Desejo
tão só ser julgado como primeiro-ministro. Em nenhum caso seria capaz de
sacrificar os interesses nacionais às conveniências de uma eventual candidatura
à residência da República (tl;dr)
Atropelar
os direitos humanos, literalmente,
com um carro, acontece em adiantado século XXI. Não na América, não na Hungria,
entre o povo de linhas mais retas escrito [1]. Esta
marcha atrás civilizacional envergonha egrégios netos e Panteão, e
marquesmendemente se denuncia: Um trabalhador tem a folha feita, proveu a féria,
já não precisa de trabalhar mais nesse ano, quer férias, e os dirigentes de
classe chocalham-lhe alienatórias cenouras frente ao nariz no maior atropelo
aos direitos adquiridos e travagem das conquistas sindicais. “A edição desta
sexta-feira do Jornal de Notícias [07 outubro 2016] dá conta dos valores: os
taxistas querem que a bandeirada passe a ser de seis euros no Natal e no Ano
Novo e querem subir em 20% os valores cobrados aos passageiros no verão, nomeadamente
em julho e agosto. O presidente da associação, Florêncio Almeida, diz que os
cálculos tiveram por base aquilo que é praticado em vários países da Europa e
lamenta não ter recebido ainda um feedback
por parte do Governo.” [2]
Tais ignominiosas propostas contra a organização do tempo de trabalho combustam
de um dirigente sem-medo, um traga-mouros, Florêncio Almeida: “Tenho medo que
haja porrada e tenho dito desde o principio e continuarei a dizer e tenho medo
que haja problemas, porque se eles existirem as culpas tem que se assacadas ao
governo.” Um bate e culpa o outro, sem valoração axiológica, atestado de
carburação monetarista. “Sem rodeios, assume não viver com a moral: Vivo com
dinheiro para me governar.” [3]
1984. Maio.
Terça-feira, 29 “o Ministério Público pediu uma pena de seis meses de prisão
para o major Otelo Saraiva de Carvalho, no tribunal judicial de Évora por
alegado «incitamento à violência». Otelo compareceu hoje pela terceira vez
naquele tribunal, na sequência da acusação suscitada pela sua intervenção numa
sessão de esclarecimento da FUP, realizada em março de 1980, na região de
Évora. Recorde-se que o processo teve início em 1981 e, na última audiência, em
4 de outubro de 1983, o tribunal considerou extinto o procedimento criminal
contra o acusado. Apesar da decisão, o delegado do Ministério Público recorreu
para o Tribunal da Relação e este marcou novo julgamento. A audiência de hoje
começou cerca das 11h00 e terminou às 17h00, com uma interrupção para almoço
entre o meio-dia e as 1400. Ao pedido do delegado do procurador da República,
Pereira dos Santos, contrapôs o patrono do acusado, José Madureira, a proposta
da sua absolvição, por improcedência da acusação face ao novo código penal.”
Segunda-feira, 11 de junho “o tribunal judicial de Évora absolveu esta manhã o
tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho, num processo em que o antigo
comandante do COPCON está a ser julgado por alegado «incitamento à violência»,
durante a sua intervenção numa sessão de esclarecimento da FUP, realizada na
capital do Alto Alentejo em março de 1980. (…). Ao absolver agora Otelo Saraiva
de Carvalho o tribunal entendeu que «falta provar pelo menos o elemento
subjetivo da infração imputada ao réu».”
Quinta-feira,
31 de maio, Mário Soares, primeiro-ministro, discursa ao sensato povo. “Existe
em Portugal «um plano de aviltamento das instituições que uma minoria
organizada quer impor à grande maioria dos portugueses», afirmou Mário
Soares, numa mensagem difundida através da rádio e da televisão e que pretendia
ser o balanço de um ano de ação governativa. Concretizando o que chamou de
«plano de aviltamento», o primeiro-ministro referiu-se às inscrições nas
paredes e disse que esta situação constitui um abuso de liberdade «uma
verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida por lei».
«Sê-lo-á» ameaçou, a propósito, Mário Soares. O primeiro-ministro, justificando
a apresentação da Lei da Segurança Interna, referiu-se aos atos terroristas
reivindicados pelas Forças Populares 25 de Abril e afirmou que «há semanas está
em curso uma campanha de instigação à desobediência civil». «Procura-se,
designadamente, que a população não aceite o aumento do preço dos transportes
públicos», acrescentou. Sobre o governo, Soares anunciou ter chegado à
conclusão, juntamente com Mota Pinto, de que «a hipótese de uma eventual
remodelação da equipa governativa não se justificaria no atual momento». Entre
as razões por ele apontadas, destaca-se o facto de o executivo estar a «lançar
uma série de medidas verdadeiramente estruturais, que uma vez
implementadas modificarão a situação real do país». (…). O primeiro-ministro
justificou a necessidade da lei que institui os Serviços de Informação e da Lei
de Segurança Interna e de Proteção Civil, pelo facto da «democracia portuguesa
não poder ser uma imprudente exceção na Europa de hoje», permanecendo o «Estado
perfeitamente desarmado». (…). Mário Soares, citando exemplos, referiu «as
ações violentas, os assaltos a empresas, os sequestros de administradores, os
espancamentos de trabalhadores que não se submetem, os desafios às forças de
segurança, o terrorismo seletivo contra gestores reivindicado pelas FP-25 de
Abril». Para o primeiro-ministro, o perigo da presente situação também está
expresso «nas inscrições das paredes» que refletem «um plano de aviltamento das
instituições» e que por isso passarão a ser punidas pela lei. (…). Soares
referiu-se ao que chamou «uma campanha de instigação à desobediência civil», em
curso «há semanas» e que procura, designadamente, a não-aceitação, por parte da
população, do aumento do preço dos transportes. A serem seguidos, tais
incitamentos, afirmou Soares, «seriam uma forma insidiosa de desagregação do
Estado democrático». A concluir o capítulo da sua comunicação dedicado aos
«abusos de liberdade», Soares diria: «O país está perfeitamente calmo. As
forças de segurança estão atentas. O governo está seguro de si e
sereno». (…). Para Mário Soares, a «virulência de certas oposições resulta da
consciência que ela tem que o governo está no ponto de viragem em que a obra
realizada começa a aparecer». (…). O primeiro-ministro diria que não era
possível, em escassos onze meses, com os bloqueamentos estruturais existentes e
os reflexos persistentes da crise internacional, «dar emprego a quem o não tem,
continuar a pagar subsídios a empresas sem viabilidade, diminuir os preços dos
artigos importados quando o dólar sobe, aumentar os salários e os vencimentos,
obrigar a investir quem o não quer fazer e, ao mesmo tempo, reduzir o défice
externo». (…). Mário Soares reconheceria, no entanto, que a «redução drástica
da nossa balança com o exterior, não conforta o estomago dos que passam mal» e
disse reconhecer que a «situação é difícil para todos e que, para alguns,
principalmente nas zonas urbanas da periferia das grandes cidades, se tornou
mesmo muito difícil, duríssima». Contudo, segundo Soares, «ninguém tem o
direito de dizer que foi enganado, porque a política que está a ser seguida não
lhe tenha sido anunciada e previamente explicada não só como necessária,
mas como inevitável». (…). «A situação que este governo veio encontrar
era pior, muito pior do que pensávamos em maio / abril de 1983. Às dificuldades
económicas e financeiras juntara-se a degradação acelerada do aparelho de
Estado». (…). «O governo tem uma política e está a aplicá-la com determinação e
coragem». Exemplo dessas «virtudes» estão patentes no facto de terem atacado
«algumas matérias que constituíam, desde 1974, verdadeiros tabus». «Fizemos
aprovar a lei da delimitação dos setores, que permite a banca privada nacional
e estrangeira. Temos pronta a lei das rendas. Temos pronto o projeto de revisão
da lei da Reforma Agrária e a proposta de lei do arrendamento rural».”
Junho.
Segunda-feira, 4 “o ministro da Qualidade de Vida, António Capucho, deverá
entregar, ainda hoje, a sua carta de demissão ao primeiro-ministro, Dr. Mário
Soares. Todavia, e no sentido de evitar especulações quanto à sua atitude,
Capucho terá aceitado que a demissão apenas seja formalizada na próxima
quinta-feira, imediatamente após a votação, no parlamento, da moção de
confiança apresentada pelo governo. Na intervenção de ontem, no Conselho
Nacional do PSD, o antigo secretário-geral deste partido considerou «não estar
galvanizado», ou não ter «força anímica» para continuar num executivo de
cuja eficácia e durabilidade duvida. (…). Sabe-se, entretanto, que numa
reunião, quinta-feira passada, entre Mota Pinto e os restantes ministros do
PSD, António Capucho adiantou logo não estar motivado para continuar no
governo, em contraste com a generalidade dos restantes presentes,
particularmente José Augusto Seabra, muito entusiasmado pela possibilidade de
continuar por mais algum tempo à frente do ministério da Educação.” Sexta-feira,
8 de junho “o ministro da Qualidade de Vida, António Capucho, entregou hoje ao
primeiro-ministro a sua carta de demissão.”
Quarta-feira,
6 de junho, discussão da moção de confiança. «Tanto o vice-primeiro-ministro
como eu temos lutado por evitar que os problemas internos dos partidos
extravasem ou se transfiram para dentro do governo. Temo-lo conseguido em
parte. O governo e as suas deliberações, que se situam ao nível do Estado, não
pode nem deve ser comandado, nem sequer condicionado de fora, pelos
estados-maiores partidários. Que fique bem claro: comigo não o será, em caso
nenhum». A garantia é de Mário Soares e foi hoje revelada na Assembleia da
República, no discurso que iniciou o debate da moção de confiança pedida pelo
executivo ao parlamento. (…). O primeiro-ministro afirmou que o governo se
apresenta no parlamento para apresentação da moção de confiança «sem complexos
e numa postura que não é defensiva». «Não pretendo que tudo tenha corrido na
ação governativa como gostaríamos», reconheceu o dirigente socialista,
acrescentando que terá de ser aperfeiçoado o trabalho da equipa «e sobretudo a
sua coordenação». Mário Soares insistiu em que este governo «fez o suficiente
para merecer o respeito dos portugueses de boa-fé, porque evitou a ameaça iminente
de uma grande catástrofe nacional» e acrescentou que nenhum outro governo
posterior ao 25 de abril «estará em condições de lhe atirar a primeira pedra».
O primeiro-ministro reafirmou que não há alternativa ao seu governo no atual
quadro político-partidário e que «o passo seguinte à queda do governo seria a
improvisação, talvez a aventura ou mesmo o caos». (…). O primeiro-ministro
rejeita também a hipótese de os problemas do país poderem ser solucionados pelo
aparecimento de um novo partido, «sem definição ideológica e com tensões
obviamente contraditórias dentro de si, até pelas pessoas que, aparentemente,
aparecem a impulsioná-lo». Esse novo partido, disse Soares, teria também de
resolver a questão das alianças: ou se aliava ao PCP, «como acreditaria o Dr.
Cunhal que aconteceria e, por isso, com tanto carinho o apadrinha», ou
rejeitaria uma aliança desse género, e «estaria necessariamente obrigado, a
prazo, a realinhar-se pela fórmula da atual coligação». (…). Sobre as
presidenciais Mário Soares afirma não ver razão para alterar o que foi acordado
entre o PS e o PSD na altura da constituição do governo, ou seja, que os dois
partidos «diligenciarão» com vista a uma estratégia comum, na altura oportuna.
Aos que lhe atribuem «desígnios próprios» sobre este assunto, responde Mário
Soares: «Desejo
tão só ser julgado como primeiro-ministro. Em nenhum caso seria capaz de
sacrificar os interesses nacionais às conveniências de uma eventual candidatura
à residência da República» [4]. E explica que,
se essa fosse a sua prioridade, ter-se-ia «resguardado politicamente, como
outros porventura fazem», e não teria aceitado ser primeiro-ministro em tempo
de crise. «Diga-se em homenagem aos trabalhadores portugueses que não obstante
a agitação fomentada, de uma violência sem precedentes, não houve greves
significativas, a contratação coletiva tem-se processado pacificamente e mesmo
no domínio dos despedimentos coletivos a que algumas empresas, como a Setenave,
tiveram de recorrer, não houve lugar a grande contestação». (…). «O governo tem
uma política coerente e um projeto de transformação e modernização do país que
está em curso e é exequível». (…). «Não abrandaremos no ritmo da sua
implementação. Há uma saída para Portugal. Mas requere algum tempo,
perseverança e estabilidade política e social». (…). «Compreendo que haja
impaciências, discordâncias e incompreensões, estamos no mais cavado da vaga,
no momento da viragem. O ano de 1984, como dissemos, é de resto, um ano
de viragem essencial». «A crise é profunda e não é só económico-financeira: é
também moral e cultural. A via é estreita. A democracia implica uma grande e
longa aprendizagem e as tentações de recorrer às soluções de facilidade são
grandes. Tenho, porém confiança. O bom senso do povo português tem-nos salvo
sempre, nos momentos cruciais. Não se deixará arrastar pelas pressões da
contrapropaganda nem pelos aproveitamentos oportunistas. O governo também não».
