Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

quarta-feira, novembro 23, 2011

De cassetete arenoso e lubrificado

Parte II

Repatanado num aconchegante canapé, chuchurreando drink e música agermanados, o cidadão europeu, nesta corrida dos 7 mil milhões de ratos [1] a roerem a rolha da riqueza do rabaçal, ajeita-se para o fim da democracia. Alguns, ainda papam églogas de animálias e votam. Votam mal. E então a taxa de juro diz: não! esse não me satisfaz! “Bring on the Dancing Horses” (Echo & The Bunnymen), “tragam o novo messias / onde quer que ele esteja”; e o mecanismo de ajustamento – para quando o povo desperdiça o voto – é ativado. E novos messias chispam das prateleiras dos peritos certos para as perícias certas rebimbando a “estudada solução” para a “crise”: Papademos na Grécia e Conti na Itália [2], são votados, diretamente no Governo, pelos corretores da democracia. A democracia é algo demasiado importante para enrodilhar nos humores do povo. É regime de elites, visionárias, que capturam a pista de dança: “Determinate”! [3].
O asinário cidadão, tolhido de entendimento, embaralhado nos meandros – mais intrincados que a
evolução da música de dança ocidental – do contrato social, algures por si assinado, para ter vida com tranquilidade: “a ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Contudo, este direito não veio da natureza; apoia-se em convenções” (Rousseau); esse cidadão resignou a liberdade individual pela soberania, isto é, pela vontade de todos, corporalizada num esclarecido líder. – Salazar qualificava Portugal como “país de paupérrimas elites”, porque não viveu o século XXI, 2011 o ano em que a leadership [4] trespassou o Cais das Colunas. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, “girl look at that body / I’m Sexy and I Know It”, no parlamento, que não exista qualquer dúvida, liderou: “2012, certamente, irá marcar o fim da crise. Será o ano da retoma para o crescimento gradual de 2013 e 2014. Que não exista qualquer dúvida” [5].
A democracia, neste estado aprimorado – o cidadão vota, mas como ele é uma besta de ignorância, os técnicos aprimoram – progredirá para um meta-fascismo, muito diferente do ignóbil fascismo. Primeiro, o cidadão é promovido a cidadão-ilha: um porção de homem cercado de impostos por todos os lados, e para que não sofra de “
dysania”, e se recuse saltar da cama para produzir, ou devaneie sobre improdutivas liberdades ou justiças, a polícia será a instituição mais importante, continência: “o cidadão nada arreceie, é tudo pelo seu bem” [5]. Segundo, a sangrenta repressão cede lugar ao controlo tecnológico. E a tecnologia é amiguinha e sentida como inevitável. O controlo básico é feito pela conta bancária, não é obrigatória, é inevitável. Toda a vida económica pessoal, centralizada através dos Bancos, está acessível com um simples click para verificação ou execução condenatória. No mau fascismo obrigava-se, no fascismo bonzinho as pessoas exigem e matariam se lhes proibissem o telemóvel [6].
Pelos telemóveis acede-se à vida pessoal: “analisadores forenses são rotineiramente utilizados nas investigações policiais para recuperar dados de computadores e outros dispositivos digitais. Ultimamente, os telemóveis tornaram-se fontes valiosas de indícios para a polícia, uma vez que um telemóvel pode incluir quase todas as comunicações privadas de um indivíduo (SMS, números recentemente ligados, e-mail, Facebook e mensagens no Twitter), assim como dados de localização do dispositivo
GPS”, e, por exemplo, o Universal Forensics Extraction Device (UFED) portátil, da Cellebrite, permite uma rápida recuperação desses dados numa operação stop ou na rua. A Internet é uma bênção da tecnologia para o controlo do cidadão pelo Estado. “Para enfrentar a turbulência política que consumiu o país (…), o Governo iraniano parece envolvido numa prática, muitas vezes chamada, deep packet inspection, que permite às autoridades não só bloquear a comunicação, mas monitorizá-la para reunir informação sobre as pessoas, assim como alterá-la para fins de desinformação”. O programa chama-se Monitoring Centre, vendido ao Irão em 2008 pela Nokia Siemens Networks, a joint-venture da Siemens AG com a Nokia Corp. “A Nokia Siemens comercializa o produto Monitoring Centre em 150 países ao redor do mundo onde faz negócio. A empresa diz que não fornece o sistema para a China ou Myanmar”, por enquanto, países com mau fascismo.
Meios de sonho que extasiariam um espião da Stasi estão ao alcance das polícias. Magnify, é um software da empresa israelita eXaudios, que “separa e analisa, em tempo real, frequências da voz humana e consegue prever, pela entoação e a intensidade, se essa pessoa está ansiosa, irritada, triste ou animada. (…). Usado em call centers como módulo adicional que informa os operadores do estado em que se encontra cada interlocutor e sugere a tática mais indicada para proceder a uma venda ou resolver uma queixa”, em Exame Informática nº 180. A universidade de Londres está a desenvolver dispositivos que detetam o medo. “Depois de um estudo de viabilidade estar completo, dois dispositivos devem ser concebidos para identificar a feromona do medo no suor humano, um por absorção laser, e o outro por um instrumento de fibra óptica portátil. Os dispositivos podem ser usados para ajudar a polícia a identificar comportamentos anormais em grandes eventos tais como os jogos Olímpicos de
2012”. – Entretanto, Portugal verá as Nisennenmondai na galeria Zé dos Bois [7].
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[1] É possível cada um saber o seu
número. O mundo festejou mais uma fronteira derrubada, os pirralhos antecedentes reclamaram: “crianças anteriores, escolhidas pela ONU para assinalar marcos da população mundial, queixaram-se que o organismo internacional os esqueceu mais tarde na vida. Ambos, Adnan Nevic, 12 anos, da Bósnia, o sexto mil milionésimo, e Matej Gaspar da Croácia, que foi o número 5 mil milhões, queixaram-se que a ONU escolheu-os no momento do nascimento e depois os ignorou em grande parte. ‘Vimos Kofi Annan quase como um padrinho para ele’, disse, Jasminko, pai de Adnan”. Agora, para apurar o planeta, a próxima fronteira será os 10 mil milhões no final do século. “Pouco mais de dois séculos atrás a população mundial era mil milhões – em 1804. Mas melhor medicina e agricultura aperfeiçoada resultaram numa maior esperança de vida para as crianças, aumentando drasticamente a população mundial”.
[2] Selo de qualidade do nosso rapaz na Europa, o Durão Barroso: “conheço Mario Conti muito bem. É uma pessoa reta, muito competente e um perito nas questões europeias, bem como um europeu muito empenhado”. Outro farol da democracia, o presidente Herman Van Rompuy, receita para a Itália: “este país precisa de reformas, não de eleições”.
[3]
Determinate”: “transforma o mundo / na tua pista de dança / determinar / determinar”, de uma banda, Lemonade Mouth, extraída de um filme do canal Disney: “More Than a Band” ♣ “Breakthrough”: “aqui vem uma revelação / aproxima-se o dia / aqui vem o momento / pelo qual vais lutar / por isso não o deixes escapar”. A ação decorre num liceu com muitas lições para o ministério da Educação português sem cheta para treinar um macaco. Brenigan (o reitor): “o que te posso dizer, Jenny?”; Jenny (a docente): “que darás a mesma atenção à arte que dás ao desporto. Tiraste os fundos à educação musical. Puseste a minha sala de aula na cave e para quê? Por um ginásio qualquer?”; Brenigan: “wow, isto não é um ginásio qualquer. O desporto traz donativos, os donativos trazem dinheiro e este ajuda à gestão da minha escola”. O ministro Nuno Crato “desfinanciado” inaugurou o centro escolar de Arcos, em Anadia, de mãos abanar, sem um computador para oferecer, nem sequer umas gomas, e ouviu: um crianço: “eu preferia que estivesse aqui o Sócrates”, Nuno: “ó pá, o Sócrates já não está cá”. – Na banda inclui-se o talento do canal Disney: Naomi Scott, nascida em Londres a 6 de maio de 1993, de mãe indiana Gujarati do Uganda e pai inglês; e Hayley Kiyoko, nascida a 3 de abril de 1991; no tempo livre gosta de comprar roupas vintage e escrever canções: ▬ “Excuse Me” ♣ “Under the Blue”, foi a Velma Dinkley no “Scooby-Doo! The Mystery Begins” (2009) e “Scooby-Doo! Curse of the Lake Monster” (2010), e membro das debandadas The Stunners: ▬ “Bubblegum” ♣ “Spin the Bottle” ♣ “We Got It” ♣ “Dancing around the Truth” – grupo de divertidas moças com as suas estrepitantes batalhas dançantes pelo “Twilight”; são elas Kelsey Sanders (substituída por Lauren Hudson em 2009), Marisol Esparza, Allie Gonino e Tinashe Kachingwe: cinturão negro em taekwondo, nascida a 6 de fevereiro de 1993, de pai zimbabueano e mãe, mescla de irlandês, norueguês e dinamarquês: ▬ “Fallen” ♣ “Candy”.
