Corria
o ano de 82
O
ano corria, na poeira dos dias, um povo pulvéreo apachorrava-se nos entreforros
orgulhosamente parado. Na sexta-feira, 12 de fevereiro, Greve Geral, enfatiotadas
partes lutaram pelas estatísticas: “os que se diziam ‘livres’ [partidários do
Governo AD] não poupavam os piropos em direção aos grevistas, sobretudo
isolados. ‘Furar a greve, não obrigado’ exibia no peito uma jovem que alguns
‘livres’ provocavam ‘eu é que a furava toda’ (‘ainda ficas é com os cornos
furados, ó facho!’, retorquiu a rapariga sem papas na língua). Outros, quando
alguém recusava que lhe pusessem o autocolante, berravam excitados: ‘vai pra
Rússia, ó comuna’”. Traulitada da cozida viram os pombos do Rossio: “faltavam
sete minutos para as quatro quando uma desinteligência provocada, segundo o
comando da PSP de Lisboa, pela passagem de um carro da AD [Aliança Democrática],
e que envolveu, de acordo com testemunhas oculares um portador de uma máquina
fotográfica, deu origem a tumultos. Os agentes da polícia destacados no local
iniciaram uma ‘operação de limpeza’ da zona”, corada pelo ministro da
Administração Interna, Ângelo Correia [1], enxugando
num comunicado “os agitadores já identificados e detidos” que “promoveram” os agravos
“de que resultaram ferimentos em pessoal da PSP e em cidadãos”. Esta greve
geral, a primeira [2], liquidou-se, para os sindicalistas
por uma vitória [3], 70% de adesão, para o Governo
por uma derrota; o deputado Rui Pena (CDS): “ninguém mais se vai lembrar do 12
de fevereiro de 1982, porque a maioria dos trabalhadores recusou o fim de
semana prolongado”.
Uma
figura rosa não apadroou a greve, Mário Soares [4],
secretário-geral do PS, pardos anelos encapotava para o seu futuro e
desejava-se virgíneo de contágios com a CGTP ou o PCP – (além disso o PS tinha
a sua central sindical, a UGT). Augurou-lhe negruras o sindicalista da CGTP José
Luís Judas, antes de virar o cartão e alistar-se no PS: “é possível que ele
esteja a tentar, com semelhantes atitudes, arranjar votos e apoios para vir a
ser um dia presidente da República. Mas engana-se, pois jamais terá os votos da
classe operária e dos trabalhadores”. Previsão branca, como em branco ficara a
bomba estoirada no patamar da casa do secretário-geral da UGT, na avenida
Afonso III, no Alto de S. João, Lisboa. Sábado, 6 de fevereiro, pelas 22:30, a vizinha
Rosália Gonçalves, esbaforida, bateu à porta do sindicalista amarelo prevenindo-o
da fuga de um indivíduo estranho, Torres Couto e a mulher chisparam-se esverdeados
pelas escadas, e o engenho deflagra, “na fuga deixara a porta da sua casa
aberta pelo que a explosão apenas provocou ligeiros danos materiais no interior
da habitação” [5]. De responsáveis, declarou
Torres Couto [6]: “jamais disse, ou diria, que
este atentado teria sido da responsabilidade da CGTP ou de alguém do seu
secretariado, ou até do PCP. Não sou idiota a esse ponto. O que eu disse, e
repito, é que foi obra de quem se pretende aproveitar da greve para
desestabilizar o regime”. As FP-25
[7] negam em comunicado “qualquer envolvimento
nos atentados de que foram alvo o dirigente sindical Torres Couto e o
industrial Montês”, no dia seguinte, em Cascais, e rejeitam “mais esta manobra
policial e provocatória albardada pela direita com a cumplicidade ativa e
oportunista do reformismo [epíteto com que era mimado o PCP, na época]” [8]. Os autores terão sido os Comandos Operacionais de
Defesa da Civilização Ocidental (CODECO).
Ângelo
Correia persistia no sábado 13, durante 18 minutos na televisão, num “plano de subversão
geral” encoberto na greve geral, desfilando exemplos: “uma outra acusação do
ministro, que ‘configurou’ na RTP, referia-se a um caso de sabotagem numa
fábrica de rações para gado [a Alprema], em Alcains. O ministro
afirmava que se verificou sabotagem e que teria sido adicionado um produto
tóxico. Afinal, tratar-se-ia de um erro na cadeia de produção e o produto não
passava de sal de cozinha” [9]. O
angelo-ministro obteve um grande sucesso policial. Quarta-feira, 17 de
fevereiro o capitão
Roby, alcunha de Jorge Veríssimo Monteiro, o homem que desafaimava o mulherio
em Portugal e que a Justiça, por penúria de melhor juízo, condenara a sete anos
e meio por burla, há três meses evadido do Linhó, é recapturado na pensão S.
Francisco, na avenida da República, 48, Lisboa, “estava acompanhado por duas
senhoras e passava o seu tempo a jogar cartas [à noite acostava-se com as ditas
damas]; o seu anonimato era garantido por barbas e bigode falsos”. Disfarçara-se
de advogado e jornalista, de nome Hernâni Santos, que estava “empenhado em
escrever um artigo sobre os bastidores da AD”. – Neste ano, no fantasioso Carnaval
carioca morriam mais de 120 pessoas, oito delas sob balas do Esquadrão da Morte.
E Lisboa encarecia a hora da morte. Segunda-feira, 1 de março “o preço do
talhão para uma sepultura perpétua nos cemitérios de Lisboa passou na
segunda-feira de 24 para 50 contos. (…). Todas as taxas relativas aos
cemitérios foram aumentadas abruptamente indo esses aumentos, nalguns casos,
até quase 300 %. Neste caso encontram-se nomeadamente as taxas cobradas pela
Câmara pela assistência às soldaduras efetuadas nas urnas dos jazigos e que
passaram de 400 escudos em dias de semana para 1 500 escudos. (…). …a abertura
de covas, cuja taxa sofreu um agravamento de cerca de 25%. Decisões desta
natureza são habitualmente publicadas com dez dias de antecedência em editais
camarários ou no diário municipal. Desta vez, o executivo de Nuno Krus Abecassis,
limitou-se a comunicar telefonicamente as novas taxas para os funcionários dos
cemitérios”.
Terça-feira,
2 de março, é data maior da vida parlamentar portuguesa. Feriado nacional deveria
ser! O PCP apresenta pela boca da sua deputada Zita Seabra três projetos de lei:
proteção da maternidade, planeamento familiar e interrupção voluntária da
gravidez. A menção da cópula avoaçou os lençóis de linho da cama do CDS, Rui
Pena: “uma família sem filhos é como um órgão sem função” e João Morgado: “o acto
sexual é para ter filhos”. O deputado “Morgado, antes do 25 de abril diretor de
Colónias Penais em Angola, hoje na bancada do CDS, tem precisamente a mesma
noção de família da secretária de Estado, Teresa Costa Macedo”, ele é contra o
sexo antes do casamento, “para aceitar isso eu tenho de aceitar a
prostituição”, contra o aborto mesmo por violação, “porque no embrião, ainda
assim, vem sangue da mãe”, contra a pílula “isso segundo a Lei Católica é
pecado” e “eu pessoalmente não concordo com o divórcio”. Morgado especificou numa
entrevista a católica usança dos órgãos sexuais, corrigiu, que não funcionavam
só para fecundar sementes, que a Igreja também permitia a fuçanguice: “mas não
disse que a Igreja Católica só permite o acto sexual para o nascimento de crianças.
A Igreja Católica permite também o acto sexual com a finalidade dos cônjuges se
realizarem. Com a finalidade do amor e de se realizarem paixões”. Não se safou,
entretanto, de que a deputada Natália Correia lhe lesse um poema: “Já
que o coito – diz Morgado – / Tem como fim cristalino, / Preciso e imaculado
/ Fazer menina ou menino; / E cada vez que o varão / Sexual petisco manduca, / Temos
na procriação / Prova de que houve truca-truca”.
Segunda-feira,
15 de março, “o Grupo de Operações Especiais (GOE)
da PSP treina-se intensivamente na quinta das Águas Livres, em Belas (Queluz),
para poder entrar em ação em outubro próximo, segundo revelou ontem em Alijó, o
ministro da Administração Interna Ângelo Correia [10].
(…). … destina-se ‘a combater os desvios dos aviões, raptos e o terrorismo
internacional’. (…). … os elementos que integram o GOE usam farda azul –
idêntica à utilizada pela Polícia de Intervenção – e boina verde-claro. Fazendo
um pouco de história, poderemos dizer que o Grupo de Operações Especiais da PSP
foi criado em 1977, quando era ministro da Administração Interna Costa Brás. O
assunto manteve-se no entanto em ‘ponto morto’ até que, em fevereiro de 1979, o
executivo de Mota Pinto reativou o processo aprovando a minuta da aquisição por
120 mil contos da quinta das Águas Livres, destinada ao GOE. Este veio a ser
criado, no papel, em 24 de dezembro de 1979 quando Costa Brás regressou ao
Governo e a eng.ª Maria de Lurdes Pintassilgo era primeira-ministra”. Em nome
do Pai, do Filho e do Espírito da léria não é por nós é por vós: “a segurança
das pessoas e bens constitui indeclinável obrigação das sociedades
democráticas” e “a liberdade de cada cidadão se afirmar nos seus direitos não
pode estar ameaçada por surtos de violência perante os quais o Estado se veja
impotente” – lia-se no preâmbulo do diploma. Sexta-feira, 19,
“independentemente do GOE, uma nova ´’polícia dentro da polícia’ se divisa já,
com caraterísticas que permitem aproximá-la de certos modelos de polícia
política: trata-se da DCCB (Direção Central Contra o Banditismo), que poderá
reclamar a investigação de praticamente todos os processos que lhe interessem. As
suas atribuições vão desde os chamados crimes contra a segurança interior e
exterior do Estado até aos assaltos a bancos e dependências congéneres,
atentados bombistas, rapto e cárcere privado, desvio de aeronaves e crimes
contra a vida, a integridade física e a liberdade das pessoas em geral e os
agentes diplomáticos em particular. (…). Possuirá duas grandes secções, sendo
uma de investigação e outra de vigilância. Será criada ainda uma unidade de
tratamento de informação que deverá apoiar o trabalho de vigilância e de
investigação”.
