Também em 1983
(tl;dr)
Neste ano
nasce uma empresa, contrariamente ao empreendimento comum não foi fundada para
contratar à saída de São Bento. “A Octapharma AG foi fundada em 1983 com o objetivo de encontrar e
desenvolver as melhores soluções tecnológicas para responder aos problemas das
proteínas humanas derivadas do sangue ou plasma e, em especial, as que se
destinam a tratar a hemofilia.”
“É a empresa em que José Sócrates começou a trabalhar no início de 2013 devido
ao ‘conhecimento que tinha’ no mercado da América Latina. Terça-feira, 25 de
novembro 2014 a farmacêutica anunciou que cessou o contrato com o ex-chefe de
governo português ‘face aos últimos desenvolvimentos’. Este foi o segundo
comunicado feito pela Octapharma desde 17 de novembro. No primeiro, referia que
as instalações que mantém em Portugal tinham sido alvo de buscas nessa data e
que o cargo de Sócrates, como presidente do conselho consultivo para a América
Latina era uma função que não envolvia ‘qualquer atividade em Portugal ou
relacionamento com a filial portuguesa’. O Correio da Manhã noticiou que
durante os governos do socialista a Octapharma faturou 6 milhões em ajustes
diretos. Criada em 1983, e com sede em Lachen, na Suíça, no ano passado [2013]
as vendas da farmacêutica excederam 1,1 mil milhões de euros”, na revista Sábado
n.º 552.
Em Moçambique
nascia a Brigada Limpa. “Nome por que era geralmente conhecido o Destacamento
Especial Operacional do SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), unidade
de tropas especiais da polícia secreta da Frelimo, que foi organizada em Moçambique
em 1983 por conselheiros militares norte-coreanos e comandada por Fernando
Honwana, assessor militar de Samora Machel. Distinguiu-se por ações terroristas
contra populações consideradas simpatizantes da Renamo, em especial o massacre
dos habitantes e destruição da aldeia de Lifidzi (província de Tete), levados a
cabo em 14 de outubro de 1983. A Brigada Limpa, que chegou a atuar em
colaboração com a 5.ª Brigada do Zimbabué, foi dissolvida nos finais dos anos
80, devido à evolução do panorama político moçambicano”, John Andrade
em “Ação Direta”.
De uma
desgraça morria o hábito de perguntar direções. “O voo 007 da Korean Air Lines
(também conhecido como KAL 007 e KE 007) foi um voo agendado pelas Linhas
Aéreas Coreanas, de Nova Iorque para Seul, via Anchorage. No dia 1 de setembro
de 1983, o aparelho que fazia esse voo foi abatido por um avião de interceção Sukhoi Su-15 soviético, perto da ilha Moneron, a oeste da ilha
Sakhalin, no mar do Japão. O piloto do intercetor era o major Gennadi
Osipovich. Os 269 passageiros e tripulação a bordo foram todos mortos,
incluindo Lawrence McDonald, representante da Georgia na Câmara dos Deputados
nos EUA. A aeronave estava em rota de Anchorage para Seul quando voou através
de espaço aéreo soviético proibido na mesma altura que se efetuava uma missão
de reconhecimento dos EUA. Inicialmente, a União Soviética negou ter conhecimento
do acidente, mais tarde admitiu o abate, alegando que o aparelho estava numa
missão de espionagem. O Politburo disse que era uma provocação deliberada dos
EUA para testar a preparação militar da União Soviética, ou até mesmo provocar
uma guerra. A Casa Branca acusou a União Soviética de obstruir as operações de
busca e salvamento. (…). O acontecimento foi um dos principais factos que
levaram a administração Reagan a permitir o acesso mundial ao sistema militar
americano GNSS, que era secreto na época. Hoje este sistema é amplamente
conhecido como GPS. (…). O presidente Ronald Reagan anunciou em 16 de setembro
de 1983, que o Global Positioning System (GPS) seria disponibilizado para uso
civil de forma gratuita, uma vez concluído, de forma a evitar erros de
navegação semelhantes no futuro. Além disso, o interface do piloto automático
usado nos grandes aviões de passageiros foi modificado para tornar mais claro
se está operando em modo HEADING ou em modo INS.” [1]
Agilizava-se
a abertura de micronegócios explorando nichos de oportunidades. “Em 1963, a
prostituição em Portugal passou a ser ilegal. Os bordéis e outras instalações
foram encerrados. Esta lei, abolicionista, punha um termo à era em que a
prostituição era regulamentada, incluindo consultas médicas regulares das
prostitutas. No entanto, esta lei pouco efeito prático obteve e, a partir de 1
de janeiro de 1983, foi parcialmente alterada, permitindo a prostituição
individual, mas proibindo a sua exploração e encorajamento. A acusação
continuava a ser possível sobre as ofensas à moral e decência públicas, mas
raramente isso acontecia, embora o seu cumprimento estivesse nas mãos das
autoridades locais. Assim, esta situação podia ser vista como um exemplo de
‘tolerância’. A prostituição masculina nunca foi reconhecida.” [2]
Nascia um
quase-país. “Em 15 de julho de 1974, a Junta Militar grega (1967-1974) e a
Guarda Nacional cipriota apoiaram um golpe de Estado greco-cipriota no Chipre.
Nikos Sampson, dirigente pró-Enosis,
substituiu o presidente Makarios como novo ditador. Os golpistas
greco-cipriotas proclamaram o estabelecimento da República Helénica do Chipre.
A Turquia alegou que no âmbito do Tratado de Garantia de 1960, o golpe era
razão suficiente para uma ação militar para proteger a população
turco-cipriota, e, assim, a Turquia invadiu o Chipre em 20 de julho. Forças
turcas tomaram no norte cerca de 37 % da ilha. O golpe causou uma guerra civil
cheia de violência étnica, depois entrou em colapso e Makarios regressou ao
poder. (…). Depois de oito anos de negociações fracassadas com os líderes da
comunidade greco-cipriota, o norte declarou unilateralmente a independência em
15 de novembro de 1983.” Dividindo a ilha em duas zonas: s República do
Chipre (cipriotas gregos), a sul e a República Turca do Norte de Chipre
(cipriotas turcos), este um país reconhecido apenas pela Turquia. [3]
Realizava-se
um quase-concurso, o “Macintosh
Software Dating Game”. “O ano
era 1983, outubro, um Steve Jobs de 28 anos era o anfitrião num evento da Apple
para os seus empregados. Jobs convidou três tipos do software: Fred Gibbons da Software Publishing Co., Mitch Kapor da
Lotus Development e, nem mais nem menos, Bill Gates da Microsoft. Os três
homens vestem o seu uniforme totó-chique, calças de caqui e polos (os blusões
com capuz do passado), para responder perguntas sobre a relação da sua empresa
com a Apple, tudo no estilo do Dating Game.”
Protegia-se
o sistema. “Um antigo ministro britânico, Norman Tebbit, admitiu que a rede de
pedofilia que existia na década de 1980 em Westminster, a sede do Governo
britânico, poderá ter sido encoberta para ‘proteger o sistema’. Tebbit, que
foi ministro de Margaret Thatcher (chefe do Governo entre 1979 e 1990), esteve
na BBC 1 para comentar a mais recente notícia sobre os escândalos sexuais no
Reino Unido - o desaparecimento, dos arquivos oficiais, de pastas relativas aos
casos. Ontem [5/7/2014], soube-se que outro ficheiro com 114 pastas também
desapareceu do arquivo do Ministério do Interior. (…). Os documentos foram
entregues na década de 1980 ao ministro do Interior de então, Leon Brittan,
pelo deputado conservador Geoffrey Dickens, que os compilou. (…). Segundo o
jornal The Guardian, Dickens, que morreu em 1995, disse à sua família que entre
1983 e 1984 passou o material que recolhera ao ministro do Interior e que a
informação contida nos ficheiros iria fazer ‘rebentar’ um caso que afetaria
gente muito poderosa - pelo menos oito personagens públicas. (…). Investigações
travadas para proteger o sistema, como disse Tebbit. ‘Penso que na altura todos
pensaram que apesar de as coisas terem descarrilado em alguns aspetos, era mais
importante proteger o sistema e não investigar mais’, disse o antigo ministro
de Thatcher. ‘Na minha opinião, essa opção foi errada, pois que os abusos
[sexuais] aumentaram’. ‘Se houve encobrimento? É bem possível. Era o que se
fazia na época’, disse Norman Tebbit”, no jornal Público n.º 8851.
Encobria-se
também o cancro de Fidel Castro, segundo Juan Sánchez, seu guarda-costas. “O
maior segredo de Fidel é a doença, que sempre se tratou como um segredo de
Estado. Ele tinha cancro no intestino desde 1983, apesar de dizerem que ele não
tinha cancro. [4] O que o Fidel tem agora são as
sequelas de todos os tratamentos que fez e as três operações. Fidel está numa
cadeira de rodas e quase não se consegue mexer. Também já tem muitos momentos
em que não está lúcido. (…). Fidel Castro usou Garcia Márquez. Ele foi o
enviado de Fidel a Bill Clinton para mediar as relações Cuba / Estados Unidos.
Foi uma das fontes que o informou que o Governo dos EUA estava atrás da pista
de altos oficiais cubanos envolvidos no narcotráfico.” “Quatro iates. Uma ilha
privada. Coutadas de caça. Álcool só whisky Chivas Regal de 12 anos, três a
quatro garrafas por dia. Não, não é o retrato de um qualquer milionário, mas de
Fidel Castro, feito por Juan Sánchez, o homem que foi seu guarda-costas durante
17 anos. Um autocrata, paranoico e maquiavélico, que sempre adorou espiar as
pessoas e é obcecado por escutas telefónicas. Frio, manipulador e calculista,
cúmplice de traficantes de droga, Fidel sempre foi um líder por excelência:
carismático, inteligente, culto e sedutor”, no Diário Económico n.º 6040.
Morria a 20
de janeiro de 1983 Garrincha “A primeira semelhança entre Garrincha e Pelé é que
ambos saíram da periferia e da pobreza. Manuel Francisco dos Santos, de sangue
índio, nasceu a 28 de outubro de 1933, em Pau Grande, uma pequena localidade a
70 km do Rio de Janeiro. Edson Arantes do Nascimento nasceu a 23 de outubro de
1940 em Três Corações, Minas Gerais. Ainda em criança mudou-se para Bauru, no
interior do estado de São Paulo.
Cedo os dois ganharam as alcunhas
que os acompanharam por toda a vida e por todo o mundo. Manuel gostava muito de
caçar pássaros e a irmã Rosa encontrou semelhanças entre uma pequena ave
chamada Garrincha, que recusava o cativeiro, e aquele rapaz irrequieto e avesso
a regras. Já Edson costumava ver os jogos do pai no São Lourenço, uma modesta
equipa de Minas, que tinha na baliza um guarda-redes chamado ‘Bilé’. O pequeno
Edson apreciava as defesas do ‘goleiro’ e gritava ‘defende, Bilé’. A expressão
acompanhou-o quando se mudou para São Paulo, onde ninguém sabia quem era Bilé.
