Ministros
que fervem
O
dr. Oliveira Salazar foi-o. Teixeira dos Santos era-o. Vítor Gaspar é-o. Penteados
nos hairdressers internacionais com
rasgadas riscas ao meio (meio, económico, não da cabeça). Oh! Terríveis anjos: Charlotte Gainsbourg.
– O jornal
Times de Londres, a 13 de Março de 1935, perolizava o primeiro: “este é
seguramente um resultado de que qualquer país poderia orgulhar-se e que
distingue o senhor Salazar como um dos grandes ministros das Finanças dos
tempos modernos”. O segundo encodeava como o 16º
melhor. E o terceiro enfolipa a concertina do orgulho nacional [1]. Que, para o Times de Oman, o país é um exemplo para a Grécia.
Quanto mais cumpre, “Portugal
vai mais fundo no buraco”. Um buraco: “Siente el frio en el interior”, em “Dentro”
(rock mexicano, Ruido
Rosa [2]), que arrefecerá com a opção económica
europeia:
recessão para todos e ridículos crescimentos, 0.6% para a Alemanha e 0.4% para
a França.
No
país dos descobridores – Miguel Sousa Tavares: “descobri que a cozinha pode ser
o território de libertação dos homens” – diz o adágio popular “a vida são dois
dias e o Carnaval nenhum”, não se esfugenta sobre desempregos e aumentos de
preços desbragados, a enfiada de estupendos ministros das Finanças, pelo povo tão
amados: “I Was Made For
Love” (Linda Carter), aproejou muito progresso e bem-estar ao país, como… o
direito a umas assoalhadas nos arrabaldes – Passos
Coelho: “vivo em Massamá porque foi para onde as minhas economias me
conduziram”. Massamá? um bom sítio como qualquer outro para ir "Al koñode mi vecina” (punk rock de Cartagena, Kante Pinrélico [3]).
Na
peça de Samuel Beckett “Waiting for Godot, Estragon queixa-se dos sapatos e
Vladimir returque: “eis o homem todo atirando-se ao seu sapato enquanto que é o
seu pé o culpado”. Também os políticos europeus esperam um por “evento”
culpando a bota, escrevia Gregory
Mankiw: “de acordo com Keynes, a raiz das crises económicas é a procura
agregada insuficiente. Quando a procura total de bens e serviços declina, as
empresas em toda a economia veem as vendas caírem. Vendas mais baixas induzem
as empresas a cortar na produção e a despedir trabalhadores. O aumento do
desemprego e queda dos lucros diminui ainda mais a procura, conduzindo a um
ciclo com um final muito infeliz. A situação inverte-se, diz a teoria
keynesiana, só quando algum evento ou política aumenta a procura agregada”. Sem
ideias para políticas, os líderes europeus esperam por um milagroso evento, que
o decorrer do tempo trará, inevitavelmente, entretanto, para entreter um
período que poderá demorar décadas, receitam austeridade e a pepita teórica do limite
ao défice nas Constituições dos países da zona euro. Paul Krugman
[4] escrevia: “os defensores da austeridade
preveem que os cortes nos gastos trarão dividendos rápidos na forma do
incremento da confiança, e que haverá poucos, se alguns, efeitos adversos no
crescimento e no emprego, mas eles estão enganados”.
Krugman
cita Keynes:
“a agudeza e a peculiaridade do nosso problema contemporâneo surge, por
conseguinte, da possibilidade de que a taxa média de juro, que permitirá um
razoável nível médio de emprego, é tão inaceitável para os proprietários da
riqueza, que não pode ser prontamente estabelecida meramente manipulando a
quantidade de dinheiro”, e conclui: “Keynes não conseguiu prever a ascensão no
pós-guerra da ‘eficiência marginal do capital’ – a maneira que o crescimento
económico, combinado com a inflação, criaria um ambiente no qual as taxas de
juro eram o suficientemente altas em tempos normais, que a política monetária
era efetiva no combate a depressões. (…) … a sua análise permaneceu tão válida como sempre, nas condições certas. Essas
condições reapareceram, primeiro no Japão durante os anos 90, agora elas estão
em toda a parte” [5]. Este dejá vu é explicado por Richard Koo: no período
recessivo, as empresas optaram pelo pagamento de dívidas, o que causou uma contração
do investimento e consequentemente um aumento no valor da dívida. O pagamento
de dívidas, em vez da maximização dos lucros, desce o valor da dívida ao nível
da microeconomia, mas ao nível macroeconómico é um desastre, neste caso o Estado tem que fazer exatamente o oposto do setor privado através de estímulos
fiscais. Uma opção menos má que imprimir e injetar mais dinheiro na economia.