Quinta-feira,
18, “o primeiro-ministro português chegou esta tarde a Atenas para uma visita
oficial de 24 horas. Segundo declarou Pinto Balsemão antes de partir, esta
visita relaciona-se com o apoio da Grécia à adesão de Portugal à CEE e o estudo
das repercussões da entrada daquele país no euromercado. (…). Hoje mesmo
Balsemão encontrar-se-á com Papandreou e assistirá a um almoço oferecido pelo
ministro grego dos Negócios Estrangeiros. À noite haverá uma receção na
embaixada de Portugal” [11]. Sábado, 20, “o novo
Código Penal atualmente em discussão no Conselho de Ministros, através de
subtis alterações, deixa de consignar o crime de ‘ultraje ao pudor público’ e
passa a referir apenas o ‘ultraje ao pudor de outrem’. Significa isto que o
nudista só cai na alçada da lei quando, na praia, alguém se for queixar da sua
nudez”. A Igreja Católica não desnuda a sua autorização através de um seu
porta-voz: “é um problema de certa forma semelhante ao do aborto e do divórcio.
Para a Igreja é ofensiva a exibição dos órgãos genitais pelo que a
liberalização do nudismo nem sequer se põe como hipótese discutível”. Posição
contra o tempo económico. Sexta-feira, 26, os portugueses tinham cada vez menos
dinheiro para roupas: “as reservas de ouro do Estado português já não chegam
para cobrir 75% da nossa dívida externa que ascende, neste momento, a 10 060
milhões de dólares (mais de 700 milhões de contos). (…). A dívida externa
passou de 6 548 milhões de dólares em 1976 para 10 060 milhões em 1982, ou
seja, um aumento de 48% em dois anos de gestão AD”.
Sábado,
3 de abril “a Grã-Bretanha cortou relações diplomáticas com a Argentina, e os
jornais londrinos desta manhã fervilhavam de indignação imperial, atacando a
primeira-ministra, a quem deixam de tratar por ‘dama de ferro’ para lhe
chamarem ‘borboleta de pechisbeque’”. “As Forças Armadas argentinas lançaram na
noite de quinta para sexta-feira um golpe de força nas ilhas Malvinas e controlam este
arquipélago sob soberania britânica desde 1833” , decretando soberania argentina sobre as
Malvinas e os arquipélagos desabitados das Georgias e Sanduiches do Sul. Segunda-feira,
5, a armada
britânica abala para os mares do sul, 40 unidades, entre as quais dois porta-aviões,
o Invencible e o Hermes, equipados com caças Harrier, vinte navios saem de
Portsmouth e outros de Gibraltar. “Não foi fornecida qualquer indicação oficial
sobre a missão”. “O ministro britânico da Defesa, John Nott, afirmou ontem que
a Grã-bretanha estava pronta a ‘bater-se’, enquanto o presidente argentino,
Leopold Galtieri, indicava por seu turno que o seu país utilizaria ‘todos os
meios disponíveis para fazer frente’ a qualquer ataque militar”. Dois meses
depois. Terça-feira, 15 de junho, “um cessar-fogo vigora nas Malvinas até às 14
horas, prazo durante o qual está a ser negociada a rendição dos sete mil
argentinos ali estacionados. (…). Foi a primeira-ministra, sra. Margaret
Thatcher [12], numa jubilosa comunicação à
Câmara dos Comuns, quem confirmou estes factos”. Desgaste, do lado inglês,
corpos: “pelo menos 228 mortos ou desaparecidos, incluindo 19 soldados, três
pilotos de jactos e dois tripulantes de helicópteros perdidos em acidentes. Um piloto
de jacto capturado, pelo menos 244 feridos”. Material: aviação: “oito caças
Harrier de descolagem vertical e bombardeiros (cinco abatidos por fogo
terrestre e três em acidentes), 11 helicópteros (cinco Sea King e dois Wessex
perdidos em tempestades e acidentes, quatro Gazelle abatidos por fogo
terrestre). Navios: contratorpedeiros Sheffield e Coventry, de 4 100 toneladas,
fragatas Ardent e Antelope, de 3 250 toneladas, e o navio mercante requisitado
Atlantic, de 14 954 toneladas. Seriamente danificados os navios de desembarque
Sir Galahad e Sir Tristam. Dois contratorpedeiros, seis fragatas e dois barcos
de desembarque danificados”. Do lado argentino, corpos: “pelo menos 82 mortos,
342 desaparecidos e 106 feridos, segundo números oficiais divulgados até 30 de
maio”. Material: “aviação: 19 jactos e um helicóptero perdidos. Navios: o
cruzador General Belgrano, cuja tripulação constitui a maior parte do número
oficial de desaparecidos, um submarino classe Guppy, o navio fábrica de peixe
Narwal, o barco patrulha Sobral e o navio tanque Isla de Los Estados, todos
afundados” [13].
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[1] Ângelo Correia é, o
Breitling Chronomat 01 Diamondworks lusitano, uma jóia de precisão no pulso do
país. No futuro (2012), dirá sobre mentir para ganhar eleições: “eu não ia tão
longe. Não é preciso mentir. É preciso, talvez, fazer outra coisa, que é não
falar dalgumas coisas. Quer dizer, pra não mentir, não falar, porque se disser
totalmente a verdade é mal compreendido. E Roma punia sempre e matava sempre os
mensageiros que traziam as más notícias”. Sobre uma questão sociológica e
psicológica: “houve uma mudança qualitativa nos últimos anos. Porque,
antigamente, há 15, 20 anos, fazia-se uma estrada, um porto de pesca, mas nos
últimos 10 anos, de repente, desatámos a fazer e a prometer e a fazer obras
espantosas, porquê? Porque aconteceu uma segunda questão de natureza
sociológica e psicológica. Na sociedade portuguesa, de repente, as pessoas
julgaram, os portugueses julgaram, que aderindo Portugal ao euro e à União
Europeia e ao euro nós íamos produzir o suficiente para sermos tão ricos como
os alemães. Gastámos como os alemães, só que esqueceram-se de uma coisa. Nós,
de facto, queríamos consumir como os ricos, mas produzíamos como os pobres.
Estávamos mais próximos da produção, com Marrocos, do que com a Alemanha”, (no
programa “Olhos nos olhos”, TVI24).
[2] A primeira, depois do 25
de abril de 1974, convocada apenas pela CGTP; a segunda, dia 11 de maio desse
ano; a terceira, que foi a primeira convocada pelas duas centrais sindicais,
CGTP e UGT, 28 de março de 1988; a quarta, 10 de dezembro de 2002; a quinta, 30
de maio de 2007, ambas convocadas apenas pela CGTP; a sexta, 24 de novembro de
2010, com as centrais sindicais outra vez amásias; a sétima, 14 de novembro de
2012, com as centrais sindicais desquitadas.
[3] Arménio Carlos, secretário-geral
da CGTP, triunfador, na greve geral de 14 de novembro de 2012: “aí está ela!
Resultou! Resultou em pleno! em Portugal e para demonstrarmos também ao Governo
e à União Europeia que aqui há força! Que há coragem! Que aqui há dignidade! Que
aqui acredita-se neste país! (…). Estamos perante uma das maiores greves gerais
jamais realizadas em Portugal”.
[4] Mário Soares no futuro
(2011) babará os seus: “Sócrates é fixe. O que é que isso quer dizer? Quer
dizer que eu acho que ele é mesmo fixe. E que ele pode resolver os problemas do
Partido Socialista e do país”. Pernóstico, autoconvenceu-se que, no seu tempo, banazolas
líderes é que eram magnificentes: “a Europa está a ser governada por uf! é
desagradável dizer isto à frente de jornalistas, mas por medíocres. Medíocres.
É o mais agradável que eu posso dizer… Berlusconi, ou o Sarkozy, ou essa
senhora que é muito simpática e muito bonita”.
[5] A revolução século XXI
far-se-á com bombas sexy. No Chile, Camila Vallejo,
“She’s a Rebel”, 24
anos, licenciada em geografia pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo, membro
da Juventude Comunista, foi vice-presidente
(retornou ao cigarro
durante essa campanha eleitoral) da Federação de Estudantes da Universidade do
Chile: “precisamos de organização coletiva e ação”, e foi uma inspiração no movimento
estudantil chileno em 2011 que reclamava uma nímia heresia: educação gratuita. “Dezenas
de universidades e centenas de escolas foram ocupadas durante meses. Anos
letivos inteiros tiveram de ser cancelados. Cerca de 200 000 estudantes
marcharam através de Santiago todas as semanas, cada marcha, um minicarnaval. A
resposta da polícia foi muitas vezes brutal: gás lacrimogéneo e canhões de água”.