Os amigos de Edson acabaram por achar que Bilé era Pelé e assim nasceu um nome
que é hoje conhecido por todo o mundo - a AFP escreveu há dias que toda a gente
já disse ou escreveu o nome Pelé. (…). Pelé foi levado aos 15 anos para o
Santos pelo ex-futebolista Waldemar de Brito. Garrincha chegou ao Botafogo aos
19, depois de ter tentado fazer testes em vários outros grandes clubes do Rio,
sem que nenhum se interessasse por aquele rapaz com ar de aleijado. A chegada
de Garrincha ao Botafogo, aliás, é uma das grandes lendas do futebol
brasileiro: um rapaz desconhecido de pernas tortas (tinha a perna esquerda seis
centímetros mais curta do que a direta) enfrentou no primeiro treino Nilton
Santos, o lateral-esquerdo da seleção brasileira, e fintou-o várias vezes. (…).
Com uma vida desregrada (o álcool e as aventuras sexuais foram uma constante da
sua vida), Garrincha nunca foi um atleta exemplar. Mas via o futebol como uma
fonte de diversão, a ponto de ter recebido a alcunha de ‘Alegria do Povo’. (…).
Acabadas as carreiras de futebol (Garrincha em 1972 e Pelé em 1977),
acentuaram-se as trajetórias divergentes destes dois homens. Pelé soube
conviver com a fama, fez negócio com a publicidade, manteve-se como uma
referência desportiva do Brasil e foi até ministro do Desporto, apesar de
muitas vezes se destacar pelas declarações polémicas. (…). Já Garrincha, que
morreu em 1983 aos 49 anos, entrou ainda em maior decadência quando deixou de
jogar. ‘Os últimos dez anos da vida do Garrincha foram muito tristes. Ele era
apanhado embriagado, desmaiado na rua, levado para hospitais em pronto-socorro’,
conta ao Público o seu biógrafo Ruy Castro. (…). Garrincha ainda brincou com
Pelé. ‘Ó, rei, você não tem uns trocados sobrando pra me emprestar? Você anda
cheio das verdinhas’”, no jornal Público n.º 8851.
Verdinhas em
Portugal carregavam-se de verde-escuro. “A vida de Belmiro de Azevedo, mais
velho de oito irmãos, confunde-se hoje com a própria Sonae, nome de uma pequena
empresa que fabricava laminados decorativos na década de 60 e que se tornou,
muitos anos depois, no nome do principal grupo empresarial do país. Um feito
atribuído ao empresário nortenho que, como descreve a sua biografia oficial,
pôde aí ‘colocar em prática a teoria de Schumpeter - a destruição
criativa – que esteve na base dos seus projetos’. A criação da holding empresarial, em 1983, é um ponto
marcante dessa história e do próprio Belmiro que criou negócios em tantas
aéreas de atividade que se dizia, quase em jeito de piada, que era possível
viver só com produtos e serviços da Sonae. O homem ainda guarda o recibo do seu
primeiro ordenado (5600 escudos), já passou a liderança do grupo ao filho Paulo
(…). Belmiro de Azevedo deixa um império, mas também, um modelo de gestão
pautado por dez mandamentos. Uma cartilha que começa assim: O homem Sonae ou
é líder ou candidato a líder”, no Diário Económico n.º 6040.
Mais
descoradas, mas havia também verdinhas no capital público. “A Empresa de
Investigação e Desenvolvimento de Eletrónica (EID) foi fundada em 1983. É uma
empresa privada, com capital público através da Empordef, a holding da Defesa Nacional, e a Rohde
& Schwarz, uma empresa alemã conhecida com a reputação mundial nas áreas de
comunicação de rádio. O negócio de exportação é uma parte significativa do
volume de negócio, mas o principal cliente ainda são as Forças Armadas
Portuguesas.” “A empresa, a única portuguesa no mercado do software militar, está classificada com o selo de NATO Secret (só
há dois níveis mais secretos na organização mundial) e por isso tudo é
segredo.” Desenvolve um sistema de comunicações veiculares, Mário Lopes, um dos
administradores, explicou. “‘Os veículos militares blindados dispõem de dois
tipos de comunicações: com o exterior da viatura, via rádio, que são
asseguradas por equipamentos de radiocomunicações diversos, operando em
diversas bandas de frequência; depois existe o equipamento que a EID fornece,
os intercoms, que permitem a comunicação
de voz entre todos os tripulantes da viatura e garantem o acesso desses
tripulantes, sob controlo do comandante da viatura, aos meios rádio’. Este tipo
de equipamento tem de ser capaz de suportar condições de choque, vibração e
temperatura extremos. ‘Por outro lado, dado o ruído ambiente prevalecente no
interior das viaturas e em particular dos tanques, o equipamento implementa
um sofisticado algoritmo de cancelamento desse ruído, possibilitando assim
comunicações de voz inteligíveis, mesmo nas condições mais adversas’”, no
Diário de Notícias n.º 53 189.
Em 1983,
Gilles Lipovetsky publicava “A era
do vazio”. “Estes
seis estudos esforçam-se, cada um a nível diferente, de capturar um dos traços
significativos do ar dos tempos – o novo zeitgeist,
bem longe da revolta e do questionamento dos anos da expansão. Novas atitudes:
apatia, indiferença, deserção, substituição de um princípio de sedução pelo
princípio de convicção, generalização do método humorístico. Nova organização
da personalidade: narcisismo, novas modalidades de relação sociais, marcadas em
particular pela redução da violência e a transformação íntima das suas
manifestações. Novo estado da cultura, caraterizado pelo enfraquecimento e
esgotamento daquilo que faz desde há um século figura de avant-garde. Gilles Lipovetsky crê poder relacionar o conjunto
destes fenómenos ao mesmo fator: o individualismo entrando num novo estado
histórico próprio das sociedades democráticas avançadas e que definiria
adequadamente a sociedade pós-moderna.” Manuel Maria Carrilho, no prefácio: “É sempre uma imagem paradoxal da
sociedade que, finalmente, resulta dos trabalhos de Lipovetsky, uma imagem
decantada por uma minuciosa atenção fenomenológica aos comportamentos
individuais e coletivos, uma atenção tão intensa como o é a suspeita que nutre
em relação às teorias globalmente críticas e militantemente denunciadoras da
contemporaneidade. É essa fenomenologia que traça o quadro complexo, e
basicamente antinómico, da desestruturação que acompanha o aumento da
informação, da instabilidade que atravessa a maturidade, da superficialidade que
corrói a crítica, do delírio que se combina com o realismo, num movimento em
que o próprio relativismo surge como o único modo de pensar os valores.”
A década de
80 foi péssima para a procriação. “Foi a falta de educação das crianças que
abriu caminho ao eu reinante. Os baby-boomers
foram elevados a pequenos reis e, quando chegou a sua vez, tornaram-se pais de
imperadores. Nos EUA, os analistas dizem que uma Geração eu, eu, eu tomou o lugar da Geração eu [5]. Os ingredientes?
Pouca frustração, o hábito de opinar. É nisso que acreditam os jovens à
volta dos 20 anos, 30 anos: numa sociedade mais igualitária do que respeitadora
da hierarquia.” Uma geração. Uma tecnologia. “O caso da socialite americana Kim Kardashian, recordista de posts, e que tem sempre clichés em stock para distribuir em larga escala. É a imperatriz do eu. Kim em biquíni,
corpo de sonho, piscina à altura. Kim a beijar o bebé, North, fruto da sua
relação com o rapper Kanye West. O
umbigo de Kim, as nádegas de Kim… mas também as selfies, o braço esticado e lábios a fazer biquinho, em modo duck face.
(…). ‘Foi ela que impôs a foto íntima’, diz Caroline Billette, estudante de
comunicação e coautora de uma dissertação sobre selfies. ‘E muitas raparigas farão como ela, tirando fotos das
mamas e das nádegas - aquilo a que se chama uma belfie’.” Câmaras! Ação! Rabo! “Mistura-se a cultura porno com a
das estrelas e temos legiões de raparigas púberes a posar de fio dental, como
os seus ídolos. Num blog, uma Lolita
escreveu: ‘Dia podre de calor, com um pouco de chá e leitura’. Programa de
avozinha? Desenganem-se. Na foto, a donzela está de cuecas vermelhas e renda
preta, a camisola despreocupadamente a revelar um seio… ‘Na Europa e nos EUA,
são as rapariguinhas que se despem assim. Na Rússia, são sobretudo as solteiras, com
mais de 35 anos, em busca de parceiro sexual’, especifica Caroline Billette. A selfie seminua fará vezes de curriculum vitae.” [6] O filósofo e sociólogo Jean-Pierre
Le Goff: “O culto do ego desenvolve-se nos anos 80, quando os grandes laços do
passado e os ideais coletivos estão em vias de extinção. A figura do gestor
e do vencedor próspero supera a do operário, do técnico, do
engenheiro. Estar bem no seu corpo e na sua mente, numa relação
reconciliada consigo mesmo, com os outros e a natureza e, se possível, morrer
serenamente ou de boa saúde: este é o ideal narcísico do indivíduo pós-moderno.
Prosperam as terapias comportamentais, que substituem a psicanálise, e as novas
formas de espiritualidade, que não passam de pseudorreligiões transformadas.
(…). A educação, antes fundada na frustração, sobrevaloriza há anos a infância
e a juventude. Resultado: toda uma geração de eternos adolescentes,
adultos mal resolvidos a quem tudo é devido, que se regem apenas pelo princípio
do prazer. Os ritos de passagem à idade adulta, como o serviço militar,
desapareceram. O desemprego em massa atrasa a entrada na vida ativa e o confronto
com o real. Há um terreno favorável para o culto da imagem entre os jovens e os
menos jovens, de olhos postos nos smartphones
ou nos tablets. Estão numa bolha, sem
a mínima preocupação com as pessoas de carne e osso que os rodeiam”, na revista
Visão n.º 1119 [7].
Em 1983
nascia o epítome do belfie. Naomi Russell, 1,70 m, 59 kg, 81-58-99, sapatos 38 ½, olhos cor de
avelã, cabelos castanhos, nascida Naomi Devosh Dechter a 25 de setembro de
1983, em Los Angeles. “Naomi é uma atriz porno frequente em filmes que focam as
suas grandes nádegas. (…). O pai de Naomi é um rabi e ela estudou em casa até aos 13 anos,
quando se formou. Por isso é uma defensora do ensino em casa. Ela foi técnica
jurídica num escritório de advogados especializado em trabalho infantil e casos
médicos. Durante a noite, trabalhava como assistente médico. Após a entrada na
indústria porno, ela recuperava de uma batalha contra um cancro tendo que
repousar na cama levando-a a ganhar peso. Uma das suas especialidades é o fetichismo,
além de ter entrado em mais de 150 filmes que focavam o seu largo posterior.
Ela atuou em muitos sexo a três, anal, dupla penetração, inter-racial e
bacanais com ambos os sexos. As suas atuações normalmente concentram-se no sexo
anal, embora ela passe grande parte do tempo em frente da câmara ou fazendo fellatio ou brincando com o traseiro. A
sua primeira cena anal foi em ‘Naomi:
There Is Only One’ (2006).” Entrevista: “Gosto de hip-hop
e jazz. Não gosto do hip-hop todo pop e top 40. Gosto de Notorious B.I.G. Penso que o tenho no meu
leitor CD em casa. No chuveiro tenho Amy Grant.” Posição favorita? “Não tenho uma posição preferida
específica. Descobri que depende do homem e da forma da sua piça e do seu
estilo a foder, há uma série de posições diferentes umas mais agradáveis que
outras. Alguns tipos fazem ótimo missionário, mas não conseguem fazer à canzana
nem para salvar a vida. Outras vezes é ao contrário. Costumo dizer que gosto
aquilo que faz o homem sentir-se melhor. Quando um homem está a senti-lo, e
está na onda e a cena está a flui, naturalmente sinto-me bem.” A sua filosofia:
“Não estou nisto para ser atriz ou memorizar sequências e guiões de 100
páginas. Não quero fazê-lo. Quero dar-lhes o que querem ver. Quero que se
sintam bem, quero compartilhar o prazer, compartilhar o sexo com eles. Sinto
muitas vezes que as sequências com argumento são desnecessárias, é difícil para
mim pôr a energia e estar motivada para fazê-las. Não me considero adequada
para elas e prefiro não as tirar às pessoas que as querem fazer. Eu prefiro
fazer algo que sei que me sinto bem fazendo-o.” “Look
at that ass” V “Crazy
Ass”.