A
“teoria
quantitativa da moeda”: os preços são determinados direta e
proporcionalmente pela quantidade de moeda em circulação, mais dinheiro, mais
inflação, mais dinheiro ainda, hiperinflação – ou a armadilha da liquidez: “é
uma situação descrita na economia keynesiana, em que injeções de dinheiro no
sistema bancário privado por um Banco central, falha baixar as taxas de juro e
estimular o crescimento económico. A armadilha da liquidez é causada quando as
pessoas poupam dinheiro, porque esperam um facto adverso como a deflação,
procura agregada insuficiente, ou uma guerra” – não se confrontam no nível mitológico:
“este mito é propagado hoje baseado na ideia de que este tipo de políticas da
Reserva Federal são apenas temporariamente ineficazes porque o dinheiro está a
ser acumulado em vez de ser gasto. Não importa que o dinheiro não está a ser
impresso pela Reserva. Estes teóricos genuinamente acreditam que os bancos
estão apenas sentados em MAIS dinheiro”. Confrontam-se com um fator novo
emergido da “crise”: a honradez do banqueiro, que a livre concorrência de Adam
Smith não mitiga, porque os Bancos são caucionados pelos impostos dos
contribuintes, não são empresas concorrenciais normais, falindo quando… estão
falidos [6].
-----------------------------------
[1] As tetas no YouTube
prejudicam a concentração no falar. Vítor Gaspar não tem tetas, o seu discurso
é ciência da orelha. Sobre o rumo da política económica: “este problema foi
subestimado, tendo Portugal adotado em 2008 e 2009 uma deliberada política
orçamental de estímulo à atividade económica para amortecer os efeitos da
crise. Esta política conduziu a uma deterioração acentuada do défice orçamental
que atingiu o valor histórico de 10,1% do PIB em 2009. Estas políticas não
evitaram que a economia entrasse novamente em recessão no final de 2010. Ex-post (latim = “depois do facto”), a
recuperação económica revelou-se artificial e insustentável”. Sobre o corte dos
subsídios: “é uma medida que, ao estar em vigor durante um período não
negligenciável de tempo, permite certamente uma margem de tempo para a
execução da agenda de transformação estrutural no setor público administrativo”.
Sobre o Orçamento de Estado 2012: “ este orçamento é um orçamento necessário, é
um orçamento de emergência, mas é um orçamento de convicção e de esperança”.
[2] Formada em
2006 na cidade do México por: Alejandra Moreno (voz), Carla Sarinana (baixo), Daniela
Sánchez (guitarra) e Pablo Cantu (bateria, substituiu Maryluz Alatriste); “a
banda surgiu dois anos antes, isto é, em 2004, quando Carla e uma amiga,
Mariana, colegas de escola, decidiram formar um conjunto de rock com outras duas colegas”; “a sua
filosofia resume-se a ‘mais rock and roll,
menos aparência’”. Trabalhadoras, Daniela:
“tocamos onde e quando quer que fosse, com quem quer que fosse, até onde fosse
possível, trabalhamos muito”. Com um desejo: “gostaríamos
que as pessoas nos conhecessem, já que, antes de sermos músicos, somos
melómanas e gostaríamos de ir a concertos e sentir uma conexão por intermédio
de uma canção ou de um riff de
guitarra. Oxalá consigamos isso”; entrevista
► “Miedo
a caer” ♣ “Nada” ♣ “Días de verano” ♣ “Consecuencias”.
[3] “Ao vivo
♣ “Soy
Lesbiana” ♣ “Soy De
Kartagena” ♣ “Ke
mal me peino”.
[4] “Prémio Nobel póstumo”: “contudo, a sua coluna é pura política e não
economia. É o equivalente aos astrónomos Mather e Smoot – vencedores do Nobel
da Física em 2006 – escreverem sobre astrologia”.
