E Deus disse… faça-se História
Beethoven, boquiaberto, saltou do piano, abraçou George Bridgetower, sentou-se e retomou a execução da sua “Sonata para Violino e Piano No. 9 em Lá Maior Op. 47”. A assistência ovacionava encantada.
.
Bridgetower cruzou-se com Beethoven durante a sua passagem por Viena em 1803. Impressionou-o com o seu virtuosismo no violino. E convenceu-o a compor uma sonata para tocarem juntos. A apresentação pública, marcada para as oito da manhã, no Pavilhão Augarten e Beethoven concluindo a composição às 04:30, não permitiu que o copista transcrevesse a parte do violino no 2º movimento. Bridgetower improvisou-o, olhando por cima do ombro, a pauta de Beethoven. A interpretação emocionou o pianista alemão ao ponto de interromper o espectáculo para um comovido aperto de ossos, enquanto os fãs se esgadanhavam bis! bis! bis!, antes de iniciar o 3º movimento. Inebriado pelo êxito, no final, Beethoven anunciou que dedicava a nova sonata ao violinista e escreveu na pauta: “Sonata per uno mulaticco lunatticco”. Bridgetower, mulato inglês, galã com sucesso entre as senhoras, no calor do after show, solta um comentário inadequado sobre uma lady, groupie de Beethoven, que instantaneamente retirou a dedicatória e nunca mais lhe dirigiu a palavra. A sonata seria dedicada ao violinista vedeta Rodolphe Kreutzer, que nunca a tocou em público, classificando-a de “ultrajantemente ininteligível”. E Bridgetower que actuara nas grandes capitais europeias, para nobreza e reis, morreu esquecido no “alzheimer” da História.
.
[Tool – ferramenta da oficina do metal que progrediu para um laboratório psicadélico. Nos anos 80 os seus membros migram para Los Angeles. Maynard James Keenan, com o curso de Artes Visuais no papo, remodelava lojas de animais, Paul D’Amour e Adam Jones almejavam carreira no cinema, Danny Carey tocara bateria nos Green Jellÿ, Carole King, Pigmy Love Circus, e continuará nos VOLTO!, ZAUM, Pigface, Adrian Belew, The Melvins… O primeiro vídeo, “Hush”, expressa o seu desacordo com o Parents Music Resource Center da “Algórica” esposa e outras velhotas de Washington, encavalitadas na santa cruzada de proibir alusões ao sexo ou outros perigos para a sociedade livre nas letras das canções.
.
Keenan explicou a origem do nome: “Tool é exactamente o que parece: uma grande gaita. É uma chave… nós somos… o vosso instrumento; usem-nos como um catalizador no vosso processo de encontrar seja o que for que precisem de encontrar, ou o que quer que seja que tentem atingir”. O álbum “Undertow” sofreu censura de algumas lojecas de grande distribuição, apoquentadas, que as fotos da capa, desencadeassem abandonos dos carrinhos, e menos money nas caixas, das famílias nas compras domingueiras. O disco saiu com uma capa alternativa. O single “Sober”, sobre a criatividade em estados alterados, venceu o “Melhor Vídeo por um Novo Artista”, da Billboard, em 94. O seguinte, “Prison Sex”, lida com o tema do abuso de crianças e despertou as baboseiras do costume. O guitarrista Adam Jones, autor do vídeo, apresenta-o como a sua “interpretação surrealista” do assunto. No CD AEnima, “Stinkfist”, é entendido como referência ao “fist-fucking”, o “estás a aleijar-me como o anel” / “mas isto é o relógio” muito apreciado na comunidade gay. Os locutores da MTV americana rejeitam pronunciar o título, anunciam-no como faixa 1 – “Schism” ^ “Lateralus” ^ “AEnima” ^ “Hooker with a Penis” ^ “Vicarious” ^ “The Pot”].
.
A História corre como o rio Jordão dos políticos em apuros. Wbush trazia-a na ponta da língua como o WC Pato que limpará o seu nome. Manuela Ferreira Leite aguarda os seus votos: “a História vai-me dar razão e vai dizer quanto foi errada toda esta política do PS”. Moshe Katsav, ex-presidente judeu, destituído sob acusação de violação e agressão sexual, senta-se no seu banco: “a História julgará em meu favor”. Todavia a História não é feita por quem a vive no momento, mas por aqueles que a escreverão no futuro. Muito se exultou com a tomada do trono pelo presidente “bronzeado” nos Estados Unidos. Peregrinações rumaram a Washington para “ver História ser feita”. No entanto, ninguém pode garantir que esse seja um acontecimento relevante dentro de mil ou dois mil anos, porque a História não é uma descrição dos factos que elucidam, interpretam ou explicam o passado, mas uma selecção de episódios que dão sentido ao presente. A História é uma almofada onde cada geração encosta a cabecinha sossegada.
.Pearl Hart (1871-1956) nasceu no Canadá, atraída por bad boys, emprenhou aos 16 anos, como o consorte lhe chegava a roupa ao pêlo, retornou para a casa da mãe. Em 1893 emigrou para os Estados Unidos, onde entrou na História como a última pessoa a roubar uma diligência. Ela e Joe Boot, o homem com quem vivia, assaltaram a diligência entre Globe e Florence, no Arizona, em 1899, roubando 421 dólares e um relógio. Um facto errado, pois o último assaltante de diligências foi Ben E. Kuhl em 1916. Pearl também está registada como a única mulher capturada a roubar uma diligência. Vinte anos antes, a polícia do Colorado montou uma armadilha para capturar os assaltantes da diligência, que transportava o ouro, entre Leadville e Buena Vista. Após o tiroteio, quando retiram as máscaras dos cadáveres, um dos bófias é surpreendido por um dos bandidos ser a sua própria mulher, Jane Kirkham. Pearl Hart, fumadora frequente de marijuana e, na prisão, consumidora de morfina, talvez, tenha um título: a primeira ou única pessoa a tentar o suicídio com pó talco.
