1983
“Comer
laranjas em janeiro, é dar que fazer ao coveiro” [1],
pela nossa saúde a hipótese de comer, laranjas ou outro, é prudente pelo anual lavático
dos aumentos. Dinheiro no bolso, estagnado, não é amigo da economia. “Aumentos
das tarifas de eletricidade na ordem dos 30%, passes sociais onerados com
percentagens entre os 14 e os 30%, gasolina a 74 escudos e gasóleo a 35 escudos
e bandeiradas dos táxis mais caras em 24%, são algumas das medidas de
agravamento do custo de vida que os portugueses passarão a ter que suportar a
partir deste mês” [2]. Ritualística de janeiro,
os aumentos não surpreendiam, a moeda tirada ou atirada ao ar em Portugal não
faz História – (Ritchie
Valens morreu por moeda ao ar [3]) –
História fez-se, dia 2, primeiro domingo desse mês. “Foi o lance que marcou o
embate Sporting-Benfica mais rodeado de multidão de todos os tempos. Alvalade
erguia-se como uma mola, quando o árbitro bejense Rosa Santos assinalava o
inexorável penálti cometido por Humberto Coelho sobre Jordão, que o angolano
iria cobrar sem apelo nem agravo, fazendo o resultado tangencial (1-0) que
significou a perda da invencibilidade benfiquista na era Eriksson (ao 29.º
jogo)” [4].
“Em
janeiro saltinho de carneiro”. No dia 10 de janeiro, a revista Time publica o
artigo de Jay Palmer “A ameaça da dívida-bomba”. “Nunca na História tantas
nações deveram tanto dinheiro com tão escassas probabilidades de o pagar”, e
concluía Palmer que “a economia mundial descansa em cima de uma dívida-bomba”
[5]. Solução? assar a batata quente: “a
dívida-bomba não é algo que vai desaparecer num futuro próximo. O melhor que se
pode esperar é que os países devedores pratiquem, tanta austeridade quanto for
viável, e que os bancos continuem a apoiar os países em dívida, com
reescalonamento da dívida e novos empréstimos” [6].
Causas? “depois de 1973, os bancos privados tiveram um influxo de fundos de
países ricos em petróleo e acreditaram que a dívida soberana era um
investimento seguro. Entre 1975 e 1982, a dívida da América Latina aos bancos
comerciais aumentou a uma taxa anual acumulada de 20.4%. Este elevado
endividamento levou a América
Latina a quadruplicar a sua dívida externa de 75 mil milhões em 1975 para mais
de 315 mil milhões de dólares em 1983, ou 50% do PIB da região” [7]. – “Negras tormentas agitan los aires, / nubes
oscuras nos impiden ver, / aunque nos espere el dolor y la muerte, / contra el
enemigo nos llama el deber”, o hino anarquista, “¡A las barricadas!” [8].
“Janeiro
quente, traz o Diabo
no ventre”. Quinta-feira, 6, “valor dos passes de Sintra voa em assalto à faroeste.
‘Só faltaram os cavalos para ser um filme de cowboys’, afirmavam de madrugada populares no local”. “Cinco
indivíduos armados e embuçados apoderaram-se de um cofre da CP transportado no
furgão de um comboio que saiu de Sintra às 22:27 e passou na estação da Cruz da
Pedra às 23:08. O assalto não durou mais de três/quatro minutos (…). A
desmontagem da caixa do carril que desgovernou o comboio foi impecável, ouvimos
de um dos trabalhadores da CP. Os dois/três assaltantes que, provavelmente com
uma alavanca, mudaram a agulha, percebiam do assunto. ‘nem se enganaram na
caixa’, ouvimos também, em alusão a uma outra distante dois metros da que levou
ao descarrilamento do comboio. (…). O cofre com a receita apurada pelas
estações da linha de Sintra até à Cruz da Pedra - na ordem dos seis mil contos
- foi roubado ao agente da PSP que o guardava, trajando à civil, sob ameaça de
uma espingarda de canos serrados e pistolas por três assaltantes, que
irromperam no furgão sem qualquer possibilidade de defesa para o homem. ‘Se estivesse
fardado teria sido morto’, terá afirmado o guarda, ferido durante o assalto, ao
ser transportado para o Hospital de S. José. (…). José Augusto Amorim, e 53
anos, natural de Caminha e residente em Lisboa, reagiu aos atacantes quando estes
retiravam com o cofre e seria atingido com dois tiros de uma caçadeira de canos
serrados. Não teve tempo de fazer frente aos assaltantes com a pistola que usa
em serviço, não só pela desproporção numérica como pela pouca eficácia da sua
arma”. Os assaltantes fugiram, pela rua de S. Domingos, na direção de Monsanto.
“De concreto apenas se sabia que terão escapado num automóvel de cor vermelha,
com tejadilho preto. Duas letras ficaram nos olhos de quem viu o bando partir:
FL. O único número fixado foi um 6. (…). ‘Fugiram a alta velocidade pela rua
acima e iam-nos cegando com os máximos’, disse um dos moradores da área, que
descia a rua de S. Domingos com a esposa, depois de ter visto o folhetim da ‘Cabocla’ na coletividade
Sociedade Amigos do Futebol, situada naquela rua, no largo de S. Domingos,
Guilherme Maria Almeida descia a rua com a esposa, Maria Emília Fernandes, em
direção à quinta onde habitam”. O guarda da PSP “ferido com estilhaços de chumbo
na mão direita e no pescoço, reentrou esta manhã ao serviço [sexta-feira dia 7].
(…). Inicialmente, João Augusto Amorim afirmara que fora atacado por cerca de
uma dezena de indivíduos ‘com cachecóis a encobrir o rosto’. No local, ouvimos
dizer que dois ou três se terão apresentado de capacete próprio de moto” [9].
“Janeiro
fora, cresce uma hora”. Segunda-feira, 18 de julho, “a Polícia Judiciária
desmantelou uma das mais perigosas quadrilhas de delinquentes, responsável, nos
últimos dois anos, por numerosos assaltos à mão armada, dos quais resultou a
morte de uma pessoa e doze feridos – seis dos quais eram agentes da PSP, GNR e
guardas-noturnos. A quadrilha era ainda a responsável pelo assalto ao comboio
de Sintra. (…). Os alvos prediletos do grupo eram ourivesarias e
estabelecimentos de eletrodomésticos. Os
investigadores da 2.ª Brigada da 6.ª Secção da PJ de Lisboa calculam em 52 000
contos o total dos valores roubados, muitos dos quais foram recuperados. As
áreas de atuação da quadrilha eram diversificadas: Barreiro, Sintra,
Laranjeiro, Sacavém, Caldas da Rainha, Armamar, Viseu, Lisboa e
Linda-a-velha”.
“Pintainho
de janeiro, vai com a mãe ao poleiro”. Sexta-feira, 7 de janeiro, “Helena
Roseta começou, esta manhã, a ser julgada no tribunal da Boa Hora. A presidente
da Câmara de Cascais foi processada, em 1976, quando exercia o cargo de
diretora do Povo Livre pelo presidente da República, general Ramalho Eanes. A
publicação no jornal de um artigo, escrito por Paulo Portas
(então com 15 anos), no qual acusava Mário Soares e Ramalho Eanes de
‘traidores’ levou a incriminação de Helena Roseta. Paulo Portas era, nessa
altura, inimputável. O processo só agora foi desencadeado, já que Helena Roseta
tinha imunidade parlamentar como deputada”.
