segunda-feira, novembro 07, 2022
Soldados digitais
Mykailho Fedorov, vice-primeiro ministro e
ministro da Transformação Digital da Ucrânia, pediu no Twitter apoio para
formar um exército digital. O grupo de hackers Anonymous já reivindicou a
responsabilidade de vários ciberataques dirigidos a vários sites governamentais
russos
Enquanto os confrontos se intensificam no terreno, com
combates nas principais cidades da Ucrânia, há uma nova frente de batalha
a decorrer na internet e na darkweb. Trata-se da ciberguerra, uma luta que
pode ajudar a enfraquecer o inimigo e mobilizar as populações.
Ontem ao final do dia, Mykailho Fedorov, Vice-Primeiro
Ministro e Ministro da Transformação Digital da Ucrânia, colocou um apelo no
Twitter a recrutar todos os que se queiram juntar a este exército digital.
“Estamos a criar um exército de TI. Precisamos de
talentos digitais. Todas as tarefas operacionais serão dadas aqui:https://t.me/itarmyofuraine. Haverá
tarefas para todos. Continuamos a lutar na frente cibernética. A primeira
tarefa está no canal para especialistas cibernéticos”, lê-se no tweet publicado
ontem.
O exército armado da Ucrânia, assim é apelidado,
utiliza o Telegram, um serviço alternativo de mensagens instantâneas, para
partilhar informação. O canal já tem mais de 21 mil subscritores.
A ideia é estes voluntários do submundo
hacker combaterem com armas digitais nesta guerra cibernética.
O objetivo é criar uma unidade defensiva para proteger a infraestrutura ucraniana,
como usinas de energia e sistemas de água. Além disso, esta unidade de
voluntários vem também ajudar as forças militares ucranianas a realizar
operações de espionagem digital contra as forças invasoras russas
Além do recrutamento de hackers, o governo ucraniano
tem vindo a conduzir uma guerra de memes nas redes sociais, com
caricaturas políticas e piadas sobre Putin e a Rússia. Segundo o New York Post,
há também outro tipo de arma: a sedução digital. Os soldados russos
estão a comunicar com mulheres ucranianas no Tinder, abrindo a possibilidade de
inteligência militar criar perfis falsos e descobrir locais e movimentos de
tropas.
Os danos causados por este tipo de guerra podem ser
assinaláveis. Um conflito a este nível pode ter um forte impacto nos dois
países, que embora protegidos, têm sempre vulnerabilidades nos seus sistemas.
Fonte: Visão, 27 de fevereiro de 2022
Foto: Asia Carrera, tcc Jessica Bennett /
Asia / Asia Carera / Asian Carrera, 1,75 m, 50 kg, 91-66-91, sapatos 42, olhos
castanhos, cabelos pretos, nascida Jessica Andrea Steinhauser a 6 de agosto de
1973 em Nova Iorque.
Etiquetas: atrizes, cibersegurança, gatos, guerra américa rússia
As trombetas do apocalipse
Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio
no céu por mais ou menos meia hora. Então vi os sete anjos, que se acham em pé
diante de Deus, e vi que lhes foram dadas sete trombetas.
Depois veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar.
Ele estava com um incensário de ouro e foi-lhe dado muito incenso para ser
oferecido com as orações de todo o povo de Deus sobre o altar de ouro que se
encontra diante do trono. E a fumaça do incenso, juntamente com as orações
do povo de Deus, subiu da mão do anjo à presença de Deus. E o anjo pegou o
incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões,
barulhos, relâmpagos e terremoto.
As trombetas dos sete anjos
Então os sete anjos que tinham as trombetas
prepararam-se para tocá-las. O primeiro anjo tocou a sua trombeta e fogo e
uma chuva de pedras misturados com sangue foram atirados à terra. Uma terça
parte da terra foi queimada, assim como uma terça parte das árvores e toda erva
verde.
O segundo anjo tocou a sua trombeta e uma coisa, que
parecia uma grande montanha pegando fogo, foi atirada ao mar. Uma terça parte
do mar tornou-se em sangue, terça parte dos animais que viviam no mar morreu e
uma terça parte das embarcações foi destruída.
