Estar um
cavaco (tl;dr)
1983.
Dezembro. Um povo conquistador de credibilidade lampeja inspiradora veia nas
artes e letras de outros povos, seus sábios de arregaçado canudo bitolam na
ponta da tecnologia escabechando a solução única e exclusiva. “Após o tremor de
terra que destruíra três quartos de Lisboa, os sábios do país não haviam
encontrado um modo mais eficaz de prevenir uma ruína total que o de dar ao povo
um belo auto-de-fé. Fora decidido pela Universidade de Coimbra que o espetáculo
de algumas pessoas queimadas a fogo lento, em grande cerimónia, era um segredo
infalível para impedir a terra de tremer. Consequentemente, foram apanhados um
basco condenado por ter desposado a sua madrinha e dois portugueses por
rejeitarem o toucinho que adornava o frango que comiam. Após o jantar, eles
vieram e prenderam o Dr. Pangloss e seu discípulo Cândido, um por dizer o que
pensa, o outro por ouvir com ar de aprovação. (…). Cândido foi açoitado
ritmicamente enquanto eles cantavam; o basco e os dois homens que recusaram
comer o toucinho foram queimados; e Pangloss foi enforcado, embora isto não
fosse o costume”, Cândido, cap. VI in
Voltaire Roman et contes. Paris: Gallimard, 1972, p 150-I [1]. O gabarito dos respeitados catedráticos de
Coimbra e quejandos, – o quejando João Duque, um dos mais respeitados
catedráticos de Economia do mundo, Masteriza
o método científico chamado “se eu soubesse”, num estrambólico algoritmo, e extrai
uma solução numérica correta: “Se fosse hoje não teria entregado o honoris causa a Ricardo Salgado” (2015) –, esta sólida catedratice valoriza
tanto a vida académica que, o curso, é uma segunda pele em Portugal. Até 10% das
putas, profissionais, têm formação universitária [2].
Em dezembro
de 1983, o Governo de povo tão bafejado agasalhava-o do frio da bancarrota com
as miraculosas mantas da loja económica: liberalização e impostos. “A portaria
que liberaliza os serviços de cafetaria determinando a ‘afixação clara e bem visível’
dos preços foi já assinada pelo secretário de Estado do Comércio Interno, Agostinho
Abade, mas ainda não saiu no Diário da República. (…). A liberalização do
precário dos produtos vendidos nos cafés e cervejarias de 3.ª categoria e
estabelecimentos sem interesse para o turismo abrange o carioca de café,
garoto, galão, chávena de café com leite, copo de leite, torrada seca,
sanduiche de filete afiambrado, fiambre popular, queijo tipo flamengo,
cachorro, prego no pão, salgados, pastelaria variada e bica, para a qual a
União das Associações dos Hoteleiros e Similares do Sul reivindica 17$50 como
preço único. Diz ainda a portaria que os preços sejam afixados em local
facilmente referenciável pelo consumidor, com letra e números de altura não
inferior a um centímetro, e àquele seja sempre entregue documento
comprovativo da despesa efetuada, mesmo que não o exija.” No novo ano, os
impostos compensarão os aumentos de rendimentos. “Os trabalhadores passam a
descontar a partir de janeiro, para o Fundo de Desemprego, 25 % da remuneração
devida pelo seu trabalho extraordinário, em vez dos atuais 3,5 % - estipula um
decreto publicado sexta-feira, 2 de dezembro no Diário da República. O decreto
do ministério do Trabalho, que tem o número 421/83, determina que ‘a entidade
empregadora e o trabalhador ficam obrigados, uma e outro, a contribuir para o
Fundo de Desemprego com 25 % dos acréscimos de remunerações resultantes da
prestação de trabalho suplementar’. (…). O diploma fixa como acréscimos mínimos
de remuneração do trabalho extraordinário 50 % da retribuição normal na
primeira hora e 75 % nas seguintes, ou 100 % da retribuição normal se for
prestado em dia de descanso ou feriado.”
Na crise de
1983-85, assegurada a queda dos rendimentos pela inflação e pelos impostos,
havia margem para subir o salário mínimo, fora dos anos de eleições. “Corresponde
a 20 % o aumento do salário mínimo decidido quinta-feira, 29 de dezembro pelo
Conselho de Ministros. Passa de 13 000$00 para 15 600$00 para todos
os setores, exceto o serviço doméstico (10 000$00 era 8300$00) e os
trabalhadores rurais (13 000$00 era 10 900$00). (…). Também hoje, o
salário mínimo foi aumentado na Espanha em 8 %, correspondendo à subida
previsível do índice de custo de vida em 1984. O salário mínimo interprofissional
passa a ser de 37 400 pesetas, ou seja 32 contos em moeda portuguesa. Os
trabalhadores com 17 anos de idade têm um salário mínimo garantido de 19 contos
e os menores dessa idade, 12 contos. Foi também conhecido em França que o
salário mínimo dos trabalhadores franceses em julho passado foi de 80 contos,
se corresponde a 50 horas semanais e de 58 contos em 39 horas semanais. O
salário médio dos franceses é atualmente de 97 contos, o que corresponde a
cerca de cinco vezes mais o salário médio dos trabalhadores portugueses (menos
de 20 contos).”
La vie en France, em 83. “Crise? Se quiser fazer sorrir o Sr. Tajan, responsável por um dos
mais importantes salões de leilões oficiais, pronuncie esta palavra. ‘Nunca os
móveis de estilo venderam tão bem. Este ano, o nosso montante de negócios
aumentou 30 %’. (…). A trufe (espécie de cogumelo que cresce debaixo da terra)
está a 3 mil francos o quilo (cerca de 48 contos) nos retalhistas, ou seja o
dobro do preço do ano passado. ‘Não conseguimos dar vencimento à procura e
tivemos de cessar as entregas aos restaurantes’, lamenta-se um importante
negociante parisiense. Acontece o mesmo com o caviar (4 mil francos o kg) e com
o foie gras, cujas vendas aumentaram
30 % num ano na casa Petrossian, o grande especialista parisiense. Por seu
turno, o champanhe registou vendas 10 % superiores às do ano passado. (…). Há
também os carros. Na Porsche – tudo acima de 130 mil francos – os responsáveis
esfregam as mãos de contentamento: 20 % de aumento das vendas, relativamente a 1982.
Acontece o mesmo na Ferrari, que propõe modelos de 338 mil a 572 mil francos,
mas com uma lista de espera de três meses. Por seu turno, a BMW afirma que
manteve em 1983 os ‘resultados excecionais’ do ano passado: 37 % de aumento das
vendas. Na Mercedes são os modelos 280 (cerca de 200 mil francos) que registam
o maior aumento: 17 % num ano. (…). ‘Os nossos aderentes fizeram um ano
excelente’, indica o comité Vendôme, que agrupa os principais costureiros e
joalheiros parisienses. O joalheiro Bulgari apresenta um montante de negócios
35 % superior ao de 1982. Vem logo atrás a casa Cartier, que só aumentou este
ano o seu montante de negócios em 32 %. (…). Na Hermès, onde se vendem,
diariamente, 1200 lenços de seda a 500 francos cada um e 70 sacos Constance ou
Kelly, a maior parte dos quais em pele de crocodilo, a 20 mil francos a
unidade, as coisas também não vão mal.”
Sexta-feira,
2, pelas 20:20, faz-se História, o Tollan vira. Encalhado no Tejo desde a manhã de nevoeiro de
16 de fevereiro de 1980, depois de 3 anos 9 meses e 17 dias ou 198 semanas ou 1386
dias ou 33 264 horas ou 1 995 840 minutos ou 119 750 400 segundos, a
empresa Sealift, de Bremen, na República Federal Alemã, deu o casco pelo convés
postando-o corretamente. Os barcos que navegavam o Tejo apitaram para comemorar
a proeza. “O dinheiro cobrado pela Sealift ao Estado português dá qualquer
coisa como 128 mil contos, grande parte dos quais ficarão no nosso país. É uma
cláusula contratual que obrigou a empresa alemã a encomendar a um estaleiro
português mais um dos pontões que utiliza para as suas operações de salvamento,
um pouco por todo o mundo.” Antes, terça-feira, 30 de agosto, durante uma
tentativa falhada, a jovem turista francesa, Denise Lejeune, de Dreux, que
todos os anos viaja até Almada, enfiara um barrete: “Falaram-me num monumento
português muito importante e eu aqui vim. Mas já vi que era brincadeira. Ou
melhor: lá brincadeira não é bem, mas quase.” E, nesse dia, entre a multidão
assistente, foi apanhado um apalpador, gritou o apanhador: “Levas no focinho,
eu já te estava a topar. Uma miúda de treze anos, uma criança.” Na onda cultural
arribada pelo porta-contentores abriram portas o restaurante
Tollan, na rua dos Remédios, n.º 134,
Alfama, “o menu concentra-se em pratos de peixe, contudo não comam peixe às segundas-feiras,
geralmente não é fresco”; e o café Tolan na rua Doutor José Eduardo Vieira Lote
49 - loja E, Arcena, Alverca do Ribatejo, Vila Franca de Xira.
Sábado, 17 “à
tarde, membros do IRA estacionaram um carro-bomba perto da entrada lateral do
Harrods, na Hans
Crescent. A bomba
continha 14 kg de explosivos e estava montada para ser detonada por um relógio.
