Ou
pagam o resgate ainda esta noite ou ele morre. Não digam nada à polícia para
vosso bem. Voltaremos a ligar para dar mais instruções (tl;dr)
A atrapalhação diante da realidade, nunca atrapalhou
políticos calçudos, nêsperas em pé muito faladoras, moinhos a braços com o
espavento, centros de decisão nacional, rapadores do fundo ao tacho. Como
demonstrou um pinto que pôs ovo, o doutor Passos Coelho: “Se não tomarmos as medidas que são necessárias, se não
escolhermos o melhor caminho e que, se se tornar inevitável a ajuda externa,
que ela será bem-vinda, e que não vale a pena diabolizar a possibilidade
de acudirmos a quem nos possa ajudar se outros mecanismos falharem. E,
portanto, a política do nada dizer às pessoas, de acenar ao país com cenários
tremendistas, em que os mercados colapsam e a vida não é possível, é preciso
que os portugueses saibam que esses cenários são completamente irrealistas,
isso não significa que não devam ser evitados.” (outubro 2010). E confirmou um
galo de crista laranja que canta de galo, o professor doutor Cavaco Silva: “Segundo
o presidente Ramos Horta me explicou várias vezes, existe um fundo do petróleo,
onde estão reservas para o futuro de Timor, relativamente às concessões que
foram feitas, e estão a ser feitas muitas aplicações, por parte desse fundo, penso
que muitos nos Estados Unidos. Não me choca que pudessem fazer aplicações na
Europa e também aquisições na… em Portugal, isso não significa que Portugal
esteja de mão estendida.” (novembro 2010).
1984.
Agosto. “A partir de 9 de agosto o aborto será parcialmente legalizado em Portugal,
nos termos da Lei 6/84 aprovada na Assembleia da República a 11 de fevereiro e
hoje publicada no Diário da República. Este é o culminar de um longo processo
de reivindicação iniciado logo após o 25 de abril de 1974, e que viria a ter em
1979, pela iniciativa de um governo presidido por Mota Pinto, a primeira
tentativa para a legalização da interrupção voluntária da gravidez. Pelas 5
horas da madrugada do dia 12 de novembro, por votação nominal, 127 votos da AD
e da ASDI venciam 105 deputados e recusavam aprovar o Projeto Lei de
Legalização do Aborto apresentado pelo PCP. Apesar de, como anunciava o
Expresso em 20 de fevereiro de 1982, 71 % dos inquiridos numa sondagem
promovida por aquele semanário admitirem a legalização da interrupção
voluntária da gravidez. Apesar de, à exceção de dois deputados médicos,
Oliveira Dias, do CDS e presidente da AR, que anteriormente se tinha
aconselhado com o cardeal patriarca sobre a admissão do projeto, e de Carlos
Macedo, todos os outros clínicos com assento nas bancadas parlamentares terem
votado a favor. (…). Com a nova Assembleia resultante das eleições de abril de
1983, o centro político mudava e depois de acalorados debates parlamentares e
de pressões várias sobre os deputados, era aprovado a 14 de fevereiro de 1984
um projeto lei do PS. Dez dias depois, o presidente da República, a quem
incumbia promulgar o diploma, solicitava ao Tribunal Constitucional a
fiscalização preventiva da constitucionalidade. A 19 de março, por 8 votos
contra 5, o Tribunal Constitucional dava luz verde. A 12 de abril, numa atitude
inesperada para a maioria dos observadores, o general Ramalho Eanes sugere aos
partidos políticos um referendo sobre a matéria, o que, no entanto, foi
recusado [1]. Enquanto isto, a hierarquia da
igreja católica multiplicava os seus ataques, considerando o diploma «inócuo» e
avolumando a expetativa em torno da decisão presidencial. Finalmente, a 23 de
abril, o presidente da República, em discurso ao país, anuncia a sua decisão de
promulgar a lei. (…). Portugal juntava-se, assim, à maioria dos países
europeus, à exceção da Bélgica e da Irlanda, onde a prática do aborto é ainda
totalmente penalizada. A interrupção voluntária da gravidez passa a ser
despenalizada em quatro casos: quando constitua o único meio de remover o
perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo, saúde física ou
psíquica da mulher grávida, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de
gravidez. São também causas da exclusão de ilicitude, quando hajam motivos
seguros para prever que o nascituro venha a sofrer, de forma incurável, de
grave doença ou malformação, e seja realizado nas primeiras 16 semanas de
gravidez, e quando haja sérios indícios de que a gravidez resultou da violação
da mulher, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez.”
Quinta-feira,
9 de agosto “a Juventude Centrista anunciou que vai exigir a aprovação de uma
lei que regulamente a objeção de consciência dos médicos e do pessoal de
enfermagem. Esta posição da Juventude Centrista consta de um documento em que a
JC diz que hoje passa a ser «uma data triste para a democracia portuguesa»,
acrescentado que não foram criadas «nem consta virem a sê-lo tão cedo, as
infraestruturas hospitalares que permitam a aplicação da lei» [2]. Com a entrada hoje em vigor desta lei,
despenalizando parcialmente o aborto em Portugal, culmina assim um longo
processo de reivindicações iniciado após 25 de abril, mas com antecedentes.
(…). Em 1967, Eduardo Correia apresenta a segunda proposta de despenalização do
aborto terapêutico, também sem resultado. Em 1979, o mesmo jurista, Eduardo
Correia, ministro de Mota Pinto, apresenta no Parlamento uma proposta de lei
alterando o Código Penal e a despenalização do aborto. (…). Esta proposta não
seria aceite, pois os deputados consideraram que o governo de Mota Pinto, já
então demitido e em mera gestão, não tinha poderes para apresentar propostas de
lei à Assembleia da República. No ano seguinte coube à UDP a tarefa de ser o
primeiro partido a apresentar um projeto de lei despenalizando o aborto. Mas
nunca chegou a agendá-lo, pelo que nunca foi discutido. (…). Foi preciso
esperar por fevereiro de 1982 para desse entrada na Assembleia o segundo
projeto lei, desta vez apresentado por Zita Seabra, do PCP. Desde então a
despenalização da interrupção voluntária da gravidez foi sete vezes discutida
no Parlamento, depois de ter sido o projeto comunista renovado na legislatura
passada (rejeitado na anterior). Até que em janeiro deste ano deu entrada no
hemiciclo o terceiro projeto da autoria do PS.” [3]
Terça-feira,
7 de agosto “a Ordem dos Médicos lembrou «a todos os colegas» que poderão
invocar a objeção de consciência para não procederem a interrupções voluntárias
de gravidez, nos termos da lei aprovada em Assembleia da República e que na
próxima quinta-feira entra em vigor. Um comunicado subscrito por António Gentil
Martins considera, ainda, que os serviços hospitalares não estão «minimamente
preparados» para uma «apreciação técnica rigorosa quanto à verificação dos
pressupostos ou requisitos legalmente tipificados» para a interrupção
voluntária de gravidez. A falta de regulamentação, adianta a Ordem dos Médicos
em comunicado, conduz à «inexequibilidade prática» da lei de exclusão de
ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária de gravidez. A Ordem dos
Médicos lembra também «as graves implicações jurídicas que sobre eles recairão
se procederem a qualquer interrupção voluntária de gravidez sem se encontrarem
rigorosamente preenchidos e analisados os requisitos de que depende a sua
ilicitude». (…). A Ordem dos Médicos considera, também, que «em circunstância
alguma deverá o ato praticado ao abrigo da lei ser, direta ou indiretamente,
remunerado ao médico».” [4]
Quarta-feira,
8 de agosto “uma enfermeira da maternidade do hospital Egas Moniz, em Lisboa,
foi assassinada esta quarta-feira à tarde, em Monsanto, por um casal de
afilhados de casamento que, após o crime consumado, tentaram obter do marido da
vítima um resgate de três mil contos. O corpo de Maria do Carmo Henriques, de
57 anos, natural Angola, que residia em S. Domingos de Benfica, foi lançado,
cerca das 22 horas de hoje, no rio Tejo, na zona do cais da Rocha Conde de
Óbidos, envolto num cobertor e com um ferro à cintura. Os dois criminosos,
Pedro Infante, estudante, e Gertrudes Infante, professora de matemática na
escola secundária de Oeiras, ambos de 30 anos, foram detidos ao princípio da
tarde de sábado respetivamente na rua 1.º de dezembro em plena baixa, após
acidentada perseguição, e em S. Domingos de Benfica, nas imediações da casa da
vítima, que residia com o marido, Dr. Manuel dos Santos Chumbo Henriques,
cirurgião dentário. Pedro Infante e a mulher, casados há meses, foram esperar
Maria do Carmo à porta do hospital Egas Moniz, na rua da Junqueira, e
levaram-na de carro para Monsanto, onde o primeiro desfechou um tiro de pistola
na cabeça daquela que, sendo sua prima, foi igualmente sua mãe, pois criara-o
desde tenra idade. Depois aguardaram o anoitecer e dirigiram-se para o rio Tejo
onde lançaram o corpo à água. Consumado o crime, Pedro e Gertrudes, contactaram
o Dr. Manuel Henriques, dizendo ter raptado a sua mulher e exigindo-lhe um
resgate de três mil contos. Como prova de que tinha Maria do Carmo em seu poder
mandaram-lhe mais tarde a prótese do peito da malograda enfermeira, a qual
tinha sofrido há meses amputação de um dos peitos.”
Quinta-feira,
16 de agosto “Rui de Almeida, um nome que ultimamente começava a ter um certo
peso nos meios financeiros da linha do Estoril como industrial em «franca
expansão» foi detido pela PSP, e já entregue à Polícia Judiciária, acusado de
ter sido o «cérebro» do rapto de um seu «amigo», João Manuel de Azevedo e
Silva, a quem pretendia exigir um resgate de 30 mil contos. Nascido em Angola,
e chegado a Portugal há cerca de dois anos, após ter fugido da África do Sul devido
a problemas com uma firma de importação que geria com o seu pai, Rui de Almeida
apareceu na noite passada em casa da vítima, dizendo à mulher deste que estava
preocupado pois o seu marido faltara a um encontro que tinha marcado com ele.
Momentos depois alguém telefonou e uma voz masculina anunciou do outro lado do
fio: «Temos o seu marido como refém. Queremos 30 mil contos de resgate para o
libertar». Face ao natural nervosismo da senhora, Rui de Almeida perguntou o
que se passava e ao ser informado pediu para ser ele a falar com o porta-voz
dos raptores, os quais lhe teriam dito: «Ou pagam o resgate ainda esta noite ou
ele morre. Não digam nada à polícia para vosso bem. Voltaremos a ligar para dar
mais instruções». Só que ao contrário do que Rui de Almeida pensava a senhora
não tinha dinheiro em casa e os seus planos (ele era o cérebro» dos
sequestradores) foram por água abaixo. O que se passou seguir, é uma história
densa, com contornos ainda pouco definidos, mas o que se sabe de concreto é que
o raptado foi libertado perto de Mira-Sintra e Rui de Almeida recolheu aos
calabouços da Polícia Judiciária em Lisboa. Soube-se ainda que na luxuosa
moradia pomposamente batizada de «Falcon Crest», que Rui de Almeida possuía em
Cascais, foram encontrados e apreendidos um Mercedes 280-CE (apetrechado com
garrafeira, ar condicionado, sistema automático para descapotável, rádio leitor
de cassetes), um tambor de revólver, mais balas de calibre 38 perfuradas, e
ainda três caixas de munições. Finalmente, no escritório da sapataria que Rui
de Almeida comprara naquela vila foi finalmente encontrado um revólver de
calibre 357 Magnum. Entretanto, a Policia Judiciária procura localizar os dois
cúmplices de Rui de Almeida, identificados simplesmente por Ernesto e Mário.”
Sexta-feira,
17 de agosto “a partir das 22 horas, Stevie Wonder e os seus músicos encherão
de som o estádio do Restelo, no concerto a que a crítica atribui desde já o
título de «concerto do ano». Num palco especialmente construído para o efeito,
e cuja construção ocupou durante uma semana técnicos franceses, Stevie Wonder
apresentará o seu mais recente álbum que virá a ser editado entre nós no
próximo ano. Prevendo uma grande afluência de público, a organização decidiu
abrir as portas pelas 20 horas para que, bem instalados, sem empurrões e
atropelos, os fãs do cantor negro da Motown e os curiosos possam assistir ao
primeiro espetáculo de Stevie Wonder em Portugal.” Sábado, 18 de agosto “pouca
gente no Restelo, bilhetes bem caros [venda antecipada, 1300$00, dia do
espetáculo 1500$00], ventania a fazer voar placas de zinco instaladas para o
espetáculo, concerto começado já depois das 22h30. A vinda de Stevie Wonder,
monstro sagrado da música americana, a Lisboa, não terá sido um êxito espetacular,
mas não por demérito do artista que continua em grande forma, e que o proveito
justifica, no seu caso, a fama. O facto de a data escolhida para o seu concerto
entre nós ter sido o meio de agosto, o preço das entradas e o desconforto do
local – um estádio – visto não existir ainda uma grande sala de espetáculos
apropriada a estras atuações, terá contribuído para a modéstia da «festa»
anunciada para ontem à noite.” [5]
Sábado,
18 de agosto “na primeira bem-sucedida evasão dos calabouços anexos à sede da
Polícia Judiciária, quatro reclusos alcançaram a liberdade esta madrugada cerca
das 5 horas. Depois do corte das grades da sala onde se encontravam
encarcerados, iludindo os guardas da PSP que exercem a vigilância no exterior e
zonas vulneráveis do interior, os quatro detidos conseguiram alcançar a rua do
lado da Escola de Medicina Veterinária e desaparecer. Só meia hora depois,
quando a ronda dos guardas prisionais que se efetua de hora a hora voltou
àquele setor, foi dado pela falta dos presos: António Domingos Raposo, de 31
anos, natural do Socorro-Lisboa; João Manuel Oliveira Inácio, de 23 anos,
natural de S. Sebastião da Pedreira-Lisboa; Joaquim Miguel dos Prazeres Tavares
da Silva, de 25 anos, de Oliveira de Azeméis e José Joaquim Ribeiro de Sousa Oliveira,
de 37 anos, natura de Portuzelo-Oliveira de Azeméis. Os três primeiros têm
antecedentes criminais como autores de furtos qualificados, designadamente por
arrombamento em estabelecimentos comerciais e encontram-se a aguardar a
conclusão da instrução processual respeitantes a novas infrações de que estão
indiciados. O quarto fugitivo é coautor do assalto à mão armada cometido há
dias conjuntamente com um cidadão espanhol de apelido Ruano, no Banco Pinto
& Sotto Mayor de Cascais. Na oportunidade a sorte não estaria com eles e
viriam a ser presos poucas horas depois na casa onde veraneavam em Almoçageme,
concelho de Sintra. Os 2600 contos de valores, as pistolas Walther e Star, bem
como a caçadeira de coronha e canos serrados foram-lhes apreendidos.”
Segunda-feira,
20 de agosto “um dos quatro reclusos que se evadiu, sábado, do edifício da
Polícia Judiciária, em Lisboa, já se entregou às autoridades. Trata-se de
Joaquim Miguel dos Prazeres Tavares da Silva, de 25 anos, acusado de diversos
assaltos a estabelecimentos comerciais que, conjuntamente, com outros três
reclusos fugira da área prisional da PJ, na Gomes Freire, depois de ter serrado
as grades da cela. Tavares da Silva entregou-se no domingo de manhã ao piquete
da Polícia Judiciária, ou seja, cerca de trinta horas depois da evasão.”
Sexta-feira,
31 de agosto “estreia simultânea, hoje, em três cinemas de Lisboa, [Alfa sala 1, Berna e
Mundial], dois do Porto, e também em Coimbra, Setúbal, Évora e no Funchal: é o
maior caça-níqueis cinematográficos do ano, estando a ultrapassar os recordes
de bilheteira de «E.T.» e de «Guerra das estrelas». Trata-se de «Indiana Jones e o templo perdido», da dupla
Steven Spielberg / George Lucas (respetivamente realizador e produtor).
