Bordel dos
vícios europeus (tl;dr)
Mais do que
na poesia trovada, – “a tua pura integridade delicada / a tua permanente
adolescência de segredo / a tua fragilidade acesa sempre altiva”
(O teu rosto (1994), António Ramos Rosa) –, a lendária fidelidade da mulher
portuguesa é dogma do lar, donzelice no bar, fartura no mar, glória do altar [1]. Nunca homem casado com uma dessas pérolas viveu,
vive ou viverá a Estratégia do Cuco, (de criar filho de outro depositado em seu
ninho), que justifica o arrebatamento pela paternidade, a ufania da posse, o
convicto meu filho, o pronome
possessivo exclusivamente português, não há noutras línguas, como Saudade,
Fado, uma Queijaria em Aguiar da Beira. Não estupefica, pois, a frustração do
homem português diante da deceção de classe, quando iguais mordem iguais,
comprometendo a reprodução da estratificação social, e o desfrute do pronome
possessivo bem nosso. [2]. “‘Olha aqueles
espertos que trouxeram um bebé só para passar à frente dos outros; isto agora é
só truques, se calhar nem é deles’. Foi debaixo deste e de outros comentários
bem sonoros que fui atendido há dias, com a minha mulher, no Serviço de
Finanças de Picoas, em Lisboa, acerca de uma situação que envolvia ambos.
Chegámos antes do abrir da porta, integrámos a fila formada na rua, tirámos
senha quando o relógio bateu as 9h da manhã e, tendo trazido a nossa filha por
não termos com quem a deixar àquela hora, exercemos o direito à prioridade no
atendimento. Tudo normal? Pelos vistos não, já que os insultos não tardaram. E,
incontestados pelos restantes, vieram proferidos por quem menos se esperaria –
uma senhora com idade para ser avó, elegantemente vestida e, tanto quanto é
possível supor, com instrução acima da média.” (Alexandre
Homem Cristo).
1984.
Dezembro. Terça-feira, 18, “é bem possível que o governo português,
representado por Ernâni Lopes, consiga, finalmente, reunir-se esta tarde com os
ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade, depois de os negociadores
espanhóis terem concluído a sua sessão de conversações com a comissão
ministerial da CEE iniciada esta manhã. Ernâni Lopes está, desde domingo passado,
em Bruxelas, mas as expetativas de avanço nas negociações eram muito reduzidas.
Na sessão anterior o ministro português não conseguiu ser recebido pelo
Conselho, não se desenvolvendo qualquer negociação. Ontem mesmo, Lorenzo Natali,
vice-presidente da Comissão Europeia, encarregado das questões do alargamento,
disse partir ao encontro de Ernâni Lopes de «mãos vazias». Natali foi mandatado
pelos ministros dos Estrangeiros para desenvolver contactos exploratórios com a
delegação portuguesa acerca dos dossiers pescas e agricultura. A situação
desanuviou-se um tanto esta manhã ao saber-se que a Grécia levantara a sua
reserva geral em relação às posições comunitárias sobre pescas e vinho, reserva
essa que impedia o alargamento enquanto não fossem desbloqueadas as verbas para
os PIM (Programas Integrados Mediterrânicos). O levantamento das reservas
gregas permite à Comunidade apresentar posições de negociação sobre aqueles
domínios aos países candidatos, Espanha e Portugal.”
Terça-feira, 18, “desde que o governo PS/PSD subiu ao
poder, em junho de 1983 os preços dos bens alimentares essenciais sofreram um
aumento médio de 67 %. Este cálculo é feito pela CGTP, que afirma ter feito as
contas com base em dados do Instituto Nacional de Estatística e tomando como
comparação o período entre maio de 1983 e novembro de 1984. Para estes cálculos
o CGTP tomou como base os preços da batata, frango, fiambre, chouriço, chispe,
carapau, ovos, pão e leite, produtos que aquela central considerou
praticamente insubstituíveis numa alimentação diária mínima.”
Terça-feira,
18, “a Junta de Educação da Virginia (EUA) está a reexaminar dois livros
escolares dos quais o editor cortou 420 linhas de duas peças de Shakespeare, por
pensar que as passagens eram sexualmente demasiado explícitas. O editor,
Scott, Foresman & C.ª, de Glenview, Illinois, cortou cem linhas de «Hamlet»
e 320 linhas de «Romeu e Julieta». A parte retirada de «Hamlet» diz respeito à
altura em que o príncipe dinamarquês mostra tristeza sobre o casamento
irrefletido de sua mãe com o seu tio, após a morte do pai, argumentando que ela
nunca mais deve dormir como ele. Na versão de «Romeu e Julieta» falta o exceto
no qual a jovem heroína sonha com um último encontro com o seu amante exilado.”
Quarta-feira,
19, “o papo-seco, produto da panificação de mais largo consumo, passa a custar
quatro escudos a 1 de janeiro. O papo-seco custa atualmente 3$25. A informação
sobre este aumento foi confirmada pela Associação de Panificação de Lisboa e
divulgada esta manhã pela ANOP. Anteriormente, e na fase de discussão do novo
preço, os industriais da panificação pretendiam, também, baixar-lhe o peso, que
é de 45 gramas e vai manter-se assim. Segundo os industriais, eles continuarão,
por não terem sido atendidos, a adicionar no pão aditivos químicos que custaram
a Portugal em 1983 «mais de um milhão de contos em divisas». Os outros tipos de
pão aumentam 20 %.”
