Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sexta-feira, junho 30, 2017

Uma secreção contendo o gérmen da vida e destinada à procriação do ser humano (tl;dr)

Tenores oradores de elevada complexidade padejam broas na cozinha servindo-as a temperatura honesta, accio [1] o político coelheiro, Marco António Costa: “Hoje o maior partido da oposição é um foco de instabilidade na vida política nacional, e que permanentemente nós ‘tamos assistir à versão portuguesa da Guerra dos Tronos, e trata-se de facto duma situação que a nós nos preocupa porque precisámos de ter um Partido Socialista, o maior partido da oposição, estável, e também determinado a querer ter um comportamento no sentido de auxiliar o país a ultrapassar as dificuldades. (…). A nossa total incompreensão relativamente ao timing escolhido pelo Tribunal Constitucional para anunciar a decisão constante do acórdão [chumbo do Orçamento]. (…). Esta decisão ocorresse a partir do dia 16 de junho, isto é, daqui a pouco mais de 15 dias, seria o momento a partir do qual já não estaríamos dependentes do nossos credores internacionais, uma vez que o FMI no dia 16 dará, daria por encerrado o programa de assistência financeira, e nesta circunstância ao ter ocorrido anteriormente a 16 de junho, de alguma forma, é como que arre… um arrastar do país para, novamente, ter que dialogar com os credores internacionais. (…). O Tribunal Constitucional com a sua decisão insiste em querer arrastar o país pró passado.” (julho 2014).
Barítono, chef do acima paragrafado, guita alcatroada de social-democracia, vereda de honra, o verdadeiro tanque de pensar português, Passos Coelho: “Nós conseguimos hoje dizer à Europa obrigado pelo apoio que nos deram e aqui têm a prova do nosso esforço, voltámo-nos a pôr de pé e contem connosco para construir uma Europa com mais crescimento (aplausos), com mais emprego e com mais justiça para todos os europeus. (…). A solidariedade não é irmos todos almoçar, cada um pedir o que lhe apetece, uns pedirem os pratos caros, e os outros pedirem uns pratos mais modestos de acordo com o dinheiro que têm no bolso e chegar ao fim e dizer: Não tem problema, agora dividimos por todos. (…). Só pode haver solidariedade onde há responsabilidade. (…). Preocupa-me um bocadinho alguma agenda populista e demagógica que começou a aparecer. (…). É fácil fazer política assim, na nossa terra prometemos tudo, desde que os outros nos resolvam os problemas” (maio 2014) [2].
1984. Agosto. Quarta-feira, 1 “Merlyn Marshall viveu durante três anos com receio de ser condenada pelo que é considerado uma ofensa criminal na África do Sul – partilhar a cama com o seu companheiro branco (português). Oficialmente classificada como mestiça, ela está a violar as leis de segregação racial cuja renovação, após mais de 35 anos, constitui agora uma controversa possibilidade. A lei sobre casamentos inter-raciais impede Merlyn de casar com o seu companheiro português e o artigo 16 da lei sobre imoralidade impede-a de viver com ele. (…). Analistas políticos creem que dentro dos próximos anos a leis serão, de facto, revogadas. Mas quaisquer alterações chegarão demasiado tarde para Marshall que procura agora desesperadamente partir para a Europa, onde ela e João Peralta podem casar. «É impossível viver-se sob tanta pressão» - afirmou Merlyn à agência Reuters. Merlyn lamentou ainda o facto de «não se poder deitar descansada, pois está sempre à espera de que a polícia lhe bata à porta». Há dois anos, Peralta suspendeu o contrato que tinha com empresários portugueses para poder ficar na África do Sul com Marshall. O casal tem vivido receando sempre ser acusado ao abrigo das leis da imigração e da imoralidade. No princípio de julho Peralta foi preso. A polícia confirmou que Peralta se encontra preso, aguardando uma decisão sobre a sua deportação. Marshall, de 39 anos, é filha ilegítima e a mãe, de cor, disse-lhe que o pai foi um dos funcionários britânicos que esteve estacionado na África do Sul durante a Segunda Guerra Mundial. Com a sua pele e cabelos claros e os olhos castanhos-claros, Merlyn fez toda a sua vida como branca. Enquanto esteve a viver com o marido mestiço, ela podia movimentar-se entre as duas comunidades, sem problemas. Mas, quando o seu casamento acabou e foi viver com Peralta, nas «áreas dos brancos», o casal foi submetido a inquéritos da polícia e os vizinhos, desconfiados, obrigavam-nos a mudar-se frequentemente. [3] No entanto, Merlyn pensa que tem sido beneficiada por uma relutância, aparentemente crescente, da polícia, em acusar alguém ao abrigo das duas leis. No ano passado foram acusadas 199 pessoas, face a 295 em 1978 e muitas cumprem agora somente penas suspensas. (…). Nos tribunais são apresentados detalhes sobre a forma como a polícia programa as horas em que entra nas casas dos visados, a fim de os surpreender na cama juntos, e como são examinadas as roupas de cama em busca de provas de «sexo ilícito». Albert Mayes, meio escocês, meio alemão-federal, casou com a sua mulher numa altura em tais casamentos não eram proibidos. (…). «Quando a lei sobre os casamentos inter-raciais surgiu, a minha mulher ficou nervosa. Fui chamado pela polícia e mostrei a certidão de casamento. Não nos podiam pegar». Mayes e a mulher Flora, agora com 74 e 61 anos, respetivamente, vivem em quatro barracas, juntamente com os filhos e os netos no «bazar asiático», um labirinto de vielas omisso do mapa de Germiston, uma pequena cidade 15 quilómetros a leste de Joanesburgo. Mayes foi classificado como indiano, em 1973, uma vez que se encontrava perfeitamente assinalado por uma comunidade indiana e lamenta apenas uma coisa em relação à sua mudança de classificação racial: a pensão de velhice indiana que recebe é apenas dois terços da concedida aos brancos.”        
Quarta-feira, 1 de agosto “carabineiros, polícias, sociólogos e psicólogos de meia Itália estão mobilizados para esboçarem o retrato-robô do maníaco sanguinário que aterroriza a região da Toscana, e em particular a zona de Florença, desde 1968. Esta cidade foi novamente palco da atuação do sádico, que mata e mutila casais jovens. Com efeito, os cadáveres de dois jovens, Pia Rontini, de 18 anos, e o seu amigo Claudio Stefanacci, de 21, foram encontrados no automóvel onde ambos tinham ido passear, domingo passado. Pia e Claudio foram mortos a tiros de pistola calibre 22., uma arma idêntica à utilizada em outros assassínios atribuídos ao monstro, e nos seus corpos encontravam-se as clássicas sequelas de brutalidade sexual que tem caraterizado a longa série de crimes do mesmo tipo. Segundo a reconstituição dos factos, o casal, aproveitando o dia de domingo, saiu da sua localidade em passeio, estacionando o seu carro num caminho sem saída, junto à estrada. O maníaco terá, com a culatra da sua pistola, quebrado o vidro traseiro do automóvel, em cujo banco traseiro Pia e Claudio faziam amor. Em seguida, enfiou a arma entre os dois e desfechou sete tiros contra o par. Claudio foi encontrado com feridas na coluna, numa perna e na cabeça, no chão do carro, com as calças ensanguentadas e, pela primeira vez no caso dos varões, com os órgãos genitais cortados. No caso de Pia, depois de a ferir mortalmente a tiro arrastou-a para fora da viatura e mutilou-lhe a zona genital, como em casos anteriores. Pela primeira vez no caso de mulheres, cortou-lhe o seio esquerdo com a precisão de um cirurgião experimentado. Claudio e Pia são o sétimo par vítima de assassínio com estas caraterísticas, desde há 16 anos. (…). Esta crónica negra começou a 21 de agosto de 1968 em Signa, a 15 quilómetros de Florença, com o assassinato do casal Barbara Locci, de 32 anos e Antonio Lo Bianco, de 29. Depois de uma pausa de seis anos, a 14 de setembro de 1974, em Borgo San Lorenzo, a uns 60 quilómetros de Florença, à meia-noite, caíram assassinados Stefania Pettini, de 18 anos e Pasquale Gentilcore, de 19 (a rapariga sofreu a mutilação do sexo com um ramo de vime). Em junho de 1981, a sede de sangue caiu sobre os noivos Carmela De Nuccio, de 21 anos e Giovanni Foggi, de 30, com o mesmo ritual. Em outubro do mesmo ano, caem Susanna Cambi, de 24 anos e Stefano Baldi, de 26, sempre pelo mesmo método feroz. Em 19 junho de 1982 a sorte toca a Paolo Mainardi, de 22 anos e Antonella Migliorini, de 19, assim como a 9 de setembro de 1983 aos turistas Horst Wilhelm Meyer e Jens-Uwe Rüsch, dois amigos alemães, ambos de 24 anos, os dois varões, ainda que um deles tivesse longos cabelos e um semblante frágil o que provavelmente levou o carniceiro a confundi-lo com uma mulher. Sobre o autor dos assassínios paira ainda a mais densa bruma. Até ao momento existem quatro suspeitos, apesar de somente dois terem sido presos – Francesco Vinci como responsável do primeiro assassinato, e um outro homem, de nome Vincenzo Spalletti. Os outros dois – Giovanni Mele e Piero Mucciarini – acusados dos restantes homicídios, não o foram ainda por não existirem provas consistentes. Os magistrados guardam um prudente silêncio, sobretudo por ainda não ter sido encontrada a pistola de calibre 22., que junto com os cartuchos Winchester série H, constituem a marca de cada um destes duplos assassínios.” [4]
Quarta-feira, 1 de agosto “o caso começou no passado mês de dezembro, quando Corinne Parpalaix, uma jovem viúva de 23 anos, teve conhecimento de que o Centro de Estudos e Conservação de Esperma lhe negava a possibilidade de ser inseminada com o esperma congelado do seu marido, falecido pouco antes devido a cancro nos testículos. Corinne levou o caso ao tribunal de Creteil na esperança de que a justiça acedesse à sua petição de reaver o esperma que seu marido havia depositado dois anos antes da sua morte, na prevenção de uma possível esterilidade em consequência da sua enfermidade. Depois de debates que apaixonaram a opinião pública francesa, o tribunal decretou agora uma sentença favorável à petição de Corinne. O fiscal, na sua recusa, havia destacado a ausência de um testamento do defunto e a impossibilidade de uma mulher ser considerada como herdeira de um depósito de esperma. O veredito do tribunal de Creteil – que constitui um caso de jurisprudência a que, perante o vazio jurídico, a justiça francesa nunca tinha acedido – só se pronunciou sobre a restituição do esperma depositado no CECOS, e não sobre a inseminação de Corinne e o delicado problema da filiação jurídica do seu futuro filho. (…). As conclusões da sentença destacaram a força que unia o casal, que se casou dois dias antes da morte do marido. Este aspeto, juntamente com as declarações dos familiares do casal, permitiu estabelecer, sem equívoco, a vontade formal do marido de Corinne Parpalaix de fazer a sua esposa mãe de um filho comum, quer ele estivesse vivo ou morto no momento da conceção. A sentença também destacou que o esperma é «uma secreção contendo o gérmen da vida e destinada à procriação do ser humano», pelo que o seu depósito constitui um «contrato específico», que supõe uma obrigação de conservação e restituição. Corinne, que escutou a sentença com lágrimas silenciosas, declarou-se ao sair da audiência «uma mulher feliz», depois de acrescentar, «vou poder realizar o meu desejo mais íntimo, ter um filho de Alain» [5]. (…). O ministro francês da Justiça, Robert Badinter, desejou esta noite [02/08/1984] perante as câmaras da televisão francesa que o problema levantado por Corinne «não tivesse de ser de novo apresentado em França». Badinter anunciou a sua intenção de apresentar no Parlamento francês, no decorrer do ano de 1985, um projeto de lei relativo à prática da inseminação artificial. O governo francês havia anunciado no passado dia 12 de julho a sua intenção de apresentar um projeto de lei destinado a regulamentar o funcionamento dos 40 CECOS e centros de fecundação «em proveta», criados em França nos últimos dez anos.”   
Sábado, 4 de agosto “o Banco de Portugal já despachou favoravelmente cinco dos dez pedidos de autorização para a instalação de bancos estrangeiros em Portugal até agora apresentados junto daquela entidade. Além destes requerimentos surgiram até hoje no banco central outros tantos pedidos oriundos de candidatos nacionais à criação de bancos privados. O primeiro destes, informou uma fonte do Banco de Portugal, foi a Sociedade Portuguesa de Investimentos, dirigida por Artur Santos Silva [6], que pretende transformar-se em Banco de Investimentos e que há meses foi alvo de alguma polémica após ter conseguido um importante financiamento em condições vantajosas por parte da Caixa Geral de Depósitos. Nessa altura, recorde-se, a CGD foi acusada de estar a financiar a constituição de um banco privado. (…). O decreto que regulamenta a constituição e as regras de funcionamento dos bancos comerciais e de investimentos privados (o 51/84 de 11/02/84) impõe um capital social mínimo de um milhão e meio de contos para a criação de qualquer nova instituição desse tipo e diz que a autorização respetiva será concedida desde que o futuro banco «dê satisfação a necessidades económico-financeiras nacionais, regionais ou locais». O montante relativo ao capital social será depositado na Caixa Geral de Depósitos antes do ato de constituição da nova instituição, diz igualmente o decreto em questão. A autorização de instalação de um novo banco deverá ter em conta a adequação dos objetivos da instituição à política económica, monetária e financeira do país, a idoneidade dos fundadores e a suficiência de meios técnicos e financeiros.”