Foi deixada num berlina azul marca Austin 1300 GT de quatro portas, com teto
preto de vinil, matrícula KFP 252K. Às 12:44, um homem usando um código do IRA
ligou para a linha telefónica da filial londrina da instituição de beneficência
Samaritans. A pessoa que ligou disse que havia um carro-bomba em frente do
Harrods e outra bomba no interior, e deu a matrícula do automóvel. Contudo,
segundo a polícia, ele não deu nenhuma outra descrição do veículo. A bomba
explodiu cerca das 13:21, quando quatro polícias num carro, um a pé e um
tratador de cães da polícia se aproximavam do carro suspeito. Seis pessoas
morreram (três polícias e três transeuntes) e 90 ficaram feridas, incluindo 14
polícias. A explosão danificou 24 carros e os cinco andares laterais do
Harrods, projetando uma chuva de vidro na rua. O carro da polícia absorveu
grande parte do estouro e isso, provavelmente, impediu mais vítimas.” Margaret Thatcher, a primeira-ministra, ferroou: “Perverso
crime contra a humanidade e um crime contra o Natal, também. É difícil
compreender as mentes de pessoas que conseguem fazer isso. Há pessoas muito más
na nossa sociedade, e temos de fazer tudo para apanhá-las.” O IRA emitiu um comunicado: “A operação no Harrods não foi
autorizada pelo Exército Republicano Irlandês (IRA). Tomamos medidas imediatas
para assegurar que não haverá repetição deste tipo de operações. Os voluntários
envolvidos deram uma advertência específica com 40 minutos, que deveria ter
sido suficiente. Mas devido à ineficiência ou falha da Metropolitan Police, que
se gabava de conhecimento prévio da atividade do IRA, esta advertência não
resultou numa evacuação. Lamentamos as baixas civis, apesar de a expressão da
nossa compaixão seja repudiada. Finalmente, lembramos ao governo britânico que
enquanto mantiver o controlo de qualquer parte da Irlanda o Exército
Republicano Irlandês continuará a operar na Grã-Bretanha.” [3]
Domingo, dia
de Natal morria Joan
Miró, o pintor que enriquecerá a língua portuguesa
com a expressão “vender mirós”, para as interrogações ou exclamações em
situação de falência financeira do sujeito: “andas a vender mirós?” ou “vou
vender os mirós!” [4], upgrade de “vender as pratas da família”. “Com 90 anos e enfermo há
várias semanas faleceu às 15:00 horas locais (14 de Lisboa), o pintor espanhol
Joan Miró, um dos mais importantes pintores do século XX. O grande artista
catalão encontrava-se em estado muito grave e recebera já a extrema-unção na
passada segunda-feira. O seu cunhado e médico assistente, Dr. Luis Juncosa,
indicara na quarta-feira que Joan Miró se encontrava em estado de extrema
fraqueza, devido simultaneamente à sua avançada idade e às variações de
temperatura frequentes nesta altura do ano. (…). Desde 12 de janeiro do ano
passado que Joan Miró usava um estimulador cardíaco e nesse mesmo ano foi
também operado às cataratas depois de ter perdido parcialmente a vista. Tinha
festejado os 90 anos em 20 de abril passado. (…). O rei Juan Carlos e a rainha
Sofia enviaram um telegrama de condolências à família de Joan Miró, exprimindo
a sua aflição ‘perante a notícia da morte desse espanhol tão ilustre’. (…). O
chefe de Estado italiano, Sandro Pertini, considera que o desaparecimento de
Miró ‘é uma perda grave para a cultura espanhola’ e diz que conserva com
‘ciumento cuidado’ um esplêndido quadro dele, que ‘ele me ofereceu’.” [5] “Neto de um ferreiro, filho de um ourives catalão,
Joan Miró nasceu em 20 de abril de 1893, em Barcelona. Apesar dos seus dotes
evidentes para a pintura, o pai sonha fazer dele um burguês respeitável. Aos 17
anos, com a morte na alma, Miró cede às solicitações familiares entra, como
empregado de escritório, para uma grande casa comercial. Tão a contragosto que,
com uma depressão nervosa, tem de interromper o trabalho. Essa depressão,
seguida de uma febre tifoide, resulta das ambições paternas. Finalmente,
autorizado a seguir a sua vocação, Miró recebe, na Escola de Arte de Barcelona,
um ensino aberto e orientado para o vanguardismo.” Traçava-se ele enquanto
vivo: “Eu tenho uma natureza trágica e taciturna. Sou bastante equilibrado mas
tudo me desconsola: a vida parece-me absurda, penso que tudo vai sempre correr
muito mal. Se há algo de humorístico na minha pintura, não foi conscientemente
procurado.”
Domingo, 27 “‘Ali
Agca é um irmão a quem perdoei’, declarou o Papa João Paulo II após o encontro
de 20 minutos que manteve com o jovem (25 anos) terrorista turco, ex-estudante
de Ciências Económicas, que, em 13 de maio de 1981, alvejou o Sumo Pontífice.
Durante a visita efetuada ao presídio de Rebibbia, João Paulo II encontrou-se a
sós com Agca. Sentados lado a lado, mantiveram uma conversa em voz baixa que,
segundo o Papa, foi um pouco como uma confissão. (…). No final, o preso
ajoelhou-se aos pés de sua Santidade e beijou-lhe as mãos, uma das quais
apresenta ainda vestígios de ferimento causado pela bala de pistola de Ali Agca.
Ao despedir-se deste, o chefe da igreja católica formulou-lhe os melhores votos
e ofereceu-lhe um rosário de prata e madrepérola. ‘Grazie, grazie’, agradeceu o
terrorista.” Disse o Papa aos jornalistas: “Sim, Ali Agca declarou que se
arrependia do seu ato. Perdoei-lhe e ele tem toda a minha confiança.” [6] “Em Rebibbia, o Soberano Pontífice apetou a mão
a ladrões, proxenetas, assassinos, terroristas, inveterados
ou arrependidos (…) entre os 450 reclusos presentes na capela. Os presos
que assistiram à liturgia da palavra celebrada pelo Papa tinham sido designados
por sorteio na véspera. João Paulo II deu a cada um a possibilidade de falarem
com ele. Alguns entregaram-lhe cartas, outros beijaram-lhe a mão, outros ainda
limitaram-se a apertá-la. O brigadista vermelho Valerio
Morucci, um dos responsáveis
pelo rapto de Aldo Moro, e Giuseppe Funaro, um militante da Autonomia Operária, movimento ligado a Toni Negri, trocaram algumas
palavras com o Soberano Pontífice. (…). Mario
Appignani, por
alcunha o Cavalo Louco, um libertário de choque, conhecido pelos seus protestos
extravagantes (reclama designadamente a legalização do roubo), foi o único a
não respeitar a boa ordem da cerimónia. Acercou-se do Papa para lhe entregar um
documento que pretendia ler ao microfone. O Soberano Pontífice controlou muito
bem a situação. ‘Trata-se de uma mensagem que me é dirigida e não de uma carta
aberta’ – disse. ‘Lê-la-ei mais tarde’.”
Quarta-feira,
28 “cento de cinquenta funcionários da Direção-Geral da Fiscalização Económica
estão a atuar em todo o país junto das principais instituições hoteleiras que
organizam réveillons de fim de ano. Objetivo expresso: fiscalização de preços e
deteção de fraudes. Na zona de Lisboa atuam cerca de 30 funcionários (10
brigadas) em Sintra, Cascais e Estoril, uma brigada. Os alvos preferenciais das
brigadas são essencialmente hotéis e restaurantes de luxo e de primeira categoria,
de acordo com a orientação dimanada da Direção-Geral.”
Quinta-feira,
29 “O primeiro-ministro Mário Soares recebeu esta manhã em S. Bento, os membros
do Governo que lhe foram apresentar cumprimentos de Ano Novo. (…). Durante o
discurso que proferiu, acentuou duas ideias força: este governo de emergência,
para controlar a situação, é uma equipa coesa que tem sabido superar as
divergências e a sua estabilidade é indispensável; mas o ano de 1984 continuará
a ser difícil, só se podendo esperar melhorias significativas na situação
económica depois do primeiro semestre.” [7] O povo
emagrecia, o ano terminava com grande parte dos portugueses 28 porcento mais
pobre, nesse Natal, o bacalhau não foi com todos, só alguns o trincaram. “O
bacalhau, o especial tem 565$00 marcado, depois desce-se na qualidade, com o
graúdo a 530, o sortido de 2.ª fixado nos 400 e o miúdo que não desce para cá
dos 350. (…). As caras, se forem um pouco mais avultadas, chegam aos 268$00 por
quilo. E as línguas, coisa que caiu para o desuso, vai nos 820. Contas feitas,
se não se sentarem muitas pessoas a fazer consoada, preparem-se quatro postas,
meio quilo mais coisa menos coisa. A esses 280$00, junte-se mais 400$00 de
polvo, 200 de couves e nabiças e 200 para batatas, cenouras, azeite e quejandos.
Soma feita já uma nota de mil no termo da consumição.” [8]
Melhores do
ano. “Rui Veloso foi considerado o melhor intérprete português de 1983, segundo
um inquérito da ANOP junto da comunicação social. (…). Votaram também em ‘Guardador de margens’ de Rui Veloso como o melhor álbum de rock do ano. Os inquiridos escolheram ‘A cantar ao sol’ de Janita Salomé, ‘Por
este rio acima’ de Fausto
e ‘Coincidências’ de Sérgio Godinho, ex aequo, como os melhores discos de música popular portuguesa,
enquanto ‘Adeus tristeza’ de Fernando Tordo foi considerado o melhor LP de
música ligeira de 1983. Os grupos Sétima Legião e Vai de Roda foram considerados as revelações de 1983, mas os melhores
foram escolhidos os Heróis do Mar, que foram também considerados os mais promissores
para 1984, enquanto que ‘Fado bailado’, o casamento do jazz
com o fado de Rão Kyao, foi considerado quase unanimemente a ‘grande surpresa’
do ano (…). No entanto, o vocalista dos Heróis do Mar, Rui Pregal da Cunha, foi considerado o pior do ano. (…). No setor
estrangeiro, Michael Jackson foi eleito o melhor interprete, Culture Club o melhor grupo, Marillion a revelação, David Bowie e Rod Stewart, ex aequo,
as superestrelas do ano e ‘Inarticulate Speech of the Heart’ de Van Morrison o melhor álbum, logo seguido de ‘Infidels’ de Bob Dylan. Eddy Grant foi eleito o melhor intérprete de reggae, ‘Mama
Africa’ de Peter Tosh o melhor álbum de reggae, ‘Nighthawks
at Diner’ (1975) de
Tom Waits o melhor álbum de blues e jazz [lapso, o álbum seria ‘Swordfishtrombones’ (1983)]
e o trompetista Winton Marsalis a revelação do ano no jazz. (…). O concerto de Rod Stewart no Restelo, o melhor do ano em
Portugal, enquanto que o dos Whitesnake no pavilhão de Cascais como o pior. (…). ‘Quando o coração chora’ do duo Romeu & Julieta foi o primeiro single a obter um disco de platina, cuja
atribuição foi iniciada em 1 de janeiro do ano findo, ao vender mais de cem mil
cópias.”
Vendas de
música. “Com cerca de sete milhões de discos vendidos, entre singles, LPs e cassetes, a indústria
discográfica portuguesa termina o ano de 1983 com a confirmação de uma crise
iniciada em 1982. O número exato de discos produzidos e vendidos é neste
momento quase impossível de saber, mas uma coisa é certa: dos cerca de sete
milhões de discos vendidos (menos de um por cada português), a maior predominância
do comprador foi para ‘a boa música e os nomes consagrados’, segundo os
responsáveis pelas editoras e distribuidoras portuguesas. (…). Em 1983 foram
vendidos, aproximadamente, 7 milhões de discos, contra 8 milhões em 1982, 9
milhões em 1981 e 7 milhões em 1980. (…). ‘Na indústria discográfica, com
exceção da mão-de-obra, praticamente tudo é importado, desde a fita de gravação
até à tinta das capas’, refere um funcionário de uma editora, adiantando que ‘devido
a isso, um LP que custava 320 escudos no começo de 1982 passou a um preço médio
de 525 escudos em 1983’. No entanto, 1983 viu nascer quatro novas editoras e
distribuidoras, a Dacapo, a MVM, a Fundação Atlântica e a Disco-Dance. (…). A
CBS, implantada em Portugal em 1982, alargou a sua atividade neste país indo
buscar alguns dos artistas portugueses mais importantes de outras editoras, das
quais a mais esvaziada foi a Rádio Triunfo com três deserções (Ana Faria, José
Malhoa e Cândida Branca-Flor).”