Quarta-feira,
19, “Mário Soares, Mota Pinto e o próprio presidente da República terão muitas
dificuldades no próximo ano, de acordo com as previsões de Zandinga [3]. Contestado por uns, merecendo de crédito a
outros, aqui fica a previsão do parapsicólogo. Mas não é tudo, de acordo com um
documento que elaborou: 1985 será o ano da descoberta de um Watergate português,
da morte de Chernenko, de atentados contra Reagan e Samora Machel, além de
acidentes no circuito automobilístico do Estoril e de distúrbios entre turcos e
sírios. Estas desgraças não vêm sós, com a agravante de Zandinga fazer gala
nalgumas outras que previu… e acertou. Foi o caso do atentado contra João Paulo
II, em 1980. Para o ano que vem, a previsão é, ainda, de fortes sismos na
Califórnia, inundações e dilúvios no Brasil, China e Etiópia e o regresso a
Angola de muitos ex-residentes. Em matéria de presidentes, antevê o fim, por
doença grave, de João Figueiredo, Sandro Pertini, Ferdinando Marcos e
Jaruzelski. Reagan não chegará ao fim do mandato. O «Watergate português», que
segundo aquele parapsicólogo será descoberto em 1985, «envolverá um membro do
atual executivo e outros ‘indiretamente’, sendo o seu autor descoberto quando estiver
ausente no estrangeiro». Zandinga prevê nomeadamente «maiores vantagens no
campo laboral» para os que trabalham na madeira, vidreiros, técnicos de saúde,
gastrónomos, militares e «todas as profissões que se relacionam com máquinas».
No campo desportivo, considera que o Benfica é «a equipa com mais
possibilidades de ganhar o campeonato de futebol» e prevê a qualificação da
seleção portuguesa para o Mundial do México. Na lista de personalidades
estrangeiras que segundo Zandinga serão alvo de atentados figuram, além de
Reagan e Samora Machel, Margaret Thatcher, Filipe González, Khomeiny, Daniel
Ortega, Robert Mugabe, os reis Balduíno e Hussein, e o presidente egípcio
Mubarak. Na Etiópia, Paquistão, Gabão, Polónia, Zaire, Bolívia, Jamaica e Chile
haverá «tendências para golpes de Estado», a guerrilha afegã intensificará a
sua atividade contra o governo de Cabul, e as tropas soviéticas estacionadas no
país sofrerão vários reveses. Uma «sabotagem» no sistema elétrico de Nova
Iorque colocará a cidade às escuras durante várias horas, e a Turquia, Itália,
Peru, Uruguai, Guatemala, Coreia, Somália, Bulgária e Filipinas serão abaladas
por tremores de terra. Para Portugal, Japão, Nepal, Suíça, Venezuela e Jamaica
Zandinga prevê apenas «sismos ligeiros». Segundo o parapsicólogo será um «ano
mau» para os atores Laurence Olivier, Burt Lancaster, Rock Hudson, Brigitte
Bardot, Cantinflas, Jane Russell, Simone Signoret, Ann Margret e Debbie
Reynolds. Para Portugal, Zandinga prevê, ainda, a morte de três políticos
ligados ao antigo regime salazarista / Marcello Caetano (um dos quais ausente
do país) e de duas figuras do regime implantado em 25 de abril de 1974. No
capítulo dos desaparecimentos, Zandinga prevê também a morte de dois grandes
dirigentes de clubes desportivos, um ciclista, um fadista, duas atrizes de
teatro e de um jovem intérprete de música rock «devido a um desastre de
viação». Segundo as previsões de Zandinga, Portugal obterá um prémio
internacional de cinema, e ficará em 7.º ou 8.º lugar no Eurofestival da
Canção. 1985 será «um bom ano» para o atletismo português e «trará provas
concretas e positivas da existência de jazigos de petróleo na costa
portuguesa».”
Sexta-feira, 21, “o ministro soviético da Defesa,
Dimitri Ustinov, de 76 anos, morreu em Moscovo, soube-se hoje na capital
soviética. A notícia foi dada por um funcionário da Casa dos Sindicatos de
Moscovo, onde costumam ficar em câmara ardente os dirigentes soviéticos
falecidos. A mesma fonte indicou que Ustinov morreu na quarta-feira e que será
enterrado na próxima segunda-feira. Um diplomata que pediu o anonimato disse
que o ministro se encontrava em coma no hospital há vários dias. A primeira
indicação da morte de Ustinov, que não é visto em público desde 27 de setembro,
surgiu quando responsáveis do Campeonato Mundial de Xadrez amuniciaram que o
jogo entre Karpov e Kasparov não se realizaria «porque a sala vai estar
ocupada». A imprensa oficial e as autoridades do Kremlin não confirmaram,
porém, a morte do homem que tem sido o chefe supremo das Forças Armadas da URSS
desde há oito anos.”