Terça-feira, 28 de agosto “o Conselho de Ministros regressou hoje de férias e decidiu, em plenário efetuado sob a presidência de Mário Soares, autorizar a instalação em Portugal dos bancos Manufacturers Hanover Trust e Chase Manhattan e a conversão em instituição bancária de investimento da Sociedade Portuguesa de Investimentos [7]. As portarias conjuntas do primeiro-ministro e do ministro das Finanças e do Plano destinadas a formalizar as autorizações serão anunciadas nos termos da lei, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros distribuído ao fim da tarde. Estas decisões foram tomadas depois de o plenário ter ouvido uma exposição do ministro das Finanças e do Plano sobre os processos relativos a pedidos de autorização para a instalação em Portugal de bancos nacionais e estrangeiros. Recorde-se, a propósito, que 20 bancos estrangeiros (americanos, espanhóis e franceses) e duas instituições (uma japonesa e outra inglesa) solicitaram a abertura de escritórios em Lisboa e Porto, logo após a abertura da banca e dos seguros à iniciativa privada, pela Assembleia da República.”
Terça-feira, 7 de agosto “o ator Richard Burton, que morreu no domingo [05 de agosto], será enterrado quinta-feira numa cerimónia privada em Céligny, Suíça, revelou uma amiga da família, Brooke Williams, que disse aos jornalistas que o funeral será realizado na igreja presbiteriana local. «Estes são os desejos da família», disse Williams. «Será um pequeno funeral, e em privado». As primeiras informações depois da morte de Burton, em Genebra, indicavam que era seu desejo ser enterrado em Pontrhydyfen, a aldeia mineira do País de Gales que Burton deixou para pisar os palcos. Mas Williams esclareceu que a família desejava que Burton repousasse em Céligny, perto da villa Pays de Galles, entre campos e vinhas. A agente artística do ator, Valerie Douglas, acrescentou por seu turno que era o próprio Burton que pretendia ser sepultado nesta aldeia do lago de Genebra, a que chamava «um naco do meu País de Gales». A irmã de Burton, Hilda Owen, afirmou que considerava um «alívio» que o funeral não se realizasse na sua aldeia natal de Pontrhydyfen. «Penso que não aguentaria tanta emoção», afirmou, «mas claro que toda a família irá a Genebra». Em Céligny, Douglas disse, todavia, que se realizarão serviços fúnebres no País de Gales, em Londres e «possivelmente em Nova Iorque». Na capela da pequena aldeia onde nasceu terá lugar um serviço religioso no sábado. Os parentes de Burton, que ainda vivem em Pontrhydyfen, dizem que ele nunca esqueceu as suas raízes galesas. «Quanto mais envelhecia, mais saudades sentia de casa», disse Verdun Jenkins, irmão de Burton. «Tinha orgulho em ser galês e vestia sempre alguma coisa vermelha em honra do País de Gales. O galês era a sua primeira língua e falava sempre connosco na sua língua», acrescentou. Outra irmã do ator, Catherine Thomas, recordou a sua generosidade. «Costumava oferecer casas e carros aos membros da família e pagava-nos as passagens daqui para a Suíça para o irmos ver». Burton costumava ir ao pub da aldeia, hoje sede do clube de râguebi, para beber qualquer coisa. «Vinha para cá a pé e metia conversa com os clientes regulares», disse o gerente do clube. Burton, de nome Richard Jenkins, foi o 12.º de 13 filhos de um mineiro galês.”  
Segunda-feira, 20 de agosto “Elizabeth Taylor disse hoje que deseja ser enterrada na aldeia galesa onde nasceu o seu falecido ex-marido, Richard Burton. A atriz, duas vezes casada e duas vezes divorciada de Burton, esteve no domingo em Pontrhydyfen com membros da família do ator que ainda vivem na pequena aldeia mineira. «A primeira vez que ela mencionou que gostaria de ser enterrada na aldeia foi há muitos anos», disse um amigo da família, Eric Williams. «Voltou a dizer o mesmo esta manhã. Ela adora o vale e o povo daqui», acrescentou. Liz, vestida com um fato de duas peças rosa, com um lenço ao pescoço e sempre com o enorme anel de diamantes que lhe ofereceu Burton, chegou ao País de Gales, vinda da Escócia, com três horas de atraso e era aguardada por um irmão do seu ex-marido. À sua chegada num Rolls Royce prateado, a atriz de 52 anos foi saudada por 150 habitantes da pequena aldeia que lhe deram as boas vindas cantando. De salientar que a atriz não esteve presente no funeral de Burton a pedido da família deste e por respeito à atual viúva do ator, Sally Hay. Todavia, miss Taylor viu em videotape as cerimónias fúnebres na companhia dos familiares do seu ex-marido.”    
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[1] Accio, feitiço de Harry Potter. “O que faz o feitiço: Traz para si a coisa anunciada. Por exemplo, se alguém está com uma mochila caótica e quer encontrar uma caneta, o bruxo diz «accio caneta», e o objeto vem em sua direção. Significado: Accio, em latim, significa «chamar», ou «mandar vir». Na primeira pessoa do singular, como é usado nos livros e filmes, significaria «Eu chamo».”
[2] Bem fofinho e bonitinho, homonimamente, todos querem comer o coelho. Nathália Calasans:É o seu vizinho que quer comer meu cuuelhinho / É o seu vizinho que quer comer meu cuuelhinho / É o seu vizinho que quer comer meu aaii / Ô minha primazinha se acalma deixa eu segurar o bicho”: “Coelhinho” (2005), p/ Saia Rodada, “uma banda de forró eletrónico, criada em Caraúbas, interior do Rio Grande do Norte, em abril de 2001.”Natália Timberg Pereira Calasans, 1,61 m, nascida em 19 de setembro de 1984. Bebida: qualquer uma que contenha álcool... Comida: lasanha. Odeia: mentira. Ideal: poder tomar conta da minha família, até o dia em que Deus me levar... Cor: rosa, branco, preto. Praia ou campo? Praia. Religião: católica. Livro: O bairro dos estranhos. Filme: «Gost – Espirito da vida» [estreado sexta-feira, 9 de novembro de 1990, nos cinemas Alfa sala 3, Amoreiras sala 2, Mundial sala 1, São Jorge sala 1 e Star]. Uma frase: Tudo posso naquele que me fortalece. Coisas engraçadas na rotina: tudo de engraçado, são inúmeras coisas, o top já se abriu, o salto se quebrou, já falou o nome errado da cidade, etc.” Carreira: Forró do RetetêForró da CoelhinhaForró do MuídoForró da Moda ♫ “Time After Time” / original, Cyndi Lauper ♫ “Vem ficar comigo” ♫ Chico Forrozeiro & Nethy Calasans “Cantando as melhores” (outubro de 2016).
[3] Quinta-feira, 1 de janeiro de 2009 “casal inter-racial teve, pela segunda vez, gémeas de raças diferentes. Dean Durrant, preto, Alison Spooner, branca, tiveram em 2001 filhas de cores diferentes, um caso muito raro que agora se voltou a repetir.”  
[4] “O último duplo assassinato ocorre a 7 ou 8 de setembro de 1985 em San Casciano Val di Pesa, lugar de Scopeti, numa praceta rodeada de ciprestes, ao lado do cemitério, onde se costumavam isolar os jovens casais. As vítimas foram francesas, Jean-Michel Kraveichvili, músico de 25 anos de origens georgianas e Nadine Mauriot, de 36 (vítima mais velha do monstro), proprietária de uma sapataria, mãe de duas crianças, recentemente separada do marido, ambos provenientes de Audincourt, uma pequena cidade no leste de França.”
[5] No ano seguinte. “A jovem francesa Corinne Parpalaix, de 22 anos, que obteve uma sentença favorável no ano passado, pela qual pôde ser inseminada com esperma do falecido marido, viu frustradas definitivamente as suas esperanças de conseguir a gravidez, declarou ontem [11-01-1985] o seu médico. Os resultados definitivos da inseminação artificial confirmaram as impressões pessimistas dos médicos, avançadas há várias semanas, que detetaram que o esperma era de má qualidade e decidiram utilizar todo aquele conservado num banco de esperma numa única inseminação, que não resultou.”
[6] Pipilará, em 2017, este português fazedor de bancos portugueses, presidente do conselho de administração do BPI: “Não me preocupa nada ser sucursal de um banco espanhol.”
[7] O dinheiro é o valor moral supremo, aquele que dá sentido a todos os outros, a liberdade, o amor, a saúde, etc. Sem aquele não existem estes. A sua produção é o principal instrumento de soberania de um país, a ambição dos dirigentes políticos em serem governantes de países ricos chocou com a limitação de cunhar moeda, então solucionou-se o problema entregando aos privados a produção de dinheiro, não em moeda, mas em dívida, uma boa ideia, pois bancos de investimento e instituições financeiras são um mercado de crescimento infinito, há sempre lugar para mais um, e assim a riqueza das nações tornou-se também infinita. “Não renasceu das cinzas, mas cresceu das que outros deixaram. Esta foi a estratégia seguida pelo CaixaBank nos últimos anos, aproveitando ter sido um dos last standing em Espanha para, passo a passo, resgatar alguns dos despojos bancários que a crise foi criando. Já contando com o BPI, e desde 2010, o braço financeiro da fundação La Caixa (tem 44,1% do CaixaBank) investiu 2,46 mil milhões para tomar seis bancos – entre eles, um a custo zero e outro por um euro. Cinco em Espanha e agora um em Portugal. Apesar de estar a absorver quase um banco por ano desde 2010, a compra do BPI fechada nesta semana foi uma estreia para o grupo catalão, que pela primeira vez tomou uma instituição relevante fora das suas fronteiras. E este não é um marco meramente simbólico, já que o salto para fora de Espanha foi também um assalto à liderança da banca ibérica, dizem os catalães. Com a absorção do BPI no balanço do CaixaBank, falamos num grupo com 562 mil milhões de euros em créditos e recursos de clientes e uma quota de mercado superior a 20% na Península Ibérica em produtos de poupança e pensões, de 18% em fundos de investimento, 14% em crédito e de 13% nos depósitos. Noutros termos, e desde o ponto de vista português: com a entrada no universo La Caixa, o BPI sobe de divisão ainda que para isso tenha trocado o lugar de titular indiscutível em Portugal pelo de suplente num plantel mais competitivo. Mas o BPI ainda vai ter de provar que é capaz de dar o salto, pois se fica bem na fotografia portuguesa, quando salta para a europeia é ele quem fica mal. «O rácio de NPL [non performing loans ou créditos não rentáveis] do BPI, pelos critérios da Autoridade Bancária Europeia, era de 8,2% no final de junho de 2016, o que compara bem com os pares domésticos mas que é ainda frágil face à média dos bancos da União Europeia, de 5,5% de NPL», lembrou a Fitch nesta semana, no comunicado em que anunciou a retirada do rating do BPI de lixo. É esta má comparação do BPI com os pares europeus a principal razão que levará o CaixaBank a ter de avançar com mais cortes, devendo tentar espremer ao máximo as sinergias potenciais deste negócio, pois tem sido esse o caminho que sempre seguiu. Maximizar sinergias é uma das suas especialidades. (…). Nas três aquisições anteriores ao BPI – Banca Cívica, Banco de Valência e Barclays –, o CaixaBank conseguiu retirar dos negócios mais sinergias do que previa: o grupo prometeu aos investidores 2,4 mil milhões e conseguiu 2,8 mil milhões, mais 18%. No BPI, foram estimadas sinergias de 120 milhões anuais entre custos e receitas, mas, seguindo este histórico recente dos espanhóis, o valor final de poupanças deverá ser superior. Como é que se consegue isto? É fácil – de explicar, não de fazer. Senão vejamos: entre 2011 e 2016, o número total de balcões do CaixaBank caiu 3,25%, de 5196 para 5027, uma queda que não aparenta ser muito dura face ao que a restante banca tem feito. Mas aqui há um «pormaior»: nesses mesmos anos, o banco absorveu 2334 balcões através de aquisições. Para onde foram? «Sinergias». Quanto a colaboradores, o cenário é parecido: com a tomada de Caixa Girona, Bankpime, Cívica, Valência e Barclays, o grupo incorporou 12 mil trabalhadores. Contudo, e entre 2011 e 2016, o quadro de pessoal do CaixaBank cresceu apenas em 5,4 mil trabalhadores, ou seja, só 45% dos «absorvidos» ficaram. O resgate dos despojos não surge sem faturas sociais. (…). Afinal, e ao fim de um namoro de 22 anos, o BPI vai finalmente viver para casa dos catalães. A semana foi, portanto, de juras de amor e de copo-d’água, no caso uma conferência de imprensa conjunta, onde se trocaram vários votos, talvez excessivos como normalmente são nos casamentos. «Foi uma OPA em família», realçou até Fernando Ulrich.”, no suplemento Dinheiro Vivo, de sábado 11/02/2017, do Diário de Notícias n.º 53 988.

