“O burro sou eu? O ruim sou eu?”
Entre os minerais, vegetais, animais e desenhos animados o Homem faz a diferença. Não pela grandiosidade do Taj Mahal ou o Amoreiras, de Júlio César ou Robert Mugabe, de Bertrand Russell ou Cláudio Ramos, mas pela capacidade de questionar. Um macaco não olha uma foto JPEG (Joint Photographic Expert Group) do céu e devaneia. Esta actividade é comummente registada como patente humana. Nas aulas, os professores insistem para que os alunos se interroguem se quiserem ficar espertitos como os Smartphones. O busílis da sapiência reside na pergunta e não na resposta. E as perguntas vestem Prada! Têm modas. Nos nossos dias já não se ouve “o 27 passa no Restelo?” mas “para onde vai o planeta?” Esverdeará? Ou desaparecerá numa cinzenta bola de fumo? Numa “Smokestack Ligthning”. (Tocada por Hubert Sumlin e David Johansen vocalista dos New York Dolls. Sumlin foi guitarrista na banda de Howlin’ Wolf, autor desta canção).
O marimbar-se para as respostas arruma o Homem na prateleira da superioridade terreal. E, de tanta genialidade, as soluções para os problemas parecem destrambelhadas. A resposta encontrada para resolver a utilização excessiva dos recursos disponíveis confunde os desprovidos da capacidade de processamento Intel Core 2 A 4GHZ das elites pensadoras. Como sem dinheiro não há palhaço primeiro debuxaram os impostos verdes. Depois enveredaram por uma abordagem que historicamente seria o avesso de Gengis Khan. E assim esperam restaurar os dias biológicos, esvanecidos nas varandas despoluídas, numa sinfonia de sapos e grilos, pirilampos esvoaçando felizes num habitat Walt Disney. Ou então, numa reunião, no alpendre de uma cabana, para tocar os Blues, de “Sleepy” John Estes e Hammie Nixon com John Henry Barbee.
(John Henry Barbee gravou um single em 1939 com algum sucesso. Quando a editora Vocation decidiu gravar outro, ele desaparecera da única morada conhecida, no Arkansas. Barbee tinha disparado sobre o amante da namorada e fugiu convencido que o matara. Afinal, o homem sobreviveu aos ferimentos. Em 1964, participa numa tournée europeia com, entre outros, Lightnin’ Hopkins. De regresso aos Estados Unidos compra o seu primeiro carro com o dinheiro ganho. Dias depois atropela mortalmente um homem. Morreu de cancro na cadeia em Novembro de 1964).
Marco Pólo escreveu sobre os mongóis: “de todos os homens do Mundo, os mais aptos para suportar esforços e dificuldades e os mais baratos de manter, e portanto os melhor adaptados para conquistar território e derrubar reinos”. Um viajante chinês complementou o retrato: “cheiram tão mal que não nos podemos aproximar deles. Lavam-se em urina”. Dito no calão actual esbanjavam poucos recursos. Nas suas longas caminhadas alimentavam-se de leite de égua, carregavam pouca bagagem e não conspurcavam rios ou regatos nas banhocas. Com uma pegada carbónica reduzida ocuparam quase um quarto da Terra. Foram bons para o ambiente e maus para as pessoas que recebiam uma carta de morte. (“Death Letter” de Son House. Importante figura do delta blues original e pregador baptista, ainda hoje mantém a sua influência. Por exemplo, nos White Stripes).
As guerras mongóis eram muito diferentes das americanas. Gengis Khan não comandava soldados de Ray-Ban mastigando chewing gum. As suas incursões militares, não visavam a captura de homens para não-tortura, mas o saque de metais preciosos e de mulheres. E ele era uma exímia sex machine. Uns peritos em ADN concluíram que 16 milhões de pessoas na Ásia central partilham o material genético do líder mongol. Ou seja, um em cada duzentos asiáticos são descendentes directos da quilométrica vida sexual de Gengis Khan. Se os dirigentes contribuíssem com tamanha prol, há muito tempo seria hora de ponta contínua, em todo o planeta, e precisaríamos daqueles funcionários (empurradores) do Metro de Tóquio para andar nas ruas, mas Gengis Khan contrabalançou. Também limpou o sebo a um astronómico número, não contabilizado, de pessoas interrompendo a sua reprodução. Bem vistas as coisas, evitou que a Humanidade se extinguisse e, ao mesmo tempo, controlou o crescimento populacional. (Gengis Khan equipara-se ao Muddy Waters. Era um “Rollin’ Stone” – canção donde os Rolling Stones retiraram o seu nome – com “Got My Mojo Workin’” para arrasar o género feminino).
