Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

sábado, outubro 01, 2022

Fachada de edifício do PCP em Beja vandalizada

A fachada do edifício do Centro de Trabalho de Beja do PCP foi vandalizada com inscrições alusivas à ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, que já foram parcialmente apagadas, constatou hoje a agência Lusa no local.

As inscrições, que terão sido feitas na noite de sábado ou na madrugada de domingo, ainda se conseguiam reconhecer hoje à tarde na fachada do edifício, apesar de se notar ter havido uma limpeza.

No ato de vandalismo, um risco com tinta vermelha foi pintado na porta do edifício e, na parede, a preto, foram inscritas as frases “Russos = Comunas” e “Têm sangue ucraniano na foice”.

Contactado pela Lusa, o PCP, através do gabinete de imprensa, limitou-se a dizer que “os atos antidemocráticos falam por si”.

Já o comandante distrital de Beja da PSP, o intendente Raúl Glória Dias, também contactado pela Lusa, disse que a força de segurança “não teve conhecimento” da ocorrência, “nem formal, nem informalmente”, e que não foi apresentada qualquer queixa.

Na passada quinta-feira, dia em que a Rússia lançou a ofensiva militar em território da Ucrânia, a classe política portuguesa, com a exceção do PCP, condenou a ação, apelando à imposição de sanções e equacionando a mobilização de militares portugueses no quadro da NATO como forma de dissuasão.

Num debate sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, na Comissão Permanente da Assembleia da República, o líder da bancada parlamentar do PCP, João Oliveira, considerou que a “guerra não é solução” para a resolução da situação entre aqueles dois países.

João Oliveira exortou o Governo a contrariar a “escalada de confrontação política” impedindo o envolvimento de militares portugueses e apontou o dedo aos Estados Unidos da América, que qualificou como sendo os “verdadeiros interessados numa nova guerra na Europa”, estando “dispostos a sacrificar até ao último ucraniano ou europeu para a promover”.

Já numa ação partidária em Lisboa, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou que as declarações de Vladimir Putin, sem especificar quais, refletem a Rússia “como país capitalista” e representam “um ataque à União Soviética”, defendendo a via do diálogo para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia.

Fonte: Rádio Campanário, 28 de fevereiro de 2022

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União Africana apela ao fim de discriminação “chocantemente racista” nas fronteiras

A União Africana classificou hoje como “chocantemente racista” que cidadãos africanos sejam impedidos de fugir do conflito na Ucrânia, apelando a todos os países que respeitem a lei internacional e apoiem quem foge da guerra, independentemente da sua raça.

“Relatos de que africanos estão a ser escolhidos para tratamento desigual inaceitável seria chocantemente racista e em violação da lei internacional”, dizem, em comunicado, o Presidente do Senegal e presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, e o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat.

Os dois dirigentes apelam por isso “a todos os países que respeitem a lei internacional e mostrem a mesma empatia e apoio a todas as pessoas que fogem da guerra, independentemente da sua identidade racial”.

Sall e Faki dizem estar a seguir de perto os acontecimentos na Ucrânia, mostrando-se “particularmente perturbados” por relatos de que cidadãos africanos estão a ser impedidos de atravessar a fronteira da Ucrânia em busca de segurança.

Os dois líderes sublinham que “todas as pessoas têm o direito de atravessar fronteiras internacionais durante conflitos” e, por isso, devem poder fugir da guerra na Ucrânia, independentemente da sua “nacionalidade ou identidade racial”.

Fonte: RTP, 28 de fevereiro de 2022

A guerra no Leste desempenha duas funções importantes. Primeira, uma função terapêutica. Na sociedade moderna, onde tanto se fala de saúde mental, sobretudo depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a disputa é catártica, serve para o Ocidente extravasar o ódio, neste caso a Putin. Segunda, mais importante, uma função política. Impulsionar a implantação do fascismo global através da efervescente atividade em Kiev, mas compete ao Ocidente zelar para que seja um fascismo bom, e neste caso, instruir que não há razão para que o preto só passe depois do branco. 

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Queria ir para a guerra, mas antes tentou afundar iate de luxo de patrão russo

Um marinheiro ucraniano que tentou afundar no arquipélago espanhol de Maiorca um iate de luxo alegadamente pertencente a um magnata das armas russo, viajava hoje para a sua terra natal, Kiev, para se juntar às forças ucranianas.

