Dissolvendo-se
1983.
Neste ano, ainda não nados os peixes irrevogáveis (latim Portae irrevocabilis), as
águas políticas turvavam-se por primo ministro, bisonho Pinto Balsemão [1] demitira-se a 20 de dezembro de 82, suspirando por
calamistrar o país introduzindo como seu sucessor Vítor Crespo [2]. O imposto sucessório não vingou para o pote da
nação e no domingo, dia 23 de janeiro, o presidente Ramalho Eanes discursa a
dissolução da Assembleia
da República : “temos vivido, nas últimas semanas, numa
situação de inesperada crise política que assume aspetos de especial gravidade.
A primeira manifestação dessa crise foi a apresentação do pedido de demissão do
sr. primeiro-ministro. Semelhante decisão é sempre motivo de justificada
preocupação. Porém, esse pedido de demissão surgiu quando ninguém ignorava o
agravamento da crise económica, apesar das políticas de restrição e dos
sacrifícios impostos a um grande número de portugueses” [3].
Na
sexta-feira, 4 de Fevereiro, na última sessão do Parlamento, o PS estava pronto
a substituir o CDS para aprovar o Orçamento: “com o PS o discurso foi outro.
Almeida Santos entendeu avançar com um discurso extremamente bem construído em
que pretendia preparar o terreno para uma eventual abstenção (ou quem sabe…)
caso o CDS votasse contra. Fundamentalmente o dirigente socialista quis provar
que a proposta governamental não era inconstitucional. De tal modo que
Magalhães Mota diria: ‘pensava já vê-lo como membro do Governo! … Aqui está o
tipo de discurso que talvez alguém da maioria pudesse ter feito em defesa desta
proposta’” [4]. Nessa sessão foi também aprovado
o controlo da riqueza dos “homens públicos”. “O CDS foi o único partido a votar
contra o art. 42º que prevê o recurso pela fiscalização do Imposto Complementar
à utilização dos sinais exteriores do nível de vida no caso ‘de se verificar
desproporção notória entre o rendimento que serve de base ao imposto e o nível
de vida do contribuinte’. Os sinais exteriores do nível de vida considerados
são: a posse de moradias com piscina ou campos de jogos, automóveis com preço
superior a 1500 contos, motas de grande cilindrada, barcos de recreio e aviões
de turismo” [5].
Segunda-feira,
24 de janeiro, Itália, “no final de nove meses e de cem audiências, o Supremo
Tribunal de Roma pronunciou esta manhã 25 penas de prisão perpétua, no âmbito
do julgamento do assassínio do presidente da Democracia Cristã italiana, Aldo
Moro. Recorda-se que o dirigente da DC foi assassinado em 1978 pelas Brigadas
Vermelhas, após 55 dias de cativeiro num prisão do povo das BV, Antonio
Savasta [6] e Emilia Libera [7], réus que colaboraram com a justiça italiana foram
condenados a 16 anos e um mês de prisão. Outros dois brigadistas, Massimo
Cianfanelli e Ave Maria Petricola, igualmente arrependidos foram condenados
respetivamente a 13 e 5 anos de prisão” [8].
Terça-feira,
8 de fevereiro, Israel, “a responsabilidade dos principais dirigentes civis e
militares israelitas nas chacinas dos campos de Sabra e Chatila [9], em Beirute, em setembro 1982, foi estabelecida,
formalmente, e condenada, hoje, pela comissão israelita de inquérito conduzida
pelo juiz Kahane. Num relatório de 115 páginas, extremamente duro, a Comissão Kahane põe em
causa o primeiro ministro israelita, Menahem Begin [10],
considerando-o ‘responsável em certo grau’, porque, ‘dois dias depois de ter
sido informado da entrada dos falangistas, manifestou uma indiferença total
sobre o comportamento destes nos campos’. A Comissão recomenda a demissão ou o
afastamento do ministro da Defesa Ariel Sharon, porque este ‘subestimou o risco
representado pela entrada das forças falangistas em Sabra e Chatila’ e ‘não
tomou as medidas adequadas’ para evitar as chacinas. A Comissão Kahane, cujo
relatório teve o efeito de uma bomba nos meios políticos israelitas, critica
duramente o comportamento de Menahem Begin, do ministro dos Negócios
Estrangeiros, Yitzhak Shamir [11] (pelo desdém
manifestado a propósito de informações alarmantes que recebia) e do chefe dos
Serviços Secretos israelitas. A demissão destas personalidades não é
recomendada formalmente, ‘bastou-nos estabelecer as suas responsabilidades’,
dizem os três juízes da Comissão. Estes últimos também não recomendam o
afastamento do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas israelitas, general Raphael Eytan,
‘unicamente pelo facto de que ele deve passar proximamente à reforma’”.
Quinta-feira,
10 de fevereiro, “reunido em sessão extraordinária para avaliar os efeitos do
relatório da Comissão Kahane, o gabinete israelita aprovou a demissão do ministro
da Defesa Ariel Sharon (…) aprovando, ao mesmo tempo, as conclusões da Comissão
no seu todo. Na votação registou-se um único voto contra: o do próprio Sharon.
Cá fora, manifestantes do movimento Paz Já, entre os quais se encontrava o
próprio filho do ministro do Interior, Avraham Burg, reclamavam a demissão do
Governo. Contramanifestantes, (onde se encontrava o conhecido fascista rabino Meir
Kahan), partidários de Begin-Sharon (‘os nossos únicos salvadores’)
reclamavam a manutenção do contestado ministro. De repente, este grupo lançou
uma granada contra o outro, matando Emil Grunzweig e ferindo cinco pessoas (duas
das quais gravemente). Demitido pelo Governo, Ariel Sharon recusou a demissão. [Permaneceu
no Governo até 1984 como ministro sem pasta]. O debate foi dos mais
tempestuosos da história israelita, e, segundo as agências, era notória a
crispação de Sharon (chegado ao Conselho com hora e meia de atraso e saído em
último lugar de uma sala já há muito vazia) e a tensão e o cansaço dos outros
membros do gabinete, nomeadamente de Menahem Begin. (…). Além da demissão de
Sharon, o gabinete decidiu passar à reserva em abril o CEM, Raphael Eytan, e
afastar o chefe da espionagem militar, Yehoshua Saguy, enquanto se limitou a
suspender durante três anos as funções de comando em operações do general Amos
Yaron” [12].
Em
Portugal, eram tempos tumultuosos para as carteiras. Sexta-feira, 4 de fevereiro, “uma
portaria publicada esta manhã no Diário da República fixa as margens de
comercialização do peixe congelado. (…). Assim, a margem de comercialização
passa a ser de 15% para o armazenista ou industrial de congelação e de
transformação, e de 20% para o retalhista. Quanto à venda ao público e já em
função destas novas taxas de comercialização e também das condições de
apresentação, a portaria 124/83 autoriza o seu agravamento em 10 escudos o
quilograma, sempre que os produtos sejam acondicionados em embalagem comercial,
e em 3$50 quando se tratar de embalagem industrial”. Quarta-feira, dia 23,
“galão a 18 escudos (agora custa 15), torrada a 25 (21,5), cachorro a 27,5
(22,5), copo de leite a 14 (11,5), sandes de fiambre a 20 (16,5), bolos secos a
19 (16,5)… dentro de dias, um considerável número de produtos de cafetaria
voltam a subir de preço, uma subida globalmente estimada em 20%. Estes
aumentos, os primeiros desde abril do ano passado, são considerados como
bastante abaixo dos exigidos pelos industriais do setor, que entretanto
conseguem o regime de ‘preço livre’ para parte dos seus produtos: a chávena de
café com leite, o nescafé, o chá e os bolos de creme. Aparentemente só a bica
mantém o seu custo atual, classificado de ‘político’: os industriais tinham
pedido que ela subisse para 16 escudos”.
Ano
de perigos, 1983, António Variações edita o seu 1.º álbum, “Anjo da guarda”,
com canções do fado nacional: “…O corpo é que paga”; “É p’rá amanhã…”; ou “Quando fala um português…”:
“Ai! São tantos a falar / Quando fala um português / Falam dois ou três / Todos
se querem escutar” [13].
___________________
[1] A 2.ª demissão, duas
demissões em dois anos de mão no pote da nação. Pinto Balsemão, sobre a sua
alcunha: “não, não, a minha é o Hugo (pronunciado em sotaque britânico), por
causa do Hugo Boss, como eu sou o boss,
sou o Hugo”; na sua famelga há 5 franciscos e uma francisca todos têm alcunhas
para se distinguirem.