O terceiro anjo tocou a sua trombeta e uma grande
estrela, que estava queimando como uma tocha, caiu do céu sobre uma terça parte
dos rios e sobre as fontes de água. Uma terça parte das
águas se tornou em absinto (pois o nome da estrela era Absinto) e muitas
pessoas morreram porque beberam daquela água, uma vez que ela tinha se tornado
amarga.
O quarto anjo tocou a sua trombeta e uma terça parte
do sol, da lua e das estrelas foi ferida, de modo que uma terça parte deles se
tornou escura. Assim, uma terça parte do dia e da noite ficou sem luz.
Depois eu olhei e ouvi uma águia que voava no meio do
céu e dizia em voz alta:
—Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa dos
restantes sons de trombeta que os outros três anjos ainda têm que tocar!”
Livro do Apocalipse
Etiquetas: guerra américa rússia, religião, união europeia
Povo sereno
Após ter veiculado que não conseguira identificar os
agressores à chegada ao hospital, por estes terem fugido, a PSP de Braga
esclarece que ‘a vasta maioria dos suspeitos’ estão referenciados.
Depois de, na madrugada de terça-feira, dois
enfermeiros e um vigilante terem sido agredidos no Hospital de Famalicão
por 15 acompanhantes de uma doente, o Comando Distrital da PSP
de Braga confirma ao Nascer do SOL que «a vasta maioria dos
suspeitos envolvidos nas agressões já se encontram referenciados por esta
Polícia». Como o i noticiou, trata-se de membros de uma
família de etnia cigana.
Nas primeiras horas após o ataque, soube-se que um dos
enfermeiros - atacado com uma barra ferro usada para suporte de soro e
que ficou com a cara ensanguentada, a cabeça partida e um rasto de sangue -
fora submetido a uma intervenção cirúrgica. Naquele dia, em comunicado, a PSP
afirmou que, à chegada ao hospital, «não foi possível identificar nem deter os
eventuais agressores, por os mesmos terem fugido do local» e indicou que, das
agressões, resultaram também «danos na porta de acesso ao respetivo serviço de
urgência».
Apesar de terem sido feitos progressos significativos,
o trabalho desta força de segurança não está terminado: «Informamos ainda, que
as diligências continuam em curso no sentido de identificar todos os autores
das agressões, de forma a que sejam criminalmente responsabilizados».
Ao i, Pedro Costa, presidente do Sindicato dos
Enfermeiros, referiu que «durante 45 minutos, o serviço de urgência do Hospital
de Famalicão foi tomado por 15 pessoas que fizeram o que entenderam. Isto põe
em causa a liberdade de todas as pessoas». Recorde-se que o dirigente apelou a
que a violência contra profissionais de saúde seja considerada crime público,
um repto repetido ao Governo nos últimos anos, a cada caso violento de agressão
que vem a público, por médicos e enfermeiros e que em 2020 já tinha sido objeto
de uma petição lançada por um grupo de médicos para que fosse tipificado este
crime específico.
Esta agressão foi considerada a mais
violenta de que há registo no SNS e, por isso, Pedro
Costa descreveu como «extremamente chocantes» as imagens que mostram o estado
em que ficou o colega espancando por uma família de etnia cigana, por ter sido
recusado atendimento imediato na urgência sem ser preenchida a ficha de
inscrição.
Depois dos primeiros trabalhos em 2019 (quando
surgiram ideias como botões de pânico, por implementar na maioria dos serviços)
e já em 2020, quando foi nomeado um coordenador de segurança para o Ministério
da Saúde, o novo Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde
entrou em vigor no dia 6 de janeiro.
Fonte: Sol, 25 de fevereiro de 2022
No quadro de justiça moderno, da justiça
seletiva, uma coisa é certa, nada acontecerá, gastar-se-á algum dinheiro do
contribuinte em juízes, advogados, acólitos e papel, mas, no final, reo ad praemium.
Etiquetas: ciganos, justiça portuguesa, violência
Dinheiro
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União
Europeia deram aval a um pacote de 450 milhões de euros para financiar o
fornecimento de armas letais ao exército ucraniano, que luta contra a invasão
russa, anunciou o chefe da diplomacia europeia.
“Decidimos usar as nossas capacidades para fornecer
armas, armas letais, assistência letal, ao exército ucraniano com um
pacote de apoio no valor de 450 milhões, a que acrescem mais 50 milhões
para fornecimento de material não letal, designadamente combustível e
equipamento de proteção”, anunciou em Bruxelas o Alto Representante da UE para
a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell.