Taras Ostapchuk disse à agência Associated Press que esperava juntar-se a soldados ucranianos ou milícias civis que tentavam travar o avanço das tropas russas em direção à capital, Kiev, e outras partes da sua pátria.

“Todos os cidadãos ucranianos devem ser defensores da nossa pátria porque esta está a ser sujeita à agressão russa”, disse o ucraniano numa conversa telefónica algumas horas depois de ter sido libertado após a sua detenção em Maiorca, onde o iate está atracado e pouco antes de embarcar num voo para a capital polaca, Varsóvia.

O tripulante do barco de luxo atracado em Port Adriano, em Palma de Maiorca, tinha sido preso no sábado depois de tentar afundar o barco para prejudicar o seu patrão, a quem acusa de fabricar helicópteros com os quais o seu país está a ser atacado, segundo noticiaram as publicações online do arquipélago Última Hora e o Diário de Maiorca.

Os jornais relatam que a Guarda Civil prendeu o marinheiro ao meio-dia de sábado pelos danos causados a um iate propriedade de Alexander Mijeev, um executivo sénior de uma corporação que fabrica equipamento militar.

O homem preso explicou em tribunal que abriu várias válvulas na casa das máquinas do barco com o objetivo de afundar o iate, após ver ataques a edifícios civis na sua cidade, Kiev, por parte do exército russo que invadiu a Ucrânia.

Taras Ostapchuk alertou os seus companheiros para abandonarem o navio, mas eles avisaram os serviços de assistência portuária para evitar que o navio se afundasse.

Quando preso, o sabotador alegou que o proprietário do iate de luxo era um criminoso que se estava a enriquecer com as armas que estão a matar os seus compatriotas.

Após ter sido levado a tribunal, foi posto em liberdade provisoriamente.

Fonte: Sapo24, 28 de fevereiro de 2022

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Médico disposto a largar tudo em Portugal para ir combater ao lado do seu povo

Igor Pidgirnyi foi hoje uma das vozes que se fez ouvir na manifestação promovida pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) de apoio ao povo ucraniano e, em particular, a todos os profissionais de saúde daquele país invadido pela Rússia.

Nascido na antiga União Soviética, o médico chegou a fazer parte do exército daquele país que viria a desmembrar-se com o fim da guerra fria em 1991.

“Nasci lá, estive no exército União Soviética e para eles a vida de uma pessoa não é nada, as pessoas não existem e, portanto, como não há pessoas, não há problema. Por isso, tudo o que eles fazem é para matar”, disse com indignação.

Observou que, enquanto todos os países apostam no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças como o cancro, “a Rússia é o único país na Europa que só fala em guerra”.

“É um país que não se preocupa com a vida das pessoas e isto tem que parar”, frisou o médico vestido com bata branca, em frente ao Hospital São José, em Lisboa, onde exerce.

Igor Pidgirnyi saudou o facto de “o mundo” ter despertado para esta situação: “Se não fosse a ajuda do mundo inteiro a Ucrânia se calhar seria uma nova colónia”, disse, deixando uma palavra de agradecimento a todos o que estão a apoiar o seu país.

“Espero que esta guerra acabe brevemente com a vitória, que não é só ucraniana, mas do mundo inteiro, contra um diabo”, salientou o médico, acompanhado de outros profissionais de saúde também ucranianos.

“Os ucranianos são um povo que gosta de verdade” com uma história de milhares de anos ligada a guerra: “Tivemos anos piores, anos melhores, mas o povo ucraniano nunca vai aceitar ser uma nova colónia”.

Por isso, garantiu, “todos vamos lutar até ao fim, até morrer”.