[2] Ministro da Educação e
das Universidades de Balsemão. Um vulto nacional. “Doutorado em Química numa
universidade da Califórnia sem ter ido a laboratórios – foi o próprio Vítor
Crespo que de tal se gabou a dirigentes sindicais que protestavam contra o
facto de se estar a criar escolas do 12.º ano sem laboratórios – VC deu que
falar no ensino, depois do 25 de abril, mesmo antes de ser titular da Educação.
Numa cena pouco dignificante ocorrida na universidade de Coimbra onde fora
professor de Química, (…), Vítor Crespo apareceu (e ainda permanece) aos olhos
de muita gente, em posição horizontal. Saneado da universidade de Coimbra e
reintegrado pelo seu antecessor Sottomayor Cardia, o antigo professor
apresentou-se na academia para cumprir a reintegração. Só que os estudantes não
abriram mão das razões que os haviam levado a saneá-lo e insistiram em que não
o queriam lá. Obstinado, o agora indicado pelo primeiro-ministro deitou-se no
chão e, como para grandes males, grandes remédios, os alunos, nessa posição o
arrastaram para fora da sala. Tal obstinação em não reconhecer as razões dos
outros, mesmo estando em minoria, marcaria a sua gestão como ministro da
Educação e das Universidades. (…). De facto, na segunda parte do seu mandato, o
ministério que chefiou não recebia representantes de professores nem
estudantes, quando solicitado (com exceção do sindicato da Zona Norte). (…).
Foi na gestão de Vítor Crespo que apareceu o 12.º ano, o qual, todos os que,
por uma ou outra forma, lá passam, sabem que apenas representa um desperdício
de dinheiro (apesar da época ser de austeridade), de espaço, de tempo, de
energias. Isto, para falar apenas da via de ensino do 12.º ano, na via
profissionalizante a situação é de absurdo: a maioria dos cursos desta via não
pode ser completada porque não foram criadas as escolas para esse fim, sendo,
portanto, em absoluto inúteis a). (…). Foi ainda
no MEU de Crespo enviado às escolas um conjunto de princípios de gestão das
escolas que, a ser aplicado, seria a liquidação da gestão democrática
conquistada no 25 de abril e o regresso à forma autocrática do antigo reitor.
Os protestos foram tantos que VC viu-se obrigado na sessão da Assembleia da República
em que foram debatidos na generalidade os projetos de lei da Autonomia
Universitária, a dizer que esse conjunto de princípios fora apenas ‘uma
provocação no bom sentido’ aos professores. (…). Numa cerimónia na embaixada de
França em que um grupo de professores portugueses foi agraciado pelo Governo
francês através do seu embaixador, o ministro da Educação e das Universidades
esteve presente e fez um discurso. Mas, ao que consta ter-se-á dado a certa
altura que o seu francês era insuficiente para expressar o seu pensamento. E, no
meio do discurso, lançou mão do seu inglês e nesta língua acabou a intervenção,
ante a estupefação dos agraciados e do embaixador” b).
–
a) Em 2013, já não há turbulências ou situações
mal cogitadas, com a introdução do cratês
nas escolas, Portugal é uma barriga de aprendizagem. “Milhares de alunos do
ensino regular e profissional sem turma, centenas de professores enviados para
horário zero, diretores desesperados e alunos a ser contactados pelas escolas
para mudar de disciplinas”.
–
b) Um artista português. Aplausos. “Applause” (2013),
primeiro single do
último CD, “ARTPOP”, de Lady GaGa;
a cantora mostra tudo quando se despe sem maquilhagem para fotos na revista Daring
(2013); mostrara antes para a revista V
Magazine (2009) e para a Tatler
(2010). E mostra-se como veio ao mundo para a artista choque Marina Abramovic
no vídeo “The Abramovic Method” (2013).
– Outras aventuras gagalianas: “Bad
Romance” (2009), versão dos fãs “Badder Romance”, no YouTube
Doubler, e a paródia “Rad
Bromance”. O vídeo de Bad Romance era prejudicial à saúde. “Lentes
circulares, que são as lentes de contacto que cobrem toda a íris e parte do
branco do olho, ajudam aspirantes a Ladies Gagas a conseguir o olhar assustador,
embora elas sejam ilegais nos EUA”. Em 2009, para a tournée Fame Ball, explicava
Lady GaGa: “a instalação
de bolhas foi inspirada num vestido que Houssein Chalayan fez há uns anos.
Eu não poderia conseguir o vestido, porque está, tipo, meio milhão de dólares
num museu algures, mas refi-lo e construí um piano de alguma forma inspirado nele”.
“Born This Way” (2011),
vídeo com o tatuado modelo canadiano Rick
Genest, “que até janeiro de 2011, morava nas ruas de Montreal, onde vivia
como um vagabundo, fazendo de tudo desde lavar janelas até atuar como uma
aberração de circo, para pagar a sua próxima tatuagem”; a mãe descreve-o como um
“amoroso rapaz, calmo”; em 2006, para a revista Bizarre, Genest explicava as suas
tatuagens, a maioria delas do tatuador de Montreal Frank Lewis: “sobre o corpo
humano como cadáver em decomposição, a arte de um cadáver a apodrecer. É também
uma homenagem aos filmes de terror, que eu adoro”. Lady Gaga e Pink em trajes
licenciosos (2009) ▪ bunny
(2009) ▪ botão
de cabelo (2009) ▪ borracha
(2009) ▪ em palco
(2009) ▪ rabinho
em palco (2009) ▪ Jingle
Bell Ball em Londres (2010) ▪ rabo
big in Japan (2010) ▪ nádegas
(2013) ▪ fotos.
– Noutro local, o forno real cozeu um herdeiro que, ao avô Carlos chamará grandpa, e a Camila, duquesa da
Cornualha, gaga.
[3] Nesse discurso Eanes avaliou
a situação política: “No que respeita à evolução política distingo três fases
neste período dos dois últimos anos. A primeira fase, é aquela que se segue às
eleições legislativas e presidenciais de 1980 e que termina com a apresentação
do primeiro pedido de demissão do sr. primeiro-ministro, em agosto de 1981. Contrariando
as previsões de críticos e de responsáveis políticos, respeitei inteiramente as
indicações eleitorais, concedendo preferência ao entendimento e à concertação
com o Governo e a maioria parlamentar, sempre que se verificavam diferenças de conceções
políticas”. A Comissão Política Permanente do PSD, reunida na Quinta da Marinha,
em casa de Pinto Balsemão, depois das 23:00 desse domingo, emitia um comunicado
em que agradece a “disponibilidade patriótica” de Vítor Crespo e o habitual não
fui eu foi o menino do lado: “disse então o presidente da República que não
encararia como oportuna e legítima essa decisão, enquanto se não prefigurassem
no horizonte político, soluções consubstanciadas de novas maiorias
parlamentares pós-eleitorais. É manifestamente contraditório que o presidente
da República impute ao pedido de demissão do atual primeiro-ministro a
causalidade essencial da situação e a responsabilização pela não adoção
oportuna de medidas económicas urgentes, quando é certo que o próprio PR se
aprestou a aceitar o pedido de demissão do primeiro-ministro sem lhe suscitar
qualquer óbice. É patentemente, incoerente a proclamação da necessidade de um
poder político prestigiante, capaz de responder à crise, quando na altura
oportuna o próprio PR não analisou, com comportamentos positivos e claros, as
propostas de reformas estruturais apresentadas pelos governos AD”.