Inacreditável montagem de emoções, cocktail de bom humor e de violência que é
incontestavelmente o herdeiro da mais eficaz tradição das narrativas de
aventuras, o filme vai apaziguar a angústia de um punhado de exibidores que
lutam contra o esvaziamento das salas. A bomba cinematográfica do ano (estreia
simultaneamente em 1700 salas nos EUA, em 250 em França, etc…) acaba de
explodir em Portugal: é «Indiana Jones e o templo perdido», de Steven
Spielberg, que esta noite se estreia em Lisboa. Ele é melhor ou pior que o seu
antecessor? Eis a questão que toda a gente discute. «O efeito de surpresa é
menor agora», dizem uns. «Mas tem mais ação», dizem outros. Questões de
pormenor. Nas salas ouvem-se «ohs» e «ahs», há quem ria com franqueza, quem se
agarre à cadeira. Gags em cascata, cascatas em cascata, a aventura tem este mês
um nome, Indiana, e um rosto: o de Harrison Ford. (…). Os números falam por si,
embora, por si sós, eles não queiram, hoje, dizer grande coisa. Desde a sua
estreia nos EUA «Indiana Jones» pulverizou todos os recordes de receitas
conhecidos: 9,3 milhões de dólares no primeiro dia, 42.267.125 dólares sete
dias depois (o recorde precedente era detido por «O regresso de Jedi»,
41.131.759 dólares), treze milhões de espetadores, bichas durante três dias
diante dos cinemas. A canção é conhecida: estreado em maio, 21, ele está neste
momento no terceiro lugar absoluto depois de «E.T.» e de «A guerra das
estrelas», com 150 milhões de dólares. (…). A este turbilhão de algarismos que
faz tonturas, sem mesmo ter em conta o dos direitos anexos (merchandising),
ainda mais importantes, podem juntar-se os dos décors de «Indiana Jones»: 250
técnicos, 9000 metros de cordas, 230 000 meros de madeiras, 250 toneladas
de gesso, 30 toneladas de cimento, 500 blocos de poliestireno, mil grosas de
metal expandido, 12 000 litros de tinta e de líquidos de polimento, tudo
isto englobado num orçamento global de produção relativamente modesta (27
milhões de dólares, 4 milhões e 50 mil contos), imediatamente rentabilizado.
Fiel à sua tradição de rapidez, Spielberg acabou as filmagens três dias antes
da data prevista. Todo o êxito recai sobre a personagem, Indy para os íntimos,
Dr. Jones para os inimigos, perfil para todos os públicos e herói em todas as categorias,
ele consegue a unanimidade das gerações confundidas. É um Super-Homem sem
poderes, um James Bond sem gadgets. Um Tintin sem Milou… Numa palavra: um
homem, que diabo, um genuíno. A barba de três dias e o penteado sabiamente
desfeito, macho irresistível e sedutor de grande coração, ele sabe, ainda por
cima, reconhecer o bem e o mal e situar-se do bom lado das coisas. Ele suscita
a identificação, com o seu ar valoroso e determinado, o olhar franco e o porte
nobre, e o seu sorriso que basta para perturbar as senhoras. (…). Há no «Templo
perdido» bons e maus, caricaturas diretamente saídas de uma banda desenhada
cujos balões dizem «Waam!» e «Ouch!». Do lado dos maus há os adoradores de uma
seita satânica que roubaram a pedra mágica e raptaram as crianças de uma aldeia
indiana para as reduzir à escravatura. Do lado dos bons estão Indiana Jones e o
seu chicote, secundados por Short Round, um miúdo de doze anos, desenrascado e
combativo (Ke Huy Quan é excecional) e uma cantora de cabaret (Kate Capshaw, que
não vale a Karen Allen dos «Salteadores»), uma chata de primeira cuja presença
nos vale algumas cenas de sedução particularmente cómicas.” [6]
____________________
[1] O primeiro referendo sobre o aborto, desta vez em geral e
não para situações específicas, realizou-se em 1998. “Desde 1980 que se
discutia no Parlamento a despenalização da interrupção voluntária de gravidez
(IVG). Em 1995, com apenas 23 anos, Sérgio Sousa Pinto, então líder da JS, foi
eleito deputado pelo PS e decidiu empunhar essa bandeira. Para surpresa sua,
viu o caminho barrado por um líder socialista católico, Guterres,
que congeminou com o então líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa,
um referendo no qual o «não» venceu (1998) *.
Uma batalha que lhe deixou marcas para a vida e que só venceria em 2007, passam
agora dez anos, no segundo referendo. (…). [Pergunta]: Há dez anos, a
despenalização da IVG nasceu de um segundo referendo. Todo esse processo
nascera dez anos antes da objeção à despenalização por via unicamente
parlamentar, objeção que teve dois protagonistas, um hoje secretário-geral da
ONU, António Guterres, e outro hoje Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa. Como é que nesse combate foi a sua relação com o PS, desde o primeiro
chumbo no primeiro referendo à vitória no segundo? [Resposta]: «Foi uma relação
penosa mas também exaltante. Exaltante porque foi inequívoco o apoio que o
partido deu [à despenalização]. O partido era a favor. Não havia vozes
significativas, que eu me lembre, contrárias. E foi penoso porque o secretário-geral
do PS, e primeiro-ministro, António Guterres, era contra e contribuiu
negativamente para o resultado desse referendo, que postergou inutilmente por
dez anos o sofrimento das mulheres. Das mulheres e dos homens, mas sobretudo
das mulheres». (…). [Pergunta]: Como deputado, protagonizou a defesa da
despenalização do aborto ainda muito jovem. Percebeu que se calhar a política
não era aquilo com que tinha sonhado? [Resposta]: «Lembro-me, no primeiro
referendo da IVG, de estar em casa e ver a enorme mobilização não só dos
partidos da direita como também de muitas instituições ligadas à Igreja e até
de grandes instituições bancárias, ‘que financiaram o processo. A dada altura
senti: ‘Isto é uma fixação minha, eu não tenho direito de arrastar o país para
esta situação, não represento um ponto de vista suficientemente significativo.’
A posição débil e frouxa do PS deixou-me numa situação de isolamento tal que a certa
altura já me perguntava: ‘Para que é que arrastei o país para isto?’ Vivi todo
esse combate com grande dramatismo. O grau de violência e crispação foi
suficientemente grande para eu ser obrigado, a conselho da polícia, a sair de
minha casa e refugiar-me na casa de um amigo, Rocha Andrade [hoje secretário de
Estado dos Assuntos Fiscais]».” no Diário de Notícias n.º 53 988.
–
* Nesta
campanha de 1998 participou a irmã Lúcia, dizia a santinha, rememorando o seu mariano
tempo de mulheres de pernas fechadas: “Em 1917 nem sequer havia cá disso.”
[2] Passos Coelho, um político antirreformista, na última vez
que vestiu o casaco de primeiro-ministro, também dificultou o aborto, em 2015. “Foi
sob gritos de «vergonha» que o Parlamento fechou a legislatura. As alterações
ao regime da interrupção voluntária da gravidez (IVG) foram o único assunto que
aqueceu - na verdade, pôs a ferver - o plenário na maratona de quase cinco
horas de votações. A direita aprovou a criação de taxas moderadoras para as
mulheres que recorrem à IVG e a obrigatoriedade de frequentar consultas de
aconselhamento psicológico e social, onde passam a ter de estar os médicos
objetores de consciência - que até agora estavam afastados. A oposição gritou
quanto pôde. (…). A oposição levantou mais a voz para dizer «vergonha» e alguns
deputados do PSD e do CDS levantaram-se de dedo em riste, ralhando às bancadas
da esquerda e pedindo a intervenção e Assunção Esteves. Mas a presidente
limitou-se a pedir calma: «Fomos eleitos para sermos livres de seguirmos as
nossas opiniões. Pedia serenidade, estamos em votações e temos casos sempre
mais emocionais do que outros». (…). Numa intervenção aplaudida pelas bancadas
do PS, PCP e BE e sob protestos do PSD e CDS, a socialista Isabel Moreira subiu
à tribuna para chamar «medíocre» ao legislador, que está «imbuído de maldade
pura» e a fazer «terrorismo psicológico sobre a mulher», e acusar a direita de
fazer «tábua rasa da realidade ouvida» nas audições em comissão de assuntos
constitucionais. (…). «Tenho pena que a última sessão desta legislatura seja
usada para espezinhar as mulheres portuguesas», defendeu Heloísa Apolónia, de Os
Verdes enquanto as bancadas do PSD e do CDS batiam com os pés - Assunção
Esteves nada fez. (…). A direita optou pelo tom professoral. Teresa Anjinho
(CDS) defendeu que as alterações à IVG não são sobre a matéria sujeita a
referendo, mas sobre taxas moderadoras, objeção de consciência e acompanhamento
- que a esquerda também aprovou há alguns anos, lembrou. «Não vale a pena
gritar, não vale a pena exagerar e não vale a pena desinformar», provocou a
deputada. «Limita-se a proteger a equidade no SNS e a dar mais apoio às
mulheres que recorrem à IVG». A «melhoria das condições em que a mulher irá
tomar uma decisão tão difícil na sua vida», foi o argumento também explorado
por Carlos Abreu Amorim.” no jornal Público n.º 9230.
[3] Cavaco Silva, na sua obra “Quinta-feira e outros dias”,
avalia um socialista. «Nas relações com a presidência da República, o ministro
Santos Silva revelou, de facto, uma atitude inteiramente correta», escreve
Cavaco Silva sobre o homem que está hoje à frente dos Negócios Estrangeiros. No
entanto, há uma revelação de Cavaco Silva que pode surpreender os seguidores da
carreira política de Santos Silva. (…). Cavaco conta que José Sócrates o
descrevia como «um dos ministros mais conservadores do governo, profundamente
católico, contra o aborto, mas sempre solidário com o governo».” no jornal Sol
n.º 547.
[4] “A 11 de fevereiro de 2007, os portugueses votaram a
despenalização do aborto no segundo referendo da história do país. Desde então,
foram feitos 160 mil abortos legais por opção da mulher. Mas continua a haver
casos na Justiça. Passam-se este sábado [11 de fevereiro de 2017] dez anos do
referendo que deu a vitória ao sim pela despenalização do aborto por opção da
mulher. A abstenção elevada, de 54,4 %, obrigou o Parlamento a votar a lei que
viria a permitir a interrupção da gravidez até às dez semanas de gestação.
Desde então, foram feitos 160 mil abortos «legais» nestas condições e o número
até tem estado a baixar. Em 2015, último ano com dados disponíveis, registaram-se
15 873 interrupções da gravidez até às dez semanas, uma diminuição de 1,9 %
face ao ano anterior. Foi em 2011 que se registou o recorde: 19 921 abortos por
opção da mulher nos hospitais públicos e clínicas privadas do país. Antes da
despenalização, as estimativas da Organização Mundial da Saúde apontavam para
20 mil abortos clandestinos todos os anos. A lei, que a partir de 1984 permitia
o aborto apenas quando havia risco de vida para a mãe, malformações do feto ou
violação, determinava prisão até três anos. Dados fornecidos ao SOL pelo ministério
da Justiça revelam que, entre 1997 e 2006, foram registados 312 crimes e 33
condenações por aborto ilegal. O caso mais mediático aconteceu na Maia, em
2001, quando uma enfermeira foi condenada por mais de cem abortos ilegais. Das
17 mulheres levadas a julgamento, apenas duas - as únicas que falaram em
tribunal - foram condenadas.” no jornal Sol n.º 546.
[5] A sua cantigueta delicodoce, “I Just
Called To Say I Love You”, foi o single
mais vendido em Portugal em 1984. Marco Paulo cantou a versão macha: “Só falei para te dizer que
te amo”.
[6] «Se não
tivesse sido realizador de cinema, tinha sido compositor ou fabricante de
brinquedos», afirmou Steven Spielberg em conferência de imprensa realizada em
Londres, a propósito da estreia europeia de «Indiana Jones e o templo perdido».
Steven Spielberg qualificou este seu trabalho afirmando que «quando um
espetador sai da sala eu sei que fui longe de mais e com Indiana Jones eu sei
que isso não acontece. Este filme é uma fantasia, uma brincadeira com
imaginação». Ao comentar o facto de muita gente o considerar o filho espiritual
de Walt Disney, o realizador considerou que isso «é um grande cumprimento, mas
outros realizadores como Francis Ford Coppola e George Lucas também o são,
sobretudo pelo amor que têm pelas grandes audiências e pelas crianças».
Spielberg revelou estar inscrito no programa espacial da NASA para ser um dos
civis a poder participar no voo do space
shuttle. Quanto à comercialização que
é feita à volta os seus filmes, Spielberg respondeu que «fazer filmes é uma
atividade comercial e como tal a indústria do cinema tem de sobreviver». A este
propósito acrescentou que «é muito importante que sejam as pessoas que fazem o
filme a controlarem a mercadoria do que permitir a pirataria que depressa se
institucionaliza». Spielberg afirma que costumam dizer-lhe que nunca cresceu e
que muitas vezes, na sua vida particular, continua a não conseguir comportar-se
como um homem. «Até há três anos eu era incapaz de assumir esse facto que me
dava uma situação social diferente daquela que eu gostaria de ter», afirmou
Steven Spielberg.”
na sala de cinema
“Galaxina” (1980), real. William Sachs, c/ Stephen
Macht, Avery Schreiber, J. D. Hinton, Dorothy Stratten … sob título local “Galaxina,
a mulher do ano 3000” estreado sexta-feira, 29 de outubro de 1982 no Roxy. “O
ano é 3008. As viagens espaciais são agora rotineiras. À medida que novas galáxias
foram exploradas e novas civilizações descobertas, o tráfego espacial aumentou.
A Federação Intergaláctica Unida foi instada a criar uma força policial e em breve
uma frota de naves estava a patrulhar os confins dos sistemas solares
conhecidos. Esta á a história de uma dessas naves, o cruzador da polícia, número
308, o Infinity. É também a história da tripulação e do robot da nave. Ela não
era um robot vulgar, porque, finalmente, o homem do século XXXI criara uma
máquina com sentimentos e o seu nome é… Galaxina.” [1]
Factos: “a atriz principal, Dorothy Stratten, foi assassinada pelo marido, de
quem estava separada, antes da estreia do filme, causando um ligeiro aumento no
número de espetadores.” “Os efeitos sonoros dos lasers foram sacados da série
«Battlestar Galactica» (1978-79).” “Muitos dos efeitos sonoros das portas a
bordo da nave foram retirados da série «Star Trek» (1966-69).” “Segundo Rhonda
Shear, uma das
protagonistas, não há nudez em nenhuma versão deste filme, pois nem ela nem a
atriz / modelo da Playboy, Dorothy Stratten, concordariam com isso.” “Segundo
filme consecutivo escrito e realizado por William Sachs que apresenta uma «Playmate
do Ano» no papel principal. Dorothy Stratten foi «Playmate do Ano» em 1980,
enquanto a atriz Cynthia Wood foi-o em 1974, antes de aparecer no
filme anterior de Sachs, «Van
Nuys Blvd.» (1979), (sob
o título local «Febre de viver» estreado
sexta-feira, 27 de junho de 1980 nos cinemas Berna e Éden, em Lisboa e no
Coliseu, no Porto). Nos comentários no DVD do filme, Sachs afirma que não foi intencional:
as duas simplesmente responderam a audições que pediam atrizes com muito boa
aparência.” “Cherry 2000” (1987),
real. Steve De Jarnatt, c/ Melanie Griffith, David Andrews, Pamela Gidley … sob
o título local “Cherry 2000 - A boneca mecânica” estreado sexta-feira, 26 de fevereiro
de 1988 no Condes, Hollywood sala 1 e Las Vegas sala 1. “No ano 2017, os
Estados Unidos estão fragmentados em pós-apocalípticas terras de ninguém e circunscritas
áreas civilizadas. Um dos efeitos da crise económica é o declínio da produção e
grande incremento na reciclagem de envelhecido equipamento mecânico do século
XX. A sociedade tornou-se cada vez mais burocrática e altamente sexualizada,
com a diminuição do número de encontros sexuais, que requerem minuciosos contratos
redigidos por advogados antes do ato sexual. Ao mesmo tempo, a tecnologia
robótica fez enormes progressos e androides femininos (ou ginoides, do grego gynē = mulher) são usados como
substitutos das esposas [2]. O empresário Sam
Treadwell possui uma ginoide modelo Cherry 2000 chamado… Cherry. Após a Cherry
sofrer um curto-circuito durante o sexo na banheira, o técnico informa-o que
ela está torrada, não tem conserto, e que as Cherry 2000 eram produzidas numa
fábrica falida na Zona 7, uma área particularmente perigosa e sem lei.