.Jero é o primeiro cantor preto de Enka, a música tradicional japonesa. Se ficará na História como tal não é possível prever. A exiguidade da vida humana não o permite. (Por enquanto, ele a solo, em dueto, na publicidade, o site em japonês). No palmo de terra que habitamos, a História vagueia como as ondas das caravelas. Por exemplo, “Armando Vara ganhava 244 mil euros por ano na Caixa Geral de Depósitos, passou para quase meio milhão no BCP”, não se fez História. Quando se separou do futebolista Beto, o 3D do corpo de Filipa de Castro aperfeiçoou, atraindo as câmaras fotográficas e outros instrumentos de reprodução. Nas últimas fotos para a revista FHM Filipa filosofou: “senti-me como uma leoa” e dedicou-as ao Sporting. Fez-se História.
.
[Jefferson Airplane – grupo engendrado do deslumbramento de Marty Balin pela fusão rock/folk em 1965 na cidade de S. Francisco. No início da década, Balin cantava a solo, sem sucesso; em 1963-64 integra o grupo folk The Town Criers; em 65 decide abrir The Matrix e formar uma banda, quando conhece Paul Kantner no clube The Drinking Gourd, na Union Street. Recrutaram a cantora Signe Toly Anderson, que entretanto casa com Jerry Anderson, membro dos Merry Pranksters, e só participa no primeiro disco, “Jefferson Airplane Takes Off”, abandonando a banda desconfiada das intenções do manager Matthew Katz e para parir a primeira filha – “It's no Secret” ^ “Let's Get Together” ^ “Chauffeur Blues”.
.
De acordo com a lenda, a designação “Jefferson Airplane” teve origem na mola, feita com uma caixa de fósforos, usada para segurar a beata de um charro, mas segundo Jorma Kaukonen, o nome seria uma paródia, bolada por um amigo, às alcunhas estranhas dos músicos de blues como Blind Lemon Jefferson. Em 1966, sai Signe, entra Grace Slick e o aeroplano voa pró outro lado do espelho. Grace e Jerry Slick eram namorados de liceu, saíram pela primeira juntos, para assistir ao Festival de Jazz de Monterey, e de repente estavam casados. “Não era apaixonada. Era uma coisa calma”, explicou ela, “parecia a coisa certa. Os nossos pais conheciam-se. Era uma decisão típica dos anos 50”. Integrados no espírito da época, após o casório, Jerry foi para a Universidade, e Grace emprega-se numa loja de moda para sustentar esta trivial família americana pós-guerra. No final do Verão de 65, Darby Slick, irmão de Jerry, teve a ideia de formar uma banda, nasce The Great Society – “White Rabbit” ^ “Darkly Smiling”.
.
Grace ambicionava ser cantora por razões de qualidade de vida. Porque elas ganhavam mais do que ela, não ficavam todo o dia de pé atrás de um balcão e consumiam melhores drogas. A juventude de S. Francisco praticava uma filosofia simples naqueles dias: “tomar drogas, tocar música e ganhar alguns dólares”. Jack Casady, baixista dos Jefferson, convida Grace para o grupo. Em 1967 acreditava-se que a bebida, a droga e o amor livre iam mudar a música e a sociedade para sempre, e os Jefferson tocavam sob influência do álcool, comprimidos e derivados – “Lather”.
.
Num programa do Johnny Carson, o camarim tresandava a marijuana, Carson mostrava enfado pela situação. O palco, no estúdio, tinha um carrossel com um leão, um burro, um cavalo, Grace cantou olhando fixamente para o apresentador, terminada a canção mete o microfone no cu do cavalo. Carson espumava de raiva. Grace, distante do marido, não dispensava as “obrigações conjugais”... especialmente praticadas por outros. Era boa como o milho e costumava andar nua. Certa noite, às 3 da manhã, com a desculpa de precisar de um saca-rolhas, foi bater à porta de Jack. E os outros membros do grupo seguiram-se nas noites subsequentes. Ela acreditava que podia satisfazer toda a gente numa de peace and love. Todos tomavam LSD, mas Grace enfiava tudo o que aparecesse e sobretudo bebia. “Era bondosa. Pensava, mas não dizia, porque não era apropriado” – esclarece ela. Enfrascada, perdia o tento na língua.
.
Abria a boca e era sarcástica, cínica, foi presa por praguejar em palco, mas também por posse de droga e conduzir embriagada. Ela trouxe dos Great Society, “White Rabbit”, canção inspirada no Bolero de Ravel, para “explicar aos pais porque é que os filhos andam na droga” e o outro êxito “Somebody to Love”. Os Jefferson percorreram os festivais da década de 60. Grace comenta-os: em 1967 “Monterey foi espantoso. Jimi Hendrix eclipsou os outros. Foi incrível. Estava bom tempo”. No Verão de 69 “Woodstock foi o mais conhecido dos festivais originais mas aquilo era lamacento. Esperava-se dois dias para ir à casa de banho”. Em Dezembro de 69 “Altamont foi uma porcaria”. Os Hells Angels, pagos em grades de cerveja, encarregaram-se da segurança. Marty Balin levou nos cornos por mandar um deles “se foder” e foi retirado de helicóptero, inconsciente, para o hospital mais próximo. E, durante a actuação dos Rolling Stones, o americano-áfrico Meredith Hunter, intoxicado de metanfetamina e ciúmes da caucasiana namorada, Patty Bredahoff, que fantasiava abrir o pistilo ao vocalista dos Stones, foi esfaqueado pelo Hell Angel Alan Passaro, quando sacou de uma pistola para limpar o sebo ao Mick Jagger.