Falando numa conferência de imprensa no final de uma
videoconferência dos chefes de diplomacia dos 27, o chefe da diplomacia
europeia explicou que, tendo sido esta uma reunião informal ao nível
dos ministros dos Negócios Estrangeiros, o que resultou deste Conselho
extraordinário foi a aprovação do financiamento do armamento.
E para segunda-feira foi já agendada uma reunião de
ministros da Defesa, “para coordenar como converter esta assistência em
material, e como transportar o material para a linha da frente, para as forças
armadas ucranianas que lutam contra a invasão russa”, acrescentou.
Borrell aproveitou a oportunidade para “agradecer à
Polónia, que se ofereceu para ser ‘hub’ logístico para a transferência desta
assistência material à Ucrânia”.
“Sei que o termo histórico é muitas vezes
sobreutilizado e abusado, mas este é certamente um momento histórico,
por duas razões: primeiro, porque é primeira vez desde o fim da II Guerra
Mundial que um poder militar invade outro Estado soberano, em violação da ordem
internacional, em segundo, porque os europeus têm reagido de uma forma que
surpreendeu muita gente, a começar pelos russos”, disse.
No seguimento dos anúncios feitos durante a tarde pela
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Borrell anunciou que,
além de ter dado luz verde ao pacote de apoio às forças armadas ucranianas, o
Conselho também deu “o seu acordo político a um novo pacote de sanções, a
compromissos diplomáticos para isolar a Rússia, medidas de apoio à Ucrânia e
região, e de combate à desinformação”.
“Nada mau”, comentou, sublinhando o acordo, em
conjunto com as potências do G7, de bloquear as transações do Banco Central
russo, que terá “mais de metade das suas reservas congeladas”, dado
encontrarem-se em estabelecimentos de países do G7.
Borrell especificou que, após o acordo político dos
27, serão desenvolvidos todos os passos legais nas próximas horas, de modo à
adoção formal da medida antes da abertura dos mercados, na segunda-feira.
Durante a tarde, numa declaração à imprensa, Von der
Leyen já anunciara, além da inédita proposta de fornecimento de armas à
Ucrânia, mais sanções dirigidas à Rússia, tais como “o encerramento do espaço
aéreo da UE a aeronaves de propriedade russa, registadas ou controladas pela
Rússia”, incluindo os jatos privados dos oligarcas, que “não poderão aterrar,
descolar ou sobrevoar o território da UE”, e medidas para “proibir os oligarcas
russos de utilizarem os seus ativos financeiros nos mercados europeus”.
Borrell precisou que a lista alargada de sanções, que
passa a contemplar oligarcas e homens de negócios próximos do Kremlin, será
divulgada na segunda-feira.
Fonte: Sapo24, 27 de fevereiro de 2022
Foto: Sophia Lucci, tcc Nadia Bahr /
Peujon Nazifi, 1,62 m, 50 kg, 86-61-86, sapatos 37 ½, olhos castanhos, cabelos
pretos, nascida a 7 de abril de 1983 em Pittsburgh, Pensilvânia.
A poeira levantada pela penetração russa
na Ucrânia é uma ocasião sem-par de laboratório sociológico. A sociedade
moderna pugnou por ter cada vez mais mulheres em postos de poder político,
agora temos condições para estudar os seus efeitos sobre o quotidiano dos
povos.
A escalada da tomada de decisões sem
avaliar as consequências em quem produz, em quem não tem um vencimento
certo, pago pelos contribuintes, é um mau presságio, pois denota emoção, mas
não racionalidade. Neste concurso de sanções à Rússia, como se fosse um
concurso de apple pies numa feira americana, sem pensar nas consequências para
os povos, sem ter em conta as falências e miséria que advirão naqueles que
produzem e exportam, será um belo toque feminino na sociedade moderna.
Distribuir armas para combater russos já deu ótimos resultados no Afeganistão, criando um estado moderno e democrático, e também gerou grandes heróis como Khalid Sheikh Mohammed, Mohamed Atta, Marwan al-Shehhi, Hani Hanjour ou Ziad Jarrah.