Sexta-feira,
21, “reabilitar «o fundo comum das culturas portuguesa e espanhola» foi uma das
saídas proposta por Natália Correia, para a preservação da nossa identidade
cultural, ao usar da palavra no primeiro dos colóquios organizados pelo PCP,
sob o tema «Portugal – independência nacional em questão», que estão a decorrer
na Casa da Imprensa. Acompanhada na mesa do colóquio, por António Victorino d‘Almeida,
e pelos dirigentes do PCP, Rúben de Carvalho e Álvaro Mateus, a escritora e
ex-deputada do PSD alertou igualmente para o perigo que corre a nossa cultura
face à eventual integração na CEE. Sob a influência do «ocidentalismo» dos EUA
e dos valores da Europa dos dez, Portugal arrisca-se - frisou Natália Correia -
a ser transformado em «bordel dos vícios europeus». A tacanhez ou
provincianismo dos que recusam dialogar com os comunistas foi também salientada
por Natália Correia. «Pôr no gueto um partido que representa 20 % dos
portugueses significa que estávamos numa democracia saloia», disse. Ruben de
Carvalho e Victorino d‘Almeida abordaram aspetos concretos da dependência
cultural, tendo o primeiro (chefe de redação do Avante e membro do CC do PCP) salientado
a extrema influência norte-americana pela via dos filmes, séries televisivas,
publicações, assentes num forte domínio económico. Na sessão de ontem
(igualmente muito participada) o deputado e economista do PCP, Carlos
Carvalhas, deu os números e factos da dependência económica do país. Sublinhou
particularmente o que apelidou de «ciclo da desvalorização do escudo», iniciado
em 1976 e tornado esquema ou circuito vicioso de debilitação da nossa moeda e
do nosso sistema financeiro sempre sob pretexto de aumento da competitividade
das exportações. Mostrou Carvalhas, todavia, que tal esquema torna mais caras
as importações, aumenta a taxa de juro e coloca a economia a reboque do setor
exportador. «Cerca de 50 % das exportações são consumidas por importações de
bens e consumos subsidiários». Deu, a propósito, os exemplos dos setores têxtil
e dos transportes. A venda de 227 toneladas de ouro, o défice externo de mil e
oitocentos milhões de contos e a «operação política» de adesão à CEE, foram
igualmente de denunciadas por Carvalhas. Lembrou frases de responsáveis
políticos (Almeida Santos - «um sismo, mas é um desafio»; deputado PSD - «um
terramoto, mas é um desafio» e de Mota Pinto - «um abalo profundo, mas e um
desafio») comparando-as com o vendedor de castanhas junto do metropolitano «são
podres mas boas».”
Sábado, 22, “a
firma Manuel Rui Azinhais Nabeiro Lda., de que é sócio gerente o presidente
socialista da Câmara Municipal de Campo Maior, Manuel Rui Azinhais Nabeiro, foi
condenada no passado dia 12 a pagar ao Estado a quantia de 512 mil contos por
dívidas relativas a importações irregulares de café. O processo em questão
arrastava-se desde 1981 e era um dos vários em que aquela empresa, proprietária
dos cafés Delta, se encontra envolvida na sequência da descoberta pelos
serviços alfandegários de fugas sucessivas ao pagamento de uma sobretaxa de
importação de café entre agosto de 1979 e agosto de 1981. (…). A certidão de
execução de dívidas no montante de 512 627 629 escudos foi enviada
pela Alfândega de Lisboa, em 1981, para a repartição de Finanças de Campo
Maior, tendo a firma executada apresentado uma oposição àquela execução em 29
de janeiro de 1982. Nesse documento, subscrito pelo advogado Deodato Coutinho
que partilhava o seu escritório com o dr. Almeida Santos, argumentava-se, de
acordo com o art.º 20.º do Contencioso Aduaneiro, que «o importador não é
solidariamente responsável com o agente do delito, se este for despachante
oficial». Com efeito, a estratégia de Manuel Rui Nabeiro tem residido desde
sempre na afirmação não provada até agora, de que nada deve ao Estado, porque
pagou ao despachante oficial Carlos Alberto Costa Santos o dinheiro necessário
ao cumprimento de todas as obrigações legais, resultantes da importação de café
para a sua firma. A descoberta em 1981, pela Alfândega de Lisboa, do não
pagamento de uma sobretaxa de 90 escudos por cada quilo de café importado por
aquela empresa nos dois anos referidos levou ao desencadeamento de vários
processos, dos quais apenas um tinha sido concluído até agora. Nesse processo,
o despachante Costa Santos foi condenado, em abril de 1982, a cinco anos de
prisão maior por ter subtraído às Alfandegas toda a documentação referente às
importações irregulares que despachou por conta de Rui Nabeiro. O descaminho
dos boletins de despacho destinava-se, segundo foi comprovado em tribunal, a
encobrir «em benefício próprio e do dono das mercadorias» as «lesões fiscais
nele documentadas». No decurso daquele julgamento, o juiz Carmona da Mota
deixou patente a sua convicção de que, ao contrário do que afirmava o próprio
despachante e único réu no caso, havia conluio entre ele e o importador. (…).