“Quando
julho está a começar, as cegonhas começam a voar”. Cantava Björk
Guðmundsdóttir, vocalista dos Sugacubes: “She lives in this house over there
/ Has her world outside it / Scrapples in the earth with / her fingers and her
mouth / She's five years old”, em “Birthday”, no álbum de estreia do
grupo islandês, “Life’s Too Good” (1988). E,
cinco anos antes, o mundo assistia ao nascimento de um piqueno anjo a 07/07/1983 que viria a adotar o nome de Tétisq, e nesse dia, todos os anos,
os conimbrigenses choupos, salgueiros e ulmeiros da varanda arramalham: “Happy Birthday”, os Ting
Tings, no programa infantil “Yo Gabba Gabba!”, versão dos Altered Images (1981).
___________________
[1] Diálogo das covas em
2013, Cavaco Silva: “eu sou um especialista a plantar árvores”, Braga de
Macedo: “já me disseram…”, Cavaco: “eu, ao longo da minha vida, plantei dezenas
de árvores, e abri dezenas de covas, dezenas de covas”. O arborista a 4 de junho
de 1981 numa entrevista a Paulo Portas, um Lois Lane de 19 anos, para
o semanário Tempo, plantava-se: “entrei para o PSD em maio de 1974; juntamente
com outras pessoas escrevi uma parte do programa do PSD. Fui chamado muitas
vezes pelos líderes partidários para o meu conselho, dei o meu parecer sobre
várias questões. Participei muitas vezes em sessões de esclarecimento. Já antes
de ser ministro das Finanças visitava, a convite, secções do partido, para
falar sobre a vida económica e política do país. Senti-me sempre muito bem
nessa posição de base do PSD e continuo a sentir-me. Não estou a fazer
nenhum tirocínio partidário para ascensão a lugares do aparelho do PSD, em
relação aos quais sempre demonstrei ao longo da minha vida não ter qualquer
tipo de apetite. Tenho da política uma conceção mais linear do que vejo na
atuação de muitos políticos. Vejo a política muito como a resolução dos
problemas concretos do país e nada como exercício de tricas, de fintas, de
jogadas. Recuso-me a entrar em intrigas palacianas ou de café a); a minha forma de estar na vida política é muito
próxima da forma de estar na vida não partidária. Eu luto por ideias, não por
lugares. Como sabe, não preciso, nunca precisei e espero nunca precisar da vida
partidária para me sentir plenamente realizado b).
Sinto-me realizado como professor universitário, como economista, como
investigador. Procuro é sempre realizar as minhas funções o melhor que sei e o
melhor que posso. Mas acredito na social-democracia como vida de progresso
económico, social e cultural para o nosso país e por isso estou no PSD”.
–
a) Exceto se forem cafés discretos e na av. de
Roma, no ilustre caso da espionagem de São Bento a Belém. Caso que foi exemplo
do “clima de asfixia
democrática” da sra. Leite na sua campanha eleitoral de 2009. “As suspeitas
de escutas por parte do gabinete do
primeiro-ministro [José Sócrates] à presidência da República
foram levantadas por Fernando Lima, assessor de imprensa e homem de confiança
de Cavaco Silva. Lima terá, segundo documentos a que o DN teve acesso,
procurado o jornalista do Público Luciano
Alvarez, segundo este último, em nome do próprio Presidente. Num encontro,
que terá decorrido em Abril de 2008, ‘num café discreto da Av. de Roma’, o
assessor de Belém entregou a Luciano Alvarez um dossier sobre Rui Paulo de
Figueiredo, adjunto jurídico de José Sócrates, cujo comportamento levantou
suspeitas aquando da visita de Cavaco Silva à Madeira. Lima estaria convencido
que este adjunto de Sócrates integrou a comitiva para ‘observar, o mais dentro
possível, os passos da visita do Presidente e o modo de funcionamento interno
do staff presidencial’”, Diário
de Notícias, 18 de setembro, 2009.
–
b) Exceto quando um amigo bate à porta com o
negócio irrecusável. “Meses antes de Cavaco Silva ter comprado ações da
Sociedade Lusa de Negócios (SLN, que controlava o capital do BPN), a empresa
tinha realizado um aumento de capital. Aí, no dia 24 de novembro de 2000, o
valor dos títulos foi fixado em três categorias: a 1,8 euros para venda aos acionistas,
a 2,2 euros a outros investidores e a um euro para um lote de ações que
Oliveira Costa reservou para si e para algumas sociedades do grupo, entre as
quais a SLN Valor. Deste lote de ações a um preço inferior ao que fora fixado
para os acionistas, 105 378 acabaram por ser vendidas a Cavaco Silva, que na
altura estava afastado de qualquer cargo de responsabilidade política”, no Público,
8 de janeiro, 2011. “Cavaco e a filha [Patrícia Cavaco Silva], tinham comprado
as ações em abril de 2001, diretamente a Oliveira Costa, pelo mesmo preço a que
só este enquanto presidente da SLN podia adquirir: um euro. A venda das suas ações
seria despachada também por Oliveira Costa, no canto superior das cartas que
Cavaco e a filha lhe dirigiram: ‘autorizo a aquisição pela SLN-Valor SGPS Lda,
ao preço de 2,40 por acção. 03.11.17 José Oliveira Costa’”, no Sol,
7 de janeiro, 2011. Sobre o caso, Cavaco Silva fez o que toda a gente faz,
mandou ver na net: “eu não alimento
campanhas sujas e desonestas. Quem quiser vai à página da Internet da presidência
de República, se não me engano do mês de novembro do ano 2008, e os
portugueses sabem muito bem que eu falo verdade”.
[2] Portugal, sovado pelo
Governo Balsemão, na sala de espera do FMI, os aumentos de 1983 serão credo
para todos os meses. Logo em janeiro – gasolina super: 74$00 (preço anterior
62$50); normal: 70$00 (anterior 58$50); gasóleo: 35$00 (anterior 32$00). Passes
sociais: L 850$00 (preço anterior 655$00); L1 1120$00 (anterior 860$00); L2
1350$00 (anterior 1055$00); L3 1540$00 (anterior 1230$00). Passes da 3.ª idade:
L 425$00 (anterior 327$00); L1 560$00 (anterior 430$00); L12 675$00 (anterior
527$50). Metro, na bilheteira: 22$50; nas máquinas: 20$00; cadernetas: 150$00. “A
bandeirada dos táxis passa de 22 para 30 escudos, a partir das zero horas do
dia oito e o custo de cada fração deverá subir também de dois para três
escudos, alargando-se a distância correspondente a cada fração de contagem,
provavelmente de 135 para 170
metros . Tudo isto para ajustar custos e distâncias a
percorrer, a um aumento médio de 23,5%”.“A taxa de televisão subiu de 1125 para
1300 escudos no caso dos aparelhos com imagem a preto e branco e de 2250 para 2600 a receção de imagem a
cores. (…). O aumento da taxa de televisão foi cerca de 15% para os aparelhos a
preto e branco e de 16% para o sistema de receção a cores”.
[3] Moedas
ao ar que mudaram a História. Uma moeda ao ar batizou Portland, Oregon: “dois
nativos de Nova Inglaterra que fundaram Portland - chamado Clearing na altura -,
ambos, disputavam o direito de nomear os 640 hectares conforme
as suas respetivas cidades de origem. Os pioneiros, Asa Lovejoy (de Boston) e
Francis Pettygrove (vindo de Portland, Maine), dividiam a reivindicação do
local, e resolveram a questão atirando uma moeda”. Uma moeda ao ar decidiu o
primeiro voo: “Wilbur Wright ganhou a oportunidade de fazer história quando
venceu uma moeda ao ar ao seu irmão Orville no seu campo em Kill Devil Hills ,
Carolina do Norte, em 1903” .
