Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

terça-feira, fevereiro 27, 2018

Todos nós suspeitamos de alguns défices escondidos. Eu sei de alguns, não tenho a pretensão de saber todos

Do bom caldo verde rubro fumegante distribuem-se bons genes, boa herança, gestando bons matemáticos, bons de contas de cabeça, alhos nas equações. Dois primam na tabuada nacional. Um, Pedro Nunes, erudito Petrus Nonius, autor do “anel náutico” [1] ou do “instrumento de sombras” [2], popularizado nas úteis (e extintas) notas de 100 paus. Dois, Arménio Carlos, dito Armenius Carlus, radiador do carrossel mágico e da traquitana dos sóis, calculador de cálculos a golpes de rins: “Essa é um valor que o governo apresentou e que a CGTP lhe transmitiu que é uma base para iniciar um processo negocial rumo aos 600 euros em 2018. É isso que nós pensamos. Recordamos os portugueses que, se porventura, seguindo os valores da inflação e da produtividade verificados desde 1974, ano de implementação do salário mínimo nacional, até agora, em 2018 o valor do salário mínimo nacional devia ser de 1276 euros. O que nós estamos a reclamar são 600 euros. Completamente possível ser concretizado. Agora é preciso que o governo tenha vontade política pró o fazer e não fique refém das pressões das confederações patronais.” (05/12/2017).
Também no ano anterior, a aritmética desmascarava o absurdo ionesco do salário, dividia por cêntimos Arménio Carlos: “Alguém aceita que num quadro em que estas indústrias que por norm… estas, estes setores, que por norma têm um grande número de trabalhadores com o salário mínimo nacional, que estão em franco crescimento, atualizem os salários dos trabalhadores em 10 euros? Isto dá 30 cêntimos ou 33 cêntimos por dia. Passa pela cabeça de alguém? Cá está. Querem fazer um acordo a partir disto? A partir desta proposta? Isto é uma proposta miserável. Devia de envergonhar quem a faz.” (14/11/2016).
Não só de números se constrói Arménio Carlos: “A CGTP continua a pensar que todas as manifestações que faz, fá-las no espírito cívico e simultaneamente no respeito por aquilo que é a intervenção dos trabalhadores na sociedade, e também queremos dizer de uma forma muito clara, neste momento atitudes de violência apenas e só favorecem o governo e a política que neste momento está a desenvolver.” (28/09/2012).
Em janeiro de 2012, após render Carvalho da Silva, o envelhecido secretário-geral da CGTP, rogava por corpo são Arménio Carlos: “Que as forças não nos faltem, não é? para as muitas batalhas que vamos ter que travar. (…). O recente acordo de Concertação Social constitui uma monstruosidade económica e social. Este movimento sindical que somos jamais em tempo algum lançará a toalha ao chão e abandonará o confronto, a luta, pela defesa do direito dos trabalhadores.”
1984. Novembro. Segunda-feira, 19, “percorreram feiras de província e conquistaram os mercados pobres da cidade. Por 100 escudos a fita, criaram ídolos e colmataram as necessidades de vendedores de ocasião. Hoje, num assomo de ousadia entraram no mercado internacional. De Espanha às Américas, as made in não se sabe onde assentaram arraias. É esta a curta história de um negócio ilegal. O das cassetes piratas. «90 % das cassetes que se vendem em Portugal são piratas»: os números surpreendem, e a surpresa aumenta quando se sabe que o Estado, sempre tão atento a cobrar impostos e taxas, só em imposto de transação, deixou de arrecadar, em 1983, 250 mil contos. Também a indústria discográfica, já a braços com uma recessão do mercado, se ressente: «A indústria discográfica portuguesa foi afetada, em 1983, em mais de 1 milhão e duzentos mil contos», assegura Carlos Pinto, presidente do Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas (GPPFV). (…). Enquanto as cassetes legais existem na estreita margem que a pirataria consente, as ilegais representaram, em 1983, um volume de negócio de sete milhões de unidades. Em contrapartida, as empresas que pagam impostos e «lançam» artistas oscilam o seu volume de vendas, em igual período, a 1,5 milhão de unidades. Este é o corolário de uma situação que se arrasta desde há muito e que levou a Assembleia da República a preocupar-se com a questão. Desse labor surgiram mais tarde a lei 41/80 de 12 de agosto sobre a «proteção contra a reprodução ilícita de fonogramas», que prevê no artigo 7.º uma pena de prisão até um ano e multas de 5 a 50 contos para «todo aquele que, sem a devida autorização do produtor do fonograma, o reproduzir com vista à distribuição das cópias ao público» [3]. Mas, quatro anos após a sua aprovação, a lei não parece adequada à situação. Para Carlos Pinto, do GPPFV, as penalidades previstas e a legislação em vigor são fracas. «Os maiores piratas deste país já se sentaram nos bancos dos tribunais por mais de uma vez, e, até hoje, no total de 27 condenações, não houve um única pena de prisão». Uma fonte policial que investiga a questão partilha a mesma opinião. Mas, em relação ao processo de investigação existem divergências. Os produtores legais são adeptos de uma fiscalização que envolva os abastecimentos dos piratas em cassetes virgens, «é fácil, há três ou quatro empresas em Portugal que se dedicam a essa comercialização; bastaria saber quem, por exemplo comprou 40 mil unidades». Para as autoridades o processo não se apresenta tão simples: «Com que direito é que se pode chegar a uma empresa e perguntar para onde ela vendeu?», pergunta um investigador. Apesar destas dificuldades a PJ tem diversas investigações em curso, mas outros processos estão a ser organizados pela Guarda Fiscal, GNR e PSP. No entanto, raramente as investigações conseguem reconstruir a cadeia, e quem é apanhado são apenas os vendedores ambulantes, muitos deles a procurarem na venda o ordenado perdido por salários em atraso ou despedimento. Carlos Pinto sublinha ser necessário uma investigação séria que vá desde a fonte, o produtor honesto da cassete virgem, à tipografia que copia o invólucro. «Mas, como neste país não há obrigatoriedade de colocar o nome da tipografia é como procurar agulha no palheiro». (…). A falta de qualidade de um produto gravado em más condições não é óbice, dado o reduzido custo. Mesmo se o número de músicas da original é drasticamente reduzido, e os 60 minutos prometidos se convertem em pouco mais de meia hora, o pirata consegue vender. Para tal imita tudo. O invólucro, as cores menos garridas por não possuir o fotolito original, «P», tornado obrigatório pela legislação como forma de garantir a genuinidade das cópias, o símbolo da Sociedade Portuguesa de Autores e, por incrível que pareça, num desafio à legalidade, a seguinte frase em «apressado» português: «Reservados os direitos do Produtor Fonográfico e do Proprietário da obra. Gravada e Proibida a cópia, Execução Pública e Radiofusão deste Fonograma». (…). «Para a música portuguesa isto é um caos: se tudo continuar como está não vão aparece novos valores», afirma o presidente ada GPPFV. «As companhias discográficas não vão investir num jovem para depois os piratas nos passarem a perna. Estamos a fazer um artista para os outros, quando um LP custa na ordem dos 1000 contos, e a publicidade é cara, é impossível» [4]. (…). «Há artistas que ficam contentes com esta promoção, ainda que percam dinheiro. Pensam, sobretudo, recuperá-lo a nível da popularidade que conseguem alcançar e em espetáculos em determinadas áreas, onde a promoção pirata foi mais forte». A pirataria é, deste modo, para os intérpretes e para a música portuguesa uma faca de dois gumes. Rouba dinheiro e limita a iniciativa editorial e pode dar a popularidade desejada. Para o público a situação é idêntica: compra mais barato, mas fica com acesso a temas irreconhecíveis e uma imagem sonora completamente degradada. «Pensamos e vamos fazer uma tentativa para sensibilizar as Associações de Defesa do Consumidor para este problema», afirma Carlos Pinto. (…). «Se o processo de fabrico de um disco não fosse tão complicado, a indústria discográfica portuguesa já tinha acabado… não há hipóteses de trabalhar legalmente com 10 % do mercado». (…). No caso das videocassetes a situação é semelhante. «O mercado português é 100 % pirata. O mesmo se passa com os jogos de computadores. Como é que se pode vender um computador e oferecer 100 cassetes?». Os piratas preparam o futuro, alimentados por uma estranha mistura de import-export. A importação de videocassetes é, naturalmente, de contrabando. A exportação, já em prática no domínio das cassetes, passa sem problemas pelas fronteiras. Quer seja em Espanha, onde os êxitos locais são gravados em Portugal e vendidos a pesetas, às comunidades de imigrantes nos Estados Unidos e França, a rede vai-se expandindo.”  
Segunda-feira, 19, “o saneamento financeiro previsto para este ano para as empresas públicas ficou por terra e não foi assumido pelas empresas nem pelo governo. Por isso mesmo não houve ajustamento real da economia mas houve uma deterioração importante do sistema financeiro. A afirmação é de Vítor Constâncio, ex-ministro das Finanças e especialista do PS para as questões económico-financeiras. Foi proferida no encontro de quadros do Partido Socialista que decorreu sábado e domingo, em Lisboa, à porta fechada, com a presença do primeiro-ministro Mário Soares. Segundo Constâncio o setor público alargado, incluindo os fundos autónomos e as empresas públicas, deverá registar no final do ano um défice de 19 a 20 % do Produto Interno Bruto o que significa um aumento importante em relação ao défice do mesmo setor no ano passado (15,2 % do PIB). Este défice quer dizer que foi contrariado o que estava previsto desde o início do ano e invertida a tendência já sentida no ano passado, de uma certa melhoria do setor. Constâncio criticou a baixa de juros bancários em 1 % sem qualquer significado real, por não ter sido acompanhada de baixa da remuneração dos depósitos, o que - disse - significou para a banca uma perda de 18 milhões de contos este ano. Referiu, ainda, a distância entre os juros líquidos dos depósitos a prazo (23 %) e os juros dos empréstimos a curto prazo pagos à cabeça, que atingem os 36 %. Vítor Constâncio considerou que não existe planeamento pois - disse - o próprio Plano de Recuperação Financeira da Economia «ninguém sabe muito bem o que é», e que essa situação reflete-se na ausência de perspetiva para os agentes económicos. Afirmou que se verificou este ano uma situação de diminuição da credibilidade do Estado, criando-se uma imagem de descoordenação que cria expectativas negativas e levou a voltar-se a assistir a movimentos de fugas de capitais. «Todos nós suspeitamos de alguns défices escondidos. Eu sei de alguns, não tenho a pretensão de saber todos», afirmou Constâncio, que defendeu a «necessidade de se saber a verdade das contas públicas que tem sido escondida há vários anos». Os principais problemas que estamos a enfrentar foram «substancialmente criados ou agravados pelos governos que imediatamente precederam o atual», disse depois Vítor Constâncio, em declarações à ANOP, em que fez o balanço do encontro de quadros do Partido Socialista. Ele considerou que o PS «cometeu talvez o erro de não ter esclarecido o país em tempo oportuno da dimensão dos desequilíbrios financeiros» existentes no início do mandato deste governo. É necessário - conclui - «repor essa verdade e endossar as responsabilidades a quem as tem».”    
Terça-feira, 20, “banca está a sufocar. O crédito atualmente concedido ao investimento em Portugal é praticamente nulo, preferindo a banca comercial outras operações de menor risco. Esta situação resulta dos empréstimos ao investimento serem considerados de «alto risco» na atual conjuntura económico-financeira da maioria das empresas portuguesas, sendo o seu reembolso muito problemático em inúmeros casos. O sistema bancário prefere atuar no mercado interbancário e em operações de avales e garantias, onde a existência da mercadoria garante, na falta de liquidação do empréstimo, o montante concedido, garantiram fontes bancaras citadas pela ANOP. «Nestes casos, o risco é mínimo e as margens de lucro bastante grandes», acrescentaram as mesmas fontes, que referiram, ainda, estar a concessão de empréstimos à exportação a taxas de juro bonificadas a ressentir-se do facto do Estado não reembolsar os bancos do montante das bonificações. Num seminário realizado a semana passada sobre problemas da economia portuguesa, Herlander Estrela, do Crédito Predial Português, referiu que só em 1983 o Estado ficou a dever àquela instituição um milhão de contos em bonificações não pagas, o que representa 50 % do capital social do CPP. Na Caixa Geral de Depósitos, as bonificações acumuladas e não pagas pelo Estado elevavam-se, no final do ano passado, a cerca de 24 milhões de contos, devendo ultrapassar atualmente os 30 milhões. Aplicando a esta verba, a simples taxa de Redesconto do Banco de Portugal, a Caixa tem a haver mais de 10 milhões de contos só de juros. Dadas as dificuldades económico-financeiras que o Estado português atravessa não é crível o pagamento destas dívidas ao sistema bancário em dinheiro, pelo que se admite o lançamento de empréstimos obrigacionistas pelo Estado para solucionar parcialmente o problema. A rentabilidade da banca já atingida com os créditos malparados, que atingem milhões de contos, sofre assim também o impacto de outros tantos milhões de contos em juros bonificados que o Estado deve e não paga. A isto, juntam-se os limites ao crédito a conceder que lhe são impostos pelo Banco de Portugal, ao mesmo tempo que os depósitos a prazo, apesar de uma taxa de juro real negativa, sobem acentuadamente, absorvendo uma fatia crescente dos recursos bancários. Só a baixa de 1 % da taxa de juros ativos, decretada pelo governo, há alguns meses segundo informação dada por Vítor Constâncio, custou à banca 18 milhões de contos lançando-a numa situação vizinha do estoiro completo. Daí a dizer-se que a banca nacionalizada está falida vai um passo, passo esse que mais parece ter sido dado para alcançar com impacto a banca privada. Só que a banca privada, se se regesse pela mesma legislação, também não aguentaria pagar as taxas de depósitos a prazo se fosse obrigada aceitá-los, ilimitadamente, como acontece com a banca nacionalizada.”             