«Que
é que vem aqui o Sr. primeiro-ministro fazer? Quem é que pretende enganar? Em
vez de remodelação, moção! Poderá obter aqui a confiança dos deputados. Mas
lá fora, nas ruas, nas fábricas, nos campos, a
contestação à política deste governo continuará e aumentará». Estas
palavras da deputada comunista Zita Seabra, no parlamento, quando se iniciava o
período de perguntas a Mário Soares depois do discurso do chefe do governo
provocou imenso burburinho e levou à suspensão da sessão. A mesa da AR afirmava
que aquilo era uma intervenção. Zita Seabra respondia que era apenas uma
pergunta.”
Quinta-feira,
7 de junho “há dois anos e meio, o velho cinema Cinearte, rosto voltado ao Tejo e ao Largo
de Santos, dava a sua última sessão e fechava definitivamente as portas ao
público. Esteve para ser demolido, mas as suas características arquitetónicas
salvaram-no da destruição. Está à venda, mas continua a morrer um pouco mais em
cada dia que passa. Por volta da meia-noite de uma chuvosa e fria noite de
novembro, o projecionista do Cinearte arruma as bobinas do filme que acabara de
ser projetado [5]. Os porteiros fecham as portas
nas costas do último espetador, os bombeiros de piquete partem e as luzes são
apagadas. A última sessão do Cinearte, o cinema que apresentava «todos os dias
um filme», pode bem ter conhecido este epílogo, corria o ano de 1981. (…).
Assim caía o pano sobre a história viva do derradeiro sobrevivente da chamada
«década de ouro» dos grandes e faustosos cinemas lisboetas. Foi autor do
Cinearte, no ano de 1938, o arquiteto Raul Rodrigues Lima, que viu nestes
termos a sua obra: «Na elaboração do projeto do Cinearte, procurei o melhor que
me foi possível dar satisfação ao programa estabelecido pelo cliente, que se
resumia num objetivo principal a atingir: atrair o público». (…). Técnico
conhecido, Rodrigues Lima deixou a marca das suas conceções estéticas em obras
de caraterísticas nacionalistas, como os pavilhões «Fundação, Formação e
Conquista» e «Independência» da Exposição do Mundo Português (1940), tribunal
do Porto e cinema Monumental (1944-50), tendo ainda participado no projeto da
praça do Arrieiro, em Lisboa. Muito pouco resta, hoje, destas obras maiores.
Dir-se-ia que uma estranha «maldição» parece perseguir os projetos do
arquiteto. «A sala tinha 800 lugares, mas a frequência do público, nos últimos
tempos, não ultrapassava os 17 %», afirma Horácio Pimentel, principal sócio da
Sociedade Administradora de Cinemas, proprietária do Cinearte e do Europa (e,
em tempos, do Monumental). [No Largo de Santos, muito antes de ser um bairro de
diversão noturna, foi apresentado em 1937 um projeto para se erigir um cinema à
Inspeção Geral dos Espetáculos, que tinha como nome original El Dorado. No
projeto original, esta sala tinha uma lotação de 790 lugares, distribuídos pela
plateia (478) e balcão (312). No ano seguinte a construção do novo cinema é
licenciada com uma outra designação de Vasco da Gama, obedecendo a algumas
alterações. Em 1939/1940, o projeto volta a sofrer alterações, como também um
novo nome de Cinearte. A obra é concluída em 1940 e a licença de exploração é
concedida com as exigências de se limitar a lotação da sala e a colocação de
corrimões nos dois lados de todas as escadas. Quinta-feira, 28 de março de 1940,
o Cinearte abria as suas portas com a exibição do filme «A Varanda dos Rouxinóis» (1939), real. José Leitão de Barros, c/ Oliveira
Martins, Madalena Sotto, Noé de Almeida … estreado segunda-feira, 11 de
dezembro de 1939 no Tivoli.]. A perder cerca de dois mil contos por ano só com
a exploração da primeira daquelas salas, a empresa não encontrou outra saída.
(…). O que fazer, então, do velho Cinearte, ocupando uma valiosa e apetecível
área de 42 por 15 metros, no coração da cidade? Tudo parecia bem encaminhado
para os proprietários do terreno e para os donos do edifício: um projeto de
construção naquele local, de um complexo de escritórios, integrando uma pequena
sala de cinema, não suscitou, inexplicavelmente, qualquer obstáculo da parte da
Câmara de Lisboa. (…). Outra era a opinião do Instituto Português do Património
Cultural (IPPC), que em dezembro de 1980 determina a abertura de um processo de
classificação do edifício como «imóvel de interesse público». (…). O edifício
não pode ser demolido, nem alterado na traça externa ou interna. Para os donos
do Cinearte, começaram nessa altura as «dores de cabeça». «Nós pagamos uma
renda ao senhorio, temos encargos com o cinema, e estamos a perder dinheiro»,
explica Horácio Pimentel. «Tivemos que pensar na venda». Desde há uns oito
meses, é esse o «filme» em permanente exibição no Cinearte, seguido de dois
números de telefone.”
Quinta-feira,
7 de junho “ainda mal começou a funcionar, o Panda Bingo, na avenida de Paris e
já tira o sono a muitos dos habitantes das redondezas. E que trará para aquela
área a inevitável movimentação caraterística dos «jogadores». Os problemas,
porém, não terminam aí. Como a instalação de um bingo implica uma grande
movimentação automóvel, com reflexo no estabelecimento. Abecassis, bate-se por
ceder um terreno, logradouro público, no interior de um quarteirão, para
construção de um autossilo. Mas, se as obras da sala de jogo decorreram, até
meio, de forma «clandestina», acontece agora que a autorização de cedência de
direito de superfície ainda não devidamente autorizada pelos órgãos com
competência para tanto: a vereação e a Assembleia Municipal. (…). As
preocupações dos moradores da zona da avenida de Paris não se resumem, porém,
ao que inevitavelmente será arrastado pela instalação de um bingo. O problema,
também, é que lhes querem «roubar» uma boa fatia da zona verde, logradouro
público, no interior do quarteirão formado por aquela artéria, mais a Almirante
Reis, Presidente Wilson e João XXI. (…). É que o bingo, já autorizado pelas
competentes instâncias governamentais, está já instalado numa antiga garagem da
avenida de Paris, cujas obras terão começado sem a competente licença camarária.
Um vereador da APU, Fernando Torres, apercebeu-se logo de início de que algo se
passava. E levou o caso à Câmara e ao seu presidente. Krus Abecassis não teve
dúvidas e prometeu imediatamente que ia mandar embargar as obras. Só a meio das
obras o embargo foi caraterizado, mas a «troco» da continuação do autossilo. (…).
O presidente Abecassis parece apostado em fazer cumprir a sua decisão,
provavelmente resultante de um compromisso pessoal com os empresários
interessados no bingo. Com aquilo a que muita gente chama um «rebuçado»: um
ginásio coberto no piso superior do edifício a construir. A tentativa de
conciliar boas vontades para este problema terá mesmo levado a que os
empresários tenham chegado a oferecer à Junta de Freguesia da área, a
utilização gratuita do ginásio, durante três horas por dia (das 15 às 18), para
as «criancinhas». (…). A contestação, porém, vai por outros caminhos, ainda: a
que título se vai oferecer, por 15 anos, a exploração do parque subterrâneo e
do gimnodesportivo, à empresa que também ficará na exploração do jogo? (…). Enfim,
mais um caso típico desta Lisboa, agora ameaçando «levantar» gentes de uma zona
de bem.”
Quinta-feira,
7 de junho “João Gilberto esteve pouco
mais de uma hora no palco do Coliseu dos Recreios de Lisboa, dando parte do
espetáculo combinado. Durante cerca de 70 minutos de espetáculo, João Gilberto
provou que ainda merece o nome de «papa da bossa» e encantou, do «Desafinado» a «O pato»,
uma sala meia cheia apesar dos preços exorbitantes dos lugares (3.ª plateia, 1250$00). Porém, alguém
lhe tinha mudado tudo, no palco: a posição dos microfones da marca austríaca
AKG, modelo C414, os agudos e os baixos do violão e da voz, a distância a que
ele devia sentar-se da orquestra. O artista foi-se queixando com amargura,
entre cada duas canções, de que não ouvia o seu instrumento, não era aquele o
enquadramento previsto, e até de que não eram os tocados pela orquestra os
arranjos previstos para determinada interpretação. Saiu uma vez do palco, cerca
das onze, com ar desolado e parecendo procurara alguém junto de quem protestar.
Voltou a sair às onze e meia e não voltou. Durante a meia hora seguinte, e
enquanto os presentes passavam os «encores» à pateada, a organização manteve as
luzes do palco centradas sobre o lugar vazio de João Gilberto sublinhando, assim,
a sua ausência. À meia-noite, sem uma explicação, mandaram acender as luzes da
sala, correr o pano e passaram a aguardar que o público abandonasse o Coliseu,
dando-se por satisfeito com o que lhe fora dado ver e ouvir. A sessão terminou
entre apupos e imprecações, exigindo parte dos presentes o reembolso do valor
da entrada.”
____________________
[1] “Indivíduos ou grupos, somos feitos
de linhas, e tais linhas são de natureza bem diversa. A primeira espécie de
linha que nos compõe é segmentária, de segmentaridade dura (ou, antes, já há
muitas linhas dessa espécie); a família-a profissão; o trabalho-as férias; a
família-e depois a escola-e depois o exército-e depois a fábrica-e depois a
aposentação. E a cada vez, de um segmento a outro, nos dizem: agora você já não
é um bebé; e na escola, aqui você não é mais como em família; e no exército, lá
já não é como na escola... Em suma, todas as espécies de segmentos bem
determinados, em todas as espécies de direções, que nos recortam em todos os
sentidos, pacotes de linhas segmentarizadas”, em “Diálogos”, Gilles Deleuze / Claire Parnet.
[2] Em Portugal é muito perigoso ir-se de carro, e
bem vestido, buscar um amigo a um aeroporto ou estação de comboios, pois
habilita-se a que lhe amolguem o veículo e as trombas, ao ser confundido com um
motorista da Cabify ou da Uber.
[3]
“O rei
da bandeirada”. “A
polémica marca a vida de Florêncio de Almeida, presidente da Antral, a maior
associação de taxistas. Quando chegou ao cargo tinha um táxi, hoje tem 18, além
de ligações a 14 empresas do sector. Construiu o seu império ultrapassando
conflitos de interesses e contornando todas as denúncias de ilegalidades. Tem,
por exemplo, táxis da província a fazerem concorrência desleal aos da capital.
Sem rodeios, assume não viver com a moral: Vivo com dinheiro para me governar.
(…). Florêncio de Almeida é presidente, sócio ou gerente de 14 empresas: a
maioria gira à volta da indústria dos táxis. A maior fonte de rendimentos é a
Auto Táxis Serra D'Arga. Foi criada em 2003 para fazer transporte ocasional de
passageiros e hoje é nela que Florêncio, que é sócio da empresa juntamente com
a mulher, concentra a maior parte dos carros que tem ao serviço. Em 2014, a
sociedade faturou perto de 924 mil euros e teve lucros de 126 mil euros. O
presidente da ANTRAL tem ainda empresas como a ContinentalBus e a Lisboa Táxis,
que fazem transporte de passageiros, ou a MEDIFLOR, consultório médico e de
fisioterapia que também oferece aos seus clientes a possibilidade de terem
transporte por conta da empresa. A última aposta da família é a Fenetosauto, a
oficina criada em 2014 para manutenção e reparação de veículos automóveis. Junta-se
à lista uma série de pequenas empresas de que o presidente da ANTRAL é gerente.”
[4] Na tradição do bijuteiro Winston Churchill,
Soares também refaz a História com o que não se passou. “O dia 25 de abril de
1974 mudou tanto a existência de Soares como mudou a dos portugueses. «O 25 de
abril foi a coisa mais extraordinária que me aconteceu na vida». Na véspera
dessa data, ao deitar-se em Bona, ele não imaginava, porém, estar em curso uma
transformação tão radical no seu país. «Eu estava no hotel a dormir
profundamente quando o telefone tocou às 7h». Quem atendeu, nesse momento em
que as tropas do capitão Fernando Salgueiro Maia (1944-1992) haviam ocupado o
Terreiro do Paço e o Rádio Clube Português difundia comunicados dos militares
rebeldes, foi Maria Barroso. «Era uma secretária [do serviço internacional o
SPD] que trabalhava com Willy Brandt. Disse-me: ‘Olhe que houve uma revolta em
Portugal’. E eu: ‘Espere, que passo ao meu marido’». Soares terá ouvido do
outro lado do fio: Mário, parece que afinal você tinha razão. Passa-se qualquer
coisa em Portugal. (…). «Em pijama, corri ao quarto do Ramos da Costa e do Tito
de Morais e acordei-os. Fomos imediatamente para a sede do SPD, donde
telefonamos para Lisboa, (…) para os meus filhos e para o Raul Rego. O João
estava eufórico, foi logo para a rua». (…). Nada antecipara, contudo, o delírio
à chegada a Santa Apolónia *, com um atraso de
duas horas sobre a tabela. «Surpresa máxima! Recebeu-nos uma massa de gente que
extravasava da estação e enchia a praça fronteira. Gritos de Viva o MFA!, Viva
o socialismo!, Vivam os exilados! Conduziram-nos ao primeiro andar, a uma sala
que dava para a praça, onde estavam jornalistas, fotógrafos, camaradas do PS,
do PCP e o Palma Inácio, que saíra da prisão de Caxias na noite anterior. (…).