Numa primeira fase da instrução, o despachante havia porém confessado que agira
de acordo com o importador e com ele partilhara os proveitos da operação, vindo
depois a retirar essas declarações e a assumir total responsabilidade pelos
factos. (…). As empresas de Rui Nabeiro empregam cerca de um terço da população
ativa de Campo Maior, vila com cerca de 10 mil habitantes, e a sua atividade
estende-se por todo o país. Entre essas empresas a Manuel Rui Azinhais Nabeiro
Lda. (cafés Delta e armazéns de mercearia), a Torrefações Camelo, Cafés Cubano,
a Domuz (anises), Estalagem Progresso e Supermercados Delta.”
Sábado, 22, “no
dia em que comemora o seu segundo século de atividade, o restaurante Tavares é
hoje palco de um jantar que comemora o primeiro aniversário do Semanário e em
que estarão presentes as 50 figuras do ano, eleitas por aquele órgão de
informação. Entre os escolhidos para se sentarem à mesa no que é previsto como
um opíparo banquete, figuram Maria Barroso e Maria de Lourdes Pintassilgo, a
par de dois ministros: Jaime Gama e Rui Machete. Foram também distinguidos
Lermos Ferreira e os desportistas Carlos Lopes e Rosa Mota. Quanto ao
restaurante Tavares [4], será hoje laureado com
a medalha de Mérito Municipal que lhe será entregue pelo presidente da Câmara
de Lisboa, Krus Abecasis, que é afinal um dos 50 escolhidos pelo Semanário [5].”
Segunda-feira,
24, “o número de mortos no atentado ocorrido ontem num comboio em Itália é de
16, revelou hoje a polícia. (…). As autoridades dizem que até agora foram
retirados 15 cadáveres dos escombros, de difícil acesso, mas que outros corpos
poderão estar ainda no túnel. Uma mulher morreu mais tarde no hospital. A
maioria dos passageiros seguia de férias de Nápoles para Milão. A explosão
ocorreu às 19h15 horas locais (18h15 de Lisboa) e a composição, composta por 14
carruagens, transportava cerca de mil passageiros. Os bombeiros e as equipas de
socorro imediatamente enviadas para a zona, 6 quilómetros dentro do túnel,
de19, tiveram grande dificuldade em chegar ao local onde o comboio se
imobilizara, devido ao fumo causado por um princípio de incêndio nas carruagens
afetadas. Várias organizações terroristas neofascistas e ultraesquerdistas
reivindicaram durante a noite o atentado contra o rápido Nápoles-Milão. O
atendado foi reivindicado pelas organizações neofascistas Ordem Negra e Ordem
Nova através de um telefonema para a delegação de Nápoles do jornal Paese Sera.
Também as Brigadas Vermelhas e os Núcleos Armados Revolucionários reivindicaram
o atentado em telefonemas para a agência italiana ANSA e para o jornal Il
Messaggero, em Roma. O atentado ocorreu no mesmo túnel em que há 10 anos outro
engenho explosivo, cuja colocação foi reivindicada por organizações
neofascistas, provocou 12 mortos e 43 feridos entre os passageiros do rápido
Italicus. Segundo as autoridades ferroviárias, o acidente de há 10 anos não foi
mais trágico, porque, na altura da explosão, o comboio estava a sair do
túnel.”
Quarta-feira,
26, “a polícia italiana afirmou-se hoje na pista de um participante no atentado
à bomba no expresso Nápoles-Milão, no domingo passado. Testemunhas oculares
afirmaram ter visto um homem de cerca de 30 anos abandonar o comboio na estação
de Florença, três quartos de hora antes da explosão, em «estado de grande
excitação». As primeiras informações revelaram que 17 pessoas morreram em
consequência da explosão da bomba, ocorrida quando o expresso se encontrava no
interior do túnel de San Benedetto ao norte de Florença. Todas as vítimas foram
identificadas à exceção de três: um cidadão italiano e duas crianças de quatro
e nove anos. O atentado, reivindicado por organizações neofascistas, provocou
ferimentos em mais de 180 pessoas, 118 das quais continuam internadas em
hospitais de Bolonha, (…). A polícia disse que a bomba foi provavelmente
colocada no porta-bagagem da nona carruagem do comboio, constituído por
catorze. Edições especiais de jornais publicados ontem diziam que os «italianos
ficaram sem vontade de celebrar o Natal». (…). O suspeito é um indivíduo com um
metro e setenta de altura, de rosto moreno e oval, barba curta, cabelo
castanho-escuro e óculos, vestindo casaco tipo «marine», camisola vermelha,
camisa branca e calças cinzentas. (…). Grupos de extrema-direita e da
extrema-esquerda, organizações internacionais como os fundamentalista
islâmicos, que ameaçaram desencadear ações sangrentas se o Estado italiano não
pusesse em liberdade os sete extremistas árabes presos em Itália, traficantes
de droga ou membros da Máfia são alvos preferenciais das investigações da
polícia. A polícia atribui importância ao facto de o atentado de domingo ter
ocorrido no mesmo túnel onde, há dez anos, uma bomba colocada no comboio
Italicus provocou 12 mortos e 40 feridos. Os detidos por autoria do atentado
anterior, conotados com a extrema-direita, foram julgados no ano passado, após
sete anos de investigações, e absolvidos por falta de provas. O presidente
italiano, Betino Craxi, afirmou que «o atentado não é obra de um louco mas de
uma lógica diabólica» dirigida contra a Itália. «O autor fez um raciocínio
simples: Pensou que a Itália é um país demasiado normal, demasiado tranquilo e
sereno. É a lógica que vejo neste atentado: Penso num homem sentado atrás de
uma mesa que planeia friamente e, friamente, põe em marcha o seu plano». (…).
