Valentes como os fãs de futebol
Tata-rara tocam as cornetas a reunir para salvar a pátria de Cristiano Ronaldo. Respira-se outra vez o clima rebelão do ultimato inglês de 1890. Urge ler o poema “Finis Patriae” de Guerra Junqueiro (inspirado pelo sentimento anti-britânico nacional após o fiasco da pretensão de ligar Angola e Moçambique por terra) no intervalo das “Chiquititas” para acicatar o patriotismo da mocidade heróica e bela. Que verta o sangue ébrio contra a desleal terra de Wayne Rooney. Ó cínica Inglaterra que cambiaste a palavra de Deus pela de Wbush. E compras a alma do Islão com beer e fish ‘n’ chips. A tua honra é inútil floppy disc. Pela estrada fora da História, ó império daninho, vai uma Polícia seguindo o seu norte magnético, e tu o salteador do “stand and deliver” que lhe sais ao caminho, com a manha da City e a coragem do pub, a roubar-lhe os anéis da fama, do prestígio e da competência! No poema, Guerra Junqueiro pôs todas as figuras da nossa portugalidade a falar. (Passados mais de 100 anos não mudaram muito. Na nação dos “debates de actualidade no Parlamento” Bob Dylan não nasalizaria “The Times They Are A-Changin’”).
Falaram choupanas dos camponeses. Falaram pocilgas de operários. Falaram casebres de pescadores. Falaram os hospitais. Falaram as escolas em ruínas. Falaram as cadeias. Falaram condenados. Falaram as fortalezas desmanteladas. Falaram os monumentos arrasados. Falaram estátuas d’heróis. E uma premonitória voz na treva avisa que Deus martela dia e noite a tumba onde dormirão os ossos da pátria lusa. O castelo, símbolo do pundonor lusitano, responde “não” à escuridade. Ela que arrede porque depois de emborcar mais uns copitos ele vai para a rua gritar vivas a el-rei – ó execranda sorte, afinal o príncipe Simão (depreciativo usado por Junqueiro contra o rei D. Carlos que tem “Simão” algures no seu extenso nome de Carlos Fernando Luís Maria Victor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha) só sabe caçar e não os tem no sítio para nos conduzir. Os ingleses ficam-se a rir e… com o Zimbabué. Serão os portugueses gabarolas? “A little bit, sometimes” parece responder o invulgar grupo islandês Múm.
(A lusitana bazófia dos fins do século XIX resultou em poemas, música e valentonas discussões de tasca, somente porque os canhões ingleses não entraram a barra do Tejo. Se a marinha inglesa tivesse embicado para Lisboa, a dupla Alfredo Keil/Henrique Lopes de Mendonça, teria escrito o “Bebé Lilly” em vez d’ “A Portuguesa”).
O contemporâneo apelo pela sangueira foi despoletado pela zombaria dos ingleses sobre os métodos e procedimentos da nossa Polícia (grosso modo). Jornais e gentes troçam, tomando-nos por peludos, pançudos, nanicos e parduscos autóctones cultivadores de uvas. Invejosos da nossa grandiosa sina querem ver-nos em queda como duas estrelas americanas. O escritor de telenovelas (pretensiosamente abeiradas do relato histórico), Moita Flores, não é um Junqueiro, mas pode ser o papagaio real que berra “o silêncio do Governo é ensurdecedor”, porque não defende os seus ex-colegas enxovalhados nos canais de TV e gazetas bretões. A nossa Polícia só tem êxitos para mostrar. Não lhes roubem os anéis. São peritos gabaritados pela comunidade internacional. Os seus interrogatórios assemelham-se a um concerto da Spanking New Orchestra, mas mais artístico, com punhos fechados e aparelhos de vídeo pelos cornos abaixo, pontuado pelos ais allegro vivace dos criminosos. Não há malfeitores felizes em Portugal. Um polícia traz a tiracolo uma espingarda carregada de soluções, diria Manuel Alegre, se prosasse. Apepinar polícias é cuspir numa instituição que dá polposos frutos desde o tempo de Salazar. (A primeira corporação parecida com a actual Polícia é a Intendência-Geral da Polícia, criada em 1760, pelo marquês de Pombal e sem dúvida que lhe deu bons frutos. Mas só no Estado Novo é que a crisálida se abriu numa formosa borboleta). Os Okkervil River cantam que “Our life is not a movie or maybe”. Nós não temos dívidas, com os nossos ardilosos defensores da lei, ela é um filme com happy end.