[4] Almeida Santos, um vulto
português. Um homem. Maiúsculo. De homens, duas apreciadoras excelentes. A primeira,
Angela
Merkel gosta de olhos bonitos, de voz grave e da capacidade para cortar
madeira. A segunda, Kátia Aveiro:
“o homem perfeito é aquele que leva a mulher a passear. Que vai buscá-la num
carro topo de gama para um jantar romântico... e que pelo caminho muda de
ideias e decide apanhar o avião para jantar em Veneza. (…) O homem perfeito é
aquele que se deita cheiroso, acorda cheiroso e que, mesmo depois de ir embora,
ainda sentes o perfume dele no ar. (…). Tem que ser ocupado, ativo, com pouco
tempo disponível, para que todos os encontros sejam sempre intensos. Homem
perfeito não fala de problemas, mas resolve os teus problemas. Homem perfeito
só tem que te ligar para te convidar para um jantar romântico, para te levar a
viajar e não para falar sobre coisas sem interesse. (…). Tem que ser
independente, ter casa de praia e de campo, tratar-te como uma rainha. Porque,
afinal, meninas, o amor e uma cabana não existem... Abram os olhos!...”. – A
irmã de Cristiano Ronaldo arrasou,
no estio de 2013, uma plateia de gourmets
de música, em Vilamoura, na apresentação do seu novo single “Boom
sem parar”. O mano CR7:
“estou muito orgulhoso da minha irmã Kátia e do seu novo projeto musical” – ele
não vibrou junto com a erudita plateia ida de Lisboa para a discoteca Seven no Algarve,
Kátia explica: “ele disse uma coisa engraçada que foi: o mano não vai porque
‘tá a trabalhar, vai trabalhar, mas também se eu for, eu vou-te tirar o brilho,
porque as pessoas, infelizmente, fazem com que isso aconteça. Então, como eu
sei que tu és a estrela neste dia, eu vou-te deixar brilhar, porque tu mereces
brilhar, é o teu dia, eu o meu coração vai ‘tar contigo … acho que isso é muito
importante, mas eu sei que ele, como meu irmão para, era como a minha irmã,
como a minha mãe, mas ao ponto de vista dele, infelizmente, é isso que
acontece, e então ele preocupa-se muito connosco, e ele usou exatamente essas
palavras, por isso, não ‘tou triste”. O nano namora com Irina
Shayk,
a mana Elma explica: “a Irina
é diferente de nós… exatamente, ela é russa, nós somos portugueses, é
diferente, mas olhe, Ronaldo gosta, anda com ela, a gente tem que respeitar”. –
Irina nua apenas com as partes pintadas no Sports
Illustrated Swimsuit
2009; e no libertino vídeo “L’Agent by
Agent Provocateur” campanha outono / inverno 2013, escrito e realizado por
Penélope Cruz, c/ Miguel Ángel Silvestre, Irina Shayk e
o marido de Penélope, Javier Bardem. As irmãs Cruz, Mónica e Penélope, desenharam
a coleção para o próximo outono desta marca inglesa de lingerie.
[5] O homem público português
tem pressa de enriquecer. Ashley
Zeitler:
“não cresci a vestir roupas caras. Teria sido bom, mas aprendi a trabalhar duro
pelo que quero”. Nascida a 17 de fevereiro de 1992, San Antonio, Texas, 1,55 m , 44 kg , 81-58-86, tatuagens:
pulso esquerdo, crânio e flor acima da vagina, Ashley foi Cybergirl do mês de
outubro
2012: “quero mudar-me para LA,
quero fazer algo realmente bom, pôr a minha vida em linha e prosperar. Talvez
fazer alguns cursos de cosmética ou ir para a escola de beleza”.
[6] “Chefe do comando que a
17 de dezembro de 1981 raptou em Verona o general americano James Lee Dozier,
vice-comandante das forças aliadas terrestres para o sul da Europa. O sequestro
termina a 28 de janeiro de 1982 com a erupção dos NOCS (Nucleo Operativo
Centrale di Sicurezza) no apartamento onde as BV tinham prisioneiro o refém.
Savasta, preso, começou imediatamente a colaborar com as forças da ordem. ‘As
confissões de Savasta revelam-se cruciais para derrotar os últimos resíduos da
coluna veneziana e comprometer a própria existência das Brigadas Vermelhas -
Partido Comunista Combatente’, Adalberto Baldoni, Sandro Provvisionato, em ‘Os
anos de chumbo’, 2009. Desde 1992, em liberdade, depois de dez anos de prisão
por eventos relacionados com homicídio e outras atividades da coluna veneziana
das BV”.
[7] Militante das BV com o
nome de guerra Nadia, participou no sequestro do general Dozier. “Na cadeia de
alta segurança de Paliano conhece o terrorista neofascista Sergio
Calore, arrependido e colaborador da justiça. Os dois iniciam um
relacionamento e casam-se em junho de 1989, em liberdade condicional. Depois de
cumprir a pena, constituiu família e foi viver para Tivoli com o marido, que
ela mesma descobriu sem vida, trágica e brutalmente assassinado por
desconhecidos, num terreno propriedade dele em Guidonia”.
[8] Aldo Moro irritou os russos,
irritou os americanos e poucos amigos tinha em Itália. Em 1980, o
Partido Comunista Italiano condena a invasão soviética do Afeganistão, Moscovo
despacha para Roma o seu cãozinho francês, Georges Marchais, para reeducar
Enrico Berlinguer. Com insucesso. Berlinguer, em 1970, apesar de os comunistas
estarem excomungados - por Pio XII - desde o final da Segunda Guerra Mundial, assinara
um acordo de colaboração institucional, o compromesso
storico, com a Democracia Cristã,
sustentado pela ala esquerda do partido, do secretário Benigno Zaccagnini e Aldo
Moro, enjeitado pela ala direita de Giulio Andreotti: “na minha opinião, o
compromisso histórico é o resultado de uma profunda confusão ideológica,
cultural, programática, histórica. E, na prática, seria a soma de dois males: o
clericalismo e o coletivismo comunista”. Do lado americano, bastava o som da
palavra comunista para os enfurecer. Em Washington, em 1974, Henry Kissinger
ameaçara Aldo Moro: “se não desistir dos seus planos políticos de trazer os
comunistas para o poder, você vai pagar caro por isso”. Os socialistas
italianos, Bettino Craxi e Riccardo Lombardi, roíam-se, viam no compromesso o anátema político supremo: uma
forma de os privar de poleiro. Em 16 de março de 1978, estava em marcha o
primeiro Governo do Ocidente Livre com comunistas. Aldo Moro sai de casa em
direção ao Parlamento, na Via Mario Fani o seu carro é emboscado, os cinco
polícias da escolta mortos, e ele é raptado pelas Brigadas Vermelhas a). Primeiro exigiram a libertação de 13 brigadistas,
sabendo que nisso seria impossível o Estado ceder, alteraram para melhorias nas
condições de prisão e a elite italiana fez tudo para que Aldo Moro não fosse
encontrado. Steve
Pieczenik, gestor de crises internacionais e negociador de reféns do
Departamento de Estado, disse que Aldo Moro foi “sacrificado” pela
“estabilidade” da Itália. As suas condições de trabalho: “encontrei-me numa
sala com vários generais e políticos b), tudo
pessoas que conheciam bem [Moro], e… bem, senti que nenhum deles gostava de
Moro ou apreciava-o como pessoa, incluindo Cossiga. Ficou claro que eu não
estava a falar com os seus aliados. (…). Depois de algum tempo apercebi-me que
o que acontecia na sala de reuniões era divulgado lá fora. Sabia disso porque
havia pessoas que – as BV inclusive – estavam a produzir declarações que só
podiam vir de dentro do nosso grupo. Portanto, decidi reduzir o número de
participantes, mas a fuga continuou a crescer, assim, no final, havia apenas
duas pessoas. Eu e o Cossiga. Mas a fuga não parou”. Francesco
Cossiga, ministro do Interior, presidia a Comissão de Crise que embrulhou
as buscas. Foi a Comissão que emitiu a 18 de abril uma falsa declaração das BV,
a Comunicação n.º 7, anunciando a morte de Moro e que o cadáver estaria
enterrado perto do lago Duchessa. O objetivo era amolecer a opinião púbica
italiana para que aceitasse a morte e avisar as Brigadas que o Estado não
negociaria e considerava Aldo Moro já morto. Nas últimas cartas, Moro acusava o
responsável pela sua morte: “Andreotti ficou indiferente, ferido, ausente,
fechado nos seus sonhos obscuros de glória”. Foi executado com uma Walther PPK 9 mm , e depois desta encravar,
uma Škorpion vz. 61 7.65 mm ,
por Mario Moretti a 9 de maio de 1978.
–
a) As Brigadas Vermelhas foram fundadas no
início de 1970 por Renato Curcio e Margherita “Mara” Cagol, estudantes da
universidade de Trento, e Alberto Franceschini, militante comunista de Reggio Emília.
Em 8 de setembro de 1974, Curcio e Franceschini são presos pelo general Carlo Alberto Dalla Chiesa,
depois de informações de “frei Mitra”, Silvano Girotto, um ex-monge, ex-legionário,
ex-guerrilheiro no Chile, infiltrado nas BV, ao serviço dos carabineiros do
general Dalla Chiesa. – Mara Cagol, casada com Curcio, foi abatida pela polícia.
