Pratinho de Couratos

A espantosa vida quotidiana no Portugal moderno!

segunda-feira, abril 30, 2018


Os portugueses, nos últimos dias, têm vivido com alguma ansiedade as incertezas da situação política e do seu próprio futuro (tl;dr)

Não há cultura sem dinheiro, quanto mais dinheiro, mais cultura há, por isso, nos povos áridos, desertos de Artifício e Literatura, nos povos com gajos que apenas escrevem cenas, o filão mignon, os mastros intelectuais, bacharelam-se nas escolas de futebol. O sistema pivotante (ou axial lusíada) é, sem sombra (ou sol) de dúvida, o filho de Dona Dolores, sintetizador desta praia, na interlocução com o jogador do Atlético de Madrid, Koke. Este chutou-lhe: “Maricón!” Cristiano Ronaldo num rasgo de génio bicicletou: “Maricón, sí, pero lleno de pasta, cabrón!” (20/11/2016). O árbitro Vítor Correia (falecido em 2006) já anunciado esta Idade de Oiro: “Ó meu amigo, eu desde que vi um porco a andar de bicicleta no circo, já não me admiro de nada neste país.” [1]
O esférico no campo dos novos agentes de produção artística: Bruno de Carvalho: «És um labrego, trolha e aldrabão! Já não te consigo aturar! Vai mandar no G15 e aproveita e vai... Idiota, aldrabão... Adoras ser o Presidente do benfica b... Agora faz mais um comunicado...» As afirmações de Bruno de Carvalho surgem depois de um comunicado do SC Braga em que os minhotos abordam o pagamento de uma dívida por parte do Sporting relativa à transferência de Rodrigo Battaglia. Os ‘guerreiros’ afirmam que o valor transferido não é o correto.” (27/03/2018). António Salvador, presidente do Braga: “E eu até vou citar uma coisa que, dum escritor, um romancista irlandês, que em 1925 ganhou o prémio Nobel da Paz ehh da Literatura, Bernard Shaw, ele dizia: Nunca lutes com um porco, porque, em primeiro lugar, ficas sujo e, em segundo, o porco gosta que lutes com ele.” (31/03/2018). Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting: “Por mais que Salvador cite George Bernard Shaw, porque lhe disseram que lhe dava um ar polido e culto, a ele o que se aplica mesmo muito bem, é o provérbio popular: Quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré.” (01/04/2018).
De todo o plantel, Bruno de Carvalho é aquele que tem melhor balneário: “Mas qual timing? Eu não tenho timing, ele são 4 da manhã e não durmo com olho aberto, graças a Deus, quando durmo, estão os três fechados, mas muitas vezes são 4 da manhã ‘tou a trabalhar, 5 da manhã, 6 da manhã, estou a trabalhar.” (05/02/2018). Bruno de Carvalho: “Não comprem mais jornais, não vejam televisão portuguesa sem ser a Sporting TV, e os comentadores abandonem de imediato aquela vergonha de cartilheiros e paineleiros.” (17/02/2018). Infelizmente, os comentadores vendem o leão ao tostão e esfarrapam desculpas para não cumprir as ordens do seu líder, o dinheiro é mais pesado que a camisola. Rui Pina (TVI): “Sou eu que decido os programas em que participo ou não ahhhh e eu não sou, não sou funcionário do clube, percebo, em função do clube, isso é outra coisa, é outro patamar, não sou funcionário do clube. Eu só passo recibos verdes. A minha consciência é a minha liberdade.” Manuel Fernandes (SIC): “Vai ser unicamente uma decisão minha. Eu, naturalmente que vou ouvir o presidente do Sporting. Vou ver as razões dele:” Augusto Inácio (RTP): “Que isto seja claro, não sou comentador do Sporting. Eu sou um comentador desportivo, sou um comentador independente, sou um comentador livre.” [2] 
1984. Dezembro. Quarta-feira, 5, “culminando duas semanas de conversações entre o PS e o PSD, o gabinete do primeiro-ministro anunciou para esta noite uma comunicação de Mário Soares ao país, a qual será transmitida às 20h30 pela televisão. O mesmo gabinete recusou comentar o conteúdo desta comunicação, decidida despois de no último fim de semana o socialista Almeida Santos e o social-democrata Rui Machete terem elaborado um documento síntese das exigências apresentadas pelos dois partidos, o qual, segundo declarações dos dois negociadores, seria «positivo». Alguns aspetos daquele documento ofereceriam no entanto, segundo afirmou Machete, aspeto «duvidoso» pelo que a sua aprovação ficaria dependente de um encontro entre Mário Soares e Mota Pinto, previsto para hoje após o regresso do vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa de uma reunião da NATO, que decorreu em Bruxelas. A marcação da comunicação ao país de Mário Soares foi, contudo, feita antes da chegada a Lisboa do presidente do PSD e do encontro deste com o líder do PS. (…) esta antecipação deve-se ao facto de Mário Soares dar o acordo com o PSD como facto assente, independentemente do encontro que terá com Mota Pinto. Neste sentido, aponta-se para um discurso «moderado e estabilizador» de Mário Soares, antecipando a continuidade da coligação e eventualmente referindo algumas das medidas acordadas com o PSD e a implementar no próximo ano.”   
Quarta-feira, 5, RTP 1, 20h30, Mário Soares: “Os portugueses, nos últimos dias, têm vivido com alguma ansiedade as incertezas da situação política e do seu próprio futuro. Como primeiro-ministro, estou aqui para dar resposta à opinião pública, indo ao encontro das questões imediatas mas também de algumas preocupações de fundo. É esse o meu dever de principal responsável pelo governo. Por força das circunstâncias, tenho sido obrigado a falar muito de crise. Importa, agora, conseguida uma certa recuperação financeira externa, introduzir um fator ponderado de confiança. Os portugueses têm de saber que as dificuldades de Portugal não são insuperáveis: têm solução. Se houver estabilidade política, paz social e se puder contar-se com a vontade e a capacidade de trabalho do maior número. A atuação do governo é aí importante mas não pode considerar-se suficiente. Num sistema aberto, pluralista e participado, o impulso decisivo de renovação tem de vir dos cidadãos e dos múltiplos organismos e associações em que se inserem. É na vontade no bom senso dos portugueses que deve residir a principal razão de esperança. A crise portuguesa tem causas nacionais próprias, que vêm de longe. Mas tem, também, uma dimensão internacional, que não pode ser subestimada. Portugal viveu cinco séculos fora das suas fronteiras naturais e, em grande parte, de riquezas alheias. Terminado o ciclo imperial, terá agora de se habituar a viver dos seus próprios recursos, materiais e humanos. E só deles. É uma transformação abissal, que deve ser compreendida por todos. Depois, com a liberdade, veio a explosão reivindicativa, como se tudo fosse possível imediatamente, e vierem as chamadas «conquistas revolucionárias», algumas delas inspiradas por uma falsa mitologia, que o povo rejeitou nas urnas. A economia desregulou-se. Perdeu a aparência de racionalidade que meio século de ditadura artificialmente lhe conferira e que a crise internacional, alterando a partir de 1973 os pressupostos em que assentava, em qualquer caso lhe retiraria.
O mundo hoje está em profundíssima e acelerada transformação. Não são só os sucessivos choques do petróleo, os aumentos do dólar e das taxas de juros, que afetam as sociedades mais desenvolvidas e obrigam a dramáticas reconversões industriais. É a dívida externa dos países menos desenvolvidos, com os juros a crescer todos os anos em progressão explosiva. O desemprego aumenta, e conta-se por milhões, mesmo nos países mais ricos. A inflação chega a atingir taxas de 4000 % ao ano e mais. Os próprios valores se alteram, bem como as conceções ou referências ideológicas. O Estado, providencia e as sociedades de consumo, baseadas na crença de um progresso ilimitado, são mitos que pertencem ao passado. É cada vez mais difícil encontrar recursos suficientes, que cheguem para pagar as exigências, sempre crescentes, da segurança social, da saúde pública, do ensino, das novas realidades ecológicas. Por outro lado, o fosso entre países ricos e países pobres alarga-se todos os anos. Sob os nossos olhos, a batalha das novas tecnologias, que se prossegue no espaço, a revolução da informática, as novas técnicas audiovisuais, modificam os dados da realidade e continuam a ficar definitivamente à margem dos países que não saibam inserir-se nessa dinâmica de transformação. Tudo isto se repercute em Portugal, que não é mais um país isolado do resto do mundo. Insere-se num determinado espaço económico e geopolítico de que não pode fazer abstração. Pelo contrário, deve saber tirar vantagem da sua posição estratégica, do prestígio internacional que readquiriu com o 25 de Abril e dos trunfos que ainda lhe confere uma experiência histórica riquíssima de contactos com povos de diferentes raças, culturas e regiões. (…). Em relação aos países europeus mais avançados somos um país com atrasos sérios, que urge remover. Mas não somos um país do Terceiro Mundo nem sequer, em termos mundiais, um país pobre. As dificuldades por que estamos a passar, embora não sejam simples, são superáveis. Umas, são conjunturais e têm sobretudo a ver com condicionalismos externos de que podemos defender-nos mas não, em absoluto, evitar. Outras, estruturais, residem em vícios, erros e atrasos, que vêm de longe, e que nos obrigam agora a reformas no sentido da modernização, que não podem ser adiadas. Com o 25 de Abril criou-se a ilusão de que era possível, imediatamente, redistribuir melhor a riqueza, sem afetar a produção, e melhorar as condições de vida dos portugueses, sem criar riqueza. Não era. (…). Mas as classes com menor poder reivindicativo, os reformados, os menos apetrechados profissionalmente, que vivem ao redor das grandes cidades em condições infra-humanas, foram e são os mais sacrificados. Por outro lado, a fatura da demagogia, do eleitoralismo e da inconsciência, quanto aos gastos públicos improdutivos e as benesses distribuídas, é muito grande e estamos, principalmente agora, a pagá-la.  
Sabemos hoje que para os portugueses terem um horizonte de esperança havemos de ser capazes de aumentar a produção, de fomentar a todos os níveis a criação de riqueza. Para isso, importa racionalizar melhor os nossos recursos, disciplinar o trabalho, modernizar o aparelho produtivo, atrair investimento. Não podemos também perder – temo-lo dito – a batalha das novas tecnologias. Temos de saber investir na massa cinzenta dos nossos cientistas. De nos empenhar a fundo na formação técnico-profissional. Urge criar melhores condições às universidades, estimular a investigação científica, dotar os laboratórios e centros de pesquisa, em coordenação estreita com as empresas, públicas e privadas, e com as necessidades das regiões. Só com o trabalho, com persistência (o que implica tempo) e com estabilidade – num clima de liberdade, de concertação social e de tolerância cívica – podemos criar as condições de base indispensáveis a um futuro melhor para todos. Não há outro caminho.”   
Terça-feira, 11, “Mário Soares e Mota Pinto assinam esta tarde, na presença das delegações socialista e social-democrata que conduziram uma longa maratona de negociações, o texto das cláusulas de desenvolvimento do acordo político parlamentar e de governo entre PS e PSD. Finalmente! Depois de um ror de avanços e recuos, jogadas subterrâneas destinadas a amedrontar o parceiro, PS e PSD optaram pelo inevitável: a assinatura de um acordo que remete para o verão do próximo ano o enterro de um cadáver chamado Bloco Central. (…). Finalmente, ontem, a classe política dirigente do PSD sentiu que não podia esticar mais a corda: o PS começava a dar provas de saturação, mostrava-se disposto a responsabilizar o PSD perante o país do mal que viesse a acontecer. Mota Pinto que da parte da manhã ainda mostrava relutância em assinar um acordo que não lhe dava suficiente espaço de manobra na questão das presidenciais e amarrava o PSD a calendários e posições de princípio quanto ao perfil do candidato social-democrata, decidia à tarde, dar luz verde à assinatura do acordo. (…). Resolvida a questão das presidenciais, ficava de fora um dos sonhos acalentados pelo PSD durante a maratona de negociações: levar o PS a aceitar uma revisão antecipada da Constituição. Sonho que alguns dirigentes do PSD defenderam até à última. Foi, o caso de Ângelo Correia que, ontem, na reunião da Comissão Permanente, dos sociais-democratas, tudo fez para que a sua linha de pensamento predominasse: temos que aproveitar a ocasião para obrigar o PS a antecipar a revisão da Constituição, terá afirmado. Cientes de que «não se podia exagerar», os pares de Ângelo Correia optaram pelo realismo em detrimento do sonho. Contrariamente a Ângelo Correia, eles não estão inclinados para a rutura.”     
Quarta-feira, 5, “a PJ confirmou hoje à ANOP a detenção, em Lisboa, na passada segunda-feira, de quatro espanhóis acusados de pertencerem ao grupo Edelweiss, que se dedicava à prostituição infantil [3]. Os cidadãos espanhóis, detidos na avenida Visconde Valmor, irão ser ouvidos pelo Tribunal da Relação de Lisboa com vista à sua extradição, pedida entretanto pelas autoridades policiais espanholas. De acordo com relatos da imprensa espanhola, nomeadamente os jornais Ya e Diário 16, de Madrid, os quatro detidos pertenciam ao grupo de extrema-direita Edelweiss, que escondia uma rede de prostituição infantil masculina. Os jornais indicam que entre os detidos figura o chefe do grupo, Eduardo González Arenas, de 38 anos, mais conhecido por Eddie, e Carlos de los Ríos, Rafael Javier Bueno e Antonio Gutiérrez. As investigações da imprensa espanhola conseguiram apurar que as atividades do grupo, centrado na zona madrilena de Retiro, era alegadamente dedicada ao montanhismo, mas escondiam uma rede de prostituição. De acordo com o El País, alguns pais denunciaram casos de prostituição dos seus filhos, transferidos a pontos tão distantes como Vigo, ilhas Canárias e Marrocos. Por outro lado, segundo declararam fontes próximas da investigação, na última residência de González Arenas foram encontrados ficheiros com dados relativos a crianças e suas famílias.” [4]     
Quinta-feira, 6, “dois reféns do avião das linhas aéreas do Kuwait desviado para Teerão foram hoje mortos pelos piratas do ar quando tentavam escapar do aparelho, anunciaram funcionários iranianos. Um outro refém de nacionalidade paquistanesa conseguiu fugir sem aparentemente ter sido molestado, acrescentaram. Os cinco piratas do ar, que possuem 98 reféns a bordo do Airbus desviado segunda-feira à noite quando efetuava um voo entre o Kuwait e a cidade paquistanesa de Carachi, com escala no Dubai, mataram anteriormente outro refém, aparentemente um diplomata norte-americano. Este último incidente sangrento no interior do avião ocorreu depois de uma delegação do Kuwait, dirigida por um funcionário superior dos Negócios Estrangeiros, ter iniciado negociações com os cinco piratas do ar às primeiras horas de hoje. A chegada da delegação do Kuwait seguiu-se a uma exigência feita pelos piratas do ar para um encontro com o primeiro-ministro e príncipe herdeiro daquele país, xeque Al-Abdullah Al-Sabah. Os piratas do ar ameaçaram explodir o aparelho ou principiar a executar passageiros britânicos e norte-americanos se não forem libertados das prisões do Kuwait 14 presos condenados por atentados bombistas. Com as duas vítimas de hoje eleva-se a três os reféns mortos pelos cinco piratas do ar. Estes ameaçam ainda matar mais dois reféns, um cidadão do Kuwait e um diplomata norte-americano. Testemunhas ouviram a possível vítima do Kuwait a gritar dentro do avião «eu sou muçulmano, eu sou muçulmano». Os três mortos são um norte-americano abatido terça-feira e dois cidadãos de Kuwait mortos, hoje, aparentemente durante uma luta a bordo em que um paquistanês aproveitou para escapar. Os piratas permitiram que os dois corpos fossem fotografados através das portas do avião. «Não me deixaram entrar a bordo. Só vi as cabeças e os corpos dos mortos», disse um fotógrafo não identificado à rádio de Teerão. «Vi dois piratas do ar. Um tinha um revólver na mão e o outro uma granada. Falavam árabe e inglês», acrescentou.”        