Recuperado o disco da memória da Cherry, Sam precisa do corpo e contrata Edith
‘E’ Johnson, uma guia durona, para levá-lo até à fábrica.” [3]
Factos: “numa entrevista realizada no plateau e publicada na Starlog
109 (agosto
1986), Melanie Griffith revela que estava grávida do seu primeiro filho quando
fez a audição para este filme. Foi contratada com uma cláusula estipulando, se
ela não tivesse o bebé até 9 de setembro, o seu papel seria atribuído a outra.
O seu filho Alexander (com o marido de então, Steven Bauer) nasceu a 22 de
agosto de 1985, e Griffith começou a filmar três semanas depois, levando, todos
os dias, a criança para o plateau para lhe dar de mamar.” “Cyborg” (1989), real. Albert Pyun, c/
Jean-Claude Van Damme, Deborah
Richter, Vincent
Klyn … estreado sexta-feira, 10 de novembro de 1989 no King Triplex sala 3 e no
Odéon. Diálogos: Fender Tremelo (Vincent Klyn): “Primeiro houve o colapso da
civilização. Anarquia, genocídio, inanição. Depois, quando parecia que aquilo
não podia piorar, surgiu a praga, a morte viva, que rapidamente tomou conta de
todo o planeta. E depois ouvimos o rumor que os últimos cientistas estavam a
trabalhar numa cura que acabaria com a praga e restaurar o mundo. Restaurá-lo?
Porquê? Gosto dos mortos. Gosto da miséria! Gosto deste medo!” – Nova Iorque,
no futuro – Marshall Strat (Alex Daniels): “Anda, Pearl, o caminho está livre,
despistámos o Fender e os piratas dele. Vamos conseguir chegar ao distrito de
Prox e contratar um slinger (um
mercenário). Continua Pearl, vou tentar aguentá-los, encontra um slinger que te ajude.” – Fender:
“Apanhem-na!” Strat: “Deixem-na ir.” Fender: “Para Atlanta?” Strat: “Para curar
a praga com as informações que ela transporta.” Fender: “Eu quero isso.” Strat:
“Queres a cura?” Fender: “Quero ser um Deus!” Strat: “Mas é possível acabar com
a miséria.” Fender: “Eu gosto da miséria.” Strat: “O mundo podia mudar.”
Fender: “Gosto deste mundo.” Strat: “Vai para o inferno.” Fender: “Já lá
estive.” (Fender degola-o. Por razões de classificação etária, a cena foi
cortada. Os olhos do espetador vê apenas Fender limpar a faca na manga do
casaco de um seu acólito). – Pearl Prophet (Dayle Haddon): “Obrigada. Espera! Quem és tu?
Por que razão me ajudaste?” Gibson Rickenbacker (Jean-Claude Van Damme): “Pensei que eras
outra pessoa.” Pearl: “Posso confiar em ti?” Gibson: “Para quê?” Pearl: “Para
me levares de volta a Atlanta. Está lá um grupo de médicos, os que restam, têm
estado a trabalhar numa cura para a praga. Precisam da informação que possuo.
Juro que é verdade. Sou um ciborgue. Criaram-se para recuperar dados do sistema
informático desta cidade.” – Fender: “Aquele slinger já não te pode ajudar. Eu levo-te a Atlanta e tu dás-me a
cura. Se não deres, dar-te-ei um espetáculo de terror.” (Tem a cabeça decepada de
Strat). – Mary (Terrie Batson): “Digam o último adeus ao papá e vamos embora.”
Gibson: “Estou a perder dinheiro, vamos.” Mary: “Não sei se confio em ti. Não
sei se há diferença entre os slingers
e os piratas que mataram o seu pai, mas parece que não tenho escolha. Foste o
único que aceitou o serviço. Tira-nos desta cidade.” Gibson: “É isso que faço,
tiro pessoas da cidade, vamos.” – Nady Simmons (Deborah Richter): “Então vais
atrás da mulher que tem a cura? Para a salvar dos piratas? Gostava de
ajudar-te, a minha família morreu com a praga, tal como quase toda a gente que
conhecia. Quando ouvi os piratas falar daquela mulher, sabia que tinha de fazer
algo para ajudar.” – Nady: “Diz-me uma coisa. Tentei matar-te. Porque ficaste
comigo enquanto estava desmaiada? Não faz o estilo dum duro como tu.” Gibson:
“Foi por ter tido pena de ti.” Nady: “O homem tem coração.” – Mase, dono do
saloon, (Jophery C. Brown): “O Fender vai pelo canal junto à costa até Charleston,
parou ontem em Hatteras para arranjar lenha, deitou fogo a uma povoação lá.”
Gibson: “Vou chegar até ele onde o mar se cruza com a estrada para Atlanta.”
Mase: “É costume as pessoas quererem sair do caminho do Fender, Gibs. Não ir
atrás dele para o matar. Ouvi dizer que tinhas desistido, que tinhas encontrado
paz no campo.” – Gibson: “Fui um idiota, Mase, comecei a acreditar no sonho.”
Mase: “Todos têm de sonhar, Gibs, ter alguma esperança. Olha aqui para o velho
Mase, tenho o meu bar, a minha família, não valeu a pena ter esperança? Quando
matares alguém, vê se é pelo motivo certo. E se matares o Fender? O que
acontece? Como será o resto da tua vida?” – Nady: “Estás louco? Esta é a
Wasteland. Não podemos ir por aqui.” Gibson: “O Fender tem um barco. Nós vamos
a pé. Queres a cura. Eu quero o Fender.” – Nady: “Uma pessoa habitua-se a
isso?” Gibson: “A quê?” Nady: “A matar.” Gibson: “Não fui eu quem criou este
mundo.” Nady: “Pois, apenas vives nele.” [4] –
Gibson: “O barco do Fender vai passar por aqui.” Nady: “Ótimo, nesse caso,
vamos parar.” (Nady despe-se para mergulhar no mar, Gibson, como herói sadio, desvia
o olhar para não invadir a intimidade da rapariga, no final, não resiste
espreitar o melífero corpo de Nady). – Nady: “Não vais estar cá de
manhã, quando eu acordar, pois não?” (Baixa o cobertor mostrando a teta
esquerda, a direita fica encoberta pelo braço, Gibson, firme no heroísmo, não avilta
esta prostração estrogénica, repõe-lhe o cobertor nos ombros). – Haley (Kristina Sebastian):
“Disse à minha mãe que os slingers
matam piratas. Eu vou ser uma slinger,
um dia.” Mary: “Não, não vais.” Gibson: “Vais ser melhor, Haley.” – Pearl:
“Sim, consegui, graças a este homem. Fica connosco, Gibson.” Gibson: “Precisam
de nós lá fora, vamos.” Pearl: “É estranho, mas sinto que é ele a verdadeira
cura para este mundo.” Factos: “Jean-Claude Van Damme feriu
acidentalmente Jackson ‘Rock’ Pinckney no olho esquerdo, quando lutavam com
espadas, no final do filme, causando-lhe perda permanente da visão nesse olho.
Ele processou Van Damme, por fim, foi confirmada a sentença de 487 000 dólares
de indemnização por um tribunal de recurso da Carolina do Norte em
1994.” “Este foi o último lançamento oficial da Cannon Films antes de abrir
falência em 1987.” “Os nomes Gibson Rickenbacker, Nady Simmons, Fender Tremolo,
Marshall Strat e Pearl Prophet são, ou nomes de instrumentos musicais ou de
fabricantes.” “A arma usada por Gibson é uma pistola de paintball, Tippmann SMG-60. Isto é importante na cena da
fábrica abandonada. Gibson esconde-se atrás de um contentor e desenrosca uma
botija de Co2 20g, depois, insere outra simulando o carregamento da arma.” “Cyborg 2: Glass Shadow” (1993),
real. Michael Schroeder, c/ Elias Koteas, Angelina Jolie, Jack Palance, Renee
Allman (como Renee
Griffin) …
“É uma sequela independente do filme anterior, «Cyborg» de 1989, embora imagens
deste apareçam no genérico e na sequência do condicionamento de Casella. É
também o filme de estreia de Angelina Jolie como protagonista (ela já tinha
entrado, em criança, aos 5 anos, no filme “Lookin’ to Get Out”, rodado
em 1980 e estreado em 1982) [5]. No ano 2074, o
planeta Terra está sequestrado por uma ignífera guerra empresarial. A Kobayashi
Electronics (Japão) e a Pinwheel Robotics (EUA) lutam para controlar o software
de programação e fabricação de ciborgues. Os ciborgues têm substituído os
humanos em todas as áreas, desde os soldados no terreno às prostitutas no
bordel. Biliões de dólares estão em jogo e, como de costume, o amor pelo
dinheiro prova ser a raiz de todo o mal. Casella ‘Cash’ Reese (Jolie) é uma
Unidade de Contraespionagem Empresarial, um ciborgue desenvolvido para
terrorismo industrial e assassinato. Ela está cheia de um explosivo líquido chamado
«Glass Shadow». A Pinwheel planeia eliminar todo o conselho de administração da
Kobayashi, usando Casella como bombista suicida, para precipitar uma aquisição
hostil da empresa, e obter o monopólio do mercado dos ciborgues. «Dentro de
dois anos dirão: se Deus não te criou, criou-te a Pinwheel». Ela está
programada para imitar sentimentos e emoções humanas, tais como amor, ódio,
ansiedade, raiva, sexualidade e, mais importante, medo. Orientados por Mercy (Palance),
«uma má ideia à solta», um ciborgue renegado que comunica através dos monitores,
ela e o seu treinador de combate, Colton Ricks (Koteas), escapam das
instalações da Pinwheel, para evitar a destruição de Cash.” “Cyborg 3: The Recycler” (1994), real. Michael Schroeder, c/ Zach Galligan,
Khrystyne Haje, Richard Lynch, Debra
K. Beatty … continuação
de «Cyborg 2» com
Khrystyne Haje substituindo Angelina
Jolie. “A idade de ouro terminara, e terminou mal. A humanidade e os ciborgues
deixaram de ser parceiros. Durante 200 anos construíram-nos para sermos seus
amigos, cumprir as suas ordens, lutar as suas guerras, cozinhar a sua comida e
partilhar as suas camas. Mas a última das grandes empresas morreu e
desapareceu. E com o seu desaparecimento começou os tempos negros, onde os
humanos nos caçam pelas nossas peças, os nossos circuitos e as nossas almas. E
ninguém estava a salvo. Cash (Haje), um ciborgue feminino, sabe através do Dra.
Edford (Margaret Avery) que, de alguma maneira, está grávida. «Livre-se dele.
Está a consumir a minha energia, sinto-o. Remova-o!» Dra.: «Não sei como. Nem
sequer sei como começar. Poderia matar-te». Cash: «Se não o fizer. Ele
mata-me». Ela procura Evans (Galligan), «nos bastidores, na orla da criação», «uma
espécie de programador visionário, um génio da idade de ouro», para abortar.
Evans recusa. «Já não és mais apenas um ciborgue, não, és uma criadora». Aproveitando
a desatenção de Evans, Cash inicia o programa de aborto, que ele interrompe.
Perseguidos pelo reciclador (Lynch), os dois partem para Cytown. «O único sítio
onde vocês os dois estarão seguros». Cash: «Pensava que era só um mito». Evans:
«Não, apenas um segredo bem guardado».” [6]
___________________
[1] No cinema, um dos primeiros e mais
irrevogáveis Maschinenmensch, foi o robot Maria no filme “Metropolis” (1927), real. Fritz Lang, c/ Brigitte Helm,
Alfred Abel, Gustav Fröhlich … estreado sábado, 7 de abril de 1928 no São Luiz Cine. Fabricada
como um duplo da operária ativista Maria, não para gozo individual, como as
ginoides modernas, mas para manipular as massas. “No final do filme, depois de
a ginoide Maria ter incitado os trabalhadores a revoltarem-se e destruir as
máquinas, que causa a inundação do subterrâneo da cidade, eles pensam que os
seus filhos morreram afogados. Capturam a ginoide Maria e queimam-na na
fogueira, embora ela reverta à forma de robot mecânico antes da sua destruição.” *
=
⸨* Robots anteriores a “Metropolis”: “L'Ève
future” (1896), o
livro de Auguste Villiers de l'Isle-Adam, que
popularizou o termo androide na língua inglesa, terá sido adaptado ao cinema em
França, convertendo-se no primeiro filme com um robot (a ter existido). “Este
primevo filme baseou-se no livro publicado em 1886, um clássico da ficção
científica, de Auguste Villiers de l'Isle-Adam. Contava a história de um
alquimista brilhante (moldado em Thomas Edison) que criou um robot imitando a
amada noiva do seu amigo britânico, lorde Ewald – uma cantora chamada Alicia
Clary. O androide (andreide), Hadaly, era indistinguível de Alicia. Possuía um
aparelho fonográfico para reproduzir realisticamente a voz de Alicia, e era
sobrenaturalmente dotado do espírito de Sowana, o místico assistente de Edison.” ‖ “Gugusse
et l'Automate” (1897),
real. Georges Méliès ‖ “Coppelia:
la poupée animée” (1900),
real. Georges Méliès ‖ “L'omnibus des toqués blancs et noirs” (1901), real. Georges Méliès ‖ “The
Mechanical Doll” (1901), prod. Edison Manufacturing Company ‖ “Clown and Automaton” (1903), prod. Selig Polyscope
Company ‖ “The
Mechanical Statue and the Ingenious Servant” (1907), real. J. Stuart Blackton ‖ “An
Animated Doll” (1908), prod. Essanay Film Manufacturing Company ‖ “The
Doll Maker's Daughter” (1908), prod. Centaur Film Company ‖ “The
Fairylogue and Radio-Plays” (1908), real. Francis Boggs e Otis Turner ‖ “The
Rubber Man” (1909), prod. Lubin Manufacturing Company ‖ “L'automate
du Dr. Smith” (1910), prod. Pathé Frères ‖ “The Electric Servant” (1909),
real. Walter R. Booth ‖ “The Electrical Vitalizer”
(1910), real. Walter R. Booth e Theo Frenkel ‖ “The Mechanical Mary Anne”
(1910), real. Lewin Fitzhamon ‖ “The Wonderful Wizard of Oz”
(1910), real. Otis Turner ‖ “The Automatic Motorist”
(1911), real. Walter R. Booth ‖ “The Inventor's Secret” (1911),
real. Mack Sennett ‖ “The Electric Leg” (1912), real.
Percy Stow ‖ “La Maison du mystère” (1912), real.