.
Grace frequentou o Finch College, em Manhattan, dez anos depois, também escola de outra famosa aluna, Patricia Nixon Cox, filha do presidente americano. Em 69, as ex-alunas são convidadas para uma tea party na Casa Branca e, por descuido dos serviços secretos, Grace é incluída na lista. Ela, por sua vez, convida Abbie Hoffman, activista político, fundador do Youth International Party. Na fila, em frente do nº 1600 da Pennsylvania Avenue, ele vestia uma t-shirt da bandeira americana, ela as suas botas brancas de cano alto, são reconhecidos pelos agentes secretos, que lhes barram a entrada. Planeavam meter ácido no chá de Richard Nixon “porque achavam divertido imaginá-lo pela Casa Branca a ver os quadros a derreterem-se e para lhe dar outra perspectiva da guerra do Vietname”.
.
Entre 1969-75, Paul Kantner e Grace envolveram-se numa relação amorosa de que resultou uma filha. Quando estava no hospital, uma enfermeira hispânica queria o nome para registar o bebé, Grace vendo-a de crucifixo ao pescoço, respondeu-lhe: “a filha chamar-se-á ‘God’, mas com um ‘g’ pequeno, temos de ser modestos”. Viria a chamar-se China Wing Kantner. Nesse período, Skip Johnson, responsável pelas luzes, obteve um meet and greet para a cama de Grace. “Ele desceu ao bar com o meu vestido, bigode, ténis, pernas peludas, meias baratas” descreveu ela, por ser delicado e bonito, Kantner julgava que ele era rabiolas e não via problema no convívio. Casaram-se no Havai, ela com 37 anos, ele, com 23, e o enlace durou 18 anos.
.
Na década de 70, a rádio sepultou, com pompa e transístores, a música da década de 60. Finaram-se as canções de 15 minutos, os solos intermináveis, abrolharam as cantigas de 4 minutos, máximo, formatadas para a orelha do ouvinte. Manicura, pedicura, limpeza facial, champô, laca, rolos para avolumar o cabelo, introduziram os artistas no novo decénio. Paul Kantner funda os Jefferson Starship, com alguns antigos colegas, recauchutados no aspecto físico e nas farpelas, para tocarem canções escritas por compositores contratados pela editora – “Jane” ^ “Ride the Tiger” ^ “Hyperdrive”.
.
Na Alemanha, em 78, Grace esvaziou o minibar do hotel para inspiração. Entrou em palco vestida de oficial SS, com o braço esticado e o dedo debaixo do nariz fazendo de bigode. No fim do concerto gritou: “vão se lixar. Que se lixe a RCA. Eu desisto”. E trocou o “foguetão” pela garrafa. Foi presa tantas vezes por conduzir bêbeda, que um juiz farto de a ver, mandou-a para os Alcoólicos Anónimos. Curada, atestaram os especialistas, volta ao grupo. Em 84 Kantner abandona os Jefferson Starship, que continuam como Starship para fabricarem, segundo a revista Rolling Stone, “a pior canção de sempre”, “We Built This City”, escrita por um inglês, Bernie Taupin, sobre os clubes que fechavam em Los Angeles – “Sara” ^ “Nothing’s Gonna Stop Us Now”. Quando caiu na real e enxergou a triste figura dos Starship, Grace regressou ao álcool.
.
Beethoven, boquiaberto, saltou do piano, abraçou George Bridgetower, sentou-se e retomou a execução da sua “Sonata para Violino e Piano No. 9 em Lá Maior Op. 47”. A assistência ovacionava encantada.
.
Bridgetower cruzou-se com Beethoven durante a sua passagem por Viena em 1803. Impressionou-o com o seu virtuosismo no violino. E convenceu-o a compor uma sonata para tocarem juntos. A apresentação pública, marcada para as oito da manhã, no Pavilhão Augarten e Beethoven concluindo a composição às 04:30, não permitiu que o copista transcrevesse a parte do violino no 2º movimento. Bridgetower improvisou-o, olhando por cima do ombro, a pauta de Beethoven. A interpretação emocionou o pianista alemão ao ponto de interromper o espectáculo para um comovido aperto de ossos, enquanto os fãs se esgadanhavam bis! bis! bis!, antes de iniciar o 3º movimento. Inebriado pelo êxito, no final, Beethoven anunciou que dedicava a nova sonata ao violinista e escreveu na pauta: “Sonata per uno mulaticco lunatticco”. Bridgetower, mulato inglês, galã com sucesso entre as senhoras, no calor do after show, solta um comentário inadequado sobre uma lady, groupie de Beethoven, que instantaneamente retirou a dedicatória e nunca mais lhe dirigiu a palavra. A sonata seria dedicada ao violinista vedeta Rodolphe Kreutzer, que nunca a tocou em público, classificando-a de “ultrajantemente ininteligível”. E Bridgetower que actuara nas grandes capitais europeias, para nobreza e reis, morreu esquecido no “alzheimer” da História.
.