Fonte: Sapo24, 28 de fevereiro de 2022

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Roger Waters 

"Trocou uma caminhada de parte na guerra por um papel de liderança numa jaula? "

Uma carta aberta para a Sra. Olena Zelenska de Roger Waters

Domingo 4 de setembro de 2022

Querida Sra. Zelenska,

O meu coração sangra por ti e por todas as famílias ucranianas e russas, devastadas pela terrível guerra na Ucrânia. Estou em Kansas City, EUA. Acabei de ler um artigo em BBC.com aparentemente tirado de uma entrevista que já gravou para um programa chamado ‘Domingo com Laura Kuenssberg’ que vai ser transmitido na BBC hoje, 4 de setembro. BBC.com cita-o como dizendo que "Se o apoio à Ucrânia for forte, a crise será mais curta.” Hmmm? Acho que isso pode depender do que quer dizer com "apoio à Ucrânia"? Se por "apoio à Ucrânia" você quer dizer que o Ocidente continua a fornecer armas aos exércitos do governo de Kiev, receio que esteja tragicamente enganado. Jogar combustível, em forma de armamento, para um tiroteio, nunca funcionou para encurtar uma guerra no passado, e não vai funcionar agora, especialmente porque, neste caso, a maior parte do combustível está (a) a ser lançado no fogo de Washington DC, que está numa relativamente distância segura da conflagração, e (b) porque os "atiradores de combustível" já declararam interesse na guerra a decorrer o maior tempo possível. Receio que nós, e por nós, refiro-me a pessoas como tu e eu, que realmente querem paz na Ucrânia, que não querem que o resultado seja que tens de lutar até à última vida ucraniana, e possivelmente até, se o pior acontecer, até ao fim Vida humana. Se, em vez disso, quisermos alcançar um resultado diferente, podemos ter de procurar um caminho diferente e essa via pode estar nas boas intenções anteriormente declaradas pelo seu marido.

Sim, refiro-me à plataforma sobre a qual ele concorreu tão louvavelmente ao cargo de Presidente da Ucrânia, a plataforma sobre a qual ele conquistou a sua histórica vitória esmagadora nas eleições democráticas em 2019. Ele esteve na plataforma eleitoral das seguintes promessas.

1. Para acabar com a guerra civil no Oriente e trazer paz ao Donbas e autonomia parcial para Donetsk e Luhansk.

2. E ratificar e implementar o resto do corpo dos acordos de Minsk 2.

Só se pode assumir que as políticas eleitorais do seu marido não coadunaram bem com certas fações políticas em Kiev e que essas fações persuadiram o seu marido a mudar diametralmente o curso ignorando o mandato das pessoas. Infelizmente, o seu velho concordou com aqueles despedimentos totalitários e antidemocráticos da vontade do povo ucraniano, e as forças do nacionalismo extremo que se esconderam, malévolas, nas sombras, governam, desde então, a Ucrânia. Eles também, desde então, cruzaram um número de linhas vermelhas que foram definidas claramente ao longo de vários anos pelos seus vizinhos, a Federação Russa, e, consequentemente, eles, os nacionalistas extremos, colocaram o seu país no caminho para o é uma guerra desastrosa.

Eu não vou continuar.

Se eu estiver errado, por favor ajude-me a entender como?

Se não estou errado, por favor ajudem-me nos meus esforços honestos para persuadir os nossos líderes a parar a chacina, a chacina que serve apenas os interesses das classes dominantes e dos nacionalistas extremos tanto aqui no Ocidente, como no vosso belo país, às custas do resto de nós, pessoas comuns, tanto aqui no Ocidente, como na Ucrânia, e na verdade pessoas comuns em todo o mundo.

Não seria melhor exigir a implementação das promessas eleitorais do seu marido e pôr fim a esta guerra mortal?

Amor

Roger Waters

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Olena Zelenska: conheça a primeira-dama da Ucrânia

Uma mulher que não queria que o marido entrasse no mundo da política e que admite preferir ficar nos bastidores. E que ainda assim é vista como uma grande inspiração no seu país.

Os olhos do mundo estão colocados na Ucrânia, país que desde a madrugada de dia 24 enfrenta uma guerra devido à invasão das forças militares russas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é o rosto da resistência e da luta pelo país, estando a conquistar elogios de todo o globo pela sua postura. Zelensky sabe que é um “alvo” principal, tal como descreveu numa transmissão em vídeo. Sabe também que, por ser quem é, tem a mulher e os dois filhos, de 17 e 9, anos em risco.

Mas quem é a mulher de Volodymyr Zelensky? Trata-se de Olena Zelenska

Com 44 anos, trabalhou como guionista antes de o marido assumir a presidência da Ucrânia. Sabe-se que chegou a opor-se à intenção de Zelensky de voltar-se para a vida política. Ainda assim, é um dos seus maiores apoios atualmente. Quando se tornou primeira-dama, em 2019, foi considerada a mulher mais influente do seu país. 