Este exemplo do passado foi esquecido. Hoje todos os visionários Governos pedem mais população. Para produzir mais riqueza. Para substituir os inevitáveis falecimentos. Para viabilizar os serviços de Segurança Social. Para consumir mais e, assim, rolar a pescadinha de rabo na boca da economia. Ou, simplesmente, porque é bonito ver muita gente nos parques, a solução é o crescimento infinito. Sempre mais. Mais auto-estradas, mais casas, mais aeroportos, mais pavilhões multiusos reduzirão o efeito estufa e o triste Smiley :-/ sorrirá :-) para sempre. “It’s Too Late To Cry” (Lonnie Johnson) vamos alcatroar e cimentar o mundo.
A pegada de carbono deixada pela cimeira UE – África é muito superior ao desgaste mongol. Uma catrefada de políticos com soluções. Um enxame de polícias, guarda-costas, jornalistas, repórteres fotográficos, membros do protocolo, orientadores de tráfego humano, assessores e assessores de assessores. Uma farta frota de viaturas topo de gama. Autocarros de turismo de luxo para transportar meia dúzia de gatos-pingados. Fradique de Menezes, Presidente de São Tomé e Príncipe, teve um só para si. Gasolina para as máquinas e paparoca da boa para esta gente toda. E, porque é Natal, uma mochila com uma gravata e um CD com uma rapsódia de música portuguesa. Toneladas de lixo foram produzidas. Por sorte, Muammar Kadhafi atenuou a pegada carbónica ao trazer a tenda. O campismo destrói menos o ambiente que quartos em hotéis muito bem estrelados. Os governantes portugueses irradiavam satisfação. O país modernizara-se e tinha algo mais que vagões de mercadorias para oferecer aos dignitários visitantes. (“Freight Train Blues” por Rosemary Rainey, neta de “Ma” Rainey. Gertrude “Ma” Pridgett foi uma das primeiras cantoras profissionais de blues e a primeira a gravar um disco, por isso recebeu a alcunha de “mãe dos blues”).
As sábias palavras do mister de Portugal, “o burro sou eu? O ruim sou eu?”, perpassaram pela cabeça do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, João Gomes Cravinho. Encarregado de receber os “cimeiristas” perdeu-se naquela enchente de caras desconhecidas debaixo da pala desenhada pelo arquitecto Siza Vieira. Vagueava de um lado para outro distribuindo apertos de mão sem saber a quem. Mas, como bom português, ninguém percebeu que ele andava às aranhas. Se por lá aparecesse a “rainha dos blues”, dava-lhe um hospitaleiro “passou bem”, mesmo que a confundisse com a baronesa Valerie Amos, representante do Reino Unido, por indisposição de Gordon Brown. (Koko Taylor tem o título de “rainha dos blues”. A canção “Wang Dang Doodle” é de Willie Dixon que descobriu Koko nos clubes de Chicago).
Nem todos os bacalhaus de Cravinho foram atirados no escuro. Alguns líderes eram conhecidos. Robert Mugabe nem olhou para ele no aperto de mão. Fradique de Menezes cumprimentou-o efusivamente. E Durão Barroso não precisou do anúncio do protocolo de Estado. Seguiu-se um cortejo infindável e a barriga não perdoa. Começa a dar horas. Gomes Cravinho dá um pulo ao bar “para comer um croquete”. Quando chega o último representante do povo, João Bernardo “Nino” Vieira, da Guiné-Bissau, o secretário de Estado não estava na entrada do Pavilhão de Portugal. “Nino” compreendeu a voz do estômago, pois ele próprio tem insistido para que os guineenses comam, para não caírem na fraqueza e apanhar tuberculose. (“TB Blues” de Victoria Spivey).
