocação,
para chatear o burguês», começa ele. O eurodeputado explica em seguida que ele
se tomava a si próprio como a «encruzilhada do esquerdismo» e que não fez senão
depor os debates que tinha com os pais da creche: «Discutíamos infinitamente a
sexualidade das crianças».”
[6] A mulher ocidental está ao deus dará, assim, no leste... “Afinal ser
boa esposa de um jihadista não significa pegar em armas e acompanhá-lo na luta.
De acordo com a nova publicação do Estado Islâmico - Fundação Zora -, ser uma
boa companheira é sabe manter o marido feliz de forma a que ele possa dar o seu
melhor no campo de batalha. E essa felicidade passa… pelo estômago. De acordo
com as novas regras tornadas públicas pela publicação em causa, as mulheres não
deverão nunca desempenhar papéis de combate mas devem contribuir para a vitória
da jihad – e do califado – através do
seu «trabalho manual feminino». Por outras palavras, a boa esposa de um
jihadista deve saber cozinhar, costurar e administrar primeiros socorros. (…).
Até ao mês passado a Fundação Zora – ou Instituição Zwara – tinha como objetivo
prioritário «preparar as irmãs para os campos de batalha». Assim sendo,
ensinavam as mulheres a estarem mais «interessadas em cintos de explosivos e em
serem suicidas do que num vestido branco, num castelo, em roupa ou em mobília».
O tema mudou. Agora, as esposas dos jihadista têm um novo papel a desempenhar.
E que, como tal, exige outro tipo de conhecimentos. Há, por exemplo, que saber
costurar, afirma a publicação que dá também conta da importância de ser útil na
cozinha. «Vocês vão cozinhar para os soldados de Alá», sublinha a Fundação
Zora. (…). «Refeições calóricas», defende a publicação que lançou o seu
primeiro capítulo de um livro de receitas próprio. «É um prato rápido para um
apetite normal, pode ser acompanhado com café ou com água e consumido a
qualquer hora, especialmente no intervalo de batalhas», afirma a publicação que
revela a receita de almondegas de tâmaras. Uma coisa bem simples e bem rápida:
tâmaras, farinha de milho-miúdo e água. «Contêm bastantes calorias que irão
aumentar o poder e a força dos mujahedins,
se Deus quiser». (…). Para compor a roupa da família, a máquina de costura é
essencial, tal como o é a caixa de primeiros socorros na casa de um combatente.
(…). Mas o que surpreende mesmo é a presença de dois aparelhos, que são
considerados indispensáveis nas cozinhas modernas – o frigorífico e o
micro-ondas.”, em Diário de Notícias n.º 53 164.
[7] Atualmente
nem atar os atacadores se faz sem coaching.
“Chamemos-lhe Teresa. Aos 56 anos, sentiu necessidade de encontrar um parceiro.
Divorciada há vários anos, depois de um casamento marcado por violência
doméstica, Teresa não conseguia ter uma relação estável. Achava que não existia
uma pessoa certa para si e, por isso, resolveu procurar ajuda no coaching amoroso. Resultou, garante a
sua treinadora. «Percebeu depois que tinha um problema em confiar nos homens e
trabalhou isso. Um mês e meio depois de terminar as sessões conseguiu encontrar
uma pessoa com quem tem uma relação», conta a coach Ana Clara Carvalho. A especialista em coaching amoroso é procurada, essencialmente, por «pessoas que
querem encontrar alguém ou ser encontradas, que procuram a relação perfeita,
mas também há quem queira apenas melhorar o relacionamento que tem». E são
sobretudo as mulheres, geralmente entre os 40 e os 60 anos, «muitas divorciadas
e viúvas», quem mais recorre a este tipo de ajuda, porque «são mais emocionais
do que os homens, que acham sempre que não precisam». Em Portugal, «ainda é um