na sala de cinema

Revenge of the Nerds” (1984), real. Jeff Kanew, c/ Robert Carradine, Anthony Edwards, Timothy Busfield … sob o título local “A revolta dos marados” estreado sexta-feira, 16 de agosto de 1985 no Hollywood sala 1 e no Xénon. “Os aparvalhados Lewis Skolnick e Gilbert Lowe são grandes amigos e matriculam-se no Adams College para estudar ciência computacional. São expulsos do dormitório dos caloiros, pelos Alphas Betas, uma república composta principalmente por membros da equipa de futebol, depois de estes, descuidadamente, incendiarem o seu próprio dormitório. “A nossa casa, a nossa casa está a arder. A nossa casa, a nossa casa está a arder”, cantavam e assavam marshmallows no rescaldo do fogo, com banda sonora, “Burning Down the House”, d/ Talking Heads. O reitor Ulich acomoda temporariamente os caloiros no ginásio, mas permite que sondem as repúblicas para aliviarem o seu problema habitacional. Lewis, Gilbert e os outros totós falham a autorização para entrar numa república, mas conseguem alugar e renovar de alto a baixo uma decrépita casa de dois andares no campus.” Factos: “Booger não estava entusiasmado em tirar macacos do nariz. Quer ele goste ou não, o ator Curtis Armstrong será sempre conhecido como Booger na cultura popular. Inicialmente, Armstrong fez audição para o papel de Gilbert, mas os produtores acharam que ele era mais adequado para o arrotador e rinotilexomaníaco Dudley «Booger» Dawson.” “Alguns atores não estavam empolgados em fazer o filme. Robert Carradine e Timothy Busfield revelaram no comentário do DVD que, na altura, eles não estavam verdadeiramente entusiasmados com o filme, por que ser um totó não era uma coisa boa, e só aceitaram o papel pelo dinheiro.” “Filmar no campus da universidade do Arizona teve os seus problemas. O estúdio obteve autorização para filmar no campus, mas revogaram-lhe os seus privilégios de filmagem após lerem o argumento. Os produtores tiveram de convencer a escola que não prejudicariam a sua reputação e, por fim, a escola deu o sim, com muitos alunos fazendo figuração.” “Alguns dos totós tocaram os seus próprios instrumentos. Curtis Armstrong e Michelle Meyrink tocaram os seus instrumentos no filme, apenas Timothy Busfield teve de fingir que tocava violino. Busfield teve aulas de violino antes de as filmagens começarem, mas soava terrível e os produtores dobraram-no por um violinista profissional.” “A ex-mulher de James Cromwell inventou a risada totó. James Cromwell interpretava o pai de Lewis Skolnick e fez o seu famoso riso totó quando deixou os rapazes na faculdade. Cromwell atribui a inspiração do seu riso à sua esposa de então, mas só percebeu de onde o tinha tirado depois de ver o filme.” “Na época do lançamento do filme não havia nenhuma palavra adequada para nerd em espanhol. Isso explica o título quando foi exibido em Espanha, «La revancha de los novatos» (Revenge of the Freshmans).” [1] “Foi usado um camelo para o enorme arroto de Booger. Nem Booger nem Ogre fizeram os arrotos no filme – na verdade, nem sequer são arrotos humanos normais. Curtis Armstrong revelou que é arroto humano misturado com o de camelo.”Revenge of the Nerds II: Nerds in Paradise” (1987), real. Joe Roth, c/ Robert Carradine, Curtis Armstrong, Larry B. Scott … sob o título local “Os marados no paraíso” estreado quinta-feira, 17 de dezembro de 1987 nos cinemas Xénon, Hollywood sala 1 e Las Vegas sala 1. “Os Lambda Lambda Lambdas do Adams College estão a fazer as malas para se prepararem para a convenção nacional das repúblicas em Fort Lauderdale, Florida. Antes de ir para o aeroporto, o melhor amigo de Lewis, Gilbert, explica-lhe que se sente estupido por não poder ir, porque partiu a perna (durante uma partida de xadrez).” [2] Facto: “O aeroporto de onde os totós partem para Fort Lauderdale é, na verdade, Fort Lauderdale.” “Joy” (1983), real. Sergio Bergonzelli (como Serge Bergon), c/ Claudia Udy, Gérard-Antoine Huart, Agnès Torrent … sob o título local “Joy, uma mulher de luxo” estreado quarta-feira, 14 de agosto de 1985 no Condes. “Alegando ser as memórias escandalosas de uma modelo francesa chamada Joy Laurey (de facto pseudónimo de Jean-Pierre Imbrohoris), «Joy» foi o primeiro de uma série de romances eróticos que foram adaptados ao cinema e, mais tarde, a um conjunto de filmes softcore para TV por cabo, na linha de «A história de O», as novelas de «Emmanuelle» e a banda desenhada «Le déclic». Joy (Claudia Udy) é uma modelo com alguns assuntos mal resolvidos com o pai (tendo, em criança, acidentalmente, visto os pais a fazer sexo). Já crescida, e no caminho para o estrelato, numa fita de ação género miúda com uma arma, rodada em Nova Iorque, por um realizador chamado George Miller, ela troca o seu namorado do momento, a estela rock Alan (Manuel Gélin), pelo mais velho e endinheirado Marc (Gérard-Antoine Huart). Joy deixa-o levá-la a vários encontros eróticos envolvendo câmaras de vídeo, (louvada pela sua “vagina na flor da juventude, em pleno desabrochar; os lábios são pétalas que se abrem, ganhando cor total), e orgias em clubes secretos, nos intervalos, viaja para trabalhos de modelo, onde testa outros homens pelo seu potencial como o par perfeito.” [3]Un dimanche de flic” (1983), real. Michel Vianey, c/ Victor Lanoux, Jean Rochefort, Barbara Sukowa … sob o título local “Um domingo diferente” estreado quinta-feira, 28 de novembro de 1985 no Alfa sala 2 e no Mundial. “Paris, anos 80. Um belo domingo, Rupert vem buscar Franck, seu amigo e colega, para apanharem Makovski, um gangster perigoso. Rupert descobriu onde ele está alojado. Eles montam uma armadilha: Rupert sobe ao apartamento da namorada de Makovski enquanto Franck fica ao pé do edifício. Mas Makovski veio com um cúmplice. A detenção é mais complicada que o previsto. Franck é ferido pelo cúmplice e Makovski é morto ao tentar fugir.”Ingenjör Andrées luftfärd” (1982), real. Jan Troell, c/ Max von Sydow, Sverre Anker Ousdal, Göran Stangertz … sob o título local “O voo da Águia” estreado quinta-feira, 28 de novembro de 1985 no Amoreiras sala 2. “O filme é baseado em acontecimentos reais, romanceados por Per Olof Sundman, e descreve Salomon August Andrée (Max von Sydow), um intrépido engenheiro sueco, que tenta alcançar a Rússia ou o Canadá, num balão de hidrogénio chamado Örnen (Águia), partindo de Svalbard, no norte da Noruega, e atravessando o Polo Norte. Junto com os seus fiéis companheiros Knut Fraenkel (Sverre Anker Ousdal) e Nils Strindberg (Göran Stangertz), partem em julho de 1897 para nunca mais serem vistos.” [4]Target” (1985), real. Arthur Penn, c/ Gene Hackman, Matt Dillon, Gayle Hunnicutt … sob o título local “O alvo” estreado sexta-feira, 16 de maio de 1986 no Londres e no Las Vegas sala 2. “Chris Lloyd não se dá bem com o pai, Walter. Para ele, Walter é demasiado cuidadoso, cauteloso e aborrecido, que nunca tenta nada de novo, e Chris teve de viver pelos mesmos padrões quando estava a crescer. Mas quando a sua mãe é raptada durante uma viagem à Europa, para estupefação de Chris, Walter, repentinamente, transforma-se num homem de ação. Afinal quem é o seu pai?”Heartburn” (1986), real. Mike Nichols, c/ Meryl Streep, Jack Nicholson, Jeff Daniels, Milos Forman … sob o título local “A difícil arte de amar” estreado quarta-feira, 19 de novembro de 1986 no Alfa sala 1, São Jorge sala 1, Gemini e Mundial sala 3. “Rachel Samstat (Streep), escritora nova-iorquina de gastronomia e Mark Forman (Nicholson), colunista político de Washington, conhecem-se no casamento de um amigo mútuo e casam-se, despois de um namoro agitado, e apesar das reservas de Rachel. Compram uma moradia a cair aos bocados em Georgetown, Washington D. C. e as continuadas e aparentemente intermináveis obras criam alguma tensão na sua relação. Rachel rejubila ao descobrir que está grávida, e está determinada em fazer o casamento funcionar, tornando-se dona de casa. Quando descobre evidências do caso de Mark com a socialite Thelma Rice, durante a sua segunda gravidez, ela abandona-o e leva a filha, Anne, para Nova Iorque, onde vai viver com o pai e tentar iniciar a sua carreira. Por fim, Mark convence-a a regressar ao lar, mas Rachel, obviamente, deixa-o, após os namoriscos dele continuarem.” Factos: “A filha de Meryl Streep, Mamie Gummer, foi usada como o bebé Anne.” “E não foi o único membro da família de Meryl Streep com um pequeno papel: Mary Streep, mãe de Meryl e o irmão mais novo, Dana Streep, fazem de convidados no copo de água.” “O filme é baseado no casamento e divórcio de Nora Ephron com Carl Bernstein, e o nascimento dos seus dois filhos. Bernstein, o jornalista do Washington Post manipulado, junto com Bob Woodward, para destituir Nixon no processo Watergate, teve um caso com Margaret Jay, mulher do embaixador inglês nos EUA e filha do primeiro-ministro britânico, James Callaghan. Jay recebeu o título de baronesa em 1992, e trepou para se tornar na primeira líder feminina da Casa dos Lordes entre 1998 e 2001.”      
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[1] E o mesmo aconteceu em Portugal, que ainda hoje não tem uma palavra para nerd; na língua de Camões, um nerd é um nerd, porque chamar-se totó, atado, nabo, palerma ou parvo, em terreno escolar ou circunvizinho, é crime de bullying, uma palavra utilizada por Camões em “Amor é um fogo que arde sem se ver; É bullying que dói, e não se sente”. A sorte de Camões ser tão rico, glossicamente, libertou os ortografistas nacionais para tmeses, ênclises e consoantes mudas, enquanto escritores, que los hay los hay, inglesam e / ou embelezam o português com a língua de sua majestade the queen.
[2] Os palermas continuaram a vingança na TV. “Revenge of the Nerds III: The Next Generation” (1992), real. Roland Mesa, c/ Robert Carradine, Ted McGinley, Curtis Armstrong … “Revenge of the Nerds 4: Nerds In Love” (1994), real. Steve Zacharias, c/ Robert Carradine, Curtis Armstrong, Julia Montgomery …
[3] Joy continuou mimoseando o corpo manifesto. “Joy et Joan” (1985), real. Jacques Saurel, c/ Brigitte Lahaie, Isabelle Solar, Pierre Londiche … “A modelo Joy (Brigitte Lahaie) está numa encruzilhada, finalmente escolheu para amar o jornalista Marc Charoux, mas este não parece interessado em dar o nó, e diz-lhe que vai zarpar para a Tailândia. Ela aceita um convite do endinheirado Bruce, e quando ele se ofereceu para a levar a qualquer lugar que ela quisesse, Joy pede-lhe que a leve à Tailândia. Eles hospedam-se na fazenda do misterioso príncipe Cornélius, «herdeiro de uma das maiores famílias do mundo», mas a excitação da viagem transforma-se em temor quando Bruce a droga e roda-a por outros homens. «O que é que estás fazer?» «Não te inquietes. Não tenhas medo». «Amo-te, Joy, amo-te tanto», declara-se Bruce quando ela gozava penetrada por machos substitutos. «O que é que se passou esta noite?» «Ofereci-te, uma fantasia, uma fantasia deliciosa». «Dar-te-ei muito prazer, através dos outros. É a maior prova de amor, que nos podemos dar um ao outro». «Tu és doente. Vou pôr-me na alheta». «Tu estás tão fascinada pelo luxo, que posso fazer contigo o que quiser. Mesmo casar-me contigo». Joy amocha, mas quando vê chegar um magote de homens, temendo que fosse para a possuir, foge, pernas para vou quero, pela luxuriante vegetação. Bruce vai buscá-la. «Para onde é que podes ir? Partes a pé numa ilha e sem dinheiro. Não passas de uma criança». Afinal, era um grupo de jornalistas franceses que incluía Marc. Ajudada por Millarca, «a sua escrava pessoal», Joy escapa e encontra Marc num mercado de Banguecoque. «Marc, se tu soubesses». Enfiam-se num Photomaton, para o sexo possível, em pé, pela frente e por trás. «Não esteve mal. Esteve mesmo muito bem», aprecia Marc, de partida para apanhar o avião. «Sacana, grande sacana», murmura Joy, o ego amachucado. Perseguida pelo príncipe Cornélius, Joy esconde-se num grupo de turistas ocidentais, cuja guia, a bela Joan, imediatamente sente química. «És realmente muito bela. Queres ver os meus? (seios). Não dizes que sou bonita. Preciso muito que mo digam». «Não acredito que nunca to tivessem dito». «Mas és tu que deves dizer». «Tu és bonita. És muito bonita». Joan confessa: «É a primeira vez que estou apaixonada por uma mulher. Sabes, desejo imenso fazer amor contigo». «Ainda não. É muito cedo». «Sê franca comigo. Não te agrado?» «Mas sim, pelo contrário, agradas-me bastante. Estou muito feliz por te ter encontrado». Em quartos contíguos, cada uma na sua cama, extenuam-se a si próprias, friccionando o diazepam natural entre as suas pernas, adormecendo logo. De manhã, Joy acorda Joan para anunciar que volta para Paris. «Joy, ouve, eu amo-te, não compreendeste? Amo-te melhor que um gajo, como te explicar? É preciso que te faça um desenho?» Joy reconsidera. O casal voa para as Filipinas para gozar o seu tribadismo, finalmente, num lastimoso comboio, cada uma sorve o sexo da outra, Joan, esfomeada como uma corça, Joy, ténue como um colibri, sempre seguidas pelo príncipe Cornélius.”
“Joy in Love” (1992), minissérie de quatro episódios protagonizados por Zara Whites: “Foi-me oferecido o papel numa série de TV francesa chamada «Réseau Call-Girl». É sobre uma supermodelo que viaja para locais exóticos e acaba por entrar em aventuras? Trabalhei no programa cerca de seis anos e pediram-me para parar de fazer porno enquanto a série estivesse a ser exibida. Bem, continuam a exibir esses episódios vezes sem conta.” – “Joy à Hong Kong”, real. Leo Daniel, c/ Olivia Grey, Sidney Penwell … “Joy está em Macau, só, em voz off, reflexiva, sobre os homens, o amor, Marc que tem outra mulher, o seu trabalho, os seus amigos. «Atravessei a Terra para me encontrar com Helmut Orteya, um verdadeiro louco, que se tornou no fotógrafo da moda. As revistas mais chiques disputam-no». Na suite presidencial, toma um duche, sempre rememorando Marc, recebe um telefonema de Alain, o campeão de jiu-jitsu, «que me ensinou um truque para me defender», nua, manobrando a toalha com o seu à vontade congénito, faz o dia do empregado do serviço de quarto, que tem a visão de um esplêndido corpo ocidental. Depois de se masturbar com o pensamento em Marc, Joy caminha pelas ruas, absorta. «Digo para mim própria que as pessoas que me veem não desconfiam de nada, acabei de me acariciar, vi-me, desejo-o sempre tanto, queria dizer-lhe, mostrar-lhe como faço, quando me acaricio pensando nele». «Não trago nada debaixo da saia quando passeio por aqui». A sessão fotográfica com Helmut atrai também o empregado do hotel, que aproveita para bater umas chapas clandestinas. Deitada nua na cama, repousando, a presença do empregado desperta-a, e Joy oferece-lhe o corpo, lubrificado, a sua alma, pura, em Marc. Alain acompanha-a ao Dragão de Fogo, o bordel mais famoso da cidade, pelo caminho são atacados por rufias macaenses. Uma paulada traiçoeira apaga as boas defesas marciais de Alain. Joy defende-se pontapeando os berlindes dos agressores até que é manietada. «Não sabia mais onde estava. Estava dorida. Tinha medo. Tinha fome. Tenho sempre fome quando as coisas correm mal». Joy chora compulsivamente a sua impotência, o som de música leva-a à sala do bordel, onde os homens jogam e as mulheres trabalham, quando, «não acredito nos meus olhos, a rapariga que ali estava, aquela bela morena, altiva e fria, era Jean. Jean era manequim juntamente comigo em Paris». Joy, pragmática, discute os termos do seu contrato com Samantha, a dona do bordel. «Cá está, sou prisioneira num bordel». «Se o Marc me visse neste bordel, creio que isso o excitaria, o sacana». Jean conta-lhe a sua história, partiu num cruzeiro com um tipo, chegaram a Macau e o tipo desapareceu. «Ela dizia-me que eu estava em perigo. Talvez esteja em perigo, mas desejo-a». Joy bebe a seiva de Jean, depois esfregam sexo contra sexo, misturando os seus perfumes. Samantha, a madame, apresenta-lhes o primeiro cliente, o Sr. Chan, «é um cliente assíduo do meu estabelecimento. Conto com vocês para que ele satisfaça todos os seus desejos, entendido? O Sr. Chan é o meu melhor cliente e o mais rico, compreenderam? Vocês farão tudo, tudo o que ele desejar, nunca se diz não ao Sr. Chan». Este, vira Joy de costas, dobrando-a sobre a cama, e diz para Jean: «E tu, vai para trás e observa». Prepara o sexo de Joy com a mão antes de se arremessar para dentro dela e receber, em mercadoria, o seu dinheiro. «Tu és a minha primeira loira, é raro por aqui, queres tornar-te minha criada?” «Não sou criada de ninguém, não quero ouro, quero ser livre». «Pede-me o que quiseres, sou muito influente, terás tudo o que desejares». «A única coisa que quero é deixar este estabelecimento. Não somos prostitutas, somos prisioneiras». Samantha castiga o arrojo de Joy. Dois jagunços conduzem-na a um terreno lamacento. «Sabia que queriam matar-me, mas não sabia como, então, tive a ideia de deixar-me levar, precisamente para ganhar alguns minutos, esperando que meu anjo da guarda, que nunca me abandona, encontre um meio de me safar desta». Desaperta o corpete e as ligas, e atira-o a um facínora, tira as meias pretas, atirando a direita ao outro facínora, ficando nua.”