O Estado, aparelho de classe, estraçalha
com cacete e manipulação qualquer ameaça ao poder da classe dominante (conquanto
os intelectuais portugueses sonharem com fios, Clara Ferreira Alves: “os
polícias são povo”, - aquando do proscénio de pedrada contra a bófia em frente
da Assembleia da
República dia 14 de novembro de 2012). Camila: “para mim, que te
apliquem choques elétricos nas mãos, no corpo, é uma forma de tortura”. Camila: “penso que essa
ideia que estão a promover é muito importante, e tem um grande significado, em
que questiona a profunda relação entre aqueles que estão a monopolizar o poder
em diferentes áreas da nossa sociedade global, bem, todos os continentes que
compõem o nosso planeta Terra, e que estão exercendo claramente um grau de domínio
económico, cultural e mediático, o qual devemos combater. Todos merecemos uma
retribuição justa pelo nosso trabalho, também precisamos de justiça em relação
aos meios de produção, não simplesmente em relação à redistribuição, que é
fundamental. Também precisamos de democratizar as bases do poder em todos os
nossos países e os nossos continentes”. Camila: “politicamente, e
aqui mais uma opinião da minha militância, de nós como comunistas, o que
queremos é que, o que há a fazer hoje em dia é que o movimento [estudantil] consiga
tomar a decisão de autorepresentar-se na esfera política, ou seja, que não
vamos somente para as ruas exigir mudanças a quem sabemos está diametralmente
em desacordo connosco, jamais vão fazer, porque se cedem, alteram os seus
próprios interesses económicos, políticos, ideológicos, etc. e começar a
disputar esse espaço”. Camila:
“durante anos, os neoliberais têm tentado replicar ‘o sonho americano’ na
América Latina, o que trouxe pobreza, desigualdade, falta de educação e
miséria”. Camila, na delegação dos jovens comunistas
chilenos, com Karol Cariola,
presidente da Juventude Comunista, esteve em Genebra, (fevereiro 2012), na
defesa da causa do povo mapuche e do modelo comunista chileno. – Na Colômbia, a
revolução é… a Kalashnikov
da camarada Alexandra:
“En los cinco continentes / Los amos de las finanzas / Aprietan el cuello al
pobre / Yo los enfrento con armas. / No me siento una heroína / Soy una mujer
normal / Es mi consciencia y me anima / A enfrentarme al capital”. A camarada Alexandra i.e. Tanja
Anamary Nijmeijer, 34 anos, holandesa, licenciada em filologia pela
universidade de Groningen, fluente em inglês, espanhol, italiano, alemão,
francês e holandês, desde 2002 é guerrilheira das FARC: “sinto-me realizada
como guerrilheira e não sei o que teria sido de mim sem as FARC. Seria uma dona
de casa, teria três filhos e estaria divorciada, mas não realizada”. Desde 5 de
novembro (2012) está em Havana
nas negociações
para um processo de paz inquinado, porque as exigências da guerrilha são inaceitáveis
para qualquer Governo democrático: “paz para nós é paz com pão, paz com tecto,
paz com educação, paz com terra, enfim, paz com justiça social”. Como
democrata, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, é um homem veraz: “o
que referiu relativamente às bases militares. Na Colômbia não há bases militares
dos Estados Unidos, isso é um sofisma, é uma invenção, não está correto. Nós
tivemos colaboração dos Estados Unidos no combate ao tráfico de droga e ao
terrorismo, muito útil, e que foi para nós muito importante, mas não há nenhuma
base militar norte-americana. Isso não existe na Colômbia” (no programa
“Sociedade das nações”, SIC Notícias, c/ Nuno Rogeiro).
[6] Torres Couto, no futuro
(2012), sobre atiçar a carneirada: “se eu, como sindicalista, fosse um cidadão
irresponsável, eu teria dado razão àquela frase terrível de Ortega y Gasset,
quando ele diz que, a única coisa de que tem medo é das multidões manipuladas e
desordenadas. Eu tenho consciência do significado dessa frase de Ortega y
Gasset porque eu muitas vezes ‘tive à frente de multidões e eu levava-as para
onde eu queria, se eu fosse irresponsável. Se eu fosse um incendiário. Se eu
fosse uma pessoa com mau instinto, eu poderia ter aproveitado a capacidade que
tinha de liderança de massas para as conduzir para becos sem saída”.
[7] Grupo de defesa popular,
dia 20 de abril de 1980 anunciam-se com o rebentamento de 110 petardos por todo
o país, contendo o “Manifesto ao Povo Trabalhador” que terminava com as
palavras de ordem “contra a violência da burguesia, violência dos
trabalhadores”, “pela revolução socialista”, “a luta continua”. Um dos
fundadores, Luís
Gobern Lopes, dito o
“Anarquinho”: “o nosso objetivo era o enquadramento militar dos trabalhadores
numa perspetiva defensiva, não com caráter de lançar a luta armada. Mas a dada
altura o contexto alterou-se. As organizações que sejam organizações
paramilitares ou militares têm muita dificuldade em ficar por aí, em acumular
forças em termos estratégicos. Há sempre uns quantos que têm muito sangue na
guelra e que querem é atuar. E depois perdem-se”.
[8] Terça-feira, 14 de maio
de 1980, cerca das 11:00 horas, um carro com três mânfios, estacionado em
contramão entre a travessa do Possolo e a das Almas, atrai a atenção do guarda
da PSP Damião Nogueira Teixeira da Mota, de plantão na residência do ministro
das Finanças Aníbal Cavaco Silva. Quando se arma em bisbilhoteiro, os
indivíduos alegam avaria no carro, um deles, de caçadeira de canos serrados, dispara-lhe
uma chumbada no peito. O guarda esconde-se na entrada de um prédio e os vadiotes
fogem. O carro fora roubado na Costa da Caparica e a agência de notícias ANOP
receberá um telefonema de um porta-voz das FP-25 reivindicando uma tentativa de
rapto do ministro. Cavaco Silva não ia almoçar nesse dia a casa e a esposa,
Maria, agigantou-se na sua importância, que talvez fosse ela a vítima, embora
se inclinasse para o roubo: “o local é ermo e já não é a primeira vez que isto
acontece. Ao próprio ministro (antes de ser ministro) já lhe roubaram o
automóvel naquele sítio”.
[9] Ângelo Correia é um
visionário de planície: “o dr. Vítor Gaspar é excelente, excelente. Tem um
discurso interessantíssimo, tem um conhecimento excelso e profundo da economia
e das finanças. Mas tem dois problemas: primeiro, é um executante prático dum
programa, dum partido e duma coligação. Ou seja, a técnica, incluído as finanças,
é a execução duma ideia política, o que está acima de tudo e que tem que estar
presente na vida nacional por vários partidos são ideias políticas, e quem
as tem é o primeiro-ministro. Quem as tem que conduzir. Logo, o ministro
das Finanças é, em primeiro lugar, um executante e não um comandante. Comanda a
sua área, mas não comanda a visão
geral do país. Segundo lugar, eu acho que o dr. Gaspar tem um conhecimento
enorme de Portugal, do passado, mas ultimamente esteve muitos anos fora, e
muitos anos fora, é certo que em plateias e em palcos importantíssimos, onde o
comum dos portugueses não chega, mas às vezes chega-se tão alto, tão alto que
não se vê a planície”.
[10] No futuro (2012) Ângelo
Correia será homem de pás, de ação, de conselho arganaz: “porque repare, a
primeira fase do Governo foi ir aos impostos indiretos, agora vai aos impostos
diretos. Depois disto não há a terceira opção, como tal tem que dar a bem, se
não der, o que é que acontece? Bom, se não der, ele é chegar a conversar
seriamente com a troika, e dizê-lo com toda a naturalidade: eu fiz tudo! aquilo
que os senhores mandaram, eu fiz tudo, até fui mais longe daquilo que me
comprometi com os senhores. Por razões morais e políticas, os senhores não
podem acusar-me, a mim Passos Coelho, de não ter feito aquilo que me
comprometi”.
[11] Francisco Pinto Balsemão
no futuro (2012) concordará com o para mim não, para os outros: “acho que os
serviços secretos são uma atividade necessária dentro de determinadas balizas e
que Portugal, pelos vistos, tem os serviços secretos num estado de
desorganização, pior que isso, de miséria moral, que muito me preocupa … penso
que é indispensável uma imediata limpeza e um imediato esclarecimento sobre
tudo o que se lá passa”. O superespião Jorge Silva Carvalho teria encomendado
um relatório sobre ele. Elenca decadência: “deve-se a uma promiscuidade
perigosa, completamente indesejada, entre poder económico e poder político,
deve-se a uma falta de controlo por parte de quem tem constitucionalmente a
obrigação de controlar, mas controlar mesmo, e deve-se também a este sentido
geral de impunidade que infelizmente continua a existir em Portugal”.