___________________
[1] “Um Boeing 747-230B com o número de série CN20559/186
e registo HL7442. A aeronave partiu da porta 15 do aeroporto internacional John
F. Kennedy, Nova Iorque, dia 30 de agosto de 1983, com destino ao aeroporto
Gimpo em Gangseo-gu, em Seul, 35 minutos atrasado do seu horário de partida, as
23:50 EDT. O voo transportava 246 passageiros e 23 tripulantes. Após
reabastecimento no aeroporto internacional de Anchorage, no Alasca, o avião,
pilotado nesta etapa da viagem pelo capitão Chun Byung-in, partiu para Seul
pelas 04:00, hora do Alasca, a 31 a agosto. (…). Cerca de 10 minutos após a
descolagem, o KAL 007, voando num rumo de 245 graus, começou a desviar-se para
a direita (norte) da sua rota atribuída para Bethel, e continuou a voar nesta
direção nas próximas cinco horas e meia. A simulação e análise da caixa negra
pela Organização Internacional de Aviação Civil concluiu que este desvio foi
provavelmente causado pelo sistema de piloto automático do aparelho operando em
modo HEADING, depois do ponto onde deveria ter mudado para o modo INS.”
[2]
A primeira regulamentação da
prostituição, em Portugal, surgiu em 1853 (Regulamento sanitário das meretrizes
do Porto). Em 1858 foi decretada uma regulamentação mais geral que obrigava as
prostitutas a matricularem-se num livro de registo na repartição da polícia ou
no governo civil.
[3] Pelo lado positivo, a divisão da ilha dotou os
cidadãos de meios de defesa, importantes, numa época em que o Estado de Direito
se corrompeu no Estado de advogados. “Peri, 47 anos, membro do Partido
Comunista local (AKEL) ‘Temos 40 mil soldados. São 300 a 400 milhões de euros /
ano’. (…). O seu pequeno país meio ocupado gasta pouco mais nas forças armadas
que Portugal (1,8 % do PIB em 2012) e menos que a Grécia (2,6 % do PIB). Já o
facto de, como reservista, ter uma metralhadora em casa é bastante mais
peculiar. ‘Todos têm. Uma das coisas de que se fala muito aqui é isso: toda a
gente tem armas e munições em casa, para a eventualidade de uma nova invasão. E
o governo tem medo disso”, no Diário de Notícias n.º 52 813 de 17 de
novembro de 2013.
[4] Ocultação pérfida e insidiosa por ele ser comuna. Nos
democratas consente-se como benigno e leal. “Ficou célebre a falsificação dos
boletins de saúde de Mitterrand, que durante os seus dois mandatos de 14 anos
ordenou ao seu médico pessoal para mentir nos relatórios. Ao falecido
presidente tinha sido detetado cancro da próstata em novembro de 1981, poucos
meses depois de ter sido eleito pela primeira vez. Mas só em 1992 foi revelada
a doença de Mitterrand, e mesmo depois disso os relatórios continuaram a ser
falsificados”, no jornal Expresso n.º 2173.
[5] “Uma reportagem publicada em maio de 2013 pela
revista Time rotulava de Geração eu eu
eu os nascidos entre 1980 e 2000 –
chamados millenials: miúdos
narcisistas, preguiçosos e superficiais, que ainda moram com os pais e são
alienados e ansiosos acima da média. Também o ensaísta Rob Agshar, num artigo
no The Hoffington Post, referiu que os jovens de hoje não conseguem empenhar-se
em conquistar nada, habituados que estão a ser elogiados e a ter tudo de mão
beijada.” “‘Vivemos na era da valorização da autoestima e do reforço da identidade
através da imagem. O poder da imagem está cada vez mais ligado ao poder da
afirmação pessoal’, reconhece Carla Pinto Silva, 30 anos, diretora de
comunicação e recursos humanos, que adora postar fotos suas e aprecia quando a
elogiam, mas não vive dependente disso. ‘Hoje não basta alguém ir a um
evento ou um local extraordinário: precisa de mostrar que lá esteve.
As pessoas usam isso para se sentirem mais bonitas, até mesmo para se
reinventarem’. Pela parte que lhe toca, considera-se uma mulher alegre, segura
e de personalidade forte que, por ser feliz, se sente linda e confiante.”
Bárbara Ramos Dias, lifecoacher e
terapeuta emocional: “A minha prática clinica de 15 anos mostra-me que as
pessoas vivem num vazio enorme do eu, numa apatia que as faz preencher o ego
com o outro, e encontraram nas redes sociais um modo fácil e viciante de o
conseguirem. Daí a necessidade de postarem fotos e comentários, esperando para
ver quantos likes irão ter”, na
revista Notícias Magazine, suplemento do Diário de Notícias n.º 53 189.
[6] “O adolescente inglês, Danny Bowman, adoeceu à força
de querer tirar a selfie perfeita. O
jovem passava dez horas por dia a fotografar-se com o telemóvel. Frustrado pelo
falhanço, tentou suicidar-se e acabou em terapia de desabituação.”
[7] Outros tempos, outras fodas. Paula Rego: “Mas quando
estava de cama, sem me sentir muito bem, a minha mãe costumava vir e massaja-me
[o sexo]. Era como uma forma de masturbação.” “Teve o primeiro namorado, diz
ela, quando tinha 14 anos. ‘Não demos nenhuma queca. Ele beijou-me debaixo de
água, no mar. Eu mergulhava, ele mergulhava atrás de mim e eu ficava
arrebatada’. (…). Ainda se viviam tempos de racionamento e ela, segundo diz,
tinha fome ‘o tempo inteiro’. Acabou por ficar tão gorda por comer os restos
das outras pessoas que as colegas da escola [Sevenoaks] lhe chamavam Sancho
Pança. ‘Vinha da igreja e, pelo caminho, ia comendo um monte de gelado que dava
para uma família inteira’, conta. ‘Isso fazia-me feliz.’ Então, quando foi que
fez sexo pela primeira vez? (…). ‘Bem’, diz, ‘foi com o meu marido’, refere-se
a Vic Willing, o artista que conheceu na Slade e com quem se casou. ‘Estávamos
numa festa. Eu gostava de outro tipo que lá estava e atirei-me a ele. Era muito
marota’, acrescenta. ‘Ele acabou metido na cama com outra rapariga, por isso
fiquei muito irritada e desci as escadas para ir para casa. Então, ouvi uma
voz: Chega aqui! Era o Vic. Entrei e a primeira coisa que ele me diz foi:
Tira as cuecas. Como reagiu ela? ‘Tirei as cuecas’, responde, como se
tivesse feito uma pergunta estúpida. ‘Levou-me para a cama do amigo dele, que,
a seguir, ficou numa desgraça. Era sangue por todo o lado. Ele não disse nada.
Eu levantei-me, apenas, e fui-me embora.’ Quero perguntar-lhe se ela teve a
tentação de lhe bater mas, em vez disso, pergunto-lhe o que sentiu. ‘Acho’, diz
pensativa, ‘que senti que estava apaixonada por ele’.” “Quando casou com Vic
Willing em 1959, ele já a tinha engravidado 11 vezes. Só as duas últimas -
Caroline e Victoria - foram levadas até ao fim”, na revista Sábado n.º 544.
O príncipe
André, duque de Iorque, vai ao chupa-pé, pés de plebeia, que as aristocratas
inglesas enfearam de cara e de penantes. No seu diário, uma aldeã de 17 anos, descrevendo-se
como “escrava sexual” do seu amigo, o milionário americano Jeffrey Epstein, escreveu
que este a passou para debaixo do nobre inglês em 2001. Virginia
Roberts:
“Continuamos com os preliminares para lá e para cá, tocando, beijando e ele
lambendo até os dedos dos meus pés. Adoro os teus pés, ele sussurrou, eles são
irresistíveis. Essa foi definitivamente uma estreia para mim, mas eu alinhei em
tudo, temendo desiludir o príncipe.” Ejaculado, o príncipe pira-se. “Todo o
assunto foi de curta duração, quando o seu clímax estava atingido, ele não era
o mesmo tipo atencioso que eu tinha conhecido nas últimas horas. Em vez disso,
vestiu-se rapidamente, disse adeus e esgueirou-se para fora do quarto, para o
motorista, que ainda aguardava por ele lá fora.” O palácio de Buckingham nega que o seu príncipe tenha exposto as joias da
família: “É enfaticamente negado que HRH Duke of York teve qualquer forma de
contacto sexual ou relação com Virginia Roberts.”
na sala de
cinema
“Body Double” (1984), título local “Testemunha de um crime”, real. Brian
de Palma, música de Pino Donaggio, c/ Craig Wasson (Jake Scully), Melanie Griffith
(Holly Body), Gregg Henry (Sam Bouchard), Deborah Shelton (Gloria Revelle) [1], Lindsay Freeman (Girl # 1 in Bathroom) … estreou
sexta-feira, 17 de maio de 1985 no Quarteto sala 4 e no Terminal. “Jake Scully
é um ator secundário que perdeu um papel como vampiro num filme de terror de
baixo orçamento depois de a sua claustrofobia ter impedido a filmagem. Ele
regressa a casa para descobrir que a namorada o encorna, então Scully fica sem
sítio para viver. Vai para um bar afogar as mágoas após descobrir esta infidelidade
de Carol, Doug, o barman, veste uma t-shirt Barney’s Beanery. (Janis
Joplin comeu a sua última refeição no
Barney’s Beanery antes de morrer de overdose
no quarto do seu hotel, o Landmark Motor Hotel, Hollywood, em 1970). Numa aula
de método de interpretação conhece Sam que segue atentamente a revelação de
Scully dos seus medos e da causa na infância da sua claustrofobia. Eles vão
para um bar onde Scully recebe uma oferta de um lugar para ficar; um amigo de
Sam saiu temporariamente da cidade e precisa de alguém para cuidar da sua
ultramoderna casa em Hollywood Hills. Scully visita a casa nessa noite. Sam é
particularmente entusiasta num aspeto: uma vizinha, Gloria Revelle, que faz uma
dança erótica, todas as noites, a uma hora específica. Sam tinha até montado um
telescópico que Scully não resiste usar para voyeuristicamente observá-la.” O filme compreende três Höhepunkte. i) É o favorito de Patrick
Bateman, da novela
“American Psycho” de Bret Easton Ellis, tendo-o visto trinta e sete vezes e
alugando a cassete no videoclube várias vezes [2].
ii) O convite de Holly Johnson para Scully entrar no clube onde Holly does Hollywood sonorizado pela
marcha popular, “Relax”, numa edição de portas e espelhos de luxo. iii) E o
milagre genético Girl # 1 in Bathroom,
Lindsay Freeman, que centelhará apetibilidade debaixo das estrelas.
No céu. E noutros filmes.
“Young Lady Chatterley” (1977), real.