assunto tabu, o que não acontece no Brasil, onde há coaches para tudo, inclusive para noivos e noivas». Não se trata de
uma terapia de casais. «O coaching é
individual, focado numa pessoa, para que esta se sinta à vontade para dizer o
que pensa», explica Ana Clara Carvalho. O processo é semelhante ao usado nos
outros tipos de coaching: o treinador
faz o cliente olhar para dentro de si e, por isso, começa sempre com uma
análise e uma definição de objetivos. «Se a pessoa tem um grau de satisfação
cinco no amor, perguntamos o que precisa para atingir dez», explica. Ao
contrário da terapia, funciona apenas com perguntas. «É a pessoa que define o
que vai fazer para atingir os seus objetivos». A lista de tarefas costuma ter
um mínimo de 40 itens, mas muitos ficam por concretizar. No caso de Teresa,
«saiu da sua zona de conforto, teve a ideia de se inscreve num site de encontros, começou a sair com
mais pessoas, passou a sorrir quando um homem lhe sorria». Afinal, o que faz um
coach? «Trabalha sobretudo o
desenvolvimento da autoestima. Há mulheres que começam a maquilhar-se, a usar
roupas que até então não conseguiam, a sentarem-se ao lado de um desconhecido
nos transportes públicos. Ou voltam a dançar, por exemplo». (…). «Se for uma
pessoa tímida que decide que vai perguntar as horas a um estranho, desafio-a a
perguntar a dois». Ana Carvalho, da empresa We Care On, costuma trabalhar com
pacotes de cinco sessões (250 euros). Entre cada uma, o cliente deve colocar em
prática as ideias recolhidas com a profissional, que trabalha sobretudo via
Skype. (…). As questões amorosas são colocadas, muitas vezes, por quem procura
o life coaching, orientado para a vida pessoal no seu todo. «Muitas
pessoas estão em transição na sua vida profissional e isso tem um impacto
brutal ao nível pessoal», diz a coach
Carla Afonso. (…). As mulheres são também, segundo Carla Afonso, quem mais
aponta problemas afetivos. «Os homens procuram-me mais por razões
profissionais», esclarece.”, em Diário de Notícias n.º 53 165.
16 Comments:
At 7:23 da manhã, Táxi Pluvioso said…
17.º post de 1984, mês julho. Uma introdução com maior líder português, um herói, segundo muitos, Passos Coelho e o que dizia, ele mais a sua bande à part, sobre o Tribunal Constitucional, na sua genial estratégia política (incompreensível) de atacar os velhos e os funcionários públicos e esquecer a situação de falência de todos os bancos. Bem, não é bem correto, já de saída do poleiro, ele pagou 30 mil euros / mês ao seu amigo Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco, feito heroico só conseguido agora (talvez).
A frase do título é de um maior da nação, Rui Machete, ministro da Justiça em 1984.
Em julho, a grande discussão entre os políticos era o fabrico de uma PIDE amiguinha, que isto de liberdade, transparência, e outros substantivos queridos, é muito bonito, mas os carneiros precisam de um pastor, e o pastor tem de controlar, e para tal tem que saber para agir. Foi aprovada a lei de segurança interna e os serviços secretos. Ângelo Correia era uma voz contra, anos depois andava a vender Passos Coelho.
Medina Carreira andava num afobamento caracterizando o sistema fiscal português de “terrorismo legalizado”, ou ele se importava ou andava a promover um livro e ganhar umas boas lecas para depositar no Deutsche Bank.
Já mais recente uma referência Nives Celsius, pela sua ligação à pátria dos Patafúrdios. Primeiro, porque o seu filho foi confundido com a pequena Maddie, durante a fúria dos avistamentos. Segundo, pelo seu verso “Enche-me esta noite como Cristiano Ronaldo”. A lenda urbana que se gerou o filme “Três homens e um bebé”, de que teria aparecido um fantasma na película.