Domingo, 9,“ao fim de seis dias, terminou o sequestro do avião das linhas aéreas do Kuwait, que se iniciou no Dubai e terminou na noite de domingo no aeroporto de Teerão. A entrada de um grupo de agentes das forças de segurança iranianas, disfarçados de trabalhadores da limpeza, às 20h30 TMG, permitiu que os quatro assaltantes do avião fossem dominados e libertados os nove reféns que ainda se encontravam no interior do aparelho. De acordo com a informação oficial iraniana, os últimos nove reféns que permaneciam a bordo do avião, entre os quais o comandante, de nacionalidade britânica, saíram ilesos da operação de salvamento. Pouco antes do início da operação, os sequestradores tinham libertado sete tripulantes, e tudo parecia indicar que nessa ocasião os sequestradores iriam levar a cabo as suas ameaças. Os piratas do ar mataram os diplomatas norte-americanos, Charles Hegna e William Stanford, funcionários da Agência para o Desenvolvimento Internacional [5]. Os dois cidadãos do Kuwait, que os assaltantes diziam ter assassinado, encontravam-se afinal no último grupo de reféns libertados. A meio da tarde de domingo, os sequestradores, após uma longa conversa com as autoridades iranianas da torre de controlo, leram o seu testamento e cortaram a comunicação, recusando, ao mesmo tempo, quaisquer alimentos. Na altura, disseram que estavam a iniciar as suas últimas orações e que iriam fazer explodir o aparelho, uma vez que o governo do Kuwait tinha recusado as suas exigências. Uma hora depois, mudaram de ideias e principiam as comunicações com a torre de controlo para pedir comida e explicar que tinham acabado de colocar explosivos em várias partes do aparelho. Nessa altura, libertaram sete auxiliares de voo, o que deu a entender que estavam dispostos a cumprir as suas ameaças. Depois nada mais se soube, a não ser que o sequestro tinha terminado e que os assaltantes estavam detidos, enquanto os últimos nove reféns se encontravam sãos e salvos. Segundo as autoridades iranianas, os assaltantes tinham solicitado a presença de trabalhadores da limpeza. Agentes de segurança iraniana, que estavam preparados, entraram disfarçados às 20h15 TMG e lograram dominar os assaltantes «tomando as medidas necessárias para reagir à oposição armada dos assaltantes», segundo a agência iraniana IRNA. Segundo outras informações, foram escutados alguns tiros e, ao que parece, um dos assaltantes ficou ferido no decorrer da operação de salvamento. Ao conhecer-se o desfecho do episódio, o governo do Kuwait difundiu um comunicado onde agradece ao Irão a ação levada a cabo.” [6]       
Sexta-feira, 7, “as grandes opções do plano para 1985 preveem um crescimento de 3 % e uma inflação de 22 %. (…). O défice da balança de transações correntes subirá para menos de 1055 milhões de dólares e a formação bruta do capital fixo crescerá em volume 3 %, propõe o documento governamental. Para atingir aqueles resultados, o governo considera três condicionantes: a balança de pagamentos, o setor público alargado e os salários reais, «que em 1985 não se considera desejável continuem a descer». O governo afirma também que em 1985 serão tomadas medidas de disciplina financeira durante a execução orçamental. Sobre a evolução da economia em 1984, o governo afirma que «o ritmo da queda da procura interna deverá ter-se cifrado em cerca de 7,4 % em termos reais». «A componente da procura interna que mais reflete este comportamento é a formação do capital fixo (investimento), cuja taxa de evolução deverá andar próxima de menos de 20 %». O documento acrescenta que o consumo privado deverá ter uma taxa de evolução próxima ou ligeiramente inferior a menos 3 %. «Esta previsão traduz fundamentalmente a quebra do poder de compra dos trabalhadores por conta de outrem». O texto refere também que «o índice de preços ao consumidor deverá atingir a média anual de 30 %». «A produção agrícola deverá ter uma evolução positiva real por via das condições climatéricas», acrescenta. Quanto à produção industrial, o texto diz que esta «indica uma quebra de 4 a 5 % aquém do valor atingido em 1983». Nas relações externas, o executivo afirma que se verificou uma redução do défice da balança de transações correntes, a diminuição das importações e o aumento das exportações «com uma taxa anual de 12 a 13 %». As remessas dos emigrantes têm evoluído a uma taxa negativa da ordem dos 5 %, dada a subida do dólar em relação às restantes moedas, em particular as europeias, refere o documento. O documento governamental diz ainda que o Produto Interno Bruto diminuiu em 1984 em volume 2 %.”       
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[1] Como Vítor Correia, também a sra. Peel viu tudo. No episódio 16, da 5.ª temporada, chamado “Who’s Who???”, da série “The Avengers” (Os vingadores). Emma: “Agora, já vi tudo.” (O agente Hooper fora morto e colocado, de chapéu de coco e guarda-chuva, sentado numa pilha alta de caixotes, com umas longas andas, vestidas com umas longas calças), Steed: “O Hooper.”, Emma: “O quê?”, Steed: “O Hooper. É um dos nossos melhores agentes, um tipo muito reto.”, Emma: “Muito.”, Steed: “Bom, vamos ver mais de perto.”, Emma: “Deve ter sido morto com isto (mostra a pistola). (Cheira o botão de rosa que estava enfiado no cano). É uma Gloria Carmesim, ganhou o primeiro prémio, na exposição de flores de Chelsea.”, Steed: “É também o nome de código do Hooper: uma rosa. Ideia do major B. Detesta a ideia de os nossos rapazes serem um monte de espiões, prefere um ramo de agentes.”
[2] Os comentadores acagaçaram-se, trocaram o clube por uns patacos, mas a massa associativa, felizmente, ruge de corpo, alma e espírito leoninos. “Um discurso inflamado de vitória de Bruno de Carvalho, pedindo um boicote aos jornais e às televisões portuguesas, levou alguns sócios do Sporting a saírem da assembleia geral deste sábado [17/02/2018] e agredirem jornalistas que estavam junto ao Pavilhão João Rocha. Os sócios saltaram as grades que serviam de vedação para insultarem e pontapearem os repórteres e as câmaras. Valeu a intervenção da PSP, que fez um cordão para proteger os profissionais da comunicação social, evitando que o incidente atingisse maiores proporções. Os jornalistas foram escoltados até aos carros.” em Correio da Manhã, 18/02/2018.
[3] “Eduardo González Arenas, Carlos de los Ríos, Rafael Javier Bueno Huertas e Antonio Gutiérrez Rodríguez são os quatro dirigentes do grupo Edelweiss detidos em Lisboa, e sobre os quais foi solicitada a extradição pelas autoridades espanholas. Um inexplicável descuido das autoridades portuguesas e espanholas proporcionou à revista Interviú parte da documentação do grupo Edelweiss. Os serviços prisionais portugueses investigam em que circunstâncias os detidos puderam contactar o exterior e, em particular, enviar uma declaração escrita de González Arenas. Os pedidos de visitas feitos através dos canais competentes foram recusados pelas autoridades portuguesas, alegando existência de convenções internacionais que protegem indivíduos em prisão preventiva, a suspeita de suborno de algum funcionário motivou a abertura de um processo disciplinar. O dono da Pensão Ouriço, em Lisboa, onde estavam hospedados os três companheiros de González Arenas, no momento da sua detenção na capital portuguesa, a 4 de dezembro, confirmou que foi no dia 18, pela noite, quando apareceram os indivíduos, «aparentemente um espanhol e um português», que afirmaram que tinham sido encarregados pelos três espanhóis para recuperar a bagagem que tinham deixado no quarto. Francisco Rodrigues, satisfeito por alguém se oferecer para pagar a conta – «de 19 467$50 escudos (19 500 pesetas)» – não ofereceu qualquer resistência a entregar «duas malas, tamanho pequeno, uma maleta e dois ou três sacos com roupa e alguns objetos que tinham ficado no quarto», sem sequer ter o cuidado de pedir a identificação dos visitantes, segundo a versão dos factos. Tinham passado duas semanas desde a detenção, e a polícia que prendeu González Arenas à porta da Pensão Ouriço, e posteriormente interrogou o seu proprietário, «não subiu ao quarto» nem pediu que fosse entregue a bagagem (a). A existência da bagagem era conhecida do consulado de Espanha em Lisboa, uma vez que o chanceler que visitou González Arenas e Carlos de los Ríos nos calabouços da Zona Prisional anexa à Polícia Judiciária disse a esta correspondente [Nicole Guardiola] que o primeiro lhe deu a direção da pensão onde estava instalado para que fosse recolher os objetos pessoais que ficaram no quarto. O funcionário diplomático recusou satisfazer este pedido alegando que o caso pertencia à jurisdição da polícia portuguesa.”
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(a) Ou outra versão: “González Arenas e três dos seus lugar-tenentes - Carlos de los Ríos, Rafael Bueno e Antonio Gutiérrez foram detidos a 4 de dezembro de 1984 quando jantavam num restaurante na avenida Visconde de Valbom, em Lisboa.”
[4] «O líder do Edelweiss, condenado a 168 anos de prisão por 28 crimes de corrupção de menores». Esta parangona do El País de 23 de outubro de 1991 apoiava-se numa foto de Eduardo González Arenas, mais conhecido por Eddie, um homem de 44 anos, sério, cabisbaixo, com fato azul e camisa branca de colarinho duro. O juiz acabava de mandá-lo para a prisão por uma larga temporada, depois de considerar provado que ele, junto com os seus lugar-tenentes Carlos de los Ríos, Ignacio de Miguel, e mais outros sete homens, tinham organizado um grupo de montanhismo com o intuito de abusar sexualmente de rapazes entre os 11 e 14 anos. A organização chamava-se Edelweiss, que é o nome de uma flor que cresce no alto das montanhas. Até então, sob pretexto de fomentar o desporto e o contacto com a natureza, levaram as crianças com autorização dos pais. Ninguém suspeitou que desde a primavera de 1983 até ao mês de novembro de 1984 esses rapazes foram obrigados a manter relações homossexuais. Muitos chegaram a ser sodomizados. Todos guardaram o segredo. Só assim poderiam ser escolhidos por Eddie para alcançar o planeta Delhais e livrar-se do cataclismo nuclear que, com toda a certeza, destruiria a Terra em 1992. (…).
Eddie era na verdade o príncipe Alain, enviado por forças extraterrestres para levá-los para o Planeta dos Rapazes, um lugar para além das estrelas, onde só os eleitos poderiam entrar. Só eles eram chamados a conhecer o verdadeiro sentido da liberdade, do amor e da justiça. Havia também outro segredo. Revelou-o Eddie e todos acreditaram: «A mulher é uma imperfeição, um símbolo do mal, aí tendes o exemplo de Eva». (…). Às vezes, a Edelweiss procurava o alibi da igreja ou da ecologia. O primeiro lugar que a organização usou para reunir os seus jovens montanhistas pertencia à paróquia do Sagrado Corazón, na Plaza del Perú. Depois mudou-se para um quiosque situado perto do Palácio de Cristal del Retiro, a que todos se referiam como La Cabaña. Desde o início dos anos 70 até ao dia de novembro de 1984, quando a polícia desmantelou a Edelweiss e prendeu os seus dirigentes, todos os grupos de montanhismo organizados por Eduardo González Arenas se apoiaram em três das suas obsessões: homens, planetas e fardas (b). (…). A sentença que condenou Eddie a 168 anos de cadeia coloca ênfase especial na sigla A.P., um dos códigos secretos que usavam os membros da organização: «Os réus tinham ensinado aos menores que, perante a presença de estranhos, falariam com termos que não pudessem decifrar o seu verdadeiro significado, assim, quando falavam em jogar xadrez, referiam-se a manter todo o tipo de contactos homossexuais; se falavam do seu A.P., queriam referir-se à sua Amizade Particular, uma relação semelhante àquela conhecida como noivado. (…). O julgamento realizou-se no mês de setembro de 1991. (…). Meninos que tinham estado em tratamento psiquiátrico durante anos para esquecer o pesadelo, viram-se obrigados, de uma forma brutal, a relatar cada gota da sua experiência. (…). Nenhum, no entanto, recusou a ocasião para contar o seu violento despertar para as relações sexuais: «Coitos anais com ejaculação, tentativas de coitos anais, ejaculação entre as pernas, masturbações reciprocas, caricias em zonas erógenas, beijos…».”    