Alan Roberts, c/ Harlee McBridge (Cynthia Chatterley) Ed Quinlan (Philip
Carlyle), Sybil
Danning (Judith
Grimmer), Lindsay
Freeman (Jenny -
Maid in Hut), Wendy Barry (Sybil - Maid in Hot House), Monique
Gabrielle (Eunice -
Maid in Woods). Filmado na Grayhall Mansion, 1100 Carolyn Way, Beverly Hills,
Califórnia … “Cynthia, a nova lady
Chatterley, sente-se negligenciada pelo marido. Durante as suas ausências ela
tenta divertir-se com o jardineiro, Thomas, mas é sempre interrompida por novos
visitantes.” “Fairy Tales” (1978),
real. Harry Hurwitz, c/ Don Sparks (Príncipe), Sy Richardson (Sirus), Lindsay
Freeman (Jill) … “No seu vigésimo aniversário, o Príncipe parte numa demanda
que o leva por todo o país procurando a mulher que o excita sexualmente, a
Princesa Bela Adormecida.” “Fyre” (1979), real. Richard Grand, c/ Allen Garfield (Pregador), Lynn Theel (Fyre) [3], Lindsay
Freeman (Dealer's Girl) … “Após uma inocente campónia ter sido violentamente
violada, a sua família morre num acidente de viação, antes de ela interiorizar o
que aconteceu. À medida que o seu sentimento de vergonha se torna auto-degradação,
ela vira-se para a prostituição.” “Boardinghouse” (1982), real. John Wintergate, c/ John Wintergate
(Jim Royce), Kalassu (Victoria), Lindsay Freeman, sob o nome Alexandra Day, (Debbie Hoffman) … rodada
no n.º 20950, Avenue San Luis, em Woodland Hills, Califórnia, é a primeira
película de terror filmada em vídeo a ser transferida para 35 mm e exibida nos
cinemas. “Em 18 de setembro de 1972, a casa dos Hoffman foi
fechada devido a várias mortes misteriosas. Dez anos depois, a casa reabre como
hospedaria por um homem com poderes telecinéticos que a herdou. Um grupo de raparigas
logo a aluga e os assassinatos começam de novo na hospedaria.” “O enredo é essencialmente esparso e esporádico
consistindo sobretudo num grupo de amigas divertindo-se em frente da câmara. Jim
Royce gere a pensão e meia dúzia de mamalhudas aluga-a. Ele enaltece o
misticismo zen e o conhecimento telepático à principal hóspede, Victoria, antes
de fazerem sexo de cabeça para baixo numa maca.” “Erotic Images” (1983), real. Declan Langan, c/ Edd Byrnes (Logan
Roberts), Britt Ekland (Julie Todd) Lindsay Freeman (namorada de Logan) … “Uma
professora de psicologia quase perde o marido depois de a sua recém-publicada
tese de doutoramento sobre sexo se tornar um bestseller.” “Girls of Penthouse” (1984), c/ Danielle Martin (Bad to the Bone), Lindsay Freeman (Tattoo Woman & Use Me Woman) … vídeo compilação
de girls retratadas na revista Penthouse.
“Party Games for Adults Only” (1984), real.
Tony Csiki, / John Byner (anfitrião), Carol Bromley (Kate), Kenny Morse (Ken),
Linnea Quigley (Cowgirl / Pool Girl / Strip Poker Girl / Locker Room Girl), Lindsay Freeman (Girl by Pool / Messy Eater / Bathtub Girl / Present Girl).
“Beverly Hills Call Girls” (1988),
real. Bert Rhine e Keith Jon, c/ Crystal Breeze, Lindsay Freeman, Ty Randolph,
Scarlett Greene … Um grupo de empreendedoras relata a sua boa sorte em personal service business, uma
profissão de sucesso, gratificante e bem remunerada, monetária e
emocionalmente. A bordo do iate Paramour, significa for love, explica Debbie
e narra como é divertido mostrar a real
nice time aos clientes nos vários cruzeiros, com a amiga e empresária Alice,
sendo o mais popular o Sunset Cruise. Adiante, Lindsay Freeman explica que foi
chamada por alguém que conheceu em Londres, para trabalhar num emprego bastante
lucrativo, na sua anterior profissão que é management, ela era uma excelente business woman, contudo quando chegou descobriu que o emprego não se
concretizou, aparentemente alguém fizera uma grande trapalhada no departamento
onde deveria trabalhar, como tinha comprado um bilhete só de vinda, começou a
pensar e, pela primeira vez na vida, decidiu que queria fazer algo que
realmente gostasse, “e aquilo que realmente gosto é sexo.” “Podem encontrar-me num
bar ou num clube em Beverly Hills ou em qualquer dos lugares sofisticados que
as pessoas frequentam, e se tiverem dinheiro para o meu preço, terei muito
prazer em trabalhar convosco.” “Penthouse: On the
Wild Side” (1989), c/
Michelle Bauer (Punk or Bust Hairdresser), Lindsay Freeman (Honey
Pot), Julia Parton (Punk or Bust Customer), Carina
Ragnarsson (Car Wash)
… “Este vídeo traz-lhe um reino dos sentidos onde nada é proibido e o prazer é
a única lei. Um recém-libertado marido é convidado a assistir enquanto duas
indomadas loiras se saciam nalguns jogos de água muito inventivos. Uma inocente
donzela é transformada num brinquedo de coleira e forrada a couro por uma dominatrix punk. Um conjunto de lindas moças abeira-se do êxtase. Mais,
explosivas fotos de uma jovem Madonna como nunca antes a viu.” “Super
Leg-ends” (1992), c/ Bunny Blue, Le Dawn, Sunny
Daye, Misty Raines, Precious Pink,
Tiffany Storm, Lindsay Freeman [4].
____________________
[1] Deborah
Shelton, 1,73 m, 91-60-91,
sapatos 39, olhos verdes, cabelos castanhos-escuros, nascida a 26 de novembro
de 1948, Washington, Distrito de Columbia. “Em 1970, Shelton concorreu a miss Virginia para chatear o seu
namorado. Venceu o título e representou o estado no concurso miss EUA realizado em Miami, Florida, em maio de 1970. Ganhou
o prémio de miss Fotogenia e
subsequentemente foi coroada miss EUA
1970. Ela recebeu a coroa da anterior detentora do título, Wendy Dascomb, também miss
Virginia. Foi a primeira vez que um estado venceu o título de miss EUA dois anos consecutivos.” “Em março de 1974, a Playboy deu-lhe honra de capa embora ela não aparecesse nua
na revista. ‘Body
Double’ foi um dos filmes famosos onde
Deborah apareceu num papel importante. Ela fez também participações especiais
em várias séries de TV como ‘The Fall Guy’, ‘The A-Team’, ‘Fantasy Island’,
‘The Love Boat’, ‘Get a Life’, ‘Cheers’, T.J. Hooker’, etc. um dos papéis mais
famosos que Deborah interpretou na TV foi Mandy Winger no ‘Dallas’.”
[2] “Depois de mais alongamentos para acalmar tomei um
duche quente rápido e fui ao videoclube onde devolvi duas cassetes que alugara
na segunda-feira, She-Male Reformatory e Body Double, mas tornei a alugar o
Body Double porque quero vê-lo outra vez esta noite, embora saiba que não terei
tempo para me masturbar na cena em que a mulher está a ser perfurada até à
morte por um berbequim, visto ter um encontro com a Courtney às sete e meia no
Café Luxembourg”, Bret Easton Ellis em “American
Psycho”.
[3] Lynn Theel, 1,60 m, 49 kg, 91-56-89, olhos castanhos, cabelo
loiro, nascida a 5 de março de 1951, em Detroit, Michigan, t.c.c. playmate Lynn Schiller de julho 1975, ano em que Glenn Frey, vocalista dos Eagles, namorou-a a sério, para casar.
Ambições: ter casa própria e sucesso como atriz e modelo. No meu futuro:
gostaria de possuir alguns terrenos com muitos cavalos, cães, gatos e um
pequeno estúdio, e espaço para todos os meus amigos. História laboral:
trabalhei como cantora de cabaret na Alemanha (clube de oficiais) e tratadora
de cavalos na Califórnia. Na minha biblioteca: Havai, Voando sobre um ninho de
cucos e tudo do Hermann Hesse. Comidas favoritas: lagosta, bife e pratos
vegetarianos.
[4] Lindsay
Freeman, t.c.c.
Alexandra Day, Bibi, Denny, Baby Breese, nasceu em 1956 e combateu pelo lado delendus est Anus n’ “As guerras púbicas”. “Vamos
começar o último trimestre do ano com a Oui para variar. Lançada pela Playboy como um desafio à
Penthouse, com a missão de ser mais marota, e usando muito do conteúdo
fotográfico europeu da sua parente francesa Lui, estava a cumprir esse mandato
bastante bem com um conteúdo escrito mais focado no sexo e fotos mais
explícitas do que a Playboy. Infelizmente, foram os leitores da Playboy não da
Penthouse que foram pescados. Pior ainda, mesmo estando a ser comprada pelo
público mais atrativo para o mercado publicitário, no país, teve prejuízo de
2278 milhões de dólares em 1975. A miss
outubro 1976 da Oui foi uma fascinante jovem chamada, somos levados a
acreditar, Jan Walker. Ela foi fotografada num estilo enevoado muito Penthouse,
por Suze Randall, que antes lhe tinha pedido para posar para ela, porque ficara
impressionada pelas suas pernas intermináveis. Ela certamente mostra-as num
sensual puxão de cuecas que, sem dúvida, seria demasiado forte para a Playboy
nessa altura. Ainda mais indecente era a foto onde Walker encantadoramente
exibe o seu ânus, de uma forma que até a Penthouse estava apenas a começar a
fazer. Provavelmente, com todas as revistas a mostrar agora os lábios vaginais das miúdas, então contornar para a porta de trás
seria o próximo passo lógico. (…). Em outubro de 1976, a cobertura pela Playboy
de jovens promissoras continuava uma opção, com essa edição apresentando uma maciamente deslumbrante Melanie
Griffith de 19 anos.
(…). Hustler apresentou quatro modelos na sua edição de outubro, a primeira dava pelo nome de Toni, que era um
atrativo estilo Oui de rapariga, fotografada numa espécie de intensa luz solar
Oui, e que a sua progenitora francesa Lui costumava usar. Hustler fê-la abrir
as pernas, mostrando o buraco do cu e lábios de aspeto cor-de-rosa e húmidos. A
segunda rapariga, que já destacavam na capa, era uma moça que aparecera na
Penthouse em janeiro de 1976 com o nome de Baby Breese. Nessa revista, a moça
(nome verdadeiro Lindsay Freeman) posara vestida numa camisola com um 12 provocadoramente estampado, embora ela tivesse, de
facto, dezanove anos na altura, mas parecendo muito mais nova. (A Penthouse
realizou um concurso de adivinhação da idade com prémios para os leitores.
Posteriormente, a revista assumiu 21 anos como a idade da britânica Baby
Breese). Ainda assim, a produção atraiu a apropriada atenção de tal forma que
fotos da sessão também apareceram na For Men Only, em julho de 1976, sob o nome
Bibi, e ela regressou para repetir a aparição devido a ‘pedido do público’.