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[1] “Para permitir um maior rigor na medição da altura do Sol, Pedro Nunes imaginou um instrumento que ficou conhecido como anel náutico, anel astronómico ou anel graduado. A sua ideia vem descrita numa obra que fez publicar em 1573 em Coimbra, «De arte atque ratione navigandi libri duo», onde o matemático lhe chama apenas astrolábio, pois a sua forma é muito semelhante à de um astrolábio náutico a que se retire a cruzeta central. O instrumento compunha-se simplesmente de um anel dotado de uma argola de suspensão que permitia mantê-lo na vertical. Possuía um orifício muito pequeno a 45º desse ponto de suspensão. Era alinhado de forma a deixar a luz do Sol passar por esse orifício e projetar-se sobre o interior do anel, que estava graduado. A altura do Sol era medida nessa escala.”
[2] “Entre os instrumentos sugeridos por Pedro Nunes para a medida da altura do Sol, houve um que se tornou célebre pela aplicação que dele fez D. João de Castro (1500 - 1548), o grande intelectual viajante do século XVI. Trata-se de um instrumento simples, semelhante a um relógio solar, mas com uma inovação muito engenhosa que permitia fazer diretamente as medidas das alturas através das sombras projetadas pelo Sol. Com a tecnologia moderna, é fácil construir um instrumento que leia de forma imediata as alturas. Basta, por exemplo, construir uma base com uma estaca na vertical e estabelecer marcas na base que transformem o comprimento da sombra em alturas angulares. Mas isso implica que as marcas não estejam espaçadas uniformemente, pois o comprimento da sombra não é proporcional à altura angular - enquanto o Sol está perto da vertical, o comprimento da sombra pouco varia; à medida que se aproxima do horizonte, a sombra aumenta rapidamente.”
[3] Passos Coelho, o governante mais exímio português, nunca perdeu uma hipótese de aumentar os impostos. “Lei da cópia privada aprovada pelo governo. A velha lei da «cassete pirata» está de volta, agora em versão digital. O governo aprovou em Conselho de Ministros a atualização à lei da cópia privada, que passa a taxar todos os dispositivos que permitam gravar e armazenar ficheiros, onde se incluem PCs, telemóveis e tablets. A taxa sobre os computadores é a mais baixa (0,5 cêntimos por GB), ao passo que os MP3 deverão ser os mais penalizados: 25 cêntimos por gigabyte. A lei que aplica uma taxa sobre todos os equipamentos que possam gravar e armazenar ficheiros teve luz verde por parte do governo, que aprovou o diploma em Conselho de Ministros [2014]. Trata-se de uma atualização à lei já existente, originalmente de 1998 e destinada aos dispositivos analógicos. A última atualização data de 2004, altura em que passou a incluir CDs e DVDs. O governo defende a medida precisamente com o facto da lei anterior se encontrar obsoleta, o que se tem traduzido num prejuízo crescente para autores e artistas, na ordem dos 90% de acordo com o executivo. Com a alteração, computadores, discos rígidos, telemóveis e tablets, mas também pens e cartões de memória, ficam mais caros. (…). O argumento do governo de que esta lei é uma atualização da lei original de 1998, na altura carinhosamente apelidada de lei da «cassete pirata», é largamente falacioso porque a lei original tinha incidência sobre suportes e dispositivos que eram usados apenas para cópia de música e de filmes. Ora isso não ocorre com a atual lei, pois a maioria da memória disponível na maioria dos dispositivos não é seguramente utilizada por cópias privadas ilegais de peças autorais, mas por uma diversidade de dados que incluem o próprio sistema operativo do dispositivo, aplicações, dados, etc., e propriedade foi já tributada previamente.”
[4] Este é o tradicional choradinho português. Afinal, os operadores legais substituem o trabalho por jantaradas de gambas e, mesmo assim, acham-se no direito a lucros fartos. “Começou a trabalhar aos 12 anos, comeu côdeas de pão com um mendigo e aos 20 anos fez-se milionário com música pirata. Francisco Carvalho livrou o Chaves da falência, deu casa e comida aos jogadores, mas não realizou o sonho de levar o clube à primeira liga. Sentado à mesa do seu restaurante habitual, no bairro Sino Chaves, onde viveu antes de se mudar com Ágata para um palacete no centro da cidade, Francisco Carvalho faz sinal para nos sentarmos na sua mesa. Tinham passado dois dias desde que a equipa da Sábado chegara a Chaves mas o empresário, avesso a entrevistas, não se mostrara disponível. «Jornalistas? Não falo com jornalistas», mandou dizer através de um empregado, na sede da distribuidora Mundo da Música Flaviense. «A minha história é triste. Tive uma vida dura, lutei muito, não quero sequer lembrar-me do que passei», justifica assim que nos sentamos numa discreta sala do restaurante Bitoque, propriedade de um capitão do exército e da mulher, ambos amigos da família. À sua frente está a cantora Ágata e ao lado o seu empregado mais antigo, o mesmo que no dia anterior nos recebera na empresa. É um homem cordial mas não esboça qualquer sorriso ao ver-nos chegar: «Sirva-se e coma. É como a música do Zé Malhoa. Já que veio à igreja agora vai ter de rezar. Quer a carne mais bem passada?» A referência ao cantor de «Baile de verão» não vem por acaso. Francisco Carvalho foi responsável pelo lançamento de José Malhoa, há mais de vinte anos, quando a sua editora dava os primeiros passos no difícil mercado da música popular portuguesa. Foi com ele, Ágata e Tony Carreira entre outros, que o empresário começou a erguer um império depois de anos a vender cassetes piratas nas feiras, quando era simplesmente conhecido como o Chico das Cassetes.”
“Hoje é dono da maior editora do género, a Espacial, e mantém a distribuidora Mundo da Música Flaviense. Mas a sua grande paixão - e perdição - é o Grupo Desportivo de Chaves. (…). A claque tem pouco mais de 100 adeptos mas fazem-se ouvir. Não gritam por nenhum jogador ou treinador, o nome que se escuta da tribuna presidencial é o de Francisco Carvalho, que aproveita o intervalo para partilhar com Ágata um pires de amendoins e umas águas. A equipa até está a vencer, mas o empresário, que toma sempre um Xanax antes dos jogos, não evita os sinais de ansiedade. (…). A viagem repetia-se todos os meses. Com a carrinha atestada de cassetes, Francisco Carvalho arrancava de Chaves e fazia 1500 quilómetros até chegar à capital francesa. Para poupar dinheiro, não ficava em hotéis nem almoçava em restaurantes: levava bolinhos de bacalhau e sanduiches em tupperwares e dormia no carro. Visitava clientes porta-a-porta e só regressava quando o material estava todo vendido. «Na segunda-feira de manhã tinha de estar no banco em Chaves para fazer os depósitos, caso contrário os cheques eram devolvidos», conta. A ideia de negociar cassetes piratas surgira uns anos antes, quando vendia panos na feira com a mãe. «Havia um gajo que tinha uma carrinha de caixa aberta, vendia cafés e cassetes ao nosso lado. Passava a vida a vê-lo descarregar milhares de cassetes. Um dia fui saber quem era o fornecedor espanhol e comprei o negócio. Cada cassete custava 57 escudos [hoje 4,27 euros] mas eu consegui que ele me fizesse um abatimento de cinco escudos [37 cêntimos]». Foram assim os primórdios do Mundo da Música Flaviense, muito antes de a empresa ocupar o pavilhão instalado hoje na zona industrial de Chaves. No final dos anos 70, o negócio resumia-se a uma roulotte de feira com umas colunas e milhares de cassetes piratas em exposição. As viagens foram sendo mais regulares. «De 15 em 15 dias ia a França. Arrancava à sexta-feira à noite num furgão Mercedes e só parávamos em Paris, onde tínhamos alguns clientes. Depois seguíamos para o Luxemburgo, mais 400 quilómetros. Trazia 20 a 30 mil contos de cada viagem. O dinheiro saía-me do corpo, as viagens eram duras». Foi numa dessas incursões que Francisco Carvalho descobriu um objeto que viria a revolucionar o negócio: os expositores de cassetes que inundaram cafés, bombas de gasolina de estradas nacionais e áreas de serviço das autoestradas. «Cheguei a ter mais de dois mil. Todos os dias de manhã saiam cinco carrinhas aqui de Chaves para ir abastecer», recorda o homem que, já depois de comprar a editora Espacial, seria o primeiro editor de Tony Carreira. Diz que foi o seu artista mais lucrativo. «Conheci-o num restaurante em Paris, onde paravam os artistas portugueses. Ele já tinha uma ou duas cassetes editadas, sem sucesso, e acabei por lhe fazer uma proposta [da qual resultou a edição em português de «Alma e coração», de 1993, que chegou a Disco de Ouro]. Estivemos juntos 20 anos».”
“Passar de uma pequena distribuidora de cassetes para uma das principais editoras de Portugal foi apenas uma questão de dinheiro: farto de ver os amigos da Vidisco chegarem a Chaves para lhe vender cassetes e ficarem a dormir «em belos hotéis, comer em grandes restaurantes e ter garrafas nas discotecas», em 1987 decidiu alargar o negócio. «Teimei que ia abrir uma editora. Pedi 3 mil contos [hoje 46 mil euros] ao banco e fui para Lisboa. Era um negócio de prestígio, bem diferente de andar com um caixote às costas a encher expositores. Nessa altura vendíamos as cassetes a 450 escudos [7 euros] e ganhávamos cerca de 150 [2,33uros] em cada uma». Viajou para os EUA para se envolver com o negócio e descobriu uma empresa que fornecia discos em Portugal. «Trabalhavam em parceria com uma editora a 200 metros da minha. Disse-lhes que eu era melhor, que não era aldrabão e que tinha mil expositores em Portugal. Enquanto eles vendiam mil cassetes eu despachava dez mil. E provei-o», conta. Como? Da forma como sempre fez: «Paguei adiantado». Tinha 38 anos. «Os gajos gozavam comigo, ‘o que é que este tipo de Trás-os-Montes vem cá fazer?’ Mas enquanto almoçavam peixinho e grandes mariscadas até às quatro da tarde, eu bebia um galão, comia uma sandes e voltava para o trabalho. Corria todas as comunidades portuguesas. Acabei com os tubarões todos do negócio». (…). Francisco estava em Chaves quando a cantora foi à editora, em Lisboa, entregar uma maquete. «Está aqui uma miúda, canta muito bem, o gerente disse que não interessava. Queres ouvir?», perguntou-lhe um sócio. E ele, que nunca descartava uma oportunidade, fez questão de escutar o disco. Dias depois pediu para fazerem o contacto. «Liga à moça e pergunta se já jantou». Quando se sentou com Ágata pela primeira vez, foi direto ao assunto. «Aceita dois cheques?», conta. «Tens uma estrelinha», interrompe Ágata. Francisco defende-se e diz que nem sempre foi assim: ainda se lembra de Iran Costa o procurar para editar «O bicho». «O que era aquilo?! O bicho, o bicho?!» Tiro ao lado: o brasileiro acabaria por se transformar num megassucesso, com quase dois milhões de cópias vendidas. «O Pedro Abrunhosa também me procurou na altura do primeiro disco. E chutámos para canto».” na revista Sábado n.º 581 - 18 a 24 de junho de 2015.                        