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(b) «Matei-o e ponto final». Juan Martín García, Juanito, de 20 anos, contou ontem [28/06/1999] com precisão como assassinou o líder da seita Edelweiss, Eduardo González Arenas, alcunhado Eddie, de 51 anos, a 1 de setembro de 1998 na esplanada de uma gelataria da zona turística de Santa Eulalia del Riu, na ilha de Ibiza. «Lentamente cortei-o. Fiz-lhe um golpe no pescoço», confessou o acusado diante de um júri, na secção do julgamento que começou ontem na Audiência de Palma de Maiorca. Oito horas após o crime, García foi detido. O procurador pede 17 anos de cadeia pelo assassinato, enquanto a defesa reclama absolvição porque alega que cometeu o homicídio afetado por transtornos mentais – esquizofrenia – e atitudes antissociais. A vítima, Eddie, vivia com a mãe em Ibiza – onde geria um bar – desde 1996. Estava em liberdade condicional, depois de ter sido condenado em 1991 a uma pena de 168 anos de cadeia, como autor de 28 crimes de abuso de menores, num escândalo que teve grande ressonância pública. Fez amizade com um gangue de jovens relacionado com o assassino confesso. Um ano antes do crime, García apresentou uma queixa contra González por supostos abusos sexuais de menores a quem oferecia dinheiro e roupas de marca.”
“O jovem de Ibiza confessou o crime imediatamente depois de ser detido num bar na cidade velha de Santa Eulalia. Em estado de grande excitação, ofereceu-se para acompanhar os polícias ao lugar onde tinha atirado a faca, o canal de um rio seco da cidade. Juan M. G. era muito conhecido em Ibiza pelas suas atividade criminosas «de pouca monta», segundo a polícia, e as suas incursões no mundo da prostituição masculina. Durante algum tempo viveu em Can Capellà, na casa do padre de Santa Eulalia, que dava abrigo a rapazes com problemas de drogas e adaptação social. «Era um jovem encantador e muito educado, conhecia o Eddie porque frequentava o bar Sa Gabiá (A Jaula)», explicou o presidente da Câmara de Santa Eulalia, Vicente Guasch.”
“O Tribunal Superior de Justiça das ilhas Baleares condenou ontem [08/07/1999] Juan Martín García a 17 anos de cadeia pelo assassinato de Eduardo González Arenas, Eddie, líder de la seita Edelweiss, depois de um júri o considerar culpado. A sentença estabelece também que o acusado deve indemnizar a mãe da vítima com 20 milhões de pesetas.”
[5] “Um juiz federal condenou ontem [22/01/2002] o Irão a pagar 42 milhões de dólares à família do funcionário da Agência para o Desenvolvimento Internacional (AID) executado por militantes do Hezbollah durante o sequestro de um avião das Kuwait Airways em 1984. Foi o mais recente de uma série de vereditos contra o governo iraniano relacionados com o seu apoio ao terrorismo. O juiz distrital Henry H. Kennedy Jr. concedeu à família de Charles Hegna, um auditor da AID, danos decorrentes do desvio do voo 221 das Kuwait Airways, a 4 de dezembro de 1984. (…). Os terroristas forçaram o avião a aterrar em Teerão. Organizaram uma busca aos passaportes dos passageiros e, quando concluíram que Hegna, 50 anos, era americano, arrancaram o residente de Sterling, Virginia, do seu assento. Foi ameaçado, agredido e baleado no estômago. Foi então empurrado da porta do avião, caindo no asfalto.”
[6] “Mustafa Badreddine, um convencido fabricante de bombas libanês, e um dos arquitetos do terrorismo islâmico, foi enterrado sexta-feira [13/05/2016]. Ele era o principal comandante militar do Hezbollah e, junto com o seu cunhado Imad Mughniyah, que morreu em 2008, planeou uma das mais longas ofensivas de violência – atentados à bomba, raptos, assassinatos e desvios de aviões – no Médio Oriente. Badreddine, que tinha 55 anos, foi morto numa misteriosa explosão na Síria, onde ele comandava pelo menos seis mil combatentes do Hezbollah que estão apoiando o presidente Bashar Assad. Há alguns meses, ele jurou: «Não regressei da Síria a menos que seja um mártir ou um portador da bandeira da vitória». Regressou num caixão. «Juntamente com Imad Mughniyah e alguns outros, Badreddine iniciou a era de terror moderno em que ainda vivemos», disse Ryan Crocker, antigo embaixador no Líbano. «Não poderia estar mais feliz que alguém matasse o filho da puta». Badreddine ganhou fama por desenvolver uma sofisticada técnica de uso de gás para aumentar o poder dos explosivos plásticos. Foi usada no atentado suicida de 1983 ao complexo dos U.S. Marines em Beirute, a maior perda de pessoal americano num único incidente desde Iwo Jima, em 1945. O seu nome não apareceu publicamente até dois meses depois, quando um camião carregado com 45 cilindros grandes de gás ligados a explosivos atravessou os portões da embaixada americana no Kuwait. O anexo da embaixada ruiu, ondas de choque partiram janelas e portas por vários quarteirões, incluindo as do Hotel Hilton do outro lado da rua. Contudo, o condutor bateu no prédio errado, falhando a chancelaria principal, e apenas um quarto dos cilindros explodiu. (…).
Nas próximas horas, outras cinco bombas explodiram na cidade de Kuwait, incluindo uma na embaixada francesa. O impacto soltou um grande lustre de cristal por cima da secretária do embaixador falhando a sua cabeça por centímetros. Bombistas suicidas também atingiram a torre de controlo do aeroporto do Kuwait, os alojamentos dos funcionários americanos da Raytheon, a maior refinaria de petróleo kwaitiana e a sua principal central elétrica. É atribuída a Badreddine a ideia de atacar múltiplos locais ao mesmo tempo – uma tática adotada pela Al Qaeda, o Estado Islâmico e outros. (…). Badreddine não se safou com os atentados do Kuwait. Ele e mais vinte foram capturados, e dezassete foram condenados. Um tribunal kuwaitiano condenou-o à morte, mas a sentença não foi executada, e ele provou ser tão perigoso na prisão como fora dela.  Badreddine, um xiita libanês, trabalhava de perto com Mughniyah, que era seu primo e também cunhado, (Mughniyah casou-se com Saada, irmã de Badreddine). Eles treinaram no princípio na Fatah, a ala de Yasser Arafat da Organização de Libertação da Palestina. Eles estavam entre os primeiros recrutas para um novo movimento xiita promovido pela Guarda Revolucionária do Irão, depois da invasão israelita do Líbano em 1982. Após a condenação de Badreddine, Mughniyah lançou uma série de ataques para pressionar o Kuwait a libertá-lo. Eles incluíram pelo menos três sequestros de voos comerciais. A captura do voo 221 das Kuwait Airways, que se arrastou durante seis dias em 1984. Dois passageiros, funcionários de Agência para o Desenvolvimento Internacional, foram baleados, os corpos atirados no asfalto em Teerão. Em 1985, o sequestro do voo 847 da TWA durou duas semanas. Robert Dean Stethem, um mergulhador dos Seabee da marinha dos EUA, foi baleado e o corpo atirado no asfalto em Beirute. E a provação do voo 422 das Kuwait Airways, em 1988, demorou dezasseis dias. Dois kuwaitianos foram baleados e os corpos deixados no asfalto em Lárnaca, Chipre. Em cada episódio, a exigência principal era a libertação dos Kuwait 17, como Badreddine e os seus companheiros presos ficaram conhecidos. Como essa tática falhou a libertação de Badreddine, a célula de Mughniyah começou a apanhar americanos nas ruas de Beirute, lançando uma onda de tragédias de reféns que continuou por sete anos. (…). No final, Badreddine foi libertado quando as tropas de Saddam Hussein invadiram o Kuwait, em 1990. Fosse intencional ou acidente, as prisões foram esvaziadas. Badreddine logo regressou a Beirute.”

na sala de cinema

Just Before Dawn” (1981), real. Jeff Lieberman, c/ George Kennedy, Mike Kellin, Chris Lemmon … sob o título local “Madrugada alucinante” estreado sexta-feira, 22 de outubro de 1982 no cinema Roma. Na semana seguinte, sexta-feira, 29 de outubro também em exibição no Cinestúdio na Amadora. “Dois homens, Ty (Mike Kellin) e Vachel (Charles Bartlett) estão a caçar na floresta e deparam-se com uma igreja abandonada que vão explorar. Depois de Ty bater com o camião numa árvore, Vachel é esfaqueado com um machete serrilhado, por um atacante soltando risadas, que então veste o chapéu e blusão de Vachel. Ty, vendo o assassino sair da igreja, foge sorrateiramente para a floresta. Entretanto, o guarda florestal Roy McLean (George Kennedy) está em casa, onde chega uma carrinha de cinco jovens adultos dirigindo-se para a propriedade rural que um deles herdara. Apesar da sua insistência para não se aventurarem na montanha, os cinco continuam. São eles: Warren (Gregg Henry), a sua namorada Constance (Deborah Benson), Jonathan (Chris Lemmon), e a sua namorada Megan (Jamie Rose) e Daniel, o irmão de Jonathan (Ralph Seymour)”. Factos: “Jeff Lieberman foi contratado para realizar um slasher religioso chamado «The Last Ritual», mas só aceitou se se tivesse a possibilidade de fazer alterações no argumento que, segundo o próprio diretor, não prestava. Lieberman já tinha comprovado seu talento com as duas longas-metragens anteriores, «Squirm» (1976) [sob o titulo local «A noite do terror rastejante» estreado sexta-feira, 14 de julho de 1978 no Apolo] e «Blue Sunshine» (1977), era visto naquele período como uma espécie de auteur do género, portanto, os produtores não pensaram duas vezes e deixaram o homem fazer as mudanças que bem entendesse desde que não fugisse das fórmulas do slasher movie, tão em voga naquela altura. Inspirado em «Deliverance» (1972), de John Boorman, [sob o título local «Fim de semana alucinante», estreado sexta-feira, 16 de março de 1973 no Roma], Lieberman criou um horror rural de primeira linha e cortou tudo relacionado a religião, não teria mais ritual algum na história, o título original não fazia mais sentido. «The Last Ritual» acabou tornando-se «Just Before Dawn».” “O realizador Jeff Lieberman disse que inúmeros estranhos apareceram no local de filmagem no dia em que a cena de Jamie Rose [1] nadando de tetas de fora foi filmada. Lieberman disse que a notícia desta filmagem, aparentemente, tinha sido divulgada entre os guardas florestais.” “Firefox” (1982), real. Clint Eastwood, c/ Clint Eastwood, Freddie Jones, David Huffman … estreado quinta-feira, 4 de novembro de 1982 no Império e no Politeama. “Uma conspiração conjunta anglo-americana é planeada para roubar um caça soviético altamente avançado (MiG-31, código da NATO, ‘Firefox’) que é capaz de atingir mach 6, é invisível aos radares e carrega armas controladas pelo pensamento. O antigo major da Força Aérea dos EUA, Mitchell Gant, veterano do Vietname e ex-prisioneiro de guerra, infiltra-se na União Soviética, ajudado pela sua capacidade de falar russo, (devido a ter tido mãe russa), e uma rede de dissidentes soviéticos, três dos quais são cientistas-chave a trabalhar no próprio caça. O seu objetivo é roubar o Firefox e levá-lo para território amigo para análise.” Factos: “As imagens do submarino Mother One quebrando a superfície são recicladas de «Ice Station Zebra» (1968), sob o título «Missão no Ártico» estreado quinta-feira, 15 de janeiro de 1970 no Condes e no Roma.” “A sequência do helicóptero perseguindo Gant é adaptada do Aérospatiale Gazelle usado na filmagem de «Blue Thunder» (1983), sob o título local «Operação Thor», estreado sexta-feira, 11 de novembro de 1983 no Imperio e Politeama.” “O plano original era usar um caça a jato sueco JA 37 Viggen como a aeronave soviética, mas o governo sueco recusou a autorização.” “A história é vagamente baseada num evento verdadeiro em que um piloto de caças soviético (Viktor Belenko) desertou para o Japão a 6 de setembro de 1976. Belenko estava colocado na base aérea de Chuguyevka, na província Krai do Litoral, URSS, de onde levou um MiG-25 para Hakodate no Japão – juntamente, ele trouxe o manual de piloto a partir do qual a Força Aérea dos EUA avaliou e testou a nave. A Força Aérea determinou que o MiG-25 era mais um intercetor que um caça-bombardeiro (que o F-15 Eagle era superior, mais tarde demonstrado pela Força Aérea Israelita que os usou no combate contra os MiGs sírios - também tinham o MiG-25 - sem perdas. Porém, o MiG-25 usado pelos sírios teria sido o modelo de «exportação» - as versões de aviões militares que a maioria das principais nações vendem são de desempenho inferior aos modelos domésticos). O MiG capturado foi mais tarde desmantelado pelos técnicos japoneses e devolvido à União Soviética.” “Uma nova técnica de efeitos especiais para a filmagem de sequências de voo, chamada fotografia reverse bluescreen, foi desenvolvida por John Dykstra para este filme. A Wikipédia afirma que o processo envolvia «revestir o modelo com tinta fosforescente e fotografando-o primeiro com iluminação intensa contra um fundo preto e depois com luz ultravioleta para criar os cache / contre-cache necessários para separar o modelo em primeiro plano da imagem de fundo. Isto permite fotografar o modelo preto brilhante voando num céu azul e neve branca reluzente; comparar isso com a técnica bluescreen tradicional usada em «O império contra ataca» (1980), estreado sexta, 19 de dezembro de 1980 no Condes, Império e Satélite.” “Imi Hageneralit” (1979), real. Joel Silberg, c/ Zachi Noy, o gordo de “Gelado de limão” … sob o título local “Minha mãe… a generala” estreado quinta-feira, 29 de outubro de 1981 no Castil. “Uma mãe vai à base do filho para o manter gordinho.”Me olvidé de vivir” (1980), real. Orlando Jiménez Leal, c/ Julio Iglesias, Isa Lorenz, Carol Lynley … sob o título local “Esqueci-me de viver” estreado sexta-feira, 4 de dezembro de 1981 no Odéon [2]. “Julio Iglesias, cantor mundialmente conhecido, termina em Paris a sua tournée pela Europa e, antes de começar a próxima pelos Estados Unidos, decide tirar uns dias de folga na pacata ilha Contadora, no Panamá. Aí conhece Claudia, uma estudante alemã de arqueologia, para quem o mundo do cantor é totalmente desconhecido.” [3]Long xiong hu di” (1972), real. Chia Wen Sun, c/ Chin-Ku Lu, Charlie Chin, Ingrid Yin-Yin Hu … sob o título local “Falcões em duelo” estreado quinta-feira, 2 de julho de 1981 no Politeama. “Os mais arrebatadores e vibrantes duelos entre chinos e japoneses! Um elenco de categoria.” “Okada, líder das forças invasoras japoneses, domina uma das províncias do norte da China. Aquele que não obedecer será executado. Ele também quer forçar a família Tang a vender-lhe as terras. Mas os Tang defendem-se, não se deixam intimidar por sequestro e assassinato, pelo contrário, o filho Kwan Fu assume a luta contra Okada.” “Licensed to Love and Kill” (1979), real. Lindsay Shonteff, c/ Gareth Hunt, Nick Tate, Fiona Curzon … sob o título “Agente n.º 1… o maior” estreado quinta-feira, 13 de novembro de 1980 no Politeama. “O agente secreto Charles Bind é chamado para investigar o desaparecimento lorde Dangerfield, um diplomata britânico. A pista conduz Bind à filha de Dangerfield, Charlota Muff-Dangerfield, chamada «Lotta Muff», a um ambíguo senador americano chamado Lucifer Orchid e ao correspondente a Bind nas forças do mal, o Ultra One.” “N.º 1 of the Secret Service” (1977), real. Lindsay Shonteff, c/ Nicky Henson, Richard Todd, Aimi MacDonald … sob o título local “N.º1 do serviço secreto” estreado terça-feira, 11 de maio de 1982 no cinema Águia [4] no Porto. “O excêntrico Arthur Loveday decide fazer a sua parte pela paz mundial mandando assassinar influentes financeiros. Com as agências de segurança normais impotentes para evitar as mortes, o governo de sua majestade envia o seu principal agente, Charles Bind, que tem licença para matar. Loveday concretiza as suas façanhas através de uma organização de mercenários chamada K.R.A.S.H. (Killing, Rape, Arson, Slaughter and Hit). Bind enfrenta-os com o seu par de pistolas modelo 66 Smith & Wesson calibre .357 Magnum, e uma metralhadora Browning M2 calibre .50 para ajuntamentos.”