[12] François Mitterrant descreveu-a
como uma mulher com o olhar de Calígula e a boca de Marilyn Monroe. Elvis Costello, fucking sick, protestou-a em “Tramp the Dirt Down”. Margaret Thatcher, filha de pai protestante metodista,
dono de duas mercearias, viveu por cima da loja maior. Quando ainda líder da
oposição, em 1976, atirou duras diatribes contra a União Soviética, na
resposta, no jornal Krasnaya Zvezda (Estrela Vermelha), o capitão Yuri Gavrilov
apelidou-a de Dama de Ferro. A alcunha aferrou-se-lhe quando desaçaimada
prosseguia tresloucadas políticas: “a sua filosofia política e políticas
económicas enfatizavam a desregulação (particularmente do setor financeiro),
mercados de trabalho flexíveis, privatização de empresas estatais e reduzir o
poder e influência dos sindicatos”. Endireitou os dentes, alindou o corte de
cabelo, desfez-se das blusas com laços espalhafatosos e treinou a voz para
atenuar o irritante som estridente, foi Laurence
Olivier quem lhe indicou um treinador da fala do Royal National Theatre. Trabalhadeira,
dormia quatro horas por dia, dobrou o sindicato dos mineiros, amigada com
Rupert Murdoch atacou o sindicato dos jornalistas da imprensa escrita, retirou
o leite grátis na escola para maiores de sete anos… Ela tinha grande
consideração por Cavaco Silva.
[13] Em Dezembro de 2012 os
ingleses desclassificaram documentos da contenda. “A guerra custou a vida de
649 argentinos e 255 soldados britânicos, juntamente com três ilhéus idosos”. Telegrama
de Thatcher, nunca enviado, para Galtieri: “com a sua experiência militar você não
deve ter dúvidas quanto ao desfecho. Em poucos dias, a bandeira britânica estará
outra vez esvoaçando em Port Stanley. Em
poucos dias, também os seus olhos e os meus estarão a ler as listas de baixas. Do
meu lado, o sofrimento será amenizado por saber que estes homens morreram pela
liberdade, justiça e o Estado de direito. E do seu lado? Só você pode responder
a essa pergunta”.
O amigo Reagan, também condutor de impérios, recebeu carta de pedido de ajuda,
assinada “calorosa estima pessoal, Margaret”: “escrevo para você em separado,
porque acho que você é a única pessoa que vai entender o significado do que
estou tentando dizer”. “Eu também acredito que a amizade entre os Estados Unidos
e a Grã-Bretanha importa muito para o futuro do mundo livre”.
A invasão das Malvinas era uma lança espetada no império britânico, só
arrancada com a retirada dos argentinos; segundo uma nota oficial do seu
gabinete: “a Grã-Bretanha não tinha perdido preciosas vidas na batalha nem
enviou uma enorme força para entregar as ilhas da Rainha a um grupo de
contacto. Como a Grã-Bretanha tinha ido para as ilhas sozinha, sem ajuda
externa, ela não podia agora deixar que o invasor ganhasse com a sua agressão. A
primeira-ministra pediu ao presidente [Reagan] para se colocar na sua posição. Ela
perdeu valiosos navios britânicos e inestimáveis vidas britânicas. Ela tinha a
certeza que o presidente teria agido da mesma forma se o Alasca tivesse sido
igualmente ameaçado”.
na sala de cinema
“Fruits of Passion” (1981), estreado dia 27
de agosto de 1982 no cinema Éden. Adaptação do romance erótico francês “Retour
à Roissy” de Pauline Réage, sequela de “Histoire d’O”, c/ Isabelle
Illiers (O), Klaus Kinski (Sir Stephen), Arielle
Dombasle (Nathalie) [1]; Xangai, 1929, O ama
um homem muito mais velho e muito rico, Sir Stephen, como totem do seu amor prostitui-se
num lupanar onde sofre as piores sevícias
sexuais, “um rapaz pobre vê-a e apaixona-se por ela. Para obter o dinheiro
necessário para dormir com ela, ele junta-se à revolução. Além disso o filme
mostra o destino de algumas das outras prostitutas”.
“Prénom Carmen” (1983), estreia, 27 de dezembro
1985, na sala 3 do Quarteto; Jean-Luc Godard revoluciona le cinéma, se não sobre a
contradição de Mao Zedong [2], com o grande salto
em frente das tetas de Maruschka
Detmers [3]: “a protagonista é Carmen X,
membro de um grupo terrorista. Ela pede ao seu tio Jeannot, um realizador de
cinema caduco (interpretado por Godard), se ele pode emprestar-lhe a sua casa
de praia para fazer um filme com alguns amigos, mas, de facto, eles estão a
planear roubar um banco. Durante o assalto ela apaixona-se por um segurança. O filme
intercala entre, a fuga de Carmen com o guarda, a tentativa do seu tio de fazer
um filme de regresso, e um quarteto de cordas a ensaiar Beethoven”.
__________________________________
[1] A madame cantora
de monsieur Bernard-Henri Lévy antes
de a big life intelectual que os alojará numa mansão de 3 milhões de
euros em Tânger. – Bernard é um escritor hotel 4 estrelas: “Deu o
exemplo das mulheres belgas que só são assim tão ‘feias’ porque são ‘naturais’
– prova-o aquela cena horrível, anotada numa das suas folhas, onde se via ‘a
mãe belga brincando com o filho na latrina e rindo-se para os vizinhos’; ou então,
na mesma página, a imagem dessa rua com ‘as suas seis senhoras belgas a barrar
a passagem, mijando, umas de pé, outras acocoradas, todas a fazer as
necessidades’”, em “Os últimos dias de Charles Baudelaire”. Fino retratista
camisa branca: “nesse momento fez-me pensar nos terroristas do 11 de setembro –
Atta, Majed Moqed, Alhazmi, Khalid Almihdhar – cujos últimos prazeres neste
mundo, descobertos pelo FBI, causaram a estupefação dos seus agentes: um
encontro em Las Vegas ;
um flirt com uma puta mexicana; dez
minutos num sex-shop; uma hora
passada na rua principal de Beltsville, diante das vitrinas das lojas de
artigos de roupa interior feminina”, em “Quem matou Daniel Pearl?”. E um cabeludo
filósofo de funda citação, em “De la guerre en philosophie” Bernard morde Kant,
“esse furioso do pensamento, esse enraivecido do conceito”, citando um banho de
água fria de Jean-Baptiste Botul: “após a Segunda Guerra Mundial, na sua série de
conferências para os neokantianos do Paraguai, que o seu herói era um falso abstrato,
um puro espírito de pura aparência”.
– Botul, autor de “La vie sexuelle d’Emmanuel Kant”, tem uma existência
equivalente a Bernard como filósofo, não existe, é um escritor fictício
aleitado pelo jornalista do Canard enchaîné, Frédéric Pagès: “quanto mais se
fala de Botul mais ele existe. A questão complica-se de dia para dia. E penso
que dentro de alguns séculos, graças a Bernard-Henri Lévy, estaremos todos de
acordo, afirmando que Botul existiu”. – Outra figura fictícia já enraizada na
Cultura é Joseph
Crabtree.
[2] Mao Zedong, em “Sobre a
contradição” (agosto, 1937): “Engels disse: ‘o movimento em si é uma
contradição’. Lenine definiu a lei da unidade dos opostos como ‘o
reconhecimento (descoberta) do contraditório, mutuamente excluído, tendências opostas em todos os fenómenos e processos da natureza (incluindo mente e sociedade)’. Estão estas ideias corretas? Sim, elas
estão. A interdependência dos aspetos contraditórios presentes em todas as
coisas e a luta entre estes aspetos determina a vida de todas as coisas e
empurra o seu desenvolvimento para a frente. Não há nada que não contenha a
contradição, sem a contradição nada existiria”.
[3] Proletária holandesa, de
poucas roupas, com Jane Birkin em “La
Pirate” (1984), ou a personagem Giulia Dozza: “quero uma história bonita”…
Andrea Raimondi (Frederico Pitzalis): “no dia 3 de abril de 1917, proveniente
da Suiça, Lenine chegou a S. Petersburgo. Na estação uma multidão incrível
esperava à luz de tochas…”, crónica histórica que igniza para o fellatio no
filme de Marco Bellocchio “Il
diavolo in corpo” (1986).
no aparelho de televisão
“A árvore dos Patafúrdios” (1984), exibida
aos domingos de manhã na RTP 1 no ano de 85, série criada por João Paulo
Cardoso, bonecos de Carlos Dias e Inês Guedes de Oliveira, textos de Sérgio
Godinho e música de Jorge Constante Pereira: “Por incrível que pareça /
Por incrível que pareça / Não há nada, não há nada / Que não nos aconteça / Oh
sorte malvada / Que vida desgraçada / Ai ai ai ai / Ai ai ai ai”. Os
Patafúrdios são aves com o sonho de voar, mas que não podem por excesso de peso
de tanto comerem esparguete, são eles: Filipe Adão, o inventor, Vinte e Quatro,
o versejador, Canelão, o agricultor de esparguete, Salomé, os seus filhos os
Patafurdinhos, Eulália e o caixeiro-viajante Tomé seu apaixonado… e os bichos
da maçã que são um coro chacoteador que também vive na árvore. “Os amigos de Gaspar” (19, outubro, 1986 -
12, março, 1989), da mesma equipa da Árvore dos Patafúrdios, textos João Paulo
Seara Cardoso e Jorge Constante Pereira, bonecos Carlos Dias e Rui Anahory,
música Jorge Constante Pereira, letras Sérgio Godinho. Gaspar, Clarinha, Romão,
Marta, Balú, Farturas e o seu amigo muito especial o ouriço Manjerico, brincam com
as invenções do Professor, policia-os o Guarda Serôdio: “o quê?