[4] No ministério da Economia, no corredor que leva ao gabinete do ministro, colaram o cartaz: “o que é que já fez hoje para fazer crescer a economia”.
[5] Um deputado do seu partido com calvície cabeceou: “esta palavra de esperança é importante sr. ministro. Ainda bem que a deixou cá. E é eeeee é é é é confrangedor ouvir o partido socialista dizer que não acredita, não acredita nesse otimismo, isto é de quem causou a crise, era conveniente que tivesse agora mais alguma esperança na saída da crise”. Mais tarde o ministro explanou em português técnico: “eu não anunciei o fim da crise, o que eu disse foi que 2012, assim como os indicadores mostram, será o princípio do fim da crise, ou seja, os indicadores mostram que em 2013, 2014, começará a recuperação económica. (…). Vai ser preponderante a economia internacional nos próximos tempos, há imponderáveis, por mais que nós possamos fazer ou efetuar reformas, há imponderáveis que nós não podemos controlar. A Europa tem de resolver a sua crise da dívida soberana, muito importante. Também temos que ver qual é a evolução da economia mundial nos próximos tempos, essencial”. O Correio da Manhã no dia seguinte: “Álvaro anuncia fim da crise, Portugal empobrece 8,2 milhões por dia”.
[5] Pode faltar dinheiro para medicamentos, livros, pão, mas para a polícia não.
Miguel Macedo, ministro da Administração Interna: “aos tempos de austeridade correspondem momentos de maior risco social. Não se trata de classificar como ameaça os movimentos legais de protestos e de manifestação, são atos legítimos em democracia e em liberdade, mas de estarmos atentos a aproveitamentos de natureza radical e antidemocrática suscetíveis de colocar em causa a ordem pública e os direitos cívicos dos cidadãos” (…) “ imperioso contrariar as tendências de desajustamento social que podem constituir preâmbulos para fenómenos de perturbação da ordem pública e de radicalização” (…) “dotar as forças de segurança de um ambiente de serenidade e normalidade”.
[6] Hillary Clinton, quando assumiu a posição de secretária de Estado, prometeu ferramentas do século XXI para atender aos problemas globais. A obsessão dos funcionários do Estado é dinheiro, então lançou uma linha telefónica onde os americanos podiam escrever uma mensagem e doar 5 dólares para a província de Swat, no Paquistão destruída pela guerra americana. “Espero que teremos uma grande reação à mensagem de texto. Pensem – se um milhão de pessoas nos Estados Unidos der pelo menos 5 dólares, isso são 5 milhões. E isso seria uma contribuição significativa do cidadão comum, apenas pessoas que se importam com o que está a acontecer”.
[7]
Nisennenmondai: discos: trio instrumental formado em 1999, por Masako Takada, guitarrista, Yuri Zaikawa, baixista e Sayaka Himeno, baterista. O nome deriva da tradução japonesa do bug Y2K ▬ “Ijen Urusuozuos” ♣ ao vivo ♣ ao vivo ♣ no Temps Machine ♣ “Appointment” ♣ ao vivo.

cinema:
Catarina Mira: Ex-apresentadora do Disney Kids (2008-2011), atriz acidental, “no último ano do curso de jornalismo”; contraiu gripe A no Algarve: “basicamente curei-me com Ben-u-ron… nem sei se era preciso tomar mais alguma coisa”; grande amiga de João Manzarra: “criámos desde logo empatia um pelo outro e tornámo-nos grandes amigos”, sem todavia lhe enfeitar a floreira do amor exclusivo: “garanto-vos que é falso”; gabava a amiga Sara Salgado [1], candidata à categoria de “Sexy Teen”: “tem uma beleza muito exótica e uma atitude muito sexy. (…). A Sara destaca-se das outras candidatas porque tem uma beleza diferente e não precisa de se produzir muito para ficar bonita”; irmã de Sam The Kid: é ela no quarto do Sam que pergunta: “Oh mano, quem é o Vítor Espadinha?”, no vídeo “À procura da perfeita repetição”. {Twitter}. – Tina Louise: 1,74 m, 93-60-91, como aspirante a vedeta nos anos 50, 96-58-93, em 64, no papel que a afamou de Ginger Grant, na série de TV “Gilligan's Island” (1964-67). Estreou-se em 1952, na Broadway, na revista musical de Bette Davis “Two’s Company”, e no cinema, em 1958, com “God's Little Acre”. A Columbia Pictures promoveu-lhe a carreira com um trabalho pictórico na Playboy (maio 1958, abril 1959). Recusou o filme de Blake Edwards “Operation Petticoat” (1959): “fez milhões de dólares, mas eu recusei porque era um monte de piadas sobre sexo”, em novembro de 59 embarca para a Itália para filmar “The Siege of Syracuse” (1960): “ela afirma que depois de trabalhar 12 horas por dia, ficará feliz em voltar aos Estados Unidos, onde as horas de trabalho estão limitadas pelos regulamentos da Screen Actors Guild”, em dezembro desse ano “ajuda o milionário brasileiro Francesco ‘Baby’ Pignatari a gastar o seu tempo e dinheiro em Roma”. Em 1957 edita o seu disco “It’s Time For Tina”. Alguns filmes: “Saffo, venere di Lesbo” (1960), “For Those Who Think Young” (1964), “The Good Guys and the Bad Guys” (1969), “Mean Dog Blues” (1978), “Evils of the Night” (1985); na TV, foi Mary Burns no episódio “Desperate Passage” (1964) no “Bonanza” e Julie Grey, a secretária de JR na Ewing Oil, no “Dallas” (1978-79) [2]. – “The Rum Diary” (2011), com Johnny Depp (Paul Kemp) e Amber Heard (Chenault): Kemp: “pensei que talvez fosses uma sereia”, Chenault: “sou de Connecticut”; baseado no livro de Hunter S. Thompson: “é creditado como o criador do jornalismo gonzo, um estilo de relatar em que os jornalistas se envolvem na ação a tal ponto que tornam-se nas figuras centrais das suas histórias. Ele é também conhecido pelo prolongado uso de álcool, LSD, mescalina e cocaína (entre outras substâncias); a sua paixão por armas; o seu ódio inveterado por Richard Nixon; e o seu desprezo iconoclasta pelo autoritarismo. Enquanto sofria vários problemas de saúde, suicidou-se em 2005, aos 67 anos”. “Iniciado em 1959 por um Hunter S. Thompson de 22 anos, o ‘Rum Diary’ é uma brilhante história de amor, emaranhada de ciúme, traição e violenta luxúria alcoólica na cidade caribenha em expansão que era San Juan de Porto Rico, na década de 50”, engavetado por trinta anos no rancho de Woody Creek, Colorado, onde Depp o descobriu e convenceu Thompson a publicar. Eles eram amigos desde meados dos anos 90. Antes de filmar “Fear and Loathing in Las Vegas” (1998), Depp asilou no rancho Owl Farm, onde inadvertidamente fumava cigarros junto de um barril de pólvora negra que Thompson guardava na cave. Quando Thompson morreu, Depp pagou o funeral, e cumpriu o último desejo do amigo: que as suas cinzas fossem disparadas de um canhão na noite do Colorado. (Pelo sucesso do livro “Hell's Angels: The Strange and Terrible Saga of the Outlaw Motorcycle Gangs” (1966), os Hell's Angels ressentem a apalavrada… grade de cervejas). – Armas: Summer Glau, a Cameron Phillips, antiga Skynet Infiltrator, classe T-OK715, do apocalíptico futuro de 2027, reprogramada pelo líder da Tech-Com, John Connor, na série de TV “Terminator: The Sarah Connor Chronicles” (2008-2009); ou Sarah Michelle Gellar, a Buffy Anne Summers, a infatigável caçadora de vampiros que livrou o mundo livre das forças da escuridão, em “Buffy the Vampire Slayer” (1997-2003). – “Strippers vs. Werewolfs” (2011): “quando o lobisomem chefe Jack Ferris é morto acidentalmente num clube de strip, as meninas que lá trabalham têm até a próxima lua cheia, antes que a sua alcateia sedenta de sangue procure mortífera retaliação”, com Lucy Pinder: 1,78 m, 101-66-86, tem 11 General Certification of Secundary Education e 2 “A” levels; descoberta por um fotógrafo enquanto tomava banhos de sol na praia de Bournemouth em augusto de 2003; ela com Michelle Marsh; e na campanha “Transpiração Prematura”, do desodorizante Axe, acusado de incentivar a promiscuidade sexual e o sexismo