“Best Songs of 1983” – “Blue Monday”, p/ New Order ♫ “Separate
Ways”, p/ Journey ♫ “Let’s Dance”, p/ David Bowie ♫ “Terra Titanic”, p/ Peter Schilling ♫
“Sunday Bloody Sunday”, p/ U2 ♫ “Hungry Like The Wolf”, p/ Duran Duran ♫ “Jeopardy”, p/ Greg Kihn Band ♫ “Original Sin”, p/ INXS ♫ “Africa”, p/ Toto ♫ “Electric Avenue”, p/ Eddy Grant ♫ “She
Works Hard for the Money”, p/ Donna
Summer ♫ “Do
You Really Want To Hurt Me”, p/
Culture Club ♫ “Uptown
Girl”, p/ Billy Joel ♫ “Always Something There (To Remind Me)”, p/ Naked Eyes ♫ “Maneater”, p/ Daryl Hall & John Oates ♫ “Maniac”, p/ Michael Sembello ♫
“Der Kommissar”, p/ After The Fire ♫ “Gloria”, p/ Laura Branigan ♫ “Come On Eileen”, p/ Dexy’s Midnight Runners ♫
“Give
It Up”, p/ KC & The Sunshine Band ♫ “Mickey”, p/ Toni Basil ♫ “Mr. Roboto”, p/ Styx ♫ “Down
Under”, p/ Men At Work ♫ “Flashdance… What A Feeling”, p/ Irene Cara ♫ “Up
Where We Belong”, p/ Joe
Cocker & Jennifer Warnes ♫ “Back
on the Chain Gang”, p/ The
Pretenders ♫ “Sweet
Dreams (Are Made of This)”, p/
Eurythmics ♫ “Total
Eclipse of the Heart”, p/ Bonnie
Tyler ♫ “Girls Just Want To Have Fun”, p/ Cyndi Lauper ♫ “Every Breath You Take”, p/ The Police.
Para além
das melhores, as ótimas foram: “The Safety Dance”, p/ Men Without Hats ♫
“(She's) Sexy & 17”, p/ Stray Cats ♫ “I Know There's Something Going On”, p/ Frida ♫ “Can't Shake Loose”, p/ Agnetha Faltskog ♫
“Wham Rap (Enjoy What You Do)”, p/ Wham! ♫ “True”, p/ Spandau Ballet ♫
“Our House”, p/ Madness ♫ “Temptation”, p/ Heaven 17
♫ “Owner of a Lonely Heart”, p/ Yes ♫ “Rockit”, p/ Herbie Hancock ♫
“Undercover of the Night”, p/ The Rolling Stones ♫
“She Blinded Me With Science”, p/ Thomas Dolby ♫ “Puss 'n Boots”, p/ Adam Ant ♫ “This Is Not A Love Song”, p/ Public Image Limited ♫
“The Politics Of Dancing”, p/ Re-Flex ♫ “Gimme All Your Lovin'”, p/ ZZ Top ♫ “Holiday”, p/ Madonna ♫ “Rebel Yell”, p/ Billy Idol ♫ “Rip it Up”, p/
Orange Juice ♫ “High Life”, p/ Modern Romance ♫
“Waiting for a Train”, p/ Flash And The Pan ♫
“Moonlight Shadow”, p/ Mike Oldfield ft. Maggie Reilly ♫ “Don't
Talk To Me About Love”, p/ Altered
Images ♫ “Windows”, p/ Missing Persons ♫
“Working with Fire and Steel”, p/ China Crisis ♫ “She’s in Parties”, p/ Bauhaus ♫ “We Are Detective”, p/
Thompson Twins ♫ “Dance With Me”, p/ Lords Of The New Church; e a canção de todas as
décadas: “Too Shy”, p/ Kajagoogoo.
____________________
[1] Sábia em todas as ciências e lavores femininos: Barbamiska. Nome verdadeiro Dasha Poteenko (Дарья Потеенко),
t.c.c. Barbara, Barbariska, Darya, Diana, Elina Heaton, Emma
C., Mirjam, Polly, Pocahontas, Sally, Stevie, Trinity, 1,70 m, 51
kg, 85-66-89, sapatos 37, olhos verdes, cabelos loiros, nascida a 12 de agosto
de 1990, em S. Petersburgo, Rússia. Pictogramas: {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {c/ Veleska} {c/ Verunka}. Cinemateca: {Smack
My Bitch} {Smack
My Bitch} {Smack My Bitch} {First Anal Quest} {c/ Verunka} {Nailin’
The Babysitter 6} {24} {Barbamiska} {Mirjam} {Pocahontas} {Trinity}.
[2] Segundo um estudo de Alexandre Teixeira, doutorando da Faculdade de
Psicologia do Porto, as colaboradoras sexuais “metade são solteiras, 72% têm
filhos, 10% têm formação superior e 27% o ensino secundário.” Os estudos
melhoram todas as classes profissionais: Como pescar um americano, prostituta revela a tática para fisgar um ianque, no
filme “O que farei eu com esta espada” (1975), de João César Monteiro, estreado sábado, 19
de junho de 1976 no cinema Universal.
Ataque de
tusa no nordeste transmontano, desde janeiro de 2004, putas e polícias
digladiavam pelo espaço vital. “Depois da invasão de mulheres vindas da Europa
de Leste para trabalhar em casas de alterne portuguesas no final da década de
90, as sul-americanas, com predomínio das brasileiras, ocupam o topo da hierarquia
da prostituição em Portugal. (…). ‘Trabalho de dia, por anúncio, e à noite no
bar’, Paula não esconde o seu jogo: ‘Era stripper
no Brasil, sou prostituta em Portugal’. Encantou-se com a perspetiva de uma
vida fácil, promessa de um empresário português por quem se apaixonou. Cobra 50
euros a cada cliente. ‘Mas se pagar bebida já não é mau. Fico com metade’.
Praia, casa, filhos. É nisso que pensa quando tem relações sexuais com os
clientes. Não tem prazer. ‘Nunca se tem’, confessa. ‘Senti-me suja, mas tinha
de sobreviver’, recorda Paula dos primeiros tempos em Portugal. ‘Um dia hei de
casar-me e ser feliz. Quero ter uma vida comum’. (…). Maria bem mais velha do
que Paula não trabalha em bordéis: ‘Metem-me nojo’. Maria comprou um
apartamento no bairro Mantas, em Vila Real. Os clientes são angariados através
de um anúncio no jornal. É a mais velha prostituta do bairro. Irrita-se com as
raparigas mais novas, porque estragam o negócio: ‘Elas chegam aqui e praticam
preços mais baixos, o que chateia toda a gente. É burrice, pois assim todas
saem prejudicadas. Não têm consciência de classe’. (…). Conta que nasceu sem
problemas financeiros na mesma terra do que Lula da Silva, em Garanhuns, no
interior de Pernambuco. Diz que viveu uma adolescência politizada, que foi
fundadora do PT, que conheceu Lula e que participou em vários movimentos
sindicalistas contra o regime que mergulhou o país numa ditadura militar que
durou até 1985.”
“Cláudia é
portuguesa, tem 22 anos e não sabe ler. Aliás, nunca foi à escola. ‘Até tenho
vergonha de dizer isso’, mas diz. Trabalha no Brasão, na zona raiana de Chaves.
Tem duas enormes argolas de ouro nas orelhas, veste umas calças brancas coladas
ao corpo e uma camisola azul de alças. Tem olhos e lábios muito pintados, um
cabelo comprido e encaracolado. Não fuma, nem bebe. Partiu de Lisboa para o
interior norte do país, para trabalhar em casas de alterne. Numa fábrica de
confeção arrecadava o salário mínimo nacional [426 €]. Agora, recebe entre dois
e três mil euros mensais e livres de impostos. Os pais não sabem o que faz. ‘Se
soubessem, matavam-me’. (…). ‘Hoje já não há casas de alterne. Só casas de
putas’, afirma Gui, dona da Taverna D’el Rei, uma casa de fados no centro da
Covilhã onde também se faz alterne. Correu o país em espetáculos de striptease com o marido. Depois do show,
bebia uns copos com os clientes. ‘Dava para ganhar mais algum. Nunca me prostitui,
fazia o verdadeiro alterne’. (…). As casas de alterne são minas de ouro e o
filão parece nunca mais se esgotar. É fácil ganhar muito dinheiro. Veja-se: uma
grade de 24 cervejas custa pouco mais de oito euros. Dentro do bar, cada
cerveja é vendida a, pelo menos, cinco euros. Feitas as contas, por cada grade
vendida o proprietário tem um lucro de 112 euros. E a cerveja é a bebida mais
barata, porque, por exemplo, com o whisky as contas são outras – uma garrafa
compra-se por cerca de 10 euros e rende 12 bebidas, cujos valores oscilam entre
os 15 e 25 euros. O champanhe, outra das bebidas consumidas, tem garrafas a
rondar os 250 euros. O copo pago à menina, fica-se pelos 25 euros. Se for um
sumo, a conta diminui para 15 euros. Continue-se a somar: cada subida aos
quartos custa, em média, 35 euros, sendo que para as raparigas ficam 25 e o
patrão ganha 10. Ainda há os quartos que lhes são normalmente alugados. Por
exemplo, no caso do Hot Playboy, a diária ronda os 45 euros. ‘a trabalhar
normalmente, uma casa destas chega a render entre os dois e os três mil euros
por noite’, garante um antigo proprietário”, 7 de maio de 2005, na revista
Única, do jornal Expresso n.º 1617.
[3] Quinta-feira, 28 de janeiro de 1993 “o Harrods foi
outra vez o alvo. Às 9:14, foram emitidos dois avisos telefónicos, dizendo que
duas bombas tinham sido colocadas, uma no exterior outra no interior do
Harrods. O armazém devia abrir às 10:00. A polícia isolou a área e começaram as
buscas. Contudo, alguns transeuntes ignoraram o cordão policial. Cerca das
9:40, um pacote contendo 450 gramas de Semtex explodiu num caixote do lixo em
frente do armazém. Feriu quatro pessoas e danificou a frente da loja. O
custo dos danos e perda de vendas foi estimado num milhão de libras. Os
responsáveis foram ativistas ingleses de extrema-esquerda associados ao IRA.
Jan Taylor, um ex-cabo de 51 anos que serviu no Royal Signals Corps do exército
inglês, e Patrick Hayes, um programador de computadores de 41 anos, com um
diploma em ciências empresariais pela Central London Polytechnic e membro da
Ação Vermelha. Em março de 1993, a polícia capturou-os na casa de Hayes em
Stoke Newington, no norte de Londres. Cada um deles foi condenado a 30 anos de
cadeia pela explosão no Harrods em janeiro e por um segundo ataque a um comboio
um mês depois, que causou grandes danos mas sem vítimas. Hayes foi também
condenado por conspiração para causar três outras explosões em 1992.”
[4] “Em cinco anos, a administração da Galilei (nome da antiga
Sociedade Lusa de Negócios – SLN), liderada por Fernando Lima, teve de arrumar
a casa debaixo de forte pressão. (…). No ano de 2013, a empresa e o Estado,
através da Parvalorem, conseguiram negociar uma pequena parte da dívida que
estava em offshores. É o caso de três
offshores onde estavam 68 obras do
pintor Joan Miró e dívidas à Parvalorem que acabaram por ser assumidas pela
Galilei. A dação em cumprimento da dívida através da entrega das obras à
Parvalorem foi de 62 milhões de euros mas se o Estado conseguir vender os
quadros acima deste valor, o remanescente abate à dívida da Galilei à
Parvalorem”, 7 de junho de 2014, no suplemento de Economia, jornal Expresso
n.º 2171.
