Encarvoiçar
O século XXI debutou o novo Iluminismo, estreou, a iluminação pública. A Razão, pílula do primeiro dia da compreensão científica, privativa de alguns, fagulhou nesta centúria para todos. O figulino ser, expelido do Paraíso, para caminhar as passas do Algarve, finalmente, comeu os tomates da Sabedoria. Sabedoria, esclarecimento, iluminação são agora instrumentos públicos, todos são luminárias. Resolvida a coisa intelectual, a tecnologia depressa aconchega o conforto corporal. O ser humano século XXI calça as suas pantufinhas-pão, ou saltos Lamborghini Gallardo Superleggera, traja ceroulas ou soutien, perfuma-se em francês, tonifica o rabo com Reebok e desarreigado das doenças, consome arte ou lê Walt Whitman ou abandona-se ao irresistível prazer de chupar.
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Bandulho cheio, mioleira carburando, e que faz uma época racional?... A resposta é simples: vê Deus em todo o lado. Como nos lugares místicos do século XX, no século XXI, snifa-se cola, os mirones viraram-se para a América. Os americanos não vêem propriamente Deus, eles são um “Jesus’ people”, por isso a cara do Filho é notícia de TV. Jesus selecciona os locais de suprema fé da cultura americana para se revelar, na tampa de uma sanita ou numa guitarra e, para os maiores de 18 anos, concede encontros, sexuais ou não, depende se pintar clima. E Sua Modernaça Mãe aparece no eBay. Nesta era das luzes, os cientistas religaram o interruptor, desenhando a Sua Tisnada Face, e homens de fé confirmam, nas suas visões, que Jesus era mais pró escurinho. Ebanizar o Messias confirma o que está na cara, ele regressou. Na Austrália avistam-No, tutorado pela Virgem, nas lâmpadas de lava, e no resto do mundo enxergam-No, assessorado pelo Bem, na Casa Branca.
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A segunda vinda de Cristo esfogueteou o sentido de protecção do Ungido. Os enfrascados da Sua palavra bradam: “podem fazer tudo mas não pisem no meu presidente de camurça preta”. Então, quando os estrangeiros chacoteiam, é bye bye doce pássaro da serenidade. Os australianos incluíram, no programa “Hey Hey it’s Saturday”, uma paródia aos Jackson Five. Os manos, imitados por brancos com a cara enfarruscada de preto e Michael, desempenhado pelo médico indiano Anand Deva, pintado de branco. Harry Connick Jr, membro do júri, ligou a sirene: isso é um grande insulto para os nossos americano-áfricos. O falhado pianista não é um homem de letras, nem fã das imagens em movimento, apenas um Sinatra que não deu certo, assim não viu o filme “Bamboozled” (2000) de Spike Lee. Uma sátira da tradição teatral “Blackface”. No filme, um argumentista tem a ideia de uma série de TV, representada por actores pretos, pintados com a cara de preto.
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Aqui jaz a tradição. Também a tradição só tem interesse, se for rentável, para perder dinheiro, já há os Bancos e as sociedades financeiras. Os franceses não manjarão o seu chocolate Banania, ou os ingleses não reporão a série “The Black & White Minstrel”, e as roupas étnicas desaparecerão dos escaparates, e os orientais cingir-se-ão aos olhos em bico. E cessa as libertinagens artísticas. A Vogue francesa de Outubro cometeu a última heresia. (O equivalente português a cuspir na mãe de Cristiano Ronaldo). Publicou fotos de Steven Klein, da alva modelo holandesa, Lara Stone, pintada de preto, torvelinhando coros de “insensibilidade cultural”. O século XXI “inteligentou” as pessoas, elas vêem através dos olhos da Razão, e o algodoeiro raciocínio não engana. Tudo é racismo. Uma certeza tão verdadeira como o almoço para Wittgenstein. Naomi Campbell convivendo com as feras, ou uma Grace Jones enjaulada, é racismo. A Vogue italiana, de Julho de 2008, “chocou o mundo da moda”, com Jourdan Dunn na capa, mais racismo, confundido com negócio, pois vendeu como azeitonas (verdes).
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Nesta intelecção do mundo “desracista”, na Holanda, o Pai Natal habilita-se a perder o seu ajudante Pedro Preto.
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[Charlie and his Orchestra – no início da década de 40 do século XX, todas as quartas-feiras e sábados, por volta das 21:00 horas, as ondas hertzianas, vindas do Terceiro Reich, transmitiam sobre a Inglaterra, a música deste grupo alemão, dirigido pelo violinista e saxofonista Lutz Templin, com o cantor Karl Schwedler (nome anglicizado para Charlie), Fritz Brocksieper na bateria, Kurt Abraham na flauta e Willy Berking no trombone. No continente, os pastos verde-ervilha, mosqueavam-se de vermelho-sangue e afumavam-se de negro-bomba, decorria a “Segunda” Guerra Mundial...