[5] A solução para a “crise”
opôs Amity
Shales: “os new dealers também insistem em salários mais
altos quando as empresas mal os podem pagar. Roosevelt, por exemplo, assinou
como lei, primeiro, a sua National Recovery Administration, cujos códigos
forçaram as empresas a pagar um salário mínimo acima do mercado, e depois a lei
Wagner, que deu aos trabalhadores sindicalizados mais poder. Como resultado de
tal política, pagar por trabalhadores, nos finais de 1930, estava muito acima
da tendência. (…). Os desempregados continuaram desempregados”, a Krugman:
“suponha-se que os salários de toda a economia dos EUA tinham sido, digamos,
20% mais baixos do que realmente são. Pode-se ser tentado a dizer que isso
faria a contratação de trabalhadores mais atrativa. Mas para uma primeira
aproximação, os preços seriam também 20% mais baixos – por isso, o salário real
não teria sido reduzido. Então, como é que baixar os salários levaria a uma
maior demanda por trabalho?”.
[6] A “crise” estimulou a
indústria da juventude eterna: a cirurgia
plástica. Para serem mais competitivos no mercado do trabalho, os homens
retiram a barriga e as mamas, rejuvenescendo a aparência e serem contratados.
Por seu lado, as mulheres têm a boquilha
antienvelhecimento Pupeko. Os jovens sempre têm o rock ‘n’ roll: Zoe
Thomson (“Stratosphere”, dos Stratovarius), de 8 anos, é guitarrista na
banda infantil The Mini Band ► “Find the Time”.
cinema:
“Live and Die in L. A. ” (1985), realização William Friedkin: “se há algo a ser dito
sobre William Friedkin, é que ele é um homem que destrói todas as expetativas.
Nunca se está seguro no seu mundo”.
“Friedkin decide fechar o filme sobre um último acto de violência emocional.
Com Petersen (“Richard Chance”) morto, Darlanne Fluegel (“Ruth Lanier”) faz as
malas para sair da cidade. Pankow (“John Vukovich”) diz-lhe que pretende
mantê-la no mesmo arranjinho que Petersen tinha. A sua reação é impressionante.
O filme termina – ou melhor, deveria ter terminado – no seu close-up. Friedkin detém-se por um
momento na sua expressão atordoada, e pensamos que o filme vai desvanecer para
preto (“fade to black”), como deveria. Em vez disso, Friedkin faz algo sem
sentido. Corta para uma cena anteriormente utilizada de Petersen a conduzir até
casa. A sua personagem está morta, então por que é este plano o último do
filme? Desvanece para preto, fim do genérico, e de repente estamos a olhar para
um ‘easter egg’
de Petersen num close-up obscurecido,
com a sua melhor expressão de cãozinho ferido. Friedkin detém-se no rosto de
Petersen até o filme parar.
O que é que se passa aqui? Quando se rebobina na mente tudo o que se passou
percebe-se que Friedkin focou um olho narcisista sobre Peterson nas últimas
duas horas. Ao longo do filme fixou-se em Peterson mais do que deveria, algumas
vezes, até a representação se transformar em postura. Friedkin
não consegue tirar a câmara / olho da sua jovem estrela. Sem surpresa, o
público encontrou ‘To Live and Die in L.A.’ difícil de gostar em 1985. Talvez
fosse muito sórdido ou demasiado deprimente. Mais provavelmente, os
espectadores não partilhavam a obsessão de Friedkin por Petersen”.
Petersen conduz um Chevy Impala F41 de 1985 alugado ao LAPD na famosa perseguição de carro. Na banda sonora, a
maior parte é Wang Chung,
mas também The Blasters.
– “Real Steel” (2011), “em 2020, os pugilistas humanos foram
substituídos por robots pugilistas. Charlie Kenton (Hugh Jackman) é um
ex-pugilista dono de um desses robots, Ambush, competindo em combates não
oficiais e em
exibições. Numa feira rural, Ambush é destruído por Black
Thunder, um rufião pertencente ao promotor Ricky. Tendo feito uma aposta de que
Ambush venceria, Charlie agora deve 20 000 dólares a Ricky”. – Madison Welch, modelo inglesa: 1,65 m , 81-60-81, very british: “não sou realmente uma party girl, prefiro ir ao meu pub
local para uma cerveja”.
Com Casey
Batchelor, Sofia
Chan e Holly
Johnson somam a girl band Miss Millionaire. {canal YouTube}. Madison distraiu os espectadores, no Majorca Classic Car Rally, com
James May, apresentador do “Top
Gear”.