quem se atreve a destruir um lugar público custosiamente
mantido pela Câmara para benefício da qualidade de vida dos cidadões”, Clarinha: “cidadãos!”,
Serôdio: “pois, e desses também e das cidadoas”,
Clarinha: “cidadãs!”, Serôdio: “é o que eu digo, das cidadãs e dessa gente
toda, e fique sabendo minha menina que este paraíso que aqui vê é fruto forço e duma grande despesa, onde o que
ainda sai mais barato ainda é o salário deste pobre guarda”. Serôdio: “quando
ao resto eu lembro-lhe que há leis. Há regras, há regulamentos e diretrivas. ‘Tá tudo no MCPP”, Clarinha:
“no quê?”, Serôdio: “no MCPP, o Manual das Coisas Proibidas no Parque”. Um
parque atolado na crise, Serôdio:
“vocês não sabem que este parque foi reduzido a metade do que era?”, Romão: “e
o que é que isso tem a ver com as galinhas?”, Serôdio: “ora tem a ver, pois
claro que tem a ver. O meu salário também foi reduzido a metade. Hum, já era
tão pouco. E agora tenho que olhar pela minha vida e ganhar o dinheiro com as
galinhas. “História
ao fim do dia” (1986-87), música de Carlos Alberto Moniz, uma
ideia de Carlos Pinto Coelho, escrita por José Fanha; uma história era lida
diariamente antes do Vitinho, primeiro por Serenella Andrade e Vera Roquette e depois
por vários técnicos de educação e atores. Um prédio com
janelas com o número de cada dia do mês aproximava-se, abria-se a janela do dia
respetivo e um boneco introduzia o tema de uma história de 2 a 3 min escrita por autores
portugueses como Maria Alberta Meneres, Alice Vieira… (antes de o seu livro de
poesia para adultos “O que
dói às aves”: “Aquele que o meu coração ama / não encontra em lado algum / o
incenso que de meus olhos rompe / para ensinar a prender o corpo das mulheres /
abandonadas fora de horas / às portas da cidade”, estar incluído no Plano
Nacional de Leitura para o 2º ano. Os responsáveis do ministério incriminam um
erro informático, que não, que é recomendado para alunos do secundário, mas não
para o ensino básico).
na aparelhagem stereo
País
de brandos curtumes, curte o avô e o bebé, curte o pai, curte a mãe, curte a
tia de Belém, curte o jovem do crocodilo, curte o idoso senhorio e curte o
rapaz podre. O choque de gerações em Portugal é almofadado por hipálage, os
novos jarretam, os velhos novam. No programa de música ligeira “Piano Bar” (28,
outubro, 1987 – 6, janeiro, 1988), filmado em vários bares, autoria e
apresentação de Simone de Oliveira, transmitido na abertura da RTP 2 (cerca das
15:30). Em acolhedores botequins, atuações, como o duo Kutchi Kutchi (foram
coros de Fernando Pereira, a Nucha e a Marité i.e. Maria León, voz dos Ravel), ou conversações
como um Zé Pedro, de 31 anos, o copo de whisky na mesa posto, a anfitriã e o guitarrista
dos Xutos & Pontapés parolam. Simone: “o que é que você imaginará que pode
fazer daqui a 10 anos? vamos imaginar, as pessoas pensam fazer uma carreira” / Zé Pedro: “vou ser homem de negócios… acho que sim” (…)
“por acaso há uma coisa que a gente gosta de fazer quando vamos em viagem, é
rirmos, ‘tamos sempre a rir” (…) “não me importo e fico bem de gravata. Até
‘tou a pensar comprar um smoking este ano” / Simone:
“eu acho que foi muito bom conversar consigo, até porque não, nunca tinha,
nunca me tinha sentado a cavaquear um bocadinho consigo. Eu, que sou duma
geração completamente diferente, dum mundo de cantigas completamente diferente,
e eu penso que seria a nossa obrigação conhecer-vos um pouco melhor, como
também me parece que seria vossa obrigação conhecer-nos a nós um bocadinho melhor”
/ Zé: “pois, ‘tá bem, eu tento, na medida do possível”.
Atualmente, na pista de corridas da vida Zé Pedro está prestes a alcançar a
Simone, na idade.
Os Faíscas, 1978, uma das
primeiras bandas punk portuguesas: c/
Rocky Tango, 23 anos, guitarra e voz, i.e. “Rock Assassino” (era Paulo Pedro
Gonçalves, dos Corpo Diplomático, Heróis do Mar, LX 90, Kick Out The Jams,
Ovelha Negra), Dedos Tubarão, 17 anos, baixo e coros (era Pedro Ayres Magalhães
dos Corpo Diplomático, Heróis do Mar, Madredeus, Resistência), Jorge Lee
Finuras, 18 anos, guitarra, i.e. “Punhos de Renda” e Gato Dinamite i.e. “Flash
Gordon”, 19 anos, bateria (era Emanuel Ramalho, baterista dos Corpo Diplomático,
Street Kids, Rádio Macau, Delfins, João Pedro Pais). O seu road manager foi o Zé
Pedro, e Zé Leonel, o crowd agitator, – que no meio do público,
semeava caos para recolher distúrbios, em manobras de marketing punkísta –,
antes de fundarem os Xutos & Pontapés [1] ► “Faca
na barriga / Radiodifusão” (1978) ♫ Aqui d’el Rock,
Lisboa, bairro do Camboja, Alfredo Pereira (guitarrista, professor de filosofia),
Fernando Gonçalves (baixista, desenhador) e JC Serra (baterista, servente de
armazém) formavam o grupo de baile Osíris, com Óscar Martins (estudante de
economia), como vocalista, metamorfoseiam-se num dos primeiros grupos punk portugueses. Estreiam-se como Aqui d’el Rock
no Pavilhão do C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique), a 29 de abril de 1978,
num concerto com os ELO, Hosanna e Perspectiva. Esse
concerto regista uma histórica ação de guerrilha punk, os Faíscas assaltaram
o palco, queriam tocar também, empurrões, confusão, diplomacia, ainda arranham
dois ou três dos seus hits antes de se
retirarem. Os Aqui
d’el Rock foram a primeira parte do primeiro espectáculo punk com uma vedeta internacional, os Eddie & The Hot Rods,
sexta-feira dia 7 de julho de 1978 no Coliseu dos Recreios, bilhete 150$00 ► “Há
que violentar o sistema” (1978) ► “Eu não sei” (1979) ♫ Corpo Diplomático, Dedos Tubarão, Gato Dinamite e
Rocky Tango mais Ultravioleta i.e. “Urubu” (Carlos Gonçalves), Choque Eléctrico
(Rui Freire) e Carlos Maria Trindade são os Corpo Diplomático. Estreiam-se a 7 de
julho de 1979 no comprimidíssimo concerto dos Tubes, em Cascais
e estreiam também a new wave em Portugal. Gravam (1979)
o primeiro single: lado A “A festa do Bruno” / lado
B “Engrenagem”, de
José Mário Branco, numa edição numerada e limitada. Nesse ano editam o LP “Música
Moderna”, com uma capa cedida pela Associação de Amizade Portugal-China, produzido
por João Henrique e António Sérgio, que não fez carreira diplomática na época e
poucos o ouviram ► “Televisão” (1979) ► “Lisboa
(quem quer comprar um Ferrari)” (1979) ► “Kayatronic” (1979) ♫ Iodo, da margem sul, Rui Madeira (voz), Jorge Trindade
(guitarras), António "Tó Pê" Pedro (baixo), Luís Cabral (teclas) e
Alfredo Antunes (bateria), estrearam-se no Rock Rendez Vous [2] a 3 de fevereiro de 1981, a 26 de junho fazem a
primeira parte do concerto de Iggy Pop no Pavilhão
Dramático de Cascais ► “Malta à
porta” (1981), seu fugaz êxito: “eu sempre defendi isso, a volátil projeção
do Iodo e outros grupos, pode ter sido causadora de mortes prematuras. Não
houve espaços para amadurecimentos nem capacidade para gerir derrotas.