Depois, mais uma vez, meteram-me na mão um megafone, para falar da varanda às massas
que enchiam a praça, frente à estação. Senti, pela primeira vez, a
responsabilidade das palavras que dizia, visto saber que tudo estava a ser
transmitido pelas rádios e televisões, para o país inteiro e o estrangeiro, ávidos
de ouvir a voz dos políticos vindos do exilio». Ao fim dessa jornada,
chegou o momento de Soares suspender a vertigem. «Essa noite, de 28 para 29 de
abril, para mim, foi uma noite sem sono, o que rarissimamente me acontecia.
Alguém me tinha dito, o turbilhão da chegada, uma frase que fixei: ‘A partir de
agora deixaste de ter vida privada, és uma referência, quase um mito’».
Soares foi
saudar e abraçar Cunhal no regresso do exilo, dois dias depois da própria
chegada, mas o ritual desagradou-lhe: «Como tínhamos tido, há umas semanas, em
Paris, uma reunião conjunta, PS/PCP, na perspetiva da revolução, que finalmente
ocorreu, recebi-o não só com cordialidade mas com manifesta genuína alegria.
No entanto, percebi que Cunhal, com a sua frieza habitual, não terá gostado de
me ver lá. À saída do aeroporto estava uma pequena multidão à espera de Cunhal.
E, paradoxalmente, havia um tanque estacionado. Para quê, pensei eu? Cunhal
subiu para o tanque e, salvo erro, entre um soldado e um marinheiro,
retirou um discurso do bolso e começou a falar. Um dirigente comunista, que não
me recordo quem fosse, convidou-me a subir para o tanque, o que fiz com alguma
relutância, diga-se. Quando Cunhal se apercebeu de que eu estava ao lado dele,
disse qualquer coisa a um camarada, o qual, pouco depois, me pediu para descer,
porque – disse – tinha havido um equívoco. Desci com grande gosto, porque
percebi o cenário: Cunhal entre um soldado e um marinheiro, em cima de um
tanque, era algo que lembrava Lenine, no seu regresso a Moscovo» [na verdade a
S. Petersburgo]. Tendo desembarcado com Cunhal, Domingos Abrantes desfará as
comparações com a tomada do Palácio de Inverno: «É tudo uma fantasia completa.
O tanque estava ali para fazer segurança ao aeroporto, não era para receber
Álvaro Cunhal. Não estava nada combinado, não sabíamos rigorosamente de nada.
Foi um dos militares, creio que Jaime Neves [1936-2013], comandante do Batalhão
de Comandos, que então fazia segurança à Portela, a ter a ideia de ele subir lá
para cima» [foi um soldado de apelido Casanova que convidou Cunhal a subir ao blindado]. De qualquer modo, Soares também não apreciou o que se seguiu:
«Chocou-me o facto de Cunhal chegar a Lisboa – após tantos anos de exilio,
perante uma revolução tão bela e pacífica – e, em vez de pronunciar um
discurso caloroso e espontâneo, ler um discurso sem chama nem emoção e debitar
meia dúzia de teses políticas ultra-racionalizadas. Foi frio, insipido,
convencional, sem alma!”» E mais: «Depois do discurso no tanque (…),
organizaram um cortejo para conduzir Cunhal até à Cova da Moura, onde Spínola o
esperava. Eu tinha vindo sozinho, espontaneamente, a guiar um pequeno Fiat que
era da minha filha. Quiseram, no entanto, que fosse com eles. Entrei para um
carro que me indicaram e que seria o terceiro ou quarto a seguir ao de Cunhal.
Mas entalaram-me nos lugares de trás, entre dois militantes do PCP». A Soares,
tudo pareceu tratar-se de uma manobra para apagar presença: «Enquadraram a
sua de modo a que a multidão não me pudesse ver, nem aplaudir.
Quando o carro passou pelo Campo Grande, perto da minha casa, mandei-o parar,
apeei-me e saí». (…).
Celebrarem o
1.º de maio de 1974. Mais uma vez aí a desconfiança terá ganho ascendente sobre
a convergência: «Combinámos mobilizar os socialistas na Duque de Ávila, em
frente à nossa cooperativa e, de lá, rumar para a alameda Afonso Henriques,
local anunciado para a concentração dos manifestantes. A dado momento, estava
eu com a minha mulher e os meus camaradas, sindicalistas encarregados da
organização vieram dizer-me que eu devia ir para a frente, para o lado do
Cunhal. (…). Desde a alameda até o estádio 1.º de Maio, fui sempre ao lado do
Cunhal. (…). Falávamos muito pouco, mas, naturalmente, com cordialidade». O
líder comunista terá, porém, uma visão diferente acerca da agregação à sua
pessoa do antigo discípulo e subordinado político, ao comentar nesse dia a
Carlos Brito, seu colega na direção do PCP, «que durante o desfile teve de
fugir de Mário Soares, que queria à viva força dar-lhe o braço para partilhar a
sua impressionante popularidade», o que Soares pouco contrariará: «Penso que
não foi assim, mas o importante é que se tratou de uma enorme festa da
liberdade e fraternidade que legitimou, pela sua dimensão e pacifismo, a
revolução dos capitães de abril». (…).
Cavaco Silva
dirá como do seu lado sentia essa pressão. «Os grupos de interesses (…), para
conseguirem maior impacte mediático para as suas acusações, iam em audiência ao
palácio de Belém, com ar grave, apresentar queixas ao presidente da República.
(…). Quando Mário Soares me falava das queixas que lhe eram feitas, eu
costumava responder que o governo não podia ‘sacrificar os grandes objetivos de
uma nação aos interesses instalados ou a forças ultrapassadas e avessas às
exigências de modernização’». Estrela Serrano desvendará como a presidência
aberta da Grande Lisboa foi preparada em Belém com a minúcia de uma operação
militar, visando acima de tudo, aspetos debilitantes para o executivo. «Mediante
um programa estrategicamente delineado, Soares deixou que as coisas
naturalmente acontecessem, proporcionado a outros (sindicatos, ambientalistas, desempregados,
idosos) a iniciativa das críticas ao governo». (…). A narrativa de Serrano
contrariará a forma desprendida como Soares abordou o papel dos jornalistas na
presidência aberta de Lisboa: «O aspeto mediático não foi programado, (…)
resultou de uma coincidência fortuita. Mas não nego que terá tido a sua
importância». Corria semanas depois esse rumor, ao ser noticiado que Soares se
reunira em maio com alguns dos amigos políticos mais próximos, num jantar no
restaurante Aviz, ao Chiado, onde o prato principal teria sido uma discussão
sobre como afastar Cavaco Silva do poder. Estavam presentes Carlos Monjardino,
Jorge Sampaio, Manuel José Homem de Melo, António Dias da Cunha, Joaquim da
Silva Pinto, ministro das Corporações e Segurança Social do governo de Marcelo
Caetano (membro das Comissões Política e Executiva do MASP I e do MASP II,
então deputado do PS), Vítor Cunha Rego (regressado ao soarismo), Gomes Mota,
Jaime Gama, Manuel Alegre e António Campos. Soares reclamará sempre total
inocência quanto à iniciativa: «Não havia ordem de trabalhos nenhuma. Um
presidente da República vai jantar com um grupo de amigos, para estar
bem-disposto, fumar um charuto – como eu fumava na altura –, andar para ali,
beber uns copos, contar umas coisas engraçadas, divertir-se um bocado… se eu
quisesse fazer uma conspiração contra o Cavaco não ia meter-me no Aviz com os jornalistas
todos à volta. O jantar não teve conteúdo político nenhum». (…).
«A partir de
certa altura, eu percebi que o Cavaco estava a conduzir mal as coisas. Embora
eu fosse presidente e não o demitisse nunca – e tive sempre relações de
cordialidade com ele (até quando lhe abri os olhos duas ou três vezes ele
amochou sempre) –, não tinha nenhuma razão para ter sentimentos com o Cavaco.
Toda a gente queria que eu o demitisse (mesmo o) Torga [1907-1995], já doente
com cancro, sem se poder levantar, se soergueu da cama quando fui vê-lo e me
perguntou: ‘Ó Mário, você ainda não pôs o tipo na rua?’» O «direito à
indignação», expressão que Soares usou pela primeira vez num seminário com
juristas no dia em que discutiu com o primeiro-ministro o caso da ponte, passou
a constituir outra das suas divisas como presidente da República: «Invoquei o
direito à indignação na questão da ponte. Os reclamantes estavam a ficar
desesperados pela falta de diálogo, que é fundamental numa sociedade
democrática, a qual é feita de compromissos». (…).
«Para poder
avançar – disse-lhe [a Sócrates] – que precisava que ele me prometesse três
coisas: responsabilizar-se pelo dinheiro necessário para a campanha, que eu não
tinha; fazer com que o PS – os seus quadros e militantes – participassem na
campanha; e, finalmente, aceitar ter eu liberdade, no plano político, para
orientar a campanha como melhor entendesse. Disse-me a tudo que sim, sem
qualquer dificuldade. Foi uma conversa a dois, sem qualquer documento escrito,
nem isso me passou pela cabeça. (…). Nesse verão Sócrates foi fazer esqui para
a Suíça, com os filhos. Deu uma queda e ficou com um pé partido. Entretanto a
campanha começou, e como não havia dinheiro – e era necessário –, resolvi pedir
a um banqueiro amigo uma quantia, para mim não pequena, assinando, como
garantia, uma livrança. Simplesmente, passados 15 dias já não havia dinheiro de
novo… Sócrates tinha já regressado, mas andava ainda de muletas. Telefonei-lhe
e pedi-lhe uma audiência urgente. Recebeu-me nesse mesmo dia». (…). «Eu
tinha-lhe dito que ia para diante com uma condição: ‘Quem paga é o PS. Vocês
pagam ou não pagam?’ E ele: ‘Não se preocupe que nós pagamos’. Sócrates não
sabia que eu levava duas pessoas ao encontro, mas não estranhou. ‘Ó Sócrates,
eu preciso absolutamente de dinheiro, porque a campanha está sem dinheiro e eu
já desembolsei tanto’. Ele diz: ‘quê? Não tem dinheiro?’ E dá-lhe um ataque de
fúria, daqueles ataques pelos quais é conhecido. Falou para o tesoureiro do
partido, que fiquei a saber que era o José Lello, e então disse-lhe: ‘Quero que
tu tenhas o dinheiro imediatamente no banco, não sei quê!’ E no dia seguinte o
dinheiro estava todo, o que era preciso para o futuro e o que ele me devia.
Isto é uma atitude exemplar». (…).
A noção do
fracasso eminente de um empreendimento amplifica as divergências entre os seus
protagonistas, e assim aconteceu em plena campanha entre Alfredo Barroso e o
candidato: «Estamos numa reunião ultraconflituosa sobre estratégia e
organização, e não havia nada. (…). Houve vários incidentes, e eu demito-me e
passo a campanha toda demitido. Ele diz: ‘Tu não te podes ir embora’. Mas eu
não estava ali a fazer nada. O José Manuel dos Santos até me disse: ‘Ó Alfredo,
você já reparou? O Soares é o candidato, é o presidente da Comissão de Honra e
é o diretor de campanha’. ‘Eu já reparei, mas que é que hei de fazer agora?’
Foi desagradável comigo à frente de outras pessoas, eu disse-lhe: ‘Desculpe lá,
da primeira vez eu tinha 41 anos, agora tenho 61, já não estou disposto a ouvir
ralhetes nem reprimendas dessas em público (se fosse em privado ainda era como
o outro), de maneira que não estou para aturar isto, vou-me embora’. (…). Mas
há mais: o Mega [Ferreira], que foi o tipo que nós arranjámos para tudo quanto
era comunicação, também se demitiu, e também não disse nada a ninguém. Veio-se
embora porque há uma menina que foi escolhida para mandatária da juventude
[Joana Amaral Dias] que começa a fazer imposições e faz chantagem porque vai
direta ao Soares. E o Soares vem ter connosco e diz: ‘Eh pá, mas cedam lá, eles
precisam de ter meios’, e não sei que mais. E altera coisas que estavam já
concebidas e até preparadas. (…). O António-Pedro Vasconcelos [responsável
pelos tempos de antena] demitiu-se, mas contra mim, fazendo uma campanha brutal
contra mim. Eu dava-lhe liberdade total, mas ele não a queria ter: ‘E falta-me
isto, e falta-me aquilo, e falta-me aqueloutro, e até me falta uma porta na
casa de banho’. E eu: ‘Não tratas dessas merdas comigo, tratas diretamente com
os gajos administrativos. Julgas que eu agora vou tratar da porta de uma casa
de banho?’» em revista Sábado n.º 460.