(…). As fotos de Freeman na Hustler avançam do vislumbre dos seus lábios,
vistos na Penthouse em janeiro, para o realce desse novo campo de batalha das
guerras púbicas: o ânus. As ufanas fotos do olho do cu de Freeman são muito
mais radicais que qualquer coisa vista na Penthouse até à data e, ao contrário
da Penthouse, que quando esticava as fronteiras nos seus ensaios fotográficos não
aludia a isso, a Hustler, contente da vida, chamou a atenção para o ânus dela
piscando-o no texto de suporte. Freeman prosseguiu entrando numa série de
filmes eróticos, sendo o primeiro ‘Young Lady Chatterly’ (1977), onde apareceu como Sybil, criada de serviços
ligeiros. No seu segundo filme, ‘Fairy Tales’ (1977), ela representa Jill (como em ‘Jack e Jill’),
numa particularmente entediante paródia de alguns contos de fadas tradicionais.
As outras duas modelos na Hustler de outubro, Leslie e Cookie mostravam ratas
cor-de-rosa e húmidas. Agora, já não bastava as miúdas mostrarem os seus
lábios, visto quão ubíquos se tornaram nas revistas masculinas em relativamente
pouco tempo. Com Larry Flynt concentrado apenas nesta parte da anatomia a fase
seguinte era mostrar os genitais parecendo excitados. Isto era algo que a
Playboy nunca fez, mas a Penthouse, que, sem dúvida tinha começado a fazê-lo
com Colleen Carney, em julho desse ano, gradualmente, irá nesse passo
nos próximos dezoito meses, mais coisa menos coisa.”
Bono vox de
Lindsay Freeman. Porque o nome Baby Breese? “Acho que é porque sou pequena e
leve e costumo dar cambalhotas.” “Fui criada numa pequenina aldeia nos
arredores de Londres. Não é como a cidade e não é como o campo – é algo no meio.”
“Então já tinha idade para viajar e sai de casa. Fui para Londres, e claro,
para Chelsea. Aluguei um pequeno apartamento mesmo à saída da King’s Road,
perto de um pub chamado World’s End.”
As fotos de Lindsay Freeman na Penthouse de janeiro de 1976, fotografada por Eugene Finkei,
chocam, não por ser, mas por parecer. Ela parece muito mais nova,
adicionando-lhe uma camisola com o número
12, o entendimento apercebe uma
criança, nos anos 70. Nos dias de hoje, somando-lhe mais o rebentamento da
família, o pai anonimizado, a mãe aloucada, e a consequente alteração na
política de crimes, chocam ainda mais. Face ao progresso social, o Estado
responde com incúria, em vez de tentar terapias de substituição, e, por
exemplo, as rugas de velhice nos cantos da boca das senhoras da classe
dominante, trabalhadas por especialistas, seriam sifões da libido tresmalhada,
desviando-a para grupos etários mais velhos, em vez da cura, o Estado cria
bases de dados de acesso popular. O secretário de Estado da Justiça, António
Costa Moura: “Ainda, que os dados serão, poderão ser acedidos por quem exerça
responsabilidades parentais sobre menores até aos 16 anos de idade, no entanto,
tomam-se salvaguardas, este acesso é indireto, na medida em que os pais tem que
requerer à autoridade policial da área de residência, da sua residência, que
lhes facultem a informação e para o fazerem, os pais têm que invocar uma
situação concreta que justificá que justifica um fundado receio de que
determinada pessoa pode já constar deste registo.”
no aparelho de televisão
“Super Gran” (1985-87), série inglesa transmitida na RTP 1 aos
sábados pelas 18:15, estreia dia 18 de outubro de 1986, no novo ano, a 3 de
janeiro de 1987, a velhota salta para as 10:45 até 10 de janeiro. 1.º Episódio:
Granny Smith é uma avozinha amorosa que vai ao parque Chisleton ver o neto
jogar futebol na equipa da sua escola. Granny Smith ouve mal e como as suas
pernas já estão fracas, tropeça e cai numa bancada ao lado do terreno. Mal
sabia ela que naquele dia fatídico começara a contagem decrescente para o
grande acontecimento que iria mudar toda a sua vida… a velhinha fraca e trôpega
estava prestes a transformar-se na… Super Avozinha.” “L’île” (1987), real. François Leterrier, c/ Bruno Cremer
(capitão Mason), Jean-Louis Richard (capitão Burt), Karina Lombard (Ivoa), Martin Lamotte (Mac Leod), Serge Dupire (Adam
Purcell), minissérie francesa transmitida na RTP 1 pelas 23:00 aos sábados, de
2 de janeiro / 18 de fevereiro de 1989. “1.º Episódio: O sol brilha a perder de
vista sobre o Pacifico. A bordo do Blossom, que navega naquelas águas empurrado
por uma brisa que, sopra de sudeste, Adam Purcell põe o ouvido à escuta. Apesar
de os contornos de uma ilha se vislumbrarem no horizonte, não se ouve nem o
grito de um pássaro. Mas esta estranha acalmia não vai durar muito mais tempo…”
Sinopse: “no século XVIII, Oceânia. Mason, capitão a bordo do Blossom, mata o
seu superior, o capitão Burt, cuja crueldade indignava a tripulação. Os
amotinados fogem, em companhia de alguns taitianos, para a ilha deserta de
Pitcairn, onde tentam criar uma sociedade ideal. Mas a animosidade entre dois
homens, Mac Leod, que se impõe como autocrata, e Purcell, incapaz de conter as
ambições deste último, provoca uma guerra sem piedade entre as raças.” Na banda sonora da série, Karina Lombard canta “La femme océane”, c/ letra de Jean-Loup Dabadie. “Lime Street” (1985), título local “Os investigadores”, série
americana transmitida na RTP 1 aos sábados pelas 22:30, de 22 de novembro de
1986 / 3 de janeiro de 1987. 1.º Episódio: “o novo Robert Wagner. É vivo: até
aqui tem sido um ladrão com classe (‘It Takes a Thief’, 1968-1979), um vigarista esperto (‘Switch’, 1975-1978) e um simpático detetive (‘Hart to Hart’,1979-1984). Agora, Robert Wagner reúne tudo isto e
surge na personagem de James Greyson Culver, um investigador de seguros ao
serviço da delegação inglesa de uma companhia multinacional. Está bem
acompanhado: Culver representa a metade americana de uma equipa
anglo-americana. O seu parceiro inglês, Edward Wingate, fora seu companheiro de
quarto em Oxford. O papel de Wingate é desempenhado por John Standing,
apreciado ator que já antes trabalhava com Robert Wagner. É um profissional de
1.ª: a natureza do seu trabalho leva-o a investigar crimes internacionais e a
lidar com vigaristas famosos e perigosíssimos. Culver fala a mesma linguagem
que eles. Mas uma coisa é falar com eles, outra é conseguir continuar vivo.” “Culver
tem duas filhas, Elizabeth (13 anos) e Margaret Ann (8 anos) e cria
cavalos numa quinta na Virginia, com ajuda do seu pai. Wingate e Culver viajam
pelo mundo, visitando locais exóticos enquanto investigam fraude e atividades
criminosas.” Samantha Smith interpretava a filha, Elizabeth Culver [1]. “Três episódios e
o episódio-piloto tinham sido filmados quando Smith morreu a 25 de agosto de
1985, na queda de uma avioneta pertencente à Bar Harbor Airlines. A morte de
Smith ocorreu antes de algum dos episódios ter sido transmitido, sendo a
estreia a 21 de setembro. Embora a produção continuasse, o seu papel nunca foi
reatribuído. Em vez disso, foram feitas audições para um novo papel, outra
filha do personagem de Wagner, mas a ideia foi totalmente descartada.” “A série
teve problemas em encontrar uma grande audiência, principalmente devido à
concorrência dos êxitos da NBC, ‘The Golden Girls’ e ‘227’. O quinto episódio foi para o ar na ABC dia 26 de
outubro de 1985, após o qual foi cancelado a pedido dos produtores. Os
episódios gravados depois da morte de Smith fê-los perceber que ter continuado
com a produção não tinha sido uma decisão sensata.” “La valise en carton” (1988), título local “A
mala de cartão”, série
coproduzida pela RTP e Antenne 2, realizada por Michel Win, transmitida na RTP
1 aos domingos pelas 20:40, de 9 de outubro / 13 de novembro de 1988. “Uma
história baseada na vida da jovem Deolinda de Sousa, que um dia saiu da vila
alentejana de Beringel e em terras de França atingiu o estrelato com o nome de Linda de Suza, já tinha sido contada pela própria, em livro editado
em Portugal, há relativamente pouco tempo. (…). Maioritariamente rodada em
Portugal, tem argumento de J. Guissart inspirado na referida obra de Linda de
Suza e conta o percurso acidentado da jovem Deolinda, desde a infância cinzenta
em Beringel até aos êxitos alcançados no meio musical parisiense,
designadamente à consagração no Olympia. (…). A figura de Linda de Suza aparece protagonizada nesta série pela atriz Sorad Amidou, cabendo a Elisa Fine a interpretação da heroína
enquanto jovem e a Sophie Rodrigues enquanto criança. A conhecida atriz grega
Irene Papas desempenha o papel de mãe de Linda. (…). Entre o elenco artístico,
destacam-se os nomes dos portugueses Raúl Solnado, Fernanda Alves, Filipe
Ferrer, Cecília Guimarães, Adelaide João, Rita Blanco, Armando Cortez, Canto e
Castro, Lídia Franco e Sérgio Godinho, entre outros. Para além da polémica que
logo se gerou a partir da própria história contada em livro, outras questões
posteriormente relacionadas com esta série fazem com que a sua exibição entre
nós seja aguardada com uma certa expetativa. Citemos, por exemplo, a
circunstância da dobragem em português - problema que tem sido vivamente
debatido nos últimos tempos. Apoiado e combatido em partes não muito desiguais,
esta pode ser uma espécie de prova dos noves. Das reações dos telespetadores,
se inteligentemente interpretadas, pode resultar algo proveitoso para o futuro
do processo em Portugal.” [2]
____________________
[1] “Samantha Reed Smith (29 de junho de 1972 - 25 de agosto de 1985) foi uma
aluna de liceu, ativista da paz e criança-atriz americana de Manchester, Maine,
que se tornou famosa na época da Guerra Fria. Em 1982, Smith escreveu uma carta ao recém-nomeado secretário-geral do Partido
Comunista Soviético, Yuri Andropov, e recebeu uma resposta personalizada que
incluía um convite pessoal para visitar a União Soviética, que ela aceitou.
Smith atraiu muita atenção dos média em ambos os países como embaixadora da boa
vontade, e tornou-se conhecida como a embaixadora mais jovem da América,
participando em atividades em prol da paz no Japão. (…). Quando Yuri Andropov
sucedeu a Leonid Brezhnev, como líder da União Soviética em novembro de 1982,
os jornais e revistas ocidentais conservadores publicaram muitas fotografias
nas primeiras páginas e artigos sobre ele. A maioria das reportagens era
negativa e tendia para a perceção de uma nova ameaça à estabilidade do mundo
ocidental. Andropov tinha sido embaixador soviético na Hungria durante a
revolução húngara de 1956 e chefe do KGB entre 1967 e 1982; durante o seu
mandato, ele ficou conhecido no ocidente por esmagar a Primavera de Praga, e
pela supressão de dissidentes como Andrei Sakharov e Aleksandr Solzhenitsyn.