Alexandre Volkoff, prod. Pathé Frères ‖ “Sammy's
Automaton” (1914), prod. Charles Urban Trading Company ‖
“Die grosse
Wette” (1915), real. Harry Piel ‖ “The Mechanical Man”
(1915), real. Allen Curtis ‖ “Hoffmanns Erzählungen”
(1916), real. Richard Oswald ‖ “Homunculus” (1916),
real. Otto Rippert ‖ “A Clever Dummy” (1917), real. Ferris Hartman, Robert P. Kerr,
Herman C. Raymaker e Mack Sennett ‖ “The Master Mystery” (1919), real. Harry Grossman e Burton L. King ‖ “R.U.R. (Rossum's Universal Robots)” (1921), escrito Karel Čapek ‖
“Hoffmanns Erzählungen” (1923), real. Max Neufeld ‖
“Aelita:
Queen of Mars” (1924),
real. Yakov Protazanov.⸩
=
Outros robots
honrosos. “Dr. Goldfoot and the Bikini Machine” (1965), real. Norman Taurog, c/
Vincent Price, Frankie Avalon, Dwayne Hickman … sob o título local “001/4 e os
bikinis de ouro” estreado quarta-feira, 10 de maio de 1967 no cinema Rex. Este filme apresenta
uma aplicação moderna da máquina, satisfazer os humanos, neste caso ginoides para
seduzir e roubar dinheiro. Outro filme mostra uma visão das relações humanas
consentânea com o rumo tecnológico / sociológico atual, em que a vivência de
experiências substitui a posse de objetos materiais, competindo com o mercado
de ginoides. “I.K.U.” (2000), real. Shu Lea Cheang, c/ Ayumi Tokitō,
Maria Yumeno, Aja, Akira, Miho Ariga … (“iku”, em japonês, ter um orgasmo,
vir-se). “No início do século XXI, a Genom Corporation avançou a revolução sexual
para a fase GEN-XXX – um ser virtualmente idêntico ao ser humano – conhecido
como I.K.U. Coder. Os I.K.U. Coders GEN-XXX eram superiores no seu disco rígido
físico e, pelo menos, idênticos em insaciabilidade, aos programadores que os
criaram. Os I.K.U. Coders eram usados na vida noturna como caçadores de
informação, na exploração orgástica e sexualização de outros casais. Após uma
jornada interrupta de sexo por uma equipa I.K.U. Coder GEN-XXX na vida noturna,
os Coders eram declarados cheios de dados prontos para recuperação. Coletores
especiais de informação – I.K.U. Runner Units – tinham ordem para foder para
recuperar, ao serem detetados, quaisquer I.K.U. Coders cheios. Isto não era
chamado amor. Isto era chamado sexo.” “Este filme decorre em ou perto do ano
2030. A multinacional Genom Corporation está a desenvolver um produto chamado I.K.U.
Chip, que é ligado num dispositivo portátil permitindo aos consumidores descarregar
e experienciar orgasmos de um servidor I.K.U. sem necessidade de contacto
físico. A corporação envia o seu trasmorfo cibernético, Reiko, conhecida como I.K.U.
Coder ou replicante, para recolher informação relacionada com o orgasmo,
provendo a várias orientações sexuais. Para recolher informação, Reiko
transforma-se numa aparência agradável ao individuo ou ao casal, envolve o(s)
alvo(s) em relações sexuais e transforma a sua mão direita e antebraço num
pénis que é inserido na vagina ou ânus do recipiente durante o clímax.”
[2] João Peste: “Pensou-se que a melhor
maneira de simular uma androide, talvez fosse um travesti mais do que uma
mulher a sério, daí a ideia de colocar um travesti desde, dos que nós vimos e
achámos que poderiam satisfazer os requisitos para participar num concerto dos Pop Dell’Arte era a Salomé, sem dúvida, a mais
indicada, pronto, vista de perto, visto de perto um travesti é uma mulher e ao
mesmo tempo não é uma mulher, daí tem aquela, fica aquela dúvida que, no caso
do androide, também ficará. Uma androide também não é uma mulher, pronto, aí
que achámos, já que era impossível ter uma androide no palco, a melhor
aproximação à androide seria talvez o travesti”, sobre o concerto no Pavilhão
Carlos Lopes em maio de 1991.
[3] Os androides libertarão as mulheres
das funções animais – arfar, gemer, gritar Ó meu Deus não pares – permitindo-lhes
as funções elevadas da cultura, de gestão, administração, leadership. “Pleasure
Maze” (1986),
real. Duck Dumont, c/ Stacy Donovan, Joanna Storm, Amber Lynn … “No futuro, a
profissão mais antiga do mundo é exercida por prostitutas androides. São
chamadas nightdroids. O principal
produtor de nightdroids completou a
«Delta», um modelo de luxo topo de gama, agora pronta para os testes. As nightdroids são testadas no «Labirinto
do Prazer», por vezes chamado «Labirinto da Diversão». Nenhuma nightdroid chegou ao fim. Esta é a
história de uma que chega.”
[4] Pra futuro, a tecnologia confortará
corpo e alma, adulçorando o ofício dos ossos, a carne dura, daquele, conduzindo
para o mundo imaterial esta, pós-morte material. “Cyberella: Forbidden Passions” (1996), real. Jackie Garth, c/ Debra
K. Beatty, Marshall
Hilliard, Rebecca Taylor … Mara esmera-se na preparação de um jantar romântico,
vinho, velas, lingerie… 20h25, 21h35… adormece, o seu homem, Stephen Clarke,
esquecera-se que era o aniversário deles. «Encontrámo-nos há um ano neste dia».
«Não faz mal, estás aqui agora». Ele emborca o jantar como um javardo privado
de papilas gustativas. O corpo reconfortado pelo sexo, Mara dorme com um sorriso
nos lábios, Stephen esgueira-se sorrateiramente. «Mas por que te vais embora?
Dormes sempre aqui». «Começo muito cedo, amanhã de manhã». «Amanhã? É domingo».
Ele confessa que foi transferido para Silicon Valley. «Não passas de um grande
sacana. Desaparece! Desaparece daqui!» Chorosa, Mara entra no Dreamworks, programa
virtual 3D que desenhou, indo deitar-se nua na areia calmante. No quarto, uma
das velas do ambiente romântico da noite anterior, aquela sob a qual Stephen
colocara o CD do programa, tomba, provocando um incêndio e a morte de Mara. O
seu espírito desperta na realidade virtual. «Meu Deus, nunca escrevi isto. Não
é o meu programa». Jana: «Você, como todos os humanos, vieram à Terra para
aprender uma lição. Infelizmente não teve tempo de aprender a sua. Isso sucede
frequentemente, mas são poucos os que têm uma segunda oportunidade».
«Recorda-se do objetivo do seu programa? Quatro hipóteses para resolver o
enigma». Mara: «Sim, quatro hipóteses para resolver o enigma para passar a um
outro mundo, se não conseguirmos devemos recomeçar». Jana: «Exatamente, essas
quatro hipóteses, têm-nas para aprender a sua lição». Pelo caminho, ela
descobre que Stephen abusara do seu corpo e do seu intelecto, roubando-lhe o
Dreamworks.
[5] Angelina Jolie explodiu artisticamente
no filme “Original
Sin” (2001), real. Michael Cristofer, c/ Antonio
Banderas, Thomas Jane, Jack Thompson…
[6] Com as ginoides, risca-se da vida
sexual do homem a contenção, a frustração, a insatisfação, as revistas eróticas
na casa de banho. Os robots humanizarão o sexo, a cada ato, o êxtase. “Becoming
A FemBot” – c/ Jayden
Jaymes e Eric Masterson no filme “Bubble Butt Cuties” (2009) – recriado e editado por
Lilac Wren. “Travis e Vincent trabalharam durante meses para alcançar o
objetivo das suas vidas de criarem a forma sintética humanoide perfeita. Mas, independentemente
de quão realista fosse o corpo feminino artificial, nunca conseguiam que se
movesse ou agisse mais do que conforme comportamentos robóticos básicos. A
anatomia era uma coisa, mas revelou-se que a inteligência artificial que precisava
de imitar o comportamento de uma mulher verdadeira, era muito mais complexa do
que aquilo que eles conseguiam desenvolver. Por fim, Travis sugeriu a
possibilidade de implantar o cérebro de uma pessoa viva no corpo do androide. A
sua ideia era que qualquer uma serviria. Eles apenas precisavam do intrincado
poder computacional que só o cérebro humano podia fornecer. A partir daí, programá-lo-iam
como lhes apetecesse. Vincent disse-lhe que ele era doido. Como esperava Travis
arranjar uma mulher que concordasse com isso? Então, a última coisa que Vincent
ouviu antes de Travis lhe limpar o sarampo foi este dizer: «Quem disse que
precisamos do cérebro de uma mulher?».
“The
Interview” c/ ReporterBot,
Ashley 3000, SadieBot e CleoBot ‖ “Fembot
Rivalry” c/
SadieBot e Ashley 3000 ‖ “Masturbation
Programing” c/ Dra. Fires
e Ashley 3000 ‖ “The
Breakout - Phase One” c/ Violet Alpha Replicant ‖ “The
Breakout - Phase Two” c/ Ashley 3000 ‖ “Cabaret Repair” c/ Dra. Fires e TrixieBot ‖ “Brave
New World Part 1” c/ Angela e Ashley 3000 ‖ “Explosive Upgrade” c/ Ashley 3000 ‖ “Rent
A Friend Bot” c/ Sadie,
Ashley e Missy ‖ “After
Hours” c/ Ashley
3000 ‖ “The
Unsuspecting Lab Assistant” c/ Dra. Fires e SpyBot ‖
“The
Unsuspecting Lab Assistant – Part 2” c/ Dra. Fires e SpyBot ‖
“My
Mommy Is A Robot” c/ Ashley 3000 e MissyBot. Tudo tecnologia
e ponta da SciFiDreamGirls. “A Dra. Fires é uma cientista de
topo no campo da robótica e desenvolvimento androide aplicado. Ela sempre amou
o seu trabalho e tinha a visão de um mundo onde robots interagem sexualmente
com os humanos. Outrora diretora da HRX Corporation, saiu quando o governo
tentou transformar em armas as suas criações. A Dra. Fires iniciou a sua
própria divisão androide experimental. Criando o seu próprio modelo HRX
(Humanoid Robotic Experiments), a Ashley
3000, é muito
mais avançada que quaisquer HRX do passado. Ela é o primeiro androide sexual
totalmente funcional. Construída com o único propósito de proporcionar prazer,
a Ashley 3000 será capaz de satisfazer quaisquer fantasias sexuais humanas.” – Em todos os laboratórios do
mundo, os cientistas
esfalfam-se pelo lucrativo mercado das ginoides, programadas para agradar, para
dar prazer, resguardando a reserva intangível da dignidade de cidadã, depositado no género feminino: “Bionic
Woman Sexology Reloaded” ‖ “Bionic
Woman Reloaded Science & Technology” - c/ a arrebatadora interpretação
da talentosa atriz, Lynn Love, 1,62 m, 52 kg, 86-61-91, sapatos
36, olhos e cabelos castanhos, nascida a 14 de junho de 1988 na Florida. Sites: {Indexxx} {iafd} {Define Babe} {Bangbros} {Mofos} {Nubiles} {Evil
Angel} {DVD
Trailer Tube} {Your Lust}. Entrevista: “Quero começar a fazer anal,
talvez na próxima semana. Por isso, ando pela casa com um tampão anal. Até vou
ao supermercado com o meu tampão anal enfiado. Enrabo-me com dildos.” “Escolhi
um gajo e trouxe-o para casa, e estávamos prestes a começar a foder quando lhe
disse: Tens que foder a minha amiga também. Ele disse: O que queres dizer? E
contei-lhe que ele tinha que foder-me a mim e à Vanessa [Lee]. Ele disse que só
estava interessado em mim, e achou que era esquisito… e disse não. Chamei-lhe
panasca e mandei-o sair.”
no aparelho de televisão
“The Dismissal” (1983), “minissérie
parcialmente escrita e realizada pelos notáveis realizadores George Miller e
Phillip Noyce, assim como pelo argumentista de «Mad Max», Terry Hayes, com
cinematografia de Dean Semler”, sob o
título local “A demissão”, transmitida na RTP 2 pelas 22h05, às sextas-feiras, de
2 de setembro / 7 de outubro de 1988. Nova minissérie em seis episódios já
apontada como o melhor trabalho dramático televisivo alguma vez produzido na
Austrália. Recria os acontecimentos que culminaram num dos mais dramáticos
momentos da história australiana: a decisão de Sir John Kerr (John Meillon),
governador-geral, de demitir o primeiro-ministro Gough Whitlam (Max Phipps) e
nomear Malcolm Fraser (John Stanton) para seu lugar. 1.º episódio: aviões do exército
americano sobrevoam uma aldeia vietnamita, deixando ficar para trás o fogo da
destruição e da morte. Com estas imagens de arquivo, somos transportados a uma
das grandes questões que marcaram um passado recente da nossa história e que
servem de introdução a um capítulo da vida política da Austrália. 2.º episódio:
enquanto Tirath Khemlani (Harry Weiss) procura Rex Connor (Bill Hunter),
ministro dos Minérios e Energia, o Partido Liberal intensifica as atividades no
sentido de substituir Bill Snedden (Stewart Faichney) por Malcolm Fraser. 4.º
episódio: durante algum tempo parece que o Partido Trabalhista recuperou a sua
posição. Mas o Melbourne Herald põe um repórter a investigar uma história
revelada por Tirath Khemlani. 5.º episódio: está desencadeada uma batalha
política de uma magnitude sem precedentes. Malcolm Fraser não conseguirá fazer
aprovar o orçamento e Gough Whitlam não se demite. E o dinheiro nos cofres
oficiais, prestes a esgotar-se, não facilita o trabalho governamental. 6.º
episódio: na noite de 10 de novembro de 1975, Sir John Kerr dita a tão esperada
carta de demissão. São quase duas da manhã quando Malcolm Fraser chega ao
Palácio do Governo, sendo de imediato conduzido à antecâmara enquanto o seu
carro é cuidadosamente arrumado nas traseiras do edifício. Pouco depois, é a
vez de Gough Whitlam dar entrada no Palácio. O resto é História… [1] “Campaign” (1988),
sob o título local “A campanha”, minissérie inglesa transmitida na RTP 2 pelas
22h05, às quintas-feiras, de 25 de agosto / 29 de setembro de 1988. Depois do
mundo das leis, é a vez do universo da publicidade preencher este espaço. Trata-se
de uma minissérie de seis episódios produzida pela BBC, que tem em Penny Downie,
Jeremy Clyde e Gary Waldhorn três atores que se metem na pele de três elementos
de uma conhecida firma publicitária. Sarah sai para o trabalho, deixando o
filho Daniel, de sete anos, aos cuidados de Rose Thompson, a sua nova
empregada. Contra todas as expetativas, a apresentação feita pela agência ao
promissor cliente “político” corre às mil maravilhas. No entanto, precisamente
na altura em que se dedicava de corpo e alma ao Serviço Nacional de Saúde,
Sarah é chamada à terra: Daniel acaba de fugir de casa. 3.º episódio: a
dissolução do parlamento pela rainha tornou-se finalmente uma realidade e a
campanha para as eleições gerais começou a ganhar forma. Judy Axford, a jovem
enfermeira escolhida para figurar e ilustrar os anúncios do Serviço Nacional de
Saúde, volta atrás na sua decisão e decide não dar a cara nessa campanha.
Quanto a Sarah, sente-se cada vez mais atraída por Nick Faulds, copywriter, e seu companheiro de
trabalho que mantivera um caso amoroso com a secretária da agência de
publicidade. 4.º episódio: quando Sarah acorda no apartamento de Nick, descobre
através da leitura dos jornais que a imprensa já descobriu o que se passava com
Judy Axford. Aproveitando-se desse facto, David resolve vingar-se de Gordon,
acabando no entanto por fazer recair o seu ato de vingança sobre Helen Marriott,
que fora em tempos a melhor amiga de Sarah. 5.º episódio: dois dias antes das
eleições, a campanha é dominada pelo escândalo que envolve um secretário de
Estado com uma companhia de construção. No sentido de desviar as atenções do
caso, Sarah tenta utilizar a receção hostil ao primeiro-ministro, em
Birmingham, para fazer crer que ele se encontra em perigo. Entretanto, em
Londres, Gordon Lochhead e Stephen Hallam planeiam criar uma nova firma e
convidar Sarah para trabalhar com eles. 6.º episódio: o plano de Sarah resultou
e agora todas as atenções centram-se no primeiro-ministro. Ela apenas precisa,
agora, de atuar de modo a que não se note a ligeira perturbação mental dele.
Entretanto, embora a sua ligação com Nick tenha terminado, ela continua a ter
problemas em casa, especialmente a partir da altura em que Paul e Helen
pretendem a custódia de Daniel. “Lizzie’s Pictures” (1987),
minissérie inglesa, sob o título local “Os retratos de Lizzie” transmitida na
RTP 2 pelas 21h30, às sextas-feiras, de 26 de maio / 16 de junho de 1989.