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[1] Jamie Rose, 1,70 m, 50 kg, 86-56-91, olhos verdes, cabelo ruivo, nascida a 26 de novembro de 1959 em Nova Iorque. “O meu primeiro trabalho profissional foi em 1967. Saltei e abanei ao lado do Bugs Bunny num anúncio da Kool-Aid chamado «Kool-Aid A Go Go!» (sou o diabrete de cabelo encaracolado, minissaia e botas pequenas). Fiz mais alguns anúncios em criança: cachorros-quentes Armour, cereais Life, episódios das séries «Family Affair» e «Green Acres». Aos 19 anos tinha três anúncios nacionais no ar, interpretei um papel principal no filme de culto «Just Before Dawn», e fui selecionada para o elenco de «Falcon Crest» (no papel de Vickie Gioberti), um programa que estava destinado a tornar-se numa telenovela emblemática dos anos oitenta.”  
[2] “Me olvidé de vivir” é a versão castelhana da canção “J'ai oublié de vivre” (1977), de Johnny Hallyday; a versão alemã, “Und das nannte er Leben” (1978), esteve a cargo do cantor germano-sul-africano Howard Carpendale; a brasileira, “Me esqueci de viver” (1979), cantou-a José Augusto; e, como não podia deixar de ser, não se esqueceu Tony Carreira, no seu álbum de 2014, “Nos Fiançailles, France / Portugal”.
[3] O cantor romântico configura o mais violento atentado contra as mulheres, contra a mulieris dignitatem, contra a sua corporeidade, contra a sua liberdade e é a origem histórica de todo o assédio. A voz delicodoce, os gestos suaves, as palavras maviosas insinuantes de uma falsa felicidade grudada ao seu amor, para sempre pop-ups de coraçõezinhos flutuantes, abriram a buceta de Pandora: olhares, apalpões, beliscões, piropos, palmadas, beijos não consensuais, coitos, afortunadamente, denunciados na Era #MeToo (tradução literal em português: as cabras de Hollywood tiveram de abrir as pernas para subir na vida - suspiro - ai, ai, que peninha o mundo tem). As coristas / bailarinas de apoio do cantante espanhol são exemplo da opressão, humilhação, subjugação, predação que as mulheres suportam, obrigando-as a movimentos incómodos, dolorosos, contranaturos, estranhos ao corpo feminino; e com o cantante fígaro assediando: “Si tuviera 30 años ¡No puedo ni cantar!”, e insultando a mulher com ofensivo gesto benza-o Deus (Julio benze-se olhando para a bailarina). A pobre vítima deste rebaixamento em palco - que não se repetirá no pós-#MeToo - é a desditosa Carolina Gonzalez.
Carolina Gonzalez Betancourt. “Foi um passo de salsa, a mesma salsa que dançava com desenvoltura aos 11 anos nas festas do seu bairro, em Cali, que lhe outorgou o seu novo título: bailarina do cantor espanhol Julio Iglesias. Nervosa, mas sobretudo cansada, pois o seu trabalho como empregada de mesa na pizaria Archie’s em Miami deixava-a exausta, Carolina chegou há quatro anos a Atlantic City para se apresentar numa audição para o cobiçado posto. «Começou a toca ‘La gota fría’ e Julio disse-me que acompanhasse a coreógrafa. Era um passo fácil, de salsa, e imitei-o. Cinco minutos depois disse-me: ‘Bem-vinda, és a nova bailarina do grupo’. Eu não entendia nada, só via que todos sorriam para mim», conta Carolina.” “O seu início profissional está ligado ao mundo da passerelle, do qual confessa uma situação relacionada com os começos: «Com 18 anos, não tinha experiência nenhuma e participei num dos eventos mais prestigiosos do meu país, Colombiamoda. Estava muito nervosa! Ao começar a pisar a passarela, enredou-se o vestido… a passarela ficou interminável… finalmente, agi com naturalidade e ninguém me disse nada». Carolina define-se como uma pessoa muito dedicada à família e tremendamente apaixonada pelos seus pais, que deseja, a cada instante, ser feliz e realizar todos os seus projetos de vida junto dos seus. Esta jovem colombiana, que move as ancas ao ritmo de «Baila morena», «La gota fría» ou «El bacalao» em todos os espetáculos, começou a trabalhar com Julio Iglesias após realizar uma audição, na qual o espanhol mais internacionalizado ficou cativado pela sua dança, mistura de expressividade e fluidez, que é ao mesmo tempo exigência, disciplina e precisão de movimentos elegantes.”
As famosas coristas de Julio: Liliana Núñez (República Dominicana); Alina Korniiets (Ucrânia); Sílvia Morais (Brasil); Anastasia Makarova (Rússia); Larissa Villalba (Paraguai); Carolina Gonzalez (Colômbia); Alona Berry (Ucrânia); Wendy Moten (Estados Unidos); Jessica Oliveira (Venezuela); Patricia Motta... Em 1978, Julio contratou as trigémeas, Las Trillizas de Oro, María Emilia, María Eugenia e María Laura Fernández Rousse. Em 2018, elas falaram desses tempos. “María Eugenia: «Hoje, Julio Iglesias estaria de cana, porque, não só elas se aproximavam dele, ou ele se aproximava das raparigas, como lhes tocava. Hoje estaria em tribunal e dar-lhe-iam prisão perpétua». Dito isso, opinou: «Era muito carinhoso e afetuoso». «Dava beijos na boca a todas, estaria em prisão perpétua», sublinhou, enquanto María Laura acrescentou: «As fãs, doidas por ele, faziam bicha». Sem revelar nomes, Emilia contou: «Batiam à porta e perguntavam: ‘Acabaste? É a minha vez!’». (…). María Laura assegurou que umas «subiam por uma escada» e as outras «desciam por um elevador». «Saía uma do quarto e entrava outra, e não se cruzavam», detalhou. Quando lhes perguntaram se nalgum momento o sedutor Julio Iglesias tentou engodá-las, as três coincidiram em negar que algo assim tivesse alguma vez sucedido. «Nunca pôde, estávamos rodeadas da mamã e do papá, o nosso agente, não podia nem olhar para nós. Além disso, ele tinha 37 anos e nós, 18, não éramos fanáticas, o que ajuda a ser compincha. Ele tratava-nos como as suas meninas, mas meninas, como diz a palavra».”  
A cultura de impunidade era tal que, antes do #MeToo, numa só canção, “El bacalao (no programa “Susana Giménez” da TV argentina, em 2007), Julio dava-se ao luxo de menoscabar não uma mas duas mulheres, Jessica Oliveira e Liliana Núñez, um estado de coisas que hoje nos envergonha.
[4] “O Café Águia D’Ouro abriu as suas portas no primeiro mês de 1839, por lá passaram algumas figuras ilustres portuguesas como Camilo Castelo Branco e Antero de Quental [Camilo Castelo Branco no tempo em que morava no Porto, na Rua de S. Lázaro, ia quase todas as tardes para o antigo e afamado botequim da Águia d’Ouro jogar o dominó, quando não ia para o café das Hortas]. No teatro, com entrada lateral ao café, também passaram inúmeros artistas. Em 1908 esta velha casa, abre-se também ao cinema. A novidade era o Cronomegaphone, considerado «o mais moderno aperfeiçoamento do cinematógrafo falante», não sendo cinema sonoro, já que este só apareceu 20 anos mais tarde. Ainda em agosto de 1907, chegara a estrear o «Cynematographo Edison» sendo o espetáculo dividido em três partes e visto com um só bilhete, os preços para a altura eram bastante económicos; cadeiras 100 réis e galerias a 50 réis. Em 15 de setembro de 1930 viria a inaugurar-se o cinema sonoro com o filme «Jazz Singer» com Al Jolson [estreado na quarta-feira, 27 de fevereiro de 1929, no Odéon, como filme mudo, por não haver ainda aparelhagem sonora em Portugal] (a). O Águia seria então uma das melhores salas do Porto.” (b)
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(a) Sábado, 5 de abril de 1930. Royal Cine ∙ rua da Graça, 100 – Telefone N. 6791 ∙ Hoje – às 21,30 horas ∙ Estreia em Portugal do CINEMA SONORO, em aparelhos da Western Electric Co. os mais aperfeiçoados do mundo, com o sensacional filme da Metro Goldwyn Mayer. «Sombras Brancas» [«White Shadows in the South Seas» (1928), real. W.S. Van Dyke, Robert J. Flaherty, c/ Monte Blue, Raquel Torres, Robert Anderson] ∙ assombrosa interpretação de Raquel Torres e Monte Blue ∙ Completam o programa um DIÁRIO SONORO e algumas das mais célebres canções de George Washington, Odette Myrtill e The Revellers. ∙ Marcam-se e vendem-se bilhetes para os primeiros dias no ROYAL CINE e no ROCIO, 110. ∙ DIAS ÚTEIS – Matinées às 16 horas, soirée às 21,30 ∙ DOMINGOS – Matinées às 14 e 17,30 horas e soirée às 21 horas. 
(b) «Nessa época (primeiro quartel séc. XIX) iam as famílias do Porto ao teatro de mantilha pela cabeça, e nos dias de chuva não faziam reparo em as sacudir para a plateia, estendendo-as depois pelo camarote abaixo. Um alguidar de arroz, com um galo espetado no meio, acompanhava sempre o rancho, que se estabelecia comodamente à roda do petisco, conservando os ouvidos apurados para os chistes das comédias, e os olhos prontos para manifestar as impressões causadas pelas infelicidades do drama. Cada um descansava o seu corpo numas cadeirinhas de pinho, alugadas por 10 reis, à entrada, mas consta-me que se estava perfeitamente no teatro. Oh! Nos bons tempos tudo era mais forte! A ceia ia, porque se representavam 10 atos de cada vez. Quando a peça não os tinha, faziam-se dando espetáculo de tarde e à noite e muita gente ficava nos seus lugares para assistir a ambos, e até penso que havia algumas famílias que ficavam para o dia seguinte, indo já prevenidas com travesseiros. Este uso do ator não falar para a plateia, nem os espectadores para a cena, ainda não existia. O espectador quando se distraía, pedia ao artista que lhe repetisse o dito, e o homem, se não estava para isso, dizia-o com toda a franqueza, lembrando ao curioso que o fosse ouvir pra outra vez. Nos bons tempos, não era a moda que levava ao teatro: era o puro amor da arte! O sentimento da compaixão, que faz com que atualmente o público, às vezes esteja ouvindo com todo o sossego o artista enfermo, era proibido. Quando, diante dos nossos avós, alguém aparecia constipado em cena, um osso arremessado da quarta ordem, mandava logo esse alguém para a cama, isto é, lembrava-lhe o lugar dos enfermos». In O Tripeiro, Volume I, por Agostinho Albano em 1871.”