na sala de cinema

Frances” (1982), real. Graeme Clifford, c/ Jessica Lange, Kim Stanley, Sam Shepard … estreado terça-feira, 11 de dezembro de 1984 nos cinemas Alfa sala 1 e Tivoli. O enredo mistura ficção e realidade na habitual salada hollywoodiana que refaz a História para os cérebros do cidadão comum e a bilheteira extraordinária. “Nascida em Seattle, Washington, Frances Elena Farmer desde cedo revela-se uma rebelde, ainda na secundária West Seattle, aos 17 anos, ganhou 100 000 dólares do prémio Scholastic Art & Writing por um ensaio chamado «God Dies». Foi, nas suas palavras, uma tentativa precoce de reconciliar o seu desejo de um Deus «superpai», com as suas observações de um mundo caótico e impio. Escreveu na autobiografia que o ensaio foi influenciado pelas suas leituras de Nietzsche: «Ele expressou as mesmas dúvidas, apenas disse-o em alemão, Gott ist tot. Deus está morto. Isto pude entender. Não era para assumir que não havia Deus, mas não consegui encontrar nenhuma evidência na minha vida de que Ele existisse ou que Ele alguma vez mostrasse qualquer interesse particular por mim. Eu não era ateia, mas era certamente agnóstica e, quando tinha 16 anos, estava bastante doutrinada nessa teoria». Em 1935, torna-se outra vez controversa ao vencer um concurso de subscrição do jornal comunista The Voice of Action. O primeiro prémio era uma viagem com todas as despesas pagas à União Soviética, que aceitou, para poder conhecer o inovador Teatro de Arte de Moscovo (Московский Художественный Академический Театр, МХАТ). Nesse mesmo ano formou-se na Universidade de Washington em jornalismo e teatro. Determinada em tornar-se atriz, Frances está igualmente decidida em não tocar a mesma rabeca que Hollywood: recusa alinhar nos malabarismos publicitários e insiste em aparecer no ecrã sem maquilhagem. Apesar de aconselhada a não fazê-lo, casa-se com o primeiro marido, Dick ‘Dwanye’ Steele, (personagem claramente decalcada de Leif Erickson, primeiro marido na vida real, e mudado o nome provavelmente para evitar um processo por difamação, visto Erickson ainda estar vivo na altura da realização do filme. Morreu em 1986), entretanto, encorna-o com o alegado comunista Harry York na noite de estreia, na sua cidade natal, do filme «Come and Get It» [real. Howard Hawks, William Wyler, c/ Edward Arnold, Joel McCrea, Frances Farmer … sob o título local «Pai contra filho» estreado quarta-feira, 12 de maio de 1937 no Odéon]. A sua insubordinação atrai a atenção [do encenador Harold Clurman e] do dramaturgo Clifford Odets, da Broadway, que a convence(m) que o seu futuro está no Group Theatre. Depois de trocar Hollywood por Nova Iorque e aparecer na peça de Odets, «Golden Boy», Frances descobre, para muita pena sua, que o Group Theatre explorava a sua fama para granjear mais consumidores de teatro. Frances tinha um caso com Odets, que era casado com a atriz Luise Rainer, e sentiu-se traída quando ele subitamente terminou a relação e a companhia trocou-a por uma atriz endinheirada, cuja família financiava a peça, para a temporada em Londres. Ela regressou a Hollywood e acordou com a Paramount ficar em Los Angeles três meses por ano para fazer filmes. O resto do tempo pretendia usá-lo no teatro.” Factos: “Jessica Lange e Sam Shepard apaixonaram-se enquanto trabalhavam no filme e, na sequência, tiveram dois filhos, Hanna e Walker.” “O filme encena uma lobotomia praticada em Frances. A operação nunca aconteceu e foi inicialmente ficcionada na biografia escrita por William Arnold, «Shadowland» (1978).” “O genérico final declara: «Em troca pelo uso de certas instalações e por acordo com o Departamento de Saúde Mental da Califórnia, os produtores concordaram com o seguinte aviso: Desde a década de 1940 houve grandes avanços nos cuidados e tratamento dos doentes mentais. As condições repreensíveis experimentadas por Frances Farmer não são representativas do tratamento da saúde mental hoje.” “O filme foi originalmente baseado em «Shadowland» de William Arnold, uma biografia ficcionada de Frances Farmer, adquiridos os direitos cinematográficos em 1979, mas, quando os produtores se libertaram do envolvimento de Arnold, os argumentistas criaram Harry York, uma personagem fictícia, porque tinham de provar que o filme era baseado em material original. Arnold processou, e perdeu, no final, muito depois de o filme ter sido estreado.”Harry York, uma personagem em grande parte fictícia interpretada por Shepard, era baseada num político radical chamado Stewart Jacobson, que alegava ter sido amante de Frances Farmer. As pessoas próximas de Frances afirmavam que ele nunca a conheceu.” [1]Un chien dans un jeu de quilles” (1983), real. Bernard Guillou, c/ Pierre Richard, Jean Carmet, Julien Guiomar … sob o título local “O que prometo… não faço” estreado quinta-feira, 23 de janeiro de 1986 no Castil. “Joseph Cohen, agricultor numa aldeia bretã, está furioso desde que soube que o proprietário das terras que explora, Alexandre, o castelão local, decidiu não renovar o contrato de arrendamento. Joseph não pretende deixar-se expulsar assim e pede ajuda ao seu meio-irmão, Pierre, psicólogo de profissão e parisiense de costumes. Pierre aproveita a ocasião para se afastar um pouco da sua asfixiante namorada, Françoise. Ele pensa resolver a disputa pela persuasão. A sua falta de jeito e incongruência prejudicam o sucesso do projeto, especialmente, porque o seu irmão e os filhos de Alexandre têm pelo menos uma coisa em comum: um forte gosto pela pancadaria, a saber, a tiro de caçadeira.” “Die wilden Fünfziger” (1983), real. Peter Zadek, c/ Juraj Kukura, Boy Gobert, Peter Kern … sob o título local “Os loucos anos 50” estreado quinta-feira, 13 de agosto de 1987 no Estúdio 444. “Trata-se de uma adaptação do romance «Hurra wir leben noch» de Johannes Mario Simmel. A Segunda Guerra Mundial acabou. Jakob Formann, ex-prisioneiro de guerra, regressa a casa. Em Linz, encontra trabalho como intérprete do exército americano. Adquiriu 40 000 ovos junto dos americanos e monta uma criação de galinhas. A quinta que comprou pertenceu a Heinrich Himmler. Começa o milagre económico de Jakob Formann. Torna-se homem de negócios da nova República Federal. Compra empresas de construção e editoras. Formann leva vida de luxo. Mas o primeiro choque petrolífero de 1973 põe fim à ascensão do pequeno burguês. Formann vende a sua empresa a um consórcio de bancos. Mas ele não está infeliz. Reforma-se na companhia da sua namorada, Júlia.” “Et la tendresse?... Bordel!” (1979), real. Patrick Schulmann, c/ Jean-Luc Bideau, Evelyne Dress, Marie-Catherine Conti, Bernard Giraudeau … sob o título local “E a ternura? … uma ova” estreado sexta, 22 de fevereiro de 1980 no Estúdio 444. “As histórias de três casais que se tocam ou se cruzam… O casal falocrático: François dirige o Éros Club. Para ele, a ternura é uma fraqueza. Carole, a sua amante, lucra com este tipo de homem, mas paga a dependência. Um dia, numa piscina, François será castrado por uma doente mental. O casal romântico: Léo, futuro notário e Julie, empregada numa relojoaria, amam-se antes de se conhecerem. São míopes e a vida parece-lhes fosca. Confundem ternura e galanteria, delicadeza e hipocrisia. Mas as suas ilusões não poderão resistir muito tempo à impiedosa vida quotidiana. O casal terno: Luc e Eva compreenderam que a ternura é a força. A sua cumplicidade, os seus jogos, o seu amor, permitem-lhes resistir a tudo e de estabelecer relações privilegiadas com os «loucos», que Eva cuida na clinica ou as pessoas que Luc encontra durante uma sondagem que realiza enquanto espera encontrar trabalho. Eles estão bastante seguros para trazer uma criança ao mundo e, para melhor educá-la, cada um trabalhará à vez.” “Zig Zag Story / Et la tendresse?… Bordel! 2” (1983), real. Patrick Schulmann, c/ Diane Bellego, Christian François, Fabrice Luchini … sob o título local “Zig Zag Story” estreado sexta-feira, 15 de janeiro de 1988 no Alfa Club e no Mundial sala 2. “O algeroz do telhado de um edifício (em construção) está vazando. Uma gota de água provoca uma reação em cadeia. Esta acaba com o colapso dos andaimes, que desencadeia um engarrafamento gigantesco. A câmara ergue-se sobre a vaga de carros imobilizados: motoristas curiosos ou irritados, uma ambulância (da qual vem a frase: «Se dentro de vinte minutos ele não estiver sobre a mesa de bilhar, não me responsabilizo»). Um jovem, Gil, entabula diálogo com uma jovem, Cat, presa, como ele, no congestionamento. Gil, pintor daltónico que vive de trabalhos de ilustração, habita com Bob, fotógrafo cuja vida e trabalho giram em torno das mulheres e do sexo, numa fábrica desativada, onde instalaram apartamentos e ateliers. Gil e Cat voltam a encontrar-se e tornam-se amantes. Gil, rapidamente, apaixona-se por Cat. Mas a jovem coloca acima de tudo a sua vida profissional: radialista, ela vai, em breve, ter o seu próprio programa. Quanto a Bob, continua as suas experiências erótico-fotográficas. No decorrer de um acidente, na fábrica, Cat fratura as duas mãos. Gil instala-se na casa dela para a ajudar. Ela retoma o seu programa, mas o patrão dela, com ciúmes de Gil, muda o horário.” “Oh, God!” (1977), real. Carl Reiner, c/ George Burns, John Denver, Teri Garr … sob o título local “Alguém lá em cima gosta de mim” estreado quarta-feira, 15 de outubro de 1980 no Terminal. “O subgerente de um supermercado Food World, de Los Angeles, tem um problema bicudo, algo um pouco mais grave do que ser apanhado a espremer o Charmin. O subgerente (John Denver) recebeu um bilhete misterioso que diz: Deus concede-lhe uma entrevista amanhã às 11h00, na sala 2700, North Hope St. 1600. Los Angeles, CA. Para encurtar uma adorável história, logo vemos John Denver sentado num quarto todo branco, ao lado de um pequeno altifalante branco pousado sobre uma mesinha branca. «Não fume», diz uma voz masculina etérea que alega ser a voz de Deus. «O tabaco é um dos meus grandes erros». O quê? Denver não consegue acreditar nos seus ouvidos. Uma voz que afirma ser de Deus acaba de dizer que Deus é falível. As contradições revelam-se alucinantes e irresistíveis. Denver decide entrar no jogo perguntando se Deus cometeu outros erros. «Avestruzes, foram um erro, coisas tão patetas. E abacates, fiz o caroço demasiado grande». John Denver está em choque e a entrevista de «Oh, God!», uma nova e maravilhosa comédia, é hilariante. De rir a bandeiras despregadas. Em breve, Deus materializa-se sob a forma de George Burns vestindo roupas de lazer variadas. Ele diz a John Denver que quer que ele espalhe a palavra que Deus existe, que Ele está chateado que as coisas não estejam funcionando bem na Terra, e que a humanidade tem o poder de fazer do mundo um lugar maravilhoso. «Depende de vocês», diz Burns. «Dei-vos tudo o que precisam». Burns, como Deus, aparece muitas vezes no filme, de cada vez para ajudar Denver a espalhar a palavra à sua cética esposa, aos céticos meios de comunicação e ao cético clero. Esperem até ver como os telejornais tratam a notícia.” Facto: “o primeiro de três filmes «Oh, God!» protagonizados por George Burns, sendo os outros «Oh, God! Book II» (1980) e «Oh, God! You Devil» (1984).”Meng nan da zei yan zhi hu / 猛龍胭脂虎” (1978), real. Kuen Yeung (como Chuan Yang), c/ Bruce Li (何宗道), Dana ( como 丹娜), John Cheung (張午郎) … sob o título local “Kung-Fu em explosão” estreado sexta-feira, 22 de outubro de 1982 no Olimpia no Porto e, porque em Lisboa também apetece cultura estupenda, voltado a estrear sexta-feira, 5 de agosto de 1983 no Pathé. “Ó sim, pancadaria kung fu e nudez frontal total gratuita, com uma fórmula como esta, não pode dar errado. Porém, o mercado livre americano reage mal a mulheres nuas, prefere homens, e a cena do banho de Dana, após ter encontrado uma escuta da bófia no quarto do hotel, está cortada; o filme apenas mantém umas breves braçadas dela na piscina, em que a água lhe disfarça os eloquentes atributos. (…). O enredo básico é que, Dragon (Bruce Li) é um polícia que faz equipa com o inspetor Moustache (Lei Chang), para apanharem alguns falsificadores. Os falsários, Han Tin Lung (Ying-Chieh Hane) e o seu filho Steven (John Cheung) têm sede em Hong Kong com filiais em Londres e Tóquio. Donna (Dana), sobrinha de Han, vem de Londres com o papel para fazer as notas falsas. «A última vez que te vi, eras uma miúda, mas agora és uma jovem bonita. Mais do que bonita». «Tio, não diga isso, o pai está sempre a dizer-me que sou tão feia». Kamura (Bolo Yeung), sócio do pai de Donna, vem do Japão. Kamura não gosta das condições de Han. «Não tenho dúvidas de que serão boas, e devem vender bem nesta área, mas no Japão será duro, a distribuição é difícil, assim só posso pagar por uma amostra à experiência dez por cento do valor». Steven: «Cem cada?» Kamura: «Sim, e não garanto mais encomendas». Han: «Nesse caso não temos negócio». E, Kamura rouba as chapas. Han e Steven caçam-no e dão-lhe uma coça de caixão à cova, literalmente, e recuperam as placas. Depois de andarem a bisbilhotar, Moustache e Dragon são apanhados e quase gaseados até à morte na cozinha da mansão de Han. Num surpreendente volte face no enredo, Donna salva-os. Acontece que Donna não é Donna, mas a Agente 7 da Interpol de Tóquio assumindo a identidade da Donna, que está hospitalizada, depois de um acidente de carro com o pai. Os três juntam-se para partir umas cabeças. E, depois, a porrada de criar bicho final – (Han pontapeia a Agente 7 na vagina, que a deixa ao tio ao tio, gemebunda. Moustache intervém, derrotando-o e segurando-o para que ela lhe retribua da mesma moeda com um biqueiro certeiro nos testículos) – fá-lo-á sair do cinema a querer gritar iá! !” [2]
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[1] O fim e além cova. “Após assinar pela Paramount Pictures, Frances apareceu em «Exclusive» (1937), «World Premiere» (1941) e no filme noir «Among the Living» (1941) [real. Stuart Heisler, c/ Albert Dekker, Susan Hayward, Frances Farmer … sob o título local “Ódio que vive” estreado segunda-feira, 4 de janeiro de 1943 no Olímpia]. Em 1942, notícias do comportamento errático de Frances começam a aparecer e, depois de várias detenções e internamentos em instituições psiquiátricas, foi-lhe diagnosticado esquizofrenia paranoide (*). A pedido da família, foi transferida de Los Angeles para uma instituição na sua cidade natal, Seattle, onde foi paciente até 1950. Frances tentou um retorno à representação, sobretudo aparecendo como apresentadora em Indianápolis na sua série de televisão, na WFBM-TV, «Frances Farmer Presents», de segunda a sexta, entre 1958-64. O seu último papel foi no filme «The Party Crashers» de 1958. Frances morreu de cancro no isófago em 1970, aos 56 anos.” – As suas mágoas induzirão lirismo nos jovens sugestionáveis. “Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle” (1993), p/ Nirvana. “Escrita por Kurt Cobain, intitulada a partir de Frances Farmer, aparece no álbum «In Utero» de 1993. O interesse de Cobain por Frances desenvolveu-se após ele ter lido a biografia «Shadowland», no liceu, e mais tarde solidarizou-se com a perseguição que ela enfrentou, comparando-a à sua própria luta e de Courtney Love, respeitante à filha deles, que aconteceu quando estavam agarrados à heroína, a subsequente intervenção dos serviços sociais depois de um artigo pouco lisonjeiro da Vanity Fair e o resultante tratamento pelos média. Courtney Love usou um vestido vintage, que pertenceu a Frances Farmer, quando se casou com Kurt Cobain no Havai a 24 de fevereiro de 1992. É habitual pensar-se que a filha deles, Frances Bean Cobain, recebeu o nome de Frances Farmer, mas, supostamente, o nome veio de Frances McKee da banda punk escocesa The Vaselines.”