Estávamos na casa dos vinte anos, onde todos os sonhos e ilusões ainda nos são
permitidos. Por via da necessidade do mercado, muitos meninos saíram dos seus
quartos onde cantarolavam os seus ídolos, e das suas garagens onde arranhavam
uns temas, e são colocados em palcos, com PAs, iluminação, público, programas
de TV, tops nas rádios, hotéis,
carros alugados, fãs, etc. Isto deslumbra qualquer um, e dá a errada sensação
de que tudo é fácil e possível”, diz Jorge
Trindade ♫ Semáforo, 1979, Amadora, os antigos
FM, editaram um único single
produzido por Júlio Isidro e Helena Cardinali ► “Hoje há rock no liceu”
(1982): Tózé Salomão (também ex-STS Paranoid) está no Mr. Blues e Manuel
d’Albuquerque é vocalista e guitarrista dos Dr. Salazar ♫ Street Kids, 1979, Cascais, os Plástico, Nuno Rebelo, Luís
Ventura e Eduardo Pimentel, mudam de nome com a entrada de Nuno Canavarro e
Flash Gordon (Emanuel Ramalho) em 1980; pretendiam um nome que lhes rotulasse o
sentimento de si, jovens e urbanos, escapou-lhe a tradução do inglês: street kids significa afinal putos da rua, vadios. O primeiro single, “Let
Me Do It”, nº 1 no top do
programa Rock em Stock, foi produzido por Luís Filipe Barros. Tocam, no
Pavilhão do Belenenses, as primeiras partes: dos Tangerine Dream em 1980 e, com
os Ferro & Fogo, dos Classic Nouveaux em 1982 ►
“Propaganda”
(1982): Nuno Rebelo substituiu Vítor Rua nos GNR, formou os Mler Ife Dada,
produziu “Roda” (1986)
de Anamar, ou “La Féria”
(1986) dos Essa Entente; Luís Ventura é professor do liceu, colaborou no “L'amour va bien, merci”
(1986) dos Mler Ife Dada, fundou os Lobo Meigo em 1987 que
venceram o 6º Concurso do Rock Rendez Vous em 1989; Eduardo Pimentel é formado
em Engenharia; Nuno Canavarro abandonou a carreira de arquiteto para se dedicar
à música; Flash Gordon fez parte dos Rádio Macau, Nódoa Negra e Delfins ♫ Mata-Ratos, 1982, Oeiras, Jorge “Morte Lenta” Leal
(voz), Pedro Coelho (guitarra), Pinela (baixo) e “Jó” Jorge Cristina (bateria),
em 1988 penetram o vocalista Miguel Newton e o baixista Cascão, em 89 falham a
final do 6º Concurso do Rock Rendez Vous, que não os impediu de ser uma furiosa
longeva banda punk ► “A
minha sogra é um boi” (1989) ► “Cona, cu e mamas” (1990) ► “Napalm na
rua Sésamo” (1995) ► “Estou-me a cagar” (2004) ♫
M’As Foice, Coimbra, Sérgio Cardoso (guitarra),
Alex Magno (guitarra), Nito (voz), Miguel Falcão (baixo), Toni Fortuna (coros e
performance), “JêPê” João Paulo Camilo (performance) e João Paulo (bateria) ► “É”
(1989): Sérgio Cardoso esteve nos Tédio Boys, Tomtom Macoute, Foragidos
da Placenta e está nos Wraygunn
desde 99; Alex Magno esteve nos Lordose; Nito é baterista nos Tomtom Macoute;
Miguel Falcão esteve nos Caffeine, é músico de jazz; Toni Fortuna era o vocalista dos Tédio Boys e está nos D3Ö; João Paulo Camilo
esteve nos Primus Inter Pares e Carne de Porco, toca em
grupos de baile; Cristina Sousa (guitarra) está nas Voodoo Dolls ♫ Censurados, 1988, Lisboa, João Ribas (voz e guitarra),
Orlando Cohen (guitarra), Fred Valsassina (baixo) e Samuel Palitos (bateria): “as letras, em português,
eram simples e diretas, com refrãos que traduziam o sentimento da juventude da
era cavaquista” ► “Tu ó bófia” (1990) ♫ Cães Vadios, 1985, Porto, primeiro chamaram-se A Moral
dos Idiotas, depois Os Cães, a Morte e o Desejo, Carlos Moura (voz), Guilherme
Lucas (guitarra ritmo), Vítor Guedes (guitarra solo), Pedro Duarte (baixo) e Pi
(bateria), com Calheiros na bateria gravam em Dezembro de 85 “Elvis – swing de uma noite de
verão” para a compilação “Divergências” da etiqueta de João Peste e Ondina
Pires, Ama Romanta: duplo LP que incluía Jorge Ferraz “Ó Foucault, o que é isso
de chamarem Billy The Kid de menino assassino, não é Sara?” e uma entrevista
sobre “as novas ditaduras culturais” com Paquete
de Oliveira; em 1992 fazem a primeira parte dos três concertos dos suíços
Young Gods em Lisboa, Coimbra e Porto ► “Cão vadio” (1987) ► “Boca
de fogo” (1991) ♫ Capitão Fantasma, 1988,
ensaiavam no sótão do Bar Oceano, Jorge Bruto (voz), Óscar gomes (guitarra),
Jorge Metralha (baixo) e Tiago Sério (bateria) ►
“Hu uá uá” (1992) ► “Tudo
à estalada” (2007).
__________________________________
[1] Zé Pedro: “eu tinha
chegado de um inter-rail em 77 onde
tinha assistido a um festival de punk
[Mont de Marsan, em França]. Foram dois dias e penso mesmo que só não terá tido
os Pistols. Teve os Clash, Damned, a primeira
actuação dos Police, Dr. Feelgood, Bijou, que, era uma
sonoridade mais mod parecida com The Jam, entre outros.
Aquilo teve uma vibração espantosa, que me agitou, e quando cheguei a Portugal
quis arranjar, se é que assim o posso dizer, aliados. Na altura houve um
concurso da Música & Som (revista de música) no Belenenses, onde estiveram
os Arte & Ofício,
os Psico, uma
banda de rock psicadélico, que era o
que estava a dar, uma vez que ainda não tinha cá surgido o punk. E nesse festival surgiram os Faíscas. Eu quando soube que iam
lá tocar os Faíscas, primeira banda punk
nacional, tive de ir. Seríamos cerca de dez a vinte pessoas que estavam ali
pelos Faíscas. Acabámos por nos conhecer todos e eu tornei-me muito amigo do
Pedro Ayres. Os Xutos surgiram depois. Porque Os Faíscas tocavam na minha
garagem e um pouco pelo facto do Pedro Ayres me estar sempre a picar para eu
ter uma banda. No dia da última actuação dos Faíscas, em 13 de janeiro de 79, o
Pedro Ayres volta a incitar-me para passar o testemunho”.
[2] O nº
175 da rua da Beneficência, no bairro do Rego, projetou fitas como Cine
Bélgica (1928), Cinema Universitário (1968) e Cinema Universal (1973), até que
Mário Guia, baterista dos Ekos,
lhe marcou o destino de sala de música ao vivo, uma espécie de Londres no Rego,
com um sistema de som JBL a 4 vias. O Rock Rendez Vous foi inaugurado dia 18 de
dezembro de 1980 com um concerto do Rui Veloso e encerrou a 27 de julho de 1990.
Entre um ponto e outro muita sarrafada distribuíram os seguranças pimpões aos
putos eletrizados, muita banda conhecida, desconhecida, regional, estrangeira, ressoou
nas paredes e orelhas emparedadas, António Sérgio, na fase “Lança-chamas”, aqueceu os
palcos com as tardes do Falcão Metálico, os vizinhos reclamaram dos tomates do
mal que lhes apoquentava a tranquilidade do Rego, fechou em 1983 logo reabriu
sob pressão das massas do rock. Em 30
de novembro de 1984, a
Dansa do Som, a editora
de Mário Guia, publica “Promise” dos Gene Loves Jezebel. Com a
intenção de gravar um disco ao vivo os Xutos & Pontapés
desencaixotam-se por dois concertos, dia 31 de julho e 1 de agosto de 1986
(publicado em 2000). No 2 de junho de 1989, numa verbena dos Mão Morta, Adolfo Luxúria
Canibal, esturricou e espetou uma faca na perna. O Rock Rendez Vous finou-se em
1990, foi demolido e renasceu como uma… pastelaria Galão 2.
52 Comments:
At 5:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
O segundo post sobre 1982, foi um grande ano: a primeira greve geral, em que ainda havia luta pelas estatísticas; o capitão Roby é preso, uma grande vitória desse grande ministro e grande homem Ângelo Correia; um ano histórico na Assembleia de República com a discussão sobre o aborto, o esclarecimento sobre a função os órgãos genitais por parte do CDS e o poema de Natália Correia; e a guerra das Malvinas.
Na altura havia grupo de defesa, do povo as FP-25, da direita os CODECO, atualmente, na América Latina também não estão mal servidos com Camila Vallejo e Karol Cabriola da UEC lá do Chile, e na Colômbia a camarada Alexandra.
A secção cinema levanta uma questão filosófica: qual o primeiro filme sério com fellatio explícito, a história diz que é o filme de Marco Bellocchio, mas antes de Maruschka Detmers havia Isabelle Illiers, claro que Illiers é mais toma lá e já está, e era chinês, logo, curto, em Detmers vê-se que houve muita pesquisa, muita procura da correta maneira, muito trabalho de ator para interiorizar a personagem, suponho que será mais uma aporia histórica, e que se calhar a coisa vem do primeiro dia em que inventaram o cinema.
Na música, o era para ser uma resenha do punk nacional, e por ser muito longo, teve que ficar num sortido de bandas, punk ou não ou mais ou menos, e no próximo post continuará, nem que seja para citar o colega Paulo Borges.
At 11:47 da manhã, Anónimo said…
Lembrei-me agora daquela história dos Clash terem roubado a bateria a outra banda, e usarem-na com o nome da banda roubada ainda na bateria.
Os gajos roubavam tudo, até uma sanita roubaram, fugiram rua abaixo com uma sanita aos ombros.
At 12:55 da tarde, Anónimo said…
Filmes de sexo em 82:
http://www.filmsite.org/sexinfilms33.html
Tem a Pia Zadora!
At 12:59 da tarde, Anónimo said…
Sim. É hora dos angolanos tomarem conta das tvs. Agora que acabou o Câmara Clara é preciso uma grelha com muita acção, divertimento e filmes de foda.
At 12:39 da manhã, São said…
EScuta, tu não achas que anda tudo do avesso? Então o DEpardieu foi para a Rússia louvando a sua excelsa democracia e , segundo li, a Bardot quer fazer igual??
Bons sonhos
At 2:23 da manhã, Tétisq said…
Pois, em tempos o único Gaspar que conhecia tinha voz anasalada e um grande grupo de amigos...
Gostava tanto de ver uma discussão dessas na assembleia (acerca do uso dos orgãos genitais) e deputados mais papistas que o Papa...
O Iggy Pop já dava consertos em Portugal antes de eu nascer...
Bfs
At 2:27 da manhã, Tétisq said…
Concertos...esta coisa do acordo baralhou-me o corretor
At 9:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
don medina: foi antes da videovigilância e das provas ADN, agora não conseguiriam roubar nada sem serem apanhados logo na esquina. A propriedade privada está mais segura, está toda empenhada aos bancos.