Joy à Moscou / Joy et Raspoutine”, real. Jean-Yves Pavel, c/ Karla Klein, Angélique Biel (como Emilie de Grace), Albert Pariente … “Em Moscovo, duas jovens, Sophie, uma francesa de Paris, e Inga, uma russa de S. Petersburgo, entram num táxi para visitar a cidade. O motorista recomenda-lhes vivamente o museu Raspoutine, rua Leon Tolstoy, n.º 7. Uma armadilha para as moças, ao aviso do taxista via radio marca Storno, Ivan, o cúmplice, cola a placa, em russo e francês, Musee Raspoutine.” «Eis a pérola de Moscovo. Este teatro foi oferecido a Raspoutine pela czarina». Elas admiram as riquezas e bebem chá russo, quando Sophie é hipnotizada pelo mago, Raspoutine. «Olha para mim, olha para os meus olhos, não pensas mais em nada, é o vazio». Depois Inga: «Tu és bela, deliciosamente bela. Serás o meu prazer. Serás a minha pomba. Eu serei a tua vontade. Dar-me-ás amor. O amor que darás tornar-me-á rico, extremamente rico». Entretanto, Joy termina uma produção fotográfica e entra no táxi malfazejo. «Hotel Metropol, se faz favor». Os argumentos do taxista acerca do museu convencem Joy. «Isso custa caro?» «É preciso dar 100 rublos ao guarda». Joy tira uma foto junto do vestido da irmã da czarina, recusa o chá russo e é hipnotizada. «Olha para mim, olha para os meus olhos, não penses em mais nada, as tuas pálpebras estão pesadas, tu estás bem, deliciosamente bem, és a minha criatura, tudo o que eu te ordenar, farás. Cumprirás, todas as ordens. Acorda. Vai, vai onde eu te mandar ir». No seu retiro, Raspoutine controla as moças à distância, através das estatuetas delas que guarda num armário; e comanda Inga, no clube noturno Horse Club. «Vai minha pomba, voa para a luz, tu és pura, inocente e bela. Mostra a todos que és a mais bela». Inga despe-se sedosamente como uma pluma ao vento. Um cliente americano: «Olha aquilo, não é possível, ela tem 16 anos, aquela miúda, ela tem 16 anos, tenho a certeza». É a vez da atuação de Sophie. «Vai francesa, dança, quero que toda a gente te veja. Vais torná-lo louco de desejo, esse americano». Surte efeito. «Tenho que falar com aquela rapariga». Enquanto isso, Joy janta no restaurante Tsarevich com o fotógrafo da Vogue, Willie Sheen, quando Raspoutine sopra na sua estatueta. «Tens calor, sentes-te bem, o desejo cresce em ti, docemente, docemente, tens calor, o teu coração bate mais rápido, mais forte, sentes esse doce calor que desperta deliciosamente a tua alma, o teu corpo. Olha para a esquerda, o primeiro homem que vires, quero que o tomes». Uma loira (Elena Kondulaynen / Елена Кондулайнен) segue-a, Joy felicita um empregado de mesa esvaziando-o e a loira autofelicita-se observando-os. De volta à mesa, Joy insiste para que Willie dê 100 dólares de gorjeta. «Obrigado Willie, o caviar foi tão bom», agradece ela olhando para o empregado feliz. É noite, Sophie e o americano vão para uma datcha, sob influência do mago droga-lhe o vodka. «Uma última visão, os teus olhos. Um último beijo, os teus lábios». Objetivo: roubar-lhe a mala com 100 mil dólares. Por seu lado, Joy é incumbida de roubar um saco de diamantes. Os amigos preocupados com o seu desaparecimento, há dois dias, apresentam queixa e Anna oferece-se como isco para caçar os perpetradores.”   
Joy en Afrique”, real. Bob Palunco, c/ Babette, Roberto Malone, Thierry Bart … “Joy e o seu amante Marc estão em África. «Eram as minhas primeiras férias a sério com ele, desde há muito tempo. Ele dissera um verdadeiro fim de semana romântico. Em Paris nunca temos tempo, ele tem a sua mulher, eu o meu trabalho». Depois do sexo com Marc, Joy é massajada por uma preta, reavivando-lhe o desejo. «Não é possível. Joy! O que é que fazes? Vá, despacha-te, esperam-nos para jantar». A massagem estava no ponto central do corpo de Joy. «Dois minutos, já vou». E veio-se. Marc combinara com Paul uma noite de troca de mulheres. Marc não perde tempo, à mesa, acaricia as pernas da ardente Jennifer. Um grupo de pretos tocando tambores e dançarinas circula a mesa, o ritmo feérico, sexual, primitivo, liga o interruptor erótico de Jennifer que arrasta Marc para um quarto privado. Joy rejeita os apalpões de Paul. «Deixe-me em paz!» «Olha à tua volta, toda a gente se diverte aqui». «Onde está o Marc?» «Queres ver o Marc?» «Sim». «Então vais vê-lo». Jennifer deitada de lado, perna direita no ombro de Marc, gemia agarrada ao varão dos pés da cama. «Viste o teu Marc? Está contente? Viste-o, aquilo excita-te?» Joy foge. «Espera, tenho um acordo com o Marc». Triste e solitária no porto, um preto de falas mansas, Djibril, endromina-a a subir no seu barco, o Bubu. «Era a primeira vez que queria verdadeiramente enganar o Marc, só para me vingar. Não queria admiti-lo, mas segui o Djibril para o seu barco, apenas para isso». Joy despe-se tentando-o. «Paul, viste a Joy?»? «Ela bem me enganou, se é isso que querias, vai procurar a tua alteza». «Onde é que ela está?» «Estava com um preto». No barco, Djibril massaja o corpo nu de Joy deitada de costas, quando ela se vira de frente, ele aplica-lhe a posição do missionário. Depois leva-a para casa da sua patroa colorida, a princesa Malika, que está macumbamente apaixonada por Joy. Sem demoras, as duas na cama, Malika excita Joy com um dildo étnico de madeira, esta chupa-lhe entre as pernas como se houvesse um manjar temperado com molho harissa. «Joy, queres ser minha mulher? Estou a falar a sério». «Não é possível ser tua mulher». «Porquê?». «Porque não é possível». «Vês? No meu país é possível». «Há muito tempo que espero que alguém me diga isso, nunca pensei que fosse uma mulher». Depois de uma cerimónia de casamento africana, pela manhã, o casal toma o mata-bicho, servido pelo criado íntimo do interior dos seus corpos, Djibril. «Sabes que és minha mulher para sempre? Eu sou princesa no meu país». «Princesa?» «Sim, e agora tu também és». As sáficas vivem a felicidade plena até que, durante uma shopping spree por trapos e fruta, Marc encontra-as. «Joy! Há dois dias que te procuro. Onde estiveste?» «É demasiado tarde, já estou casada». Nesse momento, Joy é raptada pelos homens de Paul e conduzida a um bordel, o Dugai Sei Bar. «Então, levaste-me à certa no outro dia? Sabes que não apreciei. Ainda por cima, fizeste-o diante de toda a gente, vais pagá-lo, cadela». Jennifer liberta-a. «Não sabia onde estava. Não sabia para onde ia. Não tinha importância. Graças a ela escapei ao inferno. Estava perdida no fim do mundo, mas não tinha medo».
Joy à San Francisco”, real. Jean-Pierre Garnier (como Jean Garner), c/ Isabelle Heurtaux, Jean-Luc Roux, Nathalie Perreau … “Joy está em São Francisco numa produção fotográfica. «Tenho 22 anos, sou top model e chamo-me Joy. Nasci em França. A minha mãe escolheu este nome, porque o meu pai era americano, ele partiu muito cedo, nunca o conheci. Passo a vida nos aviões, nos hotéis, nunca estou na minha casa. O meu homem nunca está comigo. Chama-se Marc. Ele tem uma mulher na sua vida, um trabalho, amigos, mas quando tem uma folga, é para mim. Não é grande coisa, mesmo assim isso torna-me feliz. Adoro o meu trabalho. Está bem, não é sempre divertido, mas é superexcitante. Já quando era pequena gostava de me mostrar nua. Divertia-me excitar os homens. Para mim, a exibição é um jogo. Um jogo que dá prazer a todos. A mim, em primeiro lugar, e aos que veem. Então, por que chatear-se. Gosto que me desejem, é tudo. Dou o melhor de mim própria, não guardo nada para mais tarde, é a minha maneira de ser generosa. Tanto pior para aqueles que não compreendem, não espero nada de ninguém, enfim, exceto de Marc». «Dizem que não sou fiel, é verdade, nunca fui. Não quer dizer nada, o coração e a rata, são duas coisas diferentes. Quando fodo com outro tipo, penso muitas vezes em Marc, e o Marc acha isso imoral. Eu não. O Marc faz o que quiser, e eu também. Então, quando vejo um gajo que me agrada, é como o chocolate, sirvo-me. De qualquer maneira, não posso estar só. Fazia-me sentir estranha, encontrar-me na Califórnia, queria rever Paul, o meu melhor amigo, um tipo genial, temos uma longa história». Joy telefona-lhe. «Quando? esta noite? Okay. E apanhas o avião amanhã? Genial. Bom, despacha-te, vem depressa». No átrio do hotel, espera uma visita. «Bom dia, sou Jane Carter, a sua nova assessora de imprensa». «Encantada». Partem para uma entrevista de promoção do livro da famosa modelo e escritora. Jane faz as apresentações. «Eis Joy Laurel, acaba de chegar a São Francisco. É a Angela Cassini, ela tem o programa mais visto da Califórnia. Aqui está, dou-lhe o ‘Joy in Love’». No ar, Joy responde com naturalidade. «Joy Laurel, bom dia, bem-vinda à TSM em São Francisco. Você é manequim e escritora, é raro uma top model escrever um romance. Como faz para fotografar e escrever? Deve ser difícil de gerir». «Acho que escrevemos todos o que nos vem à mente, depois desejei escrever um romance, foi em Roma, lembro-me muito bem». «‘Joy in Love’, é a sua história?» «Sim, há sempre um pouco de mim mesma, mas tem muita imaginação». Estafada no camarim, a maquilhadora propõe-lhe uma massagem. «A maquilhadora era verdadeiramente demais. Gosto de loiras como ela. Tinha seios grandes, eu adoro. Tinha um ar engraçado, do género que me faz bem. O olhar sobretudo. Conhece-se pelo olhar, não engana. Ela tinha um olhar de falsa tímida, pessoa que cora em público e nos salta para cima em privado. Apenas olhá-la, apenas sentir as suas mãos em mim, calculei que seria uma boa relação sexual. Não sei porquê, mas sempre me atraiu este género de raparigas». A maquilhadora acaricia-lhe o sexo, o núcleo accumbens sequestra o cérebro de Joy para a explosão final, quando, a locutora na News 6, «esta manhã, um avião que assegurava a ligação Los Angeles – São Francisco despenhou-se. Havia 27 passageiros a bordo, entre alguns turistas franceses, o célebre escritor Paul Chabanay». Joy, que suspirava de prazer, grita de dor, afasta a maquilhadora e sai correndo do camarim nua abraçando-se a Jane Carter. «Era horrível, pensei que enlouqueceria». A assessora condu-la ao local dos destroços, no banco de trás, Joy despedaçada como uma virgem a quem crucificaram o filho. «Era tudo culpa minha. Se eu não tivesse telefonado ao Paul, ele não teria apanhado aquele avião. Ele estaria vivo. Não é justo. Paul e eu era tão fixe, ninguém pode compreender». «Com o Paul era a loucura, bastava ele tocar-me para que eu pegasse fogo. Ele dizia que eu era como um fósforo, é verdade». «Ele beijava-me muitas vezes isso. Ele sabia muito bem que isso me enlouquecia. Adoro quando um homem me lambe assim, mas com Paul era a loucura completa. Podia durar horas. Ele tinha uma língua mágica. Quando me tinha bem excitada, era eu que queria que ele me fodesse». Joy não para de chorar, numa fé de apaziguamento, Jane leva-a para a seita religiosa Antaros, onde as raparigas têm à disposição um ídolo demoníaco que, carregando num grosso falo, deitava da boca um pó branco para snifar, e vestem somente mini-túnicas transparentes. «Estava de rastos que nem sabia onde estava, mas estava-me nas tintas, se me deixassem em paz, queria esquecer». «Não me sentia bem, como se tivesse bebido demais, ou snifado demais. Tinha a cabeça vazia, a boca amarga, não sabia para onde me levavam. O que é esta coisa, estas raparigas, e aquele tipo de cara feia?» O sacerdote. «Vocês estão na via do Todo-Poderoso. Para ajudar a vossa fé um sacrifício sexual será feito ao nosso Mestre. Ó Todo-Poderoso Venerado. Espirito impuro, eis a fé, porque o ovo é a fé. Espirito vencido, eis a vida, porque o ovo é a vida. Espirito são, eis a libertação, porque o ovo é a libertação». E, o sacerdote parte um ovo, despejando-o sobre o corpo nu de uma jovem deitada na ara, massaja-o pelas mamas e abdómen. Joy filosofa. «É estranho, esta decoração completamente kitsch, mantinha as raparigas completamente apalermadas, ambiente cómico, uma sensação que eu compreendia bem. Tudo isto enojava-me um pouco mas, ao mesmo tempo, desejava que se ocupassem de mim, que alguém me acariciasse, me fodesse, que aconteça alguma coisa».
Joy chez les pharaons” (1993), real. Jean-Pierre Garnier (como Jean-Pierre Floran), c/ Zara Whites, Philippe Dumond, Beatrice Valle … “Mulher livre, célebre no mundo inteiro, Joy está sempre à procura de experiências novas. Um realizador de renome propõe-lhe encarnar Cleópatra, numa superprodução dedicada à mais sensual das rainhas da antiguidade. «O reino do Egito está dilacerado pela rivalidade entre Cleópatra e Ptolomeu, a sua união incestuosa não é senão um presságio do declínio, nada, nem mesmo a ameaça de César, que acaba de desembarcar em Alexandria, parece desviá-los do prazer das festas e da decadência». Joy descobre um mundo antigo, que não ignorava nenhum dos prazeres eróticos, a satisfação sexual e da transgressão de tabus. Ela mergulha de corpo e alma numa atmosfera onde todos os fantasmas são permitidos, onde a excitação é permanente. Ela será alternadamente rainha e escrava. Nunca o seu desejo foi tão forte.”
[4] “Desde então, os motivos de Andrée têm sido reavaliados, juntamente com o papel das áreas polares enquanto campo de teste da masculinidade e do patriotismo. Um dos primeiros exemplos é o romance ficcionado de Per Olof Sundman, «O voo da Águia», bestseller em 1967, que retrata Andrée como fraco e cínico, à mercê dos patrocinadores e dos meios de comunicação. O veredito sobre Andrée, dos escritores modernos, por ter praticamente sacrificado as vidas dos seus dois jovens companheiros varia em dureza, dependendo se é visto como um manipulador ou vítima do fervor nacionalista sueco por volta da viragem para o século XX.”