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(*) “As máquinas-órgãos, o corpo sem órgãos opõe a sua superfície deslizante, opaca e tensa. Aos fluxos ligados, unidos e re-cortados, opõe o seu fluido amorfo indiferenciado. Às palavras fonéticas, opõe sopros e gritos que são outros tantos blocos inarticulados. Pensamos que é este o sentido do recalcamento dito originário: não um «contra-investimento», mas esta repulsão das máquinas desejantes pelo corpo sem órgãos. E é mesmo isto o que a máquina paranoica significa, a ação violenta das máquinas desejantes sobre o corpo sem órgãos e a reação repulsiva do corpo sem órgãos que as sente globalmente como um aparelho de perseguição. Assim, não podemos seguir Tausk quando ele vê na máquina paranoica uma simples projeção do «próprio corpo» e dos órgãos genitais. A génese da máquina dá-se precisamente aqui, na oposição do processo de produção das máquinas desejantes com o estado improdutivo do corpo sem órgãos, como o testemunham o caráter anónimo da máquina e a indiferenciação da sua superfície. A projeção só intervém secundariamente, assim como o contra-investimento na medida em que o corpo sem órgãos investe um contra-interior ou um contra-exterior, sob a forma de um órgão perseguidor ou de um agente exterior de perseguição. Mas a máquina paranoica é, em si, uma transformação das máquinas desejantes: resulta da relação das máquinas desejantes com o corpo sem órgãos, na medida em que já não as pode suportar.” em “O Anti-Édipo”, Gilles Deleuze / Félix Guattari.
[2] Os filmes de karaté aninhar-se-ão nos corações chocando, no futuro, a rigidez institucional do festival de Cannes. “Kung Fury” real. David Sandberg, c/ David Sandberg, Joanna Häggblom, Leopold Nilsson, Eleni Young … “Enquanto a atenção da maioria dos jornalistas de Cannes estava fixada na injeção de adrenalina de «Mad Max: Fury Road» de George Miller, ou tentado entender as cenas de luta de «The Assassin» de Hou Hsiao-Hsien (onde os rivais volteiam um pouco, fazem vénia de respeito e caminham em direção da floresta), um grupo restrito ficava de boca aberta com «Kung Fury», um tributo a todas as coisas dos anos 80 – de Chuck Norris aos filmes da Cannon, as máquinas de videojogos, Miami Vice, Conan, Knight Rider, Regresso ao futuro, os gráficos de «Street Fighter», à sua banda sonora de synth pop. Depois de estrear na sexta-feira [22/05/2015] na Quinzena dos Realizadores em Cannes a curta-metragem chega ao YouTube esta quinta e o mundo nunca mais será o mesmo.” – Além de Hoff 9000, a voz do computador do carro, a banda sonora é abrilhantada por David Hasselhoff.  
“O trailer de «Kung Fury» de David Sandberg angariou 630 000 dólares no Kickstarter, e agora ele está a competir em Cannes e a desenvolver uma longa-metragem. Aqui, ele fala de como foi esperto no uso das plataformas sociais, a sua avó e Hasselhoff ajudaram-no a realizar o seu sonho. Há dois anos, David Sandberg teve de vender o sofá e o televisor para pagar comida e renda. Agora, prepara-se para ir para Cannes, onde a 22 de maio [2015] a sua curta-metragem, de 30 minutos, «Kung Fury», será exibida na secção Quinzena dos Realizadores. Uma semana depois, em 28 de maio, o filme estreará em plataformas como YouTube e Reddit. Entretanto, uma versão em longa-metragem de «Kung Fury» está em preparação com os produtores de Hollywood, David Katzenberg e Seth Grahame-Smith, para não falar numa linha de roupa Kung Fury, uma banda desenhada e merchandise. Ah, e David Hasselhoff fez um videoclip que foi visto mais de 32 milhões de vezes. Sandberg, que tem 29 anos e vive em Estocolmo, admite que é tudo «muito surreal».”

no aparelho de televisão

Adventurer” (1987), c/ Oliver Tobias, Peter Hambleton, Marshall Napier … série coproduzida pela TVNZ e a Thames Television, sob o título local “O aventureiro”, transmitida na RTP 1, pelas 17h20, aos sábados, de 29 de agosto / 3 de outubro de 1987. 1.º episódio: o último e (invulgar) condenado levava a cela do navio IIMS Success, Jack Vincent, um oficial naval demitido por ter desobedecido às ordens recebidas. Na cela, encontravam-se já Pat Cassidy e dois jovens detidos. Vincent descobre que o navio é comandado por um parente, Harry Anderson, com o qual tem uma relação de ódio por razões familiares e profissionais. Anderson resolve destruir psiquicamente Vincent, mas este consegue organizar um motim com os outros detidos e conquistam o navio. 2.º episódio: Jack Vincent, o chefe dos amotinados do IIMS Success, é capturado com alguns outros membros por uma tribo selvagem. Maru, o filho do chefe da tribo, considera os homens brancos como seus escravos. Entretanto, Anderson, o comandante do navio, consegue sobreviver com alguns homens e chega a uma pequena ilha. A caça a Vincent pode continuar. 3.º episódio: Vincent, o chefe dos revoltosos, após escapar aos selvagens, descobre que existem pérolas valiosas escondidas numa ilha que é, afinal, a ilha onde Anderson e os restantes membros da tripulação estão acampados. Vai ser necessário usar a força e hábeis planos de ação. 4.º episódio: embora levemente ferido por um tiro disparado por Anderson, Vincent consegue escapar com as pérolas no Sea Wolf. No mar, são recuperados dois exaustos navegantes de um pequeno barco. Um deles é morto ao tentar matar Vincent, mas com ele vinha Sovay, por quem Vincent fica fascinado. E ela, por seu lado, fica fascinada com as pérolas [1]. 5.º episódio: Vincent, o chefe dos revoltosos, decide parar numa ilha para se abastecer de água fresca, e perde o comando do Sea Wolf a favor do misterioso e sinistro Ben Frobisher, profeta de uma estranha religião baseada numa droga. Sob o efeito da droga, Vincent trai os companheiros, deixa-os numa ilha e segue com Frobisher para o ajudar a difundir a sua religião pelo mundo. Será ele capaz de perceber que se está a deixar levar para os maiores perigos que alguma vez teve de enfrentar? 6.º episódio: Vincent consegue libertar-se da seita de Ben Frobisher e, com o apoio de Maru decide libertar os seus companheiros. Mas o pai de Maru foi assassinado por um rival, e a vingança do aliado de Vincent transforma-se para ele numa obsessão de Anderson no que se refere à captura de Vincent. E para Anderson, Haukino é uma ajuda preciosa. “American Caesar” (1983), série documental, sob o título local “Um César americano”, transmitida na RTP 1, pelas 22h25, às terças-feiras, de 1 de julho / 2 de setembro de 1986. 1.º episódio: «o seu pai conquistou as Filipinas aos espanhóis. O jovem sempre viveu ali. Era a sua terra. Quando o Japão ocupou as ilhas, fazer a guerra era uma questão de honra pessoal» («American Caesar»). Este é um excerto da biografia de Douglas MacArthur, um dos maiores soldados norte-americanos e uma peça fundamental no xadrez da história contemporânea. Baseado nesta obra escrita por William Manchester Host, a Thames Television produziu uma série de 10 episódios que, recorrendo a filmes, documentos e fotos da época nos retrata este herói da II Guerra Mundial de uma forma viva e objetiva. Aqui iremos tomar contacto com a sua infância e adolescência, em que viveu totalmente dominado e aterrorizado pela mãe, a sua educação em West Point, o seu amor às Filipinas, a sua irreverência e rebeldia às suas imensas contradições, magnificamente condensadas numa das suas célebres frases: «It’s the rules you break that make you famous» (é o infringir das regras que te torna famoso). A série, cujo primeiro episódio será exibido esta noite pela RTP/1, inicia-se com a tomada das Filipinas pelos japoneses, recusando-se MacArthur a abandonar as ilhas após as ordens recebidas de Washington. 2.º episódio: retirado na Austrália, quase sem atividade militar, MacArthur continua a pensar obstinadamente no regresso às Filipinas. Fortemente influenciado pelo pai, militar brilhante, e pela mãe, que sempre o superprotegeu, MacArthur cedo se distinguiu, mostrando as suas capacidades e a sua bravura nos campos de batalha de França durante a I Grande Guerra Mundial. Aos 50 anos, já com o posto de general de 4 estelas, ainda escondia a amante filipina, com medo que a mãe descobrisse [2]. Só nessa altura se casou, com uma jovem riquíssima, de quem teve um filho. Mas o seu único e verdadeiro objetivo continuava a ser o regresso às Filipinas. 3.º episódio: com a Austrália em perigo de ser invadida pelos japoneses, MacArthur torna-se o sustentáculo da resistência, apesar de Washington lhe não enviar as tropas solicitadas. 4.º episódio: a partir da Nova Guiné, o general Douglas MacArthur começou, metodicamente, a reconquistar ilhas no Pacífico. 5.º episódio: a promessa do general MacArthur de reconquistar as Filipinas torturara-o ao longo da guerra. O seu confronto com os japoneses em Leyte foi o maior combate naval da história. O génio tático de MacArthur permitiu-lhe derrotar um inimigo numericamente muito superior. Mas, as terríveis atrocidades cometidas pelos japoneses em Manila, perturbaram o triunfo de MacArthur. 6.º episódio: a guerra do Pacífico acaba devido à decisão do presidente Truman de usar a bomba atómica. MacArthur torna-se senhor do Japão, que se rendera. De imediato voa para o país derrotado, desarmado, criando assim uma aura de cavalheirismo e grandeza. E começa como os antigos shōguns, a governar o Japão em nome do imperador. 8.º episódio: em julho de 1950, a Coreia do Norte invade o sul e MacArthur é nomeado comandante das forças das Nações Unidas. Visita o campo de batalha, quando a Coreia do Sul está praticamente ocupada e concebe uma controversa ação de flanco, um desembarque no porto de Inchon: 9.º episódio: a entrada da China na guerra da Coreia obriga MacArthur a fazer prudentemente uma retirada estratégia, mas é acusado de ter falhado. Truman defende ou um armistício ou então o uso de armas nucleares. 10.º episódio: quando MacArthur regressa aos EUA após 14 anos de ausência, encontra os americanos decididos quanto à sua demissão mas unanimes em aplaudir os seus feitos heroicos. “Dick Turpin” (1979-1982), c/ Richard O'Sullivan, Michael Deeks, Christopher Benjamin … série inglesa transmitida na RTP 2, pelas 19h00, às terças-feiras, de 10 de junho / 15 de julho de 1986. “A série ocorre no século XVIII na Inglaterra. Dick Turpin, filho de um agricultor, regressa a Inglaterra depois de três anos de serviço militar no Mediterrâneo, para descobrir que os seus pais foram ludibriados pelo inescrupuloso Sir John Glutton perdendo a quinta e a sua herança e, por conseguinte, os seus pais morreram de fome. Turpin, que agora está amargurado e pobre, torna-se salteador de estradas. Inteligentemente, Richard Carpenter situou a série depois de o verdadeiro Dick Turpin ter sido enforcado em 1739; a série decorre entre 1739 e 1740, permitindo a sua incarnação televisiva ser um anárquico lutador pela liberdade que foi seriamente esbulhado pelo sistema e sofreu a trágica perda dos pais, um bom ponto de partida moral. Isto também significava que os argumentistas não tinham que usar eventos da vida real de Turpin na série. A história da TV começa depois da presumida morte por enforcamento de Dick Turpin em York. É explicado, no início da série, que o homem que foi enforcado apenas reivindicou o famoso nome. O capitão Nathan Spiker, ao serviço de Sir John Glutton, ameaça despejar Mary Smith e o filho, Nick, da estalagem deles, The Black Swan, se não entregarem 20 guinéus. Enquanto isso, o verdadeiro Dick Turpin, disfarçado de médico, é abordado por um salteador de estradas que alega ser o próprio Dick Turpin. O verdadeiro Dick Turpin, bem-humorado, diz: «Pensava que estavas morto». Ele então domina o falso e revela-se como o verdadeiro Turpin. O falso é afinal Nick Smith tentando arranjar dinheiro para pagar ao Spiker. Dick empresta-lhe a ele e à Mary, uma velha conhecida, o dinheiro. No entanto, uma trapalhada ocorre quando Turpin rouba o dinheiro de volta e Nick tem de ser salvo das masmorras de Glutton por Dick. Isto torna Nick um fora da lei e Turpin toma-o sob a sua proteção dando-lhe o nome de Swiftnick.” “Spyship” (1983), c/ Tom Wilkinson, Peter Eyre, Lesley Nightingale … série inglesa, sob o título local “O barco espião”, transmitida na RTP 1, pelas 19h00, aos domingos, de 23 de setembro / 28 de outubro de 1984. E, nessa altura, estava sendo retransmitida na RTP 2, pelas 22h45, às terças-feiras, de 2 de outubro / 6 de novembro. 