Olena é reconhecida pelo seu inglês perfeito, pelo discurso diplomático e pelo apoio a causas que lhe são queridas. Está ligada a iniciativas ligadas à igualdade de género, ajudou a reformular os sistemas nutritivos escolares, é uma voz ativa pela cultura e assumiu a missão de espalhar a língua ucraniana além-fronteiras. 

Origens

Olena Kiyashko (era este o seu nome de solteira) nasceu a 6 de fevereiro de 1978 em Kryvyi Rih. Estudou arquitetura, mas não chegou a exercer. Dedicou-se antes à escrita de textos para uma produtora, tornando-se escritora. 

Foi na universidade que conheceu aquele que viria a ser o seu marido. Na altura, Zelensky estudava direito enquanto tentava iniciar uma carreira de comediante. Olena acabou a trabalhar com o atual marido a escrever guiões para o seu grupo de comédia. 

Início da vida política

Segundo a imprensa ucraniana afirma, Olena “opôs-se firmemente” quando Zelensky começou a falar da intenção de se voltar para a vida política. Tudo porque temia que a vida de ambos se tornasse muito exposta. Apesar desta relutância inicial, quando chegou a altura de fazer campanha, esteve ao lado do marido em todos os momentos, demonstrando o seu apoio. 

Durante a campanha e já enquanto primeira-dama, Olena Zelenska foi sempre elogiada pelas escolhas de estilo que fazia. O facto de muitas vezes preferir estilistas ucranianos fazia com que fosse considerada uma diplomática até na hora de vestir

Numa entrevista para a Vogue ucraniana, disse: “Não sou uma pessoa que se queira expor ao público. Mas a minha nova realidade requer que quebre esta regra e estou a tentar cumprir com isso”. Na mesma conversa, admitiu preferir “ficar nos bastidores” enquanto marido “sempre foi um homem para estar no primeiro plano”. Sente-se mais confortável fora das atenções, diz que nunca foi a vida de uma festa e que não gosta de contar piadas. Na mesma entrevista, admitiu, ainda que o tornar-se uma figura pública com tanta relevância tem os seus pontos positivos. Através disso pode ser uma voz para questões que lhe são importantes. 

Em setembro de 2021, Olena Zelenska esteve nos EUA e deu um discurso em Washington DC que foi considerado inspirador por muitos. “Acredito que hoje nós [todos os países do mundo] temos muito em comum. Valores, ideias e problemas comuns”, disse, apelando a uma união e maior sentido de comunidade global. Apelava a uma maior cultura diplomática entre nações como forma de todos encontrarem estabilidade. 

Atualmente

Desde que a Ucrânia foi invadida pela Rússia que Olena Zelenska tem usado as redes sociais para se dirigir à população. No dia seguinte ao início da guerra, publicou a imagem da bandeira ucraniana e escreveu: “Meu querido povo, ucranianos! Hoje olho para todos vocês: para todos os que vejo na TV, nas ruas, na internet. Vejo as vossas publicações e vídeos. E sabem que mais? Vocês são incríveis. Tenho orgulho de viver convosco no mesmo país… Hoje não vou ter medo nem derramar lágrimas. Vou estar calma e confiante. As minhas crianças olham por mim. Vou estar ao lado deles e do meu marido e com todos vocês. Amo-vos. Amo a Ucrânia!”

Fonte: Caras, 28 de fevereiro de 2022

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Embaixada da Rússia insta cidadãos a denunciarem ameaças às autoridades portuguesas

“Em caso de ameaças à sua segurança, deve contactar imediatamente as autoridades portuguesas (…), bem como informar o serviço consular da embaixada sobre o incidente através do número de emergência, cujos funcionários prestarão assistência no âmbito da sua competência”, pode ler-se numa nota publicada no ‘site’ oficial da Embaixada da Rússia em Portugal.

Numa mensagem em que incentiva à denúncia de casos de “provocações, ameaças e preconceitos”, mas também para que os cidadãos russos em Portugal “não cedam a provocações”, a embaixada lembrou que “no território de um estado estrangeiro” estes estão “na jurisdição do país anfitrião”.

Fonte: Sapo24, 28 de fevereiro de 2022

Foto: Sweet Hole, tcc Alita Angel / Fancy Passion / Leah Maus / Nataha Normalek / Sweet Hale, 1,65 m, 81-64-84, olhos e cabelos castanhos, nascida a 30 de maio de 1999 na Federação Russa.