[5] Neste ano nascera uma obra de arte. Sara Malakul Lane, 1,72 m, 57 kg, 99-61-89, sapatos 38, olhos e cabelos
castanhos, nascida a 1 de fevereiro de 1983, em Guam. Modelo e atriz
tailandesa-inglesa estreou-se no cinema em “Belly
Of The Beast” (2003),
como Jessica, a filha de Steven Seagal; e filmou noutros como “Nature Unleashed Volcano” (2005), “Phayak Rai Sai Na” (2005), “Sharktopus” (2010), “12/12/12” (2102), “100 Degrees Below Zero” (2013), “Jailbait” (2013), “Pernicious” (2015). Entrevista: “Que filosofias orientam a tua vida?” R: “Sou
relativamente conservadora na minha vida pessoal, assim, gosto de correr riscos
no que diz respeito ao trabalho. Gosto de estrutura, rotina e disciplina, mas
no outro lado da moeda, gosto de ser um pouco perigosa, assim construi uma
caixa e passo-me dos carretos dentro dela (penso que foi o Dustin Hoffman que
inventou o conceito, mas não estou 100 % segura).” Óperas primas: {Ballers} {Cassie} {Weird
Loners} {The
Mysteries of Laura} {Elite Models} {selfies} {Yume
Magazine} {The Head
Huntr} {Celebrity
Movie Archive} {gif Jailbait} {gif Erin O’Brien} {cont.} {gif Jennifer Robyns Jacob}. – Morreu Miró no dia de Natal de 1983, pela lei da
compensação, nasceu Juliette Fretté. Juliette, 1,70 m, 55 kg, 86-63-91, cabelo loiro,
olhos verdes, nascida a 25 de dezembro de 1983, em Santa Clara, Califórnia.
Modelo pintora, escritora e ativista, “foi Playmate
do mês de junho de 2008 na revista Playboy. Como estudante da UCLA posou pela
primeira vez nua para as Girls of the Pac-10 da Playboy de outubro de 2005. Em 2006, foi destaque
no Playboy Cyber Club como Coed da
semana (janeiro) e Coed do mês
(março), sob o nome Juliette Rose. (…). Escreveu para o Huffington Post”. “Durante os seus estudos ela teve de decidir um
tema para a tese e quando o fez chamou-a Posing
for Playboy from a Feminist Perspective: How Media Images Impact Women’s
Empowerment. Atualmente, ela está a rever e a expandir a tese num livro:
‘Será uma narrativa contando a minha viagem feminista através da Playboy, começando
com a experiência original contida na minha tese: Posing for Playboy from a Feminist Perspective: How Media Images
Impact Women’s Empowerment’. Com a expansão da sua tese ela abordará uma
série de questões: coisificação, livre arbítrio, pornografia e capacidade de
julgar, para enumerar algumas.” {fotos} {fotos} {fotos}.
[6] O jornal liberal turco Milliyet, cujo chefe de
redação, Abdi Ipecki, foi morto por Agca em fevereiro de 1979, discordava:
“Agca não é apenas um simples pecador, é um assassino feroz, um dos mais
terríveis que a história recente conheceu. Penetrar na sua cela e perdoar-lhe
não pode ser considerado como uma prova de tolerância, é atentar contra a
memória de Abdi Ipecki.”
[7] Luís Montenegro, líder da bancada do PSD na
Assembleia da República, num jantar do grupo parlamentar em 17 de dezembro de 2014,
caçoava sobre estas idas governações: “Por exemplo, na discussão do Orçamento
de Estado de 1984, o Dr. Mário Soares dizia que a austeridade era a condição
para a esperança em Portugal”, da assistência ouve-se um ah ah ah parecido com
um grugulejar de peru.
[8] Curiosidades natalícias. Cartões de boas-festas: “foi
sir Henry Cole (1808-82) quem sugeriu a ideia ao pintor John Calcott Horsley.
Imprimiram-se 100 numa litografia e vendiam-se baratos em 1843. Árvore de Natal:
“ao que parece foi Lutero, no século XVI, que na noite da véspera de Natal ia a
passar e viu uma árvore cheia de palhetas de neve iluminadas pela lua. Era tal
a beleza que ao chegar a casa o famoso reformador da Igreja tentou copiar o que
vira na natureza.”
na sala de cinema
“Angel” (1984), real. Robert Vincent O’Neill, c/ Cliff
Gorman, Donna Wilkes… estreado quinta-feira, 3 de outubro de 1985 no
cinema Roma. “Com 15 anos, Molly é a melhor aluna da sua turma no liceu.
Ninguém suspeita que a aluna modelo ganha o seu dinheiro na noite: como a
prostituta Angel, no Sunset Boulevard. A bem organizada separação das suas duas
vidas é despedaçada quando duas amigas dela são mortas por um serial killer necrófilo. Ela é a única testemunha e torna-se ela própria
um alvo. O detetive Andrews, que tomou conta da ocorrência, ajuda-a, não só a
sobreviver, mas também a interrogar-se porque continua a humilhar-se e a parar.” [1] Na banda sonora,
“Something Sweet”, p/ The Allies. “A banda começou em 1982, quando Matt Preble
encontrou Bernard Duvau através de um amigo comum. Quando descobriram um
interesse comum na música, houve uma ligação instantânea. (…). Uma noite, num
clube local, eles ouviram Pam Neal, uma vocalista atuando na banda da casa, e
souberam que estavam a um passo de formar uma banda extraordinária, se ela
concordasse em fazer parte dela. Pam Neal cantava e tocava teclados, Bernard
Duvau tocava guitarra e Matt Preble partilhava os vocais e tocava guitarra e
alguns teclados. Eles eram três músicos talentosos que se complementavam uns
aos outros em todos os sentidos.”
“Adamo ed Eva, la prima storia d’amore” (1983),
real. Enzo Doria e Luigi Russo, c/ Mark Gregory, Andrea Goldman… estreado
sexta-feira, 4 de maio de 1984 no cinema Castil. “Depois de Adão e Eva terem
sido expulsos do Jardim do Éden, enfrentam milhares de desafios. Os dois
cruzam-se com três grupos de pessoas: os Yukka, que querem acasalar com Adão e
Eva para melhorar a sua raça; os Kuntha, uma raça altamente desenvolvida, que
estabelece amizade com Adão e Eva até um dos Kuntha se apaixonar por Eva e
fugir com ela; e os Kuzaam, uma raça canibal. Ao longo das suas aventuras, o
amor de um pelo outro persiste através da sua busca para encontrar o paraíso
que perderam.” [2] “Death in the
Shadows” (1985), título original “De Prooi”, filme
holandês, baseado no livro “Henriette Who?” da escritora inglesa Catherine
Aird. Realizado por Vivian Pieters, c/ Maayke Bouten, Marlous Fluitsma, Johan Leysen, Erik de Vries…
“Valerie Jaspers, de 18 anos, e a sua mãe, Trudy, vivem juntas na rural
Oostdijk, uma pacata vila (fictícia) perto de Amesterdão. Quando Trudy regressa
a casa uma noite, é atropelada por um carro. Morre. A autópsia revela que ela
nunca deu à luz. Logo depois mais factos estranhos começam a aparecer. Quando o
inspetor da polícia, Mellema, caça o condutor do carro, Valerie começa a
procurar os seus pais verdadeiros, ambos levando à mesma triste verdade.” “My Tutor” (1983), título indígena “A minha professora”, uma
comédia da era Porky’s realizada por George Bowers, c/ Caren
Kaye, Matt Lattanzi (1.º marido de
Olivia Newton-John), Clark Brandon, Crispin Glover… estreado sexta-feira, 9 de
agosto de 1985 no cinema Mundial. “O adolescente do sul da Califórnia, Bobby
Chrystal, tem dois problemas. Primeiro, ele vai reprovar a francês na escola.
Segundo, não consegue perder a virgindade, um problema que atinge o cúmulo do
absurdo cómico quando os seus amigos Billy e Jack fazem uma malfada visita a um
bordel. Uma possível salvação para ambas as questões, chega, quando o seu pai
rico decide contratar uma tutora para viver lá em casa, Terry, que gosta de
nadar nua na piscina de noite e está ainda a remendar o coração partido de uma
relação que deu errado.”
___________________
[1] Desde a década de 80, o capitalismo cometeu horrores
de crimes contra a pobreza, saqueando-a, violando-a, chacinando-a, concentrando
campos de riqueza em que as jovens tergiversam da prostituição arrostando a
vagina e a sua propriedade, como privada. A saída da vagina do setor público para
mãos privadas oportuniza a introdução das medidas certas das melhores práticas
de gestão, pelas suas legítimas donas, nesta área estratégica de especialização
inteligente, distribuindo dividendos sob tel
est notre plaisir (expressão protocolar dos reis franceses para que uma lei
fosse promulgada). A jovem, mandachuva dourada do seu entrepernas, desestorva com Carlos
Drummond de Andrade, “nunca
pensei ter entre as coxas um deus”, o pito, que propriedade, liberta o corpo da
sua proprietária saciando-o de belos manjares, camas macias e American Express
Centurion Card. Olya: fotografia {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos}. Cinemateca {filme} {filme} {filme} {filme} {filme} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Kristy} {c/ Alexey + Klark}. – Kristy, t.c.c. Irina: fotografia {fotos} {fotos} {fotos}. Cinemateca {filme} {filme} {filme} {filme} {filme}. “‘Não tem o espirito sede de liberdade?’ – Ah, não
é só o meu espirito, também o meu corpo aspira a ela hora a hora! Quando o meu
nariz, de frente para os cheiros da cozinha do palácio, conta ao meu palato
como são saborosas as iguarias que ali se preparam, ele sente uma terrível
nostalgia, agarrado ao seu pão seco; quando os meus olhos falam às costas
doridas da penugem macia sobre a qual se dorme melhor do que sobre a palha dura
que elas conhecem, apodera-se delas uma raiva surda. (…). E a isso chamas tu
sede de liberdade? Mas, de que coisa te queres libertar? Do teu pão seco e da
tua enxerga de palha? Então deita-as fora! – Mas, pelos vistos, isso não te
satisfaz; tu preferes a liberdade de desfrutar de belos manjares e de camas
macias. E os homens deveriam dar-te esta ‘liberdade’, permitir-te tê-la? Tu não
esperas isso do seu amor ao próximo, porque sabes que todos eles pensam como
tu: o próximo começa em nós próprios! Como queres tu então chegar a desfrutar
daquelas iguarias e camas? Sem dúvida fazendo delas propriedade tua! Pensando
bem, o que tu queres não é a liberdade de ter essas coisas boas, porque com
essa liberdade tu ainda as não tens; o que tu queres é tê-las de facto, chamar-lhes
tuas e possuí-las como propriedade tua. De que serve uma
liberdade que não te dá nada?”, Max Stirner em “O único e a sua propriedade”.
no aparelho de televisão
“Upstairs, Downstairs” (1971-1975), título indígena “A
família Bellamy”, série
inglesa, de degolada transmissão, da 4.ª e 5.ª temporadas, de segunda a sexta na
RTP 1, pelas 18:25, de terça-feira, 7 de julho / sexta-feira, 14 de agosto de
1987. “1.º Episódio: James Bellamy (Simon Williams) está na frente de batalha e
Richard (David Langton) e Hazel (Meg Wynn Owen) aguardam
ansiosamente que ele mande notícias. Quando lady
Prudence (Joan Benham) insiste com Hazel para a ajudar no trabalho voluntário,
Hazel acaba por concordar em receber em sua casa uma família de refugiados
belgas. Depois de findos todos os preparativos para o alojamento, o espanto é
enorme quando a família belga chega.” Na vida indígena a preto e branco, esta
série fora transmitida às quartas-feiras, estreada pelas 22:45, dia 11 de abril
de 1973 na RTP 1, (na época chamada 1.º programa, distribuída em dois períodos:
1.º período das 12:45 às 14:15, 2.º período das 19:00 às 23:05). “A série
acompanha as vidas da família e criados numa residência de Londres em Eaton Place, 165.