Grandes armazéns do
ocidente lusitano: publicidade do início do Oeste, 1867-1918: browsing
▫ por palavra: o
carro
elétrico, o único garantido a percorrer 160 km com um carregamento;
A. Lundberg, perna
artificial; o petiz
preto, os olhos movem-se mediante um motor, de um canto do olho para o
outro e vice-versa, dando ao rosto uma expressão realista e cómica; Dr.
Neitro's Normalizer, uma combinação científica de luz, calor e
eletricidade, dando alívio imediato da dor, regula o coração mais fraco; sanitas
Joseph Budde; laxativo
Cascarets; Cliffton
o grego, frenologista e psíquico; lavandaria
a vapor Cascade, empregamos apenas trabalhadoras qualificadas; banho
de aspersão; cerveja
Rainier, benéfica para os novos e os velhos; fogões
para cozinhar para mineiros do Alasca; remédio
para o alcoolismo; curas
do dr. Paul M. Brenan, especialista no tratamento de doença, astenia e
desarranjo dos órgãos reprodutivos de homens e mulheres, incluindo doenças
causadas pelas loucuras da juventude; bateria
corporal dr. Pierce. ■ Anúncio “Tsunami”, “o tsunami matou 100
vezes mais pessoas que o 9/11”,
da DDB Brazil para a World Wildlife Fund no Brasil.
■ Interstate commerce. ■ Design You Trust. ■ Charlie para presidente.
música:
Joe Meek – “Robert
George ‘Joe’ Meek, (5 abril 1929 Newent, Gloucestershire / 3 fevereiro
1967, Londres), foi um produtor musical e compositor inglês pioneiro. O seu
trabalho mais célebre foi o êxito ‘Telstar’
dos Tornados em 1962, que se transformou no primeiro disco de um grupo
britânico a atingir o número um no US Hot 100. Também permaneceu cinco semanas
no top da lista de singles do Reino Unido, com Meek a
receber um Ivor Novello Award por esta produção como ‘Best-Selling A Side’ de
1962. (…). O seu sucesso comercial como produtor foi de pouca duração e Meek
gradualmente afundou-se em dívidas e depressão. (…). Meek era obcecado pelo
oculto e pela ideia do ‘outro lado’. Montava gravadores em cemitérios numa vã
tentativa de gravar vozes do além tumulo, uma vez captando os miados de um gato,
afiançou que eram sons humanos, pedindo socorro. Em particular, ele tinha uma
obsessão por Buddy Holly (afirmando que o falecido rocker americano tinha-se comunicado com ele em sonhos) e outros
músicos de rock and roll mortos.
Os
seus esforços profissionais eram muitas vezes prejudicados pela sua paranóia
(Meek estava convencido de que a Decca Records iria esconder microfones por
detrás do seu papel de parede para lhe roubar as ideias), uso de drogas e
ataques de raiva ou depressão. (…). A homossexualidade de Meek – ilegal no
Reino Unido na época – colocava-o sob mais pressão, ele fora condenado por
‘importunar para fins imorais’ em 1963 e multado em 15 libras . Ele foi,
consequentemente, sujeito a chantagem. Em janeiro de 1967, a polícia de
Tattingstone, Suffork, descobriu uma mala contendo o corpo mutilado de Bernard
Oliver (17 anos). Segundo alguns relatos, Meek ficou preocupado de que seria
implicado na investigação do assassinato, quando a polícia metropolitana disse
que ia entrevistar todos os homossexuais conhecidos na cidade.
Os
êxitos tinham secado e a depressão de Meek intensificou-se enquanto a sua
situação financeira ficou cada vez mais desesperada. O compositor francês Jean
Ledrut acusou Joe Meek de plágio, alegando que a melodia ‘Telstar’ havia sido
copiada de ‘La Marche d’Austerlitz’,
uma peça de uma partitura que Ledrut escrevera para o filme ‘Austerlitz’ de
1960. Esta ação judicial significou que Meek nunca recebeu royalties do disco durante a sua vida. A 3 de fevereiro de 1967, o
oitavo aniversário da morte de Buddy Holly, Meek matou
a sua senhoria Violet Shenton e depois a si mesmo, na sua casa/estúdio em Holloway Road , com
uma espingarda de cano único, que ele tinha confiscado ao seu protégé, ex-baixista dos Tornados e
artista a solo Heinz Burt [1]. Meek
enfurecera-se e tirara a arma a Burt quando ele lhe disse que a utilizava em
tournée para matar pássaros. Meek guardava a arma debaixo da sua cama junto com
alguns cartuchos. Como a espingarda estava registada no nome de Burt, ele foi
interrogado intensivamente pela polícia, antes de ser eliminado das suas
investigações”.