Uma moeda ao ar selou o destino de Ritchie Valens: “Tommy Allsup, um
guitarrista na banda de Holly, atirou uma moeda com Valens pelo último assento,
e perdeu o lugar para a jovem estrela latina. Em 3 de fevereiro 1959, o avião
despenhou-se num campo de milho depois de um par de erros de pilotagem e
condições atmosféricas adversas”. Uma moeda ao ar decide o dono de Secretariat:
“a verdadeira história de Secretariat começa em 1969, quatro anos antes de o
cavalo galopar para a Triple Crown. Penny Chenery do estábulo Meadow e Ogden
Phipps do estábulo Wheatley atiraram uma moeda pela escolha de dois potros
gerados pelo proeminente cavalo de corridas Bolder Ruler. Phipps venceu e
escolheu um potro nascido de Bold Ruler e uma égua chamada Hasty Matelda”.
[4] Portugal, futebol, função
principal: homens apreciarem homens. Em junho de 2013 a Seleção de Futebol
está na Suiça para um jogo amigável contra a Croácia. Reportagem, locutor: “tem
um penteado à Cristiano Ronaldo?, jovem emigrante gordochito: “é, eu faço
sempre. Cada vez que ele faz um novo, eu vou, pego numa imagem e vou ao
cabeleireiro e digo, é assim que eu quero”. Mundo, futebol, função principal: apreciar
as mulheres
dos futebolistas. Yolanthe
Cabau atriz
espano-holandesa, casada com o futebolista Wesley Sneijder, nascida a 19 de
março de 1985. “Yolanthe Sneijder-Cabau nasceu na ilha espanhola de Ibiza. O
seu pai, Xavier Cabau (1954-2007), era espanhol, enquanto que a mãe, Richarda
‘Rici’ van Kasbergen, é holandesa. Xavier Cabau era um empreendedor rico
conhecido como o ‘Rei de Ibiza’, que possuía várias discotecas, restaurantes e
bares. A infância de Sneijder-Cabau, em Espanha, foi marcada pela violência
doméstica, depois de o seu pai ter problemas financeiros e viciar-se nas
drogas. Quando ela tinha cinco anos a mãe mudou-se com os filhos para a sua
nativa Holanda”.
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Filmes: “Turkse Chick”
(2006) real. por Lodewijk Crijns; “Complexx” (2006); “Het geheim van Mega Mindy”
(2009); “Pain & Gain”
(2013).
[5] “‘Se escaparmos durante
os próximos três meses, as circunstâncias podem ser bastante melhores do que
têm sido ultimamente’, numa referência direta às advertências do economista
Alan Greenspan, segundo as quais existe o perigo de colapso no sistema
financeiro internacional nos próximos três meses”. “Em dificuldade para pagar
dívidas totais que ascendem a 706 000 milhões de dólares, tanto os países do
bloco capitalista como os países de leste”. “Relação dos países com maior
dívida externa, a qual é encabeçada pelo Brasil, com 87 000 milhões, 30 800
milhões de dólares deveriam ser pagos no ano em curso, valor que corresponde a
117% das exportações. Segue-se o México com 801 000 milhões, dos quais terão
que ser pagos 43 100 milhões este ano, o que constitui 126% das suas
exportações. Em terceiro lugar está a Argentina, com 43 000 milhões e depois
figuram a Coreia do Sul, 36 000 milhões, Venezuela, 28 000 milhões, Israel, 26
700 milhões, Polónia, 26 000 milhões e União Soviética, 23 000 milhões. O
montante deste débito é quase igual ao rendimento anual dos Estados Unidos,
mais do triplo do do Japão, e equivale a 154 dólares por cada habitante da
terra”. Portugal devia 11 600 milhões. – Em 2013, com a falência dos bancos, a
dívida externa e a dívida pública casaram-se e dormem na cama dos contribuintes.
Dados sobre a dívida pública no Economist. Brasil:
1,429,190,710,383 dólares; 54.5% do PIB; 7,311.38 dólares por pessoa. México:
452,144,262,295 dólares; 36.2% do PIB; 3,915.16 dólares por pessoa. Argentina:
188,025,683,060 dólares; 40.1% do PIB; 4,535.13 dólares por pessoa. Portugal:
270,050,546,448 dólares; 129.9 % do PIB; 10,724,453 dólares por pessoa. – E a
austeridade ainda é a solução. Na Inglaterra,
o chanceler do Tesouro, George Osborne, disse que o Governo vai cortar gastos
de 13,6 mil milhões de euros no ano fiscal 2015/2016. “A ação que tomámos junto
com o povo britânico tirou… a nossa economia da beira da bancarrota”, disse
Osborne referindo-se às medidas aplicadas desde que tomou posse em 2010. – A
única diferença entre 1983 e 2013 está no rebolar pelo chão a rir dos
banqueiros privados. “Transcrições de conversas telefónicas de 2008, entre
banqueiros no Anglo Irish Bank, causaram indignação na Irlanda e estrangeiro
nos últimos dias. Nas fitas, que fez luz sobre a decisão do Governo irlandês a), no auge da crise financeira global, para garantir
os seus passivos, e falam sobre pedir ‘moolah’ – calão para dinheiro – do banco
central do país. Eles também são ouvidos a cantar a versão pré-guerra do hino
alemão, com as palavras ‘Deutschland über alles’. Questionada sobre as
gravações na cimeira da União Europeia em Bruxelas, Merkel disse: ‘para as
pessoas que vão trabalhar todos os dias e ganhar a vida honestamente, este tipo
de coisa é muito difícil de engolir, é impossível para o estômago. Isto é
realmente prejudicial para a democracia, a economia social de mercado e tudo
para o que trabalhamos’, disse ela, acrescentando que isto tornou mais difícil
para os políticos convencerem os seus cidadãos a suportar ajuda para os
parceiros europeus em dificuldades”.
–
a) “A decisão custará eventualmente aos
contribuintes irlandeses cerca de 30 mil milhões de euros”.
[6] Em 2013, os “reescalonamentos
de dívidas” e os “novos empréstimos” ameaçarão o dinheiro, ou dos contribuintes
ou dos depositantes. Jeremy Warner: “A
Espanha está oficialmente falida: tirem o vosso dinheiro enquanto ainda
podem”. “Eu não me tinha apercebido disto até alguém me chamar à atenção, mas o
último Monitor Fiscal do FMI, publicado em abril, chega o mais perto de
declarar a Espanha insolvente que provavelmente alguma vez se verá numa análise
oficial deste tipo. Claro, não diz isso abertamente. O FMI é muito diplomático
para esse tipo de linguagem. Mas é esse o significado básico das suas últimas
previsões, que, ao menos, têm um ar de realismo, em vez de ser a dose usual de
desejo fantasioso”.
[7] Portugal por um acaso singular,
em 2013, albergará o maior economista de todos tempos (e espaços, também), que
ultimará a causa primeira das distorções da economia, João César das Neves: (sobre
a aplicação do programa troika / Passos Coelho) “o que eu acho espantoso é que
as pessoas ao fim de 6 meses já estavam a dizer: bem, a receita não está a
funcionar (som irreconhecível sai da sua boca). Nós andámos 20 anos a comer
acima das nossas posses, com uma dívida a subir astronomicamente que passou
de 28% do produto, a dívida bruta, já expliquei isso vá… repito as vezes que
for preciso, 28% em 2000 em 1992 p’a 240 em 2010, portanto pass (som) quase 10
vezes em peso do produto, a dívida externa, o que evidentemente criou uma
enorme, não só uma enorme quantidade de despesa pra lá do que era razoável, mas
pior do que isso, a própria economia foi distorcida e houve uma data de
setores que foram artificialmente criados pelo dinheiro barato”.