no aparelho de televisão

Malice Aforethought” (1979), c/ Hywel Bennett, Cheryl Campbell, Belinda Carroll … série inglesa, sob o título local “Premeditação maldosa”, transmitida na RTP 2, pelas 22h00, às segundas-feiras, de 29 de junho / 20 de julho de 1981. “O drama policial de época «Premeditação maliciosa» leva-nos à década de 1930, em que o doutor Bickleigh envenena a sua irritante esposa quando esta descobre que ele tem um caso, contudo, os eventos começam a ficar fora de controlo quando a sua conquista, Madeleine Cranmere, resolve casar-se com outra pessoa e Bickleigh decide limpar o sebo também ao marido dela.” [1]Kid Creole and the Coconuts - In the Jungle” (1982), real. David Liddiment, c/ August Darnell, Andy Hernandez, Adriana Kaegi, Cheryl Poirier, Taryn Hagey, Tony Wilson … programa musical inglês transmitido na rubrica “Aplauso”, da RTP 1, pelas 21h10, segunda-feira, 11 de fevereiro de 1985. Um espetáculo e entrevista do popular artista do Bronx August Darnell cujos ritmos espalharam os trópicos pelos anos oitenta. “Formado por August Darnell, Kid Creole era um extravagante grupo de cantores e artistas de palco, influenciado pelas bandas dos anos trinta e quarenta, tal como a Cab Calloway Orchestra. August incorporou várias influências na personagem de palco do grupo, incluindo disco, funk e estilos musicais latinos. August Darnell nasceu no Bronx, Nova Iorque, em 1950. A mãe veio da Carolina do Sul e o pai de Savannah, Georgia. O primeiro grupo de August chamava-se The In-Laws, com ele e o seu irmão Stony, formado em 1965. Quando a banda se separou, August enveredou pela carreira de professor de inglês. Em 1974, novamente com o irmão, formou os Dr. Buzzard's Original Savannah Band. O álbum foi um êxito e nomeado para um Grammy. Os Dr. Buzzard's lançaram quatro álbuns entre 1976 e 1984, a saber: «Dr. Buzzard's Original Savannah Band» (em 1976, apresentando «Sunshower»), «Meets King Pennett» (1978), «James Monroe Presents Dr. Buzzard's Original Savannah Band» (em 1979, incluindo «Call Me») e «Calling all Beatniks» (1984). August começou então uma série de produções com outros artistas, como Don Armando’s Second Avenue Rhumba Band e Gichy Dan’s Beachwood No.9. Ele decidiu adotar um novo nome artístico e intitulou-se Kid Creole, um nome vagamente baseado no filme de Elvis Presley, «King Creole». Indo mais longe na influência de Cab Calloway, August optou pelo visual zoot suit para embelezar a sua personagem de palco. Os Kid Creole and the Coconuts foram finalmente formados por August e Andy Hernandez (t.c.c. Coati Mundi – ex-Dr. Buzzard). (…). O coro, as Coconuts, era originalmente composto pela (esposa de August na época) Adriana ‘Addy’ Kaegi, Cheryl Poirier e Lori Eastside. A composição das Coconuts mudaria ao longo dos anos.” [2] Secret Army” (1977/1979), c/ Bernard Hepton, Angela Richards, Clifford Rose … série produzia pela estação de televisão inglesa BBC e pela belga BRT, sob o título local “O exército secreto”, transmitida na RTP 2, pelas 22h00, às quintas-feiras, de 15 de outubro de 1981 / 18 de fevereiro de 1982. “A série narra a história de um movimento de resistência belga fictício, durante a Segunda Guerra Mundial, dedicado a devolver aviadores aliados, geralmente abatidos pela Luftwaffe, ao Reino Unido. (…). Lisa Colbert (Jan Francis) dirige a Lifeline, uma organização de resistência sediada em Bruxelas, (vagamente baseada na réseau Comète), que ajuda tripulações aliadas evitarem a captura e regressar a Inglaterra via a neutral Suíça ou Espanha. Ela é ajudada por Albert Foiret (Bernard Hepton), proprietário do Café Candide, a amante dele, Monique Duchamps (Angela Richards) e a empregada de mesa Natalie Chantrens (Juliet Hammond-Hill). As suas operações são postas sob pressão quando um fervoroso nazi, o Sturmbannführer da Gestapo Ludwig Kessler (Clifford Rose) é designado para trabalhar com o major da Luftwaffe Erwin Brandt (Michael Culver) e fecha a rota de evasão.” [3]Doctor Simon Locke (1971/1975), c/ Sam Groom, Larry D. Mann, Len Birman … série canadiana, sob o título local “Polícia cirurgião”, transmitida na RTP 2, pelas 20h00, aos sábados, de 2 de janeiro / 27 de março de 1982. “A premissa original da série era simples: um médico jovem e espertalhaço lê um anúncio numa revista médica e aceita um emprego em Dixon Mills, uma pequena cidade de província habitada sobretudo por fazendeiros, como assistente de um médico velho, que percebe que o vasto território que a sua prática clínica deve cobrir está a ficar um pouco difícil de gerir. (Há referências de Dixon Mills ficar no Canadá, mas é pretendido ser uma típica cidade americana de província, talvez no norte de Nova Inglaterra ou no norte de Nova Iorque). O hospital mais próximo, Hargrove (ou Hearkness, muda de argumento para argumento), fica a tantos quilómetros que os doentes graves são normalmente levados pelo helicóptero da polícia. O jovem médico tem grandes ideias sobre trazer a moderna medicina a este cu de judas e imediatamente choca com o médico mais velho, que sabe que os doentes do campo estão habituados a um estilo velho médico de família, e não a um jovem finório com ideias radicais. A ideia seria explorar tanto os métodos novos do dr. Locke e os velhos do dr. Sellers (Jack Albertson) e ver se o novo, o velho, ou uma combinação dos dois será o melhor.” “Em 1972, Albertson abandonou a série, que foi rebatizada «Police Surgeon», na qual o dr. Locke regressou à cidade e trabalhava para a unidade de emergência da polícia, onde auxiliava a bófia na resolução de crimes que requerem pesquisa médica.” “Pedro e Paulina” (1982), c/ Florbela Queiroz, Armando Cortez, Pedro Cortez … série portuguesa, transmitida na RTP 1, pelas 22h00, aos sábados, de 31 de julho / 23 de outubro de 1982. «Pedro e Paulina» animou as noites de sábado da RTP 1, em 1982. Desde então, a série não voltou a ser vista nos nossos ecrãs. Lamentavelmente, a RTP já não a tem no seu arquivo, o que torna inviável uma reposição. «Pedro e Paulina» era o que se podia chamar de uma série familiar. Eram várias as relações de parentesco entre os integrantes do elenco: Manuela Maria, esposa de Armando Cortez, interpretava o papel de uma atriz, vizinha e amiga de Paulina. Paulo e Maria, os filhos de Pedro e Paulina, foram interpretados por filhos de atores da série: Pedro Cortez (filho do próprio Armando Cortez e de Manuela Maria) e Patrícia Poeira (filha de Leonor Poeira). Norberto de Sousa, marido de Florbela Queiroz, fazia o papel de seu irmão. Henrique Manuel Feist, no 7.º episódio, contracenou com o seu irmão, Nuno Luís Feist, e cantaram em dueto. Os dois rapazes tinham já feito a sua primeira aparição no programa «O Passeio dos Alegres», apresentado por Júlio Isidro. Manuela Paulino, a mãe de Henrique e Nuno, que fora locutora da RTP durante 11 anos, apareceu no 8.º episódio fazendo precisamente o papel de uma locutora de televisão. Norberto de Sousa cantou a música do genérico, da autoria de Carlos Paião. Este tema foi lançado em single.” [4]
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[1] Uma atriz capaz de instigar as mesmas paixões violentas. Cassie Laine, 1,57 m, 43 kg, 81-58-86, sapatos 37, olhos e cabelos castanhos, nascida a 23 de outubro de 1992, em Los Angeles, t.c.c. Cassie. “Cassie Laine é uma intrépida meia-leca abençoada com um corpo de arrasar. Não só as suas curvas estão nos lugares certos, assim como a sua mente porca, também. A fantasia principal desta beldade é fazer sexo numa roda-gigante da feira popular. Quem não gostaria de tornar isso realidade?” Sites: {The Nude} {Indexxx} {iafd} {Porn Teen Girl} {Coed Cherry} {Erotic Beauties} {Elite Babes} {Eros Berry} {Kindgirls} {Nude Gals} {FTV Girls} {VIP Area} {Reality Kings} {Babes} {PornHub} {Thumbzilla} {Web Young} {Nubiles} {Nubiles Films} {Define Babe} {Alba Gals} {ATK Galleries} {ATK Petites} {amkingdon} {Adult DVD Empire} {Bangbros} {WildonCam} {The Women of Holly Randall} {X-Art} {Twistys} {Naughty America} {pimpyporn} {Sex Art} {Karups} {Pmate Hunter} {XErotica} {Sexy and Funny}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23} {fotos24} {fotos25}. Obra cinematográfica: {“FTV Girls1”} ѽ {“FTV Girls2”} ѽ {“FTV Girls3”} ѽ {“FTV Girls4”} ѽ {“FTV Girls5”} ѽ {“FTV Girls6”} ѽ {“FTV Girls7”} ѽ {“FTV Girls8” + Chloe Lynn} ѽ {“New Friends At Play” + Chloe} ѽ {“Feet In The Air”} ѽ {“Waiting Just For You”} ѽ {Booty Text” + Lizz Tayler} ѽ {“My Love”} ѽ {“Pussy Preferred” + Riley Reid} ѽ {Hometown Amateurs”} ѽ {Hometown Amateurs”} ѽ {“Under Cover”} ѽ {“Getting Dressed” + Tiffany Fox} ѽ {“Girl Talk” + Lia Lor + Shyla Jennings} ѽ {“Again” + Shyla Jennings} ѽ {“In Her Groove” + Shyla Jennings} ѽ {“Girl Time” + Shyla Jennings ѽ {“Suprise Encounter Part 1” + Natasha Malkova} ѽ {“Suprise Encounter Part 2” + Natasha Malkova} ѽ {“Pussy Pleasure” + Sara Luvv} ѽ {“Penthouse Book Of Sex 4” + Elaina Raye} ѽ {“Pigtails”} ѽ {“Cassie Lane Masturbates on a Chair”} ѽ {“WildonCam”} ѽ {“Cheer Squadovers Episode 3” + Chloe Lynn + Syren De Mer} ѽ {“MILFs Loving The Pussy” + Tanya Tate + Zoey Holloway} ѽ {“Secret Life Of A Lesbian” + Aidra Fox} ѽ {“Best Friends #2” + Cali Hayes} ѽ {“My Mom Stole My Girlfriend Vol. 2” + Candy Manson} ѽ {“Comfort Of A Friend” + Lola Foxx} ѽ {“Tasting You” + Bella Bends} ѽ {“Little Mutt Cassie Laine and Alaina Fox Part 1”} ѽ {“Little Mutt Cassie Laine and Alaina Fox Part 2”} ѽ {“Sweet Rimming” + Odette Delacroix} ѽ {“Cassie Gets Her Way” + Odette Delacroix} ѽ {First Time Lesbians” + Mercedes Lynn + Alena Smile} ѽ {“A Porn Star Threesome” + Mercedes Lynn + Holly Michaels} ѽ {“Skinny Girl” + Sara Luvv} ѽ {“Ravishing Gaze”} ѽ {“Digital Desire Presents Cassie Laine”} ѽ {“Digital Desire Presents Cassie Laine”} ѽ {“V-Twin Magazine”} ѽ {“Soft And Sexy” + Brett Rossi + Elisa} ѽ {“Bang Me Forever” + Kiera Winters} ѽ {“Pair Of Pussy” + Alyssa Reece} ѽ {“Too Cute”} ѽ {“Making A Splash” + Marica Hase} ѽ {“ATK Premium - With a Toy”} ѽ {“ATK Premium - Watersports”} ѽ {“Awakening the Senses”} ѽ {“Pink Dynasty”} ѽ {“Boudoir Bunny”} ѽ {“Two Goddesses” + Teal Conrad}.
[2] Os Kid Creole tiveram uma participação inesquecível com “My Male Curiosity” no filme “Against All Odds” real. Taylor Hackford c/ Rachel Ward, Jeff Bridges, James Woods … sob o título local “Vidas em jogo” estreado a 28 de junho de 1984 no cinema São Jorge sala 1. E o melhor filme musical para TV de sempre “There's Something Wrong in Paradise” (1984), real. David Liddiment, c/ August Darnell (Kid Creole / Argyle Kneft), Karen Black (Gina Gina), Oscar James (President Nignat), Peter Straker (Major Po-Paul), Pauline Black (Mimi), Andy Hernandez (Coati Mundi), Adriana Kaegi, Cheryl Poirier, Taryn Hagey (The Coconuts), The Three Degrees (The Jim Jam Trio / Black Coconuts), Philip Bliss, Vivienne McKone, Paul Medford (The Teenagers), Tommy Eytle, Alfred Fagon, Joseph Iles (The Judges), Ruddy L. Davis (Lorry Driver), Donald Eccles (Duke), Barbara Yu-Ling (Madame Oo), Count Prince Miller (Announcer), Bryan Strachan (Veronica), Abraham Browne, Tyrone Huggins, Jim Lakeson, Stan Finni (The Guards).
[3] Duas mulheres de armas tiveram azar, não casaram com um conde, não foram condecoradas pela rainha, nem decorada a peitaça com medalhas, a sua obra foi baralhada na cibernáutica, uma, nem o nome é conhecido, apesar do génio artístico, a outra, n.º 87 na lista Ranker das estrelas adolescentes dos anos 80 definhou na barriga da besta americana. A editora dinamarquesa Color Climax Corporation publicou a trepidante fotonovela, «Holiday Fun», na revista «Teenage Schoolgirls 22» de outubro de 1989: “Denise demorou quase um mês a persuadir os seus pais para a deixarem passar as férias em Nice sozinha. Mas o esforço foi bem e verdadeiramente compensado! Nas primeiras vinte e quatro horas após chegar ao paraíso francês, ela encontrou um par de namorados atraentes e bem abonados, que estavam mais do que dispostos a «tratar dela»! Uma manhã, depois de um passeio de mota de água ela sentia-se cheia de tesão…” “… coisa que não passou despercebida a Tod e Henry. Ou se calhar foi a forma como ela disse: «Toda esta agitação fez-me ficar excitada como o caraças! Porque não voltamos para casa e damos uma boa foda…?» “Quando iam para a vivenda de Tod, Denise agarrou as pichotas dos rapazes. Ela estava doida para ser fodida, e a sua cona já estava encharcada quando Tod lhe baixou as cuecas…” «Regra geral, prefiro qualidade à quantidade! Mas parece que tenho o melhor de dois mundos aqui!», Denise gemeu voluptuosamente, enquanto se preparava para chupar os inchados e pulsantes instrumentos deles…” “Denise estava no céu. Ela sonhava frequentemente em ter duas pichotas para brincar – e, agora, o sonho realizara-se! E a realidade era um milhão de vezes melhor que a fantasia!” “Tod foi o primeiro a enterrar o pau na suculenta racha de Denise. E ela cavalgou-o, ao mesmo tempo que agarrava firme a pichota do amigo dele…” “Eles foderam até à noite, e Denise perdeu a conta de quantos orgasmos teve durante a orgia…” “No final, Denise estava totalmente satisfeita… «Não aguento mais seus belos sacanas!», gemeu numa voz débil. «Deem-me o vosso leite, sufoquem-me em esperma!», suplicou-lhes. A próxima coisa que a lasciva adolescente sentiu, foi a esperma deles explodindo sobre as suas bochechas escaldantes, e que escorria para as suas firmes e bem torneadas tetas como um rio pegajoso…”
A revista «Lesbian Love 25» de dezembro de 1988 sumarizava outra tocante fotonovela com Denise: “A bonita asiática Solange Lecarrio e as suas amantes, Dana Plato (Denise) e Aline, conversam à beira da piscina. Em breve começam a beijar-se, deixando as mãos explorar os seus corpos com caricias sensuais. Elas fazem amor à beira da piscina sem nenhuma preocupação no mundo.” “Quando Solange Yi-lon humedeceu com saliva os lábios escaldantes da cona da sua amiga, relembrou-se da época em que se enfiavam debaixo dos lençóis à noite para brincar aos doutores.” “O resultado da orgia foi um orgasmo a três, mas Denise queria mais: «Fode-me… fode-me!», implorava ela à sua lúbrica cúmplice. Momentos depois, o pepino trouxe-a ao seu segundo clímax do dia…” Solange Lecarrio está referenciada, é uma talentosa atriz, 1,70 m, 81-56-86, nascida a 30 de novembro de 1966, t.c.c. Solange Kho-Lin, Gyn Seng, Solange Lacarrio, Solange Nam, Solange van Hop, Solange Xuan van Hop, Solange Nguyen Xuan Hop, Solange Reichter, Solange Yi Lon, Gigi. Sites: {EGAFD} {iafd} {Asian Pornstars} {European Pornstars} {Pornstar Sex Magazines} {Vintage Pornstars}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}. Obra cinematográfica: {“Parisienne” (1989) + Karin Schubert}.