Pela primeira vez em 24 anos, os jornais italianos saíram para a rua no dia de
Natal, com edições especiais para relatar a tragédia de domingo.”
Quarta, 26, “seis
mortos, cinquenta feridos e importantes danos materiais constituem o balanço de
dois atentados ocorridos nas últimas 24 horas em Teerão, informou a agência
iraniana IRNA. A primeira explosão verificou-se na manhã de ontem e foi
provocada por cerca de 10 quilos de explosivos colocados num táxi estacionado
perto de um hotel. O rebentamento causou quatro mortos e cinquenta feridos,
dois dos quais faleceram pouco depois. Uma das vítimas, atingida pela onda
expansiva quando se preparava para subir para um autocarro, foi literalmente
despedaçada. A segunda explosão verificou-se na madrugada de hoje na avenida
Mowlawi, também no centro da cidade. O engenho explosivo tinha sido colocado
num recetor de lixo e o rebentamento destruiu vários carros e causou
importantes danos materiais nos edifícios comerciais vizinhos. A agência IRNA
noticiou que esta segunda explosão provocou ferimentos num transeunte, atingido
por estilhaços de vidro.”
___________________
[1] Os senhores
padres em Portugal têm vida de abade. Por causa da respeitabilidade da mulher,
não há Gomorra, não há pecado, a confissão, somente absolve de umas caralhadas soltadas
por partirem uma unha ou queimarem nos dedos ao tirar a caçarola do forno, despachadas
com um par de ave-marias e uma vela ao santinho da devoção. “Tu pensas / que os
cardeais / não se masturbam, / que não veem / as telenovelas, / que veem,
quando muito, os filmes de Bergman / e o Evangelho segundo São Mateus de
Pasolini. / Não, eles nunca leem os livros pornográficos / e nunca pensaram em
ter amantes. / Eles não conhecem o turbilhão das visões / das figuras eróticas,
/ eles leem os exercícios espirituais / de Santo Inácio / e têm o odor da
santidade / e irão para o céu porque nunca pecaram, / nunca acariciaram um
pénis, / nunca o desejaram túmido e ardente / na sua boca casta.” (António
Ramos Rosa).
[2] “As teorias
da classe social foram elaboradas plenamente apenas no século XIX, à medida que
as ciências sociais, especialmente a sociologia, se desenvolviam. Filósofos
como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau discutiam as questões da
desigualdade social e da estratificação, e escritores franceses e ingleses no
final do século XVIII e início do século XIX expuseram a ideia de que elementos
não-políticos na sociedade, como o sistema económico e a família, determinavam
em grande medida a configuração da vida política de uma sociedade. Esta ideia
foi levada mais longe pelo teórico social francês Henri de Saint-Simon, que
defendia que o tipo de governo de um Estado correspondia ao caráter do sistema
subjacente da produção económica. Os sucessores de Saint-Simon introduziram a
teoria do proletariado, ou classe trabalhadora urbana, como uma força política
importante na sociedade moderna, influenciando diretamente o desenvolvimento da
teoria de classe de Karl Marx, que dominou a discursão posterior deste tópico.”
[3] O prof. dr.
Lesagi Gymmes Zandinga foi o português mais culto de todos os tempos. Cursos
académicos e científicos. “Psiquiatria e Anatomia Patológica pela Universidade
de Brasília e do Rio de Janeiro; Acupunctura pelo American Institute of
Metapsichie Inc. de Miami EUA; e Sociedade Japonesa de Acupunctura e
Moxibustão; Curso avançado de Ciências Pedagógicas e Psicológicas pela Bristol
University; Curso Superior de Psicologia Aplicada (onde obteve o doutoramento
pelo Institute Psychology Fundation de Bruxelas); Curso Intensivo de
Cosmobiologia pelo Centro de Pesquisas Cósmicas da Duke University dos Estados
Unidos; Curso Superior de Psicanalise pela American Society for Psychanalyse
Research; Curso de Especialização de Hipnomagnetologia pela Brantridge Forest
School de Londres; Técnico Educativo pelo Instituto de Educação «Sud Mennucci» de
Piracicaba; Curso Intensivo de Mentalismo e Parapsicologia pelo Centro
Internacional de Parapsicologia de S. Paulo; Curso Avançado de Ciências
Teosóficas pela Universidade de Adyar do Trieste; Curso Internacional de
Astrologia e Astrognose pela Ordem de Antares; Confraternização dos Mantos
Amarelos do Tibete (China); Curso de Ciências Grafológicas pelo Centro de
Grafologia de Buenos Aires; Naturopatia, pela Academy Brantridge, Inglaterra.