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(Uma das muitas mentirolas “históricas” pra encantar a grei é a divisão entre duas guerras mundiais, quando existiu apenas uma, combatida em duas partes, com um intervalo para gin, flappers, modelo T, Coco Chanel, electrocutar Sacco e Vanzetti e eleger a primeira miss América. Os historiadores, para além do ofício de mangas-de-alpaca assalariados, para amoldar o passado, consoante as necessidades ideológicas do presente, obedecem ao princípio: os políticos erram, porque as suas motivações estão desadequadas, mas nunca por serem simplesmente idiotas. Ora, enquanto os soldados se estilhaçavam nas trincheiras, os líderes, sentados no sofá da Grande Guerra, exorbitavam.
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Na Rússia, o czar Nicolau II governava como um ditador, mas a mulher, a bisneta da rainha Vitória, Alix de Hesse, “pessoa obstinada ainda que fraca de espírito”*, no recato do palácio, tratava-o abaixo de cão; Vladimir Sukhomlinov, o seu ministro da Guerra, era um mandrião, opositor de todas as inovações, e reservava as suas poucas energias para consolar a jovem esposa; o kaiser Guilherme II herdou um QI limitado; Francisco José, morreu em 1916, a cantar “Deus Salve o Imperador, mas antes, já com 80 anos, reinava no Império Austro-Húngaro, um saco de gatos, por causa das divisões étnicas, políticas e religiosas, exclamou quando o seu irmão Francisco Ferdinando foi assassinado em Sarajevo: “desta forma, um poder superior restaurou a ordem, que eu, infelizmente, era incapaz de manter” e… a Grande Guerra valsejou toca a morrer; o primeiro-ministro inglês H. H. Asquith era um inapto, substituído a meio da guerra por David Lloyd George, “esse trovador de pés de cabra, esse visitante humanóide da nossa era, vindo da feitiçaria e dos bosques encantados da antiguidade celta”**; o presidente americano Woodrow Wilson era um idealista e orelhas moucas às ideias dos outros; Clemenceau amava a França e odiava a Humanidade.
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* Barbara W. Tuchman, “Os Canhões de Agosto”.
** John Maynard Keynes, citado por R. F. Harrod, “A Vida de John Maynard Keynes”.
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Oito milhões e quinhentos mil soldados mortos , 21.2 milhões de feridos, 7.7 milhões prisioneiros ou desaparecidos depois, os líderes assinaram o verdadeiro início da “Segunda” Guerra Mundial, o Tratado de Versailhes. John Maynard Keynes, representante do Tesouro inglês, participou na Conferência de Paz de Paris (1918), antes de a abandonar, enojado com as condições do Tratado, que impunha impossíveis custos de reparação dos danos da guerra à Alemanha. Refugiou-se na casa do seu ex-namorado, o pintor Duncan Grant, para escrever “As Consequências Económicas da Paz”, antevendo mau tempo no canil… da Humanidade. De facto, as economias dos países europeus estagnaram, refasteladas nos despojos da guerra, e a alemã desenvolveu-se, pressionada pelo pagamento das compensações aos vitoriosos. E, no dia 1 de Setembro de 1939 começou a parte II da peleja, com os dois acontecimentos que os desleixados historiadores fincam no início da “Segunda” Guerra: o bombardeamento da cidade polaca de Wieluń e, cinco minutos depois, a barragem de projécteis 280 mm e 170 mm, lançados pelo SMS Schleswig-Holstein, contra a península de Westerplatte).
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Não se ganham guerras com os melões da Eva Braun mas com a desmoralização do inimigo. Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler e teórico do Estado da era dos Meios de Comunicação Social, no seu discurso “Conhecimento e Propaganda”, citando Kant, “age como se o princípio da tua vida, pudesse ser o princípio da nação inteira”, descreve o movimento das “ideias individuais”, para “visões do mundo”, através da “arte da propaganda”, expondo as bases da manipulação “rebanhística” do cidadão moderno (tal como, no querido Portugal, o “processo mediático” a ou b ou c, “que está a abalar o país”, conduz a manada para a “opinião”, e daí para a “acção”). Goebbels amodernou o aproveitamento dos média, dizia ele, “Napoleão falava da ‘imprensa como o sétimo poder’”, no século XIX, então no século XX, afigurava-se a “Rádio como o Oitavo Grande Poder”, as ideias impunham-se na batalha das ondas de rádio. Uma das vozes mais ouvidas nesta luta foi a de Lord Haw-Haw, pseudónimo para vários locutores do programa “Germany Calling” (1939-1945), mas geralmente atribuído a William Joyce. Nascido no Brooklyn, Nova Iorque, e enforcado na prisão de Wandsworth, Inglaterra, acusado de traição, em 1946.
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Outros sons ouviram-se na guerra da propaganda. Embora o jazz, produto originário de Nova Orleães, afamasse como decadente e anti-ariano, Goebbels ponderou-lhe as possibilidades de comunicação rápida com os jovens, e apadrinhou o conceito de uma pura “orquestra de dança e entretenimento” germânica. A rifa saiu a Lutz Templin (“Mein kleiner Teddybär” c “It’s a Long Way to Tipperary” c “Schade”) . Charlie and his Orchestra integram o contingente da guerra psicológica com o propósito de difundir mensagens do lado alemão. O Ministério do Esclarecimento Público e Propaganda modificava as letras das canções, ou respeitava o original até próximo da segunda estância, quando introduziam palavras sobre o desespero de Churchill, as perdas aliadas, as canalhadas da judiaria ou a derrota eminente – “Goody Good” c “Blue Skies Are Around You” c “We’re Are Gonna Hang Out the Washing on the Siegfried Line”.