2.º episódio: para Tom Silvers, acusado de ter desviado os dinheiros da expedição, é bem evidente o envolvimento dos russos no desaparecimento do barco. Mas como não consegue convencer ninguém da sua inocência, mata-se. Entretanto, mrs. Millar, a viúva do rádio-operador do Caistar, protesta violentamente contra o facto de os russos estarem a ser responsabilizados pela morte da tripulação. 3.º episódio: confirma-se que o barco se encontrava equipado com um sistema de espionagem eletrónico. 4.º episódio: quando o cão de Martin bebe uma garrafa de leite que fora deixada à porta do seu apartamento e morre, Martin percebe que é um homem marcado. Durante o inquérito oficial, o relatório sobre a tragédia do Caistar é ignorado e o seu autor, o dr. Dowdall, contacta Martin para que os serviços secretos ingleses sejam desmascarados. 5.º episódio: Dowdall, convencido de que pode confiar em Martin, fornece-lhe algumas provas. Martin vai à Noruega para continuar com as investigações, mas Evans, ameaçando Suzy, consegue descobrir o seu paradeiro. 6.º episódio: na Noruega, Martin encontra um jornalista que lhe sugere a hipótese de ter havido uma colisão entre o Caistar e um submarino soviético. No regresso a Londres, Martin é apanhado pelos Serviços Secretos ingleses e estes revelam-lhe toda a verdade – tudo o que acontecera não passara de uma ação essencial da chamada guerra fria. E Martin pode voltar a ser livre, desde que esteja disposto a pagar o preço da sua liberdade. [3]          
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[1] É muito raro encontramos uma mulher desonesta, só mesmo nos empoeirados acórdãos de tribunais poeirentos, no geral, a joia é a mulher em si. Jenny Glam, 1,63 m, 55 kg, 86-71-97, olhos cor de avelã, cabelo castanho, nascida a 9 de outubro de 1992, na Hungria, t.c.c. Jenny, Jenny B, Jenny Church, Victoria Orman. Sites: {The Nude} {Indexxx} {Euro Babe Index} {Nubiles} {iafd} {Alba Gals} {Define Babe} {European Pornstars} {Porn Teen Girl} {Oldje} {Brazzers} {Give Me Pink} {All Internal} {Sapphic Erotica} {DDF Network} {Class Models} {Babepedia} {21 Naturals} {Nudezz} {Co-ed Cherry} {21 Sextury} {21 Sextreme} {PornHub} {blog} {Instagram}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23} {fotos24} {fotos25}. Obra cinematográfica: {“Shower Tease”} ѽ {“Take a Picture”} ѽ {“New Toy”} ѽ {“Going Deep”} ѽ {“Hard Working Old Cock”} ѽ {“You Want To Fuck, Old Mister?”} ѽ {“Sneaky Student Snogging”} ѽ {“Give Me Pink”} ѽ {“All Internal”} ѽ {“AssTrafic”} ѽ {“AssTrafic” + Mona Kim} ѽ {“Sensual Asian Seduction” + PussyKat} ѽ {“Woodman Casting”} ѽ {“Jenny's Fabulous Fanny” - “A pequena Jenny do bairro é uma modelo húngara, pecadora e sexy, que tem sido a causa de muitas ereções desde 2014. A aflogística morena perdeu a virgindade aos 15 anos e a partir dessa altura nada tem sido capaz de satisfazer o seu apetite voraz. A petite estrela porno diz que está aberta a qualquer coisa, exceto anal. Ela gosta da tradicional foda na rata e está feliz em manter as coisas assim. Os grandes olhos de corça e a cara sempre jovem de Jenny são semelhantes a uma boneca e damos por nós cheios de desejo pelo borracho universitário. Ela está a estudar biologia e é uma autoproclamada marrona que consegue passar todo o fim de semana perdida em museus de arte e bibliotecas, mas também tem uma louca pulsão sexual que não negligencia. A provocadora gosta de nos encher as medidas e temos a certeza que, vê-la tomar o toucinho na boca ou na racha, fará o seu canhão disparar uma salva.”} ѽ {“Hot Chicks, No Dicks” + Aida Sweet} ѽ {“Step Mom Lessons - Working Up a Sweat” + Afrodity} ѽ {“Stepmom Lessons 2” + Afrodity} ѽ {“Anal Buffet 11”} ѽ {“Jenny’s Anal Debut”} ѽ {“Anything For Discipline”} ѽ {“Everlasting Memories”} ѽ {“Feet Dreams”} ѽ {“Two Sides”} ѽ {“Inside The Pants”}.
[2] Outra mulher impactante. Kamilla, 1,65 m, 49 kg, 88-57-88, olhos cor de avelã, cabelos pretos, nascida Lidia Cheremnih (Лидия Черемных) a 30 de agosto de 1985 em São Petersburgo, t.c.c. Donita, Lida, Lidia, Lissa A, Maria, Marya, Zyta. {The Nude} {Indexxx} {Euro Babe Index} {Define Babe} {Babes and Stars} {Co-ed Cherry} {Erosberry} {Met-Art} {Kamilla Fans}. Obra fotográfica: {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23} {fotos24} {fotos25} {fotos26} {fotos27} {fotos28} {fotos29} {fotos30} {fotos31} {fotos32} {fotos33} {fotos34}. Obra cinematográfica: {“Felicity Fey and Kamilla in a Sauna”} ѽ {“Felicity Fey and Kamilla on a Swimming Pool”} ѽ {“Kamilla Takin Shower”} ѽ {“My Legal Porn”} ѽ {“Kamilla and Vika”} ѽ {“Kamilla”} ѽ {“Kamilla Rides the Rail”} ѽ {“Kamilla”} ѽ {“Girl Talk”} ѽ {“Watch Me Pee”}.
[3] Produto da guerra fria. Olivia Grace, 1,63 m, 49 kg, 81-64-81, sapatos 37, olhos castanhos, cabelos loiros, nascida a 20 de abril de 1996, na Bielorrússia, t.c.c. Anastasiya Danilava, Angel, Angel Luvv, Bambi, Cherry Angel, Chloe, Claudia, Felicia, Miss Pac Man, Molly, Olivia. “A modelo porno bielorrussa Cherry Angel é uma loira muito atraente e bonita, está cheia de desejos obscenos, assim como, obsessão interminável por sessões de foda escaldante. Ela possui tetas naturais e também corpo torneado sumarento. Além disso, é também muito ativa quando se trata de sexo, e terá a oportunidade única de ver isso em todas as sessões de martelanço selvagem na rata, onde ela é completamente aniquilada pelos mangalhos maciços e eretos dos seus parceiros. Em complemento, acho que ficará surpreendido ao ver que a nossa fogosa senhora não se importa nada de ser malhada no cu. Ela adora isso.” Sites: {The Nude} {Indexxx} {Euro Babe Index} {Nubiles} {Nubiles Porn} {Alba Gals} {Porn Teen Girl} {iafd} {Co-ed Cherry} {All Top Girls} {European Pornstar} {Wow Girls} {Porn Gatherer} {DDF Network} {Teen Mega World} {PornHub}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {foto5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17}. Obra cinematográfica: {“Blonde Beauty”} ѽ {“Perfect Body”} ѽ {“Showstopper”} ѽ {“Too Cute For Words”} ѽ {“After A Trip”} ѽ {“I Like To Suck”} ѽ {“Wet and Pissy”} ѽ {“Wet and Puffy”} ѽ {“Wet and Puffy”} ѽ {“Old Goes Young”} ѽ {“Fuck Her Right”} ѽ {“Hot Sex Party For Two Couples” + Emma} ѽ {“Sell Your GF”} ѽ {“Kinky Heels for Kinky Sex”} ѽ {“Wake Up N Fuck”} ѽ {“Woodman Casting”} ѽ {“Sensual Dreaming”} ѽ {“Butt Fuck”} {“Angel”} ѽ {“Angel”} ѽ {“Angel”} ѽ {“Schoolgirl Ass Fuck”} ѽ {“Teen Massage Beauty”} ѽ {“Elegant Anal Threesome” + Caroline} ѽ {“Morning Sexual Exercising” + Lena Love} ѽ {“Lovely Beauty Fucked”} ѽ {“For Your Smile”} ѽ {“Born Out of the Sand”} ѽ {“Intimate Thoughts” + Kiara Lord} ѽ {“Hot Threesome” + Chrissy Fox} ѽ {“We Love Ass Play” + Nikky} ѽ {“Lesbian Fuck Party” + Sheri Vi + Polly Sunshine} ѽ {“Pigtailed Lesbians” + Carolina} ѽ {“Video Games” + Nedda A} ѽ {“Sex Games”} ѽ {“We Love Lesbian Sex Vol. 1” (2015)} ѽ {“Teenage Sex Addicts 8” (2015)} ѽ {“College Teen Gets Anal Penetration from Beloved Teacher” (2015)} ѽ {“Cosplay Cuties - Toe Sucking & Fucking” (2105)} ѽ {“Sweets for their Snatch - Lollipops Instead of Cock” (2015)} ѽ {“Teacher, Fuck Me!” (2016)} ѽ {“Young Anal Lovers 2” (2016)} ѽ {“My Secret Casting Tape #2” (2016)} ѽ {“Eve's Blind Dates Episode 1 - Reveal” (2017)} ѽ {“Teen Titty Twins - Pussy Eating One on One” (2017)}.

na aparelhagem stereo

As vocações são como as raspadinhas, saem, quando menos se espera. Escondidas sob camadas de tinta (ou verniz, nas vocações) precisam de uma boa raspadela para aparecerem. Se numa raspadinha uma moeda basta, na vocação não há um único meio, são os fins do mercado que justificam os meios. Esbanjar-se uma vida num trabalho não produtivo, dilapidado que foi dinheiro dos contribuintes na sua formação, horroriza a economia que, logo, através dos estabilizadores automáticos, repõe a ordem certa. Esse nojo do desperdício justifica até matar os pais se, perdendo-se um vocalista de death metal, ganhar-se um analista financeiro. “O jardim está agora cuidado e o amarelo veio dar cor ao cimento das paredes da casa, ainda em construção naquele ano de 1999. Foi ali, em Vale de Ílhavo, que há 17 anos um médico e a mulher foram brutalmente assassinados pelo próprio filho. António Jorge, mais conhecido por Tojó, já cumpriu mais de metade de uma pena de 25 anos de cadeia. Diz que quer ser analista financeiro mal seja libertado, mas o tribunal insiste que ainda não interiorizou o crime e não o deixa sair em liberdade condicional. Foi naquela mesma casa que a GNR de Ílhavo encontrou os corpos do médico Jorge Machado e da mulher Maria Fernanda. O casal tinha sido esfaqueado até à morte num cenário que intrigou a polícia. Por um lado, não havia qualquer sinal de arrombamento na casa ainda em construção. Por outro, tinham desaparecido pequenos bens e o carro do casal não estava na garagem. O filho de Jorge e Maria Fernanda acabou detido dias depois como o principal suspeito do crime. Não seria o único. As autoridades acreditavam haver mais suspeitos e até conseguiram levar a tribunal, em 2001, a mulher e um amigo de Tojó [Sara Machado e Nuno Lima, jovem do Porto, líder de uma banda de «black metal» chamada Summum Malum]. Todos eles se sentaram no banco dos réus acusados de duplo homicídio. Contra eles estava a convicção da PJ e vestígios de ADN na vivenda em cimento. Mas só Tojó acabou condenado, em abril de 2001, a 25 anos de prisão. Foi o único que confessou. (…). Aos 40 anos, e com 17 anos de pena cumprida, Tojó já trabalhou como faxineiro na biblioteca e na sala de música. Ainda frequentou um curso tecnológico de Contabilidade e Gestão e um curso superior de Contabilidade e Auditoria, que não acabou. Inscreveu-se depois na Universidade Aberta, esteve matriculado em Marketing e Negócios Internacionais e até fez um curso de inglês. Hoje tem uma aula por dia de Desporto e outra de Música e dedica-se de forma «autodidata» ao estudo e à análise de Mercados Financeiros através do teletexto, da rádio e dos jornais. Até anda à procura de emprego. (…).”