No dia 4 de junho de 1975, o industrial do espumante Vittorio Vallarino Gancia é
raptado e escondido na fazenda Spiotta, na localidade de Arzello, no município
de Melazzo, nas colinas de Acqui Terme. Na manhã seguinte, quatro carabineiros
rondam a casa e batem à porta, no tiroteio várias balas travam o combate da
camarada Mara.
–
b) Na maioria membros da loja maçónica P2.
“Abreviatura de Propaganda 2, organizada pelo ativista Licio Gelli, com a finalidade
de infiltrar a classe dirigente para assegurar o controlo direto do poder
político. (…). As autoridades atribuíram à P2 responsabilidades em vários
atentados e ligações à máfia, o que serviu de justificação para ser dissolvida
em 10 de dezembro de 1981 como associação de malfeitores (‘associazione per
delinquere’), por uma lei do Parlamento italiano, apesar de se suspeitar que
tinha o apoio extra-oficial da CIA. (…). O programa da P2 foi parcialmente
adotado nos anos 90 pelo movimento político Forza Italia, cujo dirigente Silvio
Berlusconi teria sido membro da loja”, no livro “Ação direta”, John
Andrade.
[9] “Na noite de 16 de
setembro de 1982, o exército israelita permitiu a entrada de uma milícia da
extrema-direita libanesa em dois campos de refugiados palestinianos em Beirute. Na fúria de
três dias que se seguiu, a milícia, ligada ao partido Falange Cristã Maronita,
violou, matou e desmembrou pelo menos 800 civis, enquanto os sinalizadores
israelitas iluminavam as ruelas estreitas e escuras dos campos. Quase todos os
mortos foram mulheres, crianças e velhos”. O assassino Ariel
Sharon dizia para Morris Draper, enviado americano ao Médio Oriente: “bem,
nós vamos matá-los. Eles não vão ficar lá. Você não vai salvá-los. Você não vai
salvar estes grupos do terrorismo internacional”.
[10] Menahem
Begin, um terrorista com prémio Nobel da Paz em 1978. “Durante a Segunda
Guerra Mundial Begin estava sob custódia na União Soviética, antes que, com uma
sorte incrível, conseguisse chegar a Jerusalém. Lá tornou-se o líder do Irgun Zwai Leumi (Organização
para a Defesa do Povo) que recorria ao terror, tanto contra as autoridades
britânicas, como contra os habitantes árabes da Palestina. O Irgun também
combateu o exército israelita até Begin aceitar a suprema liderança de David
Ben Gurion”. “Em 22 de julho de 1946 o Irgun fez explodir uma bomba no hotel
King David, onde estava instalado o quartel-general da administração britânica
da Palestina, destruindo o edifício e causando 91 mortos. (…). Entretanto, o
Irgun continuou a insurreição contra as tropas inglesas. Em 9 de abril de 1948,
com a ajuda do Lehi [acrónimo de Lohamei Herut Israel = Combatentes para a
Liberdade de Israel], atacou e ocupou a aldeia árabe de Deir
Yassin, provocando um massacre que teve largas repercussões por todo o
Médio Oriente. Ao ser declarada a independência de Israel em 14 de maio
seguinte, rebentou a guerra entre o novo Estado e os seus vizinhos árabes, e
foi necessário utilizar todas as reservas disponíveis; assim, a maioria dos
operacionais do Irgun alistaram-se no exército israelita em 21 de setembro”, em
“Ação direta”, John Andrade.
[11] Yitzhak
Shamir um terrorista membro do Stern Gang que, sem surpresa alguma, foi
primeiro-ministro de Israel. “Em 1941, Shamir foi preso e encarcerado em Acre,
mas escapou um ano depois. Avraham Stern tinha sido morto uns meses antes e
Shamir ajudou a reorganizar o gang e tornou-se chefe de operações. Com ele
neste papel de liderança, o gang tentou assassinar Sir Harold MacMichael, o alto-comissário
britânico, em agosto de 1944. Três meses depois os seus membros assassinaram
lorde Moyne, o ministro residente britânico no Médio Oriente. Consta que Shamir
esteve envolvido em ambas operações, e de acordo com um colega desses tempos,
Israel Eldad, ele esteve diretamente implicado no assassinato, em setembro de
1948, do conde sueco, Folke Bernadotte, que era o mediador da ONU na guerra
israelo-árabe. O facto é que o Stern Gang nunca teve mais do que cerca de 100
membros, e como Shamir era uma figura chave, ele provavelmente teve uma mão em
todos os três atentados”.
[12] “Em junho de 2001,
parentes das vítimas do massacre de Sabra iniciaram procedimentos na Bélgica
para indiciar Sharon por crimes de guerra. Elie Hobeika, o líder da milícia falangista
que executou o massacre, foi assassinado em janeiro de 2002, alguns meses antes
ele tinha sido notificado para testemunhar contra Sharon no julgamento”.
[13] Falecido a 13 de junho
de 1984 em Lisboa.
Em Portugal , dava-se os primeiros passos na SIDA, tímidos,
com encolher de ombros, ainda era coisa de rotos. “O cantor agora falecido
nasceu no distrito de Viana do Castelo e veio para Lisboa após a conclusão da
instrução primária. (…). O corpo do cantor António Variações será transportado
ao fim da tarde de dia 14 para a basílica da Estrela, após autópsia no
Instituto de Medicina Legal. O funeral sairá dia 15, às 9 horas, daquela igreja
para o cemitério de Amares, Braga. Entretanto, as causas da morte de António
Rodrigues Ribeiro, mais conhecido por António Variações, continuam a ser alvo
de versões algo contraditórias. Na altura da morte, os médicos não tinham ainda
conseguido confirmar o diagnostico da doença que há alguns meses acometia o cantor,
falando-se de uma ‘doença desconhecida’. Uma informação recente sobre o seu
estado dava-o como tendo ‘as defesas imunitárias extremamente debilitadas’ (uma
das características conhecidas da SIDA), e frequências respiratórias anormais,
que atingiam as 70 por minuto”. – Já doente, António Variações, no
programa de Júlio Isidro “A festa continua”, dos domingos à tarde, 13 de
novembro 1983 / 29 de julho 1984. – Entrevista com a mãe, Deolinda de Jesus e um
dos 12 irmãos, Jaime
Ribeiro, no programa de Júlio Isidro “Sons do sol” (1992).
na sala de cinema
“Electric Dreams” (1984), real. Steve Barron,
estreia quinta-feira, 1 de agosto de 1985 nos cinemas Londres e Las Vegas sala
1. “Miles Harding (Lenny von Dohlen), um arquiteto que trabalha para uma grande
empresa de São Francisco, tendo problemas em chegar a horas ao trabalho, compra um
computador para organizar a sua agenda e ajudá-lo a desenhar o seu ‘tijolo
terramoto’, que manterá os edifícios de pé durante perturbações sísmicas.
Acabada de se mudar para o seu prédio, está a bonita violoncelista Madeline
Robistat (Virginia Madsen), por quem Miles é intensamente atraído. A fim de
facilitar o seu trabalho no tijolo, Miles decide ligar o seu computador ao
imensamente poderoso supercomputador da sua empresa, acidentalmente derrama
champanhe na placa-mãe, é surpreendido quando isso produz um computador senciente”.
Trivialidades:
“Edgar, o nome do computador, é muito provavelmente uma homenagem a Edgard Varèse,
que é amplamente reconhecido como o pai da música eletrónica”. “O filme estava
dedicado ao Univac One, que era um dos primeiros supercomputadores construído nos
anos 50, no tempo em que computadores eram apenas para negócios e Governo, e
eram do tamanho de vários frigoríficos”. A mente é lenta, a vida demasiado
rápida, são dois tempos diferentes, e nessa época dois mundos chocavam: a
mecânica e a eletrónica [1]. O filme reproduzia
uma nova realidade na realização audiovisual, o aumento do número de cortes na
composição de uma cena, prova esta diferença de tempos, o crítico Jorge Leitão
Ramos: “alguns colegas da crítica veem neste filme não sei que méritos. A verdade,
porém, é que Eletric Dreams tem uma primeira ideia gira e, depois, gasta-se em
sucessivos e agitados telediscos. Ora adeus…”. Steve Barron realizara inúmeros vídeoclips, tais como : Adam and the Ants “Antmusic” (1980) ♫ Heaven
17 "Penthouse and
Pavement" (1981) ♫ The Human League “Don't You Want Me?”