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A orquestra perdeu “arianice” nas sucessivas substituições de músicos. A cantora Evelyn Künneke, última sobrevivente da “geração Lili Marlene” (até 2001), também trabalhou para uma unidade de propaganda das cadenciadas SS, antes de cair em desgraça e ser salva por Leni Riefenstahl, (“Sing Nachtigal Sing” c “Mäckie-Boogie” c “Junger Mann”). Contou ela: “músicos italianos, belgas e checos, havia meio-judeus e ciganos, maçónicos, testemunhas de Jeová, homossexuais e comunistas – não é bem o tipo de pessoas com quem os nazis normalmente querem jogar cartas, mas porque o seu trabalho era classificado, como sendo importante para o esforço de guerra, eles sentavam-se nos clubes de música em Berlim, e não atrás de arame farpado, e tocavam swing”. Finda a guerra, muitos prosseguiram carreira na música, e “Charlie” emigrou, nos anos 60, para o anonimato dos Estados Unidos.
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Depois da rendição em 1945, o vergonçante passado alemão, foi desamarrotado pela “pastoral psicadélica” do Krautrock e as aventuras no capitalismo do Grupo Baader Meinhof. (As filhas gémeas de Ulrike Meinhof, Bettina e Regine, enterraram em 2002 o cérebro da mãe, falecida em 1976. Os de Andreas Baader, Gudrun Ensslin e Jan-Carl Raspe desapareceram, manjados pelos zombies do Estado, nos laboratórios da Universidade de Tübingen. Bettina Röhl, jornalista, varre o complexo de Édipo e Electra no livro “So macht Kommunismus Spass! Ulrike Meinhof, Klaus Rainer Röhl und die Akte KONKRET” (2006). A vingadora filha não ataca só pai e mãe, ferrou-se a Joschka Fischer, divulgando uma foto, do então Ministro dos Negócios Estrangeiros, enfrentando a bófia numa manifestação, e acusou Daniel Cohn-Bendit de pedofilia, desencovando-lhe o livro “Le Grand Bazar” (1975). Nele, Dany o Vermelho escrevera uma “pura provocação para chocar a burguesia”, quando trabalhava num jardim-de-infância em Frankfurt: “o meu permanente namorisco com todas as crianças rapidamente tomou formas eróticas”. Entrementes, os canadianos Baader Meinhof Gruppe / Red Army Faction dão “música post-industrial para o povo”).
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O século XXI debutou o novo Iluminismo, estreou, a iluminação pública. A Razão, pílula do primeiro dia da compreensão científica, privativa de alguns, fagulhou nesta centúria para todos. O figulino ser, expelido do Paraíso, para caminhar as passas do Algarve, finalmente, comeu os tomates da Sabedoria. Sabedoria, esclarecimento, iluminação são agora instrumentos públicos, todos são luminárias. Resolvida a coisa intelectual, a tecnologia depressa aconchega o conforto corporal. O ser humano século XXI calça as suas pantufinhas-pão, ou saltos Lamborghini Gallardo Superleggera, traja ceroulas ou soutien, perfuma-se em francês, tonifica o rabo com Reebok e desarreigado das doenças, consome arte ou lê Walt Whitman ou abandona-se ao irresistível prazer de chupar.
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Bandulho cheio, mioleira carburando, e que faz uma época racional?... A resposta é simples: vê Deus em todo o lado. Como nos lugares místicos do século XX, no século XXI, snifa-se cola, os mirones viraram-se para a América. Os americanos não vêem propriamente Deus, eles são um “Jesus’ people”, por isso a cara do Filho é notícia de TV. Jesus selecciona os locais de suprema fé da cultura americana para se revelar, na tampa de uma sanita ou numa guitarra e, para os maiores de 18 anos, concede encontros, sexuais ou não, depende se pintar clima. E Sua Modernaça Mãe aparece no eBay. Nesta era das luzes, os cientistas religaram o interruptor, desenhando a Sua Tisnada Face, e homens de fé confirmam, nas suas visões, que Jesus era mais pró escurinho. Ebanizar o Messias confirma o que está na cara, ele regressou. Na Austrália avistam-No, tutorado pela Virgem, nas lâmpadas de lava, e no resto do mundo enxergam-No, assessorado pelo Bem, na Casa Branca.
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A segunda vinda de Cristo esfogueteou o sentido de protecção do Ungido. Os enfrascados da Sua palavra bradam: “podem fazer tudo mas não pisem no meu presidente de camurça preta”. Então, quando os estrangeiros chacoteiam, é bye bye doce pássaro da serenidade. Os australianos incluíram, no programa “Hey Hey it’s Saturday”, uma paródia aos Jackson Five. Os manos, imitados por brancos com a cara enfarruscada de preto e Michael, desempenhado pelo médico indiano Anand Deva, pintado de branco. Harry Connick Jr, membro do júri, ligou a sirene: isso é um grande insulto para os nossos americano-áfricos. O falhado pianista não é um homem de letras, nem fã das imagens em movimento, apenas um Sinatra que não deu certo, assim não viu o filme “Bamboozled” (2000) de Spike Lee. Uma sátira da tradição teatral “Blackface”. No filme, um argumentista tem a ideia de uma série de TV, representada por actores pretos, pintados com a cara de preto.