Ele começou o seu cargo de líder soviético reforçando os poderes do KGB e
suprimindo dissidentes. Andropov declarou: ‘A luta pelos direitos humanos era
parte de uma ampla conspiração imperialista para minar os alicerces do Estado
soviético’. Muita da tensão internacional girava à volta dos esforços
soviéticos e americanos para desenvolver armas capazes de serem lançadas a
partir de satélites em orbita. Ambos os governos tinham extensos programas de
pesquisa e desenvolvimento para desenvolver tal tecnologia. Reagan apresentara
a sua Star Wars a 23 de março. Todavia, ambas as nações estavam sob crescente
pressão para desmantelar o projeto. Na América, o presidente Ronald Reagan
estava sob pressão do lóbi de cientistas e especialistas em armas americanos,
enquanto na Rússia, o governo emitia um comunicado: ‘Evitar a militarização do
espaço é uma das tarefas mais urgentes que a humanidade enfrenta’.”
[2] “‘Cheguei a França em 1970 e até 1978 trabalhei como
doméstica, fiz os meus descontos e depois tornei-me artista, mas agora os
serviços dizem que só cheguei a França em 1979, dão-me um novo número no título
de residência e dizem que nessa altura eu tinha uma profissão liberal’, contou Linda de Suza, de 66 anos, à rádio RTL. A artista afirmou receber
apenas 400 euros de reforma. ‘Vendi milhões de livros e de discos, mas não
tenho nada, nem dinheiro para comprar comida para o meu cão’, diz, esclarecendo
que tem apenas a casa onde vive e um carro. Esta não é a primeira vez que Linda de Suza se queixa de ter perdido tudo. Em 2010, a cantora
acusou os antigos produtores de lhe terem roubado uma fortuna e de a terem
deixado na penúria. Nascida em Beja, Linda de Suza deixou Portugal ilegalmente
nos anos 70 para fugir à pobreza e tornou-se numa cantora de grande sucesso em
França.”
“‘Falsificaram
os meus documentos, atribuíram-me dois números de cartão de residente e de
segurança social em França, modificaram mesmo a data da minha chegada a França,
pondo 1979 quando eu cheguei em 1970, e, desse modo, desviaram o meu dinheiro
abrindo contas secretas que eu desconhecia, uma no banco Rothschild, em Paris,
e outras no Luxemburgo’, afirma Linda de Suza ao Expresso. ‘Eu na altura era
ingénua, era muito humilde, acreditava nas pessoas e não controlava nada da
contabilidade e do dinheiro que ganhava com os discos, os espetáculos, o livro,
os filmes’, acrescenta. Devido ao facto de os seus produtores da época
(Carrère) não terem, alegadamente, declarado praticamente nada do que Linda de
Suza ganhou, nem aos impostos nem à segurança social, a cantora não consegue
sequer receber uma pensão de reforma - ‘Eu fui aos impostos, fui a todo o lado,
fui à Caixa de Aposentação dos artistas e comprovei que 'eles' falsificaram
tudo!’, explica. (…). A emigrante e cantora portuguesa assegura ter recebido
ameaças de morte e pedido proteção à polícia francesa. ‘Hoje apenas saio com
guarda-costas e fui ameaçada de morte porque 'eles', os produtores, os
banqueiros e os funcionários envolvidos neste roubo, têm medo do escândalo’,
afirma.”
“Linda de Suza, que nasceu na miséria em 1948, numa aldeia
alentejana do distrito de Beja, emigrou aos 22 anos, clandestinamente, e com um
filho nos braços, para França, onde protagonizou uma
história de surpreendente êxito que correu o mundo. Depois de ter sido uma
humilde emigrante mulher-a-dias, tornou-se, na década de 1980, uma das artistas
que mais discos vendeu em França.”
na aparelhagem stereo
“As ev’rybody knows, / if it's sex
they're thinking of, / intellectuals are ineffectuals / when it comes to making
love // Nietzsche always said he wouldn’t, / Schopenhauer thought he shouldn’t,
/ and as for Immanuel Kant, / Ev’ry girl in town knew that Kant, / couldn’t”: “Listen to Your Heart”, do musical “Young Frankenstein” (2007) [1]. A trapalhice entre lençóis dos mais cerebrais proporciona
belos momentos nas revistas cor-de-rosa, ditas revistas de picuinhas, no tempo
de Eça.
Nessa ordem de ideias. “Bárbara
Guimarães e Manuel Maria Carrilho conheceram-se em 1999, quando a apresentadora
foi ao gabinete do então ministro da Cultura pedir um subsídio para um
programa na Antena 1. O contacto profissional rapidamente deu lugar ao amor, e,
dizem os amigos, a apresentadora ficou encantada com a forma como foi tratada
por Carrilho. Numa ocasião, enviou-lhe para casa um ramo de rosas e um vestido
elegante, acompanhado com um cartão em que a convidava para jantar. Noutro dia,
desafiou-a para um pequeno-almoço em Paris. (…). A relação parecia ser um conto
de fadas e já estava tudo a postos para o grande dia quando o casal soube pela
imprensa que o passado a impedia de subir ao altar. Em 1997, a estrela da SIC –
que na altura namorava com Pedro Miguel Ramos – tinha celebrado uma união com o
apresentador na República Dominicana, que julgava não ser válida em território
nacional. O divórcio acabou por ser consumado a troco do pagamento, por parte
de Carrilho, de 60 mil euros – valor que Pedro teria dado como entrada do
apartamento onde nunca chegou a viver com Bárbara”, em Correio da Manhã
20/01/2015.
Posfácio. “Seis
meses depois de se ter divorciado de Manuel Maria Carrilho, Bárbara Guimarães
voltou a encontrar o amor. A apresentadora da SIC vive um romance com Ernesto
Neves, mais conhecido como Kiki, empresário de 45 anos e filho de um antigo
piloto de automobilismo. O nome de Kiki Neves foi ouvido no meio social pela
primeira vez quando se apaixonou por Liliana Campos” [2], ibidem.
Entremeada. “Carrilho revelava uma
atração evidente pelo marketing, levando-me a pensar que o enlace com uma
estrela da TV pudesse ser uma operação de charme numa altura em que ele ainda
era ministro. Alguns factos alicerçavam as minhas suspeitas. ‘Negociei’ com
Carrilho a publicação das fotos do seu casamento na revista do Expresso – e a
preocupação excessiva que ele mostrou com o assunto (exigindo, por exemplo, que
as fotos fossem a preto e branco, porque isso lhes dava um toque
‘intelectual’, e querendo controlar o modo como eram publicadas, deslocando-se
propositadamente à redação com esse objetivo), podia levar a pensar que se
tratava de uma operação de marketing político. (…). Segundo o processo, o
ex-ministro agrediu várias vezes a mulher ‘a soco e pontapé’, indo a seguir
buscar a filha para lhe dizer, apontando para a mãe: ‘Olha, Carlota, queres
ficar com esta mãe maluca?’ Carrilho chegou mesmo a ameaçar matar a família
toda à facada [cerca de 30 cm] e depois suicidar-se. ‘Eu mato-me depois de te
matar a ti e aos nossos filhos’. E à violência física e ameaças de morte
somava-se a tortura psicológica, de uma maldade que faz doer. Um dia entrou na
casa de banho e começou a fotografar a mulher nua à saída da banheira,
dizendo-lhe: ‘Estás velha, já ninguém te quer!’ e quando esta o mandou ir ver sites pornográficos, ele respondeu:
‘Quem vai para os sites pornográficos
és tu. Já foste apanhada!’ e insistia que a mulher estava gasta e já não
entusiasmava ninguém. [Depois, esperou que a mulher saísse da casa de banho e
deu-lhe um pontapé no tornozelo, deixando-lhe uma ferida]. Uma vez que Bárbara
saiu de casa, após mais uma agressão, Carrilho perguntou-lhe no regresso se
tinha ido ‘fornicar’. Ora, bem, após algumas destas cenas escabrosas, Manuel
Maria Carrilho punha-se de joelhos, pedia-lhe desculpa e garantia-lhe que iriam
‘passar uma esponja’ sobre os maus momentos. É difícil descer mais baixo numa relação”,
José António Saraiva no jornal Sol n.º 440 [3].
Boca de cena. Manuel
Maria Carrilho: “És uma alcoólica, não vales nada,
estás acabada és um fiasco total, não tens cabecinha para nada.” Bárbara
Guimarães: “Vai-te embora. Sai da casa de banho. Se precisas, vai mas é ver sites pornográficos.”
Amor no ar da década de
80:
▌“Boom! There She Was” (1988), p/ Scritti Politti:
“The Tupamaros / An immutable truth (all right) / I got a razor blade / An' a beautiful
youth (and I like it) / A Moto Guzzi / An' a Gaultier Pants (all right) / I got
a reason girl / Was Immanuel Kant's (and I like it).” ♫
“A Day Late And A Dollar Short” (2011). “Em meados dos anos 70, Green Gartside (cantor,
compositor, nascido em Cardiff) estudava belas artes no Leeds College of Art
and Design. A tournée Anarchy dos Sex Pistols, que incluía os Damned, os Clash e os Heartbreakers de Johnny Thunders, iniciou-se no Leeds Polytechnic a
6 de dezembro de 1976, e inspirou Gartside a formar uma banda com o seu amigo
de infância, Nial Jinks, e os colegas Tom Morley e Matthew Kay em 1977. Em
1978, eles viviam em casas ocupadas na área de Camden Town, no norte de
Londres, rodeados por um politburo
anarquista de músicos, escritores, jornalistas e ativistas, a todos os quais
era permitida contribuição para o grupo, cujo nome era um tributo aos escritos
políticos do marxista italiano, Antonio Gramsi. (…). Miles Davis fez uma versão
da faixa ‘Perfect Way’, dos Scritti Politti. Davis também tocou na faixa ‘Oh Patti (Don’t Feel Sorry For
Loverboy)’, dos
Scritti Politti, do álbum ‘Provision’ (1988).” ▌ “Don't Tell Me” (1984) ♫ “The Day Before You Came”, versão de os ABBA (1984), p/ Blancmange. “Primeiro, eles tinham um nome estranho, que
Luscombe explica como uma biqueirada à zelosa sinceridade da juventude vestida
de sobretudo, que dominava a música na altura, e parecia que eles orientavam as
suas vidas pela imagética a preto e branco granulado de Anton Corbjin. O nome
Blancmange era alegre – tal como era a alcunha de Neil Arthur e Stephen Luscombe,
as Tias Virgens. Blancmange era um nome reconfortante, ainda que um pouco
bizarro. Ele invocava a imagem de um alimento que, não era nem geleia nem
musse, mas, na verdade, da família dos bolos, que originalmente era feito de
frango como um remédio para doença. Mas agora mais conhecido como um tipo de sobremesa branca ou cor-de-rosa, trémula, viscosa, feita de
leite e gelatina. Esta estranheza encaixava perfeitamente.” ▌ “Love on Your Side” (1983), p/ Thompson Twins.
“Primeiro, havia o nome maluco. (‘Nenhum deles se chama Thompson! E há três
deles! E não são realmente gémeos!’, dizia cada artigo escrito sobre os
Thompson Twins, sempre). E depois havia os penteados entufados, os chapéus pico
de pato gigantes, aqueles ofuscantemente claros fatos largos de cetim, montes
de perolas. ‘Expusemo-nos ao ridículo de certa forma, porque adotámos uma
personalidade de desenho animado para nós próprios’, Tom Bailey admite à
vontade. ‘Nós tentávamos usar isso subversivamente, não apenas que nós eramos
os novos Archie ou os novos Monkees ou qualquer coisa assim. Sentíamo-nos um
pouco mais underground do que isso.
Mas sabíamos que tínhamos de trabalhar ‘atrás das linhas do inimigo’ para
encaixar. Tínhamos de nos tornar reconhecíveis e caricaturais. Então, fizemos
isso.”