Helena Matos, não sendo cientista nem historiadora, pode escrever sobre tudo e mais alguma coisa, sem necessidade de rigor, verdade, ou coerência, basta o número de palavras pedidas pelo patrão. Ela lá escreveu uns disparates sobre os anos 70 e Cohn-Bendit, partindo de um vídeo editado. Nos anos 60 ou 70 o sexo era algo normal, não tinha a carga de proibido que carrega hoje. Hoje, sendo uma commodity tem um valor de mercado, e executá-lo tem que obrigatoriamente verter benefício monetário ou outro (nem que seja a satisfação de meter os cornos ao cabrão do vizinho que anda todo inchado por ter uma gaja boa). No entanto, nos anos 70 discutia-se em França a reforma do Código Penal, e uma manada de intelectuais cometeu o erro de pedir a revisão a idade do consentimento. A ideia seria baixar. Ora essa ideia é correta para rapazes mas incorreta para raparigas. A mulher desenvolve-se muito mais lentamente que o homem, e só depois dos 30 anos é que terá maturidade para ter relações sexuais, quando sabe o que quer, e sabe escolher, evitando esse cancro da violência doméstica, causada pela precipitação de se meter debaixo de um gajo. No caso dos homens o pénis tem que ser usado desde cedo para evitar a atrofia, a idade do consentimento aos 18 anos é um disparate, quando começa a funcionar tem que ser dado uso.
A secção de música dedica-se aos sons que havia nas ondas de rádio no ano em que nasceram as manas Mortágua (vítimas de bitching pela cerebral Helena Matos).
At 11:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Bolas, estava com uma fezada que os «lábios quentes» da TV guia seriam de Gonçalo Amaral, afinal não, é de Kate no campus universitário. Também fiquei a saber que a filha de Ana Malhoa «dá asas à paixão», ou seja, já leva onde se ganham impérios, como o tempo passa...
At 1:47 da tarde, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Epá, regressaram os blogues do ano, acho que este ano vou concorrer à categoria Beleza.
At 8:02 da manhã, Unknown said…
balls, had a fezada that the "hot lips" TV guide would Gonçalo Amaral, after all, not Kate is on campus. I also learned that Ana Malhoa's daughter "gives wings to passion", that is, it already leads where empires are won, as time goes by as time goes by
At 1:00 da manhã, Anónimo said…
Táxi, tenho acompanhado os jornais e nada de notícias, não acontece nada. Uma coisa que não sabia é que o Poiares Maduro estava na FIFA, foi corrido de lá pelos vistos.
No outro dia, li na pagina do MRPP que o Gracia Pereira é um agente da CIA, a sério.
O alvo aqui devia ser o Walter Hygh Mem:
https://www.youtube.com/watch?v=o71Gw-rP2Tw
Mais arte:
https://www.youtube.com/watch?v=sklR9SSBDXI
At 7:34 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.: só no dia de ontem fez-se mais História que em 800 anos. O Papa em Portugal, o Benfica campeão e a Eurovisão no papo. Por falar em Poiares Maduro, de certeza que Passos Coelho aparecerá dizendo que esta euforia que varre o país se deve às suas reformas estruturais, que foram as medidas estruturais de Maduro na RTP que permitiram a vitória. Sempre pensei que Portugal venceria, mas só na votação do júri, nunca me passou pela cabeça que venceria também na votação popular, nesta, pensei que o puto da Bulgária arrasasse. De facto, foi um fenómeno imprevisível, talvez Passos também possa reclamar os louros, que foram os 500 mil que ele emigrou, que votaram em massa.
Tenho que ir comprar o CM, hoje vem poster do Benfica.
Em Portugal não seria possível Burroughs andar aos tiros ao Shakespeare, porque não possibilita o contraditório, isto é, que Shakespeare ande aos tiros no Burroughs. O argumento do contraditório foi o que ouvi em relação ao livro do Saraiva.
Falco é uma das grandes figuras dos oitentas, já nem me lembro se o inclui na música ou não. Fogo, acho que nunca acabarei o post que estou a escrever, vão quase três meses e não lhe vejo o fim, nem prevejo para breve. O tema geral seria a substituição da mulher por ginoides, de como finalmente o homem atingirá a satisfação sexual plena, matando Freud e Reich de vez.
Quer dizer, na cultura judaico-cristã, nas outras, a mulher está bastante integrada, a sua substituição não se prevê nos próximos séculos.