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Aqui jaz a tradição. Também a tradição só tem interesse, se for rentável, para perder dinheiro, já há os Bancos e as sociedades financeiras. Os franceses não manjarão o seu chocolate Banania, ou os ingleses não reporão a série “The Black & White Minstrel”, e as roupas étnicas desaparecerão dos escaparates, e os orientais cingir-se-ão aos olhos em bico. E cessa as libertinagens artísticas. A Vogue francesa de Outubro cometeu a última heresia. (O equivalente português a cuspir na mãe de Cristiano Ronaldo). Publicou fotos de Steven Klein, da alva modelo holandesa, Lara Stone, pintada de preto, torvelinhando coros de “insensibilidade cultural”. O século XXI “inteligentou” as pessoas, elas vêem através dos olhos da Razão, e o algodoeiro raciocínio não engana. Tudo é racismo. Uma certeza tão verdadeira como o almoço para Wittgenstein. Naomi Campbell convivendo com as feras, ou uma Grace Jones enjaulada, é racismo. A Vogue italiana, de Julho de 2008, “chocou o mundo da moda”, com Jourdan Dunn na capa, mais racismo, confundido com negócio, pois vendeu como azeitonas (verdes).
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Nesta intelecção do mundo “desracista”, na Holanda, o Pai Natal habilita-se a perder o seu ajudante Pedro Preto.
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[Charlie and his Orchestra – no início da década de 40 do século XX, todas as quartas-feiras e sábados, por volta das 21:00 horas, as ondas hertzianas, vindas do Terceiro Reich, transmitiam sobre a Inglaterra, a música deste grupo alemão, dirigido pelo violinista e saxofonista Lutz Templin, com o cantor Karl Schwedler (nome anglicizado para Charlie), Fritz Brocksieper na bateria, Kurt Abraham na flauta e Willy Berking no trombone. No continente, os pastos verde-ervilha, mosqueavam-se de vermelho-sangue e afumavam-se de negro-bomba, decorria a “Segunda” Guerra Mundial...
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(Uma das muitas mentirolas “históricas” pra encantar a grei é a divisão entre duas guerras mundiais, quando existiu apenas uma, combatida em duas partes, com um intervalo para gin, flappers, modelo T, Coco Chanel, electrocutar Sacco e Vanzetti e eleger a primeira miss América. Os historiadores, para além do ofício de mangas-de-alpaca assalariados, para amoldar o passado, consoante as necessidades ideológicas do presente, obedecem ao princípio: os políticos erram, porque as suas motivações estão desadequadas, mas nunca por serem simplesmente idiotas. Ora, enquanto os soldados se estilhaçavam nas trincheiras, os líderes, sentados no sofá da Grande Guerra, exorbitavam.
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Na Rússia, o czar Nicolau II governava como um ditador, mas a mulher, a bisneta da rainha Vitória, Alix de Hesse, “pessoa obstinada ainda que fraca de espírito”*, no recato do palácio, tratava-o abaixo de cão; Vladimir Sukhomlinov, o seu ministro da Guerra, era um mandrião, opositor de todas as inovações, e reservava as suas poucas energias para consolar a jovem esposa; o kaiser Guilherme II herdou um QI limitado; Francisco José, morreu em 1916, a cantar “Deus Salve o Imperador, mas antes, já com 80 anos, reinava no Império Austro-Húngaro, um saco de gatos, por causa das divisões étnicas, políticas e religiosas, exclamou quando o seu irmão Francisco Ferdinando foi assassinado em Sarajevo: “desta forma, um poder superior restaurou a ordem, que eu, infelizmente, era incapaz de manter” e… a Grande Guerra valsejou toca a morrer; o primeiro-ministro inglês H. H. Asquith era um inapto, substituído a meio da guerra por David Lloyd George, “esse trovador de pés de cabra, esse visitante humanóide da nossa era, vindo da feitiçaria e dos bosques encantados da antiguidade celta”**; o presidente americano Woodrow Wilson era um idealista e orelhas moucas às ideias dos outros; Clemenceau amava a França e odiava a Humanidade.
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* Barbara W. Tuchman, “Os Canhões de Agosto”.
** John Maynard Keynes, citado por R. F. Harrod, “A Vida de John Maynard Keynes”.
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Oito milhões e quinhentos mil soldados mortos , 21.2 milhões de feridos, 7.7 milhões prisioneiros ou desaparecidos depois, os líderes assinaram o verdadeiro início da “Segunda” Guerra Mundial, o Tratado de Versailhes. John Maynard Keynes, representante do Tesouro inglês, participou na Conferência de Paz de Paris (1918), antes de a abandonar, enojado com as condições do Tratado, que impunha impossíveis custos de reparação dos danos da guerra à Alemanha. Refugiou-se na casa do seu ex-namorado, o pintor Duncan Grant, para escrever “As Consequências Económicas da Paz”, antevendo mau tempo no canil… da Humanidade. De facto, as economias dos países europeus estagnaram, refasteladas nos despojos da guerra, e a alemã desenvolveu-se, pressionada pelo pagamento das compensações aos vitoriosos. E, no dia 1 de Setembro de 1939 começou a parte II da peleja, com os dois acontecimentos que os desleixados historiadores fincam no início da “Segunda” Guerra: o bombardeamento da cidade polaca de Wieluń e, cinco minutos depois, a barragem de projécteis 280 mm e 170 mm, lançados pelo SMS Schleswig-Holstein, contra a península de Westerplatte).