e promitente de um controle total por 48 horas. – “La Classe Américaine” (1993): composto por extratos de velhos filmes da Warner Bros. dobrados, com novas falas, para criar um filme inteiramente novo. Exemplo: a potência intelectual de John Wayne. Realizado por Michel Hazanavicius, o realizador de mais duas missões de Hubert Bonisseur de la Bath, o espião francês: “OSS 117: Le Caire nid d'espions” (2006) e “OSS 117: Rio Ne Répond Plus” (2009); e que perdeu a Palma de Ouro para Terence Malick no último festival de Cannes com “The Artist” (2011): um filme a preto e branco, mudo, premiado em Austin; “a ação decorre em Hollywood, entre 1927 e 1932, e centra-se numa estrela de cinema do sexo masculino em declínio e numa atriz em ascensão”. – Jessica-Jane Clement: 1,57 m, atriz, modelo e apresentadora de TV: no programa da BBC “The Real Hustle”, sobre fraudes e cambalachos, acusado ele próprio de embarrilar os espectadores com a contratação de atores para o papel de incautos cidadãos endrominados. Sobre a reação das pessoas trapaceadas: “uma mulher chamou-me cabra e uma velha atirou-me uma salsicha”. Inglesa de Sheffield, ativos: cara, olhos, corpo, tetas. “Também fui fotografada para a lingerie Playboy quatro vezes e fui escolhida para uma exibição na Playboy americana. Eu tinha 19 anos quando fiz as fotos, mas não foram publicadas até 2007 (quando tinha 22 anos), aconteceu que eu estava em Las Vegas para filmar o Real Hustle”; {Fotos}. {Tatuagem de Bettie Page}. {Twitter}. – Dakota Gorman: atriz e estudante de escrita cinematográfica na universidade Chapman, em Orange, Califórnia. Ela no anúncio FreeCreditScore; e nos filmes universitários “Day of Dependence”, “Proposing a Break”, “Full-time/Part-time”. – Briana Lane: 1,70 m, atriz e repórter de entretenimento: “sou do oeste de Los Angeles. Um dia típico quando era miúda seria ir à praia, jogar futebol e ir a Westwood ver um filme”. “Frequentei uma escola secundária católica só para raparigas, então, a presença de rapazes era um luxo, e a presença de raparigas levava a muitas, bem, catfights”. Foi a Surf Illustrated's All American Model de outubro de 2006. Numa Fashion's Night Out na Ever para o Style Haul; na maquilhagem; a bobina cénica. – Lauren Rees: fotógrafa, modelo, atriz de Los Angeles; no anúncio Verizon iPad2; canal Vimeo; a bobina. – “Les Avortés”: o cineasta Jorge Amat, estudante em Vincennes, nos cursos de Deleuze, Lyotard e Châtelet, realizou o seu primeiro filme situacionista em 1970, exibido nos festivais de Avignon e de Amesterdão. Com música do Captain Beefheart: “um grupo de amigos, alguns alunos de Deleuze [3] na faculdade de Vincennes, mas todos fãs de Artaud, Dreyer e Ströheim, em pleno período do Living Theater, participam num filme underground realizado por Jorge Amat, com Petrica Ionesco, Jean-François Pastou, Michel le Beaux, Alain Letoct, Jorge Amat, Nadia e Dominique Favey. {Canal Vimeo}. {Canal YouTube}. – “I’ll See You in My Dreams” (2003): “numa aldeia assombrada por uma inexplicável praga de zombies, Lúcio, um honesto trabalhador, é a única pessoa que consegue combatê-los. Ele tem problemas conjugais e esconde Ana, a sua adorável esposa, agora transformada numa horrível zombie com um comportamento violento e má atitude, na cave da sua casa”, com música dos Moonspell. O primeiro filme de zombies português rodado em 10 dias, em Tondela, por 130 mil euros, produzido por Felipe Melo, um dos primeiros vinte ou trinta hackers portugueses: “estes jovens evoluíram de piratas a génios. Celso Martinho foi um dos criadores do SAPO, servidor que até hoje dirige. Mário Valente é professor universitário e considerado como um dos grandes cérebros da informática em Portugal. Paulo Laureano Santos é um dos maiores especialistas do país em segurança na Internet. E finalmente Filipe Melo, o único dos ex-hackers que na altura abandonou a informática para se dedicar à música e ao cinema”. No final dos anos 80, primórdios dos 90, os Nirvana, os Madredeus e Marco Paulo competiam no top nacional, a gasolina custava 65 cêntimos, não havia telemóveis nem Internet, os jovens, preteridos pelas gajas no liceu, fechavam-se no quarto e ligavam o modem à linha telefónica. Reuniam-se nas antepassadas das salas de chat, as BBS (“Bulletin Board System é um sistema informático, um software, que permite a ligação (conexão), via telefone, a um sistema através do seu computador e interagir com ele, tal como hoje se faz com a Internet”). Felipe Melo tinha 14 anos, ia para a escola, às 7:00 horas estava a dormir, quando acordou com a PJ no quarto, mais os dois irmãos, os pais estavam ausentes na altura. Bófia esperta desligou a eletricidade da casa para que não apagasse a informação dos computadores, 3 horas a falar com o bófia bom, não lhe pediram para chibar-se dos companheiros, queriam apenas saber como se fazia a marosca, satisfeita a curiosidade policial, já estavam na cantina a comer sandes e a rir. O processo contra os primeiros piratas foi arquivado [4]. Felipe Melo estudou no Hot Club, é um dos melhores pianistas de jazz portugueses: “Kelly’s Blues” ♣ “Moose The Mooche” ♣ são dele alguns arranjos do concerto dos GNR com a banda sinfónica da GNR no pavilhão Atlântico. E publicou, com prefácio de George A. Romero, a BD “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy - Apocalipse”: “a estória volta a trazer as grandes ameaças da humanidade para Portugal, desta vez saindo de Lisboa até Fátima (mas de carocha e não a pé), com um breve prelúdio no Vaticano. Não escapa nada, da águia Vitória (que o Filipe já tinha morto num dos episódios de “Um Mundo Catita”) ao Santuário da Cova de Eiria, passando pela Ponte 25 de Abril ou as Amoreiras”.
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[1] “Desde que se estreou como atriz, nos “Morangos com açúcar” (2007), é a primeira vez que Sara Salgado apresenta um namorado
publicamente”. “Foi no passado mês de junho que Sara Salgado apresentou publicamente o seu namorado, Vicente Ricciardi. Mas, ao que parece, esta relação não passou de um simples amor de verão, já que o namoro terminou”.
[2] Na série, entre 1983-1988, Shalane McCall, como Charlotte “Charlie” Wade, filha de Jenna Wade (Priscilla Presley), namorou com
Randy (Brad Pitt).
[3] Gilles Deleuze, em “O anti-Édipo”: “devemos antes considerar o conjunto e a complementaridade rapariga/rapaz, pais/agentes de produção e de antiprodução, tanto em cada indivíduo como no socius que preside à organização do fantasma de grupo. Os rapazes procuram, ao mesmo tempo, ser castigados-iniciados pelo professor na cena erótica da rapariga (máquina de ver) e gozar masoquistamente, na mãe (máquina anal). E assim os rapazes só podem ver se se tornarem raparigas, e as raparigas só podem experimentar o prazer da punição se se tornarem rapazes”.
[4] Lloyd Blakenship no célebre manifesto “
Conscience of a Hacker”: “este é o nosso mundo agora… o mundo do eletrão e do interruptor, a beleza do baud (“medida de velocidade de sinalização e representa o número de mudanças na linha de transmissão, seja em frequência, amplitude, fase, etc., ou eventos por segundo”). Nós fazemos uso de um serviço já existente, sem pagar por aquilo que poderia ser baratíssimo, se não fosse gerido por gulosos de lucro, vocês chamam-nos criminosos. Nós exploramos… e vocês chamam-nos criminosos. Procuramos conhecimento… e vocês chamam-nos criminosos. Existimos sem cor da pele, sem nacionalidade, sem preconceito religioso… e vocês chamam-nos criminosos. Vocês constroem bombas atómicas, empreendem guerras, vocês assassinam, enganam, e mentem-nos a tentar fazer-nos acreditar que é para o nosso próprio bem, contudo somos nós os criminosos”.