___
* Condição eufórica com paralelo só
aquando da chegada de Marta Quatro, a Rainha da Dupla Penetração, a Santa
Apolónia – sketch “Do
comboio para a cama” / “Come-me
o cu”. Na folhuda
árvore das grandes atrizes portuguesas, de Amélia Rey Colaço, Eunice Muñoz a Rita
Pereira, Marta Quatro, olhos castanhos, cabelos pretos,
nascida a 19 de junho de 1982, por mérito próprio assoberba mais alto galho. Sem
qualquer formação académica, workshop,
palco ou passagem pelos Morangos com Açúcar, meneia a moderna linguagem
cinematográfica, fingering, cocksucking, ass fucking, cumshot, com incompreensível a fortiori perfeição. Os seus quadros são
puro repentismo às circunstâncias do plateau,
“De
quatro no sofá”, “O castigo”, “Dois buracos cheios”, alguns incluídos na obra de fundo,
de pesquisa psicológica, de exploração da mente profunda, “Caseiradas
Portuguesas Vol 8 - Marta” (2012). “Uma nova conquista do já famoso realizador
amador Bererdou, mostra que ainda há muitos segredos sexuais de mulheres
portuguesas por revelar. Desta vez, Marta Quatro faz justiça ao seu nome e é
penetrada na sua posição preferida.”
[5] O Cinearte projetou
farturas de obras de peso da História do Cinema. Por exemplo, terça-feira,
18 de agosto de 1981, o filme holandês “Naakt over de schutting”
(1973), real. Frans Weisz, banda sonora Ruud Bos,
canção “Hey, A
Letter Came Today”
p/ Sylvia Kristel, c/ Rijk de Gooyer, Jennifer Willems, Jon Bluming, Sylvia
Kristel … com o título local “Nua em cima do muro” estreado quarta-feira, 28 de
janeiro de 1981 no Estúdio 444. A sala encerrou segunda-feira, 30 de novembro
de 1981 com a intumescente obra francesa “Brigade
mondaine: Vaudou aux Caraïbes” (1980), real.
Philippe Monnier, banda sonora Cerrone,
c/ Patrice Valota, Jacques Bouanich, Julie
Margo
… com o título local “Aventura nas Caraíbas” estreado quinta-feira, 23 de julho
de 1981 no cinema Condes, Av. da Liberdade, 2, tel. 32 25 23.
na sala de cinema
“Amici miei” (1975), real. Mario Monicelli, c/
Ugo Tognazzi, Gastone Moschin, Philippe Noiret, Silvia Dionisio … com o título local “Oh! Amigos
meus” estreado quinta-feira, 23 de dezembro de 1976 no cinema Londres, Av. de
Roma, 7-A, tel. 80 13 13. “O filme narra as aventuras de quatro inseparáveis
amigos de infância cinquentões florentinos que enfrentam o seu fastídio existencial
com partidas à custa dos incautos. O conde Raffaello Mascetti é um nobre
empobrecido que, tendo esbanjado duas heranças (a sua e a da mulher), não
renuncia aos bons prazeres da vida, e tem uma amante menor de idade, Titi (Silvia Dionisio) [1],
é forçado a viver num primeiro momento como hóspede dos amigos, depois numa
cave (cuja renda, sem seu conhecimento, é dois terços paga pelos amigos).
Rambaldo Melandri é um arquiteto anónimo na perene demanda de uma mulher, pela
qual estaria até disposto a abandonar os amigos, salvo arrependimento de última
hora. Giorgio Perozzi (narrador do filme) é um jornalista que procura escapar à
desaprovação pela sua pouca seriedade e pelas aventuras extraconjugais que o
filho (terrivelmente sério e carrancudo, o contrário do pai) e a mulher lhe
reservam. Guido Necchi administra com a mulher Carmen (muito mais empenhada no
trabalho que ele) um bar com sala de bilhar, ponto de encontro pontual do grupo
de amigos. Aos quatro amigos de sempre junta-se, no decorrer da história, o
professor doutor Alfeo Sassaroli, brilhante hospitalário entediado com a
profissão e proprietário de uma clinica, que se tornará em breve um pilar do
grupo e sob cujo impulso a bravata toma uma nova vitalidade.” “Amici miei - Atto II°” (1982), real. Mario Monicelli, c/ Ugo
Tognazzi, Gastone Moschin, Philippe Noiret, Adolfo Celi … com o título local
“Oh! Amigos meus… 2.ª parte” estreado sexta-feira, 1 de novembro de 1983 nos
cinemas Castil, R. Castilho, tel. 53 01 94, Quarteto sala 4 e Vox, Av. Miguel
Conteiras, lote 879, tel. 88 06 06. “Reduzidos a quatro depois da morte de
Giorgio Perozzi, «Lello» Mascetti, Guido Necchi, Rambaldo Melandri e Alfeo
Sassaroli continuam desenfreados nas suas partidas boémias. Uma visita ao
cemitério, onde repousa o amigo, torna-se no cenário de uma partida terrível à
custa de Paolo, um inconsolável viúvo diante da tumba da esposa, Adelina;
Sassaroli faz o homem acreditar que a defunta também foi amante dele. «Nós os
dois a amamos. E ela amou-nos aos dois. Ou mais fisicamente, mais carnalmente, mais
adiante espiritualmente, Paolo». Depois, recordam o amigo desaparecido com flashbacks narrativos. Assim, o filme
retrocede dos anos 80 para 1966, em Florença, aqui Perozzi mal termina o turno no
jornal, passa por casa de Anita, a quente mulher do padeiro. Laura, a mulher de
Perozzi, desmascara-o pela terceira e última vez e decide voltar para casa dos
pais, deixando-lhe a cargo o filho, Luciano.” “Amici miei - Atto IIIº” (1985), real. Nanni Loy, c/ Ugo
Tognazzi, Gastone Moschin, Adolfo Celi … “Envelhecidos, mas sempre com o desejo
de prosseguir na caçoada em detrimento dos outros, o paralítico Mascetti, o
arquiteto reformado Melandri, o tasqueiro Necchi e o doutor Sassaroli continuam
a reunir-se regularmente. Enviuvado há pouco tempo, Mascetti resolve
relutantemente estabelecer-se na casa de repouso Villa Serena, onde faz amizade
com Valeria, companheira de asilo. Nostálgicos da estroinice em conjunto com Mascetti,
Melandri, Necchi e Sassaroli decidem retomar o contacto. Os idosos residentes
de Villa Serena continuam as vítimas das partidas dos quatro, e desta vez colaboram
na trapaça algumas personagens estranhas ao quarteto, em particular o zelador
Cecco. “Amici miei - Come tutto
ebbe inizio” (2011),
real. Neri Parenti, c/ Christian De Sica, Michele Placido, Paolo Hendel … “Uma
prequela dos filmes anteriores. Florença, fim do século XV. Duccio (Michele
Placido), Cecco (Giorgio Panariello), Jacopo (Paolo Hendel), Manfredo (Massimo
Ghini) e Filippo (Christian De Sica) são protagonistas de partidas em prejuízo dos
outros numa tentativa de prolongar o estado de felicidade da juventude e fugir
às responsabilidades da vida adulta. Nem a peste lhes faz desistir das suas pândegas.
Na verdade, aquela situação dramática parece mais fértil para agir em liberdade
e imperturbáveis e dar seguimento às suas travessuras. A cidade apavorada é de
facto ideal para fazer cair os desprevenidos nas judiarias urdidas pelos cinco
amigos para exorcizar o medo da morte. E quando, depois da última partida a
expensas do carpinteiro e herói de futebol em traje de época, Alderighi
(Massimo Ceccherini), parecem escassas as vítimas, porque não visar um deles? É
assim que Cecco torna-se objeto de uma memorável farsola dos galhofeiros
amigos, farsola na qual desempenhará um papel até Lorenzo, o Magnifico (Alessandro Benvenuti), em pessoa.” “Ten
Brothers of Shaolin / 十大弟子” (1977), real. Ting
Chung, c/ Chia Ling, Wang Tao, Chang Yi … com o título local “Os guerreiros de
China-Town” estreado
sexta-feira, 4 de novembro de 1983 no Politeama, R. Portas de S. Antão, 109,
tel. 32 67 16. “Wang
Tao interpreta
Chi Yueng um discípulo do templo Shaolin que deve escoltar Master Chu, um
importante líder Ming deposto, a um local de encontro, enquanto luta contra a
força reacionária de Qing que quer o dignitário morto. Este discípulo de
Shaolin não está só na sua missão: os seus nove irmãos (também hábeis lutadores
do templo) secretamente fornecem ajuda ao longo do caminho.” “Un mauvais fils” (1980), real. Claude Sautet, c/
Patrick Dewaere, Brigitte
Fossey, Jacques
Dufilho … com o título local “Um mau filho” estreado no Estúdio 444, Av.
Defensores de Chaves, 83-B, tel.77 90 95 e no Quarteto sala 1, R. Flores de
Lima, 16, tel. 77 13 78. “Bruno Calgani regressa a França após cumprir cinco
anos de prisão numa penitenciária americana por tráfico e uso de
estupefacientes. Em Roissy, a polícia informa-o dos testes a que deverá ser
submetido. Sem residência, Bruno vai para casa do pai, René, trabalhador da
construção. O encontro não será caloroso. A mãe do jovem morreu durante a sua
detenção e René culpa o filho. Finalmente, Bruno encontra trabalho na livraria
de Adrien Dussart, um homossexual que recolhe ex-toxicodependentes, como a bela
jovem que se chama Catherine.” “Aqui, é o abuso de drogas que marca
a linha de fratura geracional. Nem o pai de Bruno nem o atento empregador de
Catherine podem entender a necessidade de drogas, e consideram-no um sinal da
falta de estaleca da jovem geração de hoje – a sua posição moral é ligeiramente
beliscada pelo facto de ambos consumirem álcool. Os próprios julgamentos morais
de Bruno são mostrados como sendo tão imperfeitos e triviais como os de seu
pai, e a brecha que se abre entre eles através de uma incompreensão mútua e
falta de vontade de ver as coisas do ponto de vista do outro, em breve parece
intransponível. Sautet é, se algo, um otimista, e o filme termina não com uma
separação permanente mas com a possibilidade de uma reconciliação duradoura
entre as gerações. O sangue é, apesar de tudo, mais denso o que a água. Sautet
tinha considerado inicialmente Gérard Depardieu para o papel de Bruno, mas
depois mudou de ideias quando pensou que o ator era demasiado autoconfiante
para interpretar de forma convincente o frágil protagonista. Patrick Dewaere
era o substituto ideal, um ator famoso por interpretar falhados atormentados,
multifacetados e geralmente simpáticos. Como homem, Dewaere era um enigma, uma
força da natureza afável e temperamental – ele teve uma enorme desavença com os
média por volta da altura em que fez este filme (resultado de ter esmurrado um
jornalista) e suicidou-se (por razões que permanecem desconhecidas) somente
poucos anos depois.” “The Concrete Jungle” (1982),
real. Tom DeSimone,
c/ Jill St.
John, Tracey
E. Bregman, BarBara
Luna … com o título local “A selva de cimento” estreado quinta-feira, 2 de
fevereiro de 1984 no Vox. “O desprezível Danny (Peter Brown) usa a sua inocente
enamorada Elizabeth Deming (Tracey Bregman) para transportar um carregamento de
cocaína nos esquis. «Com uma cara de anjo daquelas, nenhum bófia no mundo alguma
vez sonhará que aquela coelhinha esquiadora transporta a sua própria neve». Todavia,
os cães farejaram a droga na bagagem e ela é filada no aeroporto. Depois de um
julgamento sumário, é enviada para a Instituição Correcional para Mulheres na
Califórnia. Aí ela aprende rapidamente que tem que abrir a pestana se quiser
sair inteira. «Calminha cabra, não vou comer-te…
talvez vá». Elizabeth descobre que a diretora (Jill St John) não é só cruel e
antipática, está também conivente com uma reclusa, Cat (BarBara Luna), a
mandachuva da cadeia, que é sua sócia numa rede de droga e prostituição na
prisão. Quando Elizabeth testemunha um assassinato cometido por Cat e as suas
capangas, ela despreza os seus salamaleques e torna-se sua inimiga. Entretanto,
a diretora-adjunta Shelly Meyers (Nita Talbot), ciente do negócio de drogas e
prostituição dirigido pela diretora e Cat, também suspeita que Elizabeth tem
conhecimentos que poderiam ajudar a condenar as vilãs, e começa a espremê-la
para obter informação. «Quer que meta a cabeça no cepo e espere por justiça?