Richard Bellamy, o chefe da família, é membro do parlamento, e a sua mulher
membro da aristocracia nobiliária. Em baixo, Hudson (Gordon Jackson), o mordomo escocês, dirige e orienta
os outros criados sobre as suas tarefas e (algumas vezes) o seu devido lugar. Acontecimentos
da vida real de 1903-1930 são incluídos nas histórias da casa Bellamy.” “Upstairs, Downstairs nasceu de uma ideia concebida por duas atrizes amigas,
Jean Marsh e Eileen Atkins. A sua ideia imaginava uma série de comédia chamada ‘Behind
the Green Baize Door’, que seguia as aventuras de duas criadas (a serem
interpretadas por Marsh e Atkins), que trabalhavam numa casa de campo
vitoriana. Originalmente, o formato referia-se apenas ao pessoal em baixo, mas, gradualmente, as pessoas do andar superior
foram sendo incorporadas: ‘Os criados têm de servir alguém’, disse Jean Marsh.
No verão de 1969, as duas atrizes apresentaram a ideia a uma empresa de criação
chamada Sagitta, gerida conjuntamente por John Hawkesworth e John
Whitney, dois experientes produtores de TV. Hawkesworth tinha passado a
infância entre criados e, portanto, conhecia bem as relações complexas e
protocolos que existiam entre senhor e servo.” [1]
“The Secret Diary of Adrian
Mole, Aged 13¾” (1985),
série inglesa transmitida aos domingos na RTP 2, pelas 20:40, de 18 de janeiro
/ 29 de fevereiro de 1987, c/ Gian Sammarco (Adrian Mole), Stephen Moore
(George Mole), Julie Waters (Pauline Mole), Lindsey Stagg (Pandora Braithwaite),
baseada no livro homónimo escrito por Sue Townsend. “O livro é escrito em
estilo de diário e foca as preocupações e pesares de um adolescente que
acredita ser um intelectual. A história decorre entre 1 de janeiro de 1981 e 3
de abril de 1982, e faz referência a muitos factos históricos mundiais da
época, tais como a guerra das Malvinas e o casamento do príncipe Carlos e lady Diana. Além dos eventos
humorísticos descritos no diário, muito do humor do livro deriva da narração
inverosímil de Mole que, ingenuamente, ainda que positivamente, deturpa os
acontecimentos à sua volta.” Extrato em pdf. O genérico composto por Ian Drury e Chaz Jankel, e
cantado por Drury, “Profoundly in Love with Pandora”, alude à miúda mais bonita da escola a quem Adrian
arrasta a asa. “The Growing Pains of
Adrian Mole” (1987), título
indígena, “Adrian Mole na crise da adolescência”, transmitida às terças-feiras
na RTP 2, pelas 21:30, de 9 de agosto / 13 de setembro de 1988, retoma onde a
série anterior terminara, abarcando o período entre 4 de abril de 1982 e 2 de
junho de 1983. A cantora Lulu substitui a atriz Julie Waters no papel da mãe,
Pauline Mole, nesta série. 1.º Episódio: “A avó de Adrian, por causa da guerra
das Malvinas, quer evitar que se comam bifes argentinos em casa, mas Pandora, a namorada, organiza na escola manifestações e
abaixo assinados a exigir o fim da guerra. Adrian pede a Pandora que lhe mostre
o peito o que ela recusa dizendo que ele está obcecado com o sexo. Manda-o
tratar-se no psiquiatra. Adrian decide, então, matar-se e escreve uma longa
carta a Pandora. Mas quando, no dia seguinte, vai entregar-lha, descobre que
Pandora está a organizar um baile de máscaras, sobre o qual nada lhe dissera. E
pior: George diz-lhe que ela está grávida de três meses.” [2] “Moonlighting” (1985-89), título indígena, “Modelo e detetive”,
série americana transmitida às terças-feiras na RTP 1, pelas 21:00, de 11 de
outubro de 1988 / 9 de maio de 1989. “Maddie Hayes (Cybill Shepherd) é uma modelo em final de carreira burlada pelo seu
contabilista, que fugiu com todo o seu dinheiro para a América do Sul, só lhe
deixando a casa e uma agência de detetives falida. David Addison Jr. (Bruce
Willis) é o detetive mulherengo que dirige a agência Blue Moon e que tenta
desesperadamente convencer Maddie a não a fechar. Sem alternativa, Maddie vê-se
forçada a aceitar as novas regras e a encarar a sua nova profissão de detetive
numa agência em que resolvem casos de infidelidade, de pessoas desaparecidas,
entre outros. A série tinha algumas características inovadoras, incluindo uma
técnica chamada de quebrar o quarto muro,
que se referia ao muro existente entre o programa de televisão e o público.
Consistia nos diálogos em muitos episódios com referências diretas aos
argumentistas, ao público, à televisão e à própria série. ‘Modelo e detetive’
foi a primeira série a fazer referências pessoais ao próprio programa em diálogos.” 1.º Episódio: “David recebe uma inesperada visita
do pai, David Addison Sr. (Paul Sorvino), divorciado e estabelecido em Filadélfia.
David vem anunciar-lhe o seu próximo casamento com Stephanie (Brynn
Thayer), uma jovem esplendorosa, e deseja
que o filho seja o padrinho.” [3] “Cybill
Shepherd e Bruce Willis não se davam bem durante a série. A sua relação ficou
ainda mais tensa devido ao sucesso de Willis com ‘Die Hard’ (1988). Enquanto
Willis se tornava uma grande estrela de cinema, ele arrufar-se por ser segundo
lugar na série. Ele também despeitava Shepherd, quem, sentia ele, provocava
muitos atrasos nas filmagens.” “Boletim agrário do
ministério da Agricultura” [4] (1988-…), transmitido de terça a sexta-feira na
RTP 1, pelas 20:00, de terça-feira, 31 de maio de 1988 até finais de 1990; no
mês de agosto a RTP exibe-o de terças a sábados; a partir de janeiro de 1989
será transmitido de segundas a sextas; quarta-feira, 16 de agosto de 1989 o
Boletim é interrompido até quarta-feira, 1 de novembro; segunda-feira, 6 de novembro
é interrompido outra vez; regressa segunda-feira, 4 de dezembro; desde sábado,
22 de setembro de 1990, o mais importante programa da TV portuguesa, pelo
carater formativo de intelectuais, banqueiros e políticos nacionais, será transmitido
de segunda a sábado para sachar as novas elites até, pelo menos, 3 de dezembro
de 1990. Com o Boletim tuteava-se, por exemplo, o fungicida Rubigan 12: “Muitos cuidados poupámos / e a vinha ficou sã, /
prevenida com Rubigan / 12! / O oídio não entrou.” Produto icónico inspirativo
do nome da banda de punk / ska ribatejano, os R12, “Punk agricultor”, composta por Tiago Cardoso (voz), Karamelo (voz /
guitarra), Marcelo (guitarra), Morgado (baixo) e Bussas (bateria). De Glória do
Ribatejo “os R12 juntaram-se para ensaiar em finais de junho de 2006. O nosso
primeiro local de ensaio foi uma sala desocupada de uma casa em Glória do
Ribatejo onde morava um ucraniano. Posteriormente tivemos de mudar de local de
ensaio devido às infiltrações na casa já que quase ficamos sem amps, não fosse
o cuidado do nosso ‘colega de casa’ em mudar a localização dos amps para outra
divisão da casa durante uma chuvada.” Outro êxito da banda cavava na elite nacional, “Ka-Va-Ku”: “Ó Cavaco / Ó Cavaco / Anda cá / Anda cá / Vira o
cu p’a gente/ Vira o cu p’a gente / Toma lá / Toma lá.” E foi o Boletim, que lançado
à terra, ao fértil chão português, medrou a maior riqueza do país, um povo e
elite de dandies saloios [5].
____________________
[1] “Uma das mais amadas (pelos os ingleses) séries de TV
de todos os tempos é trazida de volta à vida com um novo elenco e sumptuosos
valores de produção.” “Upstairs, Downstairs” (2010), “criada por Heidi Thomas, esta série é uma nova versão do
clássico criado pelas atrizes Jean Marsh (Rose) e Eileen Atkins (Maud),
produzido entre 1971 e 1975. A história original iniciou no ano de 1903
encerrando na década de 1930. Retratando as mudanças sociais e culturais, a
série narrou em cinco temporadas as relações entre a família Bellamy e seus
empregados, que viviam na casa localizada na rua Eaton Place, nº 165. Esta nova
versão, produzida em 2010, é uma minissérie em três episódios. Situada no ano
de 1936, o enredo acompanhou a história do casal Holland, ele um diplomata, que
vai morar na antiga casa da família Bellamy. A única personagem que fez a transição
entre a série original e a nova versão é a governanta Rose, novamente
interpretada por Jean Marsh.”
[2] “Adrian Mole: The Cappuccino Years” (2001). “Adrian Mole (Stephen Mangan) é agora um pai
solteiro de 31 anos trabalhando como chef
de sobras e tentado fazer o seu percurso no mundo. Ele sonha tornar-se um
romancista de sucesso. O amor da sua vida, Pandora Braithwaite (Helen
Baxendale), concorre,
como candidata trabalhista, na sua cidade natal na Eleição Geral de 1997. O pai
de Adrian, George (Alun Armstrong) está deprimido e amargurado como sempre, e a
sua mãe Pauline (Alison Steadman) está entediada com a vida. Outros personagens
principais são os pais de Pandora, Ivan (James Hazeldine) e Tania (Zoë Wanamaker).
Esta série é uma continuação do ‘The Secret Diary of Adrian Mole’ (1985) e ‘The
Growing Pains of Adrian Mole’ (1987).”
[3] Esplendor
russo. Koika, 1,77 m, 55 kg, 86-60-89, sapatos 38, olhos azuis,
cabelo loiro, nascida Maria Kuzovkova (Мария Кузовкова) a 15 de novembro de
1982 em S. Petersburgo, Rússia, t.c.c Ailene, Daniela, Elle, Ellie, Emily, Gina, Jane, Judy, Jodi, Maria, Maria Kuznetsova, Mary, Masha, Melissa,
Michelle, Rose, Sabrina, Teen Judy, Tudy, Valeria. Entrevista: “Gosto de blues
e cantores lendários de blues, como
John Lee Hooker, Muddy Waters, Eric Clapton e B.B. King.” P: “Pior conselho que
te foi dado?” R: “Não posar nua.” P: “Que tipo de cuecas usas, se algumas?” R:
“Biquíni.” P: “O que te faz sentir mais desejável?” R: “Quando ele me diz que
quer casar-se comigo.” P: “A melhor maneira de te dar um orgasmo?” R:
“Massajar-me e depois beijar o meu corpo em todos os sítios.” P: “Qual foi o
teu orgasmo com mais prazer?” R: “Na praia.” P: “Masturbas-te?” R: “Sim, gosto
de fazê-lo no banho.” P: “Posição sexual favorita, porquê?” R: “Gosto de ficar
por cima. Posso fazer o que quero.” P: “Descreve um dia típico da tua vida.”