(1981) ♫ Joe Jackson "Steppin'
Out" (1982) ♫ Styx "Haven't We Been Here Before?”
(1983) ♫ A-ha “Take on Me" (1985). “Deadly
Friend” (1986), real. Wes Craven, estreia quinta-feira, 12 de
fevereiro de 1987 no cinema Império. “O génio adolescente e professor
universitário, Paul (Matthew Labyorteau) muda-se para um novo bairro com a sua
mãe e o seu senciente robot B.B. e logo conhece a vizinha do lado Samantha
(Kristy Swanson [2]) e o seu abusivo pai. As
coisas começam bem e os jovens passam um bom bocado, mas não demora muito antes
de uma série de tragédias acontecer: B.B. é destruído por uma vizinha idosa paranóica
depois de eles lhe terem pregado uma partida; Samantha é morta pelo seu pai
numa fúria de bêbedo; Paul decide trazer Samantha de volta à vida através do
transplante de cérebro, usando o chip de B.B. mas o transplante torna-a mais
robot que humana e as coisas descambam a partir daí”. Ilustres
cenas de Craven: o sonho
de Samantha / a morte
de Elvira. "Short Circuit" (1986), real. John Badham, estreia quinta-feira, 9 de
julho de 1987 nos cinemas Nimas, S. Jorge e Star. “A robótica NOVA demonstra
cinco robots experimentais para uso militar. Com lagartas móveis de tanques,
impressionante resposta tátil, I.A. limitada e uma arma laser muito perigosa, eles
são o topo de gama de máquinas de ponta. Durante uma tempestade, SAINT # 5 (acrónimo
de "Strategic Artificially Intelligent Nuclear Transport), é atingido por
um raio que frita os seus circuitos e causa um mau funcionamento crítico na sua
programação. Ele vagueia despercebido, dirige-se para os incautos habitantes de
uma cidade pequena, em particular uma moça indefesa e amiga dos animais chamada
Stephanie Speck (Ally Sheedy). É uma corrida contra o tempo para recapturar o
robot desobediente antes que o desastre aconteça, mas já é demasiado tarde.
Número 5 está a adaptar-se… aprendendo… e ignorando deliberadamente as ordens”.
Trivialidade: “Os
robots são muito semelhantes às máquinas de combate nas futuras cenas de
batalhas em ‘Terminator’, o que talvez não seja surpreendente, porque o Número
5 foi desenhado por Syd Mead, aclamado
artista conceptual / futurista, que também trabalhou em ‘Alien’ e ‘Blade Runner’”.
___________________
[1] “Arcade
Attack!” (1982), real. por Mike Wallington, meio documentário meio animação,
este é um azado filme sobre os jogos arcade
do final dos anos 70. Na verdade, o foco principal é sobre o mago dos flippers Geoff Harvey e Stephen
Highfield, o campeão de Space Invaders
e Defender. Ambos têm uma
adoração inflexível pela sua preferência que os levou a criar ódio, um pelo
outro. Highfield acha que não há habilidade envolvida, não inteligência contra
que lutar, nos flippers, enquanto que
Harvey acha que Space Invaders é apenas mais uma aborrecida razão para ficar
colado à caixa idiota e pensa que devia ser lançado no espaço para os homens da
lua jogarem”.
[2] “Este foi o
primeiro papel principal de Kristy Swanson como a homicida Samantha. Swanson
tinha apenas 16 anos. Nesse mesmo ano ela teve um pequeno papel [como Simone
Adamley] em O rei dos
gazeteiros”.
no aparelho de televisão
“Os jovens heróis de Shaolin / Ying Xiong Chu
Shao Nian ” (1981), série de 20 episódios
produzida em Hong Kong ,
transmitida ao início das tardes de sábado, estreada dia 17 de maio de 1986 na RTP1.
O último episódio será transmitido dia 4 de outubro. “Nos últimos anos da
opressiva dinastia Ching, surgiram vários grupos revoltosos constituídos por
chineses patriotas, dos quais se destacaram a Sky Union e a Hung School. Três
jovens – Hung Hay Koon (Shek Sau), Fong Say Yuk (Stephen Tung) e Wu Wai Kin (Michael
Miu) – unidos por uma preciosa placa de ouro, símbolo da autoridade da dinastia
Ming, ao serem perseguidos por camponeses da Manchúria, refugiaram-se no templo
de Shaolin e as suas vidas foram de luta, em condições adversas. Esta é a
história da juventude destes homens que foram os três mais famosos
especialistas de Kung Fu de Shaolin, a mais importante de todas as artes
marciais”. Episódio 1.“Strike Force” (1981-82), na RTP1, sextas-feiras
perto do fecho da emissão, 12 de novembro de 1982 / 11 de Fevereiro 1983, substitui
a série “A balada de Hill Street”. “A série é protagonizada por Robert Stack,
como o capitão Frank Murphy, o líder de um grupo de detetives especializados e
agentes da polícia cuja função é parar criminosos violentos a qualquer custo
(geralmente com uma saraivada de tiros). Misturando elementos da clássica série
de Stack de há 20 anos, Os
intocáveis, com doses de Missão: Impossível e Dirty Harry, a série
imediatamente provocou controvérsia sobre a sua violência – a dado momento foi
rotulada a mais violenta na história de TV americana [1]
– embora, a série tentasse entrepor grandes quantidades de humor nos seus
personagens regulares, e equilibrar a violência focando-se na vida privada dos
detetives. Por exemplo, o personagem de Stack é um recém divorciado que está amarrado
a uma casa que foi pintada de cor de rosa pela sua ex-mulher; a sargento Rosie
Johnson tornou-se polícia depois de o marido desaparecer no Vietname e gosta de
fazer piadas sobre o tamanho das suas mamas” [2]. “Os
cinco” (1978-79), sábados ao fim da manhã na RTP1, 22 de
janeiro / 16 de julho de 1983, o primeiro episódio foi “Five Go To Kirren Island”. As aventuras de Júlio,
David, Ana, Zé e o cão Tim, jovens parentes entre os 8 e 12 anos, como narradas
nos livros de Enid Blyton.
Todavia, por questões de direitos de autor, não foi transposto para TV o 1.º
livro, “Os cinco na ilha do tesouro” (1942): “escutem: desta vez o paizinho
quer que eu o acompanhe à Escócia, – explicou a mãe. – Vamos só nós os dois. E
como vocês já são bastante crescidos para cada qual tratar de si, pensámos que
gostariam de passar umas férias só os três, sem mim e sem o pai. O pior é que
ainda não sabemos para onde os havemos de mandar. – E de fossem para casa do
Alberto? – lembrou o pai de repente. O Alberto era seu irmão, tio dos pequenos.
(…). Concordo – disse a mãe dos pequenos. – Também têm uma filha, não é?
Deixem-me ver se me lembro do nome; Maria José, parece-me. Que idade terá ela?
Por volta de onze anos, penso eu. – Então é da minha idade! – notou o pequeno
David. – Que engraçado termos uma prima que nunca vimos. Deve sentir-se muito
sozinha por não ter irmãos! Eu tenho a Ana e o Júlio mas a nossa prima é filha
única. Com certeza que vai gostar de nos conhecer”. O local: “não me lembro
muito bem, – disse o pai. – Mas estou certo que é um lugar muito curioso.
Chama-se baía Kirren. A vossa tia Clara tem lá vivido toda a vida e nem por
nada sairia de lá”. – Os atores desta série
inglesa:
Michelle Gallagher, a Zé, suicidou-se aos 36 anos em Nova Iorque [3].
___________________
[1] Mário Castrim acusou-a
neste lado do Atlântico: “realmente, Strike Force – Força de Intervenção
(brrrrrr!, cheira a Ângelo Correia!) percorre toda a gama da violência
gratuita, como se quisesse esvaziar de um só trago o cálice do medo”. Ministro
da Administração Interna caceteiro no século XX, mecânico de opinião no século
XXI, o bom Ângelo
Correia: “a presente crise evidenciou, e com abundância, aquilo que se tem
vindo a diagnosticar, no âmbito da insuficiente preparação do pessoal político
dirigente para assegurar o comando institucional do Estado. A questão a colocar
é, então, como conseguir que tal não venha a suceder no futuro, sob pena de,
perante o permanente clima de crises que iremos atravessar nos próximos anos,
não dispormos de pessoas capazes e com a maturidade adequada para as enfrentar”.