“Ao
longo do caminho, Meek teve um efeito poderoso sobre a indústria discográfica
britânica, mudando fundamentalmente a forma como os discos eram feitos. Nos
meados dos anos 50, os engenheiros britânicos de gravação eram, de facto, engenheiros,
a tal ponto que vestiam batas brancas. Os produtores, por outro lado, vestiam
fatos. Os engenheiros executavam procedimentos padrão que foram desenvolvidos
para gravar sons com a maior fidelidade possível, enquanto os produtores, que
eram encarregados de tomar as decisões criativas, raramente entendiam a
tecnologia de gravação. Igualmente importante, ambas as classes profissionais
eram funcionárias dos grandes estúdios e editoras de discos. Engenheiros e
produtores verdadeiramente independentes eram desconhecidos naquele tempo”.
Jon Savage
toca os finados pelos Tornados: “em 12 de Agosto de 1966, os Tornados lançaram
o seu último disco com Joe Meek. Começando com o som de ondas e gaivotas, ‘Is That a Ship I Hear?’,
trazia todas as marcas do produtor: os tambores marciais, o som de teclado
extraterrestre, feroz, feroz compressão. Como o seu predecessor ‘Pop-Art Goes Mozart’, foi
construído à volta de um truque. Meek esperava que o título e os efeitos do
oceano convenceriam os radialistas das estações piratas – Rádio Caroline, Rádio
London, Rádio City etc. – a colocarem o seu novo disco em alta rotação.
Justamente quando a influência pirata nas listas britânicas estava no seu auge
parecia um bom ângulo. Contudo, este não era o tempo dos Tornados. No dia 12 de
Agosto, ‘Revolver’
estava na sua primeira semana nas lojas de discos britânicas. ‘Blonde on Blonde’ saiu
no mesmo dia que ‘Is That a Ship I Hear?” ► em 2008, a vida de Meek deu um
filme,
“Telstar: The Joe Meek
Story”, uma adaptação de uma peça de James Hicks ♫ a sua música ♫ “I Hear A New
World” ♫ da caixa “Joe Meek: Portrait of a Genius-The RGM
Legacy” ♫ “Valley of the Saroos”.
-----------------------------------
[1] O protégé Heinz Burt foi o “Ron” no filme “Live It Up!” (1963) com música escrita e produzida por Joe Meek
– canção final: “Don't You Understand”. Ele era o baterista
nos Smart Alecks, um grupo de jovens carteiros londrinos fuçando pela ribalta
na indústria fonográfica, constituído por John Pike (“Phil”), David Hemmings (“Dave
Martin”) e um fresco Steve Marriott (“Ricky”), de 16 anos, o futuro guitarrista
e vocalista dos Small Faces: grupo que se desfez após o concerto de Alexandra Palace a 31 de
Dezembro de 1968. Marriott insatisfeito com a impossibilidade de reproduzir em
palco o álbum “Ogdens' Nut
Gone Flake” exige a contratação de um quinto elemento: Peter Frampton. Ronnie
Lane e Kenney Jones recusam e Marriott e Frampton partem para os fabulosos Humble Pie: que mal sustentarão as compras de coca e brandy de Marriott. Faleceu
em Abril de 1991, num incêndio, quando adormeceu com um cigarro aceso: o seu
sangue continha valium, cocaína e álcool. (No álbum “Meddle” dos Pink Floyd, os
latidos na faixa Seamus
são do cão de Marriott que acoitava muitas vezes na casa de David Gilmour e que
se chamava… Seamus). No filme toca uma banda instrumental The Outlaws, na guitarra abanava a protérvia anca Ritchie Blackmore, futuro
guitarreiro herói dos Deep Purple e dos Rainbow. E ainda lhe pingam os dedos para as canções dos Purple em versão folk nos Blackmore's Night.