«Pela sua
mão, em consultas pessoais passaram grandes personalidades mundiais, entre os
quais De Gaulle, Kennedy, Allende, Agatha Christie, Sophia Loren, Brigitte
Bardot, Pelé, Roberto Carlos, Nixon, Richard Burton, Fittipaldi, Pace, Jânio
Quadros, Eusébio, Carlo Ponti, Garrincha e tantos outros».
[4] “A partir
de hoje [01/08/2018] o Tavares, conhecido por Tavares Rico, passa a fazer parte
do leque de restaurantes do grupo Multifood, que adquiriu a histórica casa
lisboeta, fundada em 1784. O restaurante vai continuar a funcionar, agora com o
grupo Multifood a assegurar toda a operação do espaço, mantendo os fornecedores
e a equipa residente, assim como o menu e horários vigentes. Mas, de acordo com
fonte próxima do processo, o Tavares será revitalizado e ganhará nova vida a
curto prazo. «Trata-se, sem dúvida, de um marco no percurso de 20 anos de um
dos maiores e mais prestigiados grupos de restauração portugueses. O Alma, do
qual Henrique Sá Pessoa é o chef executivo e que ganhou uma estrela Michelin em
2015, o Pesca, chefiado por Diogo Noronha, o Tapisco ou a Sala de Corte, que
reabriu na semana passada, bem como o Delidelux ou a pizaria ZeroZero são
alguns dos ex libris do grupo fundado
e liderado por Rui Sanches», refere o comunicado enviado às redações. Trata-se
de um dos restaurantes mais antigos da Europa, tendo aberto portas em 1784,
como café. Ganhou este nome em 1823 quando os excêntricos irmãos Tavares
tomaram conta do negócio. [Originalmente um botequim conhecido por Talão que
servia «refrescos, ovos fritos e outras bebidas», em 1823, sob a gerência dos
irmãos Manuel e António Tavares, o local foi considerado suspeito de apoiar os
opositores ao rei dom Miguel, que havia usurpado o trono a dona Maria II].
Foram Vicente Marques Caldeira e o seu filho Manuel Caldeira que transformaram
o Tavares num dos restaurantes mais exclusivos e luxuosos da Europa, em 1861. A
talha dourada, os vitrais, os lustres de cristal, os motivos rococó, os estilos
belle époque e art nouveau, fazem deste espaço um símbolo arquitetónico de Lisboa,
que é um Imóvel Classificado e está integrado numa Zona Especial de Proteção.”
[5]
“O Semanário
foi um jornal editado em Portugal, com periodicidade semanal, saindo às
sextas-feiras. Foi criado em 1983 por Marcelo Rebelo de Sousa, Daniel Proença
de Carvalho, José Miguel Júdice, João Lencastre, Victor Cunha Rego, João
Amaral, entre outros. O seu último diretor foi Paulo Gaião. Rui Teixeira
Santos, foi o seu anterior diretor.”
na sala de cinema
“Misterio en la isla de los monstruos” (1981), real. Juan
Piquer Simón, c/ Terence Stamp, Peter Cushing, Ian Sera … sob o título local “O
mistério da ilha dos monstros” estreado sexta-feira, 24 de setembro de 1982 no
Olimpia no Porto e quinta-feira, 24 de março de 1983 no Estúdio e no Zodíaco em
Lisboa. “O filme centra-se em Jeff
Morgan, um jovem desinquieto
que quer viajar pelo mundo e ter uma aventura antes de se casar com a sua bela
noiva, Meg Hollaney. O tio rico de Jeff, William Kolderup, monta um navio e
tripulação para navegar pelo mundo para que Jeff possa satisfazer os seus obstinados ímpetos e, no
final, estabelecer-se numa vida calma com Meg, mas, inesperadamente, durante a
viagem o barco depara-se com alguns problemas, e Jeff e o seu tutor Thomas
Artelect são forçados a abandonar o navio. Arremessados pelo mar, acordam numa
ilha misteriosa que parece nascida das mais loucas fantasias, com criaturas
gigantescas, canibais
selvagens, caçadores mascarados e todo
o tipo de coisas medonhas a cada passo. Jeff tinha encontrado finalmente a sua
aventura, mas será demais para ele? Este conto imaginativo, inspirado nos
escritos de Jules Verne, é um divertimento e peras, assim apertem os cintos que
a nossa jornada começa.” “Heat and Dust” (1983), real. James Ivory, c/ Julie Christie, Greta
Scacchi, Christopher Cazenove … sob o título local “Verão indiano” estreado
quinta-feira, 4 de agosto de 1983 no São Jorge e no 7.ª Arte. “Em 1982, um
inglesa chamada Anne (Julie Christie) começa a investigar o destino da sua
tia-avó Olivia (Greta Scacchi), cujas cartas e diário herdara. Ela entrevista o
velho Harry Hamilton-Paul (Nickolas Grace), que na juventude era amigo íntimo
de Olivia quando ambos moravam na Índia. A busca de Anne leva-a à Índia, onde a
história de Olivia é contada em flashbacks. Em 1923, durante a governação
britânica, Olivia, recém-casada com Douglas Rivers (Christopher Cazenove),
funcionário público da administração colonial, veio juntar-se ao marido em