Enfim, a cimeira UE – África trouxe à cidade de Lisboa um concerto de sons que inspiraria Karlheinz Stockhausen. O compositor alemão de música electrónica e electro-acústica morreu na quarta-feira passada. Em 2001 despertou o ódio do império americano. Numa conferência de imprensa, em Hamburgo, classificou o ataque às torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, como “a maior obra de arte jamais realizada”. Queria dizer ele que, os militantes da al Qaeda, treinaram durante anos para um momento único e depois morreram, e isso era arte. Apesar de não ter sido entendido pediu desculpa, mas não evitou que os responsáveis da cidade de Hamburgo cancelassem os seus concertos. Stockhausen misturava nas partituras musicais, elementos das artes visuais, a acústica dos lugares onde a música era executada e os ruídos do meio ambiente, como em “Helicopter String Concert”.
Entre os minerais, vegetais, animais e desenhos animados o Homem faz a diferença. Não pela grandiosidade do Taj Mahal ou o Amoreiras, de Júlio César ou Robert Mugabe, de Bertrand Russell ou Cláudio Ramos, mas pela capacidade de questionar. Um macaco não olha uma foto JPEG (Joint Photographic Expert Group) do céu e devaneia. Esta actividade é comummente registada como patente humana. Nas aulas, os professores insistem para que os alunos se interroguem se quiserem ficar espertitos como os Smartphones. O busílis da sapiência reside na pergunta e não na resposta. E as perguntas vestem Prada! Têm modas. Nos nossos dias já não se ouve “o 27 passa no Restelo?” mas “para onde vai o planeta?” Esverdeará? Ou desaparecerá numa cinzenta bola de fumo? Numa “Smokestack Ligthning”. (Tocada por Hubert Sumlin e David Johansen vocalista dos New York Dolls. Sumlin foi guitarrista na banda de Howlin’ Wolf, autor desta canção).
O marimbar-se para as respostas arruma o Homem na prateleira da superioridade terreal. E, de tanta genialidade, as soluções para os problemas parecem destrambelhadas. A resposta encontrada para resolver a utilização excessiva dos recursos disponíveis confunde os desprovidos da capacidade de processamento Intel Core 2 A 4GHZ das elites pensadoras. Como sem dinheiro não há palhaço primeiro debuxaram os impostos verdes. Depois enveredaram por uma abordagem que historicamente seria o avesso de Gengis Khan. E assim esperam restaurar os dias biológicos, esvanecidos nas varandas despoluídas, numa sinfonia de sapos e grilos, pirilampos esvoaçando felizes num habitat Walt Disney. Ou então, numa reunião, no alpendre de uma cabana, para tocar os Blues, de “Sleepy” John Estes e Hammie Nixon com John Henry Barbee.
(John Henry Barbee gravou um single em 1939 com algum sucesso. Quando a editora Vocation decidiu gravar outro, ele desaparecera da única morada conhecida, no Arkansas. Barbee tinha disparado sobre o amante da namorada e fugiu convencido que o matara. Afinal, o homem sobreviveu aos ferimentos. Em 1964, participa numa tournée europeia com, entre outros, Lightnin’ Hopkins. De regresso aos Estados Unidos compra o seu primeiro carro com o dinheiro ganho. Dias depois atropela mortalmente um homem. Morreu de cancro na cadeia em Novembro de 1964).
Marco Pólo escreveu sobre os mongóis: “de todos os homens do Mundo, os mais aptos para suportar esforços e dificuldades e os mais baratos de manter, e portanto os melhor adaptados para conquistar território e derrubar reinos”. Um viajante chinês complementou o retrato: “cheiram tão mal que não nos podemos aproximar deles. Lavam-se em urina”. Dito no calão actual esbanjavam poucos recursos. Nas suas longas caminhadas alimentavam-se de leite de égua, carregavam pouca bagagem e não conspurcavam rios ou regatos nas banhocas. Com uma pegada carbónica reduzida ocuparam quase um quarto da Terra. Foram bons para o ambiente e maus para as pessoas que recebiam uma carta de morte. (“Death Letter” de Son House. Importante figura do delta blues original e pregador baptista, ainda hoje mantém a sua influência. Por exemplo, nos White Stripes).