[Tool – ferramenta da oficina do metal que progrediu para um laboratório psicadélico. Nos anos 80 os seus membros migram para Los Angeles. Maynard James Keenan, com o curso de Artes Visuais no papo, remodelava lojas de animais, Paul D’Amour e Adam Jones almejavam carreira no cinema, Danny Carey tocara bateria nos Green Jellÿ, Carole King, Pigmy Love Circus, e continuará nos VOLTO!, ZAUM, Pigface, Adrian Belew, The Melvins… O primeiro vídeo, “Hush”, expressa o seu desacordo com o Parents Music Resource Center da “Algórica” esposa e outras velhotas de Washington, encavalitadas na santa cruzada de proibir alusões ao sexo ou outros perigos para a sociedade livre nas letras das canções.
.
Keenan explicou a origem do nome: “Tool é exactamente o que parece: uma grande gaita. É uma chave… nós somos… o vosso instrumento; usem-nos como um catalizador no vosso processo de encontrar seja o que for que precisem de encontrar, ou o que quer que seja que tentem atingir”. O álbum “Undertow” sofreu censura de algumas lojecas de grande distribuição, apoquentadas, que as fotos da capa, desencadeassem abandonos dos carrinhos, e menos money nas caixas, das famílias nas compras domingueiras. O disco saiu com uma capa alternativa. O single “Sober”, sobre a criatividade em estados alterados, venceu o “Melhor Vídeo por um Novo Artista”, da Billboard, em 94. O seguinte, “Prison Sex”, lida com o tema do abuso de crianças e despertou as baboseiras do costume. O guitarrista Adam Jones, autor do vídeo, apresenta-o como a sua “interpretação surrealista” do assunto. No CD AEnima, “Stinkfist”, é entendido como referência ao “fist-fucking”, o “estás a aleijar-me como o anel” / “mas isto é o relógio” muito apreciado na comunidade gay. Os locutores da MTV americana rejeitam pronunciar o título, anunciam-no como faixa 1 – “Schism” ^ “Lateralus” ^ “AEnima” ^ “Hooker with a Penis” ^ “Vicarious” ^ “The Pot”].
.
A História corre como o rio Jordão dos políticos em apuros. Wbush trazia-a na ponta da língua como o WC Pato que limpará o seu nome. Manuela Ferreira Leite aguarda os seus votos: “a História vai-me dar razão e vai dizer quanto foi errada toda esta política do PS”. Moshe Katsav, ex-presidente judeu, destituído sob acusação de violação e agressão sexual, senta-se no seu banco: “a História julgará em meu favor”. Todavia a História não é feita por quem a vive no momento, mas por aqueles que a escreverão no futuro. Muito se exultou com a tomada do trono pelo presidente “bronzeado” nos Estados Unidos. Peregrinações rumaram a Washington para “ver História ser feita”. No entanto, ninguém pode garantir que esse seja um acontecimento relevante dentro de mil ou dois mil anos, porque a História não é uma descrição dos factos que elucidam, interpretam ou explicam o passado, mas uma selecção de episódios que dão sentido ao presente. A História é uma almofada onde cada geração encosta a cabecinha sossegada.
.Pearl Hart (1871-1956) nasceu no Canadá, atraída por bad boys, emprenhou aos 16 anos, como o consorte lhe chegava a roupa ao pêlo, retornou para a casa da mãe. Em 1893 emigrou para os Estados Unidos, onde entrou na História como a última pessoa a roubar uma diligência. Ela e Joe Boot, o homem com quem vivia, assaltaram a diligência entre Globe e Florence, no Arizona, em 1899, roubando 421 dólares e um relógio. Um facto errado, pois o último assaltante de diligências foi Ben E. Kuhl em 1916. Pearl também está registada como a única mulher capturada a roubar uma diligência. Vinte anos antes, a polícia do Colorado montou uma armadilha para capturar os assaltantes da diligência, que transportava o ouro, entre Leadville e Buena Vista. Após o tiroteio, quando retiram as máscaras dos cadáveres, um dos bófias é surpreendido por um dos bandidos ser a sua própria mulher, Jane Kirkham. Pearl Hart, fumadora frequente de marijuana e, na prisão, consumidora de morfina, talvez, tenha um título: a primeira ou única pessoa a tentar o suicídio com pó talco.
.Jero é o primeiro cantor preto de Enka, a música tradicional japonesa. Se ficará na História como tal não é possível prever. A exiguidade da vida humana não o permite. (Por enquanto, ele a solo, em dueto, na publicidade, o site em japonês). No palmo de terra que habitamos, a História vagueia como as ondas das caravelas. Por exemplo, “Armando Vara ganhava 244 mil euros por ano na Caixa Geral de Depósitos, passou para quase meio milhão no BCP”, não se fez História. Quando se separou do futebolista Beto, o 3D do corpo de Filipa de Castro aperfeiçoou, atraindo as câmaras fotográficas e outros instrumentos de reprodução. Nas últimas fotos para a revista FHM Filipa filosofou: “senti-me como uma leoa” e dedicou-as ao Sporting. Fez-se História.
.
[Jefferson Airplane – grupo engendrado do deslumbramento de Marty Balin pela fusão rock/folk em 1965 na cidade de S. Francisco. No início da década, Balin cantava a solo, sem sucesso; em 1963-64 integra o grupo folk The Town Criers; em 65 decide abrir The Matrix e formar uma banda, quando conhece Paul Kantner no clube The Drinking Gourd, na Union Street. Recrutaram a cantora Signe Toly Anderson, que entretanto casa com Jerry Anderson, membro dos Merry Pranksters, e só participa no primeiro disco, “Jefferson Airplane Takes Off”, abandonando a banda desconfiada das intenções do manager Matthew Katz e para parir a primeira filha – “It's no Secret” ^ “Let's Get Together” ^ “Chauffeur Blues”.
.