E não se poderia cloná-lo? Uma fábrica de clonagem de Ângelos abasteceria o
mercado de políticos.
[2] As
tetas aumentam a popularidade de qualquer programa. “Top 5 jornalistas seios livre”.
“13
cenas de TV mais sexys topless: edição Showtime”. “The Boob Tube”,
lista dos melhores lugares onde caçar pele dos ídolos da TV. As tetas também
ferem o olho. Desde a escola, nos finais da década de 90, que Holly
Willoughby gosta de se enfarpelar, até que entrou pelo olho dentro de 139
ingleses. “A BBC pede desculpas após 139 pessoas queixarem-se do vestido
decotado inapropriado de Holly Willoughby no The Voice”; o porta-voz da BBC:
“lamentamos que alguns espetadores considerassem o vestido de Holly
inapropriado. Holly gosta de moda e encaramos que o vestido que ela usou na
final ao vivo de The Voice UK, era glamoroso e totalmente apropriado para a
ocasião. Não pensamos que iria contra as expetativas da audiência de um
espetáculo de TV como este”.
[3] “Famous 5: On the Case”
(2008), série de animação anglo-francesa, modernizada, mais educativa para as
crianças, mais amiga dos mercados, por isso a Zé escureceu a pele. Na
Inglaterra, ela é uma indiana, familiarizando as crianças com o seu meio
cultural, na América confunde-se com uma preta, facilitando a venda para TV.
na aparelhagem stereo
“Gajas
boas do metal”. “Rossz időket
érünk, / Rossz csillagok járnak. / Isten ója nagy csapástól / Mi magyar
hazánkat! // Királyasszony kertje / Kivirult hajnalra: / Fehér rózsa, piros
rózsa... / Szőke, leány, barna” Dalriada, folk metal
húngaro - Deus Google traduz - “Em tempos ruins, temos, / Estrelas dar errado.
/ Deus Oja grande golpe / Nós Hungria! // Jardim da sra. Rei / Floresceu na
madrugada: / Rosas brancas, rosas vermelhas… / A menina loura de castanho”. Angela Gossow, vocalista dos Arch Enemy. “Nasci
em Colónia, Alemanha, a 5 de novembro de 1974, no meio da noite. O que faz de
mim Escorpião com ascendente em Caranguejo ou, noutras palavras, uma
personalidade ambivalente que ama o extremo. Tive uma infância selvagem e
maravilhosa no campo com os meus três irmãos, até que decidi tornar-me uma
adolescente furiosa, trocando os meus vinis dos Queen por LPs dos Carcass, Morbid Angel e Cannibal Corpse. Tinha
cerca de 16 anos e consegui perturbar completamente os meus, outrora muito virados
para o cristianismo, pais. Entrei na minha primeira banda de death metal em 1991: Asmodina.
Pouco depois saí de casa (como que fugi, tinha 17 anos na altura). Num piscar
de olhos a minha infância transformou-se no inferno adolescente. Os meus pais
divorciaram-se. O seu negócio faliu. A nossa casa foi leiloada”. Os Asmodina
separaram-se em 1997 e Angela formou os Mistress. Em 2001
junta-se aos Arch Enemy ▬ “Lição vocal” ♫ “Under Black Flags We March”
(2012). ♠ Doris Yeh, viola baixo da banda taiwanesa Chthonic, onde tem a
alcunha de Thunder Tears: “eu acho que depois que entrei na banda, diferentes
aspetos da música começaram a aparecer, é por isso que o meu outro nome é
Thunder Tears. Acho que imprimi alguns sentimentos suaves mas profundamente enraivecidos
e dolorosos na música”. Doris começou a tocar piano aos 5 anos de idade e só
mais tarde, como autodidata, a viola baixo, entrando no grupo em 1999; no
cinema fez o papel de Xuan Xuan
no filme “Tears”
(2009); em 2012, publica o fotoalbum “Set
Fire to the Island” c/ o single homónimo dos
Chthonic ▬ apresentando o baixo Andromeda D ♫ “Defenders of Bú-Tik Palace” (2013) ♫ Sail into the Sunset's
(2013). ♠ Gazelle Amber Valentine, guitarrista e
vocalista dos Jucifer, duo de sludge metal de Athens, Georgia, com o marido
Edgar Livengood, baterista. “Por
alguma razão, quando começámos, mudávamos o nosso nome cada dois meses. Acho
que passámos por cerca de vinte nomes diferentes. Um dia, depois de andarmos
por aí um par de anos, Edgar estava a trabalhar lavando pratos num restaurante.
O rádio sintonizava o NPR e o painel discutia o O.J. Simpson, cujo julgamento
começara. Alguém disse algo do tipo, Se ele o fez, ele é o diabo. O Juice
[alcunha de Simpson] é Lúcifer. Essa frase nadou na mente de Edgar até que se
tornou Jucifer” ▬ Pontius of Palia” (2006).
♠ Katherine Katz. “Comecei a fazer vocais grito / gutural
quando tinha quinze anos. Era amiga de alguns miúdos que estavam numa banda
local de death metal e eles convidaram-me para o micro. O que era diversão
tornou-se num profundo interesse que eu queria perseguir e fi-lo desde então.
Por um breve período, não tinha uma banda com quem trabalhar. Desenvolvi a
minha voz por mim própria, gritando para as minhas bandas favoritas no meu
quarto, até que encontrei pessoas com quem cantar. Tenho a certeza que levei a
minha mãe à loucura. Durante os primeiros anos, a minha garganta ficou ferida,
ocasionalmente. Descobri que, se se cantar do estômago, não há muito impacto na
garganta”.
Vocalista nos Salome,
nos Agoraphobic Nosebleed
ou na faixa “Lost Cause”,
no CD “Terrifyer” (2004), dos Pig Destroyer. ♠ Maria Brink vocalista dos This Moment. “A minha mãe
era uma mãe muito jovem. Ela era uma marada do rock ‘n’ roll que adorava Sabbath e Queen e AC/DC. Ela costumava
levar-me a concertos quando era muito nova, tipo aos cinco anos. Então, ela era
uma verdadeira roqueira e levava-se a esses concertos e eu simplesmente
adorava. Eu acompanhava os músicos em palco e estava no meu sangue. Eu, definitivamente,
sou um tipo de pessoa profunda, apaixonada, artística, assim, sempre quis ser
uma cantora, era como eu sentia que podia expressar-me. Mudei-me do norte do
estado de Nova Iorque para a Califórnia há dez anos com o meu filho. Queria ir
para a cidade dos grandes sonhos para ser uma estrela de rock, todo esse cliché! Demorei algum tempo a encontrar uma banda,
isso de certeza. Eu soava fofinha ao telefone, soava como uma rapariguinha,
assim as pessoas não me levavam realmente a sério. Até o meu próprio
guitarrista, Chris, não me faria uma audição quando me encontrou pela primeira
vez porque eu era uma rapariga. No começo foi muito difícil mas eu não aceitava
um não como resposta. Acho que não importa quem você é ou o que está a tentar
fazer, você apenas tem que estar mesmo apaixonado por isso, ser muito
direcionado, e não deixar que quaisquer obstáculos ou opiniões das pessoas barrem
o seu caminho. Você tem que saber o que você quer e seguir em frente. Além disso,
tem que ser honesto consigo mesmo, e não ser o que as pessoas esperam que você
seja. Teria sido fácil para mim no mundo do metal
dizer Ok, então isto é o metal, toda
a gente é dura, então vou vestir jeans
apertadas, uma t-shirt sem mangas e
uma corrente de carteira, mas isso não é o que eu sou e nunca fiz isso. Estou
mais no lado feminino, gosto de usar vestidos, é o que eu sou” ▬ “Beautiful
Tragedy” (2007) ♫ “Blood”
(2012). ♠ Alexia Rodriguez, guitarrista, Anissa
Rodriguez, viola baixo, Lindsey Vogt, vocalista, fundaram a banda Eyes
Set To Kill em 2003. Alexia: “bem, na verdade,
a frase When eyes set to kill
é um verso de um poema que eu escrevi no liceu. Quando estávamos a tentar
descobrir um bom nome, a única coisa que não queríamos era chamar-nos algo
apenas porque pensávamos que soaria fixe. O poema é, basicamente, apenas sobre ter
os nossos olhos focados num objetivo e não desistir do sonho por nada nem
ninguém. Acho que nos representa bem, porque nós somos uma banda muito
diversificada e original e ainda temos muitos obstáculos para ultrapassar de
forma a chegar ao ponto que queremos como banda” ▬
The best dancers in the
world ♫ “Young Blood
Spills Tonight” (2008) ♫ “The World Outside” (2009);
Lindsey Vogt abandonou
o grupo. ♠ Cristina Scabbia vocalista da banda italiana
de metal gótico Lacuna Coil. “Bem, ele
é retirado de duas línguas, na verdade, Lacuna significa Vazio em italiano. Quando
formámos a banda, chamávamo-nos Ethereal, mas havia outra banda da Grécia que
já tinha esse nome. Uma vez que tivemos de mudar o nome da nossa banda,
pensámos que inventaríamos algo que ainda tivesse o mesmo significado de
Ethereal, mas sem hipótese de mais alguém ter o mesmo nome” ▬ “Our
Truth” (2006) ♫ “Spellbound”
(2009) ♫ “Trip The
Darkness” (2012). ♠ Ashley “Ellyllon”
Jurgemeyer pianista nas bandas de black metal sinfónico Abigail Williams e Cradle of Filth. “Entre compor, gravar, fazer tournées e orquestrar,
precisava de um teclado que pode literalmente fazer tudo, e finalmente
encontrei esse teclado em
Nord Stage 2. Como pianista clássica, a percussão das teclas
é crucial para mim, e apaixonei-me com a resposta do design do martelo de percussão que capta todas as expressivas
subtilezas das minhas performances”.