Por seu lado, Denise, sendo uma assombrosa atriz do método, não foi identificada, medida, caracterizada, biografada, e para cúmulo da indignidade a cibernaútica confundiu-a com Dana Plato. No cinema desempenhou o dramático papel de uma candidata a datilógrafa, Sharon, na obra “English Spanking Classic #33 - Bad Girls Don't Cry” – “Filme clássico inglês, banda sonora, a composição espanhola «Romance anónimo». Sharon, enviada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, para o cargo de datilógrafa no escritório de Mr. Mark, dono da revista Kane, não sabe datilografar e comete muitos erros ortográficos. Em vez do desemprego, como é dona de um belo rabo arredondado, é-lhe oferecido um trabalho de modelo para a capa do n.º 46 da revista, líder de mercado no segmento punição corporal. «É estranho. Consigo ganhar dinheiro suficiente para me aguentar uma semana?» «Mais do que ganhas como secretária». «Tens a certeza?» «Sim». O seu jovem e macio traseiro passa por um casting para verificar o processo de enrubescimento. Primeiro, Racey, a secretária, aquece-o à palmada e com o martinete. «Au! Quanto mais disto tens de fazer?» «Apenas um pouco». «Com certeza que é suficiente, não é?» «Não. Há ainda outras coisas para experimentar». «Como o quê?» «Temos coisas em cima da mesa». «Como o quê?! Não te podes despachar com isso, está a doer como o caralho». Depois, Oscar, o ditatorial gerente alemão, aplica-lhe o martinete, o chinelo e a mão pesada, até atingir o perfeito vermelho fotogénico. No final, Sharon realiza o sonho de todas as jovens, consegue emprego e, traquina, deita a língua de fora nas costas de Oscar. Quatro dias depois… a outra candidata, enviada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, também inabilitada no uso da máquina de escrever, tendo conhecimento do sucesso de Sharon, logo diz: «Se ela consegue fazê-lo, eu consigo. Não me importo que me espanquem o rabo». «Sabes o que um espancamento significa?» «Não». Na ausência de Oscar, Racey submete-a ao casting do chinelo, do martinete e da palmada até avermelhar-lhe as nalgas. «Au! Au! Au! Au! Tens que me bater com tanta força, Racey?» «Sim». Com o traseiro dorido vai para a sala ao lado onde troca impressões com Sharon. «Estou completamente danada com o que aquela cabra me fez. Olha para isto, uma audição, disse ela». Recebe dicas profissionais da já conceituada modelo que fez a audição há quatro dias e todos os dias tem o rabo espancado, «Todos os dias?», espanta-se a novata, Sharon massaja-a com um bálsamo milagroso, engraçam, e fazem amor apaixonado. Oscar não está satisfeito com o desempenho de Racey e aplica-lhe a palmada e o martinete nas nádegas em frente das modelos. «Isto é o que fazemos a todas as secretárias que não fazem o seu trabalho convenientemente». «Au!» Além de Oscar não gostar de lésbicas, as modelos também são castigadas com martinete e palmadas por todo o papel e fita da máquina de escrever que desperdiçaram. Para grand finale, os três traseiros são fustigados com a cana, a imagem de marca da revista.”
Dana Plato, 1,57 m, 51 kg, 86-64-89, sapatos 37 ½, olhos azuis, cabelo loiro, nascida Dana Michelle Strain sábado 7 de novembro de 1964 em Huntington Park, Califórnia / falecida sábado 8 de maio de 1999 em Moore, Oklahoma. Factos: “1. Dana era adotada. Linda Strain, a sua mãe biológica, teve-a aos 16 anos. Solteira, sem dinheiro e já com uma criança de 18 meses, entregou-a para adoção em junho de 1965. 2. Desde muito cedo, Dana começou a participar em audições com a mãe e, a partir dos sete anos, começou a aparecer em anúncios de televisão; teria aparecido em mais de 100 anúncios para empresas tão diversas como Kentucky Fried Chicken, Dole e Atlantic Richfield. Estreou-se no cinema com 13 anos no filme de terror «Return to Boggy Creek» (1977). Entrou também em «Exorcist II: The Heretic» (1977) e «California Suite» (1978). 3. Ela ganhou o papel de Violet no filme «Pretty Baby» (1978), sob o título local «Menina bonita» estreado sexta-feira, 2 de novembro de 1979 no Apolo, mas recusou-o para que não fosse estereotipada neste tipo de papéis. Brooke Shields acabou interpretando a personagem. 4. Desde muito cedo Dana consumia drogas e álcool, tendo até uma overdose de Valium aos 14 anos. Posteriormente, ela mesma admitiu que usava drogas e álcool como recreação nos anos em que trabalhou na série «Diff'rent Strokes». 5. Dana foi descoberta por um produtor de TV enquanto se apresentava no «The Gong Show», um programa de concurso de talentos amadores, promovido na época pela Sony Pictures Television. 6. Dana era uma talentosa patinadora artística; a determinada altura treinou para um possível lugar na equipa olímpica; a sua mãe adotiva, Kay Plato, decidiu que ela deveria abandonar a patinagem para se concentrar somente na sua personagem Kimberly Drummond. 7. Dana declarou que ganhava 100 mil dólares por episódio, entretanto, algumas fontes informaram que o valor verdadeiro era 22 mil dólares por episódio. 8. Dana saiu da série em 1984, quando engravidou do então guitarrista rock Lanny Lambert. A gravidez não era algo que se adaptaria bem à sua personagem, segundo os produtores. 9. No mesmo ano de 1984, ela casou-se. 10. Após a saída da série, Dana colocou silicone nos seios e pousou para a Playboy, mesmo assim a sua carreira parecia entrar em declínio. 11. Em 1992, Dana foi uma das primeiras celebridades a estrelar num videojogo. O jogo, «Night Trap», não foi um grande sucesso, (a maior parte do conteúdo vídeo do jogo foi filmado em 1987, depois arquivado), mas é considerado um título histórico, porque é o primeiro a usar atores, especificamente uma figura bem conhecida. Foi um dos primeiros videojogos a ter conteúdo adulto e atraiu controvérsia devido à exibição de violência (*). 12. Dana entrou na comédia «Bikini Beach Race» (1992) e fez papéis em filmes eróticos, entre eles estão: «Prime Suspect» (1988), «Compelling Evidence» (1995) e «Different Strokes: The Story of Jack and Jilland Jill» (1998). 13. Em 1988, Kay, a mãe adotiva de Dana morre de esclerodermia. Logo depois a relação com o marido começa a ficar vazia, separaram-se. Tudo se torna oficial na década de 90 com o seu marido ganhando a guarda do filho e ela apenas com direito a visitas regulares. 14. Já sem nenhum emprego, morando em Las Vegas, Dana começa a trabalhar numa lavandaria e, a 28 de fevereiro de 1991, entrou num videoclube, mostrou uma pressão de ar e exigiu o dinheiro da caixa registadora. O empregado ligou para o 112 dizendo: «Acabo de ser assaltado pela rapariga que interpretou a Kimberly no ‘Diff'rent Strokes’». Aproximadamente quinze minutos depois ela regressou à cena do crime e é presa imediatamente. O roubo rendeu-lhe 164 dólares. É solta após 5 dias, o artista de Las Vegas, Wayne Newton, paga a sua fiança de 13 mil dólares. Porém, ficando ainda 5 anos em liberdade condicional. É novamente presa por falsificar uma receita de Valium, ficando 30 dias presa por violar a condicional. 15. Em 1998, Dana posou para a capa da revista Girlfriends, uma publicação lésbica e confessou gostar de cricas durante uma entrevista. Mais tarde negou-o e insistiu que era heterossexual. 16. Após alguns anos quando tudo parecia bem, já com 34 anos de idade Dana tem uma overdose de Vanadom e Vicodin. A sua morte foi considerada suicídio tendo em conta a quantidade de pílulas ingeridas. Quase 11 anos depois, com 25 anos, o seu filho Tyler Lambert comete suicídio com um tiro de espingarda.”
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(*) “Night Trap, o primeiro jogo Control-Vision, envolvia vampiros invadindo uma casa em busca de sangue. Como a Hasbro estava no mercado do comércio para crianças, estavam preocupados com o jogo que apresentava «violência reprodutível», disse James Riley, o diretor do jogo. Assim, os vampiros tornaram-se «Augers», saltitantes aspirantes a vampiros desdentados que usam dispositivos chamados «trocars» para perfurar os pescoços das suas vítimas, porque não conseguem morder. Após várias raparigas adolescentes desaparecerem, a polícia chama a Special Control Attack Team, que descobre e pirateia uma série de armadilhas e um sistema de vigilância em toda a casa. Juntamente com a agente adolescente à paisana Kelli, interpretada por Dana Plato, o jogador infiltra-se na propriedade e assume controlo das câmaras e armadilhas. Mas ninguém esperava a controvérsia. Em dezembro de 1993, os senadores Joe Lieberman e Herb Kohl lideraram uma audiência do Comité do Senado sobre violência nos videojogos que se concentrou principalmente em «Mortal Kombat» e «Night Trap», chamando ao último «lixo» equivalente a abuso de crianças. «Em vez de enriquecer a mente da criança», disse Lieberman, «estes jogos ensinam a criança a ter prazer em infligir tortura». O comité declarou que «Night Trap» apresentava violência gratuita, sangrenta, sexualizada, contra as mulheres às mãos do jogador, nenhuma das quais estava no jogo, e tudo isso tornou óbvio que nenhum deles tinha realmente investigado por si mesmos.”  
[4] “Florbela Queiroz, de 69 anos, acusa a nora, Marília Barros, de violência doméstica. A atriz revela que o último caso aconteceu anteontem [23/10/2017] - dia em que se deslocou à esquadra da PSP da Parede - e confessa sentir-se muito «traumatizada». «O meu filho [Manuel] e a minha nora foram morar comigo em junho e foi depois disso que tudo começou», conta a atriz ao CM. «As coisas aconteceram porque querem ficar com 50 % da casa», esclarece, acrescentando que se sente «desesperada com a situação». «Até já me tentei suicidar. A meio de junho tentei matar-me e cheguei mesmo a estar internada no Hospital São Francisco Xavier», diz, sem esconder que vive «um pesadelo». «Para mim, o meu filho morreu. Já não é meu filho. Tenho um senhor lá em casa que já não conheço», lamenta a atriz, apesar de sublinhar que Manuel nunca lhe bateu. «É sempre ela [Marília Barros] que me bate. Ele nunca me bateu, mas não faz nada para me ajudar», diz. «Vivo praticamente fechada na minha sala. A polícia vai a minha casa quase todos os dias, mas ela acaba sempre por dizer que não sou boa da cabeça e faz-se de boazinha», acusa Florbela, garantindo que tudo o que mais quer é a sua vida «de volta».” “Aos 75 anos, a atriz Florbela Queiroz revela ter feito um testamento inusitado e singular. «Fiz um testamento onde proíbo o meu filho de me ir visitar ao hospital, de ir ao meu funeral e de saber o que é que eu resolvo fazer da minha vida quando partir, se quero ser cremada, se quero ser enterrada. Está proibido!», revela a antiga estrela do teatro de revista ao falar sobre «a pessoa» que «mais amava nesta vida», mas que, para si, «morreu», acrescenta. A pisar os palcos de norte a sul de Portugal com os números da revista teatral «Que Grande Caldeirada!», a atriz conta, sem pruridos, ter vivido há quatro anos um drama familiar que não apaga da sua memória. Segundo a artista, terá sido vítima de violência doméstica e obrigada a abandonar a moradia onde vivia na linha de Cascais, imputando ao filho e à nora a responsabilidade por essa expulsão forçada. «Fui morar para casa de uma empregada minha, fiquei sem casa e de um mês para o outro tinha uma casa igual à que tinha anteriormente só mais moderna e completamente arranjada», desvenda.”