De acordo com a lenda, a designação “Jefferson Airplane” teve origem na mola, feita com uma caixa de fósforos, usada para segurar a beata de um charro, mas segundo Jorma Kaukonen, o nome seria uma paródia, bolada por um amigo, às alcunhas estranhas dos músicos de blues como Blind Lemon Jefferson. Em 1966, sai Signe, entra Grace Slick e o aeroplano voa pró outro lado do espelho. Grace e Jerry Slick eram namorados de liceu, saíram pela primeira juntos, para assistir ao Festival de Jazz de Monterey, e de repente estavam casados. “Não era apaixonada. Era uma coisa calma”, explicou ela, “parecia a coisa certa. Os nossos pais conheciam-se. Era uma decisão típica dos anos 50”. Integrados no espírito da época, após o casório, Jerry foi para a Universidade, e Grace emprega-se numa loja de moda para sustentar esta trivial família americana pós-guerra. No final do Verão de 65, Darby Slick, irmão de Jerry, teve a ideia de formar uma banda, nasce The Great Society – “White Rabbit” ^ “Darkly Smiling”.
.
Grace ambicionava ser cantora por razões de qualidade de vida. Porque elas ganhavam mais do que ela, não ficavam todo o dia de pé atrás de um balcão e consumiam melhores drogas. A juventude de S. Francisco praticava uma filosofia simples naqueles dias: “tomar drogas, tocar música e ganhar alguns dólares”. Jack Casady, baixista dos Jefferson, convida Grace para o grupo. Em 1967 acreditava-se que a bebida, a droga e o amor livre iam mudar a música e a sociedade para sempre, e os Jefferson tocavam sob influência do álcool, comprimidos e derivados – “Lather”.
.
Num programa do Johnny Carson, o camarim tresandava a marijuana, Carson mostrava enfado pela situação. O palco, no estúdio, tinha um carrossel com um leão, um burro, um cavalo, Grace cantou olhando fixamente para o apresentador, terminada a canção mete o microfone no cu do cavalo. Carson espumava de raiva. Grace, distante do marido, não dispensava as “obrigações conjugais”... especialmente praticadas por outros. Era boa como o milho e costumava andar nua. Certa noite, às 3 da manhã, com a desculpa de precisar de um saca-rolhas, foi bater à porta de Jack. E os outros membros do grupo seguiram-se nas noites subsequentes. Ela acreditava que podia satisfazer toda a gente numa de peace and love. Todos tomavam LSD, mas Grace enfiava tudo o que aparecesse e sobretudo bebia. “Era bondosa. Pensava, mas não dizia, porque não era apropriado” – esclarece ela. Enfrascada, perdia o tento na língua.
.
Abria a boca e era sarcástica, cínica, foi presa por praguejar em palco, mas também por posse de droga e conduzir embriagada. Ela trouxe dos Great Society, “White Rabbit”, canção inspirada no Bolero de Ravel, para “explicar aos pais porque é que os filhos andam na droga” e o outro êxito “Somebody to Love”. Os Jefferson percorreram os festivais da década de 60. Grace comenta-os: em 1967 “Monterey foi espantoso. Jimi Hendrix eclipsou os outros. Foi incrível. Estava bom tempo”. No Verão de 69 “Woodstock foi o mais conhecido dos festivais originais mas aquilo era lamacento. Esperava-se dois dias para ir à casa de banho”. Em Dezembro de 69 “Altamont foi uma porcaria”. Os Hells Angels, pagos em grades de cerveja, encarregaram-se da segurança. Marty Balin levou nos cornos por mandar um deles “se foder” e foi retirado de helicóptero, inconsciente, para o hospital mais próximo. E, durante a actuação dos Rolling Stones, o americano-áfrico Meredith Hunter, intoxicado de metanfetamina e ciúmes da caucasiana namorada, Patty Bredahoff, que fantasiava abrir o pistilo ao vocalista dos Stones, foi esfaqueado pelo Hell Angel Alan Passaro, quando sacou de uma pistola para limpar o sebo ao Mick Jagger.
.
Grace frequentou o Finch College, em Manhattan, dez anos depois, também escola de outra famosa aluna, Patricia Nixon Cox, filha do presidente americano. Em 69, as ex-alunas são convidadas para uma tea party na Casa Branca e, por descuido dos serviços secretos, Grace é incluída na lista. Ela, por sua vez, convida Abbie Hoffman, activista político, fundador do Youth International Party. Na fila, em frente do nº 1600 da Pennsylvania Avenue, ele vestia uma t-shirt da bandeira americana, ela as suas botas brancas de cano alto, são reconhecidos pelos agentes secretos, que lhes barram a entrada. Planeavam meter ácido no chá de Richard Nixon “porque achavam divertido imaginá-lo pela Casa Branca a ver os quadros a derreterem-se e para lhe dar outra perspectiva da guerra do Vietname”.
.
Entre 1969-75, Paul Kantner e Grace envolveram-se numa relação amorosa de que resultou uma filha. Quando estava no hospital, uma enfermeira hispânica queria o nome para registar o bebé, Grace vendo-a de crucifixo ao pescoço, respondeu-lhe: “a filha chamar-se-á ‘God’, mas com um ‘g’ pequeno, temos de ser modestos”. Viria a chamar-se China Wing Kantner. Nesse período, Skip Johnson, responsável pelas luzes, obteve um meet and greet para a cama de Grace. “Ele desceu ao bar com o meu vestido, bigode, ténis, pernas peludas, meias baratas” descreveu ela, por ser delicado e bonito, Kantner julgava que ele era rabiolas e não via problema no convívio. Casaram-se no Havai, ela com 37 anos, ele, com 23, e o enlace durou 18 anos.