▌ “Sun Goes Down” (1984) ♫ “Lessons In Love” (1986), p/ Level 42.
“Mark King e os irmãos Gould, (Phil e Rowland, este último geralmente conhecido
pela sua alcunha, Boon), foram criados na ilha de Wight e tocaram juntos em
várias bandas na adolescência. Phil Gould foi estudar para a Guildhall School
of Music and Drama de Londres, onde conheceu o teclista Mike Lindup num curso
de percussão. Ambos descobriram que partilhavam heróis musicais: Miles Davis, John McLaughlin, Keith Jarrett e Jan Hammer. Em 1979, Phil Gould e Mark King viviam em Londres e
envolveram-se no projeto pop de Robin
Scott, M. Enquanto trabalhavam em M conheceram o teclista afro-francês Wally
Badarou, que tocou sintetizador no single
de M, número 1 nos EUA, ‘Pop Musik’. No final de 1979, Phil Gould apresentou Mark King e
Mike Lindup um ao outro, e todos começaram a tocar juntos em ensaios
despreocupados desenvolvendo o seu estilo próprio de fusão jazz funk. O guitarrista original da banda em processo foi Dominic
Miller (mais tarde encontrou a fama tocando com Sting), mas foi substituído por
Boon Gould no regresso deste do seu trabalho nos Estados Unidos.” ▌ “When Your Heart Is Weak” (1985), p/ Cock Robin. “Nomeada a partir de uma história do século XVII chamada
‘The Courtship
and Marriage of Cock Robin and Jenny Wren’, a banda formou-se em São Francisco e foi contratada
pela CBS Records. O álbum homónimo de estreia foi produzido por Steve Hillage.
Foi em grande parte ignorado no seu país natal, tal como a generalidade da sua
produção, mas foi sucesso de um dia para o outro na Europa, especialmente na
Bélgica, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Portugal e Holanda, onde os singles ‘When Your Heart Is Weak’, ‘The Promisse You Made’ e ‘Thought You Were On My Side’ tornaram-se grandes sucessos. (…) ‘When Your Heart
Is Weak’ foi o único single nas
tabelas dos EUA onde alcançou o n.º 35 no final do verão de 1985. Tornou-se
também um favorito da rádio na África do Sul no princípio de 1986. Em meados de
1987, a banda, encolhida do quarteto original para o duo Peter Kingsbery e Anna
LaCazio, lançou o segundo álbum, ‘After Here Through Midland’, produzido por
Don Gehman, que tinha anteriormente trabalhado com John Mellencamp, entre
outros. Tal como aconteceu com o disco
de estreia, o segundo álbum dos Cock Robin atraiu muita atenção na Europa onde
alcançou o Top 5 e registou sucessos com os singles
‘Just Around the Corner’ (um êxito no European Top 20, da Escandinávia a
Itália), ‘The Biggest Fool of All’ e ‘El Norte’.” ▌ “(I Just) Died In Your Arms” (1986), p/ Cutting Crew. “Ainda adolescente, Nick Van Eede (nascido Nicholas
Eede) gravou alguns singles a solo no
Reino Unido no final de 1970, e mais tarde integrava a banda The Drivers, que
encontraram o sucesso no Canadá, particularmente com o seu single de 1982, ‘Tears On Your Anorak’. Enquanto em tournée pelo Canadá, os Drivers tinham
uma banda de suporte chamada Fast Forward, que no lineup incluía o guitarrista Kevin MacMichael. Van Eede ficou
impressionado com a forma de tocar de MacMichael que pediu-lhe para formarem
uma banda nova. Os Drivers separaram-se em 1983, mas Van Eede e MacMichael
uniram forças em 1985 mudando-se para Londres. Inicialmente, os dois fizeram demos que levaram a um contrato de
gravação, antes de o baixista Colin Farley e o baterista Martin Beedle se lhes
juntarem em 1986.”
▌ “Just Another Day” (1992), p/ Jon Secada. “Secada emigrou com os pais para os Estados Unidos
aos 12 anos, depois se viver em Espanha. Enquanto frequentava a escola, os pais
geriam um café. Na adolescência, Secada descobriu o seu dom para a música. Na
culturalmente diversificada cidade de Miami, Secada foi exposto à salsa e ao
merengue. Secada também se interessou pelo rhythm
and blues e pela pop, tocando com
Barry Manilow, Marvin Gaye, Billy Joel, Elton John e Stevie Wonder. (…). No
final de 1980, Gloria Estefan contratou Secada como cantor de apoio. Ele também
começou a compor música para Estefan, incluindo algumas das suas baladas mais
conhecidas. Entre outras, Secada coescreveu e cantou os coros em ‘Coming Out of the Dark’, o hit
número 1 de Gloria do seu álbum de 1991, ‘Into the Light’. Durante a tournée
Into the Light World de Estefan, foi dada a Secada a oportunidade, que muda a
vida, de tomar o palco e atuar a solo. A canção foi ‘Always Something’, que figurará mais tarde no seu álbum de estreia.
Lançou a sua carreira como artista a solo.” ▌ “Wonderful Life” [3] (1987), p/ Black. “(Nascido
Colin Vearncombe, 26 de maio de 1962, em Liverpool) é um cantor / compositor
inglês, que gozava de sucesso mainstream
no final de 1980. William Ruhlmann da Allmusic descreveu Vearncombe como um
cantor /compositor de voz rouca, cujas sofisticadas canções jazz-pop e dramática interpretação vocal
coloca-o algures entre Bryan Ferry e Morrissey. O primeiro lançamento de Black
foi ‘Human Features na Rox Records em 1981. Este foi seguido por mais um
lançamento independente em 1982, ‘More than the Sun’, depois do qual assinou
pela WEA Records. Em 1982, Black tocou com os Thompson Twins na sua tournée Quick Step and Side Kick. O som ao vivo de sintetizador / percussão / guitarra
e o uso do gravador de fita deram-lhe projeção.” ▌ “You” (1991), p/ Ten Sharp. “Duo holandês fundado em 1984 mais conhecido pela
sua canção do início dos anos 90, ‘You’, um sucesso nalguns países europeus em
1991 e noutros (como no Reino Unido, onde alcançou o número 10) em 1992. Os
dois membros são Marcel Kapteijn (voz) e Niels Hermes (teclados).” “Durante o concurso de bandas ‘Die Grote Prijs von
Nederland’ foram lançadas as bases, com o grupo de rock melodioso, Streets, daquilo que brevemente se desenvolveria
nos Ten Sharp. Kapteijn e Hermes tocando co o baixista Ton Groen, o baterista
Wil Bouwes e o guitarrista Martin Boers não conseguiram ir além da fase de
qualificação. Mas não demoraria muito para que eles conseguissem assinar um
contrato com a CBS. O primeiro single
‘When The Snow Falls’ (1984) foi ‘derrubado para o top’, ao passo que o seu sucessor, ‘Japanese
Lovesong’ foi número
30 nas tabelas. Os dois singles
seguintes (‘Last Words’ e ‘Way Of The West’) fracassaram. Desapontados, o grupo desfez-se pouco
depois”, estas canções serão recuperadas pelos Ten Sharp.
▌ “The Power of Love” (1984), [4] p/ Jennifer Rush. Nascida Heidi Stern a 28 de setembro de 1960 em
Queens, “Rush passou a infância na cidade de Nova Iorque e em Schleswig-Holstein,
o estado no extremo norte da Alemanha. Foi em Flensburg, Alemanha, que ela
descobriu a sua paixão pela música. Gravou o primeiro álbum ‘Heidi Stern’ em
1979, mas não teve muita atenção. Tentando fundar a sua carreira como cantora,
em 1982, ela muda-se para Wiesbaden, Alemanha, com o pai Maurice Stern, um
cantor de ópera. Ao longo dos próximos anos ela obteve êxitos em toda a Europa,
com as canções ‘25 Lovers’ (1984), ‘Flames of Paradise’ (1987), dueto com Elton John, ‘Ring of Ice’ (1984), ‘Destiny’ (1985), ‘If You’re Ever Gonna Lose My Love’ (1986), ‘I Come Undone’ (1987) e ‘Madonna’s Eyes’ (1986). A mãe de Jennifer era pianista, e os seus
irmãos são músicos Bobby Stern (saxofonista) e Stephen Stern (cantor / guitarrista).
Em 2010, Jennifer revelou que adotou o seu nome artístico ‘Jennifer’, em
consequência da insistência da sua gravadora, CBS, que palpitava que Heidi não
soava o suficientemente ‘internacional’.” ▌ “Twist in My Sobriety” (1988) p/ Tanita Tikaram. “Nascida em 12 de agosto de 1969, é uma cantora /
compositora pop / folk britânica. Alcançou sucesso nos tops com os singles ‘Twist in My Sobriety’ e ‘Good
Tradition’ do seu
álbum de estreia de 1988, ‘Ancient Heart’. É conhecida pela sua voz poderosa e
rouca, e letras poéticas um tanto obscuras. Tikaram nasceu em Münster,
Alemanha, filha de um pai indo-fijiano, Pramod Tikaram, e uma mãe malaia,
Fatimah Rohani. A carreira militar do seu pai fez que ela passasse a infância
na Alemanha, antes de se mudar para Basingstoke, Hampshire, Inglaterra, quando
estava na adolescência. Ela é a irmã mais nova do ator Ramon Tikaram e
sobrinha-neta de sir Moti Tikaram,
que foi o primeiro presidente do Supremo Tribunal das Fiji independentes e o ombudsman (do sueco: representante do
povo) com mais tempo de serviço do mundo.” ▌ “One Night in Bangkok” (1985) p/ Murray Head. “Murray Seafield Saint-George Head (nascido a 5 de março
de 1946) é um ator e cantor inglês, mais reconhecido pelos seus sucessos
internacionais ‘Superstar’ (da ópera rock de 1970 ‘Jesus Superstar’) e ‘One
Night in Bangkok’ (o sucesso de 1985 do musical ‘Chess’, que liderou os tops em
vários países, e pelo seu álbum de 1975, ‘Say It Ain’t So’. (…). Murray Head
nasceu em Londres, filho de Seafield Laurence Stewart Murray Head (1919-2009),
um realizador de documentários e fundador da Variety Films, e Helen Shingler,
uma atriz. (Helen interpretou Mme Maigret ao lado de Rupert Davies na adaptação da BBC, dos anos 60, das novelas escritas por Georges
Simenon). O seu irmão mais novo é Anthony Head, o Giles de ‘Buffy the Vampire Slayer’.”