Lizzie Dickinson (Lisa Harrow) é uma mulher quase na casa dos quarenta. Vive no
campo, numa bonita casa com o marido, Jack (Robert Stephens), um famoso argumentista
e com os filhos. Eram o casal ideal nos anos 60 – Jack, um autor com sucesso e
Lizzie uma fotógrafa promissora. Mas Lizzie viu-se cada vez mais envolvida no
seu papel de mulher e de mãe e deixou de lado a fotografia. Agora nos anos 80,
Lizzie decide que é altura de pensar mais em si. 2.º episódio: depois de muito
pensar, Lizzie abandona a sua casa de campo e vai viver para Londres, onde
partilha o apartamento com Sandra (Sheila Ruskin). Decide dedicar-se de corpo e
alma à fotografia e retoma o contacto com os velhos colegas da escola de arte.
3.º episódio: decidida a fazer carreira como fotógrafa profissional, Lizzie
começa por tentar capar imagens do quotidiano das pessoas que a rodeiam. O
registo dessas imagens fazem-na refletir sobre a sua própria vida. 4.º
episódio: Lizzie vê recompensados os seus esforços no dia da inauguração da
exposição do seu trabalho fotográfico. Contudo, sente-se desapontada ao
verificar que o comportamento de alguns dos seus amigos não corresponde
exatamente ao que esperava deles em termos de confiança e apoio. [2] “Special Squad” (1984),
série policial australiana, sob o título local “Brigada especial” transmitida
na RTP 1 pelas 22h45, às terças-feiras, de 21 de julho / 13 de outubro de 1987.
1.º episódio: perante a opinião pública, Arthur Lambert (Max Phipps) sempre
procurou preservar e se possível enaltecer a sua imagem. É visto como um
respeitável fabricante de brinquedos. Mas Nick Hardy (Peter Sumner), que mantém
importantes contactos com o mundo do crime, tem outra opinião a seu respeito.
2.º episódio: a vida de Anderson (Alan Cassell) corre perigo quando o chefe de
uma quadrilha jura matá-lo. A tentativa de roubo de um carregamento de barras
de ouro é desmascarada e anulada pela Brigada Especial e Freddie Roberts (Robert
Baxter), o chefe do grupo, contrata um homem para afastar Anderson do seu
caminho. 3.º episódio: a Brigada Especial tenta entrar em contacto com a mafia
local na sequência de um terrível caso de assassínio no mercado. Mas ninguém
viu nada, ninguém tem nada a dizer… Luigi Parisi (Ronni Valente), um vendedor
de hortaliças, aparece assassinado. Todas as pistas indicam que a família
Caruso, uma espécie de mafia local, é responsável pelo caso. Mas a Brigada
Especial tem sérias dificuldades em prosseguir com as investigações, pois todos
aqueles que, eventualmente, possam estar envolvidos optam por um silêncio
total. Uma história sólida de intriga e paixão. 4.º episódio: uns miúdos da rua
matam e roubam um homem sem saberem que ele tinha assaltado um carro que
transportava 60 000 dólares. Mas O’Keefe (William Zappa), um criminoso
profissional, está também interessado em deitar mão ao dinheiro. Resta saber
que chega primeiro: se o Special Squad, se O’Keefe. 5.º episódio: uma
quadrilha que negoceia em droga maltrata dois dos seus passadores ao perceber
que está a ser perseguida pelo S. S. Mas o destemido Anderson monta um plano
para os enganar e rebentar com o bando. 6.º episódio: a Brigada Especial receia
o pior quando são roubadas armas e um enorme carregamento de explosivos ao
Exército. Mas o ladrão não é um criminoso qualquer e tem um objetivo específico
em mente. 7.º episódio: Mr. Swiff, um dos grandes chefes do submundo é
assassinado por um dos seus homens, exatamente quando a Brigada Especial está
no seu encalce. Mas um segundo Mr. Swiff surge das cinzas. 9.º episódio: uma
estrela de televisão é raptada sem que, aparentemente, se veja qualquer razão.
No entanto, a autora do rapto é uma mulher desesperada, decidida a trocar a
refém por aquilo que ela muito bem entender. 10.º episódio: alguém quer
vingar-se. O alvo é a Brigada Especial. Anderson, Smith (Anthony Hawkins) e
Davis (John Diedrich) vão ter de descobrir quem é que os quer destruir e
porquê. 11.º episódio: quando um membro da Brigada Especial é morto ao tentar
penetrar secretamente num antro de droga, tudo indica que a verdadeira
identidade fora descoberta pelo gangue. No entanto, todos os indícios apontam
na direção de Davis. 12.º episódio: a Brigada Especial vai fazer um ataque em
força a um centro de droga, na tentativa de descobrir todas as pessoas
envolvidas, aos mais variados níveis. Quem será o misterioso homem de óculos
escuros, ansioso por chegar ao topo de hierarquia? 13.º episódio: um polícia à
paisana é morto – segundo uma série de ataques levados a cabo aparentemente sem
motivo. Smith aceita ir cobrir a zona, fazendo-se passar por um criminoso,
Jacko de seu nome. Um disfarce difícil de despir. [3]
“Hellzapoppin'” (1941),
real. H.C. Potter c/ Ole Olsen, Chic Johnson, Martha Raye … sob o título local
“Parada de malucos” estreado quarta-feira, 1 de dezembro de 1943 no Odéon e no Palácio, filme transmitido
segunda-feira, 2 de março de 1987, pelas 21h15, na programação carnavalesca da
RTP 1. Seguiu-se, pelas 22h45, a exibição do “Carnaval – Brasil 87”, onde Monique Evans desfilou “na
Padre Miguel. Eu sou a madrinha da bateria há quatro anos. (…). É uma fantasia
linda, nua, mas é muita fantasia, de luxo, este ano. (…). É uma índia, Iracema
II, uma índia muito louca como eu, que eu sou uma índia muito louca, por isso
que eu vivo pelada.” [4]
___________________
[1] “Na tarde
de 11 de novembro de 1975, os degraus do antigo parlamento de Canberra tornaram-se
palco do mais imortal de tantos whitlamismos.
«Bem podemos dizer ‘God save the Queen’, porque nada salvará o
governador-geral». Assim declarou o recém-demitido 21.º primeiro-ministro
australiano, logo após David Smith, secretário oficial do governador-geral John
Kerr, ter lido a proclamação para dissolver o parlamento e convocar eleições,
na alvorada da demissão, à hora de almoço, do governo de Whitlam. Uma multidão
de milhares, cheia de raiva e revolta, juntou-se, quando as notícias da demissão se espalharam como fogo em palha seca por toda a
capital e país.”
“No seu
segundo livro inédito, «The Triumph of the Constitution», John Kerr cobriu uma
série de questões históricas relacionadas com a crise de 1975, o Palácio, a
política de mudança constitucional e incluiu dois capítulos (12 e 13) sobre «Conspirações
A Dar Com Pau». (…). Relativamente aos acontecimentos de 1975, escreveu: «O
padrão, tanto quando entendo, consistia em, pelo menos, quatro vagamente
alegadas ‘conspirações’ políticas diferentes, a saber: 1. Que eu, enquanto governador-geral,
conspirei com as chefias das Forças Armadas com a intenção, como comandante
supremo dessas Forças, ‘fazer sair as tropas’ para apoiarem a minha decisão de
11 de novembro de 1975 ou, de qualquer maneira, havia formado uma intenção
‘conspiratória’ de fazê-lo se julgasse necessário. 2. Que eu tinha, enquanto
governador-geral, conspirado de modo vagamente expresso com o líder da
oposição, (Malcolm) Fraser, com (Bob) Ellicott, ex-procurador-geral e, em 1975,
ministro do governo sombra de Fraser, e com o presidente do Supremo Tribunal da
Austrália, Sir Garfield Barwick, para demitir o governo de
Whitlam, com um deles ou mais. 3. Que eu, enquanto governador-geral, conspirei
com Sir Arthur Tange, secretário da Defesa e com o dr. J. L. Farrands, diretor
científico do Departamento de Defesa, para aceitar um briefing de Farrands, alguns dias antes de 11 de novembro de 1975,
sobre a alegada visão da CIA de que Whitlam era um risco de segurança, tudo
isto sem conhecimento do primeiro-ministro. 4. Que eu, enquanto
governador-geral, conspirei com a CIA e os serviços secretos do Reino Unido
para desestabilizar e destruir o governo de Whitlam, e demitiu-o, segundo essa
teoria, a pedido da CIA e dos serviços secretos britânicos». (…). Em relação à
3.ª e 4.ª teorias da conspiração, Kerr disse que lidará com elas como uma. Ele
classificou a ideia de que tinha recebido um briefing secreto sobre o alerta da CIA antes de 11 de novembro de
1975, «uma malévola falsidade». Kerr perguntou: «Quem inventou isso? Quem é que
sabe? É uma típica peça de desinformação maliciosamente congeminada por alguém
e, do mesmo modo, maliciosamente circulada e voltada a circular». (…). Kerr era
vaidoso e orgulhoso. Nestas memórias inéditas, descreve a demissão como «um
grande drama pessoal, assim como político e constitucional», e promove-se a si
próprio como ator principal. «Não fui nem fraco nem conspirador», escreveu Kerr.”
[2] Depois de
muito progredirem as sociedades em paridade, igualdade, liberdade, o crucial
papel da mulher estandardizou-se. “E continuava a sua tarefa de educar os seus
sobrinhos. Não permitiu que a menina se ocupasse demasiadamente em aprender
costura e coisas parecidas. «Trabalhos femininos? – dizia –, não, nada de
trabalhos femininos; o ofício de uma mulher é fazer homens e mulheres, e não
vesti-los».”, Miguel Unamuno in “A
tia Tula”. “É preciso educar a mulher portuguesa na sua verdadeira missão de
fêmea para fazer homens.”, Almada Negreiros in
“Ultimatum
futurista”. Donde o meio envolvente da mulher ser tratado com
pinças por expertos e expertas e onde Portugal é uma cama rosácea de estudo. Na
década de noventa, este país, sustentável, sempre bem governado, introduziu uma
reforma estrutural: autorizou a abertura de canais privados de televisão. Do
princípio, uma estação de televisão uma telenovela, num de supetão
epistemológico, regalava-se um saco de telenovelas. A dona Carla, a dona
Vanessa, a dona Andreia, cujo universo intelectual arrincoava-se em gabar as façanhas
dos filhos, engenheiros, doutores, sobredotados nas suas aéreas, e discutir as
peripécias das personagens no episódio da noite anterior, num de supetão
gnosiológico, perderam este referente. Nos cafés de Portugal, ruas, praças, caiu
uma torre de Babel, e as esposas enquanto esperavam pelo regresso dos maridos
nunca mais se entenderam, porque acompanhavam telenovelas diferentes. Os tempos
mortos entre a saída do amorzinho, pela manhã, para o trabalho e o retorno ao
lar, à tardinha, só recentemente foram colmatados pela tecnologia. Através da webcam, a esposa não trai o marido para
afogar o spleen de não conversar com as vizinhas, e ainda ganha dinheiro para
comprar material escolar, roupas e brinquedos para os putos. Valentina Gómez,
uma barra em tecnologias da informação, {Valentina1} {Valentina2} {Valentina3} {Valentina4}. ▬ Outro
valor seguro também chamado Valentina Gómez. ▬ Sweet Victoria, 1,57 m, 55
kg, 86-66-94, sapatos 37 ½, olhos castanhos, cabelos pretos, nascida a 1 de
novembro de 1987, EUA, t.c.c. SweetVictoria CWH, Victoria CWH, Victoria
CamWithHer, Victoria Cam With Her, VictoriaRaye, Victoria Raye. “Olá, sou a
Victoria Raye. Tenho sido criadora de conteúdos para adultos há vários anos e
dominei a arte da tentação. Adoro produzir conteúdos eróticos e explorar os
meus próprios fetiches no trabalho. Também tenho um bacharelato em Business,
assim, sou sexy e inteligente!
Algumas das minhas coisas favoritas incluem «Destiny», os Pittsburgh
Penguins, «O senhor dos anéis», «A guerra dos tronos», trilhos de caminhadas e
enroscar-me com um bom livro.” Sites:
{Custom4U} {PornHub} {CamWithHer
Galaxy} {CamWithHer Tube} {Sexy
and Funny}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}. Obra
cinematográfica: {Victoria1} {Victoria2} {Victoria3} {Victoria4} {Victoria5} {Victoria6} {Victoria7} {Victoria8} {Victoria9} {Victoria10} {Victoria11} {Victoria12} {Victoria14} {Victoria15} {Victoria16} {Victoria17}. ▬ Koss
Sexy Boss, uma obra
meritória na produção, realização e representação, {vídeo1} {vídeo2} {vídeo3} {vídeo4} {vídeo5} {vídeo6} {vídeo7} {vídeo8} {vídeo9} {vídeo10} {vídeo11} {vídeo12} {vídeo13} {vídeo14}.
[3] Afinal havia
outra com o mesmo título indígena. “The Mod Squad”
(1968-1973), sob o título local “A brigada especial” série americana estreada
na RTP 1 (chamada na época I Programa), pelas 22h30, sexta-feira,
3 de outubro de 1969. «Brigada Especial», no título original, «The Mod Squad» é
a nova série policial que a partir de hoje a RTP passa a transmitir. O episódio
a exibir intitula-se «O mau do colégio» e são intérpretes Michael Cole,
Clarence Williams, Peggy Lipton e Tige Andrews. A realização é de Earl Bellamy.
Três jovens detetives, dois rapazes e uma rapariga, investigam a morte
misteriosa da professora de um colégio. O episódio seguinte será atrasado para quarta-feira,
15 de outubro. Os protagonistas desta série são três jovens socialmente
desprezados pelos seus anteriores crimes, são eles: Pete Cochran (interpretado
por Michael Cole), «menino bem» (um rebelde tipicamente recalcado pelo mito de
James Dean?); Julie Barnes (figura criada pela atriz Peggy Lipton, uma hippie de escabroso passado apesar da
sua juventude); Linc Hayes (Clarence Williams III), um negro procedente de um
obscuro gueto e que, logicamente, não parece sentir muito carinho pelas
instituições dos brancos. Os três tiveram já os seus problemas com a polícia,
mas, regenerados, são eles que agora servem a lei, sem perderem as suas
características, que dão valiosa ajuda na luta contra o crime. O elo de ligação
com a polícia é o capitão Adam Greer (Tige Andrews), que os recrutou por
confiar neles. Richard Deming é o autor desta «Brigada Especial» que a TV
transmite e que no ano passado, obteve o 1.º lugar em popularidade. No episódio
desta noite pelas 22 e 35, a Brigada pretende acabar com o crime no episódio
intitulado «Mas que lindo carro». Depois, esta série, continua nas sextas-feiras,
intervalando, semana sim semana não, com a inglesa “Department S”, de 31 de
outubro de 1969 / 23 de janeiro de 1970. Série volante, saltita para as
segundas-feiras, 2 e 16 de fevereiro. E ricocheteia para os sábados, 9 e 23 de
maio e 6 de junho.