Tenho que guardar esse link dos filmes para ir repescar alguns. Pelo andar da carruagem, com tantos posts por ano, este de 82 levará cinco, vou ficar sem filmes, séries de TV e música, lá mais para a frente. Portugal tem uma história muito rica. Pois é, Pia Zadora não pode faltar.
Este país ainda será uma grande Angola como cantava o Chico Buarque, ou como poderia ter cantado.
At 9:10 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: esses têm sorte, podem desviar-se dos ataques. Mas a França deve melhorar, e não tarda nada está rica outra vez. Hollande faz brilhar o seu efeito: quando as coisas estão mal, inicia-se uma guerra, é atitude de império, resultou para os romanos, resulta para os americanos, e Hollande tem altura de imperador. (Não percebo este gosto dos gauleses por homens altos, já Sarkozy era do tamanho de um pino de bowling, para não falar de Napoleão).
At 9:11 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Tétisq: isto da vista não há forma de ver, agora reparei que escrevi cerrados em vez de serrados.
Em 82 tínhamos Balsemão que bateu um recorde, ainda não cheguei lá, mas com ele a dívida portuguesa ultrapassou os mil milhões de contos.
Eu estive nesse concerto. Ele entra, todo dançarino, cheio de genica, dá uns saltos e estatela-se no chão, lá o levantaram, não havia nada amachucado e o espetáculo continuou. O mesmo já não aconteceu com o Axel Rose que voltou para os camarins e ficámos duas horas à espera.
At 7:28 da tarde, São said…
rrrrss rrsss Realmente, os senhores do Poder em França são sempre trés petits...
Francamente, acho que 75% é também um bocadinho em demasia, até porque se torna contraproducente . Como se vê.
Bons sonhos
At 11:23 da tarde, Anónimo said…
Tipas a roquenrolar:
http://www.youtube.com/watch?v=tcCPNHIwRK8
At 5:24 da manhã, Anónimo said…
Wii Fit for IBS: A Stay at Home Exercise Option - Get a good work out and still have some lighter moments while you happen to be advertising online. Will it Help Me to Lose Weight If I Eat Vegetables phen375 eat a healthier diet, move more often throughout your day. This is especially true if you happen to be using an exercise routine along with your diet. An under- active thyroid, or hypothyroidism as it can be termed, is incredibly common http://www.phen375factsheet.com many foods have hidden energy inside them that you simply could possibly be not really realize your are consuming them should you tend not to read the labels. You must find the correct degree of intensity and time -- never to much, to not little [url=http://www.phen375factsheet.com]phen375[/url] increasing chin-up ability in order for the person to improve the amount of chin-ups performed, specific training is necessary.
At 8:36 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: mas gostam de subir alto, Sarkozy usava tacões e palmilhas, Hollande vai bombardear o Mali, encomendando a Deus que as bombas caíam em cima dos maus.
Todos empenhados na refundição do Estado, na ida aos mercados, à espera da andorinha, os portugueses lançarão esse feroz soldado, esse comamdo Paulo Portas para ajudar o Efeito Hollande.
At 8:40 da manhã, Táxi Pluvioso said…
don medina: essa Cherie é uma bomba, já não há nem mulheres nem guitarras assim, os instrumentos são outros; não relacionado com instrumentos, e a nossa Erica Fontes? que ganhou um galardão internacional, a ver se Cavaco lhe dá a cruz de alguma Ordem.
At 11:15 da manhã, São said…
rrsssss
Este envio de tropas pela França só demonstra - como se fosse necessário! - a total falácia da dita União Europeia e nada mais.
Se esta farsa deixasse de nos maçar de vez, ainda pouparíamos uns imensos milhões gastos naquelas abéculas que nada fazem senão destroçar as nossas vidas lá para os lados de Bruxelas - a começar por essa nulidade ambulante chamada Durão Barroso.
Gostei da referência às FP -25 e ao "reformismo" do PCP...
UM abraço
At 3:36 da tarde, Rafeiro Perfumado said…
Cresci no Barreiro, num sítio onde da minha janela via um escrito "VIVA A GREVE GERAL". Sempre achei aquela frase imbecil, até hoje. Fazer greve para protestar, sim, fazer greve com intuitos políticos nem pensar. Abraço.
At 9:17 da tarde, Anónimo said…
Por falar em guerrilheiras:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ANV0WVEGP-I#!
don medina
At 2:32 da manhã, Anónimo said…
Não há sossego em lado nenhum:
http://www.dailymotion.com/video/xcayvi_apanhados-na-casa-de-banho_fun#.UPyoCqF9Xy8
don medina
At 9:13 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: Mas o nosso emigrante mais famoso desde a Linda de Suza está atento, disse ele: "muitos políticos nacionais, quando as coisa correm bem dizem que o mérito é deles, quando as correm mal a culpa é de Bruxelas"; aquilo em Bruxelas é só couves génios que entendem de muita coisa e estão 21 segundos à frente do acontecimento. Veremos se finalmente a Inglaterra sai, e deixa de mandar para cá a sua porcaria, como: Beatles, Stones, Adele, Borat, e todo o seu lixo cultural para que possamos ir consumir a outros mercados. Sem os ingleses pode ser que a UE tenha um abalo e a coisa se componha.
As FP-25 defendiam o povo que agora nem santa Luzia salva. As datas importantes são outras, estamos noutro momento histórico, como aquela que aquela deputada feiosa do PS, Isabel Moreira, creio, tem tatuado no braço: a data da aprovação do casamento gay, isso sim são datas próximas de nós, que merecem lugar no coração ou no braço, abril, 25 de abril, já foi há muito tempo, e foi apenas uma revolta militar que depois ficou fora de controlo.
At 9:20 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: a greve era uma forma de luta de uma sociedade industrial, em que fábricas continham centenas ou milhares de trabalhadores, e a sua paragem interrompia a produção e afetava a classe dominante. Atualmente a sociedade industrial terminou, classe dominante e classe dominada esbateu-se com as conquistas de melhores condições de vida, e a greve torna-se ineficaz e inútil. Aliás, vê-se que as greve são feitas pelos serviços públicos, chateiam mas não têm nenhum efeito, e podem fazer as que quiserem que não interromperão o curso das coisas.
At 9:27 da manhã, Táxi Pluvioso said…
don medina: grande filme e com todos os valores morais certos, e da década de 80, vou já guardá-lo para memória futura. Já tenho escrito sobre o Gelado de limão, tive que tirar deste post, e nem dá para meter no próximo, que é sobre a Emanuele preta, que é muito filme e muita ramificação.
Há dias lembrei-me de outra revolução da década de 80: as roupas da Cenoura, e logo tive que escrever sobre os melhores grupos portugueses de sempre: os Ministars e os Onda Choc.
É trabalho de ator arriscado, o tipo é célere no pé ou leva mesmo, não é como o Nuno Eiró que, no máximo, come uma chouriça.
At 10:47 da manhã, São said…
Tem essa tatuagem?! Eu devo andar com os neurónios a funcionar mal, certamente!
O que é feito dessa criatura chamada José Luís Judas? Ai, como eu gosto de quem passa com toda a facilidade de uma Partido para outro...Outro exempler, pior ainda, é Zita Seabra.
Peço desculpas pelas gralhas, mas é que geralmente não faço revisão. Pelos vistos, tenho que começar a fazer, rrss
Boa semana
At 4:00 da tarde, Anónimo said…
Onda Choc!
Epá, não te esqueças das capacidades "per/preformativas" da Ana Malhoa nos eighties:
http://www.youtube.com/watch?v=xyAOILtfJkE
Don Medina
At 4:49 da tarde, Anónimo said…
Isto ainda é melhor que 95 por cento da música indie/alternativa produzida por aí:
http://www.youtube.com/watch?v=ReklDIQS-n8
At 5:06 da tarde, Anónimo said…
Tava a ler que os Enigma copiaram os Dead Can Dance, sempre achei os Dead uma seca, e os Enigma pelo menos tinham a voz da Sandra.
Don Medina
At 5:15 da tarde, Anónimo said…
Ganda clássico Táxi!:
http://www.youtube.com/watch?v=xat1GVnl8-k
don medina
At 9:40 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: tem no braço esquerdo o numero 080110, são outros valores e outro imaginário que Portugal tem hoje, de um país moderno e honesto, a ver se nos emprestam algum. (Há uma coisa que não percebo: porque raio é tão importante regressar aos mercados, será para pedir mais e dentro de algum tempo ter outra vez os credores à perna, ou então desta vez é para dar dinheiro aos empreendedores que não vivem acima das suas possibilidades).
Ou muito me engano ou li que o Judas estava a pensar voltar a candidatar-se à Câmara de Cascais, seria bom, agora são todos homens válidos para levantar Portugal. Quanto à Zita, paixonetas de adolescente dão em ódios profundos.
At 10:12 da manhã, Táxi Pluvioso said…
don medina: não me esqueci da Malhoa, já estava no post, não sei se naquela altura a malta sonhava em vê-la nua na Playboy, mas acho que não, ainda não havia a sexualização das crianças, isso será um dado civilizacional mais recente. (Estive a ver um programa do Isidro, um concurso tipo Jogos sem fronteiras mas com crianças, dos anos 90, creio, e a forma como Isidro põe a mão sobre as miúdas, se fosse hoje as coisas davam para o torto).
Milli Vanilli grande grupo, os músicos verdadeiros eram tão feios que não venderiam nada, então o esperto produtor contratou estes dois belos rapazes, venderam que se fartaram, depois a editora devolveu a massa dos discos, não sei se alguém trocou, eles são muito bons.