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Não se ganham guerras com os melões da Eva Braun mas com a desmoralização do inimigo. Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler e teórico do Estado da era dos Meios de Comunicação Social, no seu discurso “Conhecimento e Propaganda”, citando Kant, “age como se o princípio da tua vida, pudesse ser o princípio da nação inteira”, descreve o movimento das “ideias individuais”, para “visões do mundo”, através da “arte da propaganda”, expondo as bases da manipulação “rebanhística” do cidadão moderno (tal como, no querido Portugal, o “processo mediático” a ou b ou c, “que está a abalar o país”, conduz a manada para a “opinião”, e daí para a “acção”). Goebbels amodernou o aproveitamento dos média, dizia ele, “Napoleão falava da ‘imprensa como o sétimo poder’”, no século XIX, então no século XX, afigurava-se a “Rádio como o Oitavo Grande Poder”, as ideias impunham-se na batalha das ondas de rádio. Uma das vozes mais ouvidas nesta luta foi a de Lord Haw-Haw, pseudónimo para vários locutores do programa “Germany Calling” (1939-1945), mas geralmente atribuído a William Joyce. Nascido no Brooklyn, Nova Iorque, e enforcado na prisão de Wandsworth, Inglaterra, acusado de traição, em 1946.
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Outros sons ouviram-se na guerra da propaganda. Embora o jazz, produto originário de Nova Orleães, afamasse como decadente e anti-ariano, Goebbels ponderou-lhe as possibilidades de comunicação rápida com os jovens, e apadrinhou o conceito de uma pura “orquestra de dança e entretenimento” germânica. A rifa saiu a Lutz Templin (“Mein kleiner Teddybär” c “It’s a Long Way to Tipperary” c “Schade”) . Charlie and his Orchestra integram o contingente da guerra psicológica com o propósito de difundir mensagens do lado alemão. O Ministério do Esclarecimento Público e Propaganda modificava as letras das canções, ou respeitava o original até próximo da segunda estância, quando introduziam palavras sobre o desespero de Churchill, as perdas aliadas, as canalhadas da judiaria ou a derrota eminente – “Goody Good” c “Blue Skies Are Around You” c “We’re Are Gonna Hang Out the Washing on the Siegfried Line”.
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A orquestra perdeu “arianice” nas sucessivas substituições de músicos. A cantora Evelyn Künneke, última sobrevivente da “geração Lili Marlene” (até 2001), também trabalhou para uma unidade de propaganda das cadenciadas SS, antes de cair em desgraça e ser salva por Leni Riefenstahl, (“Sing Nachtigal Sing” c “Mäckie-Boogie” c “Junger Mann”). Contou ela: “músicos italianos, belgas e checos, havia meio-judeus e ciganos, maçónicos, testemunhas de Jeová, homossexuais e comunistas – não é bem o tipo de pessoas com quem os nazis normalmente querem jogar cartas, mas porque o seu trabalho era classificado, como sendo importante para o esforço de guerra, eles sentavam-se nos clubes de música em Berlim, e não atrás de arame farpado, e tocavam swing”. Finda a guerra, muitos prosseguiram carreira na música, e “Charlie” emigrou, nos anos 60, para o anonimato dos Estados Unidos.
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Depois da rendição em 1945, o vergonçante passado alemão, foi desamarrotado pela “pastoral psicadélica” do Krautrock e as aventuras no capitalismo do Grupo Baader Meinhof. (As filhas gémeas de Ulrike Meinhof, Bettina e Regine, enterraram em 2002 o cérebro da mãe, falecida em 1976. Os de Andreas Baader, Gudrun Ensslin e Jan-Carl Raspe desapareceram, manjados pelos zombies do Estado, nos laboratórios da Universidade de Tübingen. Bettina Röhl, jornalista, varre o complexo de Édipo e Electra no livro “So macht Kommunismus Spass! Ulrike Meinhof, Klaus Rainer Röhl und die Akte KONKRET” (2006). A vingadora filha não ataca só pai e mãe, ferrou-se a Joschka Fischer, divulgando uma foto, do então Ministro dos Negócios Estrangeiros, enfrentando a bófia numa manifestação, e acusou Daniel Cohn-Bendit de pedofilia, desencovando-lhe o livro “Le Grand Bazar” (1975). Nele, Dany o Vermelho escrevera uma “pura provocação para chocar a burguesia”, quando trabalhava num jardim-de-infância em Frankfurt: “o meu permanente namorisco com todas as crianças rapidamente tomou formas eróticas”. Entrementes, os canadianos Baader Meinhof Gruppe / Red Army Faction dão “música post-industrial para o povo”).
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36 Comments:
At 8:33 da manhã, Marco Rebelo said…
escreves bem rapaz :) Bom fim de semana pra ti tambem!
At 8:50 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Eh pah que o humor esteja contigo. E bom weekend (com Goddard).