Actualmente a nossa força não vem da torre do Outão (forte de Santiago de Outão, na margem norte do rio Sado, que defendia o litoral) mas do campo de futebol. A relva tem sobre nós um efeito similar ao cabelo de Sansão. As quatro linhas e um comentador insuflam-nos de hélio para altos voos. Do campo partimos, quais marinheiros do Cais das Colunas, para competente trabalho, produção de renomeada ciência e sucesso no estrangeiro. Cesário Verde poetava “povo! No pano-cru rasgado das camisas uma bandeira penso que transluz” porque não tinha estádios no século XIX. Não são de camisas que se fazem bandeiras. Elas são feitas de jogo corrido, conferência de imprensa e balneário (e de brincos de diamantes, com as iniciais do nome, como no Ricardo Quaresma). Por isso, se o trinfar da andorinha anuncia a Primavera e o quá quá do pato prenuncia arroz, o brasileiro de Scolari rufa tambores. Ele avisou: “não podemos ser passarinhos em campo”. E o solo pátrio é um grande campo e o nosso maior desafio corrente é defender a Polícia. O Mister lembrou que um tapa na mão dói. Logo, a luta será dolorosa, mas vamos mostrar aos ingleses que “mesmo uma pessoa racional… erra”, e eles erraram na avaliação das capacidades da nossa Polícia, que é capaz de criar uma fantasia e impingi-la a um juiz, como as melhores. O rapper francês Soprano incentiva-nos com “Halla Halla”, filmado no estádio de Vêlodrome, do Olympique de Marselha.
Por Cavaco Silva ser um sopinhas de massa, pior que D. Carlos, – o monarca ainda gostava de andar à chumbada no javali e pintar passarinhos, Cavaco contenta-se com botar discursos e passeatas –, seguimos Scolari como pirilampos, mesmo que a sua forma de esmurrar seja tão estranha como um solo de órgão de Sun Ra. Pode parecer uma mulher a socar mas também aí temos uma lição: a luta pela honra nacional é bissexual. As mulheres são um estandarte desde Dona Tareja (mãe de Afonso Henriques). Nas armas, como as mulheres dos Primeiros-Ministros (poder executivo) e nas rezas, como as mulheres dos Presidentes da República (poder decorativo). Não podemos esquecer que, na terra da irmã Lúcia, quando a investigação policial falha, a missa é como o Liedson – resolve. Durante o rapto do português David Barreto Alcedo e três menores na região de Táchira, na Venezuela, a comunidade local uniu-se para rezar. No Centro Marítimo da Venezuela, em Turumo, leste de Caracas, mais de cem pessoas jogaram pelo seguro. Não pediram pela intervenção de uma, nem de duas, mas de três Virgens Santíssimas. Rezador prevenido vale por dois. Invocaram o poder da Nossa Senhora da Saúde, da Nossa Senhora do Monte e da Nossa Senhora de Coromoto (padroeira da Venezuela). E deu resultado, os putos apareceram e foram logo comer hambúrgueres para o McDonald’s. O homem? Ainda continua sequestrado mas, se adicionarem mais umas Nossa Senhoras na missa, estará junto dos seus na volta do rosário. “You only live once” bem explicam os The Strokes, assim é preferível estar de bem com as Virgens do céu... na terra.
A violência policial não é condenável. Minha nossa! São foras-da-lei. A nossa cultura de banda desenhada aceita o “snict” das garras de Wolverine, saindo dos punhos para estraçalhar um supervilão, também topa uma carga de porrada num preso algemado. (Os americanos reconhecem a inevitabilidade de chegar a roupa ao pêlo nos interrogatórios dos terroristas e outros que os chateiem). Mas nem a violência em geral deve ser condenada de ânimo leve. A nalgada, por exemplo, tem antigas tradições e é gabada por agressores e agredidos. Até uma carga de milho mais robusta não faz mal a ninguém. Pode ser salutar. Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, numa tertúlia comemorativa dos 120 anos da Associação Académica de Coimbra, confessou como nasceu para a política. Ainda caloiro, três anos antes do golpe militar de Abril74, assistiu a uma carga da GNR e foi a epifania. Afinal, alombar (ou ver os outros a alombar) com o cassetete é tão bom e revelador como carregar nos botões das Pussycat Dolls.