[8] “Tragam-me a minha
metralhadora / Umshini Wam”
(2011), dos sul-africanos Die Antwoord, (afrikaans para “A resposta”), eles são: Watkin
Tudor Jones i.e Ninja; Anri Du Toit i.e. Yo-Landi Vi$$er; Justin De Nobrega i.e
DJ Hi-Tek; e DJ Vuilgeboost (ao vivo). Fotos de Clayton Cubitt, realizador, fotógrafo,
escritor,
realizador de vídeos para
Nicky Da B, Cocorosie, Big Freedia, Xiu Xiu. ♫ “Enter The Ninja” (2009) ♫ “Never Le Nkemise” (2012)
♫ “Fatty Boom Boom” (2012)
♫ “Baby's on Fire”
(2012) ♫ “Cookie Thumper”
(2013): “There once was a little girl / Who had a crush on a bad, bad boy / But
when that bad boy got out of prison/ That girl's ass was in big, big trouble … Aquele rapaz Anies é um fodido rapaz agreste / Eu
descanso com Anies agradável no sofá / Ele ama Yo-Landi porque sou loura em
todo o lado / Mas caramba! Aquele Anies, ele ama realmente a minha peida!”.
[9] “A recordação do assalto
ao comboio-correio de Glasgow-Londres que tornou célebre o inglês Ronald Biggs e levou à
descoberta do bando, de que fazia parte Wilson ‘Doninha’, entre outros, chegou
a pairar esta madrugada na Cruz da Pedra. Recorde-se que desinteligências na
partilha do produto roubado estiveram na origem, muito tempo depois desse
famoso assalto (mundialmente referido como ‘o assalto do século’) da
identificação e prisão dos seus autores. Ronald Biggs
viria a fugir da cadeia”. [Ronnie
Biggs no funeral do cérebro do assalto Bruce
Reynolds, março 2013].
na sala de cinema
“Chained Heat” (1983): “Linda Blair, como Carol Henderson, uma
adolescente imatura e ingénua que é condenada a 18 meses numa prisão de
mulheres depois de matar, por acidente, um homem ao conduzir com excesso de
álcool. Quando chega, conhece o vicioso e perverso diretor Backman (John
Vernon). Ela encontra também as duas chefas das prisioneiras, Ericka (Sybil
Danning [1]) e Duchess (Tamara Dobson [2]), que são as líderes das fações no estabelecimento
fervendo de tensões raciais”
/- cenas
excluídas [3]. – Exploração de gajas em ambiente
prisional será grade na carreira de Linda Blair [4].
Também “Red Heat” (1985):
“Christine Carlson (Linda Blair), uma estudante universitária americana, viaja
para a Alemanha Ocidental para visitar o seu noivo Mike (William Ostrander),
que cumpre lá serviço militar no Exército. Tenta convencê-lo a se casar com ela
rapidamente, mas ele decide adiar o casamento, a fim de se realistar. Perturbada
pela decisão de Mike, Christine dá uma passeata noturna em que testemunha um
rapto pela Stasi da Alemanha de Leste e é sequestrada também. É transportada
para a Zona Leste, onde é brutalmente interrogada pela Stasi, forçada a admitir
falsas acusações de espionagem, e atirada numa prisão de mulheres com presas de
delito comum, incluindo a líder do gang Sofia (Sylvia
Kristel), que é a cabra-mor das presas e tem de facto o controlo de toda a
população prisional”
/- reeducação
/- balneário
/- luta Linda Blair contra
Sylvia Kristel. E ainda “Savage Island / Mulheres
em fúria” (1985), estreia quinta-feira 9 de abril de 1987 no Politeama:
“tendo escapado de um vida de degradação e tortura numa ilha prisão
não-cartografada, uma jovem chamada Daly (Linda Blair) dirige-se para a cidade
com uma coisa em mente: vingança. Com o seu antigo captor sob ameaça de arma,
ela regala os espetadores com um sórdido conto de sexo, jóias, morte e,
finalmente, revolução”. “Este filme é montado por Edoardo Mulargia a partir de
dois outros rodados ao mesmo tempo (com o mesmo elenco, cenários e enredo básico),
mais 10 minutos de cenas inéditas adicionais com Linda Blair. Os dois filmes, (‘Escape from Hell / Femmine
infernali’ e ‘Orinoco:
Prison of Sex / Orinoco:
Prigioniere del sesso’), são standard, embora filmes lúbricos bastante
divertidos com o famoso transexual Ajita Wilson [5],
a obscura atriz Cristina
Lai, a estela de ação ítalo-brasileira Anthony Steffen e o permanentemente
sarcástico vilão Serafino Profumo”.
“Jungle Warriors” (1984): “um designer de
moda leva as suas modelos para uma secção fotográfica num lugar exótico apesar
das advertências em contrário”,
c/ Nina van Pallandt, John Vernon, Sybil Danning, Ava Cadell [6]… “Dennis Hopper foi preso pela polícia mexicana
por vaguear nu na povoação perto de onde o filme estava a ser rodado. Foi
despedido e substituído por Marjoe Gortner. Mais tarde, ele disse que tinha um
problema com drogas na altura e nem sequer se lembra de ter sido preso, e muito
menos de ter sido despedido do filme”.
___________________
[1] “A rainha dos filmes de ação”, atriz
austríaca, 1,70 m ,
93-58-88, Sybil
Danning: “bem, realmente entrei na indústria cinematográfica por engano. Portanto,
ao contrário de alguns atores que o desejaram toda a sua vida, eu fui convidada
para participar num filme, e então como que me atingiu na cara e rolou como uma
bola de neve a partir daí. Eu nasci na Áustria, como o nosso ex-governador aqui
na Califórnia, e crescer lá era muito difícil. E os meus primeiros anos foram
muito, muito graves. Tive que sair da escola, tinha que trabalhar. Portanto, na
Europa não era como aqui na América. Lá os bilhetes de cinema eram caros, e
simplesmente não era a coisa certa a fazer, e ainda por cima o cinema que
tínhamos lá era frio no inverno e quente no verão, por isso simplesmente não
era a coisa certa a fazer. Eu gostava realmente de música, era uma fã do Elvis
e por isso não estava realmente numa de filmes. Não há realmente um filme que
visse onde pensasse Quero fazer isto”.
[2] “A elegante rainha do kung fu
dos anos 70” ,
(1947-2006), 1,88 m ,
53 kg ,
96-66-99. No Guinness como a atriz principal mais alta, heroína do “black
fu” com o filme “Cleopatra
Jones” (1973), “foi o terceiro papel de Dobson que a estabeleceria como uma
estrela. Ela estava fantástica em nada menos que 15 guarda-roupas diferentes
(de Georgia de Saint Angelo), e deveria ter feito pelo Corvette [Stingray preto
e prateado de 1973] o que Burt Reynolds fez pelo [Pontiac] Trans Am e Steve McQueen
fez pelo Mustang. O
toque novo de Cleopatra Jones era que, numa era de grande desconfiança pela
autoridade, Cleo trabalhava para o Governo e conseguia ser incrivelmente fixe”.
[3] “Chained Heat II” (1993): “uma mulher inocente é enviada para uma
prisão checa, onde o sádico diretor e guardas violam e praticam bizarros actos
sexuais com as prisioneiras”, c/ Brigitte Nielson,
dinamarquesa, 1,83 m ,
66 kg ,
80-70-82, sapato 43. Em 2012, o Tempo contestou o seu quinhão.