▌ “Souvenir” p/ OMD. “O grupo foi fundado em 1978 por Andy McCluskey e Paul Humphreys, que
permanecem, e são vistos como os membros-núcleo. Adicionando Malcolm Holmes e
Martin Cooper no final de 1980, este quarteto (com ocasionais flutuações na
composição) foi o lineup ao vivo até
1989, quando Humphreys, Cooper e Holmes abandonaram os OMD para fundar os The Listening Pool. McCluskey então conservou o nome OMD e continuou a
gravar e a fazer tournées como OMD com novos lineups até 1996. O nome foi tirado do título de uma ideia para uma
canção pensada por McCluskey quando ainda estava na escola. O nome foi
escolhido de forma a não serem confundidos com uma banda punk. Embora McCluskey essencialmente aposentasse o nome OMD em
1996, pouco depois Humphreys começou a tocar espetáculos ao vivo como OMD com
outros músicos de acordo com a necessidade, mas sem McCluskey. (…). Os
fundadores Andy McCluskey e Paul Humphreys conheceram-se na escola primária em
Meols, no início de 1960, e em meados de 1970, enquanto adolescentes,
envolveram-se em diferentes bandas locais, mas partilhava uma aversão pelo rock
de guitarras, com a atitude machista popular entre os seus amigos, na época. Em
meados de 1970, McCluskey tinha fundado os Equinox, como baixista e vocalista,
ao lado do colega de escola Malcolm Holmes na bateria, enquanto Humphreys era o
seu roadie. Durante esse período,
McCluskey e Humphreys descobriram o seu estilo eletrónico influenciado pelos
Kraftwerk.” Em 1997, McCluskey fundou as Atomic Kitten, em 2003 repetiu a receita com a girl band de Liverpool, The Genie Queen, as génias Abigail Clancy, Anna
Ord, e Lauren
Black. ▌ “Wishful Thinking” (1983), p/ China Crisis.
“É uma banda pop / rock inglesa. Formada em 1979 em Kirby, perto de Liverpool,
Merseyside, com um núcleo composto pelo vocalista / teclista Gary Daly e o
guitarrista Eddie Lundon. Os China Crisis foram, no princípio, assimilados no
lote de bandas new wave de Liverpool no final de 70
princípio de 80, lideradas pelos OMD, e que incluíam também os Echo and the
Bunnymen, The Teardrop Explodes, A Flock of Seagulls e Frankie Goes To
Hollywood. (…). Compartilhando um gosto por Stevie Wonder, Steely Dan, David
Bowie e Brian Eno, Daly e Lundon tocaram em vários grupos pós-punk de Knowsley. Daly passava o tempo
então mexendo em sintetizadores e numa caixa de ritmos. Junto com Lundon, Daly
começou a escrever canções. O duo finalmente pediu ao baterista e
percussionista Dave Reilly para se lhes juntar, e, e, 1982 lançaram o single de estreia ‘African and White’, como China Crisis na etiqueta independente Inevitable.” ▌ “Hey Little Girl” (1982), p/ Icehouse.
“É uma banda de rock australiana
formada em 1977 como Flowers em Sydney. Inicialmente conhecidos na Austrália pelo
seu estilo rock pub, mais tarde atingiram o sucesso mainstream tocando new wave e synthpop. (…). A base de ambas as formações, Flowers e Icehouse, tem sido Iva Davies (cantor, compositor,
produtor musical, guitarrista, baixista, teclista, oboísta), contratando
músicos adicionais conforme necessário. O nome Icehouse, que foi adotado em
1981, vem de um velho e frio apartamento onde Davies vivia e o estranho edifício
do outro lado da estrada povoado de pessoas itinerantes.”
__________________
[1] Os corações falaram das playmates mais pequenas. Karla Conway,
1,50 m, 45 kg, 88-56-91, olhos e cabelos castanhos. “Encantadora, petite e adorável
Karla Conway nasceu Karla Jo Musacchia a 5 de julho de 1946, em Pasadena,
Califórnia. Uma ávida surfista,
Karla foi criada em Malibu e formou-se na Canoga Park High School. Foi
descoberta pela revista Playboy na praia
de Malibu em 1965. Karla apareceu a dançar no vídeo promocional de ‘Sea Cruise’, versão dos Hondells.
Conway foi playmate do mês de abril 1966. Com 1,50 m tem a honra de ser
uma das mulheres mais baixas a posar para a Playboy. (…). Em 1978, Conway
instalou-se no Havai, e tornou-se uma artista de grande sucesso sob o
pseudónimo de Sachi.”
“Atualmente, Sachi vive no seu chalé de montanha em Holualoa, uma comunidade
artística nas enevoadas colinas tropicais com vista para a cidade de Kona, na
ilha Havai.”
Karla integrou o elenco do profético filme de ficção científica “Space
Thing”
(1968), real. Byron Mabe. “Uma beldade ruiva estilo Diane Lane está deitada na
cama ao lado do seu preguiçoso marido de meia-idade, Jim (Steve Vincent), que
está absorvido nas suas revistas de ficção científica. Ele adora-as, não se
cansa delas, gasta a maior parte do seu tempo a pensar em viagens no espaço e a
balbuciar sobre dimensões alternativas. Ela está farta e diz-lhe se ele não lhe
prestar atenção, ela vai atirar toda a treta da ficção científica no lixo. Ele
fode-a para a calar. Ela aprecia, mas mesmo enquanto eles mergulham no vai e
vem das ondas do amor, ele encontra-se distraído pelas suas coisas do espaço
exterior.”
A
outra meia-leca a posar para a Playboy: Sue
Williams,
1,50 m, 45 kg, 86-51-86, olhos azuis, cabelos loiros, nascida Karen Susan Hamilton,
em Glendale, Califórnia, no dia 14 de novembro de 1945. Em criança queria ser
agricultora, jogava basebol, foi a primeira playmate a colocar implantes mamários, nas suas noites caseiras
os seus gostos percorrem livros de Ian Fleming, jazz estereofónico (Thelonious Monk e Charles Mingus são os seus
favoritos) e filmes série B a altas horas.
“Sue Williams posou como playmate do mês de abril de 1965. A petite de 23 anos, que apareceu num
punhado de filmes de praia da American International Pictures, sob o seu nome
verdadeiro de Sue Hamilton – ‘How To Stuff a Wild Bikini’
(1965), ‘Dr. Goldfoot and
the Bikini Machine’ (1965), ‘The Ghost in the Invisible
Bikini’ (1966), etc. – suicidou-se com um tiro no peito em Los Angeles, no
dia 2 de setembro de 1969.”
[2] Liliana Campos, 1,70 m, 87-63-90, olhos castanhos, cabelos
castanhos-escuros, nascida a 27 de abril de 1971 em Sá da Bandeira, Angola.
Gosta de nadar nua, de musse de chocolate, U2, Frank Sinatra e Mary J. Blige.
“Gosto muito de ser dona de casa – arrumar a casa, aspirar, pôr as máquinas a
lavar, cozinhar…”
[3] “‘Em situações de perigo iminente, aconselhamos as
mulheres a sair de casa, ou então, a mudar fechaduras de forma a impedir a
entrada do agressor’, explicou ao Sol o técnico da APAV, Daniel Cotrim. (…).
Mas a juíza de instrução criminal que pronunciou a apresentadora – acusando-a
de violência psicológica sobre Carrilho – considerou que não existem indícios
de que a forma como Bárbara agiu fosse ‘o meio adequado e proporcional para os
fins que ela visava acautelar’. A juíza defende que a apresentadora, que fez
queixa na polícia no dia em que o marido regressou de Paris, atuou de ‘forma
fria e calculista’, trocando as fechaduras da casa, empacotando mais de 10 mil
livros de Carrilho [em 107 caixotes que enviou para uma quinta do marido em
Viseu] e enviando uma terceira pessoa ao aeroporto com as chaves do seu carro
para informá-lo que não podia voltar para casa. Alega também que Bárbara
contratou seguranças e impediu Carrilho de ter contactos com os filhos durante
três semanas, até por telefone – uma atitude de humilhação do antigo embaixador
da UNESCO, que ‘configura maus tratos psicológicos, emocionais e sociais’”, em
jornal Sol n.º 440. “Carrilho queixa-se de, no regresso de uma viagem a Paris,
em 18 de outubro de 2013, ter sido surpreendido no aeroporto de Lisboa por um
desconhecido que lhe entregou as chaves do carro. E de ter sido impedido de
entrar em casa, além de não ter conseguido falar por telefone durante três
semanas com os filhos. A juíza concluiu que ‘não se pode desvalorizar o que
terá sentido e o que sofreu com o facto de não ver os filhos, de estar impedido
de entrar em casa e ter acesso aos seus bens pessoais e de cariz profissional.’”
“Carrilho diz que, após a separação, entrou num grande sofrimento e num estado
de depressão, que o levou a uma abrupta perda de peso, atingindo os 56,5 kg”, em
jornal Sol n.º 439
“No dia 21
de maio de 2014, o professor universitário entrou em casa da ex-mulher e
ameaçou-a. Face à insistência de Bárbara para que Carrilho saísse de casa, o
ex-ministro da Cultura ‘agarrou-a atirando-a contra a parede’. Em ‘pânico e aos
gritos’, a apresentadora foi socorrida por Kiki Neves, que retirou Manuel Maria
Carrilho do ‘interior da residência’. ‘Se não fora a reação do namorado (…)
Bárbara teria sido brutalmente espancada’, pode ler-se no processo”, em Correio
da Manhã 23/01/2015.
[4] “O vídeo foi filmado a preto e branco em redor da
estância balnear inglesa de New Brighton, Wallasey perto da cidade natal de
Black, Liverpool, e exibe o farol de New Brighton e o passeio público. Foi
realizado por Gerard De Thame, marido da apresentadora de TV e jardineira
Rachel De Thame, e venceu um prémio no Film Festival de Nova Iorque em 1988.”
[5] O sexo muito se aperfeiçoou em 30 anos. Em 2015 confinou
a perfeição. “Retiros sexuais, o ‘sexo ecológico’ e a utilização de emoticons eróticos nas mensagens são
algumas das tendências sexuais para 2015. (…). O futuro passa ainda pelo
heart hunting sentimental
(recrutamento de parceiros estáveis) e por encontros não focados na penetração.
(…). Chamam-lhe eco sex. A tendência de tornar o sexo mais
ecológico rege-se por alguns princípios como tomar banho a dois para economizar
água e apagar as luzes ou usar velas. Mas há mais para quem quiser tornar a
vida sexual mais verde: vibradores a energia solar ou brinquedos eróticos sem
PVC. Em Berlim, na Alemanha, já há, inclusive, uma sex shop ecológica - Other
Nature - que, além de lubrificantes
ecológicos, vende, por exemplo, chicotes feitos de pneus de bicicletas, ao
invés do couro. (…). A ‘focalização sensorial’ deve ser uma tendência para o
ano 2015. Muitas vezes usada como indicação terapêutica para as disfunções
sexuais masculinas e femininas, é uma técnica que proíbe o coito e que se
concentra, essencialmente, na massagem corporal. (…). Outra das tendências para
este ano é a utilização de flirtmojis, uma reinvenção dos emoticons, bonecos que ganharam uma dimensão erótica com esta
invenção. Nesta nova coleção, estão representadas as várias partes do corpo,
preservativos, bonecas insufláveis, algemas e muito, muito mais. (…). Começa a
ganhar adeptos lá fora, nomeadamente nos Estados Unidos: alguém que usa as
técnicas dos headhunters (seleção de
executivos talentosos) para encontrar parceiros para relações estáveis. Por
3500 euros, há apresentação de candidatos e sessões com um coach para o cliente ao longo de seis meses, prazo que pode ser
alargado para doze. Para as mulheres que sintam que este é o ano para
recuperarem a sua sensualidade, a sugestão passa por um retiro sexual. No ano
passado, abriu no Reino Unido o Shh, um spa só para mulheres com esse propósito. ‘É uma
viagem física e emocional conduzida por uma equipa de profissionais do sexo
feminino, projetado para ajudá-la a conectar-se com a sua feminilidade, a
recuperar a sua sexualidade, curar feridas emocionais e ganhar confiança’,
lê-se no site. Terapia sexual,
acupunctura e massagens são algumas das propostas do programa que, a
estender-se por uma semana, custa cerca de sete mil euros”, em Diário de
Notícias n.º 53 231.