O futebol tem sempre prevalência sobre a Polícia. Disto é sintomático a súbita alteração de entrevistado no programa “Grande Entrevista” da RTP. A estação de TV, para a qual pagamos taxa, publicitou a presença de Paulo Perreira Cristóvão, autor do livro “A estrela de Joana”. O escritor Cristóvão é um ex-inspector da PJ que participou nas investigações do desaparecimento de Joana Cipriano. (Note-se que PJ tem produzido mais escritores que as Faculdades de Letras do país todas juntas). O livro terá a sua importância no panorama literário português por encetar um género novo – a ficção sobre ficção. Caldeando fantasia e “ciência” a PJ solucionou o caso a contento e, escrever sobre isto, será obra de arte, catrâmbias! Cristóvão, como todos os escritores, fazia a tournée promocional da sua obra, visitando todos os canais de TV, mas foi traído pelo soco de Scolari. Foi substituído no programa de Judite de Sousa pelo treinador nacional. Scolari tinha que limpar a imagem da negação (Pedro negou Cristo três vezes) da agressão ao jogador sérvio Dragutinovic feita na primeira conferência de imprensa. Somos “Common People” garantem os Pulp.
Tata-rara tocam as cornetas a reunir para salvar a pátria de Cristiano Ronaldo. Respira-se outra vez o clima rebelão do ultimato inglês de 1890. Urge ler o poema “Finis Patriae” de Guerra Junqueiro (inspirado pelo sentimento anti-britânico nacional após o fiasco da pretensão de ligar Angola e Moçambique por terra) no intervalo das “Chiquititas” para acicatar o patriotismo da mocidade heróica e bela. Que verta o sangue ébrio contra a desleal terra de Wayne Rooney. Ó cínica Inglaterra que cambiaste a palavra de Deus pela de Wbush. E compras a alma do Islão com beer e fish ‘n’ chips. A tua honra é inútil floppy disc. Pela estrada fora da História, ó império daninho, vai uma Polícia seguindo o seu norte magnético, e tu o salteador do “stand and deliver” que lhe sais ao caminho, com a manha da City e a coragem do pub, a roubar-lhe os anéis da fama, do prestígio e da competência! No poema, Guerra Junqueiro pôs todas as figuras da nossa portugalidade a falar. (Passados mais de 100 anos não mudaram muito. Na nação dos “debates de actualidade no Parlamento” Bob Dylan não nasalizaria “The Times They Are A-Changin’”).
Falaram choupanas dos camponeses. Falaram pocilgas de operários. Falaram casebres de pescadores. Falaram os hospitais. Falaram as escolas em ruínas. Falaram as cadeias. Falaram condenados. Falaram as fortalezas desmanteladas. Falaram os monumentos arrasados. Falaram estátuas d’heróis. E uma premonitória voz na treva avisa que Deus martela dia e noite a tumba onde dormirão os ossos da pátria lusa. O castelo, símbolo do pundonor lusitano, responde “não” à escuridade. Ela que arrede porque depois de emborcar mais uns copitos ele vai para a rua gritar vivas a el-rei – ó execranda sorte, afinal o príncipe Simão (depreciativo usado por Junqueiro contra o rei D. Carlos que tem “Simão” algures no seu extenso nome de Carlos Fernando Luís Maria Victor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha) só sabe caçar e não os tem no sítio para nos conduzir. Os ingleses ficam-se a rir e… com o Zimbabué. Serão os portugueses gabarolas? “A little bit, sometimes” parece responder o invulgar grupo islandês Múm.
(A lusitana bazófia dos fins do século XIX resultou em poemas, música e valentonas discussões de tasca, somente porque os canhões ingleses não entraram a barra do Tejo. Se a marinha inglesa tivesse embicado para Lisboa, a dupla Alfredo Keil/Henrique Lopes de Mendonça, teria escrito o “Bebé Lilly” em vez d’ “A Portuguesa”).