Antes disso, no programa de Herman José, “Parabéns” (1995); cantou com o Falco, “Body Next To Body (1987),
ou no seu álbum a solo “Every
Body Tells a Story” (1987). – E c/ Kari Kennel Whitman, 1,65 m , 45 kg , 86-55-83, Playmate de fevereiro 1988. “Chained Heat 3: Hell Mountain”
(1998): “num futuro apocalíptico, o mundo está completamente destruído e
governado pelo tirânico Stryker (Andrew McIlroy). Ele controla a única fonte de
alimento e usa jovens como escravas para explorar as minas em Hell Mountain.
Quando ele rapta Shira (Nicole Nieth), o seu amante Kal
(Bentley Mitchum) reúne-se com o último professor na terra, Garrett (Jack
Scalia), que o ajuda a resgatar Shira”
[4] Linda
Blair, 1,57 m ,
45 kg ,
86-60-86, sapato 37, “recebeu ameaças de morte após a estreia do ‘Exorcista’ (1973). A
Warner Brothers, o estúdio que lançou o filme, contratou a polícia para viver
com a família Blair 24 horas
por dia, 7 dias por semana durante 6 meses. O culpado nunca foi apanhado. Assim
que o trabalho promocional do filme acabou e o estúdio parou de pagar pela
segurança, ameaças de fanáticos e agitadores religiosos continuaram, incluindo
depois do lançamento da sequela
do filme. A sua família acabou por encarregar-se do assunto e escondê-la entre
amigos no Vermont, Connecticut e New Jersey”. Linda Blair inocente
criança na publicidade,
declarou: “foi sempre muito estranho para mim quando era jovem e encontrava
alguém que parecia estar genuinamente com medo de mim. Não conseguiam
separar-me do monstro em que me tornei num filme. Você não acreditaria quantas
vezes as pessoas me pedem para fazer girar a cabeça”.
[5] Ajita Wilson “nasceu
homem. George Wilson começou como artista travesti no distrito da luz vermelha
de Nova Iorque. Wilson mudou de sexo em meados da década de 70. Depois da
operação, ela começou a aparecer em filmes para adultos em Nova Iorque. Mas
foi descoberta por um produtor europeu de filmes hardcore que lhe conseguiu papéis em vários filmes franceses e
italianos de natureza hardcore. Em
1978, ela fez uma passagem para filmes europeus softcore. Trabalhou numa série de filmes soft e hardcore ao longo
dos anos. Em 1981, Wilson sofreu um acidente de automóvel e morreu de uma hemorragia
cerebral”. Alguns filmes: “La
principessa nuda” (1976), c/ Tina Aumont; “La
bravata” (1977), c/ Franca Gonella; “Candido
Erotico” (1978), c/ Lilli Carati: “fazia
porno para ganhar dinheiro e comprar droga. Eu usava heroína, cocaína, tudo.
Entrei e saí da clínica, enquanto os meus pais não me levaram de volta para
casa”, e María
Baxa; “Sadomania”
(1980), real. por Jesús Franco, c/ Ursula Buchfellner, nascida
em Munique, 8 de junho 1961, 1,68
m , 47
kg , 83-55-83, olhos verdes, cabelo loiro, na Penthouse 1985, Nadine
Pascal; “Apocalipsis
sexual” (1982), c/ Lina
Romay, Emi Basallo,
Kati Ballari; “La
doppia bocca di Erika” (1983), c/ Laura Levi, Nadine
Roussial e Guia
Lauri Filzi; “The
Pussycat Sindrome” (1983), c/ Tina Eklund.
[6] Ava
Cadell,
na revista Mayfair,
volume 10 n.º 7, julho 1975. “Cadell
obteve um doutoramento em comportamento humano na Newport University
(Califórnia) e posteriormente, um doutoramento em educação em sexualidade
humana do Instituto para o Estudo Avançado da Sexualidade Humana em São Francisco. Então
dedicou-se ao ensino, escrita e palestras, a partir de Los Angeles. Cadell
aconselha pessoas e casais em questões pessoais, que vão desde gestão de raiva
e medo da intimidade, até à falta de comunicação e falta de desejo”
no aparelho de televisão
“ALF” (1986-90), estreia sábado 18 de junho de
1988 na RTP 1, “o personagem título é Gordon Shumway, um simpático
extraterrestre apelidado ALF (um acrónimo de Alien Life Form), que despenha a
sua nave na garagem de uma família suburbana
da classe média, os Tanner”,
– pai William Francis “Willie” Tanner (Max Wright) e mãe Katherine Daphne
“Kate” Halligan Tanner (Anne Schedeen: “acredite em mim, não havia nenhuma
alegria no estúdio. Era um pesadelo técnico, extremamente lento, quente e
fastidioso. Se tínhamos uma cena com o ALF demorava séculos. Trinta minutos de
programa demorava vinte, vinte e cinco horas a filmar”), a filha Lynn (Andrea Elson, bulímica
na segunda temporada da série: “eu era um pau de virar tripas no início e
depois comecei a desenvolver seios e ancas e não gostei disso”), o filho Brian
(Benji Gregory) e o gato Lucky – vivendo em Hemdale Street , n.º
167, Los Angeles, Califórnia, ao lado, no n.º 169, moram os Ochmonek, Rachel
(Liz Sheridan) e Trevor (John LaMotta). ALF tem 229 anos e 4 dentes. Diálogos: Kate:
“vou ter um bebé”, Lynn: “estás a brincar?!”, Kate: não. Não estou a brincar”,
Lynn: “isso é fabuloso. É tão anos 80”
(o bebé será Eric William Tanner, introduzido no guião porque a atriz Anne
Schedeen engravidara). / ALF: “ela é bonita, em
Melmac seria um pepoon”, Jake (Josh
Blake): “o que é um pepoon?”, ALF: “é
o número a seguir ao dez” (Jake, sobrinho dos Ochmonek apaixonara-se por Laura,
(Carla Gugino aos 17
anos), filha de um polícia, moradora na Hicks Street n.º 111. - Os nomes
melmaquianos eram apelidos de membros da equipa: executive story editor Steve Pepoon. A moeda, o wernick, equivalente a 10 dólares: executive consultant Sandy Wernick. Em Melmac, o Dia de Ação de Graças chamava-se
Fappiano: personal assistent de ALF Bob Fappiano). / Nathan Peal (Brian Mitchell), congressista do Oregon:
“para responder à sua pergunta, direi como Joe Biden disse uma vez. Nada temos
a temer a não ser o próprio medo. E se nos armarmos contra o impossível,
evitamos que o impensável se torne inevitável”. /
ALF: “nunca é tarde demais para estrume”, Kate: “isso dava um bom autocolante”.