Satipur, na Índia central. Douglas é um
marido atencioso e o casal parece estar muito apaixonado. Quando ele insiste
para que Olivia passe o verão em Simla para evitar o calor extremo, ela recusa
de forma a permanecer junto dele. No entanto, a sociedade convencional e tacanha
das memsahibs inglesas entedia-a. Mrs. Saunders (Jennifer Kendal), a
mórbida esposa do médico local, avisa Olivia que todos os indianos são
potenciais violadores. Mrs. Crawford (Susan Fleetwood), a veneranda memsahib, é bondosa
mas igualmente conservadora. O racista dr. Saunders antipatiza de imediato com Olivia. Enquanto a
sociedade anglo-indiana parece ter pouco a oferecer a Olivia, ela é lentamente
cativada pela própria Índia. A região está sendo saqueada por um grupo de
bandidos sanguinários, e as intrigas opõem a comunidade britânica liderada pelo
major Minnies (Barry Foster) e Mr. Crawford (Julian Glover) contra o governante do principado
vizinho, o nababo de Khatm (Shashi Kapoor). Os ingleses suspeitam que ele
esteja conluiado com os bandidos, permitindo que eles operem impunemente em
troca de uma parte do saque.” “Une femme est une femme” (1961),
real. Jean-Luc Godard, c/
Anna Karina, Jean-Claude Brialy,
Jean-Paul Belmondo … sob o título local “Uma mulher é uma mulher” estreado
terça-feira, 18 de novembro de 1975 no Estúdio. (Reposto quinta-feira, 2 de setembro de 1982 também no
Estúdio).
“Em «Blonde
Venus» (1932), de Sternberg, [sob o título local «A Vénus loira»
estreado terça-feira, 19 de setembro de 1933 no São Luiz] encontramos um caso
interessante para comparar com «Une femme est une femme». Ao analisar este
filme, a teórica feminista Ann Kaplan observa que a fetichização de Helen,
personagem vivida por Marlene Dietrich, se dá pela oposição entre sensualidade
e maternidade. Helen é uma esposa que em diferentes ocasiões se vê dividida
entre a vida familiar e a profissão de dançarina num cabaret, isto é, entre o
cuidado com os filhos junto ao marido e a sensualidade pujante da sua ocupação
noturna. No entendimento de Kaplan (1995, p. 84), «o patriarcado vem
representando a Mãe como fora do âmbito da sexualidade e, portanto, se
quisermos uma determinada definição, não-ameaçadora para o homem». Com efeito, o fetichismo é abordado
por Kaplan como uma forma de perversão que atribui às mulheres características físicas
associáveis ao falo. Neste sentido, a maternidade e a ausência de sexualidade
seriam dados correspondentes que se imbricam na construção de uma personagem
como Helen. Kaplan sustenta que os vários meios pelos quais a personagem de
Dietrich é fetichizada como dançarina (o uso de saia reta, os saltos altos, as
lentejoulas nas roupas etc.) são uma compensação para os momentos em que ela
assume a condição de mãe e precisa abdicar da sensualidade. A primeira cena de
exibição de dança seria um exemplo de que o estilo de Sternberg colocou-se a
serviço da fetichização. Trata-se de uma longa sequência em que Helen dança sob
o olhar atento do homem rico vivido por Cary Grant (três olhares masculinos,
como proposto por Mulvey: o da personagem, o da câmara e o dos espetadores).
Apaixonado pela dançarina, a personagem de Grant desencadearia a perturbação da
vida familiar, confirmando que Helen, ao contrário de Angela, não detém o controlo
da ação. Em «Une femme est une femme», a cena de «Blonde Venus» ecoa no momento
em que vemos Angela exibindo o seu número de striptease. A diferença de abordagem dos dois filmes demonstra o
quanto, de facto, o controle da ação acaba sendo fundamental na construção das
personagens femininas.
No filme de Sternberg, Helen voltou
a dançar depois de alguns anos distante dos palcos, porque precisava financiar
o tratamento de saúde do marido. Apesar de possuir um talento singular e
promissor, a dançarina havia abandonado a profissão para se casar e ser mãe,
desafiando a resistência do próprio marido que, embora doente, nunca se sentiu
confortável por depender da esposa. Em «Une femme est une femme», por sua vez,
Angela é stripper com a anuência de
Émile. O parceiro não apresenta sinais de incómodo, e, quando apresenta, recebe
uma resposta desconcertante (Émile diz-se enojado por Angela se despir em
público, ao que ela responde que o salário do namorado não é suficiente para
viverem juntos). Longe da moral melodramática de «Blonde Venus», Godard define
Angela como uma mulher que, tendo em vista tornar-se mãe, aprofunda a sua
sexualidade e confronta as personagens masculinas do início ao fim da
narrativa.