[4] Atualmente,
na arte cinematográfica, a nudez só é aceite por rigorosa imposição do
argumento, gratuita, a martelo, fora da história, as atrizes não desbotoam um
botão da blusa. Alenushka, olhos
cinzentos, cabelos loiros, t.c.c. Allison, Alena C.,
Dasha, Erika. Sites: {Indexxx} {Teen
Mega World} {PornHub}. Obra fotográfica:
{fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6}. Obra
cinematográfica: {“Summer
Bash With Slutty College Part
2” + Nova + Hailey} ѽ {“Summer
Bash With Slutty College Part
3” + Nova + Hailey} ѽ {“Alenushka1”} ѽ {“Alenushka2”} ѽ {“Alenushka3”} ѽ {“Alenushka4”} ѽ {“Alenushka5”} ѽ {“Alenushka7”} ѽ {“Alenushka8”} ѽ {“Alenushka9”} ѽ {“Alenushka10”} ѽ {“Alenushka11”} ѽ {“Alenushka12”} ѽ {“Alenushka13”} ѽ {“Alenushka14”} ѽ {“Alenushka15”} ѽ {“Alenushka16”}.
na aparelhagem stereo
Os anos 2000
calçaram a Europa de uma geração achada de líderes que compensa quaisquer
gerações perdidas alguma vez existidas. Estes próceres de rebimba o malho sopram
maravilhoso encantamento das reformas estruturais, um pó mágico da Sininho,
para qualquer achaque. “O Banco Central Europeu manifestou esta sexta-feira [17
de junho de 2016] preocupação com a possibilidade de haver «uma geração
perdida» na Europa se os governos da região não acelerarem as reformas
estruturais. «O desemprego jovem ultrapassa o desemprego global em todos os
países (...). Isso já penaliza a economia por haver jovens que querem trabalhar
mas não encontram emprego ficando impedidos de desenvolver as suas
competências» [1], declarou Benoît Coeuré,
membro da direção da instituição monetária europeia, num discurso em Berlim. «Para
evitar criar uma geração perdida, temos de agir rapidamente», acrescentou o
dirigente, que se congratulou com as reformas laborais promovidas em vários
países onde se considerava que havia maior «rigidez», citando Portugal,
Espanha, Itália, Grécia e ainda, há mais de dez anos, a Alemanha.”
Apesar de
tudo as sociedades movem-se. “No entanto, em 77 países ainda existem leis que
punem, até com a pena de morte, qualquer «conduta homossexual». Um deles é o
Irão, onde alguém condenado por cometer um ato homossexual pode receber a pena
capital. Lá, ser gay pode ser motivo
de grande tensão nas relações familiares. Sara tem 23
anos e, há quatro, vive com sua namorada. Ela e sua mãe, com quem as duas
moram, contaram à BBC as dificuldades que enfrentam em suas vidas. «Tinha 11 ou
12 anos quando me apaixonei pela primeira vez por uma mulher. Contei à minha
prima, que ficou horrorizada. Ela chamou-me hamjensbaaz:
fressureira. Na hora, não me dei conta que era um insulto, mas soube que, se
contasse a mais alguém, fariam pouco de mim. Uma vez
disse à minha treinadora que sentia algo por ela, e ela me respondeu dizendo
para ler o Alcorão. Quando conheci a minha companheira, Maryam, há quatro anos,
não estava certa de que era gay. Conversamos
pela internet e, quando fomos ao nosso primeiro encontro, conheci uma menina
pequena e delicada. Fiquei fascinada com a sua beleza e pensei: ‘Ela realmente
será minha namorada?’. A minha mãe escuta as nossas conversas íntimas por
telefone. Às vezes, pela manhã, inspeciona o nosso quarto, olha para as almofadas
e diz: ‘Por que vocês dormem tão juntas?’. (…). A minha mãe tem medo. Posso ser
muito agressiva. Não magoaria ninguém, mas se estou sob muita pressão, estouro.
Já aconteceu antes, e saí de casa duas vezes. Não tinha para onde ir, por isso
voltei alguns dias depois. Uma vez, no meio da noite, escutei-a chorando e
pedindo a Deus que me curasse. É muito difícil. (…). Uma vez, fui a uma
terapeuta, e ela começou a me insultar. ‘Não entende que até as vacas sabem
como ter um sexo normal?’, perguntou ela. Disse que eu estava violando as leis
da natureza.” [2]
“A notícia
saiu no início deste ano mas tinha tanto de surreal que tornava difícil a
missão de acreditar: estavam a ser desenvolvidas bonecas, do tamanho de
crianças reais, com rostos de crianças e cobertas de um silicone em tudo
semelhante à pele humana. Estas bonecas tinham sido criadas por um homem que
admitiu sentir-se sexualmente atraído por crianças e que viu na sua criação uma
forma de controlar os seus impulsos sexuais e ajudar outros pedófilos a
satisfazerem os seus impulsos sem cometerem um crime. Ao mesmo tempo que ainda
faturava, claro está. Esta semana este assunto voltou aos jornais - ingleses
sobretudo. Primeiro porque foi revelado que estas bonecas, nomeadamente no
tamanho equivalente a uma criança de três anos, já estavam disponíveis para
compra, através de um site
internacional que entrega em Inglaterra, com valores entre os 500 e os 850
euros. E, aparentemente, estas bonecas são completamente legais neste país. Ou,
pelo menos, ocupam um vazio legal, que permite a sua venda. Isto apesar da
multiplicidade de críticas que se têm feito ouvir, como as de Kathleen
Richardson, da campanha Against Sex Robots, que alega que estas bonecas «fazem
parte de um sistema que explora crianças vulneráveis, não tendo qualquer mérito
terapêutico».” [3]
Estruturais
reformas nos anos 80:
█ “The
Night” (1984), p/ Valerie Dore.
“É um projeto de italo disco formado em 1984 pelo produtor
Roberto Gasparini. A designação é usada agora como nome artístico de Monica Stucchi (1,74 m,
olhos castanhos, cabelo originalmente loiro, nascida a 28 de maio de 1963 em
Milão / ou 28 de maio de 1962 em Monte Carlo). Vários singles de sucesso e um álbum foram lançados sob o nome Valerie
Dore entre 1984 e 1986, com as vozes de estúdio fornecidas por Dora Nicolosi (nascida
Carofiglio), vocalista dos Novecento e depois
por Simona Zanini (dos Radiorama, Doctor’s Cat, Raggio di Luna / Moon Ray, Martinelli e Topo & Roby).
Subsequentemente, Stucchi cantou ela própria as canções e fez atuações ao vivo.
Monica Stucchi vive em Milão. Aos oito anos entra no coro da igreja, feito o
liceu frequenta a Academia de Artes Aplicadas para se especializar em design gráfico
publicitário. Em 1981, andando à boleia sai no carro de rapazes que se tornam o
seu primeiro grupo musical. Estabelece-se no underground milanês como única voz feminina do grupo de bluegrass, Watermelon String Band,
liderada pelo banjo de Bruno Guaitamacchi, que tocava em bares de Milão. Ela
foi descoberta aos 20 anos pelo produtor Roberto Gasparini. O projeto Valerie
Dore foi lançado em 1984 com «The Night», uma
balada de italo disco escrita por Barbara Lynn Addoms e Giuseppe Nicolosi, irmão de
Lino, Pino e Rossana Nicolosi dos Novecento. Produzida por Gasparini e Lino
Nicolosi, e cantada por Dora Carofiglio, a canção foi concluída no estúdio e
editada em single. Stucchi
providenciou a cara pública da cantora, nas capas e nos playbacks nas atuações «ao vivo». Pequenas variações neste
arranjinho profissional continuaram nos dois singles seguintes, «Get Closer» e «It's So Easy», lançados
em 1984 e 1985, respetivamente. (…). Em 1985, os colaboradores dos Dore
separam-se divido a divergências pessoais e artísticas. Num velho castelo perto
de Milão, em Carimate, os Dore começaram a trabalhar com uma nova equipa de
produção no que seria o longa-duração «The Legend». Marco Tansini forneceu a
música e Simona Zanini as letras e coros. Stucchi gravou a voz principal. O
grau em que cada cantora foi usada na versão final de cada canção é
desconhecido. O primeiro single do
álbum «The Legend», «Lancelot», foi um sucesso
em Itália. O segundo single, «King Arthur», foi um sucesso
comedido fora da Itália e foi tocado no programa de música da RAI 1, «Discoring». As
canções «The
Magic Rain» e «Bow and Arrow» também
foram êxitos na rádio.” Stucchi “em
1987, é convidada a ir a Londres por Klaus-Peter Schleinitz (produtor de Terence Trent
D’Arby) e Ralph Ruppert (conhecido produtor da imensamente popular «Moonlight
Shadow» de Mike Oldfield, dos êxitos «We Need Protection» e «East River»
dos
Picnic at
the Whitehouse, de Jennifer Rush, Terence Trent D’Arby, Boney M e Ellis, Beggs & Howard).
Impressionados com o álbum «The Legend», K. P. Schleinitz e Ralph Ruppert propõem uma nova
parceria para os Valerie Dore e apresentam o autor / compositor Dave Libby com
a audição de «Wrong Direction». O autor é um jovem que hoje Monica Stucchi
recorda com grande carinho. Deste encontro nasce o último registo nos anos 80
pelos Valerie Dore: «Wrong Direction», foi
totalmente gravado em Londres, e tocado por músicos conhecidos entre os quais o
baixista dos Kajagoogoo, Nick Beggs, e o baterista Mark Price.”
█ “Two
For Love” (1985), p/ Miko Mission. “Nascido Pier
Michele Bozzetti em 22 de junho de 1945 em Alexandria, Itália, é um artista do italo disco. A carreira de Miko Mission começou em tenra idade, atuando
aos sete anos como cantor numa representação de «Gelindo» (peça de teatro
popular em língua piemontesa), em Alexandria. Aos 14 anos, Miko formou a sua
primeira banda, I Passi per la Musica. Em seguida entra como vocalista dos Oscars
(com Lallo Schiavoni, bateria, Piero Nano, baixo, Fabrizio Gotta, teclados, -
depois substituído por Vincenzo Pandolfi -, Gianni Bongiovanni, guitarra e
Bruno Balossini, saxofone e flauta). O grupo participou em vários concursos
musicais, incluindo Ribalta per Sanremo, que se realiza no Lido de Veneza. Miko
vence, obtendo um contrato com a Ariston Records: em 1964, adotou o nome
artístico Don Miko e estreia-se no 45 rotações «Gente... che ragazza!»,
cujo lado B, «Non hai più
niente per me», torna-se um grande sucesso no verão. Participa no Festival
de Sanremo 1965, apresentando, em parceria com Timi Yuro, a canção «E poi verrà l'autunno»,
que não é admitida na final, mas obtém um sucesso discreto, em seguida, será
interpretada por Nina.
(…). No ano seguinte gravou uma versão em italiano de «Michelle» dos Beatles,
com texto escrito por Ricky Gianco. Depois de outros 45 rotações, muda de
editora passando para a Vedette. Entre os sucessos desse período recordamos «Le tue favole», escrita
por Luciano Beretta e «Cade
il mondo», escrita por Valerio Negrini (letrista dos Pooh, que também
assina para Don Miko o texto de «Susanna T.»), exibida no
programa «Settevoci»,
apresentado por Pippo Baudo. Participou no Festival Sanremo 1976 com «Signora tu» (letra dele,
música de Graziano Pegoraro), que é classificada no décimo sexto lugar e entra
por algumas semanas nas tabelas de discos, embora nas posições baixas. Nos anos
80, ele passa para a dance music com o nome Miko Mission e edita
vários 45 rotações.” █ “Only You” (1984), p/ Savage. “Roberto Zanetti (nascido a 28 de novembro de
1956) é um cantor, produtor, compositor e empresário italiano de Massa,
Toscânia. Começou tocando teclados em pequenos grupos como L’inchiesta, Fathima
e I pronipoti, ou I sangri. A sua primeira experiência profissional chegou com
os Santarosa com quem gravou o single
«Souvenir», produzido
por Zucchero Sugar Fornaciari. Zanetti
continuou a tocar teclados noutros grupos como os I vicini di casa e os Taxi. Como cantor é
conhecido sob o nome artístico Savage (retirado da personagem de BD, Doc Savage), e
como produtor usa Robyx. Ele fundou várias empresas: Robyx Productions,
Extravaganza Publishing e DWA Records. Zanetti produziu e escreveu música para
vários artistas além de si mesmo, incluindo Ice MC, Double You, Alexia e
Zucchero. Desde 1983, Zanetti tem gravado sob o nome Savage. A sua canção «Don’t Cry Tonight» (produzida
por Zucchero) foi um sucesso em toda a Europa e tem sido frequentemente
misturada. Nesse mesmo ano, gravou «Only You», uma balada disco que também se tornou muito popular. O seu primeiro álbum,
«Tonight», foi comercialmente bem-sucedido e precedeu os singles «Radio»,
«Time», «A Love Again», «Celebrate» e «Love Is Death». Em 1989,
gravou «I Just Died In
Your Arms» (uma versão Hi-NRG da
canção dos Cutting Crew), assim como um álbum de Greatest Hits. Em 1994, lançou
outro álbum, «Strangelove», contendo um conjunto de remisturas das suas velhas
canções e quatro misturas de «Strangelove» (dos Depeche Mode). O último single editado por Savage foi «Don’t You Want Me», que
apareceu no seu selo, Dance World Attack Records (DWA), em 1994. (…). Após um
silêncio de quinze anos, ele editou «Twothousandnine», como single, em outubro de 2009. No início
dos anos 90, Robyx foi pioneiro na produção do género Eurodance. Êxitos como «Think About the Way» por
Ice MC, «Me and You»
por Alexia e «Run to Me»
pelos Double You fizeram de Robyx um sucesso internacional como produtor. (…).
Em 1997, Robyx produziu «The
Summer is Crazy» de Alexia.”
█ “The
Mystery of Ragoula” (1981) ♫ “You Just Can't Teach a Fool”
(1983), p/ Darts. “Era uma banda britânica revivalista
de doo-wop composta por nove membros que
alcançou sucesso nas tabelas nos fins de 1970 início de 80. (…). Fundada
em1976, por Den Hegarty junto com Griff Fender, Rita Ray e Horatio Hornblower,
todos antigos elementos da banda Rocky Sharpe and the Razors.
Juntaram-se-lhes Thump Thompson, George Currie e John Dummer, ex-membros da John Dummer's Blues Band.
A formação ficou completa com Hammy Howell e Bob Fish que cantava na Mickey
Jupp Band.” █ “Brasil” (1988) p/ Cazuza e Gal Costa.
Escrita por Cazuza, Nilo Romero e George Israel, tema do genérico da telenovela
“Vale Tudo”,
transmitida na RTP 1, de segunda a sexta pelas 20h20, de quarta-feira, 6 de
dezembro de 1989 / sexta-feira, 22 de junho de 1990. “Em 1994, a cantora Gal
Costa convidou o polémico diretor de teatro Gerald Thomas para dirigir o seu
espetáculo «O Sorriso do
Gato de Alice», que estreou naquele ano no Teatro Imperator, Zona Norte do
Rio de Janeiro. Na estreia, ela entrou descalça no palco vestindo uma roupa
escura inspirada nos uniformes de operárias fabris, pisando por cima de um
telhado cenográfico como uma gata. De repente ao cantar a música «Brasil, mostra a tua
cara / Quero ver quem paga pra gente ficar assim», Gal Costa abriu a blusa e
mostrou os seios, para surpresa geral do público. No dia seguinte todos os
jornais estamparam na primeira página a foto da cantora com seios à mostra. «Não
me arrependo da ousadia, o espetáculo cumpriu com a sua proposta de criar uma
rutura com o óbvio», afirmou Gal Costa na época.”
“O espetáculo «O Sorriso do Gato de Alice», que estreou quinta-feira passada [1
de setembro de 1994] no Palace, é uma feliz e inusitada combinação da
«baianidade» de Gal Costa com a teatralidade de Gerald Thomas. Resulta num
expressionismo descalço, à beira da praia. Quando começa o espetáculo, em cima
do telhado, com os olhos arregalados e cara de «o que estou fazendo aqui», Gal
pode deixar atónitos muitos de seus fãs (o que já não é um mau começo). Mas
assim que sua voz aparece em «Solitude» dá-se o fenómeno de reconhecimento
imediato e natural. A voz de Gal domina o espetáculo. As caras e olhos deixam
de ter importância, mas ao mesmo tempo servem para eliminar posturas e
trejeitos viciados, inaugurando uma nova visão da cantora. Mas não é só isso. O
cenário, a luz e as inevitáveis nuvens de fumaça também se beneficiam do
tempero baiano. Todo o aparato teatral poderia resfriar o espetáculo não fosse
a maneira como Gal se mexe, dança e pula. Gal segue cantando «Mãe da Manhã» e o
fado «Não é Desgraça Ser Pobre», que interpreta no ritmo sem precisar forçar o
sotaque luso. Até este momento do espetáculo, os músicos não apareceram,
escondidos atrás de uma cortina. Quando ela se levanta, o clima descontrai, o
espetáculo fica mais normal e as músicas são sambas. Mas a cortina desce de
novo, para se levantar em seguida e criar outro clima que vai introduzir
«Tropicália», de Caetano, e «Brasil», de Cazuza. Nestes dois cantos-manifestos,
Gal não poupa caras e gestos fortes. Mas tampouco mostrou os seios, deixando a
blusa apenas entreaberta, na sua primeira semana em São Paulo.” [4]
____________________
[1] As jovens com talento não perdem tempo a estudar ou
trabalhar expressam-se diretamente através da arte e vivem intensamente nas
discotecas. Luba, 1,70 m, 52 kg, 88-63-93, sapatos 38, nascida a 11 de
abril de 1986 em Krasny, Rússia. «Baby if you'll give it to me, I'll give it to
you…» - esta canção descreve a
personalidade de Luba. Louca e imprevisível, esta modelo é uma grande
apreciadora de discotecas, dirty dancing, festas diversas e rapazes
ricos. A sua vida é a luz dos holofotes e o som das canções populares. Ela está
acostumada a dançar a noite toda e dormir o dia inteiro. Luba é como uma traça.