no aparelho de televisão

Les chemins de l'exil ou Les dernières années de Jean-Jacques Rousseau” (1978), real. Claude Goretta, c/ François Simon, Dominique Labourier, Corinne Coderey … telefilme francês sob o título local “Os caminhos do exílio” transmitido pelas 22h00 na RTP 2, às segundas-feiras, de 7 a 28 de setembro de 1981. Por que as famílias e empresas portuguesas apetecem cultura, retransmitido pelas 21h20 na RTP 2, aos sábados, de 7 a 28 de maio de 1988. 1.º episódio: Montmorency. Noite de 8 para 9 de junho de 1762. Rousseau, então com 50 anos, é bruscamente acordado. O marechal de Luxemburgo ordena-lhe que se apresente o mais depressa possível junto da sua mulher. «Émile», o seu último livro, acaba de ser condenado pelo parlamento de Paris e vai ser queimado [1]. O próprio Rousseau está sob ordem de prisão e tem de sair de França imediatamente. Começa o longo exílio. 2.º episódio: Jean-Jacques Rousseau chega a Yverdon na altura em que a sua última obra, «Émile», é queimada em Paris. Ao entrar em território helvético, beija o chão e exclama: «Saúdo-te, Suíça, terra da liberdade». Mas Rousseau estava enganado. Um mês depois, o senado de Berna ordena-lhe que abandone imediatamente o país. 3.º episódio: Rousseau fica algum tempo na ilha de Saint-Pierre, que o inspira para a «5ème promenade», mas recebe nova ordem de expulsão do senado suíço. Aceita, então, o convite do filósofo inglês David Hume e parte para Inglaterra, não sem que volte a Paris e passe lá alguns dias, escondido em casa de amigos. Já em Inglaterra, a um acolhimento caloroso segue-se uma solidão cada vez mais intensa, tendo como única companhia a de Thérèse Levasseur. 4.º episódio: Rousseau é perturbado pela convicção de que se está a criar uma conspiração contra ele, com o objetivo de o matar. Nesse estado de inquietação e angústia escreve «Confissões», em que evoca tempos felizes. E quando tudo parecia acabado para o escritor, este tem ainda um último fôlego para lutar contra a solidão em que estava mergulhado. Vai para o castelo do príncipe de Conti, casa-se com Thérèse e regressa a Paris, decidido a enfrentar os seus inimigos… [2]Lucinda Brayford” (1980) c/ Wendy Hughes, Sam Neill, Barry Quin … minissérie australiana transmitida pelas 21h00 na RTP 1, às sextas-feiras, de 18 de setembro / 9 de outubro de 1981. Lucinda Brayford (Wendy Hughes) é uma mulher de 18 anos, alegre e elegante, mas ingénua. Dos seus dois pretendentes, o ricaço de Toorak, Tony Duff (Sam Neill) e o aristocrata inglês, Hugo Brayford (Barry Quin), ela escolhe para casar o impetuoso e amoral Hugo, que a leva para Inglaterra para a casa dos antepassados, Crittenden. Tarde demais, ela descobre que ele não é, nem tão rico nem está tão apaixonado por ela, como fez crer. Ele perde o dinheiro dela assim como o seu no jogo, e recusa desistir da sua amante de há dez anos, a Sra. Fabian Parker (Virginia Rooksby), apesar do facto de ele e Lucinda agora terem um filho, Stephen (interpretado por James Adamson e Stephen Oldfield). Lucinda tem um caso com um amigo de Hugo, mas não se divorcia dele, que é ferido no final da Primeira Guerra Mundial. O filho deles, Stephen, é o próximo na linha de sucessão da fortuna Crittenden, mas atinge a maioridade por volta da Segunda Guerra Mundial. A felicidade escapa a Lucinda até ao fim.” [3]Ladies’ Man” (1980-1981) c/ Lawrence Pressman, Karen Morrow, Natasha Ryan … série americana sob o título local “Um homem entre mulheres” transmitida pelas 21h30 na RTP 1, às terças-feiras, de 20 de outubro de 1981 / 2 de fevereiro de 1982. “Divorciado, Alan Thackeray (Pressman), com uma filha a cargo, Amy (Natasha Ryan), estava rodeado de mulheres. Em casa, com os bons conselhos de como educar Amy (e dar-lhe uma figura materna, em vez de uma mãe real), estava a sua divertida e amável vizinha, Betty Brill (Karen Morrow). Na revista Women's Life, onde trabalha como redator, está também rodeado de mulheres. A equipa inclui as colegas colunistas: a conscienciosa pesquisadora Gretchen (Simone Griffeth); Susan (Allison Argo), uma militante feminista; e a repórter romântica Andrea Gibbons (Betty Kennedy); e todos eram supervisionados pela difícil de contentar e algo ditadora editora da revista, Elaine Holstein (Louise Sorel). O único homem na Women's Life, além de Alan, era o atormentado contabilista, Reggie (Herbert Edelman).” Mário Castrim: “Um homem entre mulheres é a importação abusiva da idiotia americana, da mentalidade americana. Dona [Maria] Elisa sabe o que faz. Apontamento de ontem [2.º episódio]: comentava-se a carestia em Paris. – Então não há onde se coma barato? – Há. Em Espanha. Fortes gargalhadas anónimas, não sei onde está a graça. Mas «piadas» destas só mesmo os ianques correspondem. E estas vidiotices.” “Plantão de Polícia” (1979-1981), c/ Hugo Carvana, Denise Bandeira, Célia Biar, Lutero Luiz … série brasileira transmitida pelas 20h35 na RTP 1, às sextas-feiras, de 12 de março / 11 de junho de 1982. “Waldomiro Pena é um repórter policial do jornal Folha Popular e acompanha os casos policiais no Rio de Janeiro. Parodiando a série americana «Baretta», Waldomiro também tem um pássaro de estimação com quem conversa. Waldomiro é um workaholic, vive para o trabalho e ama o que faz. É um idealista e muitas vezes se envolve com os casos com acompanha. O seu editor, Serra, preocupa-se apenas com a «cara» do jornal e irrita-se frequentemente com o romantismo que Waldomiro demonstra ao escrever seus textos, sempre muito bons. Serra quer um texto imparcial, sem demonstrar opinião, apenas se atendo aos factos. Waldomiro tenta pôr o seu ponto de vista no material que escreve. Entre os dois está «Bebel», garota bem-nascida e fã incondicional de Waldomiro. Ela se torna colega de trabalho e de aventuras de Waldomiro, metendo-se em situações arriscadas.”
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[1]O curso de Deleuze sobre a filosofia política de Rousseau” “Se retomar um autor a partir de aspetos que consideramos notáveis é uma forma de homenageá-lo, foi isto que fez Deleuze, no nosso ponto de vista, quando ministrou, como professor assistente na Sorbonne de 1959-1960, o curso sobre a filosofia política de Rousseau. No entanto, devido à natureza da homenagem nesse dossier, pode haver quem se pergunte: o que teria a ver a filosofia política de Rousseau e a temática proposta? Afinal, não se trata, principalmente, da comemoração em torno dos 300 anos do seu nascimento e dos 250 anos da publicação do «Emílio», em que a publicação do «Contrato Social», no mesmo ano, é mero detalhe? Sem dúvida, o «Emílio» é o ponto central, como o é a educação. Os artigos reunidos aqui almejam atingir esse ponto. Todavia, em Rousseau, apartar o «Contrato Social» publicado em abril de 1762 e o «Emílio», publicado em maio do mesmo ano, não é uma tarefa simples e nem mesmo a mais interessante. Há elementos na relação entre essas duas obras, bem como na relação entre educação e política em Rousseau, que não estão aquém desta coincidência temporal. Aliás, numa hipótese que aventamos inspirada nas ideias de Deleuze desenvolvidas neste curso, a educação traz consigo, por um lado, – tendo em conta o uso que este pensador faz da «Nova Heloísa», «Confissões», «Devaneios de um caminhante Solitário» entre outras obras – uma dimensão estratégica, porque colocada em ação por nossas afeições, ou por um processo físico, psíquico, filosófico, que se utiliza do nosso interesse em sermos bons, e, por outro lado, se considerarmos o uso que Deleuze faz do «Contrato Social», mas também do «Discurso sobre as Desigualdades» e do embate entre Rousseau e Hobbes – que a dimensão política supõe a educação, pois, em seu terreno, é possível que se construa algo de interessante com o que nos afeiçoa; processo intransferível de trabalho com nossas necessidades e que, ao mesmo tempo, pretende dar conta de nossas vontades configurando outras relações no campo da política. Para citar a seguir apenas um único trecho, um tópico de aula, de que o pensador francês se utiliza ao tratar da filosofia de Rousseau, dizendo justamente a respeito de algo que nos desviaria do vício, bem como do interesse em sermos maus, numa espécie de antídoto tanto educacional, quanto político, teríamos: A bondade original. É a bondade da alma em estado de natureza. Afirmação desta bondade que nunca está separada de uma afirmação determinista. São as situações que determinam nossas afeições. A alma é inicialmente a faculdade do sentir, não a razão. O que aparece inicialmente, é a ‘dependência das coisas’, que é natural. Esta afirmação engendra a da bondade original, pois em estado de natureza, todas as nossas ações são boas, isto é, apropriadas ao objeto (para dizer de outra forma é a transcrição naturalista da conceção: realidade = perfeição). [...] Neste tipo de bondade, cada um é um todo para si. Ela só se constitui como uma com o sentimento de existência. Todavia há uma diversidade natural nas almas vida da diferença das faculdades fundamentais. De ponta a ponta deste curso ministrado por Deleuze a imbricação entre educação e política tem a ver com o que nos determina afirmativamente, com o que nos afeiçoamos diretamente, ou ainda com o que nos afeiçoamos sem mediação, não transferindo a ninguém a tarefa de darmos conta de nossa dependência em relação às coisas, àquilo que nos é natural. A propósito, é o que o mesmo Deleuze expressa, em outro registro, através de uma regra que atravessa o «Emílio», finalizando, em 1962, um artigo em homenagem a Rousseau «Jean-Jacques Rousseau – Precursor de Kafka, de Céline e de Ponge».”
[2] Sobretudo, Rousseau era um corpo de órgãos. “The Masochistic Quest of Jean-Jacques Rousseau: Deleuze and Guattari to Transversal Poetics with (out) Baudrillard” «É inútil insistir na coerência com alguma «realidade», qualquer que ela possa ser. O sistema removeu toda referência segura da teoria como o faz de qualquer outra força de trabalho. A teoria já não tem qualquer valor de uso, o espelho teórico da produção também rachou. Tanto melhor. O que eu quero dizer é que a própria indecidibilidade da teoria é um efeito do código. Que não haja ilusões: não há «deriva» esquizofrénica sobre esta flutuação de teorias onde os fluxos passam livremente sobre o corpo sem órgãos (de quê, capital?). Simplesmente significa que qualquer teoria pode daqui para a frente ser trocada por qualquer outra, segundo taxas de permuta variáveis, mas sem ser investida em qualquer lugar, a menos que seja o espelho da sua escrita». Jean Baudrillard, «Symbolic Exchange and Death». «Jean-Jacques Rousseau suava, urinava, defecava e ejaculava. Ele produziu e reproduziu. De acordo com a teoria «esquizoanalítica» de Gilles Deleuze e Félix Guattari, ele era uma máquina desejante, um processo autónomo de produção e mais produção que funciona, avaria, e imediatamente se reinicia. Mas estamos inclinados em adiar a discussão da produção de Rousseau para depois de inspecionar as fábricas. Para Deleuze e Guattari, o desejo atua independentemente das exigências sociais e económicas: é ao mesmo tempo sujeito e objeto do desejo; é processo de produção desejante e não aquisição, criatividade ou falta. Não se pode definir o desejo opondo algo exterior ao seu sistema auto-reativo, porque tal formulação sujeitaria irrevogavelmente o desejo a um dualismo organizacional interno-externo. Embora a produção desejante funcione em contínua interação com e contra as forças de atração e repulsão, não é constituída nem por um naturalismo impulsivo nem por um construtivismo compulsivo. A produção desejante não é direcionada para um propósito específico pressuposto na organização natural do cosmos; antes, luta por estados singulares intensos. A continua produção de desejo, em si própria a expressão constitutiva do desejo, é mecanicamente possibilitada através de acoplamentos, a separação e união de mais forças na formação de assemblagens, quer experienciados positivamente e / ou negativamente.”    
[3] A escolha de marido é o problema mais inquietante que aflige a sociedade contemporânea. Tal como o Emílio de Rousseau, a mulher nasce com a bondade original, uma tábua rasa, um lençol de linho, que o meio bordará ou uma santa ou uma sibila. Escolhendo um celerado, um ostreiro, um drogado, para esposo, mimetizará esses traços, fim da viagem: prostituição, prisão, caixão. Cabendo-lhe com sorte um consorte jovem de uma jota partidária, um dirigente desportivo, um gestor de topo, um fundador de startups, subirá ela em arabescos no espaço público: quadro diretivo, chefia, liderança. As sociedades que abandonam a mulher ao lançamento dos dados, ao aleatório da roleta russa, aquando da introdução na “ordem civil”, que não as abastecem de instrumentos de livre-arbítrio, cometem o vil crime da omissão, de a natureza não perfeiçoar com a cultura. “Tudo o que não temos ao nascer, e de precisamos adultos, é-nos dado pela educação”. A educação para a triagem esponsal compõe o currículo, em background, das boas instituições sociais, os liceus e, com mais excelência, as universidades, que estruturam as estruturas da tomada de decisão. A universidade, a última estação educativa, é particularmente cuidadosa, pois é a extrema esperança da “esperança moral” de Bernoulli, se falha, ciao felicidade, hello violência doméstica, por isso privilegiam os ambientes propícios donde as cerimónias de integração altanam-se. Na imaginativa praxe, do sketch "Licking Pussy For Sisterhood", no filme "Haze Her # 6" (2013), de enfiar a cenoura pelo lado escuro da lua: “Agora, tirem-na e mordam-na!”, “Comam a merda”, “Engulam a merda”, “Hmmm, delicioso”. Como na anedota do médico, que enfia um dedo no cu do cadáver e chupa o outro, iludindo os ávidos alunos, também estas caloiras, enfiam uma ponta da cenoura e comem a outra, prova que são alunas de Medicina, aquelas que, entre os estudantes, têm o QI mais elevado. No outro lado da rua, as praxes em Letras abraçam o lúdico “play with pussy, lick pussy” por causa do gosto pelas matérias e o desinteresse por futuros monetários [quadro representado por atrizes  de excelência, a californiana Sara Luvv e a texana, formada no Tarrant County CollegeHazel do site FTV Girls]. 
“A educação primeira é a que mais importa, e essa primeira educação cabe incontestavelmente às mulheres: se o Autor da natureza tivesse querido que pertencesse aos homens, ter-lhes-ia dado leite para alimentarem as crianças”. Num círculo bondoso, a mulher casa com homem direito, obra ambiente familiar favorável, ratificado, “the family that lays together stays together” (Robert Crumb), onde inculca noções da teoria da utilidade esperada, as filhas casarão com homens direitos, plurilares felizes, de netas, bisnetas, tetranetas, sem-fim-netas. Neste lar de partilha, alegria, tranquilidade, como numa igreja em festa de Pentecostes diária, a mãe coragem transita as filhas do estado de natureza para o estado civil: “a única lição de moral que convém à infância, e a mais importante em qualquer idade, é a de não fazer mal a ninguém. O próprio preceito de fazer o bem, em não se subordinando ao outro, é perigoso, falso, contraditório”. {Fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7}: só de sabida mãe aprende a filha a situar seu banco de açúcar, onde aceitar depósitos de língua e gestão da conta bancária, cartões bancários, cheques, transferências e créditos diretos. Genie Morman t.c.c. Tanja Walter Krause, com verdade jornalística não é possível determinar o seu nome, nem isolar a pureza do seu trabalho, as suas coleções contêm fotos de outras modelos, inclusive uma vizinha minha: (s)obra fotográfica: {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19}.