/ O namorado de Lynn: mãe, pai, este é o Lizard”,
Kate: “olá Lizard”, Lizard (Geoffrey Blake): “ pode tratar-me por Eric”, Lynn:
“ele ganhou a alcunha na aula de Biologia porque removeu um tumor cerebral a um
lagarto e agora está como novo”, Lizard: “nem por isso, só consegue agitar a
língua para a esquerda”. / ALF: “pobre Lucky…
gostava dele como gato. Adoro-o como cocktail”. /
A mãe da Kate, Dorothy Halligan (Anne Meara) casa com Whizzer Deaver (Paul
Dooley); Lynn: “ALF, tens de tirar o arroz da caixa antes de o atirar”, ALF: “a
seguir vais dizer que não devemos atar um gato à traseira do carro”. / ALF: “venham, sentem-se, desfrutem, comam”, Willie:
“obrigado”, Kate: “obrigada, ALF”, ALF: “ia preparar um maravilhoso
Chateaubriand, mas não faço ideia do que isso é, por isso vão comer
hambúrgueres”, Willie: “e champanhe”, ALF: “sim, é seco e frutado com um
pequeno toque de loucura. Até coloquei uma minhoca para lhe dar um sabor do
outro lado da fronteira”. / ALF: “evitar uma
guerra é fácil. Basta dizer às pessoas que estão zangadas que se beijem e façam
as pazes”, Willie: “esperas que Reagan e Gorbachov se beijem?”, ALF: “não na
boca”. / Jake: “não te preocupes, eu sigo o
código dos Ochmonek: não nos chibamos nem damos gorjeta”. / Kate: “já ouviste a expressão: a curiosidade matou o
gato?”, ALF: “já, normalmente é acompanhada pela expressão: passa o molho”. / Brian: “temos uma prenda para ti, pai”, Willie: “para
mim? Que atenciosos, vocês! vejam só, livros clássicos em cassetes, Crime e
castigo, Madame Bovary, Twisted Sister”, Lynn: “se não gostares dessa, eu fico
com ela”. / ALF: “é o meu comunicado à imprensa.
Decidi revelar-me ao mundo. Assim poderei conhecer novas pessoas, viajar, ver
um concerto dos Grateful Dead”, Willie: “não creio que as autoridades te deixem
aparecer em público, quanto mais tornares-te um dead head. Serás
propriedade do Governo”. / ALF: “é para ajudar a
Lynn” (encomendou ao Book Club o livro
“Shelley Winters’ Guide To True Love”), Willie: “será uma grande ajuda. Capítulo
um, ‘o amor é como uma pizza’”, ALF: “brilhante!” (no quarto de Lynn lê) “às
vezes é frio e chato, outras é quente e pegajoso. O segredo está em retirar uma
fatia de cada vez, e não comer as anchovas”, Lynn: “ALF, não quero falar de
amor ou pizzas”. / O namorado mais velho, Lynn:
“mãe, pai, este é o Eddie”, Eddie (Michael Des Barres, vocalista dos Silverhead, dos Detective, dos Chequered Past, e que
substituiu Robert Palmer nos Power Station [1]): “têm uma bela casa, tem bons ossos”, Kate:
“osso?”, Lynn: “Eddie foi finalista de arquitetura”, Willie: “em que ano?”,
Eddie: “vejamos, foi antes de começar a dar aulas”, Lynn: “Eddie, deu aulas de
História durante algum tempo”, Willie: “e viveu grande parte dela”. / Lynn: “tenho de ir enquanto o tio Rocky trincha o
peru, Mr. e Mrs. Ochmonek vão cantar ‘Das Cornucopia’ da
‘Der Feaster Famine’ de Wagner Strauss, é uma tradição Ochmonek”. / Brian: “não percebo porque dá azar queimar um livro
de História”, ALF: “porque os melmaquianos têm um grande respeito pelos livros,
se destruíres um livro de História roubas às futuras gerações o conhecimento do
passado”, Willie: “isso é muito profundo para um planeta cujo lema era: vais
acabar essa sandes?”. / Willie: “do que estás a
falar, ao certo?”, ALF: “da terceira fase do namoro em Melmac. Trocar as
meias do pé esquerdo, trocar cotão do umbigo e cuspir na sopa um do outro. Têm
de admitir que estabelece uma ligação”. / Num restaurante
em Melmac, Stella: “quem fica
com o gato com chili?”, Skipper: “é para aqui, beleza”, Stella: “o felino com
batatas fritas sem molho?”, Rick: “aqui”, Stella: “omoleta de bigodes com cauda
à parte?”. / ALF: “toda a canalização da minha
nave era feita de ouro, exceto o bidé que era de platina”. / Willie: “o que estás a escrever?”, ALF: “quem, eu?”,
Willie: “não, o homem na lua”, ALF: “ah, o Fred! Não sei. Nunca escreve, nunca
telefona”. / Lynn: “mãe, não achas estranho o
sr. Ochmonek sair de casa sem os dentes?”, Kate: “talvez fosse comer sopa com
alguém”. / ALF: “quem é laranja? Eu sou ocre
torrado”, Willie: “desculpa, não queria ofender”, ALF: “não ofendes, seu
suburbano, careca cor-de-rosa”. / ALF: “mas eu
existo. Perco pêlo, logo existo”. / ALF: “essa
tarte é de quê?”, Willie: “de maçã”, ALF: “é um cliché com crosta”, Willie:
“então porque comeste seis fatias ao jantar?”, ALF: “a questão é: porque não
comi oito fatias? Porque é aborrecida, como tudo o resto aqui, não é como na Gilligan Island, onde
todos os dias são recheados com uma tarte de creme de coco da Mary Ann”. / Willie: “é um audímetro (marca Thomson), mede o que
vemos na TV” [2], ALF: “ótimo, finalmente
poderei saber quem é mais alto, se eu, se o Michael J. Fox”. / ALF: “a tradição é como os pratos, serve para ser
quebrada”. / Lynn: “como era a morte em Melmac?”,
ALF: “previsível. Todos morriam com a mesma idade, 650, não havia surpresas e
podíamos planear”, Lynn: “podiam acumular fruta e outras coisas”, ALF:
“exatamente, e uma semana antes de morrer podias dar os bens pessoais. Um ano
antes, os cartões de crédito eram cancelados”. /
ALF: “o Willie é um herói! Como o Rackey”, Willie: “não tenho nada a ver com o
Rocky”, ALF: “não disse Rocky, disse Rackey, era o nosso herói em Melmac. Era um pequeno
guaxinim que nos ensinava a lavar a comida antes de a comermos”. / ALF: “o que é um beijo? Um sacramento de rosas, um
anel no horizonte de duas almas … quatro lábios a lambuzarem-se como um cão com
um pedaço de carne”. / ALF: “mas nunca acontece
nada numa quinta de formigas. É como ser segurança num concerto do Pat Boone”. / ALF: “em Melmac, o pai tem que se afastar e gritar:
puxa! puxa! puxa! (pull)”, Kate: “não queres dizer, empurra? empurra? (push)”;
ALF: “não, em Melmac, enquanto a mãe dá à luz, o pai vai ao tiro aos pratos”.
___________________
[1] O ator que representa
“Murdoc”, o arqui-inimigo de MacGyver, o engenhoso herói dos anos 80 cujo corte
de cabelo é sensação de cabeleireiro
no Bangladesh
[2] “O estudo
do esperma da Escola de Saúde Pública de Harvard, publicado no British
Journal of Sports Medicine, determinou que homens colados ao televisor mais de
20 horas por semana têm menos 44 % de espermatozóides do que aqueles que não
veem TV”.
na aparelhagem stereo
Nada
mais importa… que um balde de dólares. “Os Metallica foram fundados em Los Angeles ,
Califórnia, no final de 1981 quando o baterista Lars Ulrich colocou um anúncio
num jornal local – The
Recycler – que dizia Baterista procura outros músicos de metal para tocar Tygers of Pan Tang, Diamond Head e Iron Maiden. (…). Em maio
de 1983, os Metallica viajaram para Rochester, Nova Iorque, para gravarem o seu
primeiro álbum Metal Up Your Ass, com os deveres da produção manejados por Paul
Curcio”. A juventa
rebeldaria logo na aurora oxidou. E, na hora de empilhar sacos de dinheiro, “Kill
‘Em All” [1], substitui o intrusivo título de “Metal Up Your Ass”: “vejam
o que eu tenho – proferia James Hetfield ao vivo em Francisco, 1983 – é o nosso
álbum de estreia saído na Megaforce Records, chama-se Kill ‘Em All, estamos
felizes por vos matar todos esta noite. Quem quer esta merda? (atira o LP para
a assistência), acho que ninguém apanhou esse, vamos arranjar-vos outro. Tudo bem,
íamos chamar ao álbum algo diferente, íamos chamá-lo ‘Metal Up Your Ass’,
mas não pudemos fazer isso porque as malditas editoras não aceitavam, vamos
todos fazer-lhes uma coisa, sabem? Matem todas as distribuidoras de discos e quero
que todos repitam comigo, Metal Up Your Ass, perceberam? Metal Up Your Ass!” … “esta
é a nossa mensagem: matem todas as editoras discográficas”.