As guerras mongóis eram muito diferentes das americanas. Gengis Khan não comandava soldados de Ray-Ban mastigando chewing gum. As suas incursões militares, não visavam a captura de homens para não-tortura, mas o saque de metais preciosos e de mulheres. E ele era uma exímia sex machine. Uns peritos em ADN concluíram que 16 milhões de pessoas na Ásia central partilham o material genético do líder mongol. Ou seja, um em cada duzentos asiáticos são descendentes directos da quilométrica vida sexual de Gengis Khan. Se os dirigentes contribuíssem com tamanha prol, há muito tempo seria hora de ponta contínua, em todo o planeta, e precisaríamos daqueles funcionários (empurradores) do Metro de Tóquio para andar nas ruas, mas Gengis Khan contrabalançou. Também limpou o sebo a um astronómico número, não contabilizado, de pessoas interrompendo a sua reprodução. Bem vistas as coisas, evitou que a Humanidade se extinguisse e, ao mesmo tempo, controlou o crescimento populacional. (Gengis Khan equipara-se ao Muddy Waters. Era um “Rollin’ Stone” – canção donde os Rolling Stones retiraram o seu nome – com “Got My Mojo Workin’” para arrasar o género feminino).
Este exemplo do passado foi esquecido. Hoje todos os visionários Governos pedem mais população. Para produzir mais riqueza. Para substituir os inevitáveis falecimentos. Para viabilizar os serviços de Segurança Social. Para consumir mais e, assim, rolar a pescadinha de rabo na boca da economia. Ou, simplesmente, porque é bonito ver muita gente nos parques, a solução é o crescimento infinito. Sempre mais. Mais auto-estradas, mais casas, mais aeroportos, mais pavilhões multiusos reduzirão o efeito estufa e o triste Smiley :-/ sorrirá :-) para sempre. “It’s Too Late To Cry” (Lonnie Johnson) vamos alcatroar e cimentar o mundo.
A pegada de carbono deixada pela cimeira UE – África é muito superior ao desgaste mongol. Uma catrefada de políticos com soluções. Um enxame de polícias, guarda-costas, jornalistas, repórteres fotográficos, membros do protocolo, orientadores de tráfego humano, assessores e assessores de assessores. Uma farta frota de viaturas topo de gama. Autocarros de turismo de luxo para transportar meia dúzia de gatos-pingados. Fradique de Menezes, Presidente de São Tomé e Príncipe, teve um só para si. Gasolina para as máquinas e paparoca da boa para esta gente toda. E, porque é Natal, uma mochila com uma gravata e um CD com uma rapsódia de música portuguesa. Toneladas de lixo foram produzidas. Por sorte, Muammar Kadhafi atenuou a pegada carbónica ao trazer a tenda. O campismo destrói menos o ambiente que quartos em hotéis muito bem estrelados. Os governantes portugueses irradiavam satisfação. O país modernizara-se e tinha algo mais que vagões de mercadorias para oferecer aos dignitários visitantes. (“Freight Train Blues” por Rosemary Rainey, neta de “Ma” Rainey. Gertrude “Ma” Pridgett foi uma das primeiras cantoras profissionais de blues e a primeira a gravar um disco, por isso recebeu a alcunha de “mãe dos blues”).
As sábias palavras do mister de Portugal, “o burro sou eu? O ruim sou eu?”, perpassaram pela cabeça do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, João Gomes Cravinho. Encarregado de receber os “cimeiristas” perdeu-se naquela enchente de caras desconhecidas debaixo da pala desenhada pelo arquitecto Siza Vieira. Vagueava de um lado para outro distribuindo apertos de mão sem saber a quem. Mas, como bom português, ninguém percebeu que ele andava às aranhas. Se por lá aparecesse a “rainha dos blues”, dava-lhe um hospitaleiro “passou bem”, mesmo que a confundisse com a baronesa Valerie Amos, representante do Reino Unido, por indisposição de Gordon Brown. (Koko Taylor tem o título de “rainha dos blues”. A canção “Wang Dang Doodle” é de Willie Dixon que descobriu Koko nos clubes de Chicago).