na aparelhagem stereo

As sociedades têm os seus órgãos sociais, nas mais evoluídas obviamente o cérebro. “Cristiano Ronaldo apareceu esta segunda-feira no treino matinal da seleção nacional em Marcoussis com um novo penteado e poucos sorrisos. Entrou no relvado com semblante carregado e logo foi pegar numa bola para dar uns toques, antes de se juntar a Pepe, Vieirinha e Moutinho. Segundos depois apareceu Quaresma e o quinteto trocou bolas. E de repente, tudo mudou”. Nos povos com mister também se atiram de língua e pés. “Língua rodopiante - Pode usar este órgão para aumentar mais o prazer da sua parceira e por isso use e abuse da sua língua. Sugue-lhe os mamilos devagar, passe a língua por eles ou dê umas mordidas sensuais. Uma dica para o fazer é pensar que os mamilos da sua parceira são um gelado, com esta de certeza que ela vai conseguir atingir o orgasmo. Arrepios de prazer - Se preferir ser mais excêntrico está a vontade, mas o que elas gostam mesmo e lhes causa mais arrepios é o contacto da sua barba ou até mesmo da sua planta dos pés! Acredite que é verdade, até porque a maior parte das mulheres tem um fetiche com os pés do seu parceiro, mas é sempre melhor confirmar com a sua parceira o que é que ela prefere.” [1]
Rodopiando nos anos 80:
Agit’ Pop” (1981), p/ Artefact. “O grupo foi formado em torno de Maurice G. Dantec, fundador da formação com Éric Vennettilli, Marc L’Azou, substituído por Jean-Paul Ruard, depois Jean Ternisien. Primeiro chamado État d’Urgence, o quarteto rapidamente mudou o nome para Artefact. Várias sessões de estúdio reuniram muitas peças evoluindo do punk básico para uma música mais experimental que alguns aproximaram dos The Pop Group, misturando funk, pop, punk e new wave. Em paralelo, uma curta-metragem experimental, «Crash», realizada por Riton V (t.c.c. Éric Vennettilli), filmada em Super 8, livremente inspirada por J. G. Ballard, vê a luz do dia em 1977. Não foi até 1980 que saiu o primeiro e único álbum da banda, «Agit’ Pop», precedido pelos 45 rotações «M.A.E. (Massacre à l’électrode)» e «Sex Computer», distribuídos em 1979. Um número da Actuel, com uma entrevista a Jean Ternisien, compara o grupo aos «jovens modernos» de Daniel Darc dos Taxi Girl e Philippe Pascal dos Marquis de Sade. O grupo dissolve-se pouco depois da saída do álbum, vítima de tensões internas.” “Maurice Dantec, teclados. Escritor «sulfuroso» de reputação internacional, vive atualmente no Canadá. Publicou vários romances desde o início dos anos 90. Marc L’Azou, baixo e saxofone. Fundou mais tarde com Maurice Dantec o grupo Runamok Factory, do qual resta apenas um vídeo de um concerto (1989). Fez parte, no início dos anos 80, do que se tem chamado os «novos bárbaros», um movimento de escultura inovadora. Mora na região parisiense. Tornou-se ferrageiro de arte. Jean-Paul Ruard, voz. Músico, expatriado na Colômbia, gravou um disco com o grupo Maria Sabina em 1989, faz concertos de música latina. É ator de teatro e televisão, passou a viver como ermita na floresta amazónica, viaja várias vezes para a Índia. Finamente regressou a França, lançou um disco em 2001. Define-se como ‘autor, compositor, intérprete de canções de temas ecosóficos, inspirados nas músicas do mundo, em francês, inglês, espanhol e, por vezes, em mau sânscrito». Jean Ternisien, guitarra. Músico (world music, techno), tocou com os Soul Survivors a partir de 1988. Morreu em 1991. Éric Vennettilli, bateria. Funda depois dos Artefact os Tabou, grupo de «java-rock» como ele próprio diz. Em seguida abandona a música e encetou uma carreira na informática e na robótica. Emigrado no Canadá, como Maurice Dantec, espacializa-se em multimédia, que ensina, escreve um romance, torna-se vídeo-jockey, etc.” Disco Rough” (1980), p/ Mathématiques Modernes. Foi um projeto do teclista Claude Arto e da vocalista / letrista Edwige Braun-Belmore, com Hervé Zenouda na bateria. Arto também trabalhou com as bandas francesas Artefact e Spions. Faleceu em outubro de 2013 e Edwige em 22 de setembro de 2015. “Era uma figura quase apagada num pedaço de papel de lustro arrancado de uma revista do tempo onde o rock, a moda e a publicidade circulavam nas mesmas trincheiras, até altas horas. Do crepúsculo dos anos 70 ao nascer dos anos 80, Edwige Grüss, isto é, Belmore, atravessa a noite parisiense; punk vadiando pelos Halles promovida a fisiologista às portas do Palace de Fabrice Emaer. Loira platinada, rosto andrógeno, lábios salientes a rigor. Ouriço amarelo pálido nu, ela beija Andy Warhol na capa da Façade, grande como a capa de um maxi single. Metade do duo new wave pré-electro, Mathématiques Modernes, ela foi a voz neutra, contrapartida gelada do misterioso Claude Arto. Single da semana no NME, um belo álbum cinza metálico, «Les Visiteurs du Soir», e puf… Egéria dos costureiros Mugler, Gaultier, Alaïa… Exilada em Nova Iorque, ela viveria aí os seus últimos dias, tornada morena. Fugazmente trazida à ribalta, há quatro anos, para um filme-testamento assinado por Jérôme de Missolz, «Des Jeunes Gens Mödernes». «Ícone?» isso fazia-a rir. Ela vivia no presente. A morte arrepiante, terça-feira 22 de setembro, mergulha-nos num duche fotográfico de um passado, no qual os jovens sonhavam em «polaroide» para serem, por um instante, imortais.”
Electrique Sylvie” (1980), p/ Modern Guy. Jean-François Cohen (baixo), Guillaume Israël (voz), Yan Leker (guitarra) e Philippe Férin (saxofone) “partiram para gravar «Une nouvelle vie» em Nova Iorque com um dos seus heróis: John Cale. Um feito de glória destes jovens modernos, que permanecem ligados à cena parisiense da discoteca Rose Bonbon, na qual se encontra igualmente Suicide Romeo e Stinky Toys. A história reterá também «Electrique Sylvie», um título que fez Paris dançar a duração de um verão. Que é feito deles? Jean-François Cohen toca com Juliette & les Indépendants e no primeiro álbum de Mirwais (Taxi Girl). Em 1993, edita um primeiro álbum a solo, «La Tour de Pise», em que encontramos Guillaume Israël e Yan Leker. Alguns problemas com a editora, e vários acidentes de mota mais tarde, sai o segundo álbum, «Vive l’amour» em… 2004. Yan Leker foi guitarrista da Lio e dos Ici Paris, toca com os Edith Nylon (viola baixo em palco e guitarra no estúdio), com Lizzy Mercier Descloux, monta o projeto GYP com Pierre Goddard, cantor dos Suicide Romeo… Em 1983, Guillaume Israël conta a história do grupo e da sua época em «Les chérubins électriques» (Robert Laffont). Depois parte para estudar cinema nos EUA. Regressado a França, escreve várias canções para Lio. Morreu acidentalmente em Paris a 31 de dezembro de 1987.” Living on the Ceiling” (1982), p / Blancmange. “Ganharam notoriedade em 1982 lá para o fim da segunda geração da Synth Britannia. Daniel Miller, da Mute Records, carinhosamente refere-se-lhes como as «tias solteiras da música eletrónica». Composto pelo cantor / guitarrista, nativo de Lancashire, Neil Arthur e por Stephen Luscombe, de Middlesex, sintetizadores / programação; conheceram-se no Harrow College onde a dupla tinha tocado, separadamente, em várias bandas, mas desenvolvera uma admiração mútua pelas sensibilidades artísticas de cada um, incluindo um interesse comum pelos Kraftwerk. Luscombe fora membro da Portsmouth Sinfonia, um agrupamento orquestral que era notado por, de facto, não terem tido treino formal para tocarem os instrumentos. Um dos seus ex-membros foi Brian Eno, que os convidou para tocarem na adorável «Put A Straw Under Baby», no seu segundo álbum a solo, «Taking Tiger Mountain (By Strategy)». O fruto da primeira colaboração de Arthur e Luscombe foi o instrumental «Sad Day». O duo lançou o seu primeiro EP, «Irene & Mavis», pela Blaah Music em 1980 antes de «Sad Day» ter sido escolhida pelo DJ futurista, Stevo, para inclusão no seu influente «Some Bizzare Album», que mostrava entre outros Depeche Mode, Soft Cell, The The e B-Movie, no início de 1981. Na sequência de primeiras partes de atuações dos Japan, Grace Jones, Depeche Mode e Nash The Slash, assinaram pela London Records, o que lhes permitiu a sua primeira compra, um Roland Jupiter 8. No outono de 1982, editaram o agora clássico «Happy Families», que incluía o sucesso tingido de sons orientais, «Living On The Ceiling». Fundindo o traço rítmico dos Talking Heads com a intensidade dos Joy Division, mais a estrutura melódica dos OMD e Yazoo no topo, Arthur e Luscombe ganharam admiração da crítica e jeitosas vendas pelo seu álbum de estreia. «Can't Explain» permanece uma das aberturas mais arrebatadoras de um disco da época. Mais sucesso veio com os singles «Blind Vision» e «Don't Tell Me» do brilhantemente intitulado «Mange Tout», que se tornou no seu maior sucesso de vendas. Embora nunca tivessem sido um grupo de sintetizadores purista, com o guitarrista de Peter Gabriel e dos Japan, David Rhodes, muitas vezes proeminente, «Mange Tout» encontrou os Blancmange experimentando com secção de metais, cordas e até acapela. Contudo, foram as influências indianas de Pandit Dinesh nas tablas e Deepak Khazauchi no sitar que deram a «Living On The Ceiling» o seu cativante sabor que estava muito à frente. Outra surpresa veio com a genial versão de «The Day Before You Came» dos ABBA. Em 1984, isto foi considerado uma estranha mas ousada decisão, visto os suecos maravilha não possuírem ainda a gravitas que eventualmente adquirirão nos anos 90. Nesse aspeto, «Mange Tout» dos Blancmange foi uma profecia cultural… a moderna pop contemporânea está cheia de ABBA e sons de Bollywood.” [2]
No programa “Arroz doce”, da autoria (com queixas de plágio) de Júlio Isidro, transmitido pelas 21h20, na RTP 1, às segundas, de 8 de abril / 5 de agosto de 1985, no dia 17 de junho falou-se de ciúme, desfilaram os artistas Vitorino, Tino Costa, um sexteto de cantores de ópera, Simone de Oliveira e Varela Silva, o maestro Jorge Machado, Vítor Mesquita, autor de banda desenhada, Jim Diamond e…seis minutos em televisão, depois da telenovela “Chuva na areia”, de música minimal repetitiva Bakunine” (1985), p/ Telectu. “Duo musical constituído por Jorge Lima Barreto e Vítor Rua, formado em 1982 na III Bienal de Vila Nova de Cerveira. No mesmo ano editou o álbum «Ctu Telectu», numa formação heterodoxa de piano, órgão eletrónico, cravo, sintetizador, guitarras elétricas baixo e solo, guitarra portuguesa, bateria e voz [3]. O poliartista António Palolo tornou-se um terceiro membro de Telectu. Desde cedo, a prática musical do duo foi orientada por um programa de experimentação de diferentes soluções interpretativas e composicionais, a par de uma rara atualização tecnológica; este cariz experimental levou a que essencialmente interpretasse as suas composições, com exceção de peças conceptuais como as «Vexations» de E. Satie e, as «Compositions 1960» e «X for Henry Flint» de La Monte Young,1982. Telectu criou partituras gráficas, tablaturas, tatuagens instrumentais, e considerou o disco e o vídeo como fixação e suporte dos seus trabalhos. Laboratório para síncreses de pop experimental e improvisação eletroacústica, ao longo da década de 1980 a sua produção foi marcada, primeiro pela introdução em Portugal da música minimal repetitiva, concocção de electronic live, banda magnética, guitarra eletrónica exibida com mestria por Rua, vibrafone, piano elétrico, computador de ritmos, e um desfile de modelos de guitarras, teclados protótipos, passarela de engenhos digitais, percussões heteróclitas, glabras e eletrónicas; exotismos instrumentais, tratamentos acústicos em tempo real até cerca de 1986, com edições discográficas relevantes em vinilo (e.g. «Belzebu», 1983; «Off-Off», duplo, 1984; «Performance», 1984; «Telefone, Live Moscow», 1985; «Fundação», 1985; «Rosa-Cruz», 1985; «Halley», 1986, álbum de luxo com serigrafia de Palolo; «Data», 1986 - video music), episodicamente reeditados em CD (e.g. «Belzebu», 1995; «Leonardo Internet, USA/ USSR», 1997; ou «Mimesis, minimal works», 1998); depois, optou pela busca de novas tipologias musicais denominadas «jazz-off», «música mimética», «rockpop-off», «nova música improvisada», e.a. teorizadas em livros ou artigos de J.L.B., ou em propostas pedagógicas, manifestos que acompanhavam concertos ou edições discográficas e/ou videográficas; reconhecido como um grupo de culto, Telectu apresentou inovações instrumentais e dispositivos de ponta, como o e-bow, o sampler, o stick chapman, controladores digitais de sopro, corda e percussão, o DAT, a workstation, a wavestation, o EWI, o sound sistem digital, processadores, sequenciadores; uma extravagante parafernália eletrónica, instrumentarium etnográfico, como o sitar e a tampura indianos, a africana kalimba, pipa, sheng e gongues chineses, protótipos como o litofone, flautas e idiofones asiáticas e sul- americanas, o australiano didgeridoo, esculturas sonoras ou cordofones inventados por Rua, quinquilharia, toys, gadgets, objetos sonoros (e.g. «Ben Johnson», duplo, 1987; «Camerata Elettronica», duplo,1988; «Live at the Knitting Factory»,1989; «Encounters II», com Jean Sarbib 1989; e «Digital Buiça», (1989). (…). Telectu é o epítome de uma vanguarda, é, em Portugal, o mais significativo exemplo da música pós-moderna, aventura poliartística, «trajetória rizomática da obra aberta», «apologia da intuição e do prazer do instante».” [4]