Ashley é pianista, teclista e compositora do supergupo Orbs ♠ Candance Kucsulain vocalista dos Walls of
Jericho. “Alguns
membros faziam parte de uma outra banda chamada Earth Mover de Detroit, que se
separou. Então, alguns deles começaram outra banda e procuravam uma cantora.
Portanto, eles escolheram um nome antes de eu entrar. Portanto, segundo conta a
história Mike, o guitarrista, tinha gostado do nome que veio de um álbum da
banda de heavy metal Helloween chamado Walls of Jericho. O nosso baixista, Aaron,
sabia que esse nome Walls of Jericho vinha de uma história na Bíblia, em que
este lugar estava fechado numa cidade onde criminosos estavam, então as trompetas
soaram e as pessoas acometeram e derrubaram as muralhas”. “Não somos nem anti
nem prócristãos. Pessoalmente, não gosto do nome, mas não tenho voz na matéria
porque cheguei depois de os outros se decidirem sobre este patronímico tirado
da Bíblia” ▬ “A Trigger Full of Promises”
(2006) ♫ “The American
Dream” (2008). ♠ Alissa
White-Gluz vocalista da banda canadiana de death metal The Agonist. “Nós
trocámos de nome para evitar confusões com outras bandas chamadas Tempest. Um agonista
é uma droga usada para induzir sensação nos pacientes, como o oposto de um
analgésico, e é também o nome do personagem dividido entre o bem e o mal, no
sentido literal” ▬ “…and Their Eulogies Sang Me
To Sleep” (2009) ♫ “Panophobia”
(2012). Alissa concorreu ao Canadian
Idol em 2006. “Foi
uma brincadeira que foi longe demais. Nós já tínhamos assinado um contrato com
a Century Media, e eu estava na escola, que era perto de onde eles estavam a
fazer as audições. O meu namorado foi tipo Vai fazê-lo, vai ser divertido, e eu
fui e fi-lo. Os produtores pareciam gostar de mim e filmaram um monte de
imagens de mim e ficavam metendo-me no programa. Chegou a um certo ponto onde
eles obrigam todos a assinar um contrato de exclusividade, e então disse-lhes
Não vou assinar merda nenhuma. Eu já tinha um contrato, mas eles queriam-me no
programa, eu disse-lhes que ficava se me isentassem do contrato. Assim, depois
de uma reunião de duas horas e meia, decidiram manter-me lá por um determinado
período, e então deixaram-me ir”. ♠ Lauren Harris nascida a 6 de julho de 1984,
filha do baixista dos Iron Maiden, Steve Harris. “Comecei a cantar
quando tinha 9 anos e adorava música na escola. Era tipo a única coisa que eu
realmente adorava fazer. Costumava ter aulas de canto na escola e, em seguida,
depois da escola, tinha aulas de canto fora da escola com, se quiser, uma
espécie de profissional. E costumava cantar em bares e coisas assim com um
amigo meu aos fins-de-semana. E então sucedeu, eu estar num bar, e também Russ
Ballard, um dos seus amigos perguntou-me se eu estaria interessada em cantar
numa demo. Claro, disse Sim, e fui a
casa dele e fiz a demo e tudo e
regressei e contei ao meu pai e ele foi tipo Qual é o seu nome? Eu disse Russ
Ballard, e ele foi tipo Ó meu Deus, sabes quem ele é? E eu não fazia ideia na
altura” ▬ “Steal Your Fire” (2008) ♠ Kira Leigh vocalista dos Shadows Lie. “A forma como
chegámos a Shadows Lie é bem interessante. Eu escrevi uma canção chamada
‘Shadows’ que está no nosso álbum de estreia ‘Echoes’. Na canção estava a frase
‘sometimes shadows lie’. Quando procurávamos nomes… aquela frase como que
surgiu na cabeça (de C.T. Tamura)” ▬ “Invited”. ♠ Angelina DelCarmen modelo
e vocalista dos Charetta. “Adoro
fazer modelo artístico. Adoro trabalhar com fotógrafos que têm ideias criativas
e sabem como realizá-las. Contudo, eu absolutamente não faço nus! Por favor, não
peçam” ▬ “Runs in the Blood” (2009)
♫ “Lights Out” (2011). ♠ Kimberly Goss vocalista dos Sinergy. “Então, a minha primeira
impressão de Oslo, entrei num bar e estávamos sentados, e cinco minutos depois
entrava Hellhammer e sentava-se à nossa mesa, em seguida, Maniac entra e Fenriz
estava lá, e eu fiquei tipo Ó meu Deus é isto normal? e tirava fotos. Eles
pediram o almoço, e parecia bizarro, porque eles comiam sandes abertas. Você
deve ver a forma como eles comem aqui, é terrível. Eles têm um pedaço de pão e
põem manteiga, e depois um pedaço de presunto e isso é a sandes deles: fatia de
pão, manteiga e uma fatia de presunto. E eu sou tipo Uhhh, desculpem-me? Onde
está a carne?” ▬ “Shadow Island”
(2002) ♠ Alana Potocnik teclista da
banda Winds of Plague. “Comecei
na música quando era jovem, embora começasse a tocar guitarra quando tinha 8
anos, fui convencida a ter lições de piano também. Fui adestrada no piano jazz primeiro e depois mudei para o
clássico” ▬ “Drop the Match” (2011) ♫
“Refined in the Fire”
(2011) ♠ Sanna Salou vocalista da banda grega
Dimlight. “Não
bebo álcool de todo. Sou muito do tipo pessoa saudável. Tento comer saudável,
fazer exercício, comer satisfatoriamente, dormir muito e não fumo nem fico
acordada até muito tarde, e esse tipo de coisas. Gosto do tipo de vida chato” ▬ “Absence of Light” (2009)
♫ “Dark Emotion”
(2009). ♠ Arven banda alemã
de metal melódico. Anastasia Schmidt:
“com todos os nomes de grupos que existem, é difícil encontrar qualquer coisa
de original. Mesmo que não seja novidade ter uma formação que utiliza um nome
inspirado num personagem de Tolkien. Nós achamos que Arven é o perfeito símbolo
para o nosso grupo, pois é uma elfo que doou a sua imortalidade por amor de um
homem mortal. Nós permanecemos cinco raparigas que sonham e temos sentimentos
como todas as mulheres. É importante para nós exprimir os nossos sentimentos
através da nossa música, e de escolher o nosso caminho de vida. Arven
representa tudo isso enquanto caráter forte, donde o nosso nome” ▬ “Ruined Castle” (2009) ♫ “Till Death Do Us Apart”
(2011) ♫ “On Flaming
Wings” (2011). ♠ Daria
Stravrovich i.e. “Nookie” vocalista do grupo russo de new metal
SLoT.
A sua alcunha: “se eu lhe disser que foi de uma canção dos Limp Bizkit,
acreditaria? Para mim, não foi só porque gostava da canção, foi por causa do
que esta palavra representa. Porque é que tem que haver tanta culpa com o sexo?
Porque é que fazer sexo tem que significar que você tem alguma expetativa de
algo mais como compromisso ou casamento ou qualquer coisa? Reagimos dessa forma
a um abraço ou a um beijo ou a um aperto de mão? Eles não são pessoais, também?