Estaria morta pela manhã». Isto não é bom auguro para Elizabeth, por esta
altura, a diretora também está desconfiada e procura destruir a rapariga antes
que ela possa falar.” “Yellowbeard” (1983), real. Mel Damski, c/ Graham Chapman, Peter Boyle, Cheech
Marin … com o título local “As Loucas Aventuras de Barba Amarela, o Pirata”
estreado quinta-feira, 29 de março de 1984 no Império, Av. Afonso Henriques,
35, tel. 55 51 34/5 e no Roxy, Av. Almirante Reis, 20, tel. 54 85 60. “O pirata
Barba Amarela (Chapman) está preso há 20 anos por evasão fiscal. Ele sobreviveu
à sentença, mas não revelou o paradeiro do seu vasto tesouro. A Royal Navy
congemina um plano para aumentar a sua sentença em 140 anos, sabendo que ele
escapará para ir buscar o tesouro. Assim o faz recrutando uma chusma eclética
de companheiros. Ele tinha deixado o mapa do tesouro na chaminé do pub da mulher, mas ela queimou-o. E
diz-lhe que tatuou o mapa na cabeça do filho deles. As coisas começam a correr
mal quando o seu traiçoeiro antigo contramestre, Mr. Moon (Boyle) se apossa do
navio. Com o chefe dos Serviços Secretos Britânicos (Eric Idle) no encalce,
eles por fim encontram a ilha, onde o terrível déspota El Nebuloso e o seu
mordomo El Segundo (Tommy Chong e Cheech Marin)
assentaram praça com o tesouro, e a batalha pelo prémio começa.” Factos: “Último filme de Marty
Feldman. Morreu durante a produção a 2 de dezembro de 1982 de um ataque
cardíaco fulminante.” “O filme foi inspirado por Keith Moon, baterista dos The Who, que era amigo pessoal de Graham
Chapman. Moon queria desempenhar o papel de Barba Amarela, mas não pôde devido
a problemas de saúde, morrendo em 1978, cerca de cinco anos antes de o filme
ser realizado e lançado. Chapman declarou uma vez que Moon vivia como um pirata
com o seu jeito selvagem. A personagem chamada Moon, interpretada por Peter
Boyle, leva o seu nome como homenagem.” “Eric Idle disse que este é um dos
piores filmes que alguma vez fez, mais tarde disse: «Os melhores tempos podem
estar nos piores filmes e vice-versa, por exemplo, Barba Amarela, que eu não
teria perdido por nada no mundo.” “John Cleese chamou a este filme: «Um dos
seis piores filmes da história do mundo».” “Barba Amarela é baseado e é uma
paródia do infame e sanguinário pirata Edward «Barba Negra» Teach. Barba Negra
entrelaçava cordões de linho no cabelo e acendia-os para assustar as suas
presas, como Barba Amarela faz no filme. Além disso, Teach era conhecido por
assassinar de forma horrível as tripulações dos navios abordados se oferecessem
qualquer resistência.” “A piada sobre Barba Amarela ter cometido atos de
violência horrendos e roubo, mas ter sido preso por evasão fiscal, é uma óbvia
referência a Al Capone.” “Adam
Ant foi
originalmente escolhido para o papel de Dan, mas desistiu depois de perder a paciência
com os atrasos na produção. Sting foi então sondado e queria o papel, mas os
produtores insistiam num ator americano. Martin Hewitt foi por fim contratado.” “Beau-père” (1981), real. Bertrand Blier, c/
Patrick Dewaere, Ariel
Besse, Maurice
Ronet … com o título local “O padrasto” estreado quinta-feira, 3 de fevereiro
de 1983 no Londres. “Rémi é um pianista nas lonas com uma esposa chamada
Martine, uma modelo que está a ficar velha demais para encontrar trabalho
satisfatório, e uma enteada de 14 anos, Marion. Quando Martine morre num
acidente de viação, Marion expressa o desejo de ficar com Rémi no apartamento
deles, mas é levada pelo seu pai, Charly, um alcoólico que embirra com Rémi.
Marion regressa, muito para desagrado do seu pai, e cuida de crianças para
ajudar nas despesas, enquanto Rémi dá lições de piano. «Não te incomodes, tu
lês o teu jornal, eu leio o meu Dickens» - diz Marion metendo-se na cama dele. Dentro
de pouco tempo, Marion diz a Rémi que se sente fisicamente atraída por ele, mas
ele resiste aos avanços dela por causa da sua pouca idade. «Rémi, quero
absolutamente que o meu primeiro homem sejas tu». Quando lhe é diagnosticada
uma anemia, Marion é enviada para as montanhas com o pai, entrementes Rémi
perde o apartamento e muda-se para casa de amigos. Um homem abatido,
encontra-se com Marion e fazem sexo num hotel. Ela regressa para viver com ele
numa casa degradada e condenada, e embora ele primeiro resista a ter mais sexo,
gradualmente cede. Durante uma visita, o pai de Marion a determinada altura vê
os dois abraçados. Pergunta-lhes se estão a ter um caso, mas quando Rémi contesta,
Charly pede desculpa e sai. Por fim, Rémi interessa-se por uma mulher mais
velha, Charlotte, que é também uma talentosa pianista, enquanto Marion também
procura um substituto para ele e muda-se de volta para casa do seu pai. (…).
Ariel Besse, no seu primeiro papel, tinha 15 anos na época. Embora esteja nua
no filme, os seus pais deram consentimento, dizendo que ela foi trata com
sensibilidade. Besse ficou com o papel depois de Sophie Marceau tê-lo recusado.” [2]
___________________
[1] Silvia Dionisio estreou-se no cinema aos 14 anos,
como a filha do príncipe Cesare della Romita no filme “Darling” (1965), real. John Schlesinger, estreado
sexta-feira, 24 de março de 1976 no cinema Roxy; vencedora aos 16 anos do
concurso Miss Teen Ager em 1967; é vista pela última vez em
1984 no anúncio publicitário para a Campari, “Oh, che bel paesaggio!”, realizado por Frederico Fellini.
[2] “No caso de Ariel Besse, os seus
pais processaram os distribuidores e produtores do filme por um cartaz mostrando-a sentada, de mamas de
fora, nos joelhos de Patrick Dewaere. [Na Argentina, desenharam-lhe um penteado diferente
para disfarçar os mamilos]. A mãe da atriz alegou que o cartaz fora difundido
sem sua permissão, e que o seu contexto – mostrado em outdoors em toda a França – fez um uso abusivo de Besse; contrastando
com o que ela dissera que tinham sido a delicadeza e a sensibilidade com as
quais o filme em si a tratara. O juiz decidiu em favor dos produtores, dizendo
que havia cenas no filme que eram ainda mais explícitas que o cartaz, ignorando
o pormenor que o contexto provido por um cartaz na rua e um filme podem ser
diferentes para alterar o sentido do que está a ser exibido.”
no aparelho de televisão
“Traquenards” (1987), real.
Christian Alba, Bruno Carrière, Jean-Claude Charnay, Raoul Held, François
Labonté, Marianne Lamour, c/ Louise Marleau, Septimiu Sever, Marie-Chantal
Labelle, Suzy Delair, Jacques Godin, Macha Grenon, Marie-Andree Courchesne,
Khanh Hua … série franco-canadiana com o título local “Armadilhas” transmitida
na RTP 1 pelas 23h25, às terças-feiras, de 4 de abril / 11 de julho de 1989.
Esta série de 13 episódios é uma coprodução da France 3 e da Société Radio-Canada
com a Via le monde Daniel Bertolino Inc. e é um autêntico tributo à juventude.
Ela foca toda a força e as várias qualidades que a gente jovem usa para
ultrapassar as dificuldades e os obstáculos com que vão deparando [1]. Locais extraordinários, situações bizarras,
testes que desafiam a coragem dos jovens e espírito de humor, são alguns dos
ingredientes que se combinam para fazer desta série um divertido e estimulante
programa de televisão para toda a família. 1.º episódio: Em 1948, numa ilha,
uma família vivendo numa mansão, comemora o aniversário de Miss Lucy. Esta,
tomando conhecimento que a sua mãe não a ama e tem ciúmes da sua juventude,
foge para a floresta e esconde-se junto de uma rocha onde encontram apenas a
sua boneca. Ao mesmo, a sua mãe faz um encantamento alquímico e Miss Lucy é
atingida por um raio. Miss Lucy desaparece mas uma fonte começa a brotar da rocha. 3.º
episódio: Uma senhora e a sua filha chegam à Bretanha e ficam alojadas num
castelo. As suas férias não vão ser muito calmas, pois o proprietário da casa
encontra uma caveira, que irá inquietar as veraneantes. 5.º episódio: Um
talismã-escorpião está na origem de situações insólitas, de grandes perigos e
de estranhas aventuras. 7.º episódio: Um estranho cavaleiro medieval ataca uma
jovem, deixando-a em estado de choque. 8.º episódio: Ao visitarem uma
fortaleza, uns estudantes encontram uma grande quantidade de bonecos que servem
para fazer experiências. Durante a noite, duas alunas entram na fortaleza para
roubarem um vestido para o baile de finalistas, mas são assustadas por outros
alunos que se encontram ali escondidos. 9.º episódio: Claudis é pintora. Quando
a sua afilhada a visita para umas férias de verão, descobre que aquilo que
pinta tem semelhanças com acontecimentos passados, muito estranhos. 10.º
episódio: A caminho das praias do sul aonde vão passar férias, dois amigos
aproveitam para visitar alguns locais de interesse turístico. Ao encontrarem
uns falsos frades, um arqueólogo e um barão à volta de uma gaiola-prisão em
ferro, do século XV. 11.º episódio: Durante as férias de verão, o jovem Dennis
resolve ir trabalhar para a biblioteca de um seminário, onde existe uma secção
chamada «O Inferno» ou «Biblioteca Esquecida». 13.º episódio: Dois
jovens procuram no jardim botânico um bonsai milenário, para levarem como ideia
original à festa de Carnaval da escola. Catherine, que anda a tomar comprimidos
para a alergia, adoece. “Anzacs” (1985), real.
Pino Amenta, John Dixon, George Miller, Ray Daley,
c/ Andrew Clarke, Paul Hogan, Jon Blake, Megan Williams … minissérie
australiana com o título local “Heróis de guerra” transmitida na RTP 1 pelas
21h00, às segundas-feiras, de 22 de maio / 26 de junho de 1989. Anzacs é uma
série de cinco episódios que nos conta a história de um grupo de soldados e de
enfermeiras, durante a Primeira Guerra Mundial. Os Anzacs eram os membros do
Australian and New Zealand Army Corps, que lutou bravamente durante os quatro
anos que durou a guerra e que se cobriu de glória escrevendo uma página
brilhante nos anos da guerra. Esta série relata-nos as suas esperanças e as
suas aspirações, os seus conflitos e as suas relações de amizade. Há momentos
de comédia, drama, ação e romance. “1914. Distrito Ocidental, Victoria,
Austrália. Martin Barrington, filho de um rico proprietário rural nascido na
Inglaterra, Sir Rupert Barrington, (que ainda se considera «britânico») e de
Lady Thea Barrington, regressa a casa mais cedo dos seus estudos universitários
com planos para se estabelecer no norte, na propriedade da família em
Queensland, numa tentativa de melhorar a produção pecuária. O seu melhor amigo,
o feitor Dick Baker, inicialmente concorda acompanhá-lo, mas depois quer
alistar-se para combater na Grande Guerra que acaba de eclodir na Europa e
Martin concorda segui-lo (após recusar uma comissão como segundo tenente no
antigo regimento britânico de infantaria do pai), acompanhado pela irmã de Dick
(e namorada de infância de Martin), Kate, que se tornará enfermeira do exército.” 2.º
episódio: Em abril de 1916, depois da sangrenta batalha de Gallipoli, as tropas
australianas desembarcam finalmente em França. Após um primeiro contacto com as
gentes da região, os soldados preparam-se para enfrentar de novo a dura
realidade da guerra. E o confronto não se faz esperar: em Pozières, rodeados
pela artilharia pesada, os homens caem, mortos ou feridos ao som do ribombar
ensurdecedor dos canhões. Numa carta ao reverendo Lonsdale, Martin descreve o
episódio como um dos mais terríveis de toda a história. 3.º episódio: O rigor
do inverno força os dois exércitos inimigos a fazerem uma trégua. Esgotados por
seis meses de guerra, os australianos são mandados para Hindenburg Line,
fortaleza inexpugnável onde os alemães estabeleceram uma base de defesa.
Entretanto, os soldados começam a acusar os efeitos do desgaste provocado pelas
duras condições a que têm sido sujeitos. Martin é ferido e transportado para o
hospital, onde recebe a visita de Kate. Esta, alarmada com a gravidade da
situação, pede ao médico que não lhe dê morfina, pois poderia apressar a sua
morte. 5.º episódio: Apesar da apreensão manifestada por Monash face à retirada
de um grande número de soldados americanos, a batalha de Hamel terminou com uma
derrota estrondosa para os alemães. “Monte Carlo” (1986),
real. Anthony Page, c/ Joan Collins, George Hamilton, Lisa Eilbacher, Lauren
Hutton … minissérie americana transmitida na RTP 1 pelas 21h05, às
quintas-feiras, de 1 a 22 de junho de 1989. 1.º episódio: A Alemanha invadiu a
Bélgica e a Holanda. Os rumores de uma Segunda Guerra Mundial começam a
fazer-se ouvir nos casinos e praias de Monte Carlo. A elite que aqui veio
procurar a diversão e o alheamento dos problemas mundiais chega à conclusão de
que não pode ignorar a realidade cinzenta da guerra. 2.º episódio: Katrina Petrovna (Joan
Collins), a espia britânica que forneceu a lista de notáveis fascistas
italianos e alemães que iriam estar presentes na festa, tenta arranjar uma
desculpa para se retirar antes da meia-noite, hora para que estava previsto o
ataque da força aérea inglesa. À hora marcada, os aviões britânicos começam a disparar
e gera-se uma grande confusão. Katrina vê que Humberto foi atingido e consegue
escapar com Harry Price (George Hamilton). 3.º episódio: O piloto de um
dos aviões que bombardeou Monte Carlo foi capturado pelos alemães. Katrina tem
que arquitetar um plano para o conseguir libertar. Entretanto Christopher Quinn (Malcolm
McDowell), que está a ser vigiado pelos homens da Gestapo, oferece dinheiro a
Harry para que este entregue os diamantes em Lisboa, para conseguir que os
judeus refugiados fujam da Alemanha. 4.º episódio: Quinn é morto pela Gestapo,
Harry e Katrina são surpreendidos de noite, por Pabst (Peter
Vaughan), que descobrira o rádio transmissor da espia. Ela é presa e torturada
para que confesse e denuncie a sua ligação com os serviços secretos britânicos.