Intervalo para publicidade:
Soundville: “uma curta-metragem que documenta três dias na vida da cidade islandesa de Sey∂isfjör∂ur, depois de ter sido transformada num gigantesco sistema de colunas de som”, realizada por Juan Cabral: “o ponto de partida era mostrar a paixão pelo som acima de tudo – criar uma experiência de som pura. Filmamos também cinco filmes comerciais para sustentar isso, mas foi principalmente sobre o amor da Sony pelo som”. Inspirada a ideia em: “estava a comprar leite no supermercado a ouvir Stockhausen nos meus headphones. Senti que todos deviam estar a ouvir também”. A banda sonora: “muita música foi composta especificamente para o projeto. O Richard Fearless dos Death in Vegas colaborou muito. Ele gravou mais de meia hora de material original: sons, batidas, sequências atmosféricas, etc. Os Múm também compuseram algumas belas faixas. Eu pedi ao meu irmão [Fede Cabral] para gravar algo e três dias antes da filmagem ele enviou-me uma maravilhosa pequena canção, que tocamos para as ovelhas. Uma empresa chamada A-bomb ajudou a reunir muitas horas de música também, assim tínhamos diferentes playlists para ir de um estado de espírito a outro”; nelas incluíam-se: Bob Dylan, Toumani Diabate, Roberto Goyeneche, Murcof, Guillemots, etc. A campanha Soundville foi desenvolvida pela Fallon, Londres, pelo diretor criativo executivo Richard Flintham, diretor criativo Juan Cabral, produtora da agência Gemma Knight. Outra campanha inovadora da Sony: “o lançamento da marca BRAVIA foi apoiado por uma campanha publicitária, com um anúncio apresentando 250 000 bolas de borracha de cores vivas (reais, não geradas por computador) a saltarem numa rua de S. Francisco. A ideia foi engendrada pelo realizador Nicolai Fuglsig, com a ajuda do guru dos efeitos especiais de Los Angeles, Barry Conner”. ♣ Lipstick Lover: realizado por Carter Baldwin para a glow.com, com a criativa atriz de Victorville, Califórnia, Stevie Ryan [1], e a canção “Steal Away”, de Etta James. “As mulheres inadvertidamente (mas sem causar danos) comem 1,81 kg de batom durante a vida. Mas a ciência mais recente mostra que sem nível de chumbo é inofensivo”. “O chumbo é uma neurotoxina. Está provado que pode causar problemas de aprendizagem, de linguagem e comportamentais, tais como redução do QI, redução do desempenho escolar e aumento da agressividade”. Por outro lado, os cosméticos Dorothy Gray, “descubre tu belleza”, limpam a sujeira radioativa da cara das senhoras, cientificamente registada pelo contador Geiger. ♣ Paródias: a toalha vestível e o Shoedini. ♣ Body building vintage. ♣ Anúncios Ronco: “Ron ‘Ronco’ Popeil é um dos mais originais inventores da América. Nos últimos 40 anos, os seus produtos arrecadaram mais de 2 mil milhões de dólares em vendas. Ron foi votado, pelos leitores da revista Self, como um uma das vinte e cinco pessoas que mudaram a nossa forma de comer, beber, e pensar acerca de comida”. ♣ RC Cola: com Victoria Quilter, nos anos 70; RC Cola, filmado nas Filipinas em 2010, com a atriz filipina Maja Salvador e o ator e modelo sulcoreano Kim Bum. ♣ Girls, protect yourself: campanha MTV Portugal contra a SIDA. ♣ Pelephone. ♣ Pantene. ♣ Anúncios PETA mais sexy: a neta do Che, Lydia Guevara, com uma cartucheira de cenouras; ou Annalise Braakensiek, 91-60-91, atriz e modelo australiana, com a secção dos frescos ao léu pelos carneiros; ou a horta completa de Alicia Silverstone.
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[1] Mais conhecida pela sua personagem
Sceney Sceneable e os seus canais no YouTube: Little Loca, TheRealParis ou Ooolalaa. Nos videos: “Scream”, de Billy Idol e “So Yesterday”, de Hillary Duff.

música:
Pan’s People – “no tempo antes dos vídeos, o Top of the Tops empregava um grupo de jovens bailarinas, para oferecer entretenimento visual, quando o artista não podia aparecer no programa. O primeiro deles foi três (e depois seis) jovens, conhecidas como as Go-Jos”: “o grupo foi formado por Jo Cook, que tinha sido membro das Beat Girls, que aparecia num show pop semanal na BBC2 chamado The Beat Room. Inicialmente, quando os artistas não estavam disponíveis para interpretar os seus hits no Top of the Tops, a câmara percorria os membros da audiência a dançar, mas o produtor decidiu, então, que era necessário exibir dançarinas profissionais e recrutou as Go-Jos. (…). Elas geralmente dançavam no Top of the Tops ao som dos últimos sucessos pop vestidas de minissaia e botas altas que eram moda na época”. A Lulu recorda: “elas vestiam a maior parte das vezes botas brancas até ao joelho e saias curtas e a câmara subia pela saia e era tudo muito risqué”. As Go-Jos estrearam-se no dia 17 de dezembro de 1964 a dançar “Baby Love”, das Supremes, e abandonaram o TOTP em 1968 com “Simon Says”, dos 1910 Fruitgum Company. Participaram no filme “Moon Zero Two” (1969), com coreografias de Jo Cook, e em inúmeras séries de TV: as Go-Jos nos Goodies. Elas animaram o TOTP nos primeiros quatro anos, quando, em abril de 1968, são revezadas pelas Pan’s People:
“Babs Lord, Ruth Pearson e Dee Dee Wilde eram
Beat Girls, no programa da BBC, The Beat Room. Mais tarde, juntou-se-lhes Flick Colby que recrutou Louise Clarke e Andi Ruthford para formar as Pan’s People. Flick achou difícil integrar o grupo e ser ao mesmo tempo a coreografa e eventualmente retirou-se para trabalhar apenas nos bastidores. A Andi partiu para ter um bebé em 1972 e foi substituída por Cherry Gillespie. Em 1974, Louise saiu para casar, e foi substituída por Sue Menhenick. Babs também saiu para casar em agosto de 75 (…). Muitas vezes, Flick tinha apenas algumas horas para imaginar as coreografias, levando a alguns movimentos de dança humorísticos. Elas sobreviveram por uns surpreendentes oito anos antes de sentirem que era hora de fechar a loja. A sua última aparição foi em abril de 1976, a dançar ‘Silver Star’, dos Four Seasons”:Pan’s People: “Pan é o deus da música e dança e teve seis criadas. Então decidimo-nos por Pan’s People. Haveria seis de nós e o line-up permaneceria o mesmo, o que era invulgar naqueles dias. Depois de um par de anos em tournée pela Europa, tivemos a nossa oportunidade no TOTP em 1968. Flick era a nossa pequena matriarca, aquela que fez de nós um sucesso”, disse Dee Dee Wilde ► “Seventh Son”, Georgie Fame (1969) ♥ na promoção da série “The Persuaders” (1971-72) ♥ “Joy To The World”, Three Dog Night (1971) ♥ “Do You Wanna Dance”, Barry Blue (1973) ♥ “You’re So Vain”, Carly Simon (1973) ♥ “Get Down”, Gilbert O’Sullivan (1973) ♥ “You Little Trustmaker”, The Tymes (1974) ♥ “The Hustler”, Van McCoy (1975) ♥ “In Dulce Jubilo”, Mike Oldfield (1975) ♥ “Space Oddity”, David Bowie (1975) ♥ “Barbados”, Typical Tropical (1975) ♥ “There’s a Kind of Hush”, The Carpenters (1976) ♥ “Disco Connection”, Isaac Hayes (1976).Ruby Flipper, entre maio e setembro de 1976, será o grupo dançarino residente do TOTP: “como substituto das Pan’s People, a coreografa Flick Colby [e a colega Ruth Pearson] decidiu juntar uma nova trupe com bailarinos masculinos e femininos”. Multirracial, três homens e quatro mulheres, o grupo não empolgou os espectadores, e Colby explicou a reação do produtor: “ele disse que não gostou do conceito e queria um grupo de raparigas de volta ao programa. Disse-me para recompor um grupo só de raparigas ou sair”. A última atuação deles foi a 14 de outubro de 1976, como um quinteto, em “Play That Funky Music”, dos Wild Cherry: ► “Love Hangover”; Diana Ross ♥ “Silly Love Songs”, Wings ♥ “Sold My Rock ‘n’ Roll”, Linda & The Funky Boys ♥ “A Fifth of Beethoven”, Walter Murphy (áudio trocado) ♥ “Don’t Go Breaking My Heart”, Elton John & Kiki Dee ♥ “Seventeen”, Cliff Randall (áudio trocado) ♥ “The Best Disco in Town”, The Ritchie Family.Legs & Co.: no outono de 1976, Colby e Ruth Pearson dissolvem o septeto Ruby Flipper. Convidam Susan “Sue” Menhenick, Lulu Cartwright e Patti Hammond a permanecer no novo grupo de dança, completado com Gillian “Gill” Clarke, finalista no concurso miss Reino Unido de 1976, Rosemary “Rosie” Hetherington, estudante da escola de teatro Italia Conti e Pauline Peters, a primeira preta numa trupe de dança no TOTP, vinda do palco do West End. Peters sai em março de 1981 e é substituída por Anita Mahadervan, a primeira bailarina asiática a aparecer no TOTP. Estreiam-se a dançar “Queen of My Soul”, dos Average White Band, dia 21 de outubro de 1976, ainda sem nome e apresentadas como as “Top of the Pops dancers”. O nome Legs & Co. será escolhido num concurso entre os espectadores. Entre 1976 e 1981, elas dançaram vários estilos musicais, incluindo bandas punk como os Clash ou Sex Pistols que nunca puseram as botas no palco do TOTP, exceto os Pistols, mais engordados, em 1996, no reagrupamento para a tournée “Filthy Lucre”. “Controverso, na época, as Legs & Co., assumiram um look punk para dançar ‘Pretty Vacant’, dos Sex Pistols”.