“António Freitas esteve lá naquele dia. Antes do julgamento, Sara ligou-lhe para a Antena 3 e pediu-lhe se não se importava de comparecer como testemunha abonatória pelos seus conhecimentos sobre heavy metal. «Eu disse que não me agradava muito, mas ela acabou por dar o endereço da rádio (porque não tinha o meu de casa) e eu acabei por ser convocado e ir pelos meus próprios meios. Na altura não foi nada barato». Em tribunal, perguntaram-lhe sobre o metal, Ozzy Osbourne e os suicídios nos Estados Unidos da América, assuntos que rebateu até ao fim. O ambiente era «semi-solene», e alguns dos juízes pareciam «bastante indignados». “O Tojó estava lá sentado num dos bancos», lembrou. «Perguntaram-me se o conhecia. A noção que eu tinha dele é que era um puto como muitos outros que me abordavam com projetos e maquetes e que era uma pessoa inteligente». Tojó foi um dos primeiros a sugerir que as bandas portuguesas fizessem uma espécie de intercâmbio entre si, que, por exemplo, uma banda de Lisboa fosse a Aveiro tocar e fosse ajudada por um grupo local com estadia e tudo o que fosse necessário. Mais tarde, essa banda receberia em Lisboa o grupo de Aveiro, oferecendo-lhe a mesma ajuda. «Ele foi das primeiras pessoas a ter esse plano. Até tenho isso escrito numa carta dele, o que revela alguém com dois dedos de testa. Tinha uma noção de como se poderia fazer as coisas». Já Sara fez de tudo para passar uma imagem negativa do marido. Alegou que Tojó sempre foi controlador, que lhe impunha como devia vestir-se. Impedia-a de vestir roupa colorida. Disse que ao fim de dois anos de casamento chegou mesmo a pensar no divórcio, mas que não o fez «por medo» [1]. Que tinham ido viver para casa dos pais dela na sequência de uma agressão de Tojó aos pais e que as discussões entre ambos eram comuns. Para rematar, afirmou que foi obrigada a mudar o número de telefone da casa dos pais, para onde Tojó ligava insistentemente da prisão na tentativa de ouvir a sua voz. Negou qualquer envolvimento no crime e apresentou-se como vítima.” [2]
Sons pacíficos nos anos 80:
The Girl of Lucifer” (1985), p/ Monte Kristo.Monte Kristo foi um grupo new wave francês que conheceu um sucesso efémero nos anos 80, em particular com o single «The Girl of Lucifer». Inicialmente, o grupo era composto pelo pianista e produtor Jean-Luc Drion e pelo músico Gérard Dulinski, vindos dos Magazine 60. Dominique Réglacorte, também dos Magazine 60 no início dos anos 80, colabora com a banda coescrevendo com Jean-Luc Drion a popular bolacha «The Girl of Lucifer», que se instala no topo das tabelas no ano 1985.” Girl of Lucifer” (1986), p/ Casablanca. Grupo de synthpop composto pelo alemão Helmut Rulofs e sua esposa, a austríaca Gisela “Gilla” Wuchinger, também parceiros nos Sweet Mix: “Susan Don't Cry For Me” (1982), ou nos Vanilla: “In The Year 2525” (1986), uma versão animada do angustioso êxito de 1969 dos Zager & Evans. “Gilla foi descoberta pelo produtor alemão Frank Farian, o génio criador dos Milli Vanilli, - o melhor grupo alemão de que há memória, melhor que Beethoven ou Stockhausen ou Jeanette Biedermann -, que a fez contratar pela Hansa Records em 1974. Depois da malsucedida «Mir ist kein Weg zu weit», versão alemã do êxito de Marcella Bella, «Nessuno mai», Farian fê-la gravar uma versão disco de «Lady Marmelade», das Labelle. Apesar de ter sido um êxito modesto (n.º 24), causou alguma comoção por ser o primeiro disco alemão apresentando versos sem papas na língua como «Willst du mit mir schlafen gehn?» (queres dormir comigo) em 1975. Seguiu-se mais tarde nesse ano, «Tu es» (também gravado em inglês como «Why Don't You Do It»), que se tornou um grande sucesso atingindo o n.º 10 nas tabelas alemãs e dando a Farian um salto comercial como produtor. O LP de estreia de Gilla, apresentando uma mistura de faixas disco, pop e schlager, foi lançado pouco depois. No verão de 1976, Gilla editou «Ich brenne» (estou a arder), mais uma vez gravado em inglês como «Help! Help!». Foi um sucesso na Holanda, mas saiu-se menos bem na Alemanha. Farian remisturou a faixa, com a sua própria voz, para inclusão no «Take the Heat Off Me», álbum de estreia dos Boney M, para substituir a faixa «Baby Do You Wanna Bump» nalguns países. No início de 1977, o segundo algum de Gilla, «Zieh mich aus» (despe-me) foi lançado. Não obstante incluir a versão alemã do êxito dos Boney M, «Sunny» e de «No Woman No Cry», portou-se mal nos tops. Curiosamente, o álbum também incluía a versão alemã do futuro êxito dos Boney M, «Belfast», que fora escrito uns anos antes para Marcia Barrett, dos Boney M. O primeiro álbum internacional de Gilla foi editado no verão de 1977. Intitulado «Help! Help!», incluía as suas gravações anteriores em inglês como «Why Don't You Do It» e «Help! Help!» mais os lados B, assim como versões em inglês de canções do LP «Zieh mich aus». «Gentlemen Callers Not Allowed» foi editado como single e promovido nalguns programas de TV com Bobby Farrell, o carismático bailarino dos Boney M, mesmo assim foi um sucesso tímido. Em janeiro de 1978, Gilla lançou a versão disco-rock de «Bend Me, Shape Me», dos American Breed. O single foi n.º 11 na Suíça e foi decidido reempacotar o álbum «Help! Help!» com a nova faixa e o seu lado B, «The River Sings», em maio, rebatizando-o «Bend Me, Shape Me». Mais uma vez, vendeu pouco. (…). Tentando repetir o sucesso de «Bend Me, Shape Me», Gilla e o seu noivo e coprodutor Helmut Rulofs (que também cantava sob o nome Chris Denning) lançaram outra versão disco-rock, desta vez “We Gotta Get Out Of This Place” dos The Animals, em março de 1979. (…). Estando, em grande parte, esquecida na Europa hoje, Gilla tem atuado regularmente na Rússia onde os seus discos desfrutam de considerável popularidade.”
Fuck ‘N Roll (1985), p/ Wendy O. Williams. “Williams nasceu a 28 de maio de 1949, em Webster, Nova Iorque. O pai, Robert F. Williams, era químico na Eastman Kodak. A mãe era Audrey Stauber Williams (1921-2008). Estudou clarinete no programa Community Music School da escola de música Eastman da Universidade de Rochester e depois foi clarinetista na banda do seu liceu. Aos seis anos, apareceu a fazer sapateado no programa de TV «Howdy Doody» como membro da Peanut Gallery [3]. Teve o primeiro problema com a lei aos 15 anos, quando foi presa por tomar banho de sol nua. Williams frequentou a secundária R. L. Thomas, em Webster, pelo menos, até metade do décimo ano, porém abandonou a escola antes de se formar. Os seus colegas e professores recordam-na como uma «miúda tímida e bonita, uma estudante média, que tocava na banda, cuidava do cabelo e das roupas e que falava tão suavemente que tínhamos de nos inclinar para ela para ouvi-la». Aos dezasseis anos, saiu de casa e foi à boleia para o Colorado, onde ganhava dinheiro vendendo biquínis de crochet. Depois dirigiu-se para a Florida trabalhando como nadadora-salvadora e depois para a Europa, onde trabalhou como barista em Amesterdão, cozinheira macrobiótica em Londres e bailarina com uma trupe de dança cigana. Por volta dessa época, foi presa inúmeras vezes por roubar nas lojas e passar dinheiro falso. Em 1976, Williams chega a Nova Iorque, onde viu um anúncio na revista Show Business que jazia aberta no chão da estação rodoviária Port Authority Bus Terminal. Era um pedido de audição para o experimental Captain Kink's Sex Fantasy Theatre, na 42nd Street perto da Eighth Avenue, do artista radical e mestre em Belas Artes pela Universidade de Yale, Rod Swenson – posteriormente hippie capitalista, rico aos 22 anos, pela venda de granola nos supermercados da costa oeste, e manager e realizador dos vídeos conceptuais dos Plasmatics. Ela respondeu ao anúncio e começou a atuar em espetáculos de sexo ao vivo escritos por Swenson. Mais tarde, entrou no filme porno «Candy Goes to Hollywood» (1979), de Gail Palmer, sob o nome Wendy Williams. Aparecia como artista numa paródia do «Gong Show» disparando bolas de pingue-pongue através do cenário com a vagina. Em 1977, Swenson tornou-se agente de Williams e recrutou-a para se juntar à sua recém-formada banda de punk rock, The Plasmatics. Estrearam-se em julho de 1978 no clube de música CBGB de Manhattan. Em janeiro de 1981, a polícia de Milwaukee, Wisconsin, prendeu-a por simular a masturbação em palco. Também acusada de agressão a um polícia e conduta obscena, depois foi ilibada de todas as acusações. Mais tarde, nesse mesmo ano, em Cleveland, Ohio, Williams foi absolvida de uma acusação de obscenidade por simular o ato sexual em palco vestindo apenas creme de barbear (futuramente cobriria os mamilos com fita adesiva para evitar a prisão). Em novembro, um juiz do Illinois condenou-a a um ano de supervisão e multa de 35 dólares por atacar um paparazzo que tentou fotografá-la quando fazia jogging na pista à beira do lago Chicago. Enquanto isso, os Plasmatics iniciaram uma tournée mundial, todavia um concerto em Londres foi cancelado pelos promotores devido a razões de segurança, levando a imprensa a alcunha-los de «anarquistas». Durante as filmagens de uma aparição no «Second City Television», da NBC, em 1981, os diretores do estúdio decidiram que não transmitiriam a atuação de Williams, a menos que mudasse de roupa que mostrava os mamilos. Williams recusou. Os maquilhadores do programa encontraram um compromisso e pintaram-lhe os seios de preto.”     
Remember Tomorrow” (1980), Iron Maiden. “Segundo o vocalista Paul Di’Anno, o título e conceito desta canção vieram do seu avô. Disse ele: «Perdi-o em 1980, quando estava em tournée. Era diabético. Cortaram-lhe o dedo do pé e o calcanhar, depois perdeu a perna do joelho para baixo e ele como que desistiu. Mas a letra não está relacionada com isso, para ser franco – apenas as palavras «remember tomorrow», porque era o que ele costumava dizer sempre – era o seu lema. «Nunca sabemos o que vai acontecer, lembra-te do amanhã, pode ser um dia melhor».” “Os Iron Maiden foram formados pelo baixista Steve Harris, no dia de Natal de 1975, pouco depois de ele deixar o seu grupo anterior, os Smiler. Harris atribui o nome da banda ao filme, adaptado do romance de Alexandre Dumas, «The Man in the Iron Mask» [sob o título local «O homem da máscara de ferro» estreado quarta-feira, 27 de dezembro de 1939 no Odéon e no Palácio], cujo título lembrou-lhe o instrumento de tortura a dama de ferro. Após meses de ensaios, os Iron Maiden fizeram a sua estreia a 1 de maio de 1976 no St. Nicks Hall em Poplar, antes de serem banda semi-residente do pub Cart and Horses em Maryland Point, Stratford. A formação inicial não durou muito, com o vocalista Paul Day sendo a primeira baixa porque, de acordo com Harris, faltava-lhe «energia e carisma em palco». Foi substituído por Dennis Wilcock, um fã dos Kiss que usava maquilhagem e sangue falso durante as atuações. O amigo de Wilcock, Dave Murray, foi convidado a juntar-se, para consternação dos guitarristas da banda, Dave Sullivan e Terry Rance. A sua frustração levou Harris a dissolver temporariamente os Iron Maiden em 1976, porém o grupo voltou a formar-se pouco depois com Murray como guitarrista solo. Steve Harris e Dave Murray permanecem os membros mais antigos e tocaram em todos os discos. Os Iron Maiden recrutaram ainda outro guitarrista em 1977, Bob Sawyer, que foi despedido por envergonhar a banda em palco ao pretender tocar guitarra com os dentes.” Church of no Return (1988), p/ Christian Death. “Banda de death rock formada em outubro de 1979, em Los Angeles, Califórnia. Nomeada como um trocadilho satírico derivado da marca de haute couture Christian Dior, os Christian Death foram fundados pelo vocalista Rozz Williams, o baixista James McGearty, o baterista George Belanger e um guitarrista chamado Jay, trazido da banda anterior onde Rozz esteve chamada Daucus Karota. O grupo teve um hiato curto em 1981, mas renovou-se nesse verão com Rikk Agnew substituindo Jay na guitarra. O seu álbum de estreia, o clássico do death rock «Only Theatre Of Pain», foi lançado em março de 1982. Mais tarde nesse ano, Agnew e Belanger deixaram a banda e foram substituídos por Eva O e «China» respetivamente. Eva O logo foi substituída por Michael Montana e no final do ano a banda dividiu-se novamente. Em 1983, Williams formou uma nova banda com membros dos Pompeii 99, grupo com o qual os Christian Death tinham tocado alguns espetáculos antes da separação. Esta nova formação consistia em Rozz, Valor Kaend, Gitane DeMone, David Glass e Constance Smith. Rozz queria trazer de volta o nome Daucus Karota para esta nova banda, mas Valor e a sua editora europeia convenceram-no a manter o nome Christian Death. Esta formação permaneceu mais ou menos constante alguns anos, embora houvesse alguns problemas durante esse período que causou tensão entre os membros. Esses problemas atingiram o auge em 1985, quando Rozz abandonou a banda pouco antes da tournée europeia [4]. Muito antes de a banda ter gravado ou tocado como Christian Death, e, pouco antes de decidirem mudar o nome de Pompeii 99 para Christian Death, todos os membros assinaram um acordo de parceria. Rozz, David, Gitane e Valor «parceiros iguais», tanto em conjunto como individualmente. Os termos do acordo proviam artigos que obrigariam qualquer membro a perder os seus direitos dentro da banda e ao nome na eventualidade de não cumprir as suas obrigações. Foi o que Rozz fez quando saiu. A versão da banda composta Valor, Gitane e David Glass mudou-se para a Inglaterra e continuou a gravar e a fazer tournées até 1988, quando David decidiu regressar a LA com a mulher grávida para assentar e ser pai, e assinou o acordo de saída consequente. Um contrato de resolução foi assinado e, mais tarde, Gitane fez o mesmo. Isto deixou Valor como único proprietário do negócio a partir de 1989 [5]. Valor continuou com inúmeros músicos de estúdio até 1991, quando a sua segunda mulher, a holandesa Maitri Nicolai, (a primeira fora a americana Gitane DeMone de quem teve dois filhos Sevan Kand e Zara Kand), se juntou ao projeto. Esta nova versão do grupo combinava influências de dark heavy metal com as incursões de Valor na música clássica e rock gótico, pelo qual os Christian Death permanecem mais conhecidos.”   