Nem todos os bacalhaus de Cravinho foram atirados no escuro. Alguns líderes eram conhecidos. Robert Mugabe nem olhou para ele no aperto de mão. Fradique de Menezes cumprimentou-o efusivamente. E Durão Barroso não precisou do anúncio do protocolo de Estado. Seguiu-se um cortejo infindável e a barriga não perdoa. Começa a dar horas. Gomes Cravinho dá um pulo ao bar “para comer um croquete”. Quando chega o último representante do povo, João Bernardo “Nino” Vieira, da Guiné-Bissau, o secretário de Estado não estava na entrada do Pavilhão de Portugal. “Nino” compreendeu a voz do estômago, pois ele próprio tem insistido para que os guineenses comam, para não caírem na fraqueza e apanhar tuberculose. (“TB Blues” de Victoria Spivey).
Enfim, a cimeira UE – África trouxe à cidade de Lisboa um concerto de sons que inspiraria Karlheinz Stockhausen. O compositor alemão de música electrónica e electro-acústica morreu na quarta-feira passada. Em 2001 despertou o ódio do império americano. Numa conferência de imprensa, em Hamburgo, classificou o ataque às torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, como “a maior obra de arte jamais realizada”. Queria dizer ele que, os militantes da al Qaeda, treinaram durante anos para um momento único e depois morreram, e isso era arte. Apesar de não ter sido entendido pediu desculpa, mas não evitou que os responsáveis da cidade de Hamburgo cancelassem os seus concertos. Stockhausen misturava nas partituras musicais, elementos das artes visuais, a acústica dos lugares onde a música era executada e os ruídos do meio ambiente, como em “Helicopter String Concert”.
7 Comments:
At 3:54 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Mais umas figuras importantes da História dos Blues para comemorar mais uma grande vitória de Portugal - o sucesso estrondoso da cimeira UE - África. Mesmo sem Ronaldo marcamos sempre!
At 2:53 da manhã, Ana Cristina Leonardo said…
Nos nossos dias já não se ouve “o 27 passa no Restelo?” mas “para onde vai o planeta?”
Só por isto valeu a pena ter passado por aqui (sem desprimor para o resto, claro).
At 5:08 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Sempre suspeitei dos salvadores. (Até do mais famoso. Nunca acreditei nas suas boas intenções. Só lamentei que os romanos não executassem a pena capital com maçanetas de porta. Hoje os cristãos adorariam uma. E as divergências estender-se-iam pelos que acreditam que tinha fecho, ou não, que era de madeira ou metal etc. etc.).
Agora aparecem os salvadores do planeta. Antes vieram os salvadores da nossa segurança, da saúde, da felicidade etc. Meteram-nos em casa o polícia ou o fiscal.
A questão é sempre a mesma: quem nos vai salvar dos nossos salvadores?
At 3:02 da tarde, Ana Cristina Leonardo said…
Pois. É como o dizia o Brian: «O que é preciso é que cada um pense pela sua própria cabeça». E a multidão, em coro, respondeu: «O que é preciso é que cada um pense pela sua própria cabeça».
At 5:39 da tarde, Táxi Pluvioso said…
As cabeças não páram de pensar, até no Zimbabué. Afinal o Mugabe foi o herói da cimeira. A imprensa do país esta eufórica.
O ministro da Informação, Sikhanyiso Ndlovu, veio dizer que Mugabe tomou conta do palanque da cimeira e fez com que “alguns dos chefes de Estado e de Governo europeus e os seus detractores, incluindo Angela Merkel, parecessem anões”.
Estão a preparar-lhe uma festa de regresso do herói.
Gostei quando ele chegou uma hora atrasado ao banquete do Cavaco. Não sei se os outros esperaram, enganando a fome com croquetes, ou atacaram o robalo sem cerimónia.
At 4:20 da tarde, Armando Rocheteau said…
Depois de lido o post, tenho ido aos blues. Grande música.
At 9:30 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Ainda não deu para passar pelos brancos que também tocam blues.
Os músicos americanos do fim da década de 70 são quase todos influenciados pelos blues. Com tempo lá chegarei.
Antes tenho que fazer uma ronda por países esquisitos, mas cuja música é igual ao pimpa do nosso querido Portugal, cheio de dirigentes europeus nas ruas, em vez de vendedores de castanhas.
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