O contemporâneo apelo pela sangueira foi despoletado pela zombaria dos ingleses sobre os métodos e procedimentos da nossa Polícia (grosso modo). Jornais e gentes troçam, tomando-nos por peludos, pançudos, nanicos e parduscos autóctones cultivadores de uvas. Invejosos da nossa grandiosa sina querem ver-nos em queda como duas estrelas americanas. O escritor de telenovelas (pretensiosamente abeiradas do relato histórico), Moita Flores, não é um Junqueiro, mas pode ser o papagaio real que berra “o silêncio do Governo é ensurdecedor”, porque não defende os seus ex-colegas enxovalhados nos canais de TV e gazetas bretões. A nossa Polícia só tem êxitos para mostrar. Não lhes roubem os anéis. São peritos gabaritados pela comunidade internacional. Os seus interrogatórios assemelham-se a um concerto da Spanking New Orchestra, mas mais artístico, com punhos fechados e aparelhos de vídeo pelos cornos abaixo, pontuado pelos ais allegro vivace dos criminosos. Não há malfeitores felizes em Portugal. Um polícia traz a tiracolo uma espingarda carregada de soluções, diria Manuel Alegre, se prosasse. Apepinar polícias é cuspir numa instituição que dá polposos frutos desde o tempo de Salazar. (A primeira corporação parecida com a actual Polícia é a Intendência-Geral da Polícia, criada em 1760, pelo marquês de Pombal e sem dúvida que lhe deu bons frutos. Mas só no Estado Novo é que a crisálida se abriu numa formosa borboleta). Os Okkervil River cantam que “Our life is not a movie or maybe”. Nós não temos dívidas, com os nossos ardilosos defensores da lei, ela é um filme com happy end.
Actualmente a nossa força não vem da torre do Outão (forte de Santiago de Outão, na margem norte do rio Sado, que defendia o litoral) mas do campo de futebol. A relva tem sobre nós um efeito similar ao cabelo de Sansão. As quatro linhas e um comentador insuflam-nos de hélio para altos voos. Do campo partimos, quais marinheiros do Cais das Colunas, para competente trabalho, produção de renomeada ciência e sucesso no estrangeiro. Cesário Verde poetava “povo! No pano-cru rasgado das camisas uma bandeira penso que transluz” porque não tinha estádios no século XIX. Não são de camisas que se fazem bandeiras. Elas são feitas de jogo corrido, conferência de imprensa e balneário (e de brincos de diamantes, com as iniciais do nome, como no Ricardo Quaresma). Por isso, se o trinfar da andorinha anuncia a Primavera e o quá quá do pato prenuncia arroz, o brasileiro de Scolari rufa tambores. Ele avisou: “não podemos ser passarinhos em campo”. E o solo pátrio é um grande campo e o nosso maior desafio corrente é defender a Polícia. O Mister lembrou que um tapa na mão dói. Logo, a luta será dolorosa, mas vamos mostrar aos ingleses que “mesmo uma pessoa racional… erra”, e eles erraram na avaliação das capacidades da nossa Polícia, que é capaz de criar uma fantasia e impingi-la a um juiz, como as melhores. O rapper francês Soprano incentiva-nos com “Halla Halla”, filmado no estádio de Vêlodrome, do Olympique de Marselha.