At 8:53 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Quero só explicar que "comer os tomates da sabedoria" é apenas uma metáfora para "fruto proibido" e não que a sabedoria tenha balls.
At 9:58 da manhã, José Leite said…
Bom fim de semana, táxi! que o Glorioso esteja contigo1 amen!
At 10:54 da manhã, Rafeiro Perfumado said…
E que a segunda parte tenha sido a última, se bem que desconfio vir por aí a trilogia, em tons amarelos.
Abraço!
At 1:18 da tarde, João António said…
Deviam oferecer sapatos Lamborghini Gallardo Superleggera aos políticos deste país, assim talvez sumissem mais depressa e na moda claro !
Bom fim de semana
At 2:15 da tarde, Anónimo said…
Sorry, "Krautrock: The Rebirth of Germany" was deleted at 11:36:22 Wed Nov 18, 2009. We have no more information about it on our mainframe or elsewhere.
:(
At 2:18 da tarde, Anónimo said…
Tá aqui!!
http://www.youtube.com/watch?v=3B89-69icyc&feature=related
At 3:42 da tarde, São said…
Destesto, sempre detestei, essas mostras de fêmeas!!
Um bom fim de semana.
At 6:27 da tarde, Carol Garcia said…
ilusionismo nunca tive vontade de ler sobre a história dele, ou sequer uma curiosidade ao menos, mais tem vários coisas interessantes !
gostei ;)
beeijos .]
At 12:56 da manhã, Anónimo said…
Grande naco de arqueologia do presente! Parabéns
António Eça
At 2:25 da manhã, Inês Brito said…
Ultimamente o tempo para blogar escasseia, de facto. A faculdade não me permite mais, com pena minha.
Se no caso do renascimento houve um renascer do classissismo,agora, no caso do iluminismo estamos perante o quê? Um "Reacender"?
Duvido que Jesus queira copular com um galdéria qualquer, visto que o próprio pai se tenha dado ao trabalho de escolher uma virgem para o parir.
Mais Wittgenstein é que não! Já me chega levar com o homem nas aulas de literatura. Ele que almoce à vontadinha que eu não o chateio.
Tenho que voltar cá uma outra vez para ler o restante.
(o 5 Para a Meia noite regressa dia 30 de Novembro :D)
Beijo,
(i)
At 4:52 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rouxinol de Bernardim: o Benfica tem tantos portugueses, de mui costados, para dar à selecção e nada é feito. O bem cotado Dí Maria seria uma boa opção ou o goleador Cardozo que marca sempre. A culpa deve ser do Sócrates e morrerá solteira e nem se deduzirá acusação.
É pena não lá estar o Moretto, dava um bom guarda-redes da invencível armada que trará o título da terra dos zulus.
At 5:05 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Rafeiro Perfumado: eu também não acredito que seja a última. Aliás uma boa guerra faz os homens endurecerem, e as mulheres também, agora que elas limpam armas. Estou a falar do carácter e não de algum aspecto físico que possa tumescer quando a tropa avança.
Mas será uma guerra fofa se as soldadas tiverem "aquele" decote. Haverá menos tiros. Ninguém vai disparar contra umas glândulas mamárias que lembram a infância e a paparoca da mãe.
At 5:18 da manhã, Táxi Pluvioso said…
João António: com esses saltos todos iriam longe, mais longe, que o trivial tacho na Europa ou noutra organização internacional.
E as pantufas-casqueiro não ficariam mal para gozar a reforma, ou melhor, reformas, pois esta malta é de trabalho. Quem não tem três (reformas) é galdério e não trabalhou em prol da Nação.
Portugal tem de se desenvolver. A Virgem Maria, (enquanto os americanos são do clube de Jesus, nós somos da Imaculada), ainda não aparece no nosso quotidiano actual: na caixa do Tide ou no Kinder surpresa etc. Aparece em cima de árvores, se ao menos fossem eucaliptos...
At 5:32 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Manuel: caraças!!! já retiraram. A BBC deve ter chiado. Vou corrigir o link, mas se a BBC chiou, então também devem retirar do Tubo. Vale a pena ver aquilo.
Vêm aí bons tempos para os "direitos de autor" e o controlo da Net. Ainda tenho que ler melhor os passos que o Báráque está a dar nesse sentido. Os "tanques pensadores" só falam de cyberwar para aprovar legislação de controlo. Enfim, a diferença entre Báráque e Bush é nula, é apenas de lugar no tempo, Báráque já está no século XXI.
Os franceses já aprovaram leis contra o download ilegal, ou seja de controlo do computador de cada um. É curioso que eles atribuam o facto de já não venderem os seus produtos culturais à pirataria. Em tempos até filosofia vendiam no supermercado, agora niguém compra, nem música, nem livros, nem filmes, e a culpa não é da pirataria, mas deles só pruduzirem caca que não há paciência para aturar, excepto se for a Carla Morgana.
At 5:41 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: mas a sociedade moderna é uma vitrine (gosto desta palavra). Fêmeas e machos expõem-se para quem pagar mais. E não é só no Ídolos. Os telejornais, (como programas de síntese, lá está a série dramática, de comédia, de aventuras, o reality show, o documentário etc.), não mostram outra coisa.