Harry consegue contactar com elementos da resistência para organizar a
libertação de Katrina. [2] “In Search of the Trojan
War” (1985), documentário da BBC escrito e apresentado por Michael Woods … com
o título local “Guerra de Troia” transmitido na RTP 2 às sextas-feiras, pelas
18h10, de 28 de abril / 2 de junho de 1989. Os sucessores de Schliemann tentam
dar corpo ao seu sonho romântico de provar que a história de Homero era
verdadeira. Expedições alemãs (1890) e americanas (1930) dirigiram-se à colina
onde se supõe ter existido na antiguidade a cidade de Troia e realizaram-se
escavações para tentar obter dados concretos sobre a guerra contada na
«Ilíada». Porém as conclusões a que chegaram levam a interpretações diferentes.
Episódios: “«A era dos heróis» – a história da guerra de Troia. O tesouro
perdido de Troia. Relato da vida de Heinrich Schliemann e investigação sobre
Troia. «A lenda sitiada» – a pesquisa de Wilhelm Dörpfeld. Descobertas e
teorias de Arthur Evans. As descobertas de Carl Blegen, a decifração da escrita
linear B e o papel de ambas na credibilidade da guerra de Troia. «O cantor de
contos» – o papel e a muito antiga fidedignidade das tradições orais. A
fiabilidade de Homero desafiada. «As mulheres de Troia» – pilhagem na Idade do
Bronze. A tomada de mulheres e crianças como escravos e o seu papel económico e
político. O recente paralelo da escravatura africana. «O império dos hititas» –
evidências documentais decisivas dos hititas. Conflitos recorrentes com os
micénicos. «A queda de Troia» – o conflito de Troia e colapso do final da Idade
do Bronze mediterrânica.” “The Day My Kid Went Punk” (1987),
real. Fern Field, c/ Jay Underwood, Christine Belford, Bernie Kopell … episódio
do programa “ABC Afterschool Specials” desenhado para formar a consciência
étnica americana através do entendimento de temas vários do seu quotidiano:
sida, alcoolismo, divórcio, gravidez adolescente, etc. transmitido na RTP 2
pelas 18h05 segunda-feira, 10 de abril de 1989. Trata-se de um telefilme que
nos conta a história de um jovem e talentoso violinista que resolveu modificar
a sua aparência, como forma de atrair sobre si a atenção da sua própria
família. “Vale a pena dar uma vista de olhos, especialmente quem está numa de
retratos grotescamente desnaturados do movimento punk num contexto confrangedoramente anódino e burguês – mas
atenção: o espírito neste programa não tem nenhuma semelhança com a insana
hostilidade encontrada no clássico episódio de 1982, «Next Stop, Nowhere», da série
«Quincy, M. E.» – o que seria pedir muito de um «ABC Afterschool Special».
Ainda há muito que casquinar aqui. Há muitos rostos conhecidos – Bernie Kopell
(o Doc de «The
Love Boat»), James Noble (o governador de «Benson»), Roxie
Roker (dos «Jeffersons») e Craig
Bierko (Cinderella Man) – e este tareco todo é uma meiga facada sob-John Hughes
na alienação adolescente. A estopada é que o «punk» no episódio será quase
irreconhecível para qualquer um familiarizado com a coisa real. Fiel ao título,
o jovem Terry Warner faz realmente uma mudança total, de um banana na orquestra
do liceu para um eriçado punk numa
rápida sessão de transformação autoaplicada numa casa de banho do aeroporto.” “The Voyage of the Mimi” (1984), c/
Ben Affleck, Mary Tanner Bailey, Edwin De Asis … transmitido na RTP 2 pelas
18h50, às quartas-feiras, de 29 de junho / 28 de setembro de 1988. “Série de 13
episódios da televisão educacional americana retratando a tripulação do Mimi
explorando o oceano e fazendo um recenseamento das baleias-corcundas. A série
foi transmitida no Public Broadcasting Service (PBS) e foi criada pelo Bank
Street College of Education em 1984 para ensinar alunos do liceu acerca de
ciência e matemática de forma interessante e interativa, onde cada lição
relacionava-se com aplicação no mundo real. Depois de um segmento de aventura
fictícia na primeira parte, um correspondente «documentário de expedição», na
segunda parte, ensinava aos telespetadores algo cientifico relacionado com o
enredo do episódio que acabaram de ver. Por exemplo, houve um episódio cuja
ação consistia na obtenção de água potável, e no decorrer da segunda parte o
espetador recebia lições sobre condensação, calor e os três estados da matéria.”
____________________
[1] Os jovens
despacharam o último problema, o problema da escravidão sexual da mulher, a
mulher negregada picotada por um rolo assovelado como mero chanato nas mãos
grassentas de um sapateiro remendão. Felizmente, nas economias digitais, há startups para fazer sexo e a mulher já
não tem que se arriar a essa peste milenar. Finalmente, elas assinaram o
tratado de Versalhes com as suas vaginas, pondo um ponto final em todas as
guerras, a da violência doméstica, a do assédio sexual, descativando-se para
forte chuva de presidentas (irá cair). Lilit A, 1,67 m, 48 kg, 80-60-87, olhos verdes, cabelos
castanhos, nascida Natasha Udovenko (Наташа Удовенко) em 16 de outubro de 1994,
na Ucrânia, t.c.c. Ariel, Rufina T. Tipo de vagina: esguia.
“Vaginas esquias são para raparigas invulgarmente magras. Este tipo de vagina é
agraciado com uma estrutura estreita e adelgaçada. A melhor parte de ter uma
vagina esguia é a habilidade de ter um ajuste mais apertado. É por isso que as
raparigas magras são mais apertadas. E mais fundas. A experiência é sexo-sensacional.” Entrevista: P: “O que
é que te atraiu para a indústria para adultos?” Ariel: “Bem, começou com posar
nua, porque adoro nu artístico, gosto tipo expressar os meus sentimentos nessas
fotos, talvez seja por isso que comecei a participar em filmes, e gostei imenso
e gostei mesmo imenso do nosso conceito de site,
é por isso talvez que comecei a trabalhar nesta indústria.” P: “Dirias que
sentes-te mais desinibida de te expressares quando estás no set com uma realizadora ou um
realizador? Se sim, como?” Ariel: “Eu acho… não tenho assim uma grande experiência,
para mim sinto-me à vontade com mulher assim como homem.” P: “Qual é a tua
parte favorita de trabalhar no set
com uma produtora? Era eu.” Ariel: “Podemos falar, ser como amigas e
divertirmo-nos muito.” P: “A tua vida sexual ou perceção do sexo mudou com a
Yonitale, se sim explica como.” Ariel: “Sim, mudou muito, porque antes eu
pensava como fazer a minha parceira sentir-se melhor, sentir-se à vontade, mas
depois da Yonitale, quando estava a trabalhar com a Yonitale, e agora, estou a
tentar dar prazer à minha parceira e também tê-lo. O meu primeiro orgasmo
tive-o depois de algumas massagens com Yonitale.” P: “O teu primeiro orgasmo de
sempre?” Ariel: “Sim.” P: “Tem havido sempre a opinião que o porno é degradante
para as mulheres ou não é compatível com a ideologia feminista, qual é a tua
opinião?” Ariel: “Acho que é um bocado verdade, porque não gosto quando as
mulheres fazem coisas pesadas, não aprecio, é por isso que trabalho para a
Yonitale porque fazemos coisas suaves, eróticas e eu gosto.” P: “Com todo o
talento feminino na indústria, quem te influenciou mais e como?” Ariel: “As
raparigas Yoni que conheci na produção da Yonitale, tal como a Olivia Y, a
Katya Clover, a Kiki, claro, e outras raparigas, elas influenciaram-me imenso,
porque têm muita experiência e eu recebo sempre algo novo delas.” P: “O que há
no teu estilo de posar que sentes que te diferencia do resto?” Ariel: “Eu acho
que sou autêntica, tento mostrar o meu melhor lado e mostrar o verdadeiro eu.”
P: “Alguma vez pensas fazer realização, se sim, como caracterizarias o teu
potencial estilo de realização?” Ariel: “Penso que no futuro gostaria de fazer
isso, mas neste momento sinto que não tenho grandes ideias, não tenho muita
experiência, mas, por exemplo, para orgasmos, também gostava de dirigir, talvez
no futuro o faça.” P: “Que conselhos davas às outras mulheres na indústria?”
Ariel: “Acho que gostaria de aconselha-las a não fazer coisas pesadas, e talvez
que pensem nos seus orgasmos, no seu próprio prazer, e não só ganhar dinheiro,
tipo produções diferentes, mas também ganhar dinheiro por prazer, trabalhar por
prazer, estar satisfeita com isso.” Sites:
{brdteengal} {The Nude} {Wikipédia} {Instagram} {Facebook} {Secret of Pleasure} {European Pornstars} {Indexxx} {Erotic Beauties} {Met-Art} {Nude
Gals} {Euro
Babe Index} {PornHub} {Elite Babes} {Kindgirls} {Define Babe} {Eternal Desire} {Coed Cherry}. Obra
fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos14} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20}. Obra
cinematográfica: {“Yoni Kisses” + Sindy
Black} ѽ {“Holidays
with Ariel”} ѽ {“Monologue”} ѽ {“Orgasm
World Championship: Public” vs Katya Clover} ѽ {“Tropical
Satisfation”} ѽ {“Tropical
Lovers” + Kiki} ѽ {“Shaving”} ѽ {“Public
Pleasure”} ѽ {“Sisters”} ѽ {“Secret
of Plearure # 3”} ѽ {“Backstage с МК С.Ковбасюка”} ѽ {“Backstage Pylypko vs Kazarinov”}
ѽ {“Natalie Feminine”} ѽ {“Магниты (фан видео)”}.
[2] A ação do
filme decorre em 1929, todavia Katrina Petrovna canta “The Last Time I Saw Paris”, canção
composta por Jerome Kern com letra de Oscar Hammerstein II, publicada em 1940. Será
cantada por Ann Sothern no filme “Lady Be Good” (1941),
real. Norman Z. McLeod, estreado terça-feira, 17 de novembro de 1942 no cinema São
Luís. “A canção não tinha sido escrita para o filme, e Hammerstein disse que
«não foi escrita por encomenda». Ainda assim venceu o Oscar de Melhor Canção
Original em 1941. Era o segundo Oscar de Kern (depois de «The Way You Look Tonight» em 1936),
e o primeiro de Hammerstein. Kern ficou tão chateado em vencer com uma canção
que não tinha sido escrita especificamente para um filme, e que já tinha sido
publicada e gravada antes mesmo de o filme ser lançado (havia seis versões em
dezembro de 1940, entre elas Tony Martin com Victor
Young & His Orchestra ou Kate Smith), que pediu
à Academia de Cinema para mudar as regras. Desde então, a canção nominada para
o Oscar tem de ser escrita de propósito para o filme onde é cantada.”
na aparelhagem stereo
Durão
Barroso, orador no painel «União Europeia, Continuidade e Mudança», no âmbito
do XXIV Internacional Meeting in Political Studies, promovido pela Universidade
Católica: «Temos de contar com a sra. Merkel. Ela é o ponto de
equilíbrio essencial. O único país que tem valorizado a União Europeia é a
Alemanha». (…). «Quando o partido de Cameron saiu do Partido Popular Europeu,
eu e a sra. Merkel dissemos-lhe que era um erro. Como conservador que é, não
devia ir contra o establishment» [1]. Citou ainda um outro acontecimento vivido com o
líder conservador britânico, desta vez na capital portuguesa, em dezembro de
2007. «Chegou atrasado de propósito à assinatura do Tratado de Lisboa porque
não queria estar na fotografia de família. Eles procuraram sempre mostrar a sua
excecionalidade entre um setor mais moderno e educado e um setor mais retrógrado».”
A
urbanidade europeia não se cinge aos bons políticos e ao bom trabalho dos bons
políticos, derrama-se sobre o território em si terra de segurança e eficiência
económica. “As festas de San Fermín, em Pamplona, Espanha, terão, este ano, um
aliado para travar um gesto pouco cívico: um novo líquido que faz a urina
ressaltar para as pernas e pés das pessoas. As festas de San Fermín levam
milhares de pessoas às ruas de Pamplona. Os touros, largados pelas ruas, são as
estrelas das festas. Estima-se que os gastos provocados pela urina nestas
festas alcancem os 10 mil euros. Este ano, os serviços de limpeza vão
combater o problema com o lançamento do repelente «CK-Splash Back». Este
líquido «provoca um ressalto da urina na parede e a pessoa acaba por urinar as
calças e os sapatos», explica Ezenarro Iñaki, responsável dos serviços públicos
da cidade espanhola de Hernani, que já experimentou o «CK-Splash Back». (…). Também
na Alemanha há iniciativas idênticas. Em Hamburgo é utilizado um aerossol que
resulta, igualmente, num ressaltar de urina para os pés e pernas das pessoas.
Os alemães apelidaram o evento de «pintura hidrofóbica».”