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Não há nenhuma razão para que haja frio, mesmo neste inverno de crise energética, em qualquer uma das divisões de uma casa, portuguesa ou alemã.

Foto: Eve Kisa, tcc Ana, Ana Kisa, Anna, Avery, 1,63 m, nascida a 30 de novembro de 1990 em Sacramento, Califórnia.

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Barbie Girl. Um êxito intemporal ou uma música “sexista”? (1)

A semana passada, ‘Barbie Girl’ – o maior êxito da banda dinamarquesa Aqua – atingiu as mil milhões de visualizações no Youtube, ao mesmo tempo que comemora o seu vigésimo quinto aniversário. Estaremos perante uma música que “objetifica” a mulher?

Não é preciso ter nascido nos anos 90 para que conheçamos, dancemos e vibremos cada vez que nas discotecas, ou festas entre amigos, ouvimos o tão famoso refrão: “I’m a Barbie girl in the Barbie world, life in plastic, it’s fantastic”.

Mesmo passados 25 anos, quando a música começa a tocar, somos imediatamente transportados para o videoclipe cor de rosa, exuberante e plástico, que nos faz, muitas vezes, deixarmo-nos levar por o diálogo entre a Barbie e o seu companheiro Ken como se efetivamente fossemos as personagens. A verdade é que o grupo dinamarquês Aqua conquistou o ranking mundial com Barbie Girl, a música em que sua vocalista, Lene Nystrøm, sarcasticamente se torna num “objeto feminino”. E há uma semana, mostrou que “o passar do tempo não leva ao esquecimento”: no vigésimo quinto aniversário da banda – a mais controversa das suas canções – atingiu a marca histórica dos mil milhões de visualizações no YouTube. 

O vídeo do single, incluído no primeiro álbum da banda, Aquarium, de 1997, foi colocado na plataforma em 2010, mais de dez anos depois de ter sido lançado. “Só podemos dizer: ‘mil milhões de agradecimentos’!”, escreveram Lene Nystrøm, atualmente com 48, René Dif, de 54, e Søren Rasted, de 52, três dos membros originais da banda que, por incrível que pareça, ainda estão no “ativo” – apesar de não lançarem um álbum desde 2011, Aqua continua em tournée pelo mundo, mantendo o sucessos com músicas como Around The World , My Oh My, Happy Boys and Girls e, claro, Barbie Girl, que ironiza a “vida perfeita” da famosa boneca e no final dos anos 90 se tornou uma espécie de hino para os millennials. 

A música levou o grupo dinamarquês ao estrelato e ao topo das músicas mais ouvidas tanto do Reino Unido como de outros países da Europa, além do Top 10 da Billboard Hot 100, nos EUA. O vídeo do single foi lançado na MTV e foi dirigido pelo diretor holandês Peder Pedersen, inspirando-se em desenhos animados. Contudo, ao longo do percurso, nem tudo foi “cor de rosa”. 

Fonte: jornal i, 28 de fevereiro de 2022

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Barbie Girl. Um êxito intemporal ou uma música “sexista”? (2)

Apesar do seu êxito, a música fez com que muitos críticos “franzissem a testa”, questionando o tema da música, onde existe um diálogo entre o casal: Barbie e Ken. Oi, Barbie!/Oi, Ken!/Queres dar uma volta?/Claro, Ken!/Entra!/ Eu sou uma Barbie a viver no mundo da Barbie/A vida de plástico é fantástica/Podes-me escovar os cabelos/ Despir-me em qualquer lugar/ Usa a imaginação/ A vida é a tua criação!”, ouve-se no princípio do single. No início, a maioria das pessoas achou muita piada ao vídeo “cativante”, com cores “berrantes” e as vozes “exageradas”. Contudo, à medida que o tempo foi passando, as opiniões foram-se tornando cada vez menos unânimes, com algumas pessoas a defender que Aqua se encontra a “objetificar” a figura feminina. 