Romeu e Julieta nos nossos dias.
Era um dos produtos mais usados pelo MacGyver, e agora poupará muito dinheiro aos maridos, que querem a esposa na moda.
Quando o homem está a cem por cento.
At 8:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Ainda na temática arte e Burroughs.
O pão que o diabo amassou.
Podes comprar pelo cheiro no ar.
At 10:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Ora porra, morreu o Chris Cornell!
At 11:00 da tarde, Anónimo said…
Não há notícias, é só fait-divers, a tal ponto que a única notícia digna de relevo é daquele que não tem Potência, só Acto:
https://www.publico.pt/2017/05/21/culturaipsilon/noticia/changrila-com-c-de-carlos-1772763
Romeu e Julieta dos nossos tempos seria o Arroja ir debater com a Isabel Moreira e saírem de lá com o nó.
At 12:08 da tarde, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Esta semana serei o mais bem informado português. O CM está a oferecer fotos das equipas ganhadoras do Benfica, ipso facto, até sábado, comprarei esta publicação de referência, pondo-me a par de tudo o que noticiosamente se passa no mundo. Estou a seguir com interesse o caso da violação num autocarro, na Queima das Fitas no Porto. Para justificar violação, o CM aponta para o ar apático da gaja, ora, das duas uma: foi uma gaja que escreveu a notícia, ou foi um gajo que nunca fodeu uma portuguesa. O ar apático faz parte do mistério feminino luso.
Precisamente para ultrapassar esta idiossincrasia estão a ser criados os robots sexuais. Neste post que estou a construir, há três meses, afloro o tema, mas está tão longo que deve desafiar a capacidade do blogger para suportar palavras, o mais provável é ter que partir a coisa. O que até seria bom, ficaria com dois posts em vez de um. Além disso, a substituição da mulher por robots sexuais levanta um problema grave, que terei ainda que abordar, e neste post não dá mesmo. As pessoas da extrema-direita casam, para ter uma gaja ao lado, para pela noite fora andarem pelas ruas à procura de mangalho, e aos olhos do observador parecerem heterossexuais, pois têm uma gaja. Com os robots este arranjinho fica comprometido.
De facto, para citar Assis, as mulheres ver-se-ão apostadas na inovação para atraírem os homens.
Fogo, o pré-Avô Cantigas, Neto Cantigas? é épico: “De cabelo e barba compridos, ele emergia, messiânico, do azul de um mar com cor de céu, sol a descer sobre o oceano. O ano é 1976.” Isto é melhor que o regresso do D. Sebastião.
Que será feito do velho Arroja?
At 12:11 da tarde, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Um pouco de dança.
O nosso apelo marítimo é irrevogável.
O casamento de Bruno de Carvalho.
Uma profissão para baixar a taxa de desemprego entre os jovens.
Que será feito dos velhos espevitadores de discotecas?
E que será feito dos velhos aquecedores de almas.
O que eu ouvi esta canção no meu Walkman, (em honra de mais um morto).
At 3:14 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Fónix! um atentado num concerto da Ariana Grande? não há nada sagrado?
At 12:09 da tarde, Anónimo said…
Não estou a ver ali o Mexia ou o Raposo:
http://sic.sapo.pt/Programas/globosdeourosic/globosdeourosic_video/2016-05-15-XXI-Gala-dos-Globos-de-Ouro-1#2016-05-15-Abertura-da-XXI-Gala-dos-Globos-de-Ouro
Não li nada apresentável ultimamente, é só Futebol e Deus e não sei quê.
At 12:20 da tarde, Anónimo said…
Ah! Se o Trump obrigar o Costa a pagar à Nato, estamos lixados, maços de tabaco a 10 euros e o carais, para onde isto irá.
At 12:29 da tarde, Anónimo said…
Bizarro. O Bizarro meteu-se em alhadas:
http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/mulher-acusa-campeao-de-riade-de-perseguicao?ref=DET_recomendadas
At 10:09 da manhã, Unknown said…
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