Enquanto
se pintam as canelas, um povo inteiro carrega-se nos ombros de heróis do mar de
golo alto. “Quaresma voltou a ser decisivo ao marcar o último penálti que
garantiu as meias-finais do Euro 2016 a Portugal. Na flash interview, o
extremo falou do momento decisivo e das hipóteses de Portugal na prova. «Uma
pressão enorme. Tinha um país nas minhas costas. Fiquei feliz, sabia que
ia ser golo. Não tive muito tempo para pensar. Antes de ir para a bola estava
muito confiante. Estamos no caminho certo e vamos continuar».”
No
dobrar do cabo da década de 80:
█ “Super
Europe” (1989), p/ Monique ♫ “I Want Your Body”
(1991), p/ Nymphomania feat. Monique. “Monique Sluyter (Sneek, 27 de
julho de 1967) é uma modelo e apresentadora holandesa. Tornou-se conhecida na
Europa no final dos anos 80 início de 90 graças à sua participação como
assistente nos programas «Colpo
grosso» e «Tutti
Frutti» [2]. Após o sucesso na TV,
estabeleceu-se como modelo e apresentadora de televisão, concentrando a sua
atividade principalmente na Holanda. Quando tinha 18 anos, foi descoberta em
Heerenveen por um caçador de talentos da Mediaset, enquanto assistia a um
concurso de beleza. Pouco depois, formou-se e mudou-se para Milão, onde iniciou
a sua carreira de modelo e viveu até aos 24 anos. Estreou-se na televisão na
temporada 1989/90 no programa do canal Italia 7, «Colpo
grosso», como assistente do apresentador Umberto Smaila. Manteve a mesma função
na versão alemã do programa, chamada «Tutti Frutti», ajudando
neste caso Hugo Edon
Balder, transmitida na RTL (visto em Portugal via satélite na era da moda
das antenas parabólicas ao nascer dos anos 90). Além disso, nesses anos gravou
o single «I Want Your Body» [3], juntamente com o grupo Nymphomania, incluído em
1993 na banda sonora do filme «True Romance», de Tony
Scott. Gravou também a música de abertura, sempre da temporada 1989/90, do
«Colpo grosso», «Supereurope»,
editada como 45 rotações pela Five Records SRL (depois mudou o nome para RTI
Music), junto com o tema do genérico final, «Cia' Presente Colpo Grosso?»,
cantado por Umberto Smaila.”
█ “Cin Cin'” (1990) ♫ “Mambo Mambo” (1991), p/ The Tutti Frutti - Girls. “«Tutti Frutti»
era a versão alemã do concurso italiano «Colpo
grosso». Foi transmitido de 21 de janeiro de 1990 até 21 de fevereiro de
1993 na RTL, durante três temporadas, totalizando aproximadamente 140
episódios. Foi o primeiro programa erótico na televisão alemã, também
disponível aos telespetadores em toda a Europa, uma vez que foi emitido sem
encriptação via satélite Astra, captado nos lares portugueses através de
antenas parabólicas, montadas nos telhados dos prédios, por uma taxa de
instalação mais mensalidade de 27$00 pagas pelos condóminos aderentes, os
outros, viam à borla na mesma. O programa causou considerável indignação na
época, visto que a nudez parcial era a sua principal característica
(apresentava mulheres escassamente vestidas e striptease). Foi inovador na transmissão de videoclips em 3D, para óculos
bicolores, onde o fundo era passado lateralmente a uma velocidade mais lenta
daquela das dançarinas em primeiro plano, dando assim o efeito de profundidade
num ecrã 2D,
usando o efeito Pulfrich.”
“Parte das raparigas presentes no programa já tinha experiência na fotografia
erótica. Em alguns casos, as raparigas que eram apresentadas como concorrentes
voltavam depois como strippers, e por
sua vez, algumas strippers eram
promovidas as raparigas Cin Cin. Algumas das strippers e das raparigas
Cin Cin continuaram a sua carreira no mundo do espetáculo ou entraram no
chamado star system. Entre elas:
A
holandesa (mais tarde naturalizada francesa) Esther
«Amy»
Koolman, a
«cereja» das raparigas Cin Cin 89/90, que, uma vez saída do programa, tornou-se
célebre como estrela porno com o nome artístico Zara Whites.
○ A modelo sueca Jasmine
Lipovsek, que já havia participado no programa como concorrente, e depois
como rapariga Cin Cin, (a «morango»), posteriormente casou-se com o piloto da
Fórmula 1, Ivan Capelli. ○ A holandesa Monique
Sluyter e a italiana Tiziana
D’Arcangelo, embora aparecendo na edição de 89/90 de «Colpo grosso»,
participaram na versão alemã «Tutti Frutti» em 89/90 e na temporada seguinte,
90/91 (Sluyter fez um breve regresso ao «Colpo grosso» para alguns episódios em
1991 substituindo Amy «Tripla»
Charles).
Monique Sluyter continuará a sua carreira como playmate (obtendo por quatro vezes a capa na edição holandesa da
Playboy), e fará também algumas aparições especiais em filmes não eróticos,
assim como tentará a profissão de cantora com um single (I Want Your Body), produzido pela Emi-Bovema B.V. (depois
chamada EMI Music Holland B.V.). Em 2005, Sluyter participou num remake do «Colpo grosso» chamado «ShowGirl», transmitido
pelo Happy Channel. Tiziana
D’Arcangelo, por sua vez, aparecerá em papéis secundários em filmes
italianos e holandeses. ○ A belíssima galesa Amy Charles,
stripper principal, em seguida, ao
lado de Smaila, com o papel de «assistente-caixa», depois do fim do programa gravou
algumas canções de
dança, publicadas em diversas coletâneas durante os anos 90. ○ A húngara Deborah
Wells
apresentou-se como stripper no
programa, mais tarde tornou-se célebre como estrela
porno, trabalhando em várias produções hardcore
europeias e americanas. ○ A atriz californiana Tracy Dali,
presente em 1991 na edição alemã como stripper,
participará em anúncios
e diversas dezenas de filmes, seja como protagonista seja como figurante (papel
para o qual tinha alguma experiência antes de «Colpo grosso», tendo uma breve
aparição em «Regresso ao futuro II»). ○ A
italiana Nadia
Picciurro, mamalhuda e desafortunada assistente da primeira edição, em 1988,
morre com apenas 19 anos a 10 de junho desse ano num acidente de viação. Voltava
de uma discoteca com o seu agente, finda a noite, o Audi colidiu com um camião
perto de Forli. Os vinte episódios gravados foram, não obstante, transmitidos
contra a vontade da família. Ela participou também como convidada permanente no
programa «L’araba fenice» de Antonio Ricci, apropriadamente como assistente do
«Colpo grosso». Nascida em Piacenza, mas orgulhosa das suas origens sicilianas
começou a trabalhar no mundo do espetáculo em 1987, participando no concurso
Miss Seno Fantastico que vence batendo a concorrência. Experiência fantástica
que lhe permite conhecer Berlusconi. Logo depois, foi escolhida numa audição de
«Colpo grosso», continuando, todavia, a atuar com um grupo de raparigas, «Nadia
e il balletto country di Ezio Venturi», em várias discotecas de Itália. ○ A italiana Nadia Visintainer,
licenciada em Medicina e cantora,
nascida a 30 de junho de 1963, em Cles, no Trentino, no «vale das maçãs», e
rapariga Cin Cin (assinalada com o «ananás») na edição de 89/90; em 2009,
participou num episódio do programa televisivo «Matrix» (durante o qual afirmou
ter recebido, naquele tempo, alguns «avanços» da parte de um político, o qual,
em troca, prometia-lhe uma brilhante carreira no mundo do espetáculo, mas por
ter oposto uma nítida recusa encontrou assim muitas dificuldades para permanecer
«na corrida». Convidada nos programas «Lucignolo», «Soliti ignoti», e num
serão dedicado inteiramente ao «Colpo grosso», na RAI Due, apresentado por Alda
d’Eusanio, revelou a sua nova profissão de produtora teatral e músico,
anunciando a saída do seu livro dedicado precisamente à sua experiência como
rapariga Cin Cin, livro que saiu em março de 2016, intitulado «Piacere,
sono quella si Colpo Grosso» [4]. ○ A italiana Alma Lo Moro
era «amuleto
da sorte» com o símbolo do
trevo e, posteriormente, rapariga Cin Cin com o «mirtilo». Depois, em 1989,
entrou nos filmes eróticos «Racconto
immorale»
de Salvatore Bugnatelli e «Boutique»
de Lorenzo Onorati. ○ A alemã Elke
Jeinsen, nascida em Estocolmo a 25 de julho de 1966, mas vivendo na
Alemanha desde um ano de idade, onde, em 1986, se tornou Miss Hanôver,
classificando-se em segundo lugar na Miss Alemanha e, em outubro desse ano,
posou para a edição alemã
da Playboy. Em
1991 estava no elenco de «Colpo grosso» como rapariga Cin Cin (o «morango»). Em
seguida, continuou a sua carreira de modelo, participando em vários programas,
filmes e séries de TV (incluindo um episódio de «Baywatch» e um
papel em «Crocodile Dundee in Los Angeles»). Também aparece no teledisco de «Night Calls» de Joe
Cocker. Na década de 2000, dedicou-se a filmes softcore como «Every
Man’s Fantasy 2», «Hellcats
in High Heels 2» ou «Real Tickling».
Elke, 1,74 m, 60 kg, 91-61-86 é cinturão negro em karaté. ○ A alemã Simone
Burkhard, que foi rapariga Cin Cin («tangerina») em várias edições e, por
diversas vezes, interpretou o papel de «superestrela» (com o nome Simone).
Inesquecível o seu strip integral junto com a sua
compatriota Elke Jeinsen. Simone, nascida em Mannheim a 30 de outubro de1967,
foi playmate na edição alemã da Playboy
no mês de janeiro de 1988, e mais tarde foi protagonista da Playboy Special
Edition (Playboy girls of summer 1993), e também na revista Perfect (em 1988).
As suas medidas eram 92-52-89, bem distribuídas por 1,69 m de altura. ○ A alemã Stella
Kobs, nascida em Esslingen a 28 de fevereiro de 1963, que era o «limão» no
primeiro grupo das raparigas Cin Cin. Kobs trabalhou durante 15 anos como
modelo na Europa e Los Angeles, e foi playmate
do mês (julho de 1986 e seguidamente junho 1987 com o nome Stella Adorf) e playmate do ano (1987) da edição alemã
da Playboy. Comprometida com o meio ambiente, foi deputada pelos Verdes alemães
no Parlamento regional e Baden-Vurtemberga. Atualmente é hipnoterapeuta de
treino autógeno e promove nas redes, no seu site,
um sistema de cura e beleza do corpo através de sessões em que se induz estados
de transe. ○ A italiana Debora
Vernetti (ou Deborah) foi stripper
com o nome «Orbetella». Entrou no filme «Paprika» de Tinto Brass e nalguns para
a televisão nos anos 90. ○ A alemã Mikki
Brenner, rapariga Cin Cin («chuchu»), foi modelo para a Penthouse
e atriz porno. ○ A húngara Antónia Valéria
Bálint, nascida a 30 de maio de 1969, em Budapeste, foi stripper de «Colpo Grosso» (e da sua versão alemã «Tutti Frutti»)
com o nome «Annalisa».
Miss Hungria em 1991 (título revogado, porque tinha posado nua, e depois
restituído resultado de um processo judicial), e seguidamente apresentadora de
TV no seu país; em 2014 foi eleita vereadora no distrito de Angyalföld na lista
do partido conservador Fidesz.”
█ “Apache” (1977) ♫ “Hip hurra, det' min fødselsdag” (1982), p/
Tommy Seebach Band. “Tommy Seebach (14 de
setembro de 1949 - 31 de março de 2003), nascido em Copenhaga, foi cantor,
compositor, organista e produtor. (…). Seebach começou a carreira musical como
organista no seu próprio grupo, The Colours, aos 14 anos. Nos anos seguintes,
tocou em muitos grupos pop e beat. Tocou piano em muitas orquestras e
grupos, às vezes sob o pseudónimo Boogie Woogie Tommy. Ganhou popularidade
comercial na Dinamarca em 1965, quando se tornou membro da banda Sir John and his Butlers, escrevendo
muitos dos seus mais populares êxitos. Também trabalhou como engenheiro de som
no Rosenberg Studio em Copenhaga, entre muitos projetos gravou em 1963 o
lendário álbum islandês de rock
progressivo, «Icecross». Em 1976,
surgiu a solo como artista de sucesso. O seu álbum «Tommygum» foi lançado em
1977. Ao mesmo tempo tinha grande procura pela sua editora, a EMI, onde estava
envolvido em projetos de artistas como Lecia & Lucienne. Foi nessa
época que tocou e gravou «Apache». (…). Seebach foi casado durante muitos com
Karen Seebach; tiveram três filhos Nicolai Seebach, Rasmus Seebach e Marie. O
casamento acabou quando Seebach desenvolveu uma séria dependência do álcool. O
seu filho Rasmus, após se tornar cantor pop,
escreveu um canção sobre ele chamada «Den jeg er» (Quem eu
sou), declarando a grande influência que o pai teve na sua vida apesar do seu vício
dele.” █ “Ota vaan” (1982) ♫ “Anna rakas raju hetki” (1985), p/
Nisa Soraya. “Nascida a 21 de março de
1957 em Birmingham, Inglaterra. Quando Nisa tinha duas semanas de idade, a
família mudou-se para França e seis anos depois para Singapura, onde começou a
cantar em várias bandas aos 15 anos. Em 1980, mudou-se para a Finlândia a
convite de Markku Aron quando tinha 23 anos e começou a sua carreira musical. Uma
das suas primeiras canções foi “Mun suothan tulla vierees
sun”, um dueto com Markku Aron, para o Euroviisut 1981, o programa de
seleção finlandês para o Festival da Eurovisão. Antes disso tinha gravado um single «Singapora / First Be A Woman»
(Polydor - 2055 090). Atingiu maior sucesso entre 1983 e 1985 cantando canções disco em finlandês e inglês, quando apareceram
«Anna rakas raju hetki» (com a versão em inglês «Twilight Children»), «Mister Moonlight», «Queen of the Night» e «Kiiruhda hiljaa». O seu
maior êxito na Finlândia foi «Huone 105» em 1982.”