Voa de noite onde a música alta e os rapazes sensuais estão. Esta foliona
está-se nas tintas para as enfadonhas aulas na universidade, a sua vida é uma
enorme discoteca, onde praticamente toda a gente está autorizada a entrar.
«Quero desfrutar a vida agora, enquanto sou jovem, bonita e sexy. Não vou esperar até ter rugas»,
costumava dizer Luba. Ela tem um grande sentido de humor e temperamento
descontraído: ela é de muito fácil trato. Faz as pessoas gostarem dela e tem
muito amigos e namorados. Luba gosta deste tipo de vida e não quer mudar nada.
Não estuda e vive à custa dos pais, mas isso não lhe cria macaquinhos na cabeça.
Ela não trabalha nem estuda, só gosta do seu part-time com Grig Galitsin. Ela disse-nos que o seu melhor dia foi
quando se viu como modelo de nu. Apesar de um estilo de vida tão louco, Luba
tem uma aparência diferente. Tem um rosto inocente, puro e atraente. Por isso
Grig Galitsin ficou um pouco surpreendido ao saber do seu estilo de vida. Ela
adora posar nua e quer você goste dela.” Entrevista: P: “Quais
pensas que são os teus melhores atributos?”, Luba: “Maneira de ser descontraída
e cara bonita.” P: “Cor favorita?”; Luba: “Cereja.” P: “Programas de TV favoritos,
lista de nomes”, Luba: “Dom 2” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, Luba:
“O idiota, Dostoievski.” P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, Luba: “The Butterfly
Effect.” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, Luba: “Cosmo.” P: “Música favorita,
lista de títulos”, Luba: “Música pop
– Benny Benassi. ” P: “Altura favorita do dia,
porquê?”, Luba: “A noite, sou hiperativa.” P: “Qual é a tua formação? Curso?”,
Luba: “O liceu.” P: “Falas outras línguas? Se assim for, diz-me algo nessa
língua”, Luba: “Não.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”,
Luba: “Discotecas, Nova Iorque, Londres, Ibiza.” P: “Quais foram os locais que
visitaste?”, Luba: “Paris, Londres, Nova Iorque, Ibiza, Maiorca.” P: “Qual é o
teu feriado preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças,
etc.)”, Luba: “O aniversário.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Luba:
“Batatas fritas e hambúrgueres.” P: “Qual é o teu carro de sonho?”, Luba:
“Porsche.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Luba: “Modelo.” P: “Descreve o
teu lugar favorito para fazer compras”, Luba: “Park House.” P: “Assistes a
desporto, se sim, quais são as tuas equipas favoritas?”, Luba: “Não.” P: “Quais
são os teus passatempos?”, Luba: “Ir a discoteca, jogar.” P: “Preferência de
bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, Luba: “Sumo de tomate com vodka, Martini
com sumo de laranja.” P: “Tens algum animal de estimação?”, Luba: “Não.” P:
“Estado civil?”, Luba: “Solteira.” P: “Nada se mete entre mim…”, Luba: “Mim e o
meu estilo de vida.” P: “O meu pior hábito é…”, Luba: “Não tenho nenhum.” P: “A
única coisa que não suporto é…”, Luba: “Uma pessoa enfadonha.” P: “Que animal
melhor descreve a tua personalidade e porquê?”, Luba: “Um macaquinho, sou
barulhenta, engraçada e ativa.” P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam
que eu era…”, Luba: “Maluca, uma farrista.” P: “Como é que descontrais ou
passas o teu tempo livre?”, Luba: “P: “Com os meus amigos, vamos a discotecas.”
P: “Qual foi o momento mais feliz da tua vida?”, Luba: “A minha primeira viagem
a Nova Iorque (com os meus amigos).” P: “Quais são as tuas esperanças e
sonhos”, Luba: “Quero ser jovem para sempre.” P: “O melhor conselho que já me
deram foi…”, Luba: “Para posar nua no estúdio de Galitsin.” P: “O pior conselho
que me deram…”, Luba: “Ficar parada em casa.” P: “Que tipo de cuecas usas, se
algumas”, Luba: “Odeio vestir qualquer tipo de cuecas.” P: “Homem ou mulher
ideal”, Luba: “Nunca conheci essa pessoa, não acredito que exista.” P: “O
tamanho importa? Qual é a tua medida ideal?”, Luba: “Importa! O maior.” P:
“Descreve a tua primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação,
etc.)”, Luba: “Foi numa festa durante a dança, numa jaula. Foi tão fixe.” P: “O
que te excita?”, Luba: “Corpos bonitos.” P: “O que te desliga?”, Luba:
“Conversa de chacha.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Luba: “Tudo” P:
“Melhor maneira de te dar um orgasmo”, Luba: “Sexo oral.” P: “Qual foi o teu melhor
ou mais prazeroso orgasmo?”, Luba: “Com o gerente de uma discoteca, no seu
escritório, em cima de uma mesa grande.” P: “Masturbas-te? Com que frequência?
(dedo, brinquedos ou ambos)”, Luba: “Sim, claro, frequentemente. Com dildos.”
P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se algum?”, Luba: “Colecionar dildos.” P:
“Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias
que fosse?”, Luba: “ Numa gaiola de dança.” P: “Posição sexual favorita,
porquê?”, Luba: “A normal, consigo realmente relaxar.” P: “Descreve um dia
típico da tua vida”, Luba: “Levanto-me às 11h00 ou 12h00. Depois, tomo um banho
e o pequeno-almoço. Então, telefono aos meus amigos e fazemos alguma coisa
juntos. À noite… já sabe o que nós fazemos.” P: “Tens alguma curiosidade sexual
que gostasses de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com
pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, Luba: “Gosto de dançar com
raparigas, especialmente com feias. Normalmente, imagino-as beijando a minha
rata, seios...” P: “Descreve em detalhe a tua fantasia sexual favorita”, Luba:
“Quero fazer sexo com vários rapazes ao mesmo tempo.” P: “Conta-nos a tua ideia
de um encontro de sonho”, Luba: “Numa discoteca.” P: “Se pudesses ser
fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhias? O que te
faria sentir mais desejada, mais sensual?), Luba: “Aos ombros do Galitsin.” Sites: {jeuneart} {The Nude}.
[2] “Um estudo da
Universidade de Otava descobriu que existem 237 motivações diferentes para
querer ter relações sexuais. O site
Daily Star pegou nesta investigação e fez o top 10 da lista. 1. Sentirem-se
atraídas pela outra pessoa; 2. Quererem ter prazer físico; 3. Só porque lhes
sabe bem; 4. Quererem mostrar carinho pela outra pessoa; 5. Quererem expressar
o amor que sentem pela outra pessoa; 6. Quererem libertar a tensão; 7. Têm uma
vontade inexplicável de fazer sexo; 8. Por ser divertido; 9. Por terem percebido
que estavam apaixonadas; 10. Por se terem envolvido no calor do momento.”
[3] O corpo
humano, sujeito à entropia, degenerescência e morte, desvanece, no decorrer do
tempo, o seu atrativo sexual, sobretudo o corpo feminino, e nem todos são Cristiano Ronaldo com
capacidade financeira de fintar o destino, mantendo o corpo da mulher, mudando
de mulher. Este processo conserva a parceira numa idade fixa, quando engelha,
outra mais nova salta do banco, apaixonando-as através de uma conta bancária
monstra. Para os menos fornecidos de euros, uma solução mais económica será a
compra de uma ginoide. “Quase metade dos homens admitem comprar robots de sexo
no futuro próximo. Mas, se não forem cuidadosos, os incansáveis robots poderão
empurrar os seus amantes humanos para além dos limites. As descobertas vêm de
duas apresentações chave na conferência «Amor e sexo com robots», em Londres, e
sugere que os robots tornar-se-ão um parceiro cada vez mais popular na cama,
justificando um sistema de ética para o seu desenvolvimento e uso. (…).
Contudo, ao virarem-se para os sexbots,
os humanos podem sobre-exceder-se até ao ponto do colapso, advertem os
investigadores. Oliver Bendel, investigador da University of Applied Sciences
and Arts, noroeste da Suíça, diz que o desenvolvimento de robots de sexo deveria
ser submetido a questões de ética da máquina. (…). [A ética da máquina vê as
máquinas, sejam carros sem motorista, chatbots,
drones militares e, provavelmente, o seu modelo básico de prazer, como
potenciais agentes morais por direito próprio]. Bendel
avisou que há «limites físicos» para a sexualidade humana, especialmente para
os homens. Como os robots têm o potencial de continuarem sem se cansarem, isto
pode colocar os utilizadores em risco de excesso de esforço. «Se a máquina
sobre-excede o humano, reduz a possibilidade de sexo humano», diz Bendel. Outra
questão era se os robots deveriam ser capazes de «seduzir» os utilizadores. E,
em circunstâncias extremas, o perito pergunta-se se os robots devem ser capazes
de recusar, e se devem ser obrigados a revelar que são robots. Há também
preocupações na possibilidade de proliferação, uma vez que estes robots seriam
capazes de recolher dados dos seus parceiros. Tais ameaças começam a emergir.
No início deste ano [2016], uma mulher processou a empresa de brinquedos
sexuais, We Vibe, alegando que vigiavam dados íntimos recolhidos pelo dildo inteligente e correspondente
aplicação. Nos últimos meses, especialistas têm avisado que brinquedos sexuais
ligados à internet são vulneráveis aos piratas informáticos.”
“Sexbots: Programmed for Pleasure” (2016),
real. Brad Armstrong, c/ Asa Akira, Brad Armstrong, Marco Banderas … “O
premiado realizador Brad Armstrong perscruta o futuro onde os cientistas
criaram a Derradeira Companheira Sexual, e após uma década de trabalho
alcançaram a perfeição. Mas, um dia antes da revelação da Asa Doll (Asa Akira)
ao mundo, ela avaria e fode o cientista chefe até à morte.”
“É uma bela
manhã em Huntington, Virginia Ocidental, mas David Mills quer beber uma cerveja
na mesma casa decrépita onde viveu desde o nascimento. No outro quarto está o
seu nonagenário pai doente. Mills, o mais novo, é mais conhecido por ter escrito «Atheist
Universe: The Thinking Person’s Answer to Christian Fundamentalism». No
prefácio, o filho de Carl Sagan, Dorion, elogiou a «lógica impecável, a bravura
intelectual e clareza profissional» de Mills. Richard Dawkins deu-lhe uma
sinopse - «uma obra admirável» - e mencionou-a duas vezes no seu bestseller, «The God Delusion». Na sua
introdução a uma nova edição, em 2016, Mills alegremente informou os leitores
que ele foi publicamente condenado como porta-voz de Satanás, uma desgraça para
a dignidade humana, um idiota, um cabeça de alho choco e, o seu favorito, um «lastimável
homem de meia-idade, envergonhado pelo seu desemprego vitalício, e congelado,
emocional e intelectualmente, no início da adolescência». Aos 55 anos, ele está
cansado do ativismo ateísta, que faz desde o final da década de 1970, e está
pronto para um reiniciação da carreira. Recentemente tornou-se proprietário de
uma RealDoll - o Rolls Royce das bonecas sexuais, concebidas há
duas décadas pelo artista e empreendedor Matt McMullen. Mills, que
soube delas através de um episódio de «Family Guy», visitou o site da empresa e ficou convencido que
as fotos eram de modelos, não de bonecas, porque pareciam tão realistas. Mais
pesquisa provou o contrário. «Pensei, bem, ena, gostaria de algo assim»,
recorda ele. «Quero dizer, adoro mulheres. Minha Nossa Senhora, absolutamente,
adoro mulheres». E especialmente as pernas. «É isso que me atrai numa mulher
tanto como a cara, se não mais». Grande problema, todavia: «O meu conflito de
personalidade fundamental é que gosto de facto de mulheres, mas não gosto estar
perto de pessoas». Um solitário desde
a infância, conheceu a sua primeira mulher em 1984, na Polónia comunista,
através de um catálogo de noivas por encomenda postal, e viveu com ela 18 anos
até conhecer a sua futura segunda mulher online.
Este casamento terminou pouco antes de ela ser presa pelo FBI por um crime de
colarinho branco. Mills tem evitado relacionamentos desde então. Ele calcula
que, das cerca de 180 mulheres com quem teve sexo, um pouco mais de metade eram
prostitutas. Essa profissão tem ido às urtigas em Huntington ao longo dos anos,
então Mills pensou que uma RealDoll desse para o gasto. Encomendou um modelo
«Body A» RealDoll2 (38 kg,
84-61-89, sardas personalizadas) e chamou-lhe Taffy no mesmo dia em que enviou
um cheque de 6560 euros para a fábrica em San Marcos, Califórnia, chamada Abyss
Creations.”