Penso que não é necessário ter tanto stress porque você quer divertir-se um
pouco com alguém. Nookie é uma maneira divertida de dizer o que todos nós sabemos
o que isso realmente significa, e é o que eu penso acerca disso: deve ser
apenas divertido e sem consequências sérias ou minhocas na cabeça depois”. “O
nosso cantor, Cache, e o guitarrista, I.D., juntaram-se depois de um concerto
em 2001 ou 2002. Eu entrei no grupo em 2006. Eles disseram que deviam fazer
algo parecido ao que tinham acabado de ouvir, mas fazê-lo melhor e diferente.
Juntaram outro par de amigos e encontraram uma cantora. Então, tinham três
guitarristas, uma cantora e um baterista. Cache abandonou a viola em palco e
tem sido a voz masculina desde o princípio, mas ainda escreve muitas canções
com o resto da banda, musicalmente. A banda teve duas canções escolhidas para
um filme russo de sucesso chamado Boomer antes mesmo de decidirem um nome para
a banda. Tiveram literalmente um dia para escolher o nome, então votaram e
decidiram no SLoT” ▬ “2 Voiny” (2006) ♫ “Angel O. K.” (2009) ♠ Kaisa Jouhki vocalista dos Battlelore,
nascida a 7 de Julho de 1980 em Sumatra, hobbies: música, filmes,
ler, caminhar, tricotar; bebida favorita: água, chá, leite, cerveja; cor
favorita: verde ▬ “House of Heros” (2006) ♫
“Third Immortal”
(2008) ♠ Veronica
Freeman vocalista dos Benedictum. “Já me perguntaram
isso antes, não sei sobre modelo, mas mentor é fixe. Eu diria uma coisa,
persigam o vosso sonho e permaneçam fiéis ao que funciona para vocês e, em
segundo lugar, arranjem um bom advogado! Este negócio é desagradável, para
dizer o mínimo, e eu tinha um bom conselho a acontecer mas não teve seguimento
por causa de um monte de coisas que me estão a chatear agora!” ▬ “Dark Heart” (2011). ♠ Nadja Puelen ex-viola baixo nos Coal Chamber, baixo e vocalista
no duo Vera Mesmer. “Trabalhar
com o Chris tem sido verdadeiramente uma transformação para mim. Aprendi e
ainda estou a aprender muito com ele na composição e gravação / produção. Ele
foi-me pressionando musicalmente e fazendo-me explorar território desconhecido,
tal como cantar. Temos esta ligação musical estranha em palco e é muito fácil
trabalharmos juntos como temos o mesmo gosto, ideias e pensamentos. Este tipo
de parceria não aparece muitas vezes, visto que tenho procurado por ela há
cerca de oito anos. Ele trouxe-me de volta dos mortos, sem trocadilhos, visto
ser o nome do nosso primeiro single e
vídeo”. ♠ Mya Mortensen vocalista
da banda croata Omega Lithium. “Tenho
ouvido metal a maior parte da minha
vida. Na verdade, começou com os meus pais, quando eu era muito nova, e eles
ouviam música rock o tempo todo.
Assim, comecei com o rock e depois
passando para bandas mais de metal.
Mas as bandas que fizeram Omega Lithium aquilo que somos hoje são, sobretudo,
Rammstein, Nine Inch Nails, Type O Negative, Ministry, Laibach e Pendulum” ▬ “Andromeda” (2007). ♠ Nina Vetterli-Treml vocalista da banda suíça
69 Chambers. “Para
ser honesta, não fui para Los Angeles para ser descoberta ou perseguindo algum
sonho, simplesmente queria experimentar algo de novo e diferente. Estava meio
farta com o estilo de vida suíço, onde as pessoas têm tanto a perder, que não
estão dispostas a arriscar nada ou a libertarem-se por um momento. Muitos
jovens americanos, especialmente em
L. A., têm uma atitude perante a vida diferente, podem
parecer superficiais, mas são realmente abertos, prestáveis e simplesmente mais
relaxados” ▬ “The Day of
the Locust” (2009) ♠ Runhild Gammelsæter doutorada em fisiologia
celular, vocalista dos Thorr’s
Hammer e dos Khlyst.
“Quando
saí dos Estados Unidos e os Thorr’s Hammer se dispersaram, estudei durante dez
anos em diferentes universidades para me doutorar. Os Khlyst apareceram em
2006, mas o James [Plotkin] e eu estávamos a trabalhar nisso há um ano ou mais,
antes do lançamento. Eu trabalhei minimamente a música enquanto estudava, gastando
todo o meu tempo com livros e no laboratório. Toquei um pouco de guitarra em
casa, cantei Nirvana e Gram Parsons, o que talvez me preparou para o meu disco a solo lançado no
ano passado”. ♠ O futuro do metal
grita-se nos programas televisivos de talentos Aaralyn O’Neil ▬
“Zombie Skin” ou Rachel Aspe, a nova vocalista dos Eths. “Não, aprendi
sozinha. Para a anedota: a minha avó pensa que canto metal porque quando eu era bebé, ela gostava de fazer ruídos
estranhos. Mas não penso que seja hereditário. Trabalhei seis anos para ter
esta voz e continuo a aprender” ▬ “Emma O”.
Gajos
do metal português nos anos 80:
Vasco da Gama, “foi fundado em 1982, a
formação consistia em
Carlos Jorge Miguel , guitarra, Tó Andrade, baixo, Gil Marujo,
bateria e Luís Sanches, voz. O primeiro e único álbum foi gravado entre junho e
julho de 1983, produzido por Carlos Jorge e Tó Andrade. A banda abriu para os
britânicos Diamond Head e Spider a 11 de maio de 1984 no pavilhão Os Belenenses” ▬ “Avé rei do mal” (1983) ♫
“Varinaice” (1983) ♫ “Vasco da Gama” (1983). Braindead, “foi formada em Almada em dezembro de 1987,
João Nobre, guitarrista e Michael Stewart, vocalista. Algumas semanas mais
tarde junta-se ao grupo o baterista Marco Franco. Só em abril de 1988 eles
encontraram um baixista, Miguel Fonseca. Ainda em abril, gravaram a sua
primeira demo, intitulada ‘The Final
Judgement’, que incluía quatro faixas: ‘Trapped In Solitude (intro)’,
‘Warriors of Pain’, ‘Mortal Malignance’ e
‘Bloody Nightmare’. Em 9 de junho de 1988, tocaram o seu primeiro concerto na
Escola Secundaria de Cacilhas, Almada, e o segundo no 1.º de julho no
Fogueteiro, na ‘festa da amizade’” ▬ “Cry Alone” (1992) ♫ “Never Did, Never Will”
(1992). Casablanca, “na verdade, os Casablanca
existiam desde 1982 mas como o nome Valium. Com a
substituição do baterista original, Rui Pereira, por Rui Dâmaso (ex-Trains in a
Station), e a nova filosofia de banda, eles decidiram no final de 1988 mudar o
nome para Casablanca. O grupo entrou em estúdio em outubro de 1988 e reescreveu
duas faixas dos Valium: ‘Perfeição’ e ‘Tanto’, estes serão o
cartão de visita para os Casablanca, um som numa veia mais comercial, Hard FM.
O primeiro concerto teve lugar a 11 de junho de 1989 na Amadora” ▬ “Lá
te vejo” (1990) ♫ “O
encanto” (1990). Dinosaur, “banda de Sta.
Iria de Azóia, Loures. Começou com Tó, voz, e Courela, guitarra, em setembro de
1989. Logo depois Cordeiro junta-se como baterista, contudo ele teve algumas
dificuldades em acompanhar a banda e foi substituído pelo Orlando. Mas o
Orlando sai logo porque estava envolvido com outra banda, o Paulo entra. Para o
lugar de baixo entra Rolando. Na segunda guitarra junta-se Rui mas devido a
divergências pessoais foi convidado a sair. Para substitui-lo vem Mika. Em
março de 1990, os Dinosaur tocam pela primeira vez em Sta. Iria de Azóia.
Pouco depois o Paulo sai e entra o Diko. Pouco tempo depois do seu segundo
concerto numa escola de Sacavém os Dinosaur separam-se devido a problemas com a
sala de ensaio”
▬ junho, 1991, no programa Clip Clube da RTP2, “Noise On Peace / Warfare”
♫ “Life Is For The Living”.