Fizeram a última aparição no TOTP em 15 outubro de 1981, a dançar “The Birdie Song”, dos Tweets. “Nos seus meses finais, no TOTP, um período que coincidiu com a óbvia emergência da atmosfera de festa, as Legs & Co. começaram a integrar-se mais na assistência no estúdio e podem ser vistas, muitas vezes, a dançar ao fundo, enquanto uma banda toca num dos palcos” ► “
Nice Legs Shame about the Face” ♥ “Breaking Down”, The Four Seasons (1976) (áudio trocado) ♥ “Egyptian Reggae”, Jonathan Richman & The Modern Lovers (1977) ♥ “I Can’t Stand the Rain”, Eruption (1978) ♥ “Say When”, Lene Lovich (1979) ♥ “Off the Wall”, Michael Jackson (1979) ♥ “Sexy Eyes”, Dr. Hook (1979) ♥ “Don’t Push It Don’t Force It”, Leon Haywood (1980). Dia 26 de maio de 2011 morreu Felicity Isabelle 'Flick' Colby. – A bailarina Anita Mahadervan, e ex-vocalista da girl band new wave Toto Coelo, foi a única Legs & Co. que transitou, como membro não dançante, para os Benny Hills’s Angels. Mais tarde, trocará o nome para Anita Chellamah, e fundará com ex-membros dos Hanoi Rocks, os glamorosos Cherry Bombz ► “House of Ecstacy” ♥ “Hot Girls in Love” ♥ “Pin Up Boy” ♥ “Oil and Gasoline”.

quinta-feira, novembro 10, 2011

De cassetete arredondado e lubrificado

Parte I

Taxjacking, um novo crime, ainda no seu dilúculo, assalta a Europa, sobressaltada de caquexia. Um crime de índole diferente, que revoga a dubiedade do futuro, perpetrado em nome de um bem melhor, em nome do Futuro certo. Dizia Santo Agostinho: “o que distingue o salteador do Estado é a lei”, e o Estado, no seu estado fajardo [1], estadística: “go on take the money and run” (Steve Miller Band). Foge? Não! Derrama-o num Bem melhor. Angela Merkel, ultimatista, gerencia: recapitalizar a banca é “dinheiro bem empregado”. Num souto da Europa, um povo reage bem aos ultimatos, no último, comprou um cruzador [2]. As soluções dos mandarinetes europeus, geniais num dia, fiascos no outro, patinham na suspensão do capitalismo apenas para os Bancos. E, sem a limpeza, pelas leis do mercado, das instituições falidas, o cheque é agravamento da carga fiscal [3].
Bancos capitalizados, festa na eira, dançaremos, felizes, como o
Robert no seu casamento – da série “Everybody Loves Raymond” (1996-2005); canção: “A Little Less Conversation”, Elvis Presley –, é a desempoeirada ideia europeia, sem teias de aranha, como na fração Madonna nua aos 20 anos / Madonna nua aos 53 anos ou a olho nu na cantora e atriz cantonesa Cecilia Cheung → “Ready For Love” ∩ “Miantai”. O entusiasmo das “medidas” europeias, breve, morre nos camarins air condicioning, serenando as ucranianas: “tornar-se-á a Ucrânia uma reserva sexual para os europeus?”, os europeus não terão euros para pagar-lhes idas ao quarto, e se elas se manifestam em topless [4], os europeus, de nictalopes líderes que nem anedotas inspiram, manifestar-se-ão nus, não haverá dinheiro para fatos, nem estilos de os vestir… exceto se for ou vier por banqueiro.
Num souto da Europa, “
2012[5] é o ano da aurora da ventura. As esperanças estão todas no pernil de Mário Lino, não na própria gâmbia do ex-ministro de José Sócrates, mas no pernil de porco, que ele representa, e foi negociar para a Venezuela, na comitiva de Paulo Portas. Prolfaças! Dínamos assim despenarão o fado português, de que as bandas sonoras são evidente progresso: – António Guterres, em 1995, encetou esta usança nos congressos do Partido Socialista, flutuando na sala ao som de “1492”, (Vangelis); em 2004, José Sócrates avigorava com a faixa “A batalha” da banda sonora do “Gladiador”, (Lisa Gerrard e Hans Zimmer); António José Seguro arrebenta a escala com a banda sonora da série de TV “Norte e Sul”, (Bill Conti). Este achegado líder da oposição, um Hércules Farnésio, promete “uma abstenção violenta” na votação do Orçamento 2012 [6]. No parlamento, à voz: quem se abstém? ele, honrada a promessa, sentar-se-á num repente, esborrachando o cabedal da cadeira… violentamente. Está violência extrema alastrará, se o pernil de porco falhar, se atrás do pernil não for o porco, e as exportações alaranjarem a economia.
Afirmou o sociólogo Boaventura Sousa Santos: “está em curso o processo de subdesenvolvimento do país”. Os mercados, sábios, ajustam o povo à economia do país, através da “medida” europeia: o taxjacking. Empobrecer para, promessa de político, quem as não tem? enriquecer no Futuro. E o desfrute da mercadoria, seja a de primeira necessidade bucha, ou a “
Psychexotica” último escalão do IVA – porque a polícia portuguesa não chona em báquicas esquadras, vigia agitadores e petrolistas e antevê cenários na “Avaliação prospetiva da contestação social” – nem através das montras, como nos motins de Londres [7].
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[1] Um exemplo da honestidade do Estado: Diário de Notícias: proposto no Orçamento o fim das devoluções automáticas. “A partir de Janeiro, os impostos mal cobrados só serão restituídos se reclamar nos 120 dias seguintes. Esgotado esse prazo perdeu o direito”. O ministro Vítor Gaspar, no parlamento, dia 10 de Novembro, elucidou em português técnico: "é uma questão excecional que se coloca apenas para contribuintes que não tenham entregue a sua declaração de imposto, e onde se realiza uma operação que se chama de liquidação oficiosa. É portanto, um caso extraordinariamente excecional".
[2] No ultimato inglês de 1890: os portugueses almejavam unir o Atlântico ao Índico, assenhorando-se das terras entre Angola e Moçambique. Os ingleses disseram: no! no! no! nós é que vamos ligar o Cabo ao Cairo, ou desistem dessa ideia, ou cortamo-vos os privilégios comerciais. O rei D. Carlos abaixou a coroa e rendeu-se. O fim do comércio com a Inglaterra e, sobretudo, a proteção da sua esquadra nos mares, seria o epílogo de Portugal. A decisão real não foi compreendida. O povo afogueava a guelra, vergonha! vergonha nacional! fanfarronava que comia os ingleses ao breakfast, agarrem-me que me vou a eles! Henrique Lopes de Mendonça escreve “
A Portuguesa”, cujos versos “contra os Bretões / marchar, marchar!”, serão versejados os “Bretões” por “Canhões”, no Hino Nacional. Patrão Joaquim Lopes, o herói salva-vidas, medalhado por reis e Governos, pelos seus actos de heroísmo na barra do Tejo, faleceu no ano do ultimato com 92 anos, antes de morrer, entrou na embaixada britânica e, apesar de sobreviver miseravelmente com minguado soldo de remador, devolveu todas as medalhas de ouro do Governo inglês, alteando-se: não aceito prémios de uma nação que injuria o meu país. Nesta bazófia geral, lança-se uma subscrição pública para recolher fundos para comprar uma poderosa armada e amassar os ingleses num bolo. Oito anos depois recolhera-se o bastante para... um barco, o cruzador Adamastor, construído nos estaleiros Fratelli Orlando em Livorno, na Itália, por 381 629 000$000 reis: será ele, na implantação da República, que no dia 4 de Outubro canhoneará o Palácio das Necessidades, causando a fuga do rei para Mafra e exílio na Inglaterra. – Não foi o único ultimato, no século XVIII, Portugal recebeu um dos franceses. Na Guerra dos 7 anos, uma luta pela hegemonia mundial entre a França e a Inglaterra, os franceses perdiam em todas as frentes, na América, Índia, África, o rei francês, Luís XV, um Bourbon, pede ajuda à família e entala o rei português, D. José I. Bourbon pelo lado da mulher, D. Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha, e aliado da Inglaterra, D. José estava num dilema impossível. O marquês de Pombal decide arriscar as telhas e o sangue, as telhas do rei e o sangue do povo, e responde: “eu arrisco até à última telha do meu palácio ou até à última gota de sangue do meu povo para não deixar entrar tropas estrangeiras em Portugal”, assinado pelo D. José. E os espanhóis, aliados dos franceses: ah ele é isso? então invadimos Portugal. Essa escaramuça fica na História com o nome de “guerra fantástica”: na época, “fantástico” significava “fingido”. Há duas versões para este fingimento. Numa, o marquês de Pombal, chefe da maçonaria portuguesa, combinou com a congénere espanhola, uma guerra para inglês e francês ver; noutra, o rei de Espanha, Carlos III, irmão da rainha de Portugal, ordenou aos seus generais que fossem cuidadosos e não ameaçassem o trono da irmã. Um embaixador inglês confirmou o artifício, ele veio a Lisboa avaliar a guerra e escreveu para Londres que era tudo treta, que não havia guerra nenhuma. No entanto, não foi guerra sem mortos. As tropas espanholas atacaram o castelo de Mirandela em 1762. Da saraivada de tiros disparados, um projétil atinge o paiol e a forteleza desfaz-se em fanicos. Entre a guarnição e camponeses refugiados, registou o padre que os enterrou, 350 ou 400 mortos.