Por Cavaco Silva ser um sopinhas de massa, pior que D. Carlos, – o monarca ainda gostava de andar à chumbada no javali e pintar passarinhos, Cavaco contenta-se com botar discursos e passeatas –, seguimos Scolari como pirilampos, mesmo que a sua forma de esmurrar seja tão estranha como um solo de órgão de Sun Ra. Pode parecer uma mulher a socar mas também aí temos uma lição: a luta pela honra nacional é bissexual. As mulheres são um estandarte desde Dona Tareja (mãe de Afonso Henriques). Nas armas, como as mulheres dos Primeiros-Ministros (poder executivo) e nas rezas, como as mulheres dos Presidentes da República (poder decorativo). Não podemos esquecer que, na terra da irmã Lúcia, quando a investigação policial falha, a missa é como o Liedson – resolve. Durante o rapto do português David Barreto Alcedo e três menores na região de Táchira, na Venezuela, a comunidade local uniu-se para rezar. No Centro Marítimo da Venezuela, em Turumo, leste de Caracas, mais de cem pessoas jogaram pelo seguro. Não pediram pela intervenção de uma, nem de duas, mas de três Virgens Santíssimas. Rezador prevenido vale por dois. Invocaram o poder da Nossa Senhora da Saúde, da Nossa Senhora do Monte e da Nossa Senhora de Coromoto (padroeira da Venezuela). E deu resultado, os putos apareceram e foram logo comer hambúrgueres para o McDonald’s. O homem? Ainda continua sequestrado mas, se adicionarem mais umas Nossa Senhoras na missa, estará junto dos seus na volta do rosário. “You only live once” bem explicam os The Strokes, assim é preferível estar de bem com as Virgens do céu... na terra.
A violência policial não é condenável. Minha nossa! São foras-da-lei. A nossa cultura de banda desenhada aceita o “snict” das garras de Wolverine, saindo dos punhos para estraçalhar um supervilão, também topa uma carga de porrada num preso algemado. (Os americanos reconhecem a inevitabilidade de chegar a roupa ao pêlo nos interrogatórios dos terroristas e outros que os chateiem). Mas nem a violência em geral deve ser condenada de ânimo leve. A nalgada, por exemplo, tem antigas tradições e é gabada por agressores e agredidos. Até uma carga de milho mais robusta não faz mal a ninguém. Pode ser salutar. Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, numa tertúlia comemorativa dos 120 anos da Associação Académica de Coimbra, confessou como nasceu para a política. Ainda caloiro, três anos antes do golpe militar de Abril74, assistiu a uma carga da GNR e foi a epifania. Afinal, alombar (ou ver os outros a alombar) com o cassetete é tão bom e revelador como carregar nos botões das Pussycat Dolls.
O futebol tem sempre prevalência sobre a Polícia. Disto é sintomático a súbita alteração de entrevistado no programa “Grande Entrevista” da RTP. A estação de TV, para a qual pagamos taxa, publicitou a presença de Paulo Perreira Cristóvão, autor do livro “A estrela de Joana”. O escritor Cristóvão é um ex-inspector da PJ que participou nas investigações do desaparecimento de Joana Cipriano. (Note-se que PJ tem produzido mais escritores que as Faculdades de Letras do país todas juntas). O livro terá a sua importância no panorama literário português por encetar um género novo – a ficção sobre ficção. Caldeando fantasia e “ciência” a PJ solucionou o caso a contento e, escrever sobre isto, será obra de arte, catrâmbias! Cristóvão, como todos os escritores, fazia a tournée promocional da sua obra, visitando todos os canais de TV, mas foi traído pelo soco de Scolari. Foi substituído no programa de Judite de Sousa pelo treinador nacional. Scolari tinha que limpar a imagem da negação (Pedro negou Cristo três vezes) da agressão ao jogador sérvio Dragutinovic feita na primeira conferência de imprensa. Somos “Common People” garantem os Pulp.
4 Comments:
At 8:29 da manhã, Armando Rocheteau said…
Muito divertido. Continuas em grande forma.
At 12:15 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Já não há o Guerra Junqueiro ou o António José de Almeida para inflamarem a alma lusa contra os ingleses que gozam com a nossa honra. É pena. Eles bebem-nos o Porto e sujam a honra da nossa Polícia (que é nossa honra também).
Devo salientar que evito sempre escrever ficção. Os tratamentos da Polícia com murros, vídeos pela cabeça abaixo, algemar antes de bater, são situações que assisti. Por muito que a Química ou a Psicologia tenham contribuído para interrogatórios “direitohumanizados”, os velhos métodos da agressão directa, são insubstituíveis (até os progressistas americanos concordam).
At 1:30 da manhã, Armando Rocheteau said…
Esqueci-me de te deixar os parabéns pelo teu 1º ano de blogosfera.
Abraço
At 11:07 da manhã, Ana Cristina Leonardo said…
colhamos flores, como sugeria Ricardo Reis
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