Para o
género feminino, os robots sexuais, eletrodomésticos vulgares, correspondem,
nos dias de hoje, à modernidade da cozinha do filme “Mon Oncle” (1958),
real. Jacques Tati, estreado sexta-feira, 21 de fevereiro de 1975 no Apolo
70). Alguns robots sexuais funcionais:
Orino Robo Adjustable Sex Machine, Fuckzilla, LoveBots Ride-On
Ejaculating Sex Machine, Shockspot, Nora, Kiiroo Pearl,
Magic Wand Rechargeable, Picobong Transformer, Tingletip Electric Toothbrush
Clitoral Vibrator, Fun Factory Amorino USB Rechargeable Rabbit…
[4] Desperdiçar ativos numa sociedade de mercado é crime e
pecado, um valioso, a primeira vez, desperdiça-se numa ideia falsa de que há
refeições grátis. Para a estreia, as jovens têm opções, a tailandesa, em que o hímen,
recolocado cirurgicamente, vende a virgindade até idade avançada ou, granjear
prestígio, vendendo-a uma única vez por uma batelada de massa. “Anna
Feschenko, 17 anos, uma modelo que foi dama de honor no concurso Miss
Moscovo em junho [2016], viajou para os Emirados Árabes Unidos depois de
afirmar que era um prémio do concurso. Mas os seus amigos negaram isso e
disseram que a sua verdadeira intenção era juntar-se a um serviço de
acompanhantes que a ofereceria como uma virgem a clientes árabes. Ela esperava
ganhar dinheiro para pagar a sua educação universitária em Moscovo. A sua
companheira de viagem, chamada Ekaterina
K, 19 anos, fugiu quando percebeu a alegada intenção de Anna de trabalhar
como acompanhante no Dubai. «Viajei para lá, porque Anna convidou-me e disse
que era um prémio pago pelo concurso Miss Moscovo». Outra amiga, Karina diz
que Feschenko está a viver num apartamento com um grupo de raparigas bonitas
que trabalham todas como acompanhantes. «Dois dias depois tivemos um stress
quando eu soube a verdade sobre por que estávamos ali. Disse à Anna que não ia
ficar e regressaria a casa. A Anna tentou demover-me, pediu-me para não ir
embora e deixá-la sozinha. Mas eu não preciso deste tipo de trabalho». A
adolescente alegadamente deveria receber 9500 euros depois de pagar uma
comissão a uma agência não especificada. A polícia está a verificar se Anna se
inscreveu num serviço de acompanhantes antes de deixar a Rússia, que poderá ter
pagado os voos para uma entrevista de casting. Os pais da Ekaterina, que foram
ao Dubai para trazer a filha de volta, informaram a mãe de Anna que pediu ajuda
à polícia. «Acho que ela tem o direto de saber», disse Ekaterina. «É um
privilégio ser virgem nos EAU. Penso que a Anna ficou impressionada com a pipa
de massa que podia ganhar». Ela afirmou que Anna já não estava a viver no hotel
onde originalmente ficaram, mas estava num apartamento no Dubai com duas outras
raparigas europeias que estão prontas para trabalhar como acompanhantes. Outra
amiga, Karina, afirmou que avisou antecipadamente a Anna sobre os riscos de tal
empreendimento. Olga Feschenko, mãe de Anna, disse que estava em contacto com a
filha por mensagens de texto e que espera que ela regresse à Rússia. Ela
esperava-a ontem e ela não veio. «Eu estou em contacto com a Anna, estamos em
contacto o tempo todo», disse ela. «Estou preocupada com a minha filha, sou uma
mãe normal. Vejo muitas telenovelas e sei o que está acontecendo lá, por isso
decidi correr para a polícia. Normalmente, ela mandava-se sempre um SMS quando
terminava qualquer atividade, como o ginásio, e agora vê o que aconteceu. Então
fui à polícia». (…). Acredita-se que seja através um site desse tipo que Anna Feschenko «encontrou o seu patrocinador
antes de ir para o Dubai». «Existem comunidades online que oferecem vender a virgindade no estrangeiro mas, neste
caso, frequentemente, as raparigas têm de ir a um casting», afirmou Life.ru. um
anúncio típico foi citado como afirmando: «Virgens precisam-se para encontros
com homens muito ricos. O seu país natal ou cidade não importa. Compramos os
bilhetes e vamos esperar à chegada. Pagamento reto. A verificação médica é a
primeira etapa. É seguro. Confidencial. É tudo verdadeiro. Preencha o
questionário e envie-o para mim. Entrarei em contacto consigo». Anna escolheu o
lema: «Seja você mesma! Nunca desista! Luta, mexe-te, levanta-te!» o site do
concurso de beleza, no qual foi coroada primeira dama de honor da Miss Moscovo,
disse que ela é uma corredora de fundo que adora música clássica e toca
violino. Ela estava ativamente envolvida em trabalho solidário e «sonha viajar
pelo mundo».”
14 Comments:
At 7:22 da manhã, Táxi Pluvioso said…
20.º Post de 1984, mês de agosto. Foi aprovado o aborto para casos específicos como violação ou malformação do feto, mesmo assim a padralhada e o Gentil Martins fartaram-se de chiar contra. A outra tentativa de mudança veio em 1998 com o Sérgio Sousa Pinto, mas Guterres e Marcelo eram contra e impuseram o referendo. Nessa época a irmã Lúcia meteu-se na campanha donde a sua célebre frase: “Em 1917 nem sequer havia cá disso”. Outro anti-abortista, conta Cavaco no seu livro de vingança contra Sócrates, é Santos Silva, o truculento deputado, também engolidor de missas. E é preciso não esquecer que Passos Coelho, um político retrógrado, sempre a empurrar o país para trás, introduziu as taxas moderadoras no aborto.
A frase do título vem de um sequestro seguido de resgate, cometido por um empreendedor de sucesso de Cascais, uma coisa tão trapalhona, muito à nossa maneira de ser. Nesse mês vem a Portugal Stevie Wonder, apresentado como o concerto do ano, afinal pouca gente apareceu para o ver, naquela época ainda não era de bom tom ver pimba americano. Já com muito mais sucesso é estreado “Indiana Jones e o templo perdido”.
A temática geral na secção cinema é os robots, e particularmente as ginoides (que aqueles contra o Acordo Ortográfico chamam sexbots), que irão libertar a mulher do trabalho escravo sexual, usar a mulher para o sexo inferioriza-a, insulta-a, é uma agressão, e impede a sua subida aos postos de chefia. Não foi possível esgotar o tema, faltou o célebre texto de Milo Yiannopoulos, mas isto já estava muito longo, até me admirou como o blogger aceitou tanta letra.
At 4:25 da tarde, Anónimo said…
Depois venho com uma opinião importante. Táxi, uma vez disseste que não gostavas do Keith Jarrett, pois tens aqui a Hirokita Jarreta:
https://www.youtube.com/watch?v=G7xAbT4jzD8
At 8:42 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Fogo, não há nada que estas japonesas não consigam fazer.
Sinalizo, citando Assunção Cristas e outros Cêdêésses, Gal Costa no link “O Sorriso do Gato de Alice”, numa performance de tetas ao léu, sinalizo, claro, a performance, não as tetas. Sinalizo, também a nota 3 da secção música, onde valorizo, citando Nuno Melo e outros Cêdêésses, a solução para a entropia e degenerescência do corpo humano. Ronaldo tem massa, pode contornar isso mudando de gaja quando elas começam a enrugar, mas os outros mortais não têm aquele sex-appeal (montões de lecas), e a solução é a ginoide. David Mills fala da sua experiência com a RealDoll que encomendou. As bonecas são tão perfeitas que só lhes falta fazerem comentário político na TV ou apresentarem o telejornal.
Na nota 2 da secção televisão coloco em cima da mesa um assunto não tratado pelos sociólogos, incompreensivelmente, visto ter sido feita uma reforma estrutural. Quando havia só um canal de TV, havia apenas uma telenovela, e a mulher portuguesa tinha um referente de conversa com as vizinhas, enquanto esperava que o seu mais que tudo regressasse do bulimento. Com vários canais, várias telenovelas, esse chão comum conversacional desapareceu, só recentemente, com o aparecimento das webcams é que este esperar pelo seu amorzinho não é um calvário de aborrecimento (e nalguns casos de encornanço pois passa um bófia fardado e musculado e elas não resistem), permitindo até que ganhem algum dinheiro. É uma grande revolução. Ainda espero um dia topar com alguma vizinha nesse novo emprego. Fotos nuas já encontrei, aliás meti no post anterior, sinalizando, que vinham misturadas com outra modelo.
Deves pensar que é por causa do vestido, mas não, não percebo nada de moda, é mesmo pela festa da música.
Para ilustrar a entropia, de assim
fica assim.
Ou ainda pior, este.
Até apetece chamar pela mamã.
Chega de mariquices, música para homens.
Epá, hoje é o dia mundial do orgasmo, como o comemorará o prof. Marcelo?
At 10:56 da manhã, Anónimo said…
O prof. Marcelo vai ao estúdio de Sá Leão, tirar selfies e apoiar a força de trabalho nacional em prol de São Orgasmo.
Phil Collins é a melhor banda de sempre.
Tu já escreveste alguma cena sobre o Paulo Dimas? Aquele gajo que fazia crítica de jogos de computador (commodores e isso) nos programas da tarde.
Olha lá, estive a ler sobre o "estádio do espelho" de Lacan. E se o infante for o Stevie Wonder?
-
"esse chão comum conversacional desapareceu"
Mas esta dialéctica hegeliana, esta marcha do Espírito, está aí com um elo perdido: as reuniões de tupperware.
At 2:36 da tarde, Ana Casanova said…
Meu amigo, passo para dar aquele abraço de sempre.
Boas férias!
At 8:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Ana Casanova:
Então como vai a vida editorial? O blogue tem andado parado, deduzo que as estão a bombar.
Boas férias
At 8:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Bom, nem vou fazer a piada fácil erótico-jocosa que, o prof. Marcelo foi passar o Dia Mundial do Orgasmo com os escuteiros, e Deus me livre de ver, na sua declaração de que veio de “alma cheia”, algo como veio de lá de papinho cheio.
Não me lembro do Paulo Dimas, eu não era gajo que consumisse programas de informação, coisa que não metesse porrada não me atraia, além de que, pelos oitentas, o dinheiro era gasto noutras coisas, e computadores era uma despesa distante.
Ah, o saudoso Lacan, tinha tanto livro dele, e agora não tenho nenhum.
Onde já vão as festas Tupperware, ainda me lembro de minha mãe vender Tupperwares às amigas. Creio que as festas atuais já não são de Tupperware, as amigas agora reúnem-se para experienciar dildos.
Ou muito me engano, ou os cabrões estão a limpar as gajas nuas do Tumblr. Até acho bem, a mulher é em casa, na cozinha, e só pode sair à porta para varre a soleira. Até o Tumblr das gajas nas bibliotecas desapareceu. Só posso desejar aos donos do Tumblr um dildo de 50 cm e que eu algum dia conheça as suas mães.
Bófia que prendeu o Lula.
Le Tigre.
At 9:47 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Hoje vem uma noticia preocupante no CM - professora vê colega a exibir pénis a aluno - saltando por cima da questão: sabe ela o que é um pénis? não é questão de somenos importância, pois há muito mais desinformação do que se supõe, que terá feito ela? espero que tenha agido como pedagoga, ocultando-o logo, e não vou fazer a piada fácil de que para escondê-lo, o melhor, é engoli-lo.
At 12:39 da tarde, São said…
Passos Coelho é um fedelho mimado metido a besta, como se diz no Brasil.
Lamentável é haver quem o apoie e vote ainda nele!
Bom fim de semana
At 3:15 da manhã, Anónimo said…
Muito ocupado. Táxi, aproveita para ler uns policiais da Agata Cristas:
https://www.publico.pt/2017/08/13/politica/noticia/cantora-agata-entra-na-corrida-autarquica-1782225
At 10:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: Passos foi o pior dirigente que Portugal alguma vez teve. Talvez ele tivesse tido azar, se tivesse governado com a conjuntura (chuva de fundos europeus) no tempo de Cavaco, seria um génio que pôs o país a crescer e a enriquecer. Ontem estive a ver a sua palestra aos militantes bronzeados, no Algarve, e não se pode dizer que não seja casmurro, continua a bater na mesma tecla: no futuro, com ele, as coisas serão o paraíso na terra. Esta ideia de chutar para o futuro é inteligente, durante a governação as pessoas vivem na miséria porque ele quer estar à mesa com os carolas (do momento) da Europa, e simplesmente não sabe que fazer, depois, no futuro, já deixou o governo há muitos anos, já ninguém se lembra quem é Passos, haveria progressos. É uma ideia inteligente porque é parva, isso nunca sucederá porque entretanto as coisas mudaram, a economia já está noutra.
Mais lamentável é ver-se velhotes passistas. É uma coisa que me deixa perplexo. Eles não fazem ideia do que escaparam com a saída de Passos, que já tinha prometido tirar 600 milhões de euros aos velhos, e isso era só a primeira tranche. Suponho que é o fadário nacional, levam com o pau e depois lambem a mão que lhes bateu. Tenho visto este choradinho pátrio com estes aumentos que houve nas pensões: um aumento pouco visto em termos de valor; todavia, vejo as pessoas na TV, Ah, isto não dá para nada, trabalhei uma vida inteira, este país não retribui, bláblá. É muito fácil atirar para os outros a nossa própria irresponsabilidade, uma pessoa que viveu 40, 50, 60, 70, 80… anos, e não é rica, não viveu nem trabalhou, apenas desperdiçou a vida. Eu não sou rico, não culpo ninguém, eu é que desperdicei o tempo que tive de vida.
Nem tudo é negro, a escolha de Hugo Soares para líder parlamentar promete uma barrigada de riso constante. Um idiota, rodeado de outros idiotas, é a receita para divertimento total. Vou ter que meter num post aquela sua primeira luta como líder: obrigar Costa a libertar a lista dos mortos de Pedrogão. Fez-se História. Foi a coisa mais importante na vida política portuguesa desde que ela nasceu. Vai custar digitar aquilo tudo, mas é pelo bem das gerações futuras para que saibam que há grandes parlamentares em Portugal. (Apesar de ele ter sido um pouco maricas e não ter exigido que se incluísse os suicídios de Passos Coelho e os mortos da lista da tal empresaria, pode ser que para a próxima batalha Hugo seja mais valente).
At 10:46 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Calculo que o tempo seja mais que curto, pelo que vi a vida cultural por aí ferve mais que água a 100 graus, é música, é cinema, é religião, e agora são os flamingos cor-de-rosa, essa nova trend que coloriza o verão. Pelo meu lado tem sido uma autêntica tortura escrever, estar sentado provoca-me dores piores que as de Van Gogh a pintar ou Mariah Carey a cantar. Estou só à espera que as tipas do laboratório aqui da rua regressem de férias para fazer umas análises e voltar à médica, desta vez vou pedir-lhe para me mandar a um especialista, no posto médico não me safo, nem chego ao Natal.
A coisa boa é que finalmente recebi as minhas All Star, e serei enterrado com elas, vou deixar crescer o cabelo para fazer um corte à Dee Dee Ramone, e estou com o look ideal para me apresentar perante Deus e dizer-lhe What’s shakin’, dude? Sim, eu vou para o céu, o mafarrico que fique com o Marques Mendes ou o das Neves.
Em honra de.
Fogo, esta Ágata entrou bem na política, diz que nunca ouviu os discursos da Assunção Cristas e no entanto aparece nessa foto fúfica. Ela espera dar o seu melhor, nah, não vou fazer a piada fácil que, o melhor dela, é o cu. Seria até ofensivo e um crime de género, e eu pauto-me pelas boas práticas, nem sequer seria capaz de pensar tal coisa muito menos escrevê-la (pedi a um vizinho que escrevesse isto para não me macular). Enfim, também não vou lembrar os desenhos de Bordalo Pinheiro, para que não surja mal-entendidos com a política ou a Ágata ser uma porca.
É como se costuma dizer.
Ela aqui ainda era virgem.
At 7:43 da manhã, Táxi Pluvioso said…
d. a.:
Epá, como é que te está a correr o verão? A mm só me falta que uma gaivota me roube “A crítica da faculdade do juízo”. Primeiro, precisei de ir ao fundo de um monte de jornais buscar uma entrevista do Vítor Bento, tinha-me esquecido que aquela joça era longa para caraças e, para chatear o DN não pôs online, levei muito tempo para digitar as juicy partes. Decido dormir um pouco pelo meio e continuar depois, a pilha de livros de filosofia do CM cai, provocando efeito dominó, caindo livros e jornais, ficando o chão pejado de cultura (da boa). Nem me meti a pôr aquilo por ordem, foi arrumado às três pancadas (que não são de Molière, visto ele não constar deste espólio).
Depois, meto-me a comprar um adaptador para tornar um disco rígido num USB. Primeiro numa empresa do Porto, enviam à cobrança, mas o gajo queria uma entrada de 25 %, e ainda bem, assim anulei a encomenda e passei para outra empresa. Também enviam à cobrança e sai mais barata. Agora, acabo de descobrir uma loja aqui, relativamente perto, que vende a porcaria do adaptador por metade do preço, é doutra marca mas o efeito será o mesmo. Porra, se tiver mais um azar está na hora de ir ao prof. Karamba pedir umas patas de galinha ou patas de pata para afugentar os maus espíritos.
Tenho que ir comprar o I, uma gaja do governo afirmou-se como fufa, só espero que não se atire à Mariana M, pois as fufas são umas predadoras, não podem ver uma cara linda, que se afiambram logo. O Carlos Abreu Amorim veio comentar, que o governo não tem nada para anunciar então sairão todos do armário. Que bom seria, que histórico, se Carlos Abreu Amorim se assumisse como panasca e se atirasse ao velho Jerónimo. Dizem as boas práticas de engolir a palhinha que aquele que faz de femme seja mais novo e o macho tenha a experiência do tempo. E ainda por cima, o JN dizia há dias que o traje vianense era a nova moda, e Carlos Abreu Amorim ficaria muito giro num. Já estou a ver Jerónimo e CC Amorim, os serões, a brincar com plasticina.
At 3:29 da tarde, Anónimo said…
Corrijo: o santo graal seriam as duas juntas, não tinha visto bem.
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