[3] Durão Barroso, o nosso rapaz na Europa, adiciona: “em 2008, na Europa, pelo menos, 500 mil milhões de euros foram, diretamente, para apoiar os Bancos. O que foi também, claro, uma forma de apoiar as poupanças das pessoas nesses Bancos e dos investidores. Mas se contarmos com as garantias, é mais de um trilião de euros; e se adicionarmos todas as medidas tomadas para ajudar a economia real, supera os 4 triliões de euros! É pois, de facto, uma quantia impressionante…”; o jornalista: “que vem, basicamente, dos nossos bolsos”; Durão: “dos contribuintes, claro”. Na pele de grande líder, no Parlamento Europeu, o nosso rapaz, liderou: “os Estados membros, ou melhor, os contribuintes, concederam ajuda e forneceram garantias no valor de 4,6 triliões de euros ao setor financeiro. É altura de o setor financeiro contribuir para a sociedade (aplausos) … é por isso que tenho muito orgulho em dizer que, hoje, a Comissão adotou uma proposta, uma proposta para a taxa sobre transações financeiras (aplausos sentidos). Hoje apresento-vos um texto muito importante que se for implementado, poderá gerar receitas de cerca de 55 mil milhões de euros por ano”. O setor financeiro implementou-lhe um manguito.
[4] As americanas
também.
[5] Dos
World Order, grupo de Genki Sudo: neo-samurai: “praticante retirado de artes marciais mistas e kickboxer que, até 31 de Dezembro de 2006, competiu na organização japonesa de luta HERO’S e antes disso, no Ultimate Fighting Championship e no Pancrase. Ele é conhecido pelas suas elaboradas entradas no ringue e estilo de luta pouco ortodoxo. (…). A sua filosofia é ‘somos todos um’. Pratica budismo. É também ensaísta, músico, ator e bailarino” → em Nova Iorque ∩ “Machine Civilization”, no aeroporto Narita ∩ “Mind Shift”.
[6] António José Seguro, em Odivelas, bravejava: “é fácil e é popular, ser um partido de protesto, dizer que ‘tá sempre tudo mal. Há aliás mesmo os partidos em Portugal, que a primeira opção que têm na sua frente é sempre dizer, estou contra (…) não é isso a minha leitura de fazer política (…) uma abstenção violenta em relação à proposta que o Governo nos apresenta, mas uma abstenção construtiva, positiva, de quem pensa em primeiro lugar nas pessoas e não volta as costas ao seu país”.
[7] Muitos teóricos teorizaram as causas dos
motins de Londres e os caçadores de sentido na História cataram-lhes direções; estes, esqueceram-se que os actos humanos são orientados pelo prazer, e que a destruição causa imenso prazer; aqueles, esqueceram-se que o sabor da mercadoria, tirada através da montra, é muito mais doce do que passada pela caixa. E, sobretudo proporcionavam, um ambiente social novo, aventuroso, oposto ao ramerrame da rotina da miséria quotidiana. Até os suportes da ordem quebraram a rotina. A agência oficial de turismo, VisitBritain, retirou o video promocional “VisitBritain 2011 – You’re Invited” por “inapropriado” (a paródia também desapareceu do YouTube); a campanha Levy’s Legacy é adiada; o primeiro-ministro David Cameron regressou das férias na Itália para uma reunião com o COBRA. Mary Rance, diretora do UKInbound, pede tradução para as imagens que as pessoas viram na TV: “com cenas de pilhagens, violência e desordem a piscar nos ecrãs de TV em todo o mundo, é absolutamente vital que o Governo e as suas agências, assim como a indústria do turismo do Reino Unido, trabalhem duramente para pôr as coisas em contexto. Londres é ainda uma das maiores cidades no mundo com um invejável registo de segurança. É importante que enfatizemos que estes acontecimentos não são típicos”. O strange mayor de Londres, Boris Johnson, “quer os tribunais com o poder de enviar infratores menores de idade para escolas especiais chamadas Pupil Referral Units”, quer que aprendam a não subverter a ordem, num regime tipo Borstal, a prisão para jovens delinquentes, quer que matutem no UK way of life: “I'm sitting in this cell for something I didn't do / And all I can think of is baby I think of you / Don't worry baby coming back for you / There's gonna be a borstal breakout”, “Borstal Breakout”, do álbum “Tell Us The Truth”, dos Sham 69, a banda punk de Hersham.

cinema:
Marzieh Vafamehr: atriz iraniana, casada com o realizador e argumentista Nasser Taghvai, habita em Teerão. No princípio de Julho de 2011, foi presa pelo seu papel na co-produção iraniana-australiana “My Tehran for Sale” (2009), escrito e realizado pela poetisa e argumentista Granaz Moussavi. No final de Julho é libertada após depositar uma fiança. Foi condenada a 90 chicotadas e um ano de prisão. Em Outubro a pena das chicotadas é comutada. O filme “conta a história de uma jovem atriz que vive em Teerão, cujo trabalho teatral é banido pelas autoridades. Ela é forçada então a levar uma vida secreta a fim de se expressar artisticamente. Numa rave clandestina, conhece Saman, um iraniano naturalizado australiano, que lhe oferece uma saída para fora do país e a possibilidade de viver sem medo”. – Alba Carrillo: modelo espanhola, nascida em 1987, 1,78 m, 85-61-91, sapatos 40, hobbies dançar; da fase “nos estamos conociendo”, em meados de 2010, sobre o piloto de motas Fonsi Nieto, pariu-lhe um filho, Luca, em Outubro de 2011; os joguetes do chupeta aquentaram na campanha da Triumph “Shape Sensation”. {Fotos}. {Fotos}. {Fotos}. {Site}. – Lacy Ann Spice: uma cara fresca da Playboy, uma revista católica: e delas, escrevia Salazar, em 1908: “a imprensa católica do país é a mais séria, a mais ponderada, a única decente e limpa, que pode entrar em todas as casas, sem ministrar à donzela incauta o veneno do romance perigoso, e sem tecer, sob atraentes formas, a apoteose a criminosos”; nascida a 6 de Setembro de 1988, 1,57 m, 45,35 kg, 86-66-86, o corpo impossível de Lacy, comprova “a substituição do isolamento do Ser, da sua descontinuidade, por um sentimento de continuidade profunda”, no erotismo religioso: “a procura de uma continuidade do Ser prosseguida para lá do mundo imediato”, de Georges Bataille, num vulgar T1 nos subúrbios, “a escolha de um objeto depende sempre dos gostos pessoais de cada qual. Mesmo quando recai sobre uma mulher que teria sido escolhida pela maior parte dos homens, o que intervém não é uma qualidade objetiva dessa mulher, mas, frequentemente, um aspeto inalcançável da sua personalidade”. Uma gaja, todavia, sacável cumprindo um programa de ajuda externa, enfarinha Passos Coelho: “precisamos, como pão para a boca, de maior abertura” e no final, serão todos felizes: esposa bonita num T1, aloirados filhos na escola pública, dois carros na garagem e emprego numa torre da cidade. {Twitter}. – Hope Dworaczyk: nascida dia 21 de Novembro de 1984, em Port Lavaca, Texas, 1,78 m, 57 kg, 86-58-88: miss Abril 2009 na Playboy e Playmate do ano em 2010 {fotos}; o “Playmate Profile”; ela na aplicação The Rating Game para o iPhone; “in my place” para a revista Esquire {vídeo}; a aprender a andar de skate com Tony Tave. A diferença entre a Hope pública e privada: “bem, penso que se você estiver na minha casa para uma visita, para começar, eu não andarei por lá a cirandar em topless, enquanto que no meu trabalho você viu-me em topless. Sabe o que quero dizer?”. Ela acredita em fantasmas: “eu estava em Nashville, e não consigo lembrar-me do hotel, mas foi a experiência mais apavorante. Nalgum lugar onde tinham um corredor subterrâneo. Nós estávamos sentados lá e tínhamos ouvido dizer que o lugar estava assombrado, e fomos jogar bowling, no subterrâneo, numa pista de bowling privada. Fomos até aos nossos quartos, estávamos sentados perto da lareira, e continuávamos a ouvir algo. Então dissemos: ‘se está alguém aí, avisemos’. Estávamos três ou quatro sentados na sala e as luzes piscaram”. – Marie Avgeropoulos: “é uma moça descontraída, maluca do ar livre, do Ontário norte, uma a quem os deuses sorriram. Considere os factos. Ela cresceu no meio da natureza primitiva, ao longo das margens do lago Superior. Durante a infância aprendeu a caçar, pescar e, menos convencionalmente, a tocar bateria. Anos mais tarde, um amigo alertou-a para um casting para um baterista. Avgeropoulos apareceu, ganhou um agente de talentos e, com um anúncio no currículo, conseguiu um papel no filme “I Love You, Beth Cooper” (2009); os ativos: excelente rabo e olhos lindos; obsessão tocar bateria; é embaixadora dos cosméticos Lumo; alguns dos seus filmes: “Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief” (2010), “Hunt To