Ninguém
matou ninguém. Todos enriqueceram. Ao desenho previsto para a capa
– de uma mão segurando um punhal emergindo de uma sanita – puxaram-lhe o
autoclismo, e a nova capa
terá a sombra de uma mão largando um martelo ensanguentado. Os Metallica publicarão
em 1986 o outro disco audível da sua carreira, “Master of Puppets” (versão de bateria pela Meytal Cohen), antes da enxameada
travessia da floresta tropical da árvore-do-dólar, muita parra, muito dinheiro,
pouca chuva, até desenferrujarem e brilharem com Lou Reed [2] em “Lulu” em 2011 já o
baterista estava careca. Lars Ulrich: “foi uma sensação natural e sem esforço,
contrariamente ao que muita gente diz, que se trata de uma colaboração
invulgar. Mas foi completamente… não conseguimos imaginar ninguém mais óbvio
com quem colaborar” … “a ideia original era pegarmos em jóias perdidas do Lou,
em canções que o Lou gostaria de dar uma nova roupagem e que nós podíamos
arranjar à nossa maneira. E essa ideia ficou no ar durante alguns meses, e uma
semana ou duas antes de começarmos a trabalhar, em abril, o Lou ligou-nos e
disse Ouçam, tenho outra ideia. Alinham? E foi então que a peça Lulu, produzida
por Robert Wilson, entrou nas nossas vidas e nos tocou e mudou para sempre”.
Como
os Queensrÿche no CD “American
Soldier” (2009), em 2008 os Metallica empilharam mais sacos-dólar com a
moda da estação: a guerra dos americanos - em “The Day That Never Comes”,
(vídeo realizado pelo dinamarquês Thomas Vinterberg e filmado no deserto nos
arredores de Los Angeles). Em 2013, ainda mais sacos-dólar ceifarão com um
filme ficção-concerto “Through the Never”: “a colisão de uma carrinha precipita o colapso
total da sociedade humana”,
realizado pelo húngaro Nimród Antal: “Metallica sempre foi uma grande parte da
minha vida, e é uma oportunidade incrível quando trabalhamos com os nossos heróis.
Vamos aproveitar a poderosa e omnipotente energia dos concertos dos Metallica,
injetar-lhe uma história, e filmar em 3D para elevar toda a experiência”.
Nimród Antal realizou “Vacancy” (2007), “Armored” (2009), “Predators” (2010) c/ Alice Braga, 1,64
m , 56
kg , nascida a 5 de abril 1983, São Paulo, sobrinha de
Sónia Braga.
Servência
dos Metallica: a) sustentar a ideia de que se é fã de heavy metal, Paulo
Rangel: (jornalista pergunta-lhe qual a sua banda preferida) “assim não sei
dizer, mas assim, talvez, como banda mais completa, os Metallica, talvez”; b) produzir
canções novas, Kid Rock “American Bad Ass” (2000) é Metallica “Sad but True” (1991); c) contrastar
antípodas, Katie White, do duo inglês Ting Tings: “sentíamos que podíamos
gravar um disco que parecesse uma lista de reprodução, é assim a cultura pop atualmente. Tudo é instantâneo, tudo
é variável, ouvimos Metallica e depois ouvimos Spice Girls [3]. É assim que ouço música, é variado e maravilhoso.
Foi interessante gravá-lo assim. Deixou-nos excitados. Durante algum tempo não
nos sentimos excitados, estávamos cansados, e dissemos tanto no primeiro disco,
com raiva, precisávamos de incluir outra emoção neste disco”, o 2.º álbum, “Sounds
from Nowheresville” (2012): 3. “Hang It Up”. Primeiro CD “We Started
Nothing” (2008): 2. “That’s Not My Name” ♫ 5. “Shut Up and Let Me Go”.
Vencidos
30 anos, esmorecida a militância metálica e o détournement do trash metal em música pop pelas editoras que nunca duvidaram desta oportunidade de
negócio, a única valia dos Metallica para a História é, no MTV Icon para 2003, (os
ícones desse ano foram os Metallica), a encantadora Avril Lavigne cantar: “Fuel”.
Metalomecânica
lusa nos anos 80:
Bico D’Obra,
“grupo da Bairrada, composto por Jorge Caetano (voz, baixo), José Arromba
(guitarra), Arnaldo ‘Nolas’ Ribeiro (teclados) e Filipe ‘Fininho’ (bateria,
morreu em agosto de 2001). A banda lançou dois 7 polegadas , um em 1981
‘A rasgar é c’a gente s’
entende / Não és nada” e outro em 1982 ‘Portugal / Os fora da lei’, na Roda
Rock, uma pequena etiqueta do Porto, subsidiária da J.C. Donas Lda. e ligada ao
grupo Valentim de Carvalho, [“que, na
altura do boom do rock português, lançou vários trabalhos
de bandas pouco conhecidas e integradas na denominada segunda linha que, aliás,
nunca fizeram grande sucesso: FM, Bico d'Obra, Tilt, King Fisher's Band,
Siclave, Má Fila, Banda do Cidadão, Rocktrote, MegaHertz ou TIR”]. Eles
participaram na Grande Maratona do Rock Português, junto com Xeque Mate,
Jarojupe, NZZN, entre outros. A maratona de três dias foi organizada pelo
antigo jornal Musicalíssimo, entre 18 e 20 de dezembro de 1981 no pavilhão do
Cevadeiro em Vila Franca
de Xira”. V12, “eram de Algueirão, Sintra, e a
sua história começa em 1984/85, quando cinco amigos decidem formar uma banda.
Eles eram Rui Fingers (guitarra), Paulo Ossos (guitarra), Rafael Maia (voz), Zé
Pedro (baixo) e Carlos (bateria). Em 1985 Carlos sai. Alberto Garcia (dos Rádio
Macau) junta-se como baterista. Oficialmente os V12,
como banda, nasceram em março de 1987”. “Em
18 de julho de 1987 o grupo grava a sua primeira demo tape num pequeno
estúdio instalado na casa de Xana, vocalista dos Rádio Macau. Produzida por
Ricardo, irmão de Xana, a demo
incluía 4 temas: ‘Demon’s
Call’, ‘Born To Die’,
‘Hot ‘n’ Sweet’ e ‘Tales of Glory’. Nesse
mesmo dia os V12 proporcionam o seu primeiro concerto no Pavilhão dos
Ferroviários, Barreiro, dividindo o palco com os Black Cross. Um mês depois, em
15 de agosto, atuam em Mem
Martins com os STS Paranoid e os Satan’s Saints. Mil
novecentos e oitenta e oito abre com uma estreia no palco do Rock Rendez Vous
num memorável concerto que é gravado e ainda hoje é recordado pelos headbangers mais veteranos” ▬ “Comandos” (1987) ♫ 1. “Sinais dos tempos”
(1990) ♫ 2. “Sol da Lua”
(1990) ♫ 6. “Claustrofobia”
(1990) ♫ 10. “Invocação”
(1990) ♫ ensaio c/
entrevista de Sérgio Godinho.