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[1] A sensação de dever cumprido. Rapunzel, 1,71 m, 63 kg, 88-64-92, sapatos 38, nascida a 28 de agosto de 1984, em Volgograd, Rússia. “Ela tem uma cara bonita, longos cabelos naturais e muitos sonhos. E ninguém acredita que esta maravilhosa rapariga está inflada com uma criança. Assim, está a viver a gravidez e não tem trabalhado com Galitsin há meses. Mas ela está determinada voltar depois do parto. Ela é muito simpática e gosta imenso de crianças. É por isso que é uma grande sorte para ela estar grávida. Ela está ansiosa pelo parto. Os médicos dizem que ela vai ter uma menina, assim, Rapunzel e os seus pais compram-lhe diversas coisas cor-de-rosa. Ela ainda não pensou a sério no nome da criança, mas quer o nome Katia. Sucede que Rapunzel gosta muito da modelo Katia, admira-a mesmo. Atualmente, a modelo está muito feliz e muito ocupada ao mesmo tempo. Ela tem muito que fazer antes do nascimento da criança. Ela chalaceia que, quando a filha tiver 18 anos, posará também para o estúdio de Galitsin. Será uma grande dinastia de modelos. Rapunzel sempre sonhou posar nua antes de conhecer Galitsin. «Foi o destino que nos juntou», diz a modelo. Nessa manhã, Grig Galitsin tinha uma terrível dor de dentes. Foi ao dentista e encontrou uma rapariga bonita e amável. Ela era assistente dentária nessa época. Estava muito sensual de uniforme e Galitsin topou-a logo. Assim, foi Grig que a incitou a posar nua, porque ela admirava o seu trabalho há anos, mas não sabia como se tornar uma modelo de Grig. Como grande mestre no seu mester, Grig Galitsin foi capaz de captar a gentil e sensitiva alma de Rapunzel. Ela é muito tímida, mas o seu novo trabalho tem-na ajudado a descobrir novos lados da sua personalidade. E agora os seus sonhos, pensamentos e perspetivas diferem muito daqueles que costumava ter.” Entrevista: P: “Quais pensas que são os teus melhores atributos?”, Rapunzel: “Cabelo comprido bonito e olhos atraentes.” P: “Cor favorita?”, Rapunzel: “Azul, dourado.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”, Rapunzel: “Dom 2” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, Rapunzel: “Pir, Vladimir Sorokov.” P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, Rapunzel: “Kill Bill, Titanic.” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, Rapunzel: “Caravan, She.” P: “Música favorita, lista de títulos”, Rapunzel: “Gosto de música clássica, tipo Bach, Mozart. ” P: “Altura favorita do dia, porquê?”, Rapunzel: “A manhã, não sei porquê.” P: “Qual é a tua formação? Curso?”, Rapunzel: “Sou estudante de Direito, mas estou grávida agora. Então não estudo.” P: “Falas outras línguas? Se assim for, diz-me algo nessa língua”, Rapunzel: “Inglês, um pouco.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, Rapunzel: “A natureza, perto de um rio.” P: “Quais foram os locais que visitaste?”, Rapunzel: “Rostov, Moscovo, São Petersburgo.” P: “Qual é o teu feriado preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Rapunzel: “O aniversário da minha futura filha.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Rapunzel: “Carne francesa, juliana, tortas de morango, bolo de laranja.” P: “Qual é o teu carro de sonho?”, Rapunzel: “Hummer cor de laranja.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Rapunzel: “Professora de literatura numa escola privada.” P: “Descreve o teu lugar favorito para fazer compras”, Rapunzel: “Ferrante, Gold Jeans.” P: “Assistes a desporto, se sim, quais são as tuas equipas favoritas?”, Rapunzel: “Não.” P: “Praticas desporto ou outras atividades?”, Rapunzel: “Ginástica aquática, é muito útil para mim e para a minha filha.” P: “Quais são os teus passatempos?”, Rapunzel: “Gosto de ler livros e ouvir música.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, Rapunzel: “Cappuccinos, chá com bergamota, cerveja Stalingrad.” P: “Tens algum animal de estimação?”, Rapunzel: “Um gato, Musia.” P: “Estado civil?”, Rapunzel: “Solteira.” P: “O meu pior hábito é…”, Rapunzel: “Estou sempre a esquecer-me de desligar o ferro e a TV.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Rapunzel: “Uma pessoa a mastigar.” P: “Que animal melhor descreve a tua personalidade e porquê?”, Rapunzel: “Um dálmata, no meu íntimo sou tão dócil como este animal.” P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam que eu era…”, Rapunzel: “Um pouco preguiçosa mas inteligente.” P: “Como é que descontrais ou passas o teu tempo livre?”, Rapunzel: “Vou ao cinema, à biblioteca ou à igreja. Às vezes gosto de andar de barco com os meus amigos.” P: “Qual foi o momento mais feliz da tua vida?”, Rapunzel: “Quando soube que estava grávida.” P: “Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Rapunzel: “Sonho em ter a criança mais inteligente e bonita.” P: “O melhor conselho que já me deram foi…”, Rapunzel: “Não ter medo da vida.” P: “O pior conselho que me deram…”, Rapunzel: “Fazer um aborto.” P: “Que tipo de cuecas usas, se algumas”, Rapunzel: “Biquíni colorido.” P: “O tamanho importa? Qual é a tua medida ideal?”, Rapunzel: “O tamanho não importa, penso eu. Quanto a mim, os sentimentos são mais importantes.” P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Rapunzel: “Pensava muito antes de fazê-lo; o meu namorado gostava muito de mim, e esperava que eu estivesse preparada. E não estou nada arrependida. Estou tão feliz por ser uma mulher.” P: “O que te excita?”, Rapunzel: “Chocolate quente e vento forte.” P: “O que te desliga?”, Rapunzel: “A persistência.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Rapunzel: “O belo corpo que me chama” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”, Rapunzel: “Suaves beijos pelo corpo todo.” P: “Qual foi o teu melhor ou mais prazeroso orgasmo?”, Rapunzel: “O primeiro.” P: “Masturbas-te? Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Rapunzel: “Sim, às vezes, quando quero muito ter sexo.” P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se algum?”, Rapunzel: “Com meias às listras, que eram arrumadas pela minha avó.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Rapunzel: “No cinema durante um filme.” P: “Posição sexual favorita, porquê?”, Rapunzel: “De lado.” P: “Descreve um dia típico da tua vida”, Rapunzel: “Levanto-me às 10h00. Tomo um duche e o pequeno-almoço. Então vou ao médico ou dar um passeio. Depois, normalmente visito os meus pais ou relaxo com os meus amigos. Gosto de jantar num restaurante à noite.” P: “Tens alguma curiosidade sexual que gostasses de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, Rapunzel: “Não.” P: “Descreve em detalhe a tua fantasia sexual favorita”, Rapunzel: “Quero fazer sexo com a estrela pop russa Leshenco.” P: “Se pudesses ser fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhias? O que te faria sentir mais desejada, mais sensual?), Rapunzel: “Gostaria de ser fotografada com o meu bebé, como um ícone.” Sites: {The Nude}.
[2] Um gerador de ideias português. “Os jornalistas vão poder beneficiar de novos incentivos ao emprego. Esta alteração faz parte do novo regime de apoios à comunicação social local e regional aprovado em Conselho de Ministros no início de dezembro (4 / 2014). «Do sistema de incentivos não fazia parte um compromisso de empregabilidade e de formação para jornalistas. Só tinham apoios no âmbito do IEFP», disse ao Diário Económico, Pedro Lomba. O secretário de Estado que tem a pasta da comunicação social acrescentou que o objetivo do governo foi «criar base legal para criar outros apoios além dos que já existem», seja no âmbito do Cenjor, seja do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Na calha está, por exemplo, «a preparação de um apoio para a gestão de negócios e empreendedorismo aproveitando o contexto digital», avança Pedro Lomba, justificando que, até aqui, «não havia enquadramento legal que o permitisse». O secretário de Estado menta que os apoios atualmente existentes «tenham uma procura muito menor», o que justifica com «a fraca visibilidade dos instrumentos» e com o facto de os jornalistas «não conhecerem os instrumentos que são usados no âmbito de outras empresas». (…). O IEFP já prevê a existência de estágios e formação para jornalismo, mas o executivo admite que é possível aumentar a procura. «Um dos projetos que temos com o IEFP para executar este regime passa por apoiar a gestão de negócios de media e comunicação social, numa área que precisa de formação», afirma Pedro Lomba. «O mesmo se passa com profissionais de rádios que não são jornalistas e que assim podem ter apoios à formação», exemplifica. A ideia é melhorar o perfil de empregabilidade e promover a integração profissional através de uma adequação das qualificações e aquisição de novas competências.” no Diário Económico 24 de dezembro de 2014 n.º 6078 
[3] “O capitalismo sujeita o individual às cinco axiais: Powerless: diminuição do poder real sobre as coisas, castração sexual, incapacidade de reagir e agir. Meaningless: redução dos significados, pois que o individuo apreende apenas a superfície dos gestos, das palavras, da linguagem; está incapacitado de alterar conteúdos. Normless: impossibilidade de colaborar nas leis, nas normas, nas condutas coletivas – tudo é uma globalidade anónima, uma força invisível – o Deus-Estado é omnipotente. Isolation: a produção individual e a sua atividade inerente não está prevista na sociedade repressiva – o individuo fica isolado vivendo a pequena parcela que auto-conquistou e torna-se neurasténico, angustiado. Self-estrangement: ninguém é senhor de si próprio: o corpo e as ideias são estranhas: as ações são comandadas, o próprio individuo se vê como um outro, é um objeto analisado por um sujeito impotente. Todos: burgueses e proletários estão submetidos a esta esclerose. A revolução marxista incide na necessidade de inverter as posições, através da força real dos trabalhadores e através da oposição teórica / cultural de artistas e trabalhadores intelectuais.” Jorge Lima Barreto em “Rock / Trip”
[4] A intuição, no mercado de trabalho, na idade da escolha da profissão, é uma questão de vida ou morte económica pessoal. Apesar da flexibilidade, exigida pelos peritos, para facilitar o despedimento dos velhos, argumentando que não há trabalhos para toda a vida… há trabalhos para toda a vida. “Um grupo de mulheres sul-coreanas, de 60, 70 e algumas até de 80 anos, vagueiam diariamente pelo parque Jongmyo, no coração de Seul. Estão cuidadosamente maquilhadas e vestem-se de forma elegante e distinta. Estão ali para ganhar a vida. Como? A vender pequenas garrafas de vidro com uma bebida energética muito popular entre os locais: Bacchus. Contudo, muitas vezes, não é só isso que oferecem aos clientes. Algumas também vendem sexo. Na Coreia do Sul, o contexto de desaceleração económica tem feito com que cada vez mais avós não possam contar nem com a reformas nem com a ajuda dos filhos e netos para se sustentarem. Por isso, encontraram uma solução: prostituírem-se. «Não preciso de respeito, não preciso de honra, tenho fome e só quero comer três refeições por dia», admitiu uma destas mulheres que começou a vender sexo aos 68 anos, à estação e televisão britânica BBC. São conhecidas como as «senhoras de Bacchus», mas as bebidas que carregam em enormes sacos acabam por ser só um pretexto para atrair os clientes masculinos. O parque é um lugar de eleição dos idosos coreanos, que se reúnem ali para passar o tempo, jogar xadrez e falar de política. As mulheres tratam-se por alcunhas e cada uma tem o seu método. Há as que nunca metem conversa com os homens e esperam que eles as abordem, como Namsan, de 72 anos. Evita os diálogos porque já ouve mal, mesmo com aparelho no ouvido. Outras, como Masan, a mesma idade, lançam piropos e usa o sentido de humor para atrair clientes.
O programa começa com uma bebida energética e termina num motel das redondezas. O sexo pode custar entre 14 a 21 euros. Num dia de sorte, estas mulheres podem conseguir um cliente mas, na maior parte das vezes, não têm nenhum. «Quem é que vai querer mulheres tão velhas como nós? Só nos pegam porque somos baratas», admite Masan ao diário coreano Hankyoreh. Mesmo assim, ela é uma das mais populares, com mais clientes regulares. Estima-se que cerca de 400 avós sul-coreanas se prostituem atualmente. A polícia da cidade patrulha de vez em quando a zona de Jongmyo, mas acaba por não fazer nada porque está convencida que a questão não se resolve com medidas de coação. O problema não é apenas social, mas também de saúde pública: dentro dos sacos com as bebidas energéticas, estas mulheres também escondem seringas com uma substância semelhante ao Viagra, que ajuda os homens a ter ereções. A mesma seringa chega a ser usada 10 a 20 vezes, confirma a socióloga Lee Ho-Sun, que se tem dedicado ao estudo deste tema. Conscientes do perigo, as autoridades locais já estão a pensar em oferecer aula de educação sexual aos idosos.” na revista Sábado n.º 530.

13 Comments:

  • At 5:45 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    19.º post de 1984, mês de agosto. Como preâmbulo, mais uns dizeres de dois grandes da nação, o incontornável Passos Coelho e o gargalhada enlatada, Marco António Costa. Falam da saída limpa, e dessa porcaria que só empata bons governantes que se chama Lei e Constituição. Um facto é que todos já esqueceram que a última avaliação da troika nunca foi fechada, por sorte, já não foi preciso a última tranche da massa, e que a avaliação anterior esteve muito tremida, diz-se, por cauda do Banif, que Passos queria adiar para não prejudicar a sua vitória nas eleições. Cavaco, outro grande economista de renome mundial, até atribuiu o encerramento dessa avaliação a Nossa Senhora, citando a Maria dele.