Los rockeros van al infierno” (1982), p/ Barón Rojo. “É uma banda espanhola de heavy metal formada em 1980 e que alcançou algum sucesso internacional no início dessa década. O nome provém do apodo do aviador alemão Manfred von Richthofen conhecido popularmente como Barão Vermelho (aquele mesmo que Snoopy com grande valentia combate). O Barón Rojo nasceu da união de quatro músicos: os irmãos Armando e Carlos de Castro, José Luis Campuzano, também conhecido como «Sherpa», e Hermes Calabria. Os irmãos Carlos e Armando de Castro permaneceram no grupo Coz até 1980, altura em que as relações se deterioraram e o grupo dividiu-se em dois. Os irmãos Castro, junto com o vocalista e o baixista José Luis Campuzano e o baterista uruguaio Hermes Calabria, antes membro do grupo de rock progressivo Psiglo, fundaram o Barón Rojo, enquanto a outra metade dos Coz continuou a sua carreira editando mais alguns álbuns. Uma vez formado, o grupo estreou-se no início de 1981 com o álbum «Larga Vida al Rock 'n Roll» publicado pela editora Chapa / Zafiro. Lançaram como primeiro single o tema «Con botas sucias», cujas iniciais aludiam veladamente à CBS, a editora que publicava os discos do anterior grupo dos Castro (os Coz). O disco estava dedicado à memória de John Lennon, que tinha sido assassinado recentemente. O álbum alcançou o Disco de Ouro, o que lhes proporcionou atuações por toda Espanha e comentários na televisão, rádio e imprensa. Graças aos benefícios do primeiro LP, o grupo trasladou-se para Londres, onde gravou o segundo trabalho intitulado «Volumen Brutal». Foi gravado nos estúdios Kingsway de Ian Gillan, vocalista dos Deep Purple, em apenas duas semanas. Deste disco existiram duas versões: uma gravada em castelhano e outra em inglês para a Kamaflage Records, que adquiriu os diretos do disco para venda na Europa. Tanto a versão castelhana como a inglesa triunfaram na Inglaterra e noutros lugares da Europa [6]. O Barón Rojo «bombardeou» a Inglaterra com temas como «Los rockeros van al infierno», «Incomunicación» ou «Resistiré» («Stand Up» em inglês), com o que alcançaram o aplauso de parte da imprensa especializada e conseguiram aparecer nas capas de algumas revistas como a Kerrang!. A 27 de agosto de 1982, o Barón Rojo atuou com os Iron Maiden, Gary Moore, Marillion, Twisted Sister e M.S.G. no Festival Reading 82. Do álbum «Volumen brutal» mereceu menção especial «Concierto para ellos», dedicado a Bon Scott e outros músicos de rock falecidos.” Spellbondage” (1987) Catwoman” (1992), p/ Sleep Chamber. “Fundados por John Zewizz por volta de 1980, os Sleep Chamber tiveram uma vasta variedade de membros e tocaram uma vasta variedade de estilos musicais. [Zewizz: «Em 1982, o primeiro vinil 7", 33 ⅓ RPM, intitulado ‘Speak in Tongues’, então percebi que precisava de músicos profissionais para realizar o que eu queria com a dinâmica na orientação da música dos Sleep Chamber. Lembro-me de reunir os músicos que conseguia para construir o ‘meu conceito’ do que os Sleep Chamber deviam ser. Tomei emprestado vários músicos da banda amiga The Project. (…). Fiz o primeiro concerto a 31 de outubro de 1982. Foi num sótão. Chamava-se The Red Loft (da banda que lá vivia). Os Sleep Chamber eram Eugene Difrancisco, Phil Brosseau e eu. Foi um concerto realmente louco… o sótão estava atulhado, húmido, quente e porcalhão. Havia mais de 300 pessoas. Não havia alinhamento de quem tocava primeiro. Acabámos em último. Era depois das duas da manhã. A audiência por essa altura eram todos borguistas da pesada.»]. Os trabalhos iniciais eram muito experimentais por natureza, com elementos de música concreta. Pouco tempo depois, os Sleep Chamber estavam a gravar música ritual ambiente, que continuou até ao início de 1990. Em meados da década de 80, começaram também a trabalhar com mais material electro / EDM, muitas vezes enredado nos seus trabalhos rituais. Esta tendência continuou e assumiu dimensões adicionais orientadas para o rock nos anos 90. Por volta de 2000, o projeto tornou-se efetivamente silencioso, mas em fevereiro de 2009 os Sleepchamber (nova ortografia) estão de volta com álbuns novinhos em folha. Atualmente, estão a gravar um novo álbum de eletrónica / EDM mais desenvolvida para ser lançado logo antes da tournée europeia de 2016, onde estarão mais uma vez visitando a Alemanha, assim como Israel e alguns outros países. Um forte rumor diz que esta será a sua última tournée, segundo o site de Zewizz. (…). John Zewizz também está a trabalhar num álbum a solo com música sobretudo original, com uma versão ou duas, incluindo «Fever» de Peggy Lee.”
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[1] Esse é o triste drama de um homem enredado por uma cabra reles, destino irremissível de todos aqueles que não escolhem uma mulher com sensibilidade artística, sem refinamento estético, sem qualidades. Antitético da prendada modelo e atriz Sandra, 1,70 m, 50 kg, 87-60-88, sapatos 39, olhos verdes, cabelo loiro, nascida a 12 de março de 1982 em Moscovo, t.c.c. Audrey, Judy, Juli, Julia, Julia E, Julia V, July, Julya, Moni, Sandra, Sandra C, Sandra Celesti, Trixom, Ula, Uliya, Yuliya, Yulia Tikhomirova (юлия тихомирова), Yulia Streletskaya. Sites: {The Nude} {Indexxx} {iafd} {Porn Teen Girl} {Legal Porno} {PornHub} {Euro Babe Index} {Define Babe} {Babes and Stars} {Femjoy Hunter} {Ferro Network} {jeuneart} {Co-ed Cherry} {Elite Babes} {My Naked Dolls} {Met-Art} {Club Seventeen}. “Desde a primeira foto artística desta rapariga percebe-se que estamos a lidar com uma supermodelo. Lembra imediatamente Julia na sua juventude, as caretas engraçadas da Liza, a rigidez inacessível de Anais… e todas estas características sintetizadas numa modelo. Às vezes, Sandra é como um bebé. Os seus belos olhos, marmóreo peito, cabelo dourado, dentes brancos coralinos, deslumbrante rabo – tudo é perfeito. Além disso, Sandra tem um feitio maravilhoso. É calma, feminina e terna. Tanto Valentina como Grig foram completamente fulminados à primeira vista. Quando ela entrou na sala, Galitsin percebeu que a viagem a Moscovo valera a pena apenas para fotografar esta rapariga. Após o primeiro clique, Grig teve a sensação de ter encontrado um tesouro. Para descrever a sua beleza e talento, somente um nome surgiu na mente do fotógrafo – Madonna. A força interna da rapariga e autossuficiência dão-nos motivo para pensar que um grande futuro e fama mundial esperam por ela. Quando a sessão ia longa e já estava escuro, Grig acompanhou-a ao metro, foi uma grande surpresa para ele que Sandra fosse na realidade muito modesta e tímida. Quando Galitsin a beijou na face, ela ficou vermelha como um tomate. Talvez esta seja a única rapariga tão frutuosa e fácil de trabalhar. Grig recordou-se logo das suas primeiras sessões fotográficas com Julia e Liza. Possivelmente ficará surpreendido de saber que Sandra começou a sua carreira de modelo com as fotos da famosa vedeta pornográfica Rocco Siffredi. A nossa miúda não consegue viver um dia sem o seu marido. Ela não se afasta dele por muito tempo. Quando Grig o conheceu ficou muito admirado. Imaginava-o como Schwarzenegger ou Stallone, mas o marido dela é uma pessoa gorda, calma e gosta de música. Ouvirá a música dele nos filmes que Grig rodou com Sandra. Este é um dos raros casos em que Galitsin concordou conversar com os maridos ou namorados das modelos. Ele não ficou desapontado com o encontro. Mas o que pasmou Grig foi a nossa rapariga trabalhar no porno há quase dois anos. Viu alguns deles, e sem dúvida são filmes extremamente interessantes e fabulosos. A questão principal que nos perguntamos a nós próprios e à Sandra era «porquê?» Com o seu aspeto, feitio maravilhoso e grande talento artístico ela embelezaria qualquer site glamour ou erótico. Porque começou ela pelos filmes porno? Isso foi um choque para Grig e causou indignação interior e protesto. A resposta a essa pergunta obterá na entrevista com ela. Tendo falado com o seu marido e com a própria modelo, Galitsin fez um acordo prévio com eles que a partir de agora Sandra irá posar para Grig exclusivamente. Ela prometeu vir a Volgograd e toda a equipa espera que ela venha. Sandra foi conquistada pelo charme da Valentina. Grig via com prazer como as modelos estavam a ficar próximas e tornando-se amigas. A última sessão fotográfica foi triste e com lagrimas nos olhos de toda a gente. Valentina e Sandra abraçaram-se interminavelmente e tocaram-se mutuamente com ternura pressentindo a separação. A maravilhosa mestria desta rapariga ajudou-a a descobrir-se em maneiras diferentes. Verão uma adolescente saltando à corda, uma mulher sensual e madura durante a sessão com a sua amiga Milla e terna amizade com Valentina.” Entrevista: P: “Quais pensas que são os teus melhores atributos?”, Sandra: “Os olhos.” P: “Cor favorita?”; Sandra: “Cor-de-rosa.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”, Sandra: “Não gosto de ver televisão.” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, Sandra: “Gosto dos livros de Pelevin.” P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, Sandra: “Às vezes gosto de levar filmes dos videoclubes.” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, Sandra: “Gosto de várias.” P: “Música favorita, lista de títulos”, Sandra: “A música que o meu marido escreve.” P: “Altura favorita do dia, porquê?”, Sandra: “O entardecer e a noite – a atividade está no seu ponto.” P: “Qual é a tua formação? Curso?”, Sandra: “Sou aluna numa faculdade de psicologia.” P: “Falas outras línguas? Se assim for, diz-me algo nessa língua”, Sandra: “Não.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, Sandra: “Gosto muito de viajar. Estou ansiosa por ir a qualquer lado. Não gosto de ir a lugares em que já estive.” P: “Quais foram os locais que visitaste?”, Sandra: “Turquia, Estónia.” P: “Qual é o teu feriado preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Sandra: “O ano novo.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Sandra: “Gosto de doces. Chocolate – nham, nham. Bananas, batatas.” P: “Qual é o teu carro de sonho?”, Sandra: “VW Golf.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Sandra: “Cantora.” P: “Descreve o teu lugar favorito para fazer compras”, Sandra: “Supermercados.” P: “Assistes a desporto, se sim, quais são as tuas equipas favoritas?”, Sandra: “Não vejo desporto.” P: “Praticas algum desporto ou outras atividades? Explica”, Sandra: “Gosto de ginásio.” P: “Quais são os teus passatempos?”, Sandra: “Ginásio é um passatempo.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, Sandra: “Batidos de leite.” P: “Tens algum animal de estimação?”, Sandra: “Não tenho nenhum, mas gostaria de ter um gato.” P: “Estado civil?”, Sandra: “Casada.” P: “O meu pior hábito é…”, Sandra: “Distrair o meu marido do trabalho.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Sandra: “Não consigo ficar sozinha por muito tempo.” P: “Que animal melhor descreve a tua personalidade e porquê?”, Sandra: “Lémure.” P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam que eu era…”, Sandra: “Uma estrela.” P: “Como é que descontrais ou passas o teu tempo livre?”, Sandra: “Gosto quando o meu marido está comigo. É assim que relaxo.” P: “Qual foi o momento mais feliz da tua vida?”, Sandra: “Quando o meu marido me disse que me amava.” P: “Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Sandra: “Fazer o que gosto e um pouco mais tarde dar à luz um filho.” P: “O melhor conselho que já me deram foi…”, Sandra: “Devemos superar qualquer dificuldade, é só um teste.” P: “O pior conselho que me deram…”, Sandra: “Tenho boa intuição e não ouço maus conselhos.” P: “Que tipo de cuecas usas, se algumas”, Sandra: “Tanga.” P: “O tamanho importa? Qual é a tua medida ideal?”, Sandra: “Não gosto de tamanhos muito grandes.” P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Sandra: “Foi numa banheira, sem luzes… Não foi doloroso e até tive um orgasmo.” P: “O que te excita?”, Sandra: “Gosto de observar o parceiro, um corpo bonito.” P: “O que te desliga?”, Sandra: “Pessoas desagradáveis.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Sandra: “Sinto-me desejada na água” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”, Sandra: “Sexo oral.” P: “Masturbas-te? Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Sandra: “Às vezes no banho com um dedo.” P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se algum?”, Sandra: “Coisas de couro.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Sandra: “Gosto de camas grandes.” P: “Posição sexual favorita, porquê?”, Sandra: “Com as pernas no ar e o homem sentado à minha frente.” P: “Descreve um dia típico da tua vida”, Sandra: “Levanto-me, faço as coisas necessárias e vou para as sessões fotográficas… nada de interessante - tudo se repete.” P: “Tens alguma curiosidade sexual que gostasses de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, Sandra: “O meu marido, uma rapariga e eu.” P: “Descreve em detalhe a tua fantasia sexual favorita”, Sandra: “A minha amiga e eu estarmos a fazer sexo com o meu marido. Também gosto de ver sexo anal.” P: “Se pudesses ser fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhias? O que te faria sentir mais desejada, mais sensual?), Sandra: “Nua num cavalo branco. Ou na neve.” Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16}. Obra cinematográfica: {Rachelѽ {“Yulia Tikhomirova”} ѽ {“Outdoor”} ѽ {“Pregnant”} ѽ {“Pantyhose Pregnant”} ѽ {“Lactating”} ѽ {“Feetscreen”} ѽ {“Gooey Buns 11”} ѽ {“Stuff My Ass Full of Cum”} ѽ {“White Teens Black Cock”} ѽ {“Triple Stacked 7”} {“More Dirty Debutants 281”} ѽ {“Chasin Tail 5 - An Anal Sex Extravaganza”} ѽ {“Nude”} ѽ {“Music Lessons”} ѽ {“Office Anal”} ѽ {“Affection in the Bathroom”} ѽ {“Exchange Wives”} ѽ {“Girlish Games”} ѽ {“Public Slut”} ѽ {“Try Teens”} ѽ {“No Name” + Alice + Liza + Valentina} ѽ {“Sweety” + Alina + Valentina} ѽ {“Before Shooting”} ѽ {“Water Massage”} ѽ {“Dreams In Reality”} ѽ {“Galitsin Angels” + Katia + Valentina} ѽ {“Spicy Fried Eggs”} ѽ {“Wash Me, Lick Me!” + Milla Valentina} ѽ {“Tempting Trio” + Alina + Valentina} ѽ {“Fitting” + Valentina} ѽ {“While The Girlfriend Is Not At Home 1” + Alice + Liza + Valentina} ѽ {“While The Girlfriend Is Not At Home 2” + Alice + Liza + Valentina} ѽ {“Ice Cream Pastime” + Valentina}.