___________________
[1] É também título de um
filme. “Kill ‘em All” (2012), c/
Johnny Messner (Gabriel), Chia Hui Liu (Snakehead), Ammara Siripong (Som)… Ammara Siripong, 1,71 m , atriz e cantora
tailandesa ▬ “หวาน: ส้ม อมรา (Sweet:
Zom Amara Siripong)” ♫ “ภาวะโลกร้อน ส้ม อมรา (Pa Wah Loke Ron / O
aquecimento global)”; as suas tatuagens: “a dama no meu braço é uma deusa da
sabedoria, artes, religião e filosofia. O seu nome é Sarasavati… mais
informação sobre ela? Googlem. A razão por que gosto da sua imagem no meu braço
é o significado de todos ao meus interesses, sabedoria, artes, religião e
filosofia. Nas minhas costas está uma flor que representa outro dos meus
grandes interesses, que é a natureza”.
Siripong também participou no filme de artes marciais “Chocolate” (2008), filme
de estreia da fantástica Yanin “Jeeja”
Vismitananda, 1,62 m ,
atriz tailandesa, nascida a 31 de março 1984 em Banguecoque, cinturão negro 3.º
dan de taekwondo e especialista em muay thai.
A alcunha Jeeja, Deus Google, na Sua infinita sabedoria, traduz por “G
Sergeant”. Em “Chocolate” “Yanin ‘Jeeja’ Vismitananda desempenha o papel de
Zen, a filha autista de uma agiota tailandesa e um japonês da Yakuza exilado.
Antes de ela nascer, a mãe e o pai são obrigados por um gang rival a
separarem-se (por razões financeiras e sádicas), portanto, Zen foi criada
apenas pela mãe. À medida que os anos passam, a mãe adoece de cancro, e Zen é
incapaz de lidar com isso, mas encontra um escape espancando as pessoas que
devem dinheiro à mãe e pagando pelo tratamento” -/ “cena de luta no armazém”
-/ “cena de luta no dojo” (muay thai vs. breakdancing).
Outros filmes de Jeeja: “Raging
Phoenix” (2008) “Yanin Jeeja interpreta Deu, uma rapariga rija mas
solitária que se mete nos copos depois de descobrir o namorado a traí-la e
sendo expulsa da sua banda de rock and roll.
Depois de uma tentativa fracassada de rapto por travestis, ela é resgatada por
Sanim (o artista de artes marciais e campeão franco-vietnamita Kazu Patrick
Tang) e os seus três amigos com um parafuso a menos, deliciosamente chamados Pig
Shit, Dog Shit e Bull Shit”;
“จั๊กกะแหล๋น Jak
Ka Ran” (2011); “The
Kick” (2011).
[2] “O primeiro conjunto musical
de Reed com [John] Cale foi The Primitives a),
um grupo de pouca duração reunido para lançar gravações de baixo orçamento e
apoiar um single antidança escrito
por Reed, ‘The Ostrich’,
no qual Cale acrescentou um trecho de viola”. Em 2009, na
New York Public Library, os membros dos Velvet Underground, Lou Reed, Maureen
“Moe” Tucker e Doug Yule, refrescavam para David Fricke, jornalista da Rolling
Stone. “Reed e Tucker relataram os primeiros espetáculos no Café Bizarre, onde
tocavam cinco vezes por noite e eram pagos em hambúrgueres. Uma
vez, um restaurante em Jérsia estava cheio de marinheiros que interromperam o
seu número a gritar: ‘não toquem mais nada disso outra vez!’ Eles tocaram na
mesma e ‘o inferno rebentou com cadeiras a voar e esse tipo de coisas’”.
O escritor e jornalista Richie
Unterberger publicou em 2009 “White Light / White Heat: The Velvet Underground Day-By-Day”, “de longe o mais completo livro sobre os Velvet
Underground jamais publicado”. Explicava ele no Inkwell: “a canção White Light
/ White Heat é muitas vezes assumida como sendo uma experiência narcótica,
particularmente sobre tomar speed cristal ou metedrina. O próprio Reed
numa entrevista em 1971 disse que era sobre anfetaminas. Tudo isto encaixa
confortavelmente dentro do estereótipo do grupo como celebradores do lado
sórdido do consumo de drogas. Mas uma inspiração igualmente provável e talvez
mais interessante é o livro sobre o oculto ‘A Treatise on White Magic’ de Alice
Bailey. Ele aconselha o controlo do corpo astral através de um ‘método direto
de relaxamento, concentração, imobilidade e libertando toda a personalidade com
Luz Branca pura, com instruções sobre como fazer descer um fluxo de Luz Branca
pura’. E é conhecido, com certeza, que Reed estava familiarizado com o livro,
que chama ‘um livro incrível’ numa entrevista a uma rádio em Portland, Oregon,
em novembro de 1969”.
– Documentário inglês “Velvet
Underground - The South Bank Show” (1986), John Cale diz: “a única razão
por que usávamos óculos escuros em palco era porque não conseguíamos suportar a visão do público”.
–
a) Water De Maria, compositor
e escultor, falecido
na quinta-feira 25 de julho de 2013, foi baterista
nesta banda.
[3] Spice Girls antes de serem famosas.
São elas pimentas-do-reino, todas, com lotes de mostarda a solo: Mel B
1,65 m ,
50 kg ,
75-64-80, sapato 37 ½, suspeitosas tetas
(2009), chupa chupa-chupa
(2009), neste ano, participou no espetáculo de burlesco Peepshow
no Planet Hollywood, em Las
Vegas ; Melanie Brown descreveu a sua atuação
como “escassamente vestida, mas com classe” ▬ “I Want You Back” (1998) ♫ Victoria
Beckham 1,67 m ,
45 kg , 75-57-72,
sapato 37 ½, anúncio Armani
(2009), magra
(2009); “a cantora virada designer alegadamente tem uma coleção de malas
estimada num milhão de dólares e é vista regularmente com uma mala Hermès no
braço. Militantes da PETA
estão a incitar Victoria a desistir da marca de luxo porque frequentemente
utiliza pele de animais” ▬ “Not Such An Innocent Girl”
(2001) ♫ Emma
Bunton, 1,59 m ,
45 kg ,
75-57-75, sapato 37 ½, “gosto de ser curvilínea. Não acho que ficaria bem magra.
Sou cuidadosa. Não como carboidratos ao jantar, mas adoro batatas fritas e
Coca-Cola e um bom vinho e comida chinesa”
▬ “Free Me” (2004) ♫ Melanie
C 1,68 m ,
60 kg ,
65-65-77, sapato 36, “quando aparecemos era tudo boy bands e esbarramos em
muitas dificuldades porque as editoras, revistas, e mesmo programas de
televisão, diziam que girl bands não funcionavam, não vendiam, e
foi daí que veio o girl power. Pensámos Que se foda isto, vamos
mostrar-lhes, e vamos fazê-lo melhor que os boys”
▬ “Never Be the Same Again”
(1999) ♫ Geri
Halliwell, 1,56 m ,
48 kg ,
75-60-77, sapato 36, “na campanha para as Eleições Gerais do Reino Unido em
1997, Halliwell declarou: ‘eu vi muito do que Margaret Thatcher fez. Ela era
definitivamente a Spice Girl original, ascendendo de filha de hortaliceiro a primeira-ministra’.
E ela afirmou que o seu passado estava profundamente enraizado no apoio ao
Partido Conservador e que Thatcher era a pioneira do Girl Power e o sexto
membro espiritual das Spice Girls”;
em 2013 Geri derrama-se para fora do vestido na Austrália
▬ “Look At Me” (1999).