Kill” (2010), “This Means War” (2012). – Melhores pernas: Camilla Belle “nasceu em Los Angeles, filha de mãe brasileira, Cristina, designer de moda e pai americano, Jack Routh Wesley, dono de uma companhia de construção, e que foi compositor de música country. Belle foi criada numa família católica rigorosa. Frequentou a St. Paul's Catholic Elementary School e depois a Marlborough School, uma escola só para raparigas em Los Angeles. Fluente em várias línguas, incluindo espanhol e português”. Estreia-se num anúncio publicitário aos 9 meses. Aos cinco anos, o seu primeiro filme “Troubleshooters: Trapped Beneath the Earth” (1993), e foi a filha de Steven Segal em “The Patriot” (1998), e a primitiva Evolet em “10 000 BC” (2008); com George Clooney, bebia café, no anúncio Nespresso; em Outubro de 2008, desbloqueia-se para Joe Jonas, após participar no vídeo “Lovebug”, o que assanhou Taylor Swift, a namorada precedente – “foi descartada por Jonas por telefone numa chamada de 27 segundos” – e que, talvez, lhe tenha dedicado a canção “Better Than Revenge”: “ela é uma atriz / mas ela é mais conhecida pelas coisas que faz no colchão”. Eliza Dushku “ foi descoberta, no final de uma busca de cinco meses através dos Estados Unidos, para a miúda perfeita, para interpretar o papel principal de Alice, contracenando com Juliette Lewis, no filme “That Night” (1992)”; foi a Echo na série de TV “Dollhouse” (2009-2010): uma organização que recruta desajustados, apaga-lhes a memória, e insere outras, consoante as tarefas a executar: “tendo surgido em finais dos anos 80, a Dolhouse é uma das lendas urbanas mais duradouras de Los Angeles. A história é simples: algures na cidade há uma instituição ilegal que aluga pessoas programáveis aos ricos e bem relacionados, pessoas que assumem qualquer personalidade, exceto a deles. Nada mais do que ficção científica para muitos, um Big Foot para a grande cidade. Mas, o mais interessante sobre esta lenda urbana é as reações mais variadas que temos do cidadão comum no que respeita à ideia da Dollhouse”. Elisha Cuthbert, atriz canadiana, estreou-se na série infantil de terror “Are You Afraid of the Dark?”, e foi Kim Bauer, filha de Jack Bauer, no “24” (2001-2010): uma série de TV que amestrou os espiões americanos em como desancar a informação para fora do corpo dos terroristas. {Paródia}. Blake Lively natural de Tarzana, Los Angeles, em 2011 foi destacada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes; com Jessica Alba no vídeo dos Lonely Island “I Just Had Sex”; com o salutar hábito de se fotografar nua no telemóvel. Maggie Q, Margaret Denise Quigley, nascida e criada em Honolulu, Havai, surda do ouvido esquerdo, e danos no direito, durante um truque com explosivos, vive em Los Angeles com três cães resgatados das ruas; “um dos meus filmes favoritos de sempre é Betty Blue”; ela é “Nikita” (2010): “na qual a minha execução é simulada por uma unidade secreta do governo chamada Divisão. Disseram-me que iria servir o meu país. O que não me disseram foi que iam treinar-me para ser uma assassina. Devem estar a dizer o mesmo a outra rapariga. Tive um ano de treino antes da minha primeira missão. Foi como que uma escola de charme militar, tudo para me tornar a melhor assassina que podia ser. Até ter violado uma das regras”; Gary: “qual regra?”; Nikita: “apaixonei-me… por um civil”. – Blusas descaídas: nascida em Londres, a australiana Sophie Monk, atriz, ex-vocalista da girl band Bardot tem muito para desvendar ou desaparecer. – “The Black Cat” (1934), o primeiro de oito filmes com o par Boris Karloff e Béla Lugosi; “o filme explorou a popularidade de (Edgar Allan) Poe e do género de terror, assim como um súbito interesse do público na psiquiatria. (…). O filme desenrola-se como um pesadelo que envolve necrofilia, galeofobia (medo de gatos), drogas, um jogo de xadrez mortal, tortura, esfolamento e uma missa negra com um sacrifício humano”; celebrada, por Karloff, em latim: “cum grano salis. Fortis cadere cedere non potest. Humanum est errare. Lupis pilum mutat, non mentem. Magna est veritas et praevalebit. Acta exteriora indicant interiora secreta. Aequam memento rebus in arduis servare mentem. Amissum quod nescitur non amittitur. Brutum fulmen. Cum grano salis. Fortis cadere cedere non potest. Fructu, non foliis arborem aestima. Insanus omnes furere credit ceteros. Quem paenitet peccasse paene est innocens” = “com um grão de sal. Um homem corajoso pode cair, mas ele não se pode render. Errar é humano. O lobo pode mudar a sua pele, mas não a sua natureza. A verdade é poderosa e prevalecerá. Actos externos mostram segredos internos. Lembra-te quando o caminho da vida é íngreme de manter a tua mente equilibrada. A perda que não é conhecida não é perda nenhuma. Trovão pesado. Com um grão de sal. Um homem corajoso pode cair, mas ele não se pode render. Pelo fruto, não pelas folhas, julga uma árvore. Cada louco pensa que toda a gente está louca. Quem se arrepende de pecar está quase inocente”. – “Wild Zero” (2000), zombies e rock ‘n’ roll com a banda punk japonesa Guitar Wolf, membros: Seiji “Guitar Wolf”, Toru “Bass Wolf”, Ug “Drum Wolf”; o filme: “a banda envolve-se em muitas desventuras com managers de rock loucos em calções muito apertados, transexuais, mulheres nuas a disparar no chuveiro, zombies sedentos de sangue prontos para os desfazer. Blusões de cabedal, música alta excessivamente modulada, palhetas laser, motas, armas, carros musculados e fogo abundam”; o filme tem algumas semelhanças com “La Matanza Caníbal de los Garrulos Lisérgicos” (1993), onde participam Julián Hernández (dos Siniestro Total), César Strawberry (dos Def Con Dos) e Sílvia Superstar (dos Killer Barbies). Numa entrevista aos Guitar Wolf: pergunta: “ouvi dizer que tinhas um santuário à Joan Jett”, Seiji: “oh, ha, talvez apenas no WC. Apenas um poster, um poster da Joan Jett, na retrete. Santuário não. Apenas amo a Joan Jett”; → “Kung Fu Ramone” ∩ “Invader Ace” ∩ “Jet Generation” ∩ “Sky Star Jet” ∩ “UFO Romantics”. – Dobram os 18 anos em 2011: nasceram em 1993, agora, legalmente, frequentarão Las Vegas ou desativarão o controlo parental, Naomi Scott ou Ariana Grande. – Nuas nunca: Deus criou algumas mulheres para estarem tapadas, e outras juram que não despirão a roupa e até confessam nudofobia: Jessica Alba: “não faço nudez. Apenas não faço. Talvez isso me faça uma má atriz. Talvez não seja contratada para algumas coisas. Mas eu tenho muita ansiedade”, ou Blake Lively: “entro em pânico antes de usar uma roupa demasiado pequena, mas eu não tenho força de vontade suficiente”. – Defeitos físicos: o polegar de Megan Fox; no anúncio Motorola Superbowl contrataram uma dupla para o grande plano da sua mão. – “Rubber” (2010), escrito e realizado por Quentin Dupieux, também produtor de música eletrónica sob o pseudónimo de Mr. Oizo → “Analog Worms Attack” ∩ “Positif”; o filme: “no deserto da Califórnia, um pneu ganha vida e embarca numa matança, enquanto um público assiste ao desenrolar dos acontecimentos de binóculos. O pneu mata vibrando intensamente e psicocineticamente causando a explosão da cabeça das pessoas. Estabelecendo-se numa obscura cidade do deserto, o pneu encontra uma mulher em quem está interessado”. – “Page 23” (2011), a vida num catálogo IKEA: “o engraçado é que a maioria dos móveis nas cenas não são produtos IKEA”; vencedor do prémio do júri, para melhor filme, no 48 Hour Film Festival em Utrecht.
Intervalo para publicidade:
Mello Yello: o refrigerante cafeínado de sabor citrino da Coca-Cola □ Fleurs du Mal: lançamento da Soiree Collection 2011-2012 da Agent Provocateur □ antes sem braçosBatelco: a Bahrain Telecommunications Company □ higiene vaginalChupa-Chups: “o irresistível prazer de chupar” □ Herbal Essences: “este cheiro dá-me uma pica” □ Winston patrocina os Flintstones □ Pepsi: primeiro trabalho pago e primeira aparição de James Dean na TV □ WTF?: Mac’s loja de conveniência canadiana □ Nike Air Maxim pelo street artist de Londres INSA, sobre ele: “o antepassado de Debord, Karl Marx argumentou: ‘o feiticismo é ‘a religião dos apetites sexuais’ … a fantasia dos apetites engana o adorador feiticista em acreditar que o ‘objeto inanimado’ desistirá do seu natural caráter para satisfazer os seus desejos. Esta crítica da cultura de consumo contemporânea e feiticismo da mercadoria está personificado por todos os trabalhos de imediatismo e presença de INSA”, escreveu Katie Zuppann.