___________________
[1] É expetável
o fascínio de Durão Barroso, as mulheres fortes atraem os homens com dois dedos
de testa, perfilam-se como primeiras candidatas ao matrimónio. Julietta,1,68 m, 61 kg, 89-65-94, sapatos 41, nascida a 9 de
março de 1987, em Krasnodar, Rússia, t.c.c. Alina, Eve, Gabriella, Julia, Julia
Ae, Julietta, Lidia. Sobre Julietta: este é o nome que a nossa famosa e
celebrada Julia gosta de chamar a si própria. Embora a rapariga seja muito mais
nova que Julia ela tem a
mesma natureza sórdida. Mas isso não a impede de ser uma criatura bela e
malvada. Muitas pessoas gostam desse tipo de beleza. Talvez, uma amante
perfeita possa sair dela, mas o problema é que nem Valentina nem Grig suportam
tais temperamentos. O primeiro dia de relação com Julietta foi espantoso! Ainda
não estava danada, trabalhar com a modelo foi agradável. Mas após um dia a
posar, a nossa rapariga começou a entender Galitsin como sua propriedade e até como
futuro marido. Ela prontamente confessou que não fazia sexo há muito tempo.
Tendo mostrado um pequeno interesse por Julietta, ela subitamente atirou-se ao
Grig como uma diabólica maníaca sexual. Grig ficou a saber que o namorado não a
satisfazia e que ninguém consegue. Se quiser ter uma enorme quantidade de
adrenalina, a cara arranhada e a piça mordida, pode ir a Krasnodar! Se é forte
o suficiente, pode encontrar o seu destino lá. Mas há uma condição – você deve
satisfazer a Julietta finalmente. Se a índole perfeita de Christina, a sua
facilidade em comunicar e complacência lembram Julia na sua juventude, então o
caráter de Julietta lembra Julia atualmente. A única coisa que ainda segura a
Julietta é que o namorado lhe chega a roupa ao pelo bastante frequentemente.
Talvez o mesmo tratamento se adeque à Julia também, mas não há uma mão forte
para ela em Volgograd.” “Grig involuntariamente
comparou-a com Julia. Julietta também consegue fazer sexo com o frasco de
perfume, a lâmpada ou vegetais. Os brinquedos que Grig trouxera de Moscovo
arrebataram muito a nossa modelo. O único problema é que ela não queria brincar
com eles diante da câmara. O clitóris de Julietta era duro e resiliente e
Galitsin espera que a sua evasiva acabe em pouco tempo. O namorado controla-a
com rédea curta e só lhe permite encontrar-se com raparigas. Mas a verdade que
Galitsin descobriu pelas suas amigas ultrapassou todas as expetativas. Julietta
fodeu todas elas! Mas nem rapazes nem raparigas conseguem satisfazer a sua
carne. (…). Julietta vive não muito longe de Krasnodar, numa aldeia cossaca –
isto pode explicar o seu carácter belicoso. Há uma tradição na aldeia de cascar
nas raparigas com um chicote não menos que uma vez por semana. Mas se um homem
chega a casa um pouco tocado, de certeza que leva forte e feio com o rolo da
massa ou uma panela. Uma esposa pode meter o marido num barril de água fria,
deixá-lo a dormir na neve, num canil ou num celeiro com os porcos. Tudo isto
não é de todo parecido com o sadomasoquismo ocidental. Isto é o verdadeiro
sistema russo do sul. Quando vê o corpo perfeito de Julietta, as suas tetas
grandes e macias, o seu deslumbrante cabelo longo basto, ficará em êxtase!
Talvez tenha um desejo indomável de puxá-la pelos cabelos… mas não se esqueça,
Grig avisou-o.” Sites: {The Nude} {Indexxx} {Which Pornstar} {Met-Art} {Amour
Angels} {jeuneart} {Erotic Beauty} {Domai}. Obra
fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14}.
Christina, 1,70 m, 53 kg, 90-58-93, sapatos 38, olhos
castanhos, cabelos castanhos-escuros, nascida a 1 de dezembro de 1985, em
Krasnodar, Rússia, t.c.c. Christina B, Kristina, Rebecca, Renata. Sobre
Christina: esta rapariga esbelta, bonita e muito garrida é extremamente
agradável para uma cavaqueira. Este arquétipo de beleza, Galitsin só o encontrou
em Krasnodar. Essa cidade é uma capital meridional da Rússia. À superfície,
Christina é muito semelhante à sua namorada Julietta.
O mesmo espesso cabelo escuro deslumbrante. Mas as suas personalidades são
completamente diferentes. Valentina e Galitsin trabalharam com ela não muito
tempo, mas, todavia, descobriram muitos pormenores sexuais. Drogas leves tal
como a erva estão amplamente disseminadas em Krasnodar e as raparigas usam-nas
frequentemente. Quanto aos homens, também fumam erva ficando incapacitados para
o sexo, e é por isso que o safismo é uma coisa extremamente reiterada. Christina
tem duas namoradas. Amiúde, elas praticam sexo as três juntas e acham que é
excitante e maravilhoso. A modelo aprecia ser fotografada e sonha encontrar um
homem probo bem na vida. O dono do hotel onde Grig se hospedou era ideal para
Christina, ela estava apaixonada por ele. Mas a rapariga apressou-se a
apresentá-lo aos seus pais e o rapaz não estava preparado para aquele passo
sério. Christina privilegia pessoas ricas interessantes, carros de luxo, belos
hotéis, iates magníficos, saunas e roupas caras. Na opinião de outro fotógrafo
ela gosta de participar nas produções mais sexuais. É extremamente aprazível
lidar com ela e faz com facilidade qualquer coisa que lhe peçam! (…). A
avaliação geral de Grig sobre o trabalho com modelos de Krasnodar é que elas
estabeleceram um preço elevado. É o mesmo que as raparigas moscovitas, mas ao
contrário de Moscovo, não há fotógrafos em Krasnodar que possam ensinar as
raparigas a trabalhar de uma forma frutífera e adestrada. Houve mesmo um certo
conflito – elas não quiseram posar para vídeo ainda que por uma quantia alta.” Sites: {The
Nude} {Indexxx}
{Femjoy} {Met-Art} {jeuneart}. Obra
fotográfica: {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8}.
[2] “O programa tinha um cenário a fazer lembrar um navio de
cruzeiro e os jogos assemelhavam-se aos dos típicos jogos de casino, como o
«vinte e um» e a «slot machine». Havia dois concorrentes: um homem e uma
mulher. Para angariarem mais dinheiro para apostarem nos jogos, havia dois
recursos. Um deles era mandar despir as «estrelas internacionais» que vinham de
vários pontos da Europa, sendo que cada peça que estas meninas tiravam
significava mais crédito na conta dos concorrentes. O outro era os próprios
concorrentes darem o corpo ao manifesto e subirem ao palco para eles próprios
despirem-se e depois continuarem o resto do jogo em roupão. Nos casos mais
extremos, elas ficavam de mamas ao léu e em cuecas e eles num maillot tipo fato
de banho dos anos 20. Sim, pode-se falar de tratamento desigual, mas como a
maioria da audiência era masculina, não devia haver muitas vozes a
insurgirem-se contra isso. Eu cheguei a ver senhores de uma certa idade como concorrentes
a terem relutância de literalmente baixarem as calças em palco. Já as concorrentes
eram sempre mulheres ainda relativamente jovens,
se bem que algumas não tinham propriamente as formas esculturais das Cin Cin. E
estas participavam ativamente nos jogos mais famosos. Um deles era pura e
simplesmente adivinhar qual delas albergava debaixo de soutien uma estrela
dourada autocolante a cobrir o mamilo (em vez do habitual autocolante do fruto
correspondente). O outro era o jogo do «Quente e frio» e a dinâmica era semelhante
ao do célebre concurso «Jogo de Cartas» da RTP. Mas em vez de adivinhar se a
carta seguinte era para cima ou para baixo, os concorrentes tinham que
descobrir se na carta seguinte uma moçoila aparecia com mais ou menos roupa,
dizendo «frio» ou «quente», conforme o caso. Ou melhor, diziam em italiano, fredo ou caldo. Atrás deles, as Cin Cin davam os seus palpites para
influenciar e/ou confundir, com umas a dizer em coro Fredo! e outras Caldo!
Pelo menos essas palavras em italiano, elas sabiam. «Água na boca» foi
transmitido em 1992/93, aos sábados à noite, depois da meia-noite. Nos serões
de televisão ao sábado, o «Parabéns»
do Herman José reinava supremo. (O Herman, como não podia deixar de ser, chegou
a parodiar o «Água na boca», dizendo que representava o fruto marmelo). Mas não
eram poucos que logo no início da SIC, trocavam a expectativa de saber se os
concorrentes do «Parabéns» ganhariam o prémio final para apreciar o festim de
maminhas, qual salada de frutas. O último jogo era o da roleta e em caso da
vitória, não só o concorrente levava o prémio final (que julgo que era um
cruzeiro a sério) como o espetador tinha um bónus. Além das Cin Cin e
das estrelas internacionais, havia uma superestrela que no final do programa
atrevia-se a ir onde as outras não se atreviam, ou seja fazia um striptease integral.
Nada de muito vulgar, limitava-se a tirar a tanga que todo o outro mulherio
mantinha como barreira final.”
[3] O desejo do corpo português é irrevogável. “Um homem de 40
anos tentou violar uma tia, de 58, num pasto em Lagoa, S. Miguel, Açores. Tudo
se passou no fim de semana. A vítima resistiu e o homem, motorista, acabou
por se masturbar em frente à familiar e levá-la de volta a casa. A mulher
foi enganada, tendo entrado no carro do sobrinho sob o pretexto de uma ida às
compras, e molestada. A PJ deteve o homem, que é casado. O tribunal deixou-o
solto, com apresentações diárias à PSP e proibição de contactar a vítima e
testemunhas, como uma outra familiar mais velha que há alguns anos tentou
violar e que não apresentou queixa”, em Correio da Manhã, 29-09-2016.
[4] Afim, a mulher portuguesa instruída, bacharelada,
licenciada, deu dois passos em frente, dois dedos abaixo, na sua contribuição
para produção de riqueza. Expeta-se que a Autoridade Turística Nacional saiba
aproveitar a galinha dos ovos de ouro, alimentada na saborosa cozinha
portuguesa, constituirá uma aromatizada entrada para os turistas atingirem o
objetivo de 12,4 mil milhões de euros no PIB nacional em 2016. “Logo após
Helena ter enfrentado Teresa Guilherme durante a gala de domingo da «Casa dos Segredos 6», os
concorrentes garantiram à jurista que esta estava «feita». Mas a verdade é que,
depois de discutir com a apresentadora, a popularidade de Helena disparou.
Durante a semana, Helena discutiu com Tucha, depois de
esta a acusar de não lavar a roupa interior – «Eu sou delicada, eu sou
delicada, não posso estar com uma vassoura na mão. Eu sou chique. Eu sou
chique. Não, eu no cu enfio o mangalho. Eu gosto é de mangalho. Mangalho
no cu. Agora vassoura?». De seguida, na gala, Teresa Guilherme confrontou-a
com isso mesmo, mas a jurista não gostou e fê-lo saber. «Vim p’a a Casa dos
Segredos, não vim p’a a casa do tanque p’a lavar cuecas, compreende? Acho que
foi muito mau. (…). Pode brincar comigo com tudo, agora com a minha dignidade, e
com aquilo que ‘tá a passar aí pra fora, permita-me dizer-lhe que não gostei,
Teresa», disse Helena. Resposta imediata de Teresa Guilherme: «Olhe, eu fico
tão preocupada». Desta troca de acusações acabou por ser a apresentadora da TVI
a sair a perder. Teresa tem sido arrasada nas redes sociais, enquanto Helena
ganha popularidade. Já depois do programa terminar, a jurista fez saber aos
concorrentes que não irá admitir ser «novamente enxovalhada». Dentro da casa,
há quem ache que Helena assinou a sua sentença de morte. Enquanto Teresa
Guilherme está debaixo de fogo, Helena, que tinha
começado o reality show na «casa de vidro», ganha terreno e
muitos fãs. Até antigos concorrentes da «Casa dos Segredos» vieram a público
defendê-la, como aconteceu com Liliana Bastos e até Jéssica”, na revista Vidas,
do Correio da Manhã, 01-10-2016.