Etiquetas: economia, guerra américa rússia, modelos, mulheres, união europeia
Líder da Europa
“Herói Judeu”, “Herói que nasce numa cidade agitada
pela guerra” ou “George Washington da Ucrânia” são alguns dos títulos
atribuídos a Volodymyr Zelensky. Mas, afinal, quem é o comediante que
se tornou político?
Nos anos 60 e 80 do séc. XX nasceu a segunda vaga do
feminismo, fortemente marcada pela frase “ninguém nasce mulher, torna-se
mulher”, da escritora francesa Simone de Beauvoir. Entendeu-se que a
feminilidade não é uma condição biológica, mas sim uma construção social. Esta
máxima pode adaptar-se a Volodymyr Zelensky: não nasceu político, tornou-se.
Quem diria que o homem que viria a liderar a Ucrânia
no decorrer de uma das maiores guerras da Europa desde 1945 seria um outrora
ator e comediante? Conhecido por participar em comédias românticas e, mais recentemente,
na série Servant of the People, uma sátira política em que interpretou o papel
de Vasyl Petrovych Holoborodko, um professor do ensino secundário, na casa dos
30 anos, que se tornou Presidente da Ucrânia de forma inesperada.
No pequeno ecrã, tal aconteceu depois de um vídeo
filmado por um dos seus estudantes – onde é possível vê-lo fazer um discurso
profano contra a corrupção do governo naquela nação – se ter tornado viral. Na
realidade, a história não é assim tão simples. Filho de pais judeus, Zelensky
nasceu a 25 de janeiro de 1978 em Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia. Durante
quatro anos, esteve em Erdenet, na Mongólia, e quando regressou à terra natal
tornou-se fluente em ucraniano e inglês.
Fonte: jornal i 28 de fevereiro de 2022
Etiquetas: guerra américa rússia, jornalismo, vida moderna, volodymyr zelensky
A empresa tecnológica Meta afirmou que grupos
pró-russos estão a orquestrar várias campanhas de desinformação em redes
sociais com perfis falsos ou contas pirateadas para retratar a Ucrânia como um
peão nas mãos do Ocidente.
A Meta encerrou as contas falsas e bloqueou a partilha
de endereços de Internet com ligação a ‘sites’ que difundem informações falsas,
disse, no domingo, o chefe da gestão de ameaças da ‘holding’, que detém todos
os produtos e marcas associados ao Facebook, David Agranovich.
Estes grupos “gerem ‘websites’ fazendo-se passar por
entidades noticiosas independentes e criam perfis falsos em plataformas de
redes sociais, incluindo Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Telegram e
também [redes russas] Odnoklassniki e VK”, disse a Meta, num texto divulgado
num blogue, observando que tinha bloqueado um grande número de contas falsas
filiadas ao Estado russo.
“Em alguns casos, utilizaram imagens de perfil que (…)
foram provavelmente geradas usando técnicas de inteligência artificial”,
acrescentou o grupo.
A pequena rede de contas falsas nas redes sociais
Facebook e Instagram visava pessoas na Ucrânia e ajudou a divulgar informações
falsas sobre os esforços do país para se defender contra a invasão russa.
A rede foi identificada pela Meta como estando ligada a
indivíduos na Rússia e na Ucrânia, bem como às organizações de comunicação
social NewsFront e SouthFront na Crimeia, a península ucraniana anexada por
Moscovo em 2014.
Fonte: Sapo24, 28 de fevereiro de 2022
Foto: a talentosa web model Bellamonroe18.
O Facebook cumpre o seu papel,
consentaneamente, trata os seus utilizadores como estúpidos.
A primeira regra da guerra, antes até de pegar nas armas, é a abolição da Informação e a ativação da Propaganda. Temos acesso a Propaganda, não Informação. O que lemos ou vemos, de ambos os lados, é Propaganda, a Informação virá, depois, talvez.
Etiquetas: guerra américa rússia, modelos, propaganda, redes sociais
Igualdade de género
Um dos produtos mais vendidos na política moderna é a igualdade de género, porém, em pleno século XXI, continuamos a assistir a estas chagas civilizacionais de estereotipação de papéis, descriminação e secundarização da mulher, excluindo-a de uma participação ativa no progresso social.
Etiquetas: estereótipos, igualdade de género, mulheres