música:
The Seeds – “banda de rock americana. O grupo, cujo repertório se desdobra entre o garage rock e o acid rock, é considerado um dos pioneiros do punk rock. O vocalista, Sky Saxon, teve uma carreira musical que retrocedia aos dias da música pré-Beatles, quando ele gravou alguns 45 rotações, sob o nome de Richie Marsh” → “They Say” / “Love In A Summer Basket” ∩ “Darling, I Swear That It's True”. Sky “Sunlight” Saxon (falecido a 25 de Junho de 2009, no mesmo dia que Michael Jackson e Sarah Fawcett) “nasceu Richard Elvern Marsh em Salt Lake City, Utah, em 20 de Agosto de 1937. Diferentes fontes sugerem como ano de nascimento 1937, 1945 ou 1946. A sua viúva disse que o seu aniversário era dia 20 de Agosto, mas não confirmava o ano, porque ele acreditava que a idade era irrelevante”. De sua sabedoria dizia ele: “bem, penso que te podes aposentar quando morres. Contudo, eu não acredito na morte, assim acho que vou retirar-me quando deixar o meu corpo, mas tenciono continuar a escrever e a tocar no Céu”:
The Seeds → o primeiro single, “
Can't Seem To Make You Mine”, foi um êxito regional, no sul da Califórnia, em 1965 ∩ em 1966, o seu único êxito nacional, no Top 40, foi “Pushin’ Too Hard” ∩ eles, como os Warts, no episódio “How Not to Manage a Rock Group”, da série de TV “The Mothers-in-Law” (1967-69) ∩ “Mr. Farmer” ∩ trocaram de nome: como Sky Saxon Blues Band → “Barbie Doll Looks” ∩ em 1969 rebatizaram-se como Sky Saxon & The Seeds → “Wild Blood” ∩ “I Wanna Be Your Dog” (2009) ∩ “Can’t Seem To Make You Mine” (2009) ∩ “Pushin’ Too Hard” (2008).
Em 1973 Sky arrola-se na comuna espiritual Family Source fundada pelo Father Yod, em Hollywood Hills, Los Angeles. A Source Family
celebra-se: “era 1971, um tempo que uma explosão de Consciência… manifestando-se em cultos – e o oculto – comunas, e a Source Family. De dia, servíamos cozinha orgânica a tais luminares como John Lennon, Julie Christie, Frank Zappa e muitos outros, no famoso Source Restaurant, no Sunset Strip – talvez o primeiro restaurante de comida saudável da nação. Durante a madrugada (as ‘Correntes Ascendentes’), na mansão, em Hollywood Hills, nós explorávamos o cosmos através da sabedoria canalizada do nosso carismático líder, Father Yod, e cantando o Sagrado Nome de Deus – que tinha sido, anteriormente, escondido do homem comum como uma manifestação do poder da Elite Espiritual. Father era uma figura distante que tinha 14 ‘esposas Espirituais’, era conduzido por motorista num Rolls Royce, e liderava a banda de rock espontâneo Ya Ho Wha 13, agora considerada, por colecionadores, como a mais notável, psicadélica, banda de todos os tempos”. “Apesar de membro da Source Family por vários anos, Saxon nunca participou em nenhum dos álbuns editados pelos Ya Ho Wha 13, nos meados de 70. Ele aparece no álbum “Golden Sunrise”, dos Fire Water Air, que era uma ramificação dos Ya Ho Wha 13. Mais tarde gravou o álbum “Yod Ship Suite” em memória do falecido Father Yod”.
{Uma chaveta para uma comuna que tinha pressa de Céu: o Templo do Povo, em Jonestown, na Guiana, apressou a felicidade da vida eterna, com um suicídio em massa –
gravação áudio (FBI No. Q042) dessa separação das almas dos corpos – 918 almas rejubilaram na Presença de Deus, no dia 18 de Novembro de 1978. “Na década de 50, Jim Jones iniciou o Templo do Povo, em Indianápolis, como uma igreja afiliada com os Discípulos de Cristo, uma comunidade religiosa protestante. Procurando por um lugar seguro, em caso de uma guerra nuclear, o grupo mudou-se para a Califórnia em 1965. Devido às suas ideias políticas e sociais de esquerda e ênfase na integração racial, eles atraíram muitos novos membros, especialmente durante a sua estada em S. Francisco. No início de 1974, o Templo do Povo começou a mudança para a Guiana, onde a maioria do grupo se instalou em 1977, numa colónia agrícola, geralmente conhecida como Jonestown. Infelizmente, Jim Jones ficou cada vez mais paranóico e mentalmente instável, e uma visita do congressista Leo Ryan em 1978, conduziu ao assassinato de Ryan e, algumas horas depois, ao infame suicídio em massa e assassinato de mais de 900 membros da seita, incluindo Jones”. “Em 1973, ainda na Califórnia, o Coro do Templo do Povo gravou um LP de gospel chamado ‘He’s Able’”. – Os Death In June gravaram no CD “But, What Ends When The Symbols Shatter?” (1992), versões do Coro do Templo do Povo → “Because of Him”, noutras canções, os versos foram alterados: “He's Disabled” (“He's Able”), “The Mourner's Bench” (“Something Got A Hold of Me”), “Little Black Angel” (“Black Baby”)}.
Ya Ho Wha 13, também conhecida como Yahowha 13, é uma banda de rock psicadélico, liderada pelo Father Yod, líder espiritual de um culto/comuna chamado Source Family. Ya Ho Wha, sem as vogais e espaços, reduz-se a YHWH, o tetragrammaton”: “do grego ‘τετραγράμματον’, que significa ‘(uma palavra) tendo quatro letras’, refere-se ao nome do Deus de Israel YHWH”.
Os “
Ya Ho Wha 13 foram formados em 1969 na área de Los Angeles por um dos mais excêntricos freaks da altura, um beatnick de meia-idade chamado Jim Baker, que acreditava ser um deus e respondia pelo apodo de Father Yod. O seu som psicadélico extremo que usava tambores tribais e guitarras distorcidas de uma forma deliberadamente infantil (tudo não ensaiado, ao vivo, sem overdubs, edição ou plano), era o produto final da era hippie. (…). São creditados por ‘Penetration - An Aquarian Symphony’ (1974 - Higher Key, 2004 - Swordfish, 2005), que se destaca como a obra-prima do Father Yod (ou melhor, a obra-prima de Djin Aquarian) e um dos marcos do rock psicadélico. Djin Aquarian (guitarrista) escreveu: ‘o som Penetration saiu como é, por causa de todas as contribuições dos membros da banda, às 4 da manhã, que é quando nós gravávamos nesta meditação familiar. Father Yod era a maior influência no desenvolvimento deste som comigo. Father Yod era o líder e professor da nossa comuna de 144 pessoas em Hollywood Hills, e era ele que sentia o chamamento para produzir, cantar e tocar timbales e um gongo de 101,60 cm de diâmetro, em grande parte dos 65 álbuns que fizemos, a maioria dos quais foram destruídos (mas sobraram 9 que foram reeditados pela Swordfish)”. No disco, a ficha: Sunflower Aquarian: baixo; Octavius Aquarian: bateria; Zinuru Aquarian: engenheiro (som); Djin Aquarian: guitarra: Isis Aquarian: fotografia.
James Edward Baker, mais conhecido como Father Yod, era um ex-marine da Segunda Guerra Mundial, veterano e candidato a duplo de Hollywood, quando encontrou um grupo chamado ‘Nature Boys’, que mantinham uma dieta vegetariana e viviam de acordo com as leis da natureza. Ele estudou teologia Vedanta e tornou-se seguidor do Yogi Bajan, um professor de ioga Kundalini, que tinha seguido uma série de outros mestres espirituais da Índia até Los Angeles no final dos anos 60. Baker desencantou-se com Bajan quando o Yogi declarou que ele não era deus. Baker usurpou o título para si, alterando o seu nome para Father Yod. Em 1969 fundou o Source Restaurant, na zona de Los Angeles do Laurel Canyon. Transformou-se num rentável restaurante de comida saudável e num centro de recrutamento para o seu crescente culto de jovens perdidos e instáveis. (…). Father Yod sentiu que era o momento apropriado para recolocar toda a família em Kauai, no Havai, embora a sua estadia fosse, desafortunadamente, curta. Um membro do grupo participava num concurso de asa delta na ilha de Oahu. Yod também queria experimentar. O seu primeiro e último voo, na manhã de 25 de Agosto de 1975, terminou com ele a quebrar as costas, depois de se despenhar na praia rochosa. Os seguidores carregaram Yod para a casa, mas a oração e meditação, encontrou-o, não obstante, morto mais tarde nesse dia. Eles conservaram o corpo por três dias e meio cantando Yod He Vau He”.
Sunflower Aquarian
disse: “ele foi, para mim, o homem mais extraordinário que caminhou na face deste planeta, pelo menos, na minha vida, e contribuiu muito para os tempos em que vivemos. Morreu em consequência de um acidente de asa delta em 1975, a Família saiu para fazer as suas próprias coisas depois disso. Nós temos todos permanecido em contacto através do desejo de ter esses dias de volta”.
Father Yod and Spirit Of ´76 → “
Kahoutek” (side two) ∩ Father Yod & Yahowha 13 → “I'm Gonna Take You Home” ∩ “Thousand Sighs”.