R:”Levanto-me às 11:00. Tomo um duche e faço jogging durante meia hora. Então, tomo o pequeno-almoço e vou para
um estúdio. Normalmente, tenho sessões fotográficas o dia todo, então vou para
casa às 22:00 e passo pelas brasas.” Fotografia: {c/ Elena
L} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {fotos} {brd teen gal} {Indexxx} {Babes and Stars} {Met-Art}. Audiovisual: {c/ Lika “Sapphic
Desire”} {Lavagem} {“Bath”, BSO, Annie Lennox, “A Whiter Shade of Pale”} {Bedgames}.
[4] Este episódio “A poda de Citrinos”, sobre a poda e os
vários tipos de poda, iluminou mais que uma geração. “A poda é uma prática cultural essencial para o
sucesso da cultura de citrinos. Árvores não podadas formam um emaranhado de
ramos e com o tempo alguns deles morrem, ficando a árvore desguarnecida.
Existem três tipos de poda: a de formação, a de frutificação e a poda de
reconstituição ou tratamento. A poda de formação visa a constituição de uma
estrutura sólida, nunca deve ser exagerada para não atrasar demasiado a entrada
da árvore em produção. A poda de frutificação tem por objetivo melhorar a
produção. Deve ser moderada e recorrer sobretudo a atarraques sobre os ramos
laterais. Recomenda-se podar pouco mas com frequência, favorecendo-se a
frutificação. A poda de reconstituição visa as árvores idosas, que têm
tendência para ficarem muito densas, dificultando a iluminação da copa. Não se
devem, no entanto, suprimir os ramos grandes, evitando sujeitar os ramos
estruturais às queimaduras solares. (…). Senhor produtor, uma poda correta é
fundamental para a boa qualidade dos seus frutos.”
[5] Uma elite cultora. Cavaco
Silva, presidente da República, fez o seu
discurso mais impactante na inauguração do X Congresso Nacional do Milho, em
2015: “O milho apresenta-se hoje, mais do que nunca, como um setor
agrícola estratégico na economia portuguesa, num momento em que o
desenvolvimento da nossa agricultura e o equilíbrio da balança externa são
objetivos nacionais claramente assumidos. O milho é a cultura arvense que mais
explorações agrícolas envolve, representando cerca de 80 % da produção de
cereais em Portugal. É, por outro lado, uma cultura com particular impacto
transversal na economia portuguesa. O milho, como componente fundamental das
rações de animais, integra as fileiras da produção de leite e de carne. (…). O
sector do milho, que nos traz hoje aqui, tem sabido investir no conhecimento e
na inovação através da implementação de campos de ensaio, mas também do
aperfeiçoamento dos sistemas de informação geográfica e de gestão de rega, da
utilização de alfaias autorreguladas e do controlo da evolução da cultura com
recurso a vídeo, entre muitos outros avanços científico-tecnológicos.” Paulo Portas,
2.º primeiro-ministro, prenunciou umas palavras impactantes na Ovibeja, em 2014:
“Um em cada quatro investidores que procuram Portuga. Um! vai para a
agricultura. O Alqueva é uma espécie de Autoeuropa de agricultura.”
Passos Coelho, 1.º primeiro-ministro, pronunciou umas palavras impactantes em
2012: “Espero que os pastéis de nata possam ter uma grande expressão
internacional. Eu adoro pastéis de nata! … este vinho também é muito bom.
Também é muito bom. Nós temos excelentes produtos na agricultura, e a
valorização desses nossos produtos pode ser determinante para os mercados
externos. Claro que nós sabemos que não basta bons produtos.” Durão Barroso,
emigrante de sucesso, pronunciou umas palavras impactantes em 2011: “E permitam-me
que vos dê uma informação que não se pode transmitir na televisão nem na rádio.
Porque vejo ali que os produtos polacos são saborosos, mas aqui cheira bem.
Cheira muito bem! Porque se trata de boa agricultura, porque… quero
dizer, normalmente este tipo de fruta, de alguma maneira, e algumas vezes,
perdeu o seu cheiro. Mas estas são realmente excecionais. Por isso, parabéns, porque
precisamos deste tipo de frescura para a nossa União.”
na aparelhagem stereo
“Ok! Qual de
vocês tem a pichota maior?” – perguntava Grace
Slick ao público num concerto em 1967, em
Fort Wayne, Indiana. “Sob os seus ritmos flower
power, a cantora dos Jefferson Airplane é uma provocadora de alto voo: ela disfarça-se de
Hitler em 1969 para um concerto no Filmore East, embrulha-se com os bófias
quando está bêbeda e teria mesmo conseguido enfiar um ácido no presidente Nixon
se a segurança não a tivesse parado a tempo”, em “Les inrockuptibles hors série
Les filles du rock” [1]. Contados os dias, nunca
lhe faltou discernimento. Em 1998, numa entrevista para a VH1, dizia: “Todos os
roqueiros com mais de 50 anos têm ar estúpido e deveriam reformar-se”; em 2007 guisa
o mesmo coelho: “Você pode tocar jazz,
música clássica, blues, ópera, country até aos 150 anos, mas rap e rock and roll são formas dos jovens mandarem cá para fora aquela
raiva” e “é idiota cantar uma canção que não tem relevância alguma para o
presente ou expressar sentimentos que você já não tem”. Nos anos 60, a pichota
era sobreavaliada, nas décadas seguintes, a mulher alforriada [2] reajusta-a à caganifância métrica convivial do new. Novos planos, novos sexos, nova
educação, novo homem [3].
Jani Gabriel, 1,78 m, 84-64-88, sapatos 40, olhos castanhos-claros,
cabelos castanhos, nascida a 26 de janeiro de 1991 em Vila Real de Santo
António: “Todas as mulheres tem o seu lado sexy
e podem até estar vestidas de pijama. Não é preciso estar produzida num
editorial de moda ou com roupa mais ou menos provocante.” “Tudo depende da ocasião. Como qualquer mulher,
consigo ser sexy até de pijama. Não é
só a roupa que conta, é uma questão de atitude.” “Decidi que queria ser modelo aos 14/15 anos,
quando ganhei o Elite Model Look. Inscrevi-me por mero acaso, numa aposta de
escola, uma brincadeira, nem sabia o que era a moda. E foi assim: perdi a
aposta, ganhei o concurso e cheguei onde cheguei. Os meus pais sempre me
apoiaram, desde o início que me deram muita força.” “Trabalhar em Nova Iorque foi das experiências mais
marcantes que já vivi. Conhecer a Karolina Kurkova e receber conselhos dela,
que é uma das manequins que mais admiro, foi muito importante. De repente, ali
estou eu a falar com uma top-model.” “Gosto de
tudo, cada coisa à sua maneira, editoriais adoro ver o resultado final e posso
guardar de uma forma material, desfiles é o que me dá mais adrenalina, gosto
daquele nervoso miudinho antes de entrar na passerelle.” “Ainda não consegui pensar em nada. O problema é
que estou a estudar ao mesmo tempo que trabalho, estou a tirar o mestrado em
Neuropsicologia. Sei que não quero passar temporadas fora. Tenho o cordão
umbilical muito ligado a Portugal, não consigo estar muito tempo longe da minha
família, por isso não consigo atirar-me seis meses seguidos para Nova Iorque,
por exemplo. Então optei por continuar a fazer moda em Portugal, tal como no
estrangeiro, mas trabalhos diretos. E estas opções já dão para conciliar com os
estudos. São opções. Há quem diga que me vou arrepender. Neste momento, não me
arrependo de nada. Não abdiquei da moda, continuo a fazer devagarinho, e depois
tenho a segurança de, quando isto não der, ter um plano B, que é a psicologia.” {Revista GQ maio 2012} {fotos} {fotos} {fotos}.
As séries
americanas de TV são signífera mostradela do novo sexo. Na série “Being Human” (2011-2014) vampiros e lobisomens são inimigos
ancestrais, dois deles, Josh, lobisomem e Aidan, vampiro, partilham uma casa em
Boston com Sally, um fantasma. Ray (Andreas Apergis): “Não é só fazer sexo, é agarrar a
vida pelo pescoço e fazê-la cantar, é por isso que eles nos odeiam. Os vampiros
estão mortos e nós estamos vivos. Batem-nos, humilham-nos, até a nossa amiga
lua estar grande e gorda, depois é a nossa vez. Sentamo-nos no trono e
esfregamos as caras deles na rua. Sabes o que nós podemos fazer-lhes nesta
altura do mês?” Josh Levison (Sam Huntington): “Nem todos os vampiros são maus.” -
Emily Levison (Alison Louder): “A Jackie (Rhiannon
Moller-Trotter) está à
minha espera lá em cima. Céus! E se ele não conhecer a Jackie? Queria
esfregar-lhe na cara que estou com uma deusa judia.” - Sally Malik (Meaghan
Rath): “E agora percebo tudo. Mas fico
ofendida por teres pensado que te julgaria por seres lésbica.” Zoe Gonzales (Susanna Fournier): “Primeiro, não sei o que sou.
Talvez tenha que ver com o facto de o meu primeiro namorado não poder tocar-me.”
- Aidan Waite (Sam Witwer): “Houve uma época nos anos 80 em que
todos os vampiros sabiam karaté. Entravas numa briga com um vampiro, não tinhas
hipótese. E os pontapés e os movimentos das pernas.”
Pontapeando
nos anos 80:
◘
♪ Craze
▬ “Motions” (1979), formados por Gerry Lambe
(voz), Frank Cornelli (guitarra), Hugh Ashton (baixo) e Clive Pierce (bateria),
produtor executivo Pete Townshend. Hugh Ashton tocou nos Skunks, c/ Gerry Lambe (guitarra), Franco Cornelli
(guitarra), Ashton (baixo) e Pete Sturgeon (bateria); nos Danta
(2); nos Hard
Corps, c/ a falecida Regine Fetet (voz), Ashton (sintetizador), Robert Doran
(sintetizador) e Clive Pierce (sintetizador); e nos Sunkings, c/ Taz Alexander (voz) ◘ ♪
Фирюза (Firyuza) ▬ “Ашхабад” (1979), grupo de jazz
rock / prog rock de Asgabate, Turquemenistão, liderado por Dmitry Sablin e
Dmitry Manukyan ◘ ♪ Гунеш (Gunesh) ▬ “The Oriental Souvenir” (1980), grupo de jazz
rock / prog rock sedeado no Turquemenistão soviético, em que Dmitry
Manukyan também tocou ◘ ♪ John Cale ▬ “Mercenaries (Ready For War)”, no programa alemão “Rockpalast” (1984) ♫ John Cale, Nick Cave & Chrissy Hynde ▬ “I’m Waiting For The Man” gravado para o Songwriters Circle no Subterania Club, Londres a 12 de maio de 1999 ◘ ♪ The Jon Hassell Concert
Group ▬ “Live”, gravado em 16 de setembro de 1989, no Centro
Financeiro, situado nas esbarrondadas Torres Gémeas em Nova Iorque. “Compositor
e trompetista, Jon Hassell é o visionário criador de um estilo de música que ele
chamou Fourth World, que descreve como “clássica cor de café” – um hibrido
único de músicas que se desdobra entre as polaridades do antigo e do digital, o
composto e o improvisado, o oriental e o ocidental” ◘ ♪
Cowboy Junkies ▬ “Sweet
Jane” no “Tonight Show” (1989). “Formados
em 1985, os Cowboy Junkies alcançaram o estrelato internacional com o
relançamento do seu segundo álbum, gravado de forma independente, The Trinity
Session, em 1989. A banda é composta pelos irmãos Margo Timmins (vocalista),
Michael Timmins (guitarrista / compositor), Peter Timmins (baterista) e o seu
amigo Alan Anton (baixista). Michael Timmins e Alan Anton, antes, pertenceram às
bandas The Hunger Project e Germinal, mas tendo falhado atrair o público em
Nova Iorque e Inglaterra, regressaram a Toronto. De volta ao Canadá, Michael
Timmins começou a trabalhar em músicas novas com o seu irmão Peter. Anton
juntou-se-lhes e Margo Timmins (que tinha trabalhado como assistente social)
foi convidada a contribuir com os vocais.”