Facto curioso é que, no Brasil, uma estudante apareceu de mini-saia na Universidade, os colegas machos? vaiaram, e ela ficou lançada para a vida, com propostas para o mundo mediático.
At 5:48 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Carol Garcia: sim, de facto, resume-se tudo à ilusão, no final é tudo feito com espelhos. Olhamos, e precisamos um corte de cabelo, ou pior, ele já lá não está :-DDDD
At 6:08 da manhã, Táxi Pluvioso said…
António Eça: é o que eu tento fazer, influência de Foucault, suponho. Há uma visão oficial da realidade, da História, que a todos contenta, e que é uma consequência do Poder instituído.
A 2ª Guerra está na moda por razões óbvias, mas as verdadeiras lições estão na primeira. Não falei dos chefes militares, onde a inteligência abundava, escolhi apenas algum peixe graúdo. Apesar da metralhadora já ter sido inventada, e usada uns anos anos na guerra russo japonesa (creio), eles insistiram numa estratégia de trincheiras e baionetas. Quando davam ordem para avançar, do outro lado, era só disparar, e assim morreram uns milhões e ninguém foi responsabilizado e até ocupam lugar na "História".
At 6:27 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Inês Brito: calculo, e os profes receitam logo uma pilha de livros, imprescindíveis, para ler, como se isso fosse possível, sem um gajo ser o Rebelo de Sousa (que lê um por segundo).
Este iluminismo actual, em que todos são sábios, e não apenas pessoas treinadas para o mercado de trabalho (não que ideia), será uma bola de fogo ou um buraco negro. Mas pelo menos as pessoas têm motivos para conversa de ocasião. "Então? e o Sócrates?" - "Oh vizinha eu sou platónica com uma salsa de aristotelismo". "E a corrupção?" - "ando a ler Plotino que resolveu isso".
Aquele site "A Date With Jesus" está demais.
Ainda estudam o Witt? (Witt para os amigos) bolas que isso é duro.
Ah bom, ainda vou a tempo para o "5 para a meia-noite".
At 10:33 da manhã, Mariazita said…
BOM DIA!!!
Concordo, em absoluto, com a amiga São.
Obrigada pelas visitas.
Bom domingo.
Um abraço
Mariazita
At 3:57 da manhã, o que me vier à real gana said…
Viva, táxi!... Isto é maisuma limusina eheheh... das de primeiríssima classe, claro!
Táxi,a sabedoria não tem tomates, tens razão. Pelo contrário: é nos ditos k se encontra a dita!
Mas isto dava pano pr'a mangas... e daquelas que vestem os jogadores da Bósnia... já agora, por falar em futebol: ah ganda Guimarães!
Eh pá, estou a brincar!
Abraço e boa semana
At 8:49 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: mas o mundo efeminou, provocado pelo aquecimento "femininal", portanto só haverá fêmeas para expor...
At 8:58 da manhã, Táxi Pluvioso said…
O que me vier à real gana: a sabedoria está um pouco murcha. Agora que todos são sábios, não faltam sentenças (sábias) sobre arquitectura, ensino, justiça etc. É extraordinário como toda a gente sabe de tudo. Se houvesse portugueses assim, no tempo do ouro, do João V, não teriam construído apenas igrejas, se calhar construíam um aeroporto ou um TGV ou uma estação de TV (para a Moura Guedes).
Pois é, o Benfica está a aprender o seu lugar na tabela, que não é no topo, a meio fica bem.
At 3:22 da manhã, Ana Casanova said…
Eu já não posso ouvir falar do Sócrates mas tenho mais raiva de quem votou nele. Quiseram mais do mesmo ou ainda pior? Uma senhora toda enxofrda no Facebook, disse-me na altura da campanha: Deixem o homem governar e mostrar o que vale! Mas ainda não tinham visto???
O que eu sei é que nesta época de paz e amor que se aproxima, somos dois desempregados sem subsidio e um filho dado como incapacitado que recebe 58 euros que não chegam para metade dos medicamentos. A assistente social perguntou-me onde morava, porque se eu fosse cigana e morrasse na barraca...
Mas moro em casa da minha mãe e então a senhora quis os rendimentos dela para mandar para analise superior. Respondeu-me de forma arrogante quando lhe disse que iam analisar numeros e a história era bem diferente, que iamos lá por causa de "numeros" e por isso eram numeros que viam.Como se as pessoas não trabalhassem e descontassem e tivessem direitos.E despachou-me porque ia de férias e assim já não saía as 17.30! Imaginas o que me apeteceu?
Isto precisava de uma revolução e das grandes que estou farta desta corja. (Estou zangada, nota-se?)
Beijos e uma boa semana.
At 1:35 da tarde, São said…
Os fundamentalistas cristãos norte-americanos não ficam a dever rigorosamente nada aos seus congéneres islâmicos, não ficam não.
Apreciei o humor do texto.
Fica bem.
At 1:37 da tarde, São said…
Ainda: o Brasil é muito diferente da imagem que nós temos dele.
E se a época é de exposição - e , como bem dizes , é - seria bom que, pelo menos, mostrassem algo que valesse a pena.
Um abraço.