    A frase no título é de uma sentença francesa de uma mulher que queria o esperma congelado do marido, entretanto falecido, para engravidar. A justiça deu-lhe o esperma, mas a biologia não lhe deu o filho. Também nesse mês uma história sobre o apartheid sul-africano, de uma mulata com um português, triste sina a dela, pois naquela altura não éramos grandes ainda, e não valia a pena meter-se na cama de um português. Nesse mês também são mudadas as leis para permitir a banca privada em Portugal, uma coisa tão boa que havia 20 bancos a querer entrar, foi aprovado a criação do BPI. Felizmente, neste negócio de lucro garantido no capitalismo subsidiado atual, há sempre lugar para mais um. Quantos mais bancos melhor, a economia só claudica, quando começam a abrir padarias em vez de bancos. Em agosto também, morreu Richard Burton.

    Um filme dos anos oitenta causa dificuldades de tradução em Espanha, e em Portugal por causa da palavra nerd. Não podemos traduzir, pois a sua tradução será caso de bullying e traumatismo psicológico das crianças. Não se chama totó ou palerma a uma criança, marca-a para toda a vida, e depois na vida política, quando chega a primeiro-ministro mentirá para que os outros gostem dele.

    Não fazia ideia que os Telectu tinham tantos discos, porém, Jorge lima Barreto era um dos maiores intelectuais portugueses.

    E finalizo na última nota. Que há empregos para a vida, apesar das modernas teorias do capitalismo subsidiado, não é só na igreja ou no parlamento, que pessoas avançadas na idade podem trabalhar, enquanto nas fábricas e nos serviços têm de ser chutadas fora para dar lugar aos mais novos.

     
  • At 1:56 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    d. a.:

    Espero que ontem tenhas assistido em tempo real, mesmo com olhos virtuais (na TV), o casamento do ano. Horas de Maya e uns panascas (que não sei o nome), no bom e culto comentário na CMTV (where else?) vertido sobre o evento histórico. Muito bem observou ela que a circunstância não tinha valet parking, thing muito fundamental nestas cerimónias que aparecem gajas bem vestidas e calçadas.

    Hoje compro o CM, e logo a matar Bruno de Carvalho: “O meu amor por ti cegou-me”. Temos mais um ceguinho, longe de mim sugerir que os cornos seguem dentro de momentos, porque o consorte tem aspeto de lhe partir, e bem, as fuças se ela olhar para o balneário.

     
  • At 5:16 da tarde, Blogger São said…

    Marco António Costa, Luis Montenegro, Miguel Relvas e Pedro Passos Coelho : eis os quatro Cavaleiros do Apocalipse... e por aqui me fico, pois causam-me espasmos de náuseas.

    Fica bem

     
  • At 9:57 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São:

    Com espanto ouvimos agora aqueles que tanto vociferaram contra o Estado, defendiam o Estado mínimo, que não era função do Estado imiscui-se em todas as coisas, que tudo devia ser privado… atualmente não ouvimos um membro CDS-PSD abrir a boca e não defender o Estado. Parece milagre. Até Passos fala em criar um fundo (já estava feito mas ele tem que dizer algo quando o vazio lhe ocupa a mente) para poupar às famílias de Pedrogão o calvário dos tribunais. Não é justo, diz ele, para quem tudo perdeu. Pena é que, no outro incêndio, em que muita gente perdeu tudo também, mas foi fogo que ardia sem se ver, ele não defendesse esta poupança das famílias aos tribunais, na altura, quando os tipos do BES iam falar com ele, dizia que não podia fazer nada, que isso era com os tribunais.

    Outra coisa que espanta também é a “boa herança”. Gaba-se Passos que o bom desempenho da economia se deve à boa herança que ele deixou ao Costa. É também pena que a boa herança lhe sirva para explicar as coisas boas e não expliquem as más. Pois claro, Assunção Cristas, a ministra, fez a reforma florestal, se ela arde, não se sabe porquê. Aguiar Branco, um ministro de excelência, deixou a tropa bem apetrechada, se desaparecem armas em Tancos não se sabe porquê.

     
  • At 1:31 da tarde, Blogger São said…

    Se me permites, assino por baixo as tuas palavras.

    A actual Direita portuguesa é um caldeirão de despudor, mentiras e hipocrisia!!

     
  • At 11:51 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São:

    Há dias Passos disse mais uma frase do ano: “Custa-nos ver altas figuras do estado dizerem aldrabices”. Como se aldrabão não fosse ele. Em determinada altura da sua “governação”, eu já me orientava pelo contrário, quando ele dizia uma coisa, eu esperava contrário e raramente falhou. Era uma coisa impressionante. No entanto, aquela trupe que se lhe gravitava faz falta, e deixa saudades Bruno Maçães, Pedro Lomba, que será feito destes jovens promissores? Poiares Maduro continua verde a pôr frases na boca do líder, mas os outros, eclipsaram-se quando tinham ainda tanto para dar.

    A direita portuguesa (até dá vontade de rir a expressão) só lamenta não estar no poleiro, o resto é para inglês ver. E viu-se agora com este debate da nação, se não tivesse sucedido Pedrogão e Tancos, - uma sorte ter sucedido para haver luta político-partidária, como diria o sábio Cavaco Silva -, se não tivessem sucedido, estaria Passos apenas a dizer que “as boas notícias” da economia seriam muito melhores com ele.

    Tanto Pedrogão como Tancos, pouco dependem de ministros. Se é possível acabar com os grandes incêndios, só não percebo por que razão não acabam na América ou na Austrália, talvez porque lá não existe “direita portuguesa” para acabar com eles.

    Mas o mais engraçado de tudo foi o “assalto” a Tancos. Só quem não conhece a tropa portuguesa é que embarca neste chorrilho de asneiras de jornalistas e especialistas em segurança. Em primeiro lugar, com certeza que aquilo era material a cair de podre. Em segundo, provavelmente os “desaparecimentos” foram sucedendo ao longo do tempo, e agora é que foram topados. Conhecia, em tempos, muita gente na tropa, quando iam lá a casa, escapados do quartel pela surra, costumavam-me dar material para decoração, cheguei a ter balas, roupas, e até um granada. Se calhar, só agora é que deram por falta daquilo, já foi há bastantes anos.

    Ver Telmo Correia avermelhado com a vergonha que era para os avoengos o “roubo”, foi a coisa mais hilariante da semana. Aquela lista do material “roubado” que apareceu no jornal espanhol, também duvido que esteja certa, acreditar em jornais só para quem não tem nada que fazer. Hoje fui comprar jornal Sol só por causa da “notícia”: “Empresa reage a críticas do primeiro-ministro com anúncio da compra da TVI e Rádio Comercial”, referindo-se à Altice, como se o negócio de compra não decorresse há muito tempo. Como se fossem a correr comprar depois do que disse Costa no parlamento. Como se um coisa tivesse a ver com a outra. Isto é que é fazer do ar “notícia”. A indústria do jornalismo ficou definida na luta entre Hearst e Pulitzer, a sua função é produzir notícias, como as padarias produzem pão. E o exemplo mais conhecido é o Caso Watergate, em que dois otários do Washington Post foram escolhidos para criarem o caminho para a destituição de Nixon. Nixon era perigoso, (ainda falam do Trump), se não fosse o Kissinger segurar as pontas muita coisa teria corrido mal naquela altura, era preciso correr com ele.

     
  • At 12:55 da tarde, Blogger São said…

    Meu caro, estou - como não? - em acordo total contigo.

    E nem quero pensar que muitos destes incêndios que por aí andam, sejam encomendados...

    Não temos esses promissores jovens , mas temos André Ventura, apoiado pelo PSD para Loures.

    Sei que a etnia cigana não é fácil, mas não generalizemos.

    Compreendo a dificuldade de trabalhar na Cova da Moura, mas não entremos em métodos indesejáveis.

    Entretanto os Senhores do Mundo continuam brincando com o planeta e as populações exercem a sua cidadania nos futebóis , nas telenovelas e afins...

    Enfim...uma triste visão a deste nosso mundo.

    Fica bem

     
  • At 11:11 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Finalmente, um acontecimento:

    https://www.youtube.com/watch?v=GtmjVlQjNTI

     
  • At 9:35 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    São:

    André Ventura deve ser doido ao meter-se com a ciganada, se ele pensa andar em campanha pelas ruas, não foi muito inteligente dizer o que disse, não são mentiras nenhumas, mas é melhor calar para não ficar com nódoas negras (ou pior) no corpo. O que teve graça foi o coro de boas almas que se levantaram. Que é discriminação, estigmatização e mais as patetices do costume. O problema é as boas almas viverem em bairros ricos, em casas caras e nunca viram um cigano. Só conhecem de ter lido “Os cinco e a ciganita” em criança ou viram alguns filmes de James Bond. O cigano, por muito amiguinho que seja, tem sempre uma segunda intenção, não sou eu que vou convidar um cigano para passar o Natal em casa, convido sempre as boas almas que o façam.

    Que os ciganos vivem de subsídios, diz o Ventura? Não é mentira nenhuma. Conheci alguns que em subsídios recebiam muito mais do que eu ganhava, e eu tinha que me levantar às seis da manhã para ir trabalhar. E qualquer assistente social sabe que não lhos pode negar ou arrisca-se a levar uns tabefes até reconsiderar. Que os ciganos não pagam nos transportes públicos, diz o Ventura? Qualquer pessoa sabe que isso é verdade. Há dias eu estava na paragem, estavam uns putos ciganos, eu sabia que eles não iam pagar, o motorista sabia que eles não iam pagar nada. Disse alguma coisa? Claro que não. Ele sabe perfeitamente que no dia seguinte teria uma espera de um grupo de familiares, e não serão as boas almas que lhe iriam defender. Sempre gostava de ver uma boa alma, num autocarro, fazer notar a um cigano que não pagou bilhete, dava tudo para ver, deve ser de morrer a rir vê-lo levar pancada, e se ele pensa que algum branco se vai meter para o ajudar, pode ir esperando sentado.

    O gajo do Bloco que concorre contra o Ventura, um tal Fabian Figueiredo, não teve mais nada a dizer que o habitual chorrilho de lugares comuns e clichés. Disse ele: “Pedro Passos Coelho tem de dizer ao país, se o PSD, o seu partido, que se identifica com o centro direita, passou a identificar-se com candidaturas e candidatos que se enquadram, sem alguma dúvida, no campo da extrema-direita, onde também caem Marine le Pen, Donald Trump e Nigel Farage.” Enfim, é a luta político-partidária que, como povo, conseguimos fazer.

    Ainda se fala de estereótipos, mas nós somos todos estereótipos. Há aquilo que se conta como anedota: quando um branco dá um rebuçado a um puto cigano. E o pai dele diz: o que é que se diz ao senhor? E o puto responde: dá-me outro. Pois não é anedota nenhuma. É mesmo assim. Em tempos, foi uma cigana à minha casa e levou três sobrinhos, duas miúdas e um miúdo, eu, como tinha vários brinquedos, de vidas passadas, quando alguém aparecia com um puto, costumava dar um. Assim fiz com os ciganos. O que eu fui fazer. Dá-me este, dá-me aquele outro, dá-me, dá-me, tive que atirar o saco para a despensa e trancar a porta. Levaram quase tudo. E com certeza, como aquilo são coisas que estão fora da sua cultura, no dia seguinte, se calhar estavam no lixo. Era só aquela ganância de ter.

    Os tipos da Cova da Moura devem pensar que aquilo dos polícias vai a tribunal, tenho as minhas dúvidas, e muito menos que ganhem algo se for a julgamento.

     
  • At 9:39 da manhã, Blogger Táxi Pluvioso said…

    d. a.:

    Fogo, o Paco Bandeira mata mulheres, e também mata CDs? Está imparável.

    Que e feito de ti? Pensei que tivesses sido apanhado nas viagens da Galp para ir ver bola em França, se calhar com um tour pela Sorbonne para ver os filósofos que restam (se restarem alguns). Terça-feira tenho que ir à médica saber qual é a minha sentença, veremos se ela faz algum prognóstico, ou vai esperar pelo fim do jogo.

    Acabei de me inscrever no AMCclub, pensava que ganhava logo t-shirts, crucifixos e things like isso, da série Preacher, mas afinal parece que não é automático, em concursos perco sempre. Também estou inscrito (outra vez) no blogue do ano. Serei roubado do almejado prémio, como sempre sucede àqueles que têm integridade e temas muito queridos que os põem em cima da mesa.

    Os oitentas.

    Ainda se lhe aproveita o bigode.

    Vou abster-me de fazer piada fácil.

    Com Lenine aos pés.

     
  • At 8:33 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    O Dalí continua a dar cartas.

    Pá. A sentença tem de ser boa, o gato precisa de staff, o mundo não precisa de filósofos mas o gato precisa. Mas se a sentença for má também não é mau, já que só a morte é a cura de todas as sentenças.

    Pelos menos as mulheres têm fantasias, eu já só fantasio com dinheiro, literalmente (não a equação dinheiro = merda); não para comprar coisas mas para poder mandar à merda.

    Essa do Lenine deve ser a fantasia da mortagua.

    Tentei um casting para a telenovela da tvi que andam a filmar por aqui, mas não me aceitaram, nem como figurante.

    A ultima série que vi foi o Dempsey e Makeoeace e a última novela o Roque Santeiro.

     
  • At 2:06 da tarde, Blogger Táxi Pluvioso said…

    d. a.:

    A vida em sede de saúde tem saído meio trocada. Na segunda levo a gata ao médico, não lhe detetou nada de maior e veio para casa com um tratamento constipal. Na terça vou eu ao médico, não necessariamente ao mesmo. Chego às 06h30 e não consigo consulta. Volto na quarta, às 05h30 e já consigo um lugar em frente da médica, que me despacha com mais análises e a mesma conversa. Para a próxima tenho mesmo que insistir para uma ida a um especialista, ou não verei o julgamento do Sócrates.

    Nem de propósito, falas em dinheiro e o Público traz um brilhante artigo provando, penso eu, que o dinheiro traz felicidade. Uma grande novidade.

    Nunca mais ouvi falar nas esganiçadas Mortágua. Bom, li uma coisa da Joana, sobre a Cova da Moura, you know, quando há bacamarte de preto elas salivam logo.

    Epá, entrar numa telenovela da TVI é melhor que ganhar o almejado prémio de melhor blogue do ano.

    Também não perdi Dempsey e Makepeace e o Roque Santeiro, eram os oitentas. A Makepeace era bem gira, o que é raro numa inglesa. Agora não se pode dizer gira. É insultuoso para com a mulher, é crime, assédio estético, nem sei como se diz na nova língua respeitadora.

    O PSD fez o seu melhor movimento: escolheu Hugo Soares para líder. Não consigo parar de rir quando o ouço falar. E aquela boca pede tanto pichota que mete dó. Tenho que ligar a TV, ele disse mais umas coisas e tenho que apontar, sobre os incêndios. Vou fazer a piada fácil de que, a Assunção quer que o número de mortos chegue aos 69, e Hugo Soares também.

    E por falar em putas.

    Ainda no mesmo tema.

    O que ouvi este álbum.


    Outra muito famosa nos oitentas.

     
  • At 9:49 da manhã, Anonymous Anónimo said…

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