◘
♪ Mr. Bungle
▬ “Travolta” (1991) ♫ lado A: “Mi Stoke Il Cigaretto” lado B: “Porco Dio Contra Mancini / Il Forzo
Del 1000 Finger / Junior High Introduction”, no EP “Uremia”, gravado no Cabaret Metro, Chicago, a 26 de março de
1992, prensados 500 exemplares numa edição pirata em Itália, pela Andiamo al
ospedale ber placere!!! Records ♫ “Pink Cigarette” (1999). “Mr. Bungle foi um grupo experimental
americano de Eureka, Califórnia. A banda formou-se em 1985, quando os seus
membros ainda andavam no liceu, e recebeu o nome de um filme educacional de
1959, ‘Beginning Responsability: Lunchroom Manners’, sobre os maus hábitos, que
foi apresentado num especial de Pee-wee Herman na HBO, em 1981. (…). Inicialmente, a banda consistia em
Trevor Dunn (baixo), Mike Patton (voz, teclados, samples), Trey Spruance (guitarra, teclados), Theo Lengyel
(saxofone, teclados) e Jed Watts (bateria)” ◘ ♪ Roky Erickson and The Aliens ▬ “Don't Shake Me Lucifer” (1981), “Roger Kynard ‘Rocky’ Erickson (nascido em
15 de julho de 1947) é um cantor, compositor, tocador de harmónica e
guitarrista do Texas. Ele foi membro fundador dos 13th Floor Elevators e um pioneiro do rock
psicadélico. (…). Em 1968, durante uma atuação na HemisFair, em San Antonio,
Texas, Erickson começou a dizer coisas sem nexo. Foi logo diagnosticado com
esquizofrenia paranoide e enviado para um hospício de Houston onde, sem o seu
consentimento, recebeu terapia electroconvulsiva. Os Elevators eram defensores
do uso de LSD, mescalina, DMT (dimetiltriptamina) e marijuana, e estavam
sujeitos a uma atenção extra das forças da ordem. Em 1969, Erickson foi preso
por posse de um único charro de marijuana em Austin. Enfrentando um potencial
encarceramento de 10 anos, Erickson declarou-se não culpado por motivo de
insanidade mental para evitar a prisão. Primeiro, foi enviado para o Austin
State Hospital. Depois de várias fugas, é enviado para o Rusk State Hospital em
Rusk, Texas, onde foi submetido a mais terapia electroconvulsiva e tratamentos com
Thorazine, em última instância, permanecendo sob custódia até 1972” ◘ ♪ Army Of Lovers ▬ “Crucified” (1991) ♫ “Obsession” (1991), “Army Of Lovers é uma banda de dance music sueca formada em 1987, e que obteve vários sucessos na Europa
durante a década de 90, com canções como Crucified, que foi número um no
Eurochart durante oito semanas consecutivas. Continua a sua canção mais
conhecida internacionalmente. O nome da banda faz alusão a um documentário, ‘Armee
der Liebenden oder Revolte der Perversen’, do ativista dos direitos dos
homossexuais Rosa von Praunheim, título que, por sua vez, alude ao Batalhão
Sagrado de Tebas”, força de elite do exército tebano no século IV a.C.
Constituída por 150 pares de amantes masculinos, organizada pelo general Gorgidas em 378 a.C.
◘
♪ Orquesta
Los Melódicos ▬ “El sucu sucu” (1961), cantores: Emilita Dago, Rafa Pérez e Víctor
Piñerona, na Feria Internacional de San Sebastián em San Cristóbal, estado de
Táchira ♫ “Plantación adentro” (1977), cantores: Perucho Navarro, Chico Sensación
Salas, Doris Salas e Manolo Monterrey ♫ “Yo tenía mi Cafetal” (1980), cantores: Gustavo Farrera, Ciro Rodríguez e
Molly Dick ♫ “I
Just Called To Say I Love You” (1985),
cantores: Iona Capriles e Roberto Antonio Rosales ♫
“Caprichito” (1985), cantores: Iona Capriles, Roberto Antonio
Rosales e Hildemaro Ugas ♫ “Papachongo” (1988), cantores: Diveana Pereira [4], Tony Huerta, Jesús Chuchu Bravo e Ramón Alberto
Urdaneta ♫ “Que
rico” (1989), cantores: Diveana Pereira,
Socrates Cariaco e Eddy Mendez ♫ “Tabú” (1989), cantores: Diveana Pereira, Milton Pereira, Socrates
Cariaco e Eddy Mendez ♫ “Que rico” (1990), cantores: Liz
Freitez, Milton
Pereira, Socrates Cariaco e Eddy Mendez ♫ “Sal y menta” (1993), cantores: Ramón
Alberto Urdaneta, Liz Freitez, Alexander Faria e Franklin Ferrer ♫ “La sabrosita” (1994), cantores: Liz Freitez, Ramón Alberto
Urdaneta, Alexander Faria e David Soteldo ♫ “Amanhecer” (1996), cantores: Liz Freitez, Juan Pineda, Oliver Urdaneta e Jhonny Gutierrez ♫
“Zúmbalo” (1992), cantores: Liz Freitez, Milton Pereira, Ramón
Alberto Urdaneta e Alexander Faria “Yo tengo lo que quieres tu” (1996), cantores: Lennis da
Silva, Ramón Alberto Urdaneta, Oliver Urdaneta e Guillermo Gudiño ♫ “Maria de la O” (1996), cantora: Floriana González ♫ “Procura” (1999), cantores: Ramón Alberto Urdaneta, Yamile
Freitez, Jhonny Gutierrez e Armando Mendoza ♫ “Llego el bombón” (2005), cantores: Guillermo Gudiño, Víctor Ugas, Angie
Melean e Roseliano Hernández ♫ “Papachongo” (2012), cantores: Angie Melean, Alexander Hurtado,
Ramón Alberto Urdaneta e Iliana Capriles, na Feria de San Sebastián em San
Cristóbal, estado de Táchira, Venezuela ♫ “Rebelión” (2012), cantores: Ramón Alberto Urdaneta, Alexander
Hurtado, Pamela Rincones, Reymert Sanguino e Iliana Capriles. – “Los Melódicos é uma orquestra de dança fundada em 15 de julho de
1958 por Renato Capriles, diretor musical, com apoio do maestro Luis María
‘Billo’ Frómeta, como resposta à dissolução circunstancial da orquestra Billo’s Caracas Boys. Como a maioria das orquestras tipo banda, Los Melódicos
consta de cinco saxofones, dois trombones, três trompetes, baixo, piano e
percussão correspondente de congas, bongo, reco-reco, maracas e timbales. Teve
auge importante nas décadas de sessenta, setenta e oitenta, com ressonância
internacional com o desempenho de vários cantores. Nos primórdios participaram Víctor
Piñero El Rey del Merecumbé, Niro Keller e a cantora cubana Emilita Dago.” {“Grandes Exitos”} {a nova cantora Pamela
Rincones}.
“Durante a década
de oitenta, na
Venezuela, produz-se uma alteração nas condições de acumulação que se
carateriza pela perda de importância das receitas do petróleo como mecanismo de
acumulação e distribuição. Sem negar a importância dos rendimentos do petróleo,
nesta década e no desenvolvimento futuro da economia venezuelana, pode
afirma-se que a queda do seu valor, junto com uma maior proporção comprometida
com o pagamento da dívida externa, originam uma mudança na estrutura económica
da Venezuela com uma progressiva perda da importância do Estado como agente
económico. Os sucessivos ajustamentos económicos, que ocorrem após a
desvalorização do bolívar em fevereiro de 1983, afetam negativamente o mercado
do trabalho e as suas consequências mais visíveis são a queda dos salários
reais e da capacidade de consumo das classes populares que desembocam na
agitação social (revolta de sobrevivência) de fevereiro de 1989.” [5]
____________________
[1] China Wing Kantner, filha de Grace Slick e Paul Kantner, que aparece em
criança na capa do álbum a solo dos seus progenitores, “Sunfighter” (1971), em julho de 1986, com 15 anos, era a VJ mais nova da MTV, onde trabalhou 4 anos durante as
férias de verão. China cantou em “Declaration Of Independence” e “The Sky Is No
Limit”, no álbum a solo do pai,
“Planet Earth Rock and Roll Orchestra” (1983), e aparece no vídeo “The Planet Earth Rock and Roll
Orchestra”. Em 2 de
março de 1984, subiu ao palco dos 7th Bay Area Music Awards, em San Francisco, para cantar com a mãe “All The Machines”, do álbum “Software” (1984).
[2] V.g. Germaine Geer: “Se você se julga emancipada, deve considerar a
ideia de provar seu sangue menstrual — se isto a deixa enojada, tem um longo
caminho a percorrer, querida.”
Kaizen: “The
Power of the Music”, c/ Chiara. Nome verdadeiro Lucie
Weinreichová, t.c.c. Olivia
Laroche, Olivia, Chiara A, Lucie Von Weinreich, Lucie
W, Lucy
W, Lucille, Lola, Natalie Brooke, Olivia
La Roche, 1,75 m, 56
kg, 89-69-97, sapatos 37 ½, olhos e cabelo castanhos, nascida a 6 de julho de
1988 em Brno, República Checa. Entrevista: P: “Que tipo de música gostas?” R: Rock.” P:
“Quantas vezes te masturbas?” R: “Uma vez por dia.” P: “Com que frequência
gostas de ter sexo?” R: “Todos os dias.” P: “Cuspir ou engolir?” R: “Cuspir.”
P: “Já fizeste sexo anal e gostaste?” R: “Sim, e foi bom.” P: “Normalmente usas
cuecas ou sais sem elas?” R: “Sim, uso cuecas.” Fotografia: {Kindgirls} {Bird’s
Eye View} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {Met-Art} {InFocusGirls} {Club
Seventeen} {Club
Seventeen} {Club
Seventeen} {Eva’s
Garden} {W4B} {Errotica} {Errotica} {My
Sexy Kittens}. Audiovisual:
{Club
Seventeen} {Club
Seventeen} {Star} {Teen
models} {Lampada} {Nillox} {Sofa} {Boiling} {High Heels} {Yatch} {Yatch} {c/ Lilly A} {In the Wild} {Beach} {Beach} {Errotica}.