Aqua em Tribunal “Nós nunca quisemos fazer uma música sexista”, começou por esclarecer à revista Nylon, em 2017, Lene Nystrøm. “Para nós foi uma espécie de sátira ao tipo de miúda como Pamela Anderson, que existia na época e que ainda existe. Ainda assim, parece-me uma música inocente ao compará-la com outras músicas que por aí andam”, acredita. Além disso, a vocalista garante que se orgulha do single, que não se cansa de cantá-lo e que não tem problema nenhum quando os fãs a chamam de barbie girl. Segundo a mesma, esta identifica-se “absolutamente” com a sua música, apesar de não se considerar uma barbie. 

Fonte: jornal i, 28 de fevereiro de 2022

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Barbie Girl. Um êxito intemporal ou uma música “sexista”? (3)

No final dos anos 2000, a Mattel – a maior fabricante de brinquedos do mundo que detém a marca Barbie – abriu um processo contra Aqua, alegando que o grupo musical havia “arruinado a reputação da marca”, que “a música se tornou tão conhecida que começou a afetar as suas estratégias de marketing” e ainda que os artistas haviam “transformado a boneca num objeto sexual”. Além disso, a multinacional acreditava que os dinamarqueses não respeitaram “uma marca registada”, afirmando ainda que falavam da boneca como uma “referência cultural, um conceito e não uma marca específica”. Segundo a Mattel, a música fez com que as vendas da famosa Barbie descessem consideravelmente.

Contudo, a MCA Records e a banda dinamarquesa não ficaram de “braços cruzados” e processaram a empresa, por difamação. Em 2002, o U.S. Circuit Court of Appeals decidiu que a música era apenas uma “sátira inofensiva”, absolvendo a MCA Records e a banda das acusações. “O uso de direitos autorais não é afetado, porque o Aqua usa a palavra barbie para transmitir um conceito particular que eles têm”, lê-se num dos documentos, que também menciona que o facto de “remover” a música só colocaria em causa a liberdade de expressão. 

Apesar disso, a Mattel conseguiu que Aqua não cantasse Barbie Girl por alguns anos – não por imposição judicial, mas porque o grupo decidiu separar-se voluntariamente. “São vocês que estão a impor um sentido à letra da música”, defenderam os artistas na altura. Também o processo por difamação contra a Mattel não obteve resultados, e o juiz Alex Kozinski afirmou que “ambas as partes deviam relaxar”.

Fonte: jornal i, 28 de fevereiro de 2022

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Barbie Girl. Um êxito intemporal ou uma música “sexista”? (4)

Uma carreira de separações Segundo o jornal espanhol El Mundo, Aqua fez uma “pausa” na sua carreira entre 2001 e 2008, ano em que regressou para “oferecer” uma série de espetáculos. Ao perceberem que continuavam a fazer “vibrar” o público, o grupo pensou em lançar um terceiro álbum, em 2011. E assim nasceu Megalomania que se seguiu a Aquarius (2000). Três anos depois, o grupo voltou a separar-se, pois todos os seus membros queriam “aproveitar as famílias e os seus projetos a solo”. 

Em 2016, os artistas decidem regressar, desta vez sem Claus Norreen, que, embora declarasse que “amava os seus amigos incondicionalmente”, tinha “outras aspirações musicais”. Mesmo assim, nada conseguiu desencorajar os três integrantes restantes, que nos últimos seis anos fizeram tournées pela Europa, Ásia e América com grandes espetáculos onde o principal “anseio” é ouvir a música sobre as “futilidades” da boneca mais famosa do mundo.

Desde pequena que Lene Nystrøm nutriu uma paixão pela música. Esta treinou como cantora e começou a tocar em bares em adolescente. Em 1990 acabou por ganhar fama no programa de televisão Casino da TVNorge e, quatro anos depois, a sua vida mudou radicalmente, quando trabalhava num cruzeiro e conheceu o dinamarquês René Dif, que tocava com os seus amigos Søren Rasted e Claus Norreen num grupo chamado Joyspeed. 

Desta forma, René convenceu Lene a fazer parte da banda e não foi preciso muito tempo para que Aqua nascesse. A banda estreou em 1996 com Roses Are Red e lançou o seu primeiro álbum Aquarium um ano depois.