.
Na década de 70, a rádio sepultou, com pompa e transístores, a música da década de 60. Finaram-se as canções de 15 minutos, os solos intermináveis, abrolharam as cantigas de 4 minutos, máximo, formatadas para a orelha do ouvinte. Manicura, pedicura, limpeza facial, champô, laca, rolos para avolumar o cabelo, introduziram os artistas no novo decénio. Paul Kantner funda os Jefferson Starship, com alguns antigos colegas, recauchutados no aspecto físico e nas farpelas, para tocarem canções escritas por compositores contratados pela editora – “Jane” ^ “Ride the Tiger” ^ “Hyperdrive”.
.
Na Alemanha, em 78, Grace esvaziou o minibar do hotel para inspiração. Entrou em palco vestida de oficial SS, com o braço esticado e o dedo debaixo do nariz fazendo de bigode. No fim do concerto gritou: “vão se lixar. Que se lixe a RCA. Eu desisto”. E trocou o “foguetão” pela garrafa. Foi presa tantas vezes por conduzir bêbeda, que um juiz farto de a ver, mandou-a para os Alcoólicos Anónimos. Curada, atestaram os especialistas, volta ao grupo. Em 84 Kantner abandona os Jefferson Starship, que continuam como Starship para fabricarem, segundo a revista Rolling Stone, “a pior canção de sempre”, “We Built This City”, escrita por um inglês, Bernie Taupin, sobre os clubes que fechavam em Los Angeles – “Sara” ^ “Nothing’s Gonna Stop Us Now”. Quando caiu na real e enxergou a triste figura dos Starship, Grace regressou ao álcool.
.
Paul Kantner forma em 1985 a KBC Band, editando o tema “America”, com relativo sucesso, recuperado para a ribalta em 2001, quando o orgulho nacionalista açulou os americanos, após a queda dos prédios no 11 de Setembro – “Mariel”. Entretanto, Jack Casady e Jorma Kaukonen, desde os anos 60, sustentaram os Hot Tuna, um projecto paralelo aos Jefferson, que fazia as primeiras partes dos concertos, para explorarem a música de que gostavam, o blues tradicional – “Hesitation Blues” ^ “Keep On Truckin’”].
49 Comments:
At 11:55 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mais um post quilométrico. Na verdade são três, no mínimo. Um sobre os Tool. Outro sobre os Jefferson Airplane, ou melhor Grace Slick, e como é uma história de copos é muito longa. E outro, na continuação dos anteriores, sobre a ideia do fazer História, de que toda a gente fala.
At 12:16 da tarde, Unknown said…
Táxi Pluvioso,
Gostei daquela: «groupie de Beethoven». :)
Belos posts!
At 1:00 da tarde, Táxi Pluvioso said…
O Beethoven era o Tom Kaulitz (vocalista dos Tokio Hotel) da altura. Elas esfarrapavam-se por ele... digo eu.
At 2:03 da tarde, Anónimo said…
"referência ao “fist-fucking”, o “estás a aleijar-me como o anel” / “mas isto é o relógio” muito apreciado na comunidade gay"
Na comunidade gay e em cinema porno germânico dos anos 80 prá frente, com o fisting associado ao "gold shower". Um género muito badalhoco mas curioso.
At 3:43 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Tinha em mente o filme do Friedkin, "Cruising", creio, mas o porno perdeu o tino. Então na net vale tudo e não importa quem dá ou leva ou vice-versa...
At 3:48 da tarde, Táxi Pluvioso said…
... esqueci-me... tens que ver o Jero, está antes dos Jefferson.
At 11:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
ahahahahahahah o sobrinho da Lola Floreada está muito parecido...
At 4:11 da tarde, Rafeiro Perfumado said…
E terá o Beethoven ouvido bem? ;)
Abraço!
At 4:24 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Deve ter sido isso. Como ele era surdo (ou em vias), Bridgetower teve de gritar e toda a sala ouviu...
At 11:41 da tarde, Inês Brito said…
Tens de fazer posts mais pequenos! Para o ler todo em condições teve de ser em três ou quatro vezes pah!
"Hooker with a penis" é uma titulo muito sugestivo e de musica japonesa só conheço j-rock, j-pop e visual kei.
Bj,
(i)
At 4:30 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Pois é. Mas na verdade são três posts num. Meto uns parêntesis rectos vermelhos para separar porque pouco sei usar o blogger. Talvez devesse publicar como posts separados mas optei por este esquema: em vez de postar todos os dias, postar para várias semanas, que é o tempo que me leva a ver/rever todos os links e até a terminar a leitura de alguns artigos. bfds
At 6:18 da manhã, xistosa, josé torres said…
Não se perde o fôlego porque não se consegue ver o filme todo de enfiada.
Pelo menos falo por mim.
Mas vai-se indo-lhe.
Talvez até seja melhor, não gosto de coisas em episódios ou aos bocados é tudo duma vez e está feito.
Já disse aqui que de música, sou abaixo de zero.
Mesmo as dos anos 60, altura em que se unia o toucinho ao courato, esqueci-me dos nomes de tudo e todos.
Só houvindo, ... desculpe que é ouvindo é que sei se gosto ou não.
Música, História e Arte, sou mesmo um nada.
Também quem nasceu, como eu, para Presidente de qualquer coisa, não necessita de saber nada.
Só que ainda a "qualquer coisa" ainda não apareceu.
Pode não acreditar, mas vi para cima de 99 % dos links, é que me pode ter falhado algum.