na aparelhagem stereo

Quando a mulher casa bem tudo corre sobre rodas, sorteada com um bom lar, livra-se da violência, do assédio, da discriminação, e todos os males que ainda estão por descobrir. “A piloto portuguesa Carina Lima (Instagram) tem acelerado pelas ruas do Mónaco ao volante de um Koenigsegg. Trata-se de uma ‘bomba’ avaliada em 5,5 milhões de euros, que vai dos 0 aos 300 km/h em 11,9 segundos. Só foram fabricados sete carros destes no Mundo, e a portuguesa é dona do nº 1. Nascida em Angola, em 1979, Carina tem 38 anos, é piloto de corridas pela Lamborghini e casou-se com o dono de uma empresa de construção civil angolana. Apaixonada por carros de luxo, tem uma garagem, em Lisboa, com máquinas avaliadas em 30 milhões de euros.”Conhecida dentro das pistas pelo seu estilo combativo e fora das pistas pela sua excentricidade, Carina Lima acaba de adquirir o primeiro Koenigsegg One:1 do mundo. Trata-se do chassis #106 – o primeiro de uma produção limitada a sete unidades – aquele que terá servido para os engenheiros da marca sueca levarem a cabo os testes de desenvolvimento do One:1. Foi também a unidade que a Koenigsegg expôs na edição 2014 do Salão de Genebra. Recordamos, o Koenigsegg One:1 de Carina Lima é um carro de produção (muito limitada), construído à mão, limitado a 7 unidades e equipado com um poderoso motor V8 biturbo 5.0 de 1360 cv. Peso do One:1? Exatamente 1360 kg. Daí o seu nome One:1, uma alusão à relação peso-potência do bólide sueco: um cavalo por cada quilograma de peso. Um carro cheio de história e particularidades que terá sido adquirido, alegadamente, por cerca de 5.5 milhões de euros. Será que vamos ver este Koenigsegg One:1 a circular pelas estradas nacionais? É possível. Mas para já Carina Lima passeia o seu mais recente brinquedo pelas ruas Mónaco onde tem feito furor por onde passa. Atualmente Carina Lima compete no Lamborghini Super Trofeo Europe, pela equipa Imperiale Racing, partilhando um Lamborghini Huracan com Andrea Palma, piloto de testes da Pagani.” Entrevista: “Comecei a correr apenas em 2012, quando tive uma pequena participação no Campeonato Nacional de Velocidade em Portugal conduzindo um Ferrari 430. Em 2014, entrei pela primeira vez na Lamborghini Super Trofeo, mas devido a problemas relacionados com a equipa, acabei não competindo na temporada, tendo feito apenas três corridas do campeonato. Na última temporada, continuei na Lamborghini Super Trofeo, na qual consegui ter um desempenho mais estável, acabando por ganhar a categoria Gallardo AM, onde eu, e o copiloto que partilha o carro comigo, também, alcançámos o título de campeões europeus.” [1]   
Para tudo correr bem na vida de um homem basta este ter um líder, peito forte, porta-bandeira, acelerador de partículas. “José Manuel dos Santos defende na sua crónica na Ação Socialista que a polémica das possíveis sanções foi «Uma mudança radical, fundadora e coperniciana de atitude política que restituiu a Portugal a verticalidade do corpo e a horizontalidade do olhar». António Costa é, segundo o mesmo, o herói desta história. Criticando todos os que foram «pessimistas», o militante ‘rosa’ considera que nesta história houve duas partes da moeda. Num dos lados estavam os moralistas, «os que coçam onde os outros têm comichão» e os profetas, «os pessimistas». «Assim aconteceu nestes meses de suspense e de suspeita. Os moralistas diziam que merecíamos o pior. E os profetas acrescentavam que iríamos ter o pior que merecíamos», escreve, considerando que sem as aguardadas sanções «os profetas e os moralistas ficaram desiludidos e desautorizados». Para o antigo assessor dos presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, a história das sanções foi «uma história psicológica de determinação, perseverança, constância, pertinácia, firmeza, insistência, resistência, resiliência», em que «Portugal passou à posição de pé, à cabeça erguida, ao olhar de frente, à voz sonora e audível».” [2]
Vozes sonoras nos anos 80:
Under The Ice (1984), p/ Topo & Roby. “Neste projeto de disco italiano, «Roby» era representada pela vocalista Simona Zanini e «Topo» era um robot. Na verdade, a música foi produzida e tocada por Aldo Martinelli e Fabrizio Gatto, com os vocais de Zanini e precursão de Franco Di Trani. Outras colaborações Martinelli-Gatto-Zanini incluíram Martinelli, Doctor's Cat e Raggio Di Luna.” “Simona Zanini, cantora ítalo-americana, nasceu nos EUA e mudou-se em criança para Itália com a família nos anos 70. No final da adolescência, após ser escolhida num casting nacional orientado pelos La Bionda Brothers, foi contratada pela CBS Records, e trabalhou com os mais importantes músicos italianos da época. Em 1983, procurando um artista de língua materna inglesa para cantar e escrever letras para as suas canções, Aldo conheceu Simona, e trabalharam juntos em «Feel the Drive», dos Doctor’s Cat. O seu talento vocal combinado com o facto de a língua materna dela ser o inglês, tornou a sua voz verosímil para exportação. (…). Efetivamente, aquela primeira canção abriu caminho a uma bem-sucedida série de produções de dance music, em que Simona era a letrista e vocalista, e Aldo tocava todos os instrumentos, fazia os arranjos, era muitas vezes vocalista masculino, e o coprodutor. (…). Para assegurarem os múltiplos lançamentos do prolífico duo num período de tempo relativamente curto, as gravações eram publicadas sob diferentes nomes – mas sempre com a mesma voz principal feminina e o mesmo artista instrumental. Por esta razão, várias modelos foram contratadas para aparecerem na televisão e fazer playback em discotecas ou espetáculos de música. Entre os nomes artísticos: Doctor's Cat, o duo Martinelli, Topo & Roby e Moon Ray, com o êxito mundial «Comanchero».” [3] Son of My Father” (1986), p/ Casco. “Nome verdadeiro Salvatore Cusato, DJ e produtor italiano, falecido a 30 de janeiro de 2011, conhecido como DJ Discoking, Casco, Dr. Acid, Interstellar ou Light. A sua carreira de produtor começou com Casco, «Cybernetic Love», produzido em 1983 e atualmente considerada uma canção de culto do ítalo-disco electro e uma das mais procuradas e futuristas canções da década de 80 [4]. Nos anos 90, Cusato alcançou o top 10 no Reino Unido, sob o nome Cusato, nas tabelas oficiais do Euromix Record Mirror, com a sua produção «The Captain of her Heart» (etiqueta original Disco Magic lançada mundialmente pela Zyx-Vogue-Epic), uma compilação de sucesso em todo o planeta e êxito no Japão, seguido por outro êxito dos anos 80 na Ásia, a produção de «Monkey Monkey», pela Flo Astaire (Avex Japan), para a lendária etiqueta italiana Memory Records. E também a sua mistura bem-sucedida de «Tu» cantada por Umberto Tozzi (CGD Italy). DJ Cusato dez um longa tournée na Alemanha apresentando-se na «La notte italiana».”
Everything You Love” (1988), p/ Chip Chip. “Um dos membros foi Elena Ferretti, cantora italiana de eurobeat e disco, mais conhecida como Sophie ou Rose, nascida em San Donato Milanese, Itália, em 1960. É amiga de Alessandra Mirka Gatti (Domino) desde a escola e, na década de oitenta, amiga de Alberto Carpani (Albert One). A sua primeira contribuição foi para o grupo Firefly no álbum «Firefly 3» de 1982. Em 1983, participou no projeto Torias no único single «Ayo-o Mexico». Ela atuou e gravou para muitas etiquetas, sob muitos nomes artísticos. A sua música foi produzida por vários produtores italianos bem conhecidos, a saber: Giacomo Maiolini, Mauro Farina, Sergio Dall'Ora e Giancarlo Pasquini (casado com Alessandra Gatti, o filho deles, Federico Pasquini, sob o nome Freddy Rogers, editou em 2015 «R U Ready» e «Dance To The Music»). Colaborou muitas vezes com Clara Moroni, que escreveu muitas das suas composições. Clara também fez a maior parte dos coros nas canções de Elena para a Time Records. Juntamente com Clara, foi membro do duo Gipsy & Queen. Em 2011, gravou e lançou uma canção folk italiana chamada «Io libera». Entre os seus êxitos mais conhecidos está a canção «My World» (como Sophie). Em 1984, como Veronique, ela lançou o seu single de estreia «Dream On Violin». O seu single mais recente é «Bye Bye Japan», uma versão da canção de Vanessa de 1996 (cantada por Emanuela Gubinelli), que foi editado em novembro de 2010 (como Alexis). Sob o pseudónimo Sophie gravou três álbuns: «My World» (1989), «The Only Reason» (1991) e «Stop The Music» (1995), que contém versões de «Rapture» dos Blondie e «The Promise You Made» dos Cock Robin.” Isole Vergini” (1987), p/ Kiki Gaida. Único single de Kiki Gaida com uma versão em italiano e outra em inglês, “Virginal Mystery”, produzido por Oscar Prudente. Possivelmente, pela contracapa, a virgindade tivesse ido logo ao ar. «Eu não gostava daquilo. Era nova e não fazia noção», Kiki Gaida não tem uma boa recordação daquela época. Hoje Frederica – donde Kiki é um diminutivo popular – prefere de longe a natureza e a simplicidade. Em 1987, Frederica lançou uma canção que fez o circuito europeu. No italo-disco, Kiki é um caso à parte: foi ela que preferiu ser esquecida.” [5] Disco Future” (1985) Modern” (1986), p/ Fresh Color. “Grupo suíço formado por volta de 1978 em Aarau pelo guitarrista / teclista Gutze Gautschi. Começaram como uma banda punk com Dieter Meier, contudo, Meier saiu após dois singles «Cry For Fame» (editado como Dieter Meier) e «No Chance» (editado como Fresh Color). Meier prosseguiu formando os Yello. Os Fresh Color lançaram mais singles no estilo punk. No início dos anos 80, Gutze Gautschi reuniu uma nova banda, incluindo o baterista Danny Amsler e mudou-se para a new wave. Os Fresh Color começaram a incluir sintetizadores e desenvolveram um característico estilo de produção dub. O nome Frische Farbe foi criado para editar canções em alemão: o longa-duração de estreia, «Die Stärke im Minimum» (1982), foi creditado aos Frische Farbe. Em 1984, os Fresh Color encolheram para um duo com Gutze Gautschi e Danny Amsler. Nos singles «Disco Nature» e «Get On Up», a dupla fundiu o seu passado new wave com disco e electro. Quando o compositor e vocalista Humphrey Robertson se juntou ao grupo, tiveram o seu maior sucesso com «Disco Future» e lançaram o segundo álbum, «Nightdreams», in 1985.”
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[1] Gémeas combativas expressam-se através da arte, não descurando a formação superior, um elevador social para um bom casamento e happy end. Twins, Zita e Gita, 1,67 m, 50 kg, 82-69-85, sapatos 37, nascidas a 1 de dezembro de 1985 em Moscovo. “As raparigas combinam almas puras e gentis e looks eróticos. Ao conhecerem Galitsin, zonas encobertas das suas almas foram descobertas. As gémeas nunca imaginaram que posariam nuas, mas isso ajudou-as a ver de maneira diferente o mundo à sua volta, a mudarem a perceção dos seus corpos. Galitsin chamou às gémeas Zita e Gita como no popular filme indiano «Seeta Aur Geeta» (1972). As raparigas estudam na faculdade local de Medicina, no primeiro ano e serão pediatras. Na verdade, ainda não decidiram o que fazer no futuro, mas elas gostam muito de crianças. Além disso, ambas gostam de ajudar as pessoas. Elas são muito afáveis e tolerantes com os contratempos das pessoas. Durante as sessões, as raparigas tentaram ser uma como a outra, normalmente faziam os mesmos gestos. (…). Zita e Gila são parecidas: os seus estilos de vida e perspetivas são os mesmos. E têm uma caraterística muito interessante: elas esquecem-se sempre da equipa no estúdio. O que sucede é que elas contam sempre uma com a outra.” Sites: {The Nude} {Which Pornstar} {Index}. Entrevista: P: “Quais pensam que são os vossos melhores atributos?”, “Gostamos dos nossos corpos perfeitos, especialmente das pernas.” P: “Cor favorita?”, “Zita é verde, Gita é cor-de-rosa.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”, “Ambas gostam de ver «Quem quer ser milionário?». Porque é um programa muito interessante, surpreendente e intelectual.” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, “Alquimia, escrito por Paulo Coelho e O mestre e Margarida, por Bulgakov.” P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, “Kill Bill e Pretty Woman.” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, “Cosmopolitan e Penthouse.” P: “Música favorita, lista de títulos”, “Gostamos de música pop, especialmente Madonna, Cher e Britney Spears.” P: “Altura favorita do dia, porquê?”, “A noite, porque podemos sair com os nossos amigos, apenas para relaxar e, normalmente, estamos muito animadas nessa altura.” P: “Qual é a vossa formação? Curso?”, “Estamos a estudar na faculdade de Medicina e vamos ser pediatras.” P: “Falam outras línguas? Se assim for, digam-me algo nessa língua”, “Falamos inglês e um pouco de francês.”, P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, “Gostamos da praia, Moscovo, Europa, gostamos muito de viajar.” P: “Quais foram os locais que visitaram?”, “França, Alemanha e um número razoável de cidades no nosso país.” P: “Qual é o vosso feriado preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, “O ano novo, e o nosso aniversário, claro.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, “Gostamos de fast food, saladas e gelado.” P: “Qual é o vosso carro de sonho?”, “Ambas gostaríamos de conduzir Jaguares pretos.” P: “Qual é o vosso emprego de sonho?”, “Como dissemos queremos ser médicas e gostaríamos de ter uma clinica privada.” P: “Descrevam o vosso lugar favorito para fazer compras”, “Gostamos muito de fazer compras e normalmente gastamos o nosso dinheiro em grandes centros comerciais. Gostamos da loja United Colors of Benetton, porque as suas coisas são muito coloridas e bonitas… e gostamos de lojas de lingerie.” P: “Assistem a desporto, se sim, quais são as vossas equipas favoritas?”, “Gostamos muito de desporto, mas, infelizmente, não temos tido muito tempo nos últimos meses, porque estamos ocupadas com os estudos. Mas gostamos de futebol, voleibol e patinagem artística.” P: “Quais são os vossos passatempos?”, “Estamos a fazer coleções de selos e moedas. E a nossa coleção é grande e interessante. Podemos estar realmente orgulhosas das nossas coleções, porque têm espécimenes diferentes e raros.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, “Não bebemos qualquer tipo de álcool, preferimos beber leite e Coca-Cola.” P: “Ocupação?”, “Vamos ser pediatras.” P: “Têm algum animal de estimação?”, “Sim, gostamos muito de animais e temos o nosso maravilhoso cão, é um dálmata. É tão engraçado e gosta de dormir connosco.” P: “Estado civil?”, “Não somos casadas.” P: “O nosso pior hábito é…”, “Fumar!” P: “A única coisa que não suportamos é…”, “A mentira. Odiamos mesmo.” P: “Que animal melhor descreve a vossa personalidade e porquê?”, Zita: “Acho que sou como um gato, às vezes sou amável e doce, mas às vezes sou manhosa e mal-humorada.” Gita: “Sou como um crocodilo, muito linda e mágica.” P: “As pessoas que nos conheceram no liceu pensavam que éramos…”, “Engraçadas e fixes. Somos inesquecíveis, sabes.” P: “Como é que descontraem ou passam o vosso tempo livre?”, “Gostamos de ir a discotecas, sair de Volgograd com os nossos amigos.” P: “Qual foi o momento mais feliz da vossa vida?”, “Quando entramos na universidade. Foi mesmo uma sorte para nós! Sabes, é realmente difícil entrar na faculdade de Medicina. Mas preparámo-nos bem e fomos bem-sucedidas.” P: “Quais são as vossas esperanças e sonhos”, “Queremos ser médicas e ajudar as pessoas.” P: “O melhor conselho que já vos deram foi…”, “Não lamentem o passado.” P: “O pior conselho que vos deram…”, Zita: “Fumar erva”, Gita: “Ahaha.” P: “Que tipo de cuecas usam, se algumas”, “Normalmente, usamos biquíni, mas às vezes calções.” P: “O tamanho importa? Qual é a vossa medida ideal?”, Zita: “Sou virgem, lamento. Não tenho opinião.”, Gita: “Importa, mas quando se ama mesmo uma pessoa, não. Sentimo-nos apenas bem e livres. É maravilhoso estar apaixonada! P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Gita: “Foi tão romântico! Estávamos na casa dele, bebemos um Martini… Ele preparou um jantar maravilhoso: frango com maçã, boas saladas. Não me lembro de mais nada. Apenas sei que eu flutuava… foi maravilhoso.” P: “O que te excita?”, “Óleos aromáticos, cheiros agradáveis, os lábios dele, os seus musculados braços. E quando alguém está a comer um gelado ou uma banana.” P: “O que te desliga?”, “Mau cheiro, gajos insistentes.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, “Os olhos gentis dele, palavras sobre o amor.” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”, Gita: “Realmente não sei, não sou experiente nessa matéria.” P: “Masturbam-se? Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Ambas: “Não!! Nunca!” P: “Qual foi o vosso primeiro fetiche, se algum?”, “Curtíamos coisas de crianças, t-shirts de morangos e cuecas.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Gita: “Num carro.” P: “Posição sexual favorita, porquê?”, Gita: “Quando estou por baixo dele… Na verdade, não me importo com a posição sexual, o principal é sentir-se relaxada e bem.” P: “Descrevam um dia típico na vossa vida”, “Levantamo-nos sempre à 7h00, tomamos banho, o pequeno-almoço e vamos para a universidade. Às 15h00 geralmente as aulas terminam. Podemos ir a qualquer lado com os nossos amigos.” P: “Têm alguma curiosidade sexual que gostassem de explorar ou tivessem explorado? Por favor, descrevam com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, “Agora, desculpa, simplesmente gostamos de homens.” P: “Descrevam em detalhe a vossa fantasia sexual favorita”, “Fazer sexo num grupo de quatro: nós e dois belos pretos. E queremos muito creme por todo o lado.” P: “Contem-nos a vossa ideia de um encontro de fantasia”, “Queremos que seja romântico.” P: “Se pudessem ser fotografadas de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhiam? O que vos faria sentir mais desejadas, mais sensuais?), Queremos tirar fotos juntas, na praia, ao amanhecer.” Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9}. Obra cinematográfica: {“Banana”} ѽ {“Twin Dinner” + Valentina} ѽ {“Interview 1” + Katia}.