[2] “Os amigos de Tó Jó e da banda Agonizing Terror fazem questão de estabelecer as diferenças: eles não são uma banda de «black metal», são de «death metal». Com isto querem dizer que não são necessariamente satânicos. Mas isso não impedirá que o «caso dos Agonizing Terror» seja divulgado nas mesmas revistas da especialidade. É de escândalos, mortes, suicídios, assassínios e queima de objetos religiosos que vive o estilo «black». Por ser mais radical, é o estilo de referência para os apreciadores do género. A polémica começa com a razão de ser do «black metal», definitivamente contra a corrente e cada vez mais radical quanto mais esta tendência aglutina quase tudo - até o «heavy metal» se tornou banal. O movimento tem origem na Noruega, com uma banda que tem uma história elucidativa: os Mayhem. Dead, o vocalista, suicidou-se aos 21 anos. Professava a morte e escolheu para si uma que meteu corte dos pulsos e um tiro de caçadeira na cabeça. Pior é a lenda: diz-se que o líder do grupo, Euronymous, se dedicou a tirar fotografias ao corpo, fez colares com bocadinhos da caveira e cozinhou pedaços do cérebro. Acabou por ser morto pelo líder de um grupo rival, os suecos Burzum, na fase em que o «black» se dedicava a criar movimentos de queima de igrejas: uma das últimas igrejas medievais da Noruega, Fantoft, foi incendiada nessa onda. E o baterista dos Thorns esfaqueou um homossexual até à morte. E o vocalista dos Dissection matou um imigrante argelino. E grupos que eram os gurus dos Agonizing, como os Cannibal Corpse e os Cradle of Filth, exibem corpos mutilados nas suas páginas na Internet. O «black metal» está associado ao satanismo pela exegese do culto da morte e pelo ódio à religião católica. Mas o satanismo, em estado puro, defendia a simples liberdade de escolha, a não-imposição de regras. Quando é levado ao extremo, torna-se perigoso e também difícil encontrar quem o professe e determinar que tipo de rituais tem. A Bíblia de Satanás, de Anton Szandor LaVey, o líder da seita inglesa Igreja de Satã (que era organista da igreja da sua aldeia antes de se tornar a personificação do Anticristo), diz que «o homem é que cria os deuses e não os deuses o homem». E é esse lado do culto que não passa pelos meios de comunicação de massas. As histerias e a violência em palco de Marilyn Mason - embora seja considerado pelo «black metal» como um produto de «marketing» - já angariaram mais seguidores para este estilo do que todos os grupos «underground» que apenas aparecem nos fanzines.”
 “Questionados pela Polícia Judiciária sobre a ideologia que professavam, os dois membros da banda de «black metal» portuense Summum Malum recuaram. Tudo não era mais que brincadeira. Hélder Teixeira e Nuno Lima foram interrogados por serem, nesta altura, os amigos mais próximos dos Agonizing. Estavam em Aveiro quando se soube que Tó Jó era suspeito. Afastadas as ligações ao crime, de volta ao Porto, Hélder e Nuno amenizaram o visual, o que foi considerado estranho por quem os conhecia como a banda mais satanicamente assumida. Em palco, os Summum Malum usam ícones satânicos. Cruzes, pentagramas invertidos e cintos de balas. Pintam as caras com a técnica «corpse paint» (para parecerem um cadáveres). O primeiro trabalho - 666 cassetes de ensaio distribuídas através do correio - chamava-se «Lusitanian Evilness» e tinha como slogan: «No love, no life, only death is real» (não ao amor, não à vida, só a morte é real). As cassetes, gravadas num ensaio, para um som mais cru, eram a maneira mais usada de apreciar-lhes o estilo, porque os Summum Malum pareciam levar o obscurantismo à letra. Só aceitavam partilhar o palco com quem tinha a mesma ideologia - ou pelo menos com outras bandas a que reconheçam «carácter». Há alguns meses anunciaram a decisão de não tocar mais no Porto, porque, diziam, esse público era «impressionantemente mau». As entrevistas que davam eram das mais duras do meio - «os únicos sentimentos que transmitimos são puro ódio, caos, violência e total destruição» - e costumavam gritar «Glória a Satanás nas profundezas, nas profundezas Glória a Satanás». Cederam na primeira ocasião em que a ideologia foi posta à prova.”
No final a luz. O final feliz. A mão invisível impedira uma vida inútil. “António Jorge Machado - Tojó’, que chocou o País depois de ter assassinado os pais em agosto de 1999, em Ílhavo - saiu esta manhã em liberdade [7 / março / 2017]. Atualmente, o homicida tem 40 anos. Tojó' saiu em liberdade condicional do estabelecimento Prisional de Coimbra pelas 08h00 desta terça-feira, escapando aos jornalistas enquanto o seu advogado prestava declarações.” “O advogado Pedro Vidal disse que o seu cliente, atualmente com 40 anos, está «completamente diferente» e sente-se feliz, adiantando que «isto para ele foi um renascer». «Ele está esperançoso que a vida lhe corra bem. Quer acabar o curso, quer arranjar um emprego na área dele e seguir uma vida normal», disse o advogado que acompanha Tojó há cerca de três anos. Pedro Vidal indicou, ainda, que António Jorge Machado está «profundamente arrependido» de ter praticado o crime, afirmando que «está tudo bastante dirimido dentro dele». «Aquela situação cristalizou lá atrás. Falar na situação dói-lhe imenso. Se o conseguirem deixar em paz ele vai conseguir fazer uma vida boa», concluiu.”
[3] No Brasil, Filipão cunhou o termo “Turma do amendoim”. “Campeão brasileiro, Scolari foi treinar o Jubilo Iwata, no Japão, e voltou ao Brasil na metade de 1997, apresentado como novo treinador do Palmeiras. A sua missão: levar a equipa à desejada conquista da Taça Libertadores da América. Felipão teve muitos problemas ao chegar a São Paulo. Primeiro, por ter mentido quanto à negociação. Segundo, porque, acostumado à dualidade Inter e Grémio, achava que em São Paulo acontecia o mesmo: ou as pessoas eram do Palmeiras ou contra o Palmeiras. Teve discussões e até agrediu jornalistas. Protagonizou uma grande polémica quando numa palestra sua foi apanhado por microfones de TV revelando que pedia para os jogadores do Palmeiras entrarem mais duro no Edilson, do Corinthians, com termos para lá de obscenos. Mas incendiou a equipa para a semifinal da Libertadores de 2000, e o Palmeiras, que era mais fraco, eliminou o Corinthians. Também houve polémicas de alto escalão que ajudaram a aprimorar o estilo Felipão. Após uma derrota do Palmeiras no estádio Palestra Itália, o então ministro da Saúde, palmeirense fanático, mostrou o seu lado corneteiro (havia uma fábrica de instrumentos musicais chamada Corneta perto do Palestra Itália. Nos intervalos para almoço, os funcionários divertiam-se vendo os treinos do Palmeiras. Muitos ironizavam os jogadores a cada erro. Daí surgiu a alcunha «corneteiro» para os adeptos do Palmeiras, normalmente muito exigentes com os jogadores da equipa) e desfilou críticas ao trabalho de Scolari. O treinador, direto como sempre, não economizou na resposta: «O ministro deveria cuidar da saúde no Brasil, que anda precária. Ainda bem que tenho um bom seguro». O treinador ainda atualizou o vocabulário comportamental dos palmeirenses. Tradicionalmente, os adeptos mais chatos do Verdão são chamados corneteiros. Irritado com a perseguição de alguns deles, que ficavam nas cadeiras sociais, Felipão chamou-os Turma do Amendoim, revelando o petisco preferido dos críticos. A alcunha pegou.”         
[4]Roger Alan Painter (Rozz Williams), vocalista americano e membro fundador do importante grupo de post-punk / rock gótico Christian Death, nascido a 6 de novembro de 1963 em Pamona, Califórnia, suicidou-se a 1 de abril de 1998 em West Hollywood, Califórnia. Além dos Christian Death e os Daucus Karota, ele teve vários projetos experimentais e noiseEXP, Heltir, Premature Ejaculation ou Shadow Project.”
[5] Negócios na Europa derrisórios como os seus dirigentes. «O que deu errado não foi o que aconteceu este ano. O que deu errado foi o que aconteceu nos primeiros 11 anos da história do Euro. De certa forma, fomos vítimas do nosso sucesso», Van Rompuy disse ao Financial Times. «O Euro tornou-se uma moeda forte… Era como uma espécie de comprimido para dormir, uma espécie de droga. Não estávamos cientes dos problemas subjacentes», acrescentou.”
[6] Ninguém é mais famoso além Cabo da Roca que os nossos galantes navegadores modernos. “Depois da passagem de uma chuva matinal, o moliceiro zarpou, com o senhor Alberto ao leme, e os candidatos da Aliança Portugal na proa, ansiosos pela partida: «Então, isto arranca ou não?», perguntava Paulo Rangel, que viu no tempo um bom prenúncio: «Eleição molhada, eleição abençoada». Nuno Melo tocava a buzina com que os barcos assinalam a sua presença e dirigia farpas ao PS, apontando os coletes salva vidas: «Há quem diga que os socialistas estão a precisar». A bordo, seguiam outros membros da comitiva da Aliança Portugal, jornalistas e ainda o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, o presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves, o secretário-geral do CDS-PP, António Carlos Monteiro, e o deputado centrista Raul Almeida. Enfeitada com uma bandeira nacional, Doroteia Verónica deu meia volta junto ao Cais da Fonte Nova, passando em frente a uma dúzia de apoiantes da coligação PSD/CDS-PP, e deslizou até ao antigo edifício da Capitania do Porto de Aveiro. A viagem, que durou perto de doze minutos, foi tranquila, mas Paulo Rangel não temia que o barco virasse: «O máximo que pode acontecer é ter de se nadar até terra».”