Fonte: jornal i, 28 de fevereiro de 2022

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Barbie Girl. Um êxito intemporal ou uma música “sexista”? (5)

Atualmente, continuam a atuar em palcos juntos, a encher salas e a divertir o público, apesar das músicas lançadas depois de Barbie Girl nunca terem tido o mesmo sucesso. Na sua página no Instagram partilham regularmente fotografias dos seus espetáculos e é perfeitamente visível a mudança dos artistas. Estes descartaram em grande parte as roupas “descoladas” da época, vestindo-se de maneira “menos exuberante”. Recentemente o grupo, agora com três elementos, revelou à BBC que olhava para as suas conquistas da década de 1990, com nostalgia. Na legenda da fotografia partilhada na rede social para anunciar a entrevista, estes escreveram: “Tivemos uma ótima conversa com Ryan Saunders da BBC para o programa Top Of The Pops 1994-1997 no outro dia. Isso fez-nos viajar por memórias! Uau!”. 

De seguida foram muitos os fãs que partilharam da nostalgia. Um internauta escreveu: “A rainha nunca envelheceu”. Enquanto outro acrescentou: ‘Vocês estão ótimos”. Um terceiro seguidor “implorou” por uma nova música. Em 2019, Lene disse que a banda estava a trabalhar em novas músicas. 

Em entrevista ao TMZ, a vocalista adiantou que o grupo estava a trabalhar, mas que é o “juiz mais difícil”: “Não lançaremos nada até que esteja absolutamente perfeito”, explicou acrescentando que os artistas estão a “cruzar os dedos” para que do seu trabalho saia “algo incrível”. Em julho passado, a banda lançou um cover de I Am What I Am para o Copenhagen Pride. 

Com novas músicas ou não, críticas e tentativas de “cancelamento”, a verdade é que mesmo sem um dos elementos e, mesmo com o passar dos anos que os podiam ter levado ao “esquecimento”, os Aqua continuam “vivos” e, Barbie Girl não poderia deixar de ser tão “atual”.

Fonte: jornal i, 28 de fevereiro de 2022

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Ex-miss Ucrânia pega nas armas e junta-se ao exército: “Quem entrar nas nossas fronteiras morre”

Anastasiia Lenna está disposta a defender o seu país até às últimas consequências.

Anastasiia Lenna, a miss Ucrânia de 2015 que depois representou o país num concurso de beleza internacional, juntou-se ao exército ucraniano para lutar contra os russos, segundo escreve a imprensa internacional.

Nas redes sociais Anastasiia Lenna partilhou fotos armada e deixou uma mensagem nas stories do Instagram: “Quem entrar nas nossas fronteiras com a intenção de invadir vai morrer." 

Disposta a defender a Ucrânia até às últimas consequências, a antiga miss tem feito várias publicações a propósito da invasão russa. Numa delas considerou o presidente Volodymyr Zelensky "um verdadeiro líder”. Noutra deixou um apelo para que sejam feitas doações ao exército ucraniano.

Lenna fala cinco línguas e é licenciada em marketing pela universidade Slavistik, em Kiev. Trabalhou na Turquia como relações públicas e como tradutora.

Fonte: Correio da Manhã, 27 de fevereiro de 2022

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 “Um tanque parece invencível quando entra numa cidade, mas, ao entrar nas ruas, esta é de facto a arma que os civis têm. Um cocktail Molotov, que tem uma imagem de Vladimir Putin, Dmitri Medvedev‎ e outros soldados russos, e aqui uma frase que só posso dizer em russo e ucraniano Putin kuilov (?), que é um insulto intraduzível para português.

O que eles fazem, os civis, é com um isqueiro acendem esta este rastilho, digamos assim, leva alguns segundos e depois quando atinge, ao fim de alguns segundos, esta parte mais acima, atiram o cocktail Molotov contra o tanque, para certas zonas do tanque onde o líquido incandescente pode entrar dentro do tanque. Sítios que eles conhecem. E é assim que os civis estão a combater os tanques russos aqui na Ucrânia.

E há na Internet muitos vídeos que mostram isso mesmo.”

José Rodrigues dos Santos

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 Kate Woodville, Martin Landau, “Mission: impossible”.

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 Sid Vicious with The Dogs at the Whiskey at Go Go, Los Angeles.

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 Apple suspende vendas dos seus produtos na Rússia

‘Apple Pay’ com acesso limitado e mapas da Ucrânia deixam de oferecer certas informações

A gigante da tecnologia Apple anunciou esta terça-feira que suspendeu a venda dos seus produtos na Rússia devido à invasão militar da Ucrânia.