Gostei das drogas que por aí meteu ... desculpe que por aí andaram.
parece-me que houvi, hoje estou com vontade de escrever, sempre saem letras a mais ... ouvi algo que conhecia, mas já não me recordo do nome do fado.
Ai não era fado?
Então que se fade e vamos ás trovas.
Por estas alturas o whisky já perdeu a companhia do gelo.
Não adianta que nunca mais o vou encontrar e como é contado para a semana, não posso ir buscar mais ...
Antes que beba o whisky e tenha que continuar amanhã, ou logo, foi a primeira vez que consegui ler o japonês.
Achei piada aquelas coisas, mas o whisky leva-nos e eleva-nos ...
Recordei o velho Enka que me embala quando o sono não aparece e como remédio é tiro e queda.
Nem sei como se lembrou do Armando Vara, quando a música que se toca por aí é toda a mesma.
Veja a besta negra que está em Cascais.
Foi para Tribunal, teve sorte que não é marcial, tal como não foi o do Pinto da Costa, mas como dizia, em pleno Tribunal, disse alto e a bom som que é "inconsciente", quem não tem consciência como é que se lhe chama?
Pois foram logo implicar com as poupanças que mandou para a Suíça e Bélgica.
Retorquiu O Procurador Luís Eloy: mas o senhor recebeu dez e enviou 50!!!
E os salários da m/mulher, as vendas do raptimónio e as dádivas ou maná divino?
É que sou muito crente.
Mas há mais e talvez melhor ...
Por isso é que não ligo peva à política portuguesa, no meu blog.
Já estava "calado" há muito.
Só jagunços do FCPorto, são mais que as mães ...
Também foi absolvido.
Já se sabia ... tinha uma dívida para com o árbitro ...
Como para com os outros...
São tantos e tantos que até perdem o controle do que pagam e metem nas contas do clube os dinheiros da corrupção.
Estou a falar de 1 clube, porque sei o que se passa.
Aí no Sul, não sei como se compram árbitros.
Será um bom negócio para investir nas velhas/novas oportunidades.
Sobre a Grace Slick, sem querer, vi um programa em que falaram nela.
Não sei se está em coma, se sou eu que estou a inventar, mas que ouvi algo sobre qualquer coisa que lhe sucedeu, tenho a certeza.
Como não me canso de ouvir o Bolero de Ravel, lá se foi outra garrafosa para o lixo.
Estou com a internet a velocidade de cruzeiro que é para gastar pouco ... gasta-se noutras coisas ... se já estava perdido do agasalho da carteira ...
Bem, pelo menos isto serviu de aviso e agora, nem artistas de canções e de outros "espectáculões", se drogam ou sequer tocam no álcool ...
Algum benefício veio para estas gerações ...
Só tenho pena duma coisa.
Que não morram mais e rapidamente ... o mundo está a ficar congestionado.
Uma boa Páscoa e cuidado com as amêndoas que possuem caroço.
Um abração.
At 6:45 da manhã, Táxi Pluvioso said…
De facto já tinha pensado publicar em episódios mas não gosto. E não consigo poupar as pilhas do teclado apesar de todos os esforços. Tenho fé que o próximo post ficará mais curto.
Nascer para Presidente, ó, quem me dera, nem na lotaria tenho sorte. Nem aproximações me saem. Ser presidente só se consegue depois de passagem pela política e também não tenho jeito para vender banha da... do parlamento.
Tenho que escrever sobre a política portuguesa, não especificamente, mas no geral. Os portugueses são uns animais políticos por isso muito se fala em friporte.
Infelizmente o álcool não me inspira a escrita. Não consigo fazer as duas coiss ao mesmo tempo.
Grace Slick em coma? Ó diabo não ouvi falar em nada. Ela vivia junto do mar e pintava, foram as últimas notícias que tinha dela. Vou perguntar ao Deus Google.
At 6:46 da manhã, Táxi Pluvioso said…
... esqueci-me de desejar a boa Páscoa nem sabia que estavamos na quadra...
At 11:41 da manhã, Mariazita said…
Meu caro Táxi
Muito obrigada pelas suas visitas e comentários.
Li o seu post, e o meu comentário é igual ao de sempre: GOSTEI MUITO.
Quer melhor?
Até amanhã, na minha "Casa".
Um abraço
Mariazita
Penso que ainda não lhe disse que já inicei o meu blog "Histórias de Encantar". E também o meu amigo Botinhas inaugurou o blog dele.
Encontra os endereços no meu perfil. Vá até lá!
At 12:17 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Ah pois tenho que ver isso. Agora estou com uns problemas "computurais", mau sinal, o rato bloqueou, vou ver o que se passa e já faço uma visita...
At 9:28 da tarde, Anónimo said…
http://www.youtube.com/watch?v=3JCQAg0CYeQ
At 2:28 da manhã, Ana Casanova said…
Posts longos mas sempre com muita informação e principalmente, interesse!
Imagino que percas muito tempo neste trabalho de pesquisa e depois de composição mas tenho certeza que tb te dá muito prazer!
Beijinhos e bom domingo.
PS - Agradeço a tua presença e comentário no blog do César.Fiquei feliz, aliás como sempre que te "vejo".Lol
Diz uma coisa...e os cãos como ladram em chinês?
At 4:55 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Manuel: chamam-lhe o triz. O comboio chamava-lhe um figo.
At 5:04 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Humana: dá algum trabalho por isso demoro duas semanas. Quer dizer, de trabalho são quatro ou cinco dias, o resto é vadiagem :-)))
O nosso cãozinho, na Casa Branca, sem saber ladrar em inglês, é um problema de orgulho nacional. Seria bom que ele fosse poliglota. Ladrasse em português e inglês. Tenho a certeza que os jornalistas portugueses ouvirão os latidos na língua pátria.