[2] Ameaça de sanções a Portugal por défice excessivo no ano de 2015. A responsável pelo défice, Maria Luís Albuquerque, logo arremessou: “Se o governo anterior tivesse continuado em funções, se eu ainda fosse ministra das Finanças, esta questão não se estaria a colocar para Portugal neste momento.” (02/07/2016). Ela apostola, ela bitola, ela é uma madame com currículo. “Foi professora de Passos Coelho antes de ser sua ministra. Mexe-se bem, e até dispensou o motorista. A devoção que o marido lhe tem dá-lhe para ameaçar jornalistas. Nasceu em Braga e chegou a viver em Moçambique. O pai trabalhou na barragem de Cahora Bassa. Foi de adolescente atinada e um pouco gordinha a mulher que está sempre nos sítios e com os dossiers certos nas mãos. (…). É que Pedro, antes de ser o primeiro-ministro Passos Coelho, foi aluno da dra. Maria Luís. Deu-lhe ‘gandas notas’: no ano letivo de 1999/2000, em Microeconomia I, 15 valores; no ano de 2000/2001, em Macroeconomia II, 15 valores. Em 2001/2002, a Economia Financeira ficou pelos 13 valores, mas Pedro limpou a Matemática Financeira, no letivo seguinte, com 17 valores, que não se esquecem facilmente.”
O ídolo alemão da dra. Maria Luís dançava com as regras. “A decisão da Comissão Europeia de dar mais um ano a Portugal e Espanha para reduzirem o défice «não contribuiu para ajudar à confiança» na Europa, defende Wolfgang Schäuble. O ministro das Finanças da Alemanha critica Bruxelas pela decisão tomada em meados de maio e que será reavaliada em julho. Citado pela Bloomberg, Wolfgang Schäuble mostrou-se muito crítico da decisão tomada pelos comissários europeus. O raciocínio do responsável alemão é que o facto de não ter havido sanções concretas leva os investidores e os responsáveis políticos a questionarem a validade das regras que existem na União Europeia em matéria orçamental. A decisão «enfraquece o grau de confiança que se pode ter» nas regras europeias, afirmou Schäuble, que acrescenta que o Banco Central Europeu (BCE) também criticou a Comissão Europeia por ter «violado as regras».”
Já, entre rapazes da Escola de Quadros do CDS, em Peniche, o nosso belo rapagão na Europa, Nuno Melo, ensinou: “Quebrou-se compromissos europeus porque, para satisfazer a ambição de um só homem, que perdeu nas urnas, o Partido Socialista decidiu abrir as portas a uma extrema, esquerda, que conseguiu dar eficácia legislativa àquilo que até hoje não era mais do que uma manifestação de protesto. (…). E por isso quando eu vejo o governo, que não paga, não honra a dívida do Estado, não devolve o IRS aos cidadãos. (…). Acumulando divida, possa dar o exemplo, e principalmente possa, consiga fazer melhor às contas públicas. (…). Em Portugal começa-se a conjugar uma fórmula para o desastre. (…). E a pior das sanções que poderíamos ter era que pela 4.ª vez na história deste país, pela mão dos socialistas, voltássemos a ter um resgate em Portugal, e isso é um risco, e é um risco q’ eu ehh gostava bem não acontecesse, porque além do mais significaria que mais uma vez, quando voltássemos a ser chamados pro governo, seria p’a pagar as contas. (…). Acreditem todos, se hoje não há sanções aplicadas a Portugal, não é certamente por mérito ou esforço do dr. António Costa. O dr. António Costa em pouco mais de seis meses tem feito p’a justificar sanções.” (01/09/2016).
[3] Na busca remuneradora do êxito, o grupo pop dinamarquês Infernal cometeu um erro de cálculo, perspetivando a participação da Seleção inglesa no Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA de 2006, realizado na Alemanha, alterou o título da sua canção “From Paris to Berlin” (2005) para From London to Berlin”:From London to Berlin, /And every game that England win, / We’re gonna win the world cup, / Win the world cup.” Porém, os ingleses canhestros nem se classificaram e a canção foi retirada para não traumatizar o povo cada vez mais frágil desde o aparecimento das redes sociais. Para a versão da mesma canção, a cantora malaia, Shi Xin Hui, radicada em Singapura, foi mais modesta na viagem, “From Taipei to Beijing”.
[4] A marcha do futuro. O maior contributo da Revolução Francesa à humanidade, à democracia, foi a guilhotina, progressos tecnológicos, globalizações, roupas Christian Dior, não mudaram nada. “O linchamento de uma mulher na sequência de um boato publicado na rede social Facebook está a chocar o Brasil e o mundo. O caso ocorreu no Guarujá, uma cidade a cerca de 100 quilómetros de São Paulo, há menos de uma semana [maio de 2014]. Situação parece saída de um conto medieval. Fabiane de Jesus, uma dona de casa de 33 anos, fazia o caminho da igreja para o apartamento quando foi atacada por 10 homens que a espancaram durante duas horas levando à sua morte, momentos depois no hospital da cidade do litoral paulista. Mas este foi apenas o último de uma sucessão de acontecimentos tão assustadores quanto absurdos. Fabiane, casada e mãe de duas filhas, foi confundida numa página de Facebook do jornal local Guarujá Alerta com uma mulher que sequestrava crianças para fazer rituais de magia negra. Alguém juntou um retrato falado de uma mulher acusada do mesmo crime há dois anos no Rio de Janeiro, a mais de 400 quilómetros do local, e que não tinha nada a ver com o caso em questão. A seguir, outra pessoa anexou uma foto sem ligação nem ao caso do Guarujá, nem ao do Rio. Anexadas as duas fotos, alguém, de entre os 3000 utilizadores do jornal, viu na rua Fabiane a voltar da igreja, encontrou semelhanças e alertou os outros para a possibilidade de ser ela a sequestradora. Parte do espancamento foi gravado em vídeo. (…). A polícia, entretanto, prendeu um suspeito, Valmir Barbosa. «O pessoal dizia ‘Bate, pega ela, pega ela’. E eu matei, estou arrependido, mas agora isso vale do quê?», afirmou Valmir, antes de contar que estava sob o efeito de drogas na altura do linchamento. Outro acusado, Jonas Tiago, reagiu acusando: «A culpa não é da comunidade, é da internet, ou será que agora querem prender todo o mundo?». O autor do jornal digital defende que, em nenhum momento, incitou à violência ou divulgou fotos ou retratos.”
[5] Mais ou menos esquecido. “Stefan Zweig morreu no Brasil a 22 de fevereiro de 1942 num pacto suicida com Lotte, a sua segunda mulher. Nas biografias de Zweig encontramos geralmente um homem mundano, abençoado com a riqueza herdada, uma imensidão de amigos, talento e a imensa popularidade dos seus livros. Como tantos outros da sua geração de escritores de língua alemã, ele foi desenrizado pelas catástrofes crescentes dos meados do século XX. Nascido em 1881, Zweig passou a vida a viajar: para França, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Holanda, Argélia, Índia e Indochina, América do Norte e do Sul, Suíça, Europa de Leste e Rússia, Escócia e Inglaterra. Os seus contemporâneos chamavam-lhe o salzburguês voador. (…). De 1919 até 1934, Zweig viveu em grande estilo com Friderike, a sua primeira mulher, no Kapuzinerberg em Salzburgo. Ameaçado pelo nazismo – ele tinha-se sentido momentaneamente atraído pelo seu brilho, apesar de ser judeu, e iria ser criticado por não condenar o regime de forma mais veemente – procurou exilio em Inglaterra, onde se casou com Charlotte Altmann em 1939. Eles compraram uma casa em Rosemount Lane na Lyncombe Hill em Bath. Mas, apesar de terem obtido cidadania britânica, logo partiram novamente para a América. (…).
No n.º 34 da rua Gonçalves Dias, em Petrópolis, num cenário de selva de sons da noite, flores e riachos e intensa vida doméstica, entramos na casa onde Stefan e Lotte viveram. Zweig tinha sido um colecionador de manuscritos preciosos e partituras musicais, o orgulhoso proprietário de uma madeixa de cabelo de Goethe, de uma casa de campo do século XVII, da secretária de Beethoven; diz-se que ele queria comprar um carro mas, em vez disso, adquiriu a secretária. (…). No final da vida, longe do seu lar austríaco e do seu universo cultural, sem o seu editor e os seus bens, Zweig perdeu a sua orientação e mais notoriamente, ao que parece, perdeu a paciência. Numa carta de suicídio para os amigos, ele desejou-lhes o bem – desejou-lhes a sobrevivência e um novo amanhecer – porque «exausto por longos anos de errância sem lar. Eu, demasiado impaciente, parto primeiro». Ele não estava sozinho, uma vez que Lotte tinha escolhido acompanhá-lo. Mas era assim que se apresentava, a navegar rumo a mares desconhecidos ao estilo de Magalhães. (…). Na sua maior parte, as personagens escolhidas por Zweig são gloriosa ou tragicamente egocêntricos, determinados ou exaltados. Elas andam num amoque (uma palavra de eleição – Amok é o título de uma das suas coletâneas de contos). Muitas vezes, o arrebatamento demoníaco agarra os seus leitores pela garganta. 
Mas seria Zweig assim? Segundo a maioria dos relatos, ele era um pacifista altruísta, um humanista calmo, um cético que declarou a sua oposição a todos os nacionalismos e alguém que reverenciava os livros e o silêncio. Um pouco narcisista, talvez; passivo, um voyeur, estranho, mas cativante. Mesmo não gostando de gatos (uma queixa do seu amigo Romain Rolland), ele era, de acordo com Klaus Mann, sedutor e seduzível. Prochnik vê-o da seguinte maneira: «A sexualidade de Zweig, às vezes, apresenta-se tão cuidadosamente disfarçada que parece operar no reino da espionagem mais do que no erótico. Ele entrou e saiu da cama de um razoável número de jovens mulheres e, possivelmente, também de alguns jovens rapazes», mas as suas tendências eram «mais desejo do que concretização». Friderike pensava que ele era um «galanteador ligeiro», não era certamente «nenhum Don Juan». Mas ela pode não ter sido suficientemente desconfiada. Enquanto eles estava hospedados no sul de França, ela descobriu-o na cama com a secretária – Lotte. (…). Friderike manteve-se a seu lado após o divórcio, em 1938. Na sua carta de suicídio para ela, mencionou novamente a impaciência e garantiu que, desde que tinha tomado esta decisão final, «você não pode imaginar como me sinto bem». E, como disse o seu amigo Hermann Kesten, estava curioso sobre o que se seguiria. (…).
O autor mostra-nos, por exemplo que a generosidade lendária de Zweig tinha os seus limites, como quando se vê sufocado pelos pedidos dos «parasitas» - como rotulou os seus companheiros refugiados menos afortunados financeiramente - em Nova Iorque. Prochnik observa como o tom com que Zweig se refere a eles se tornou desagradável, revelando-o como uma pessoa mesquinha e snobe. Prochnik mostra Zweig como alguém que temia envelhecer e tentou uma série de injeções de hormonas para rejuvenescer, alguém que não conseguia «apreender» a América nem sequer verdadeiramente a Inglaterra; alguém que não conseguia traduzir o seu cosmopolitismo para o exilio em lugares não-europeus, o que fez dele uma «alma torturada». As suas liberdades interiores estavam sob cerco; os seus segredos eróticos poderiam ser descobertos; o anonimato foi penoso para ele; os seus amigos podem ter sido os seus inimigos; algumas pessoas amavam os seus livros, mas outras nem lhes tocavam. Ele era atormentado pela insónia. O antissemitismo estava em ascensão, mesmo no Brasil. Era demasiado. Finalmente, impacientemente, como muitos que se suicidam, Stefan Zweig nada mais queria do que ir dormir e não voltar a acordar. Só podemos supor que pelo seu próprio caminho e como um ato de supremo companheirismo, Lotte chegou à mesma conclusão.” em Diário de Notícias n.º 53 020.