A empresa acrescentou em comunicado que também limitou o acesso ao sistema de pagamento 'Apple Pay’ e parou de oferecer certas informações sobre mapas da Ucrânia na aplicação 'Apple Maps’ para proteger a segurança dos cidadãos ucranianos.

Além disso, a 'Apple App Store’ não permitirá que aplicações da rede russa RT e da agência Sputnik sejam descarregados fora da Rússia.

Da mesma forma, a Apple explicou que na semana passada deixou de exportar produtos destinados a serem vendidos no mercado russo, como o iPhone ou o iPad.

“Estamos muito preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos com as pessoas que estão a sofrer devido à violência”, disse a empresa numa nota.

A empresa vai continuar a avaliar a situação e disse estar em contacto com vários governos.

Fonte: Record, 1 de março de 2022

Foto: Lupe Fuentes, tcc Little Lupe / Zuleidy Piedrahita, 1,44 m, 39 kg, 76-51-76, sapatos 35, olhos e cabelos castanhos, nascida Zuleidy Piedrahita a 27 de janeiro de 1987 em Santiago, Cali, Colômbia.

Melanie Rios, tcc Elanie / Melanie / Melanie Jane, 1,60 m, 44 kg, 85-57-95, sapatos 36 ½, olhos e cabelos castanhos, nascida Sara Velez Galeano a 8 de abril de 1991 em Medellín, Colômbia.

No meio da guerra não há apenas caos e destruição, há também milagres e boas notícias, que abundam nos canais de notícias. A Apple parar de vender produtos excessivamente caros, para o desempenho obtido, ludibriando os consumidores com uma inteligente lavagem cerebral mercadológica, é uma ótima notícia.

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 YouTube bloqueia acesso aos canais russos RT e Sputnik na Europa

O YouTube anunciou hoje o bloqueio dos canais russos RT e Sputnik em toda a Europa, uma decisão tomada na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A decisão foi confirmada pela plataforma num email enviado e citado pela agência France Presse (AFP), referindo que a mesma tem “efeito imediato”.

“Estamos a bloquear os canais RT e Sputnik do YouTube em toda a Europa, com efeito imediato”, refere a plataforma, acentuando que os seus sistemas “necessitam de algum tempo até ficarem completamente operacionais” e garantindo que as suas equipas estão “a monitorizar 24 horas por dia para atuar o mais rapidamente possível”.

A decisão do YouTube vem juntar-se à de outras plataformas digitais, como o Facebook e a Instagram.

A decisão da Meta, gestora de participações sociais que controla aquelas duas redes sociais, foi tomada na segunda-feira e segue-se ao seu anúncio, feito durante o fim de semana, de que iria banir publicidade daqueles meios estatais russos e já tinha removido uma rede de 40 contas falsas, páginas e grupos que publicavam argumentos pró-russos.

A rede usava pessoas fictícias que se apresentavam como jornalistas e peritos, mas ainda não tinha uma audiência relevante.

A RT e a Sputnik são parte da máquina de propaganda russa, que espalha perspetivas de apoio à invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que procura descredibilizar e criticar a resposta de outros Estados.

Fonte: Sapo24, 1 de março de 2022

Foto: Harriet Sugarcookie, 1,54 m, 52 kg, 81-58-84, sapatos 36, olhos castanhos, cabelos pretos, nascida a 19 de dezembro de 1995 em Hanói.

Uma justificação autoevidente. Numa guerra, as máquinas de propaganda dos lados em contenda têm a função de descredibilizar e criticar. Contudo, é uma justificação inserida na filosofia mercantil das redes sociais, de considerarem os utilizadores idiotas.

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 Rui Pinto denuncia que oligarca russo voou em jato português

Alexander Mikheev viajou hoje no jato particular português CS-DHZ (Bombardier Global 6000) de Dubai para Hanói, no Vietname, diz o hacker.

O hacker português Rui Pinto denunciou esta terça-feira, através do Twitter, que o oligarca russo Alexander Mikheev, diretor geral da empresa russa Rosoboronexport , suspeito de tráfico de armas, viajou hoje no jato particular português CS-DHZ (Bombardier Global 6000) de Dubai para Hanói, no Vietname.

Alexander estaria acompanhado pelo vice-presidente da Russian Helicopters JSC, Alexander Shcherbinin.

Fonte: Sol, 1 de março de 2022

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