Tenho vários, bastantes, CDs dos Enigma, e já não os comprei às escondidas, os tempos já eram mais evoluídos, não foi como na altura dos Duran Duran, ser fã ou ouvi-los era sinónimo de paniscas e motivo de farta chacota, então fui à discoteca, esgueirei-me para não encontrar ninguém conhecido, e no metro zás! cruzo-me com um vizinho: então o que é que compraste? e eu a disfarçar, e coisa e tal, eles têm uma música agradável ao ouvido, enfim, da fama não me salvei.
Onde é que andarão os Bloodhound? o álcool deve ter cabo deles, parecia malta beberrona.
E deixo-te o que poderia ser um artista português, o instrumento português é o acordeão, claro que a garrafa seria vinho e não vodka:
http://www.youtube.com/watch?v=JHQqJDBjfSM
At 2:34 da tarde, São said…
O regresso aos mercados também me deixa perplexa: isso não significa que é para pedir dinheiro emprestado de novo? Se é , qual a vantagem?!
JUdas em Cascais? rrsss , DE facto, este nosso país tems umas anedotas incríveis...
Abecassis seguiu o exemplo de Cavaco , que numa remodelação governamental telefonou para o carro onde a Patrício Gouveia estava em vista oficial para lhe comunicar ter sido destituída do cargo
Fica bem
At 3:50 da tarde, Anónimo said…
Pois em Viana é o oposto Táxi. Uma vez fui à discoteca Galáxia comprar um disco do Arturo Benedetti Michelangeli. Na camioneta senta-se a meu lado um vizinho tagarela - "ei ménaço que cd é esse?". - "Uh é daquele pianista, o Richard Clayderman". - "Richard quê? piano? e é fixe?", -"Uh é música calminha", - "ah! depois emprestas-me?", - "sim sim".
don medina
At 8:42 da tarde, Anónimo said…
Olha, este clip é muito bom, e a música tb:
http://www.youtube.com/watch?v=fc9roTAkXXs
É uma música de culto não sei onde. Eu acho que dava para a banda sonora de um soft-porn. Nesse aspecto temos assistido a uma vil degradação sonoplástica na indústria de filmes de sexo, basta dar o exemplo dos filmes do Sá Leão.
Don Medina
At 9:24 da tarde, Anónimo said…
Última Sessão:
http://www.youtube.com/watch?v=h7W_QqG0UAU
Don Medina
At 10:01 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: afinal, vamos hoje aos mercados, não sei se é a cantarolar como o Capuchinho Vermelho ia a casa da avó, ou a cantar o "eu vou, eu vou" como os anões iam para trabalhar na mina, o certo é que vamos, bom, não é bem ir, trata-se de reforçar um empréstimo antigo de 6 mil milhões, e se não aparecer nenhum angolano ou chinês, os bancos credores ficam com ela, já está tudo combinado para no final do dia de hoje o Governo venha anunciar boas novas, tem que ser o pagode tem que ser, e gosta, enganado.
O que interessaria saber era o nome dos compradores e, melhor, para onde vai essa massa.
No caso dos telefones, estou com Cavaco, também servem para más notícias, não é só para boas, e ter telefone no carro era um luxo naquele tempo.
At 10:36 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: raios! não estava a acertar nos comments com poucos erros. Essas lojas por aí estão com uma oferta de sociedade de consumo evoluída, em Lisboa, só se encontra e consome fado, é uma coisa deles.
Ah! o Clayderman é um Rick Wakeman de cabelo mais curto, atualmente devem estar parecidos, se vivos, (ou mortos), com queda de cabelo. Sá Leão regressou, pelo menos ele disse que ia regressar, pode ser que agora meta Luís Represas ou Paulo Gonzo ou Rui Veloso pós-Ar de rock na banda sonora, para dar peso intelectual.
A Quigley, grande atriz, a cena inicial é melhor do que no Psico do Hitchcock, mais fluida, porque com menos cortes, e final espetacular. Esta coisa dos remakes dava uns belos posts, por exemplo, Barb Wire, c/ a Pamela Anderson, é o melhor remake de Casablanca e até é melhor que o Casablanca, mas a malta mais crítica foge do assunto. Li que a cena final do Casablanca, no aeroporto, foi feita com anões e modelos para dar impressão de distância, pois o cacau da produção era austero. O filme passa este fim de semana na TV tenho que confirmar isto. Vou guardar a Quigley, já escrevi sobre ela, mas merece uma referência nos anos 80.
At 11:19 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: deixo-te a pantera cor de preto (não sei se o filme existe todo no Tubo, a realização é extraordinária):
http://www.youtube.com/watch?v=9TT_Emts6mw
E um blog de fotos muito bom:
http://dsata.blogspot.ch/
At 9:22 da tarde, Anónimo said…
Não sei se conheces este grande clássico:
"Una stirpe maledetta di Lucrezia Borgia"
http://www.imdb.com/title/tt0292702/
Um filme notável, com marcas estilísticas viscontianas.
Don Medina
At 10:22 da tarde, Anónimo said…
Melhor que o José Gil ou a Maria Carrilho, os pensamentos do Cão Dorgado:
http://www.youtube.com/watch?v=soZsZxksqPk
Don Medina
At 11:15 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: não conhecia a Borgia, a atriz é muito parecida com Amy Winehouse, curioso nome para morrer em coma alcoólico, what else, poderia fazer uma versão da vida da cantora em versão xxx, bebida e droga, mas todos nus e o resto.
Sobre ditos filosóficos, tive um professor de inglês, e por isso, seus ditos eram linguísticos, dizia ele, between e fecha a porta, e eu, na superior explanação do cogito, ergo sum cartesiano, colei no quadro um penso rápido, vírgula, logo existo.
O mapa da Europa como ela é:
http://www.flickr.com/photos/bibliodyssey/3668576165/sizes/l/
E se tiveres 40 minutos funk it (ou funkit them):
https://www.youtube.com/watch?v=tlgOVmLfNnU
At 11:32 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: algo que só os japoneses poderiam fazer:
https://www.youtube.com/watch?v=nDqaTXqCN-Q
https://www.youtube.com/watch?v=cirhQ8iLdbw
At 11:47 da manhã, São said…
Não sabia - ou já não me lembro - dessa bomba em casa do Torres Couto (caramba , que medricas: escusava de nem fechar a porta....olha se fosse hoje : não morria do mal, morria da cura, rrss).
Bom fim de semana
At 9:36 da tarde, Anónimo said…
Para abanares as nalgas Táxi:
http://www.youtube.com/watch?v=8Uee_mcxvrw
Don Medina
At 9:36 da tarde, Anónimo said…
Para abanares as nalgas Táxi:
http://www.youtube.com/watch?v=8Uee_mcxvrw
Don Medina
At 10:17 da tarde, Anónimo said…
E para pintar um clima romântico:
http://www.youtube.com/watch?v=GvwNqZNwmtU
Don Medina
At 11:52 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: houve várias bombas nesse ano, no próximo post falo de algumas, mas não deu espaço para todas, até o Sarsfield Cabral levou com uma, acho que não morreu ninguém, era só para animar a malta, o Cristiano Ronaldo ainda não tinha nascido, o Vítor Gaspar devia estar no estrangeiro, num lugar importante, e as hipóteses de divertimento eram poucas.
At 11:59 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: esses sul africanos são de morte, vão contra a estética predominante, exportada pelo amigo americano, de que belos rabos, vendem. Fazendo o contrário dificilmente ganham a vida nisto, até o nosso bitóven, um deles, o Emanuel, tem que meter bom ass nos vídeos ou a malta nota que ele já está muito velho.
Nunca vi o programa do Aleixo, as grandes figuras da cultura andam por lá, o Peixoto, o João Vieira, mas nunca tive tempo.
Para shakar o ass, o mestre:
http://www.youtube.com/watch?v=0FgKQdc96k4
At 6:41 da tarde, José said…
O Torres Couto, o homem que conhecia bem Almada, porque passava por cima de avião quando vinha do parlamento Europeu para Lisboa.
E depois fez uma falcatruas com o dinheiro da formação profissional. Agora temos o João Procedência, tudo o que seja para lixar os trabalhadores ele assina, mas tem algumas contrapartidas dos compradores, se não não estaria assim tão gordo.
Ouvi dizer que o governo perdoou uns milhões à UGT, talvez seja pelos serviços prestados.
Abraço,
José.
At 8:28 da tarde, Filipa Júlio said…
E, com o capítulo "no aparelho de televisão", voltei à tenrinha infância. A árvore dos patafúrdios e os amigos de Gaspar! : )
At 9:06 da tarde, Anónimo said…
Entretanto, no gabinete da Troika, uma prenda para o rei mago escurinho:
http://25.media.tumblr.com/tumblr_megkgnKd6y1qf5do9o1_500.gif
Don Medina
At 4:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
José: o Proença pertence ao sindicato dos patrões, que também precisam de quem vele por eles, não se podem fiar só na virgem.
O Couto foi absolvido, mas também o dinheiro já cá não está para se queixar.
At 4:53 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Filipa Júlio: se alguém fizesse uma série Os amigos de Gaspar nos tempos de hoje, teria muita dificuldade em vendê-la no mercado, a não ser que fosse de... dívida soberana.
At 4:56 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Don Medina: holy cow! ao que chega o racismo numa época que se tem por esclarecida, agredir um preto dessa maneira, como se Lincoln ainda não tivesse nascido e sido filmado, horror.
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