At 12:22 da tarde, São said…
Adoro História...e estórias.
bom domingo.
At 2:05 da tarde, Táxi Pluvioso said…
As estórias são muito melhores que a História que para mim não passa de uma ideologia que dá sentido ao momento presente, uma espécie de Matrix no tempo do Neo.
At 12:19 da tarde, Carla said…
curvo-me perante o que escreves...ou és uma verdadeira enciclopédia ou fazes muito bem o trabalho de pesquisa.
A verdade é que aprendo sempre algo novo quando passo por aqui
beijos
At 12:27 da tarde, dona tela said…
Apesar das circunstâncias vigentes, auguro-lhe uma Boa Páscoa.
Até breve.
At 1:54 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Carla: suponho que dever ser um misto dos dois mas ouve tempos em que sabia mais.
Dona Tela: mas ela ainda não passou? Já estou a ouvir falar na Páscoa há semanas, já lhe dediquei férias, já comi amêndoas, e ainda não passou? Tenho de consultar o calendário. Bom, Boa Páscoa.
At 4:58 da tarde, Srta Emy said…
Nossa, isso aqui nos rouba o fôlego! Que é isso, hein? Retoricamente estupendo! O que seria da história se não a fosse contada? Rs...
Beijo malvado.
:*
At 12:29 da manhã, mariam [Maria Martins] said…
Taxi,
xiiiiiiiii que enorme! meu Deus, eu demoraria n dias a 'engendrar' um post (soberbo) assim! Parabéns'!
e obrigada p'las palavras deixadas
e, ainda só vi (e ouvi) o primeiro capítulo do post, voltarei com mais tempo para o restante :)
BOA PÁSCOA!
um abraço e o meu sorriso amigo :)
mariam
At 8:10 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Srta Emy: são posts malvados por serem longos :-)))
At 8:17 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariam: também eu levo vários dias para reler tudo, aliás é para isso que os escrevo: ordenar a informação e passar vários dias ocupado no espirito de uma determinada época (com a ajuda das imagens dos vídeos).
At 10:39 da manhã, Mariazita said…
Minha mensagem de Páscoa
Que o domingo de Páscoa seja muito bom, e, se possível, ao lado das pessoas a quem você quer bem.
A Páscoa comemora a ressurreição de Cristo, o seu renascimento.
Por isso nada melhor do que aproveitar este domingo para reflectir, fazer o levantamento da vida para saber se é necessário recomeçar.
Porque, Páscoa é isso, é o momento de renascer - seja para o novo modo de vida, para o amor, para amizade…
Que para nós seja o renovar de amizade, são os meus votos.
Beijinhos
Mariazita
At 12:09 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Renascimento, renascimento, parece-me que o único que renasceu foi o Barrabás. Boa Páscoa.
At 12:25 da manhã, Luís Correia said…
É sem dúvida uma grande invenção, preservas para cães, falta só para os burros e as gajas daqueles filmes super ordinários e nojentos, ficam mais descansadas...
Ao ponto que isto chegou...
Pondo isso de parte, bom fim de semana e boa Páscoa.
At 3:11 da manhã, Carlos Rebola said…
Táxi Pluvioso
Desejo-lhe uma Boa Páscoa, com uns copos de um néctar daqueles com história.
Desta vez não consigo apanhar o Táxi estou mais para o 112, uma história sem interesse, mas não irei perder esta corrida voltarei.
Um abraço
Carlos Rebola
At 4:49 da manhã, Felipe said…
eu gosto muito do Lateralus do Tool.Schism é incrível e Parabola também!
Boa Páscoa.
At 9:51 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Luís Correia: a invenção humana é como o Benfica (ou é outro clube?), ninguém pára.
At 9:57 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Carlos Rebola: eh pah, espero que o 112 não seja nada relativo a saúde, que o número é europeu, e a ambulância pode vir da Polónia ou mais longe.
At 9:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Philosophystrikesagain: os Tool são muito bons. Veremos se editam algo este ano.
At 10:58 da tarde, Anónimo said…
huahahaha
que cena. gostei do video.
At 2:08 da tarde, Carla said…
voltei para reler partes que me tinham saltado
boa semana
beijos
At 11:44 da tarde, Anónimo said…
http://www.redtube.com/10147
profundo erotismo...
At 11:55 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Oh shit! que esvaziam as actrizes...
At 11:00 da tarde, Inside Me said…
oieee, passando pra dizer um oi. bj
At 9:35 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Hello... ainda de volta de um post sobre a maravilhosa vida dos portugueses.
At 12:32 da manhã, Anónimo said…
http://www.metacafe.com/watch/183795/sex_fart/
At 11:17 da manhã, Táxi Pluvioso said…
A liberdade está a passar por... ali.
At 1:50 da tarde, anjo said…
Lembrei de ti__________________________
Tanto tempo
__________________assim «««
At 2:14 da tarde, Táxi Pluvioso said…
?
At 4:18 da manhã, o que me vier à real gana said…
Mas o som daquela guitarra do Mr. Hendrix, eh pá táxi, até mesmo eu que sou o guru (LOL) das seis e das quatro ou cinco cordas, não me ficando nada atrás, no que a paramétricos diz respeito, dos k melhor os dominam no mundo, até mesmo eu (arre, hoje tou mesmo demais!) não consigo parar de me fascinar!
Abraço
At 12:20 da tarde, Táxi Pluvioso said…
Hendrix... um dos maiores e no festival de Monterey foi dos melhores.
Enviar um comentário
<< Home