At 11:58 da tarde, Anónimo said…
http://www.youtube.com/watch?v=zciiuMLh9_M&feature=related
At 11:01 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Humana: nós queremos acreditar que é o Sócrates, mas não me parece, qualquer outro seria a mesma coisa, embora eu gostasse de ver o país governado pela Sra. Leite. Sempre gostaria de ver o fundo disto. E, nota-se, que a Sra e acompanhantes têm capacidade de fazer o país bater no fundo.
Dirigentes inteligentes são necessários, mas seria também necessário uma mudança de regime, para isto ir a algum lado. E não há nenhum regime, no menu, que possa ser instalado. Só há uns que pedem mais Estado e outros que pedem menos. Ninguém faz ideia de nada.Vendo a História lusa, sem preconceitos patrióticos, não há uma época, ou governante, que se diga: "este sim valeu a pena ter nascido" ou "nesta altura vivia-se bem". É uma tropa que lhe faltava discernimento e muitos, inteligência.
Sim, sendo cigano há melhor hipótese de receber umas massas. O rendimento mínimo tem servido para manter os ciganos, em parte, fora do crime e fazer chantagem para que mandarem os filhos para a escola. Quero ver se cortarem, como quer o Portas, que se passará. Acho que este povo nunca viu um cigano, excepto nos livros, pois houve muito espanto quando a TV passou aquelas imagens de tiros.
Uma coisa é certa isto vai piorar.
At 11:07 da manhã, Táxi Pluvioso said…
São: fazia ideia diferente do Brasil. Mas aquilo é grande, deve haver de tudo. A moça universitária teve sorte, afinal, depois do escarcéu mediático não lhe faltam propostas onde ganhar massa.
Há males que vêm por bem.
At 11:09 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Manuel: epá até perece uma reportagem feita em frente do Lehman Brothers.
At 4:04 da tarde, Carla said…
os teus post são autênticas enciclopédias, mas que se lêm com muito prazer
beijo
At 11:27 da manhã, Mariazita said…
Estou de passagem apenas para desejar um bom fim de semana.
Vou "viajar" no fim de semana, mas deixo programado um capítulo da Anita .
Assim continuarei na companhia de todos :)))
Fica bem.
Beijinhos
Mariazita
At 11:36 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Carla: pensando bem até a mim me dá prazer ler. Muitos não sei como vão acabar e que informação constará. :-))
At 11:38 da manhã, Táxi Pluvioso said…
Mariazita: ai viajar, se não fosse o Google Earth não saía de casa. Amanhã lá lerei mais esse episódio.
At 1:36 da manhã, xistosa, josé torres said…
Tenho esperança de algo.
De não ficar encarvoiçado.
Talvez uma máscara para esta data me livrasse do mal amém.
Desculpe lá, mas é que, quando o mundo se abate sobre nós é difícil escapar sem mazelas.
Não sou eu, mas a família resolveu dar sinais de querer partir, mas já avisei os meus cunhados (são todos muito mais velhos do que eu.
Quando for necessário, mesmo não podendo alombar com pesos pesados, faço um esforço para os acompanhar ao último domicílio. A oferta foi extensível ás cunhadas)
Vou tentar ler os "tratados" de qualquer coisa que costumo encontrar nesta casa.
Fiquei fã das ceroulas.Haverá modelos um pouco mais compridos?
E o que dizer das Reebok, nem sei se aparecem.
Não tive tempo de verificar com que são feitos os "artísticos" no papel.
Falta o ar ver estas imagens de Katmandu ...
Alguns vêm Cristo, mas eu há uns anos vi a Trindade completa com uma cabeçada dada ás escuras num pilar. Quem foge. não é de boa coisa ...
Gostei do Louis Armstrong, mas não é só isso, intriga-me é como se pescam destas coisas.
Não se trata dum aranzel, mas algo que se saboreia.
Vou tentar acabar isto hoje.
São tantos os links que me tenho perdido.
O intervalo entre duas guerras para beber.
Pelos vistos pouco beberam, ouvi dizer que beber faz esquecer ... e não se esqueceram que andavam em guerra ...
As principais d'"As Consequências Económicas da Paz" são e foram ao longo dos anos a amenidade do clima com que se vendem armas entre amigos e inimigos.
De História, que nunca me entusiasmou, nem sei para que servem as recordações.
Bem, talvez os feriados que temos me contrariem.
Recordei o enforcamento de William Joyce, porque são coisas que nos fazem ferver o sangue, agora saber quem entrou em guerra, quando se iniciou ... sei lá, essas coisas que aprendíamos e nos queimava neurónio após neurónio.
É esta geração que chegou ao poder em Portugal.
Com meia inteligência, bolsos grandes e profundos e manápulas descomunais.
Por isso a guerra continua.
Cheguei ao meu prato favorito.A música que é mesmo música.
Então o Baader Meinhof, não é o melro que ajudou a colocar o BPN nas mãos do governo e o primeiro terrícola a crir um buraco negro que quase engolia o planeta?
Pelos visto era outro tipo de terrorismo ou luta de classes.
A nossa Merkel, sim que ela também tem um naco português e não é pequeno.
A começar por grande parte dos produtos do Lidl, (principalmente eléctrico e electrónicos).
Mas isto é uma história um pouco longa.
Vou regressar.
Não prometo quando.
A vida tem rolado para trás (não a minha) e vou ver se o tsunami que se abateu não modificou o curso da história.
Estava convencido que sim.
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