[3] Num
combativo mundo por mercados globais a educação das jovens é a única prioridade
das sociedades que apetecem o emprego e o crescimento. A mulher nalgada na asquerosa
violência doméstica tem na carreira, empresarial ou política, o seu soft power
para romper o vergastado ciclo, todavia, as reformas estruturais no
comportamento sexual debilitaram o seu sexy
power no elevador social, abrir as
pernas arrevesou-se. Por um lado, o homem perdeu o interesse, pelo outro, as
mulheres interessam-se cada vez mais, e a jovem debutada em sociedade, ou
imputa novas skills ou deputa no
rendimento mínimo. Disputou a jovem desde 1927 a inovação
pedagógica do “Manual
de civilidade para meninas” de Pierre Louÿs, caducado pela complexificação do sexo e a compulsão de o praticar em
inglês, a língua universal, a língua da Economia. As mutações fisiológicas nos
presidentes da república, findo mandato ou perspetivos, frustram as
recomendações de Louÿs: “Se tiveres a honra de ser chamada a recitar um
cumprimento ao Sr. Presidente da República, quando ele te beijar a mão resiste
a segredar-lhe: Aparece lá em casa e vais ver a tesão que eu te faço!” Ou a
queda dos banqueiros nulificaram: “A um homem de posição nunca perguntes ‘se
lha deves mamar’, pois só as raparigas da rua assim se exprimem. Diz-lhe antes ao
ouvido: Não deseja a minha boca?” E, o glossário, desatualizadíssimo: “Julgamos
inútil explicar o significado de palavras como rata, pássara, grelo, gaita,
pichota, pila, tomates, foder, tesão, mamada, broche, minete, enrabar, vir-se,
fressura, fufa, sessenta e nove, puta, pintelho. São familiares a todas as
meninas.” Se estas palavras, o abecedário do amor bíblico, são sobejas, as novas
ações em inglês impõem educação, nova instrução. Por exemplo, rimming: “o ato de passar a língua nas bordas do olho do cu com o objetivo de
obter e / ou dar prazer sexual. A inserção da língua não é necessária. Movimentos
circulares dextrorsos, isto é, no sentido dos ponteiros do relógio são,
supostamente, melhores no hemisfério norte e no sentido sinistrorso, no
meridional”; licking: “o ato de passar a língua sobre uma superfície,
geralmente, ou para depositar saliva na superfície ou para recolher líquido,
comida ou minerais através da língua ou para comunicar com outros animais” ou
colegas de partido ou trabalho; fingering: “é a manipulação manual do clitóris ou outras partes da vulva, vagina,
prepúcio ou ânus com o propósito de excitação sexual e outra estimulação sexual”;
como na demonstração de serviço público por duas celebradas atrizes: “Rimming,
Licking e Fingering”, c/ Dila t.c.c. Carmen Fox, Janet, Lena, Iriska, 1,63 m, 52 kg, 76-58-81, olhos
e cabelos castanhos, nascida a 1 de janeiro de 1990 na Rússia. Fotografia: {First
Anal Quest} {Tricky Masseur} {Young
Libertines} {Web
Young} {Trabalho
de casa} {Ginásio} {c/ Angel} {Nubiles} {Nubiles}. Audiovisual: {Sell
Your GF} {lingerie nova} {Equitação} {Dildo pela manhã} {Geómetra} {Discussão} {Sofá
amarelo} {Back Door Boogie} {Magic Wand Masseger}. – E Edita t.c.c Alice
Marshall, Daniela C,
Dunya, Olga, Alice, Serpente
Edita, Sofi, Vita, 1,73 m, 65-58-81, olhos
cor de avelã, cabelos castanhos, nascida a 15 de março de 1995 na Rússia.
Fotografia: {Dirty Coach} {Nubiles} {Nubiles} {Nubiles} {Nubiles}. Audiovisual: {c/ Dila} {Bachelorette
Party} {Teen
Sex Mania} {Teen Sex Movs} {X Angels}.
Luta
de almofadas filmadas por James H. White e Thomas Edison “Seminary Girls” (1897). Esta
nata convivialidade das jovens lubrifica a função do ministério da Educação,
quando em grupo, elas próprias cogitam jogos lúdicos de aprendizagem e
integração, que o Estado apenas tem de reforçar a Ação Social para pagar as
residências e os técnicos superiores fazerem a lida da casa. Mais que o
batismo, a primeira comunhão, a crisma ou o sagrado matrimónio, as praxes são a cerimónia mais importante na vida de uma jovem. São mais que
uma simples integração de caloiras. Se
a dux veteranorum
lambeu as sebentas, as bichos porão grelo em conhecimentos substantivos, sensibilidade
social, introduzirão skills na sua
formação cívica e profissional que a universidade manca, mérito do praxismo bom:
College Teen Lesbian Oral.
A grande
falha da indústria do ensino universitário é a inexistência de um MBA em
engenharia de máquinas de boudoir e
gestão de strap-on aplicado. Quando
estudantes, ainda sem carreira, no partido político, no setor empresarial ou
laboral, é motivo de pegada galhofa, a exploração do strap-on, c/ Natasha Shy t.c.c. Inna, Inna Y, Inna R, Kate, Lena O, Natasha, Nikki, Sascha, Tanya, Tiger, Tigra, 1,75 m, 47 kg,
77-60-87, olhos verdes, cabelos castanhos nascida a 2 de dezembro de 1984 na
Ucrânia {Coed Cherry} {Errotica} {College} {College} {College} {College} {Gallery
Bee} {Erotic
Villa} {Erotic
Villa} {Femjoy} {Femjoy}. Audiovisual: {PornHub} {Playing
Outdoors} {Paint her Room}. – E Alice B t.c.c Alisa Tretyachenko, Anisja Shkarupa, Adrenalyn, Aleksandra, Alica, Alice, Alice Wonderbang, Alisa,
Allie, Anita, Dasha, Elisa, Erika A, Gerda, Jen, Olena, Sandora, Sasha B, Sveta, 1,64 m,
86-59-87, sapatos 37 ½, cabelo loiro, nascida a 25 de maio de 1988 em Kiev, Ucrânia,
frequentou a Universidade de Kiev e mora em Berlim. Fotografia: {Met-Art} {Amour Angels} {Morey Studio} {Coed
Cherry}. Audiovisual: {Sensual Solo} {c/ Loly}. – Na idade adulta, dos indispensables na mala da mulher com
carreira, o smartphone ou tablet e o strap-on, facilmente se esquecem os primeiros na mesa-de-cabeceira,
que não afeta a produtividade, os serviços têm outros terminais substitutivos,
esquecer o strap-on entre os lençóis,
sobrecarregaria de stress arruinando o dia de trabalho, não produzindo um avo
para o patrão nem um bem para o povo, se deputada ou funcionária de um partido.
Na idade adulta, o strap-on não é um
brinquedo, com o qual gargalhem as jovens, é um insubstituível órgão social, quod erat
demonstrandum em “Beyond
Feelings”, c/ Candy (morena), perfil de empresária inovadora, “adora
experienciar sexo e disse durante a produção fotográfica que fica toda molhada
quando tenta algo novo e excitante”, e Tracy (loira), perfil de política do arco da governação, “é
uma amante sensacional, quer com um homem quer com uma mulher, e põe sempre as
necessidades deles em primeiro lugar, qualquer pessoa suficientemente sortuda
de receber a atenção da língua de Tracy é seguro que nunca o esquecerá.”
[4] Diveana - “Houve uma grande época na Venezuela que se caraterizou
pela difusão de um tipo de música tropical inesquecível: o tecnomerengue.
Artistas como Miguel Moly, Roberto Antonio, Pecos Kanvas, Los Melódicos, Natusha e Diveana, brilharam no alto e cativaram muita gente.” “Diveana começou a sua carreira musical desde muito
cedo, no colégio, depois de ter ganhado muitos festivais em que participou. Aos
13 anos, canta com a Orquesta La Única de Maracaibo, e mais tarde é chamada por
Renato Capriles para cantar na Orquesta Los Melódicos, que nessa época estava a
gravar o seu novo disco. Com apenas 15 anos, se dá a conhecer em todo o país,
impressionando todos pela sua facilidade para cantar e interpretar todos os
géneros (merengue, salsa, pasodoble, cumbia, guaracha, bolero, etc.). Estando
na Orquesta Los Melódicos, também pertenceu e gravou com a Orquesta La Inmensa. Após de três anos na Orquesta Los Melódicos,
lança-se como solista, sendo catapultada para o topo, e conhecida, a nível
nacional e internacional.” {Discografia} “Tus Ojos” (1991) ♫ “Furiosa” (1991) ♫ “Noches de Media Luna / De Amor y
Miel” (1993) ♫
“Agarradera” (1998).
[5] Em janeiro de 2015, Vatal
Nagaraj, líder do
partido Kannada Chalavali Vatal Paksha, de Karnataka, sul da Índia, condecorou dois
burros: “Decidi honrar todos os animais
domésticos, como burros, cães, búfalos, vacas e bois, pois eles são mais leais
que os seres humanos, trabalhadores, disciplinados e obedientes.” Nesse mesmo mês,
em Portugal, condecorações aparcam. Para elas, um peito enfola, dizia-se que
tinha economia e fazia frases, provas dadas de alguma coisa de doutoral e de
casquilho, cervejando nos verões durante campeonatos de futebol, Pires de Lima,
saco de ADN empresarial, esmagador de respeito, de desempenada estrutura, à
broxa larga palpabilizava a “Cidade
do sol” de Campanella: “Não existe
coisa mais saudável do que uma economia não ter donos e mobilizar-se em função
da atividade de milhares de empresários e gestores e de milhões de
trabalhadores. O que está a passar-se em Portugal é um braço de ferro entre
todos os que puxam a economia para cima e estes casos, típicos de economias
menos desenvolvidas e menos transparentes, que estão finalmente a ser
denunciados e julgados. Mas esses casos não tiveram origem em práticas de 2013
ou 2014. Têm um histórico. E esta renovação leva-nos certamente a uma economia
que nos interessa mais do que aquela que herdámos” (2015) em jornal Sol n.º 439.
A final idade de ouro, achada pelo ministro da Economia português, ministra-se em
forma de ameixa. No centro o Patrão, o putâmen da sociedade, depois a polpa (ele,
Pires, os chief executives) e na
casca milhões de obreiros em doce calda: “Whistle While You Work”, “Branca de Neve e os sete anões” (1937), [estreado
na segunda-feira, 21 de novembro de 1938 no cinema Tivoli. Quinta-feira, 24 “estreia
no Politeama, o público fica, pois, de hoje em diante, com duas casas de
espetáculos, para poder ver essa suprema obra-prima do cinema. A sua dupla
exibição é de enormes vantagens. Tem, pelo menos, estas: permitir ao público
escolher o cinema que lhe fica mais perto de casa e não ter que esperar dias e
dias, visto que o Tivoli está tendo enchentes sucessivas.” Segunda-feira, 12 de
dezembro “o filme é apresentado hoje no Tivoli numa versão em língua portuguesa,
o que está a provocar um novo movimento de curiosidade pela obra admirável de
Walt Disney, que desde logo se torna acessível a todo o público, permitindo que
se admire a beleza do diálogo espirituoso, que a par das imagens maravilhosas
constitui um dos encantos da fita.”]
Esse país do sol não é a proverbial utopia, a veneranda barba do ideal, o
coelho da cartola de filósofos e frades, já se construiu, com assobio, enquanto
working, “Blazing Saddles” (1974).
“Um país capaz de ser campeão na redução do desemprego a nível da União
Europeia. Não há nenhum país na Europa que tenha reduzido o desemprego em 2,4
pontos percentuais ao longo dos últimos 12 meses”, Pires de Lima, novembro
2014. “Work”, Iggy
Azalea, “I’ve been up all night, tryna get
that rich / I’ve been work, work, work, work, working on my shit.”