Para isso, (…), ela faz uso de uma
argúcia indissociável da sua condição de mulher desejada pelos olhares que a
cercam. Se é possível falar em olhar masculino, aqui, este olhar é assimilado
por Angela em benefício próprio – e isso não se dá apenas na diegese, mas também
em relação ao olhar dos espetadores, dada a elevada autoconsciência da
narrativa e as quebras com o ilusionismo que aproximam o público da intimidade
da personagem (uma aproximação que é diferente da espionagem do mundo privado,
para lembrar a afirmação de Mulvey sobre a tela do cinema como uma espécie de
buraco de fechadura).” Factos: “Alfred
Lubitsch, personagem interpretada por Jean-Paul Belmondo, pergunta a Jeanne
Moreau (não creditada) como estão Jules e Jim. O filme «Jules et Jim» foi
estreado em 1962 [em Portugal terça-feira, 25 de março de 1975 no Estúdio] um
ano depois de «Uma mulher é uma mulher».” “Lubitsch diz a Angela e Émile que
quer ver o filme «À bout de souffle» [sob o título local «O acossado» estreado
quarta-feira, 30 de setembro de 1970 no cinema Império] na TV. No ano anterior,
Belmondo interpretou o papel principal neste filme de Godard pioneiro da Nouvelle Vague.” “Numa cena, quando é mencionado
o filme «Vera Cruz» [estreado quarta-feira, 28 de dezembro de 1955 no Império],
Lubitsch volta-se para a câmara e imita o sorriso de Burt Lancaster, o
protagonista, juntamente com Gary Cooper.” “Porci con le ali” (1977), real. Paolo Pietrangeli, c/ Cristiana Mancinelli, Franco
Bianchi, Lou Castel … sob o título local “Porcos com asas” estreado sexta-feira, 28 de maio de
1982 no Estúdio 444. “Década de 1970. Rocco e Antonia, dois estudantes de 15
anos no mesmo liceu de Roma, conhecem-se numa manifestação e apaixonam-se.
Adolescente, com ideias de esquerda – a ponto de não suportarem as dos pais – e
com experiências emocionais passadas, em suma, jovens do seu ponto de vista
«adultos», compartilham uma apaixonada vida sexual, qual refúgio da sua rotina
diária, ditada pelos deveres escolares e pelo empenho político. É um relacionamento
pouco duradouro. Um arrebatamento passional de Rocco e o casal rompe-se e, como
se não bastasse, Antonia «vinga-se» numa festa organizada por um seu professor,
a quem se oferece diante dos olhos de Rocco e dos outros colegas, que improvisam
um coro político com a canção «Pensiero»
dos Pooh [1]. Rocco, triste, vira-se para um
amigo, Antonia, arrependida, tem um encontro com Lisa. Há a ocupação do liceu,
o último gesto heroico ao qual os jovens podem aspirar. O ano letivo chega ao
fim e os dois seguem o seu próprio caminho.” Facto: “Cristiana Mancinelli Scotti, no
papel de Antonia, é filha de Elsa Martinelli.” “Bom povo português” (1980), real.
Rui Simões, c/ o bom povo português estreado quarta-feira, 18 de novembro de
1981 no Estúdio. “O filme
procura traçar a História entre o 25 de abril de 1974 e 25 de novembro de 1975,
tal como ela foi sentida pela equipa que, ao longo deste processo, foi ao mesmo
tempo espetador, ator, participante, mas que, sobretudo, se encontrava
totalmente comprometida com o processo revolucionário em curso. Panorâmica dos
acontecimentos ocorridos entre o 25 de abril e o 25 de novembro de 1975: a
lenta explosão popular. O I Governo Provisório. Manifestações do PS e do PCP.
António de Spínola dirige-se ao «bom povo». Emídio Santana e o direito à greve.
Situação nos campos e nas fábricas. Vasco Gonçalves: coligação entre as
formações políticas e as Forças Armadas. Mário Soares: acabar com o fascismo na
Administração Pública. Álvaro Cunhal saúda o Portugal democrático, pacífico e
independente. Repressão pela GNR. Manifestações pelo regresso dos soldados.
Radicalização, após o 28 de setembro. O 11 de março. O caso Torre Bela.
Ocupação de prédios. Proliferação partidária. A Reforma Agrária. O norte e o
centro do país: menor experiência de luta. Fátima. Avanço da social-democracia.
Os emigrantes. Os «retornados». Os casos República e Rádio Renascença.
Demarcação do PS. Pinheiro de Azevedo. Destruição das sedes dos partidos. A
Santa da Ladeira. Prisão de Otelo Saraiva de Carvalho. Ramalho Eanes na cena
política...”
[2] “Freedom Road” (1979), real. Ján Kadár, c/ Muhammad Ali, Kris Kristofferson [3], Ron O'Neal … telefilme americano sob o título
local “Caminho da liberdade” estreado terça-feira, 1 de junho de 1982 no Roma. “Muhammad Ali interpreta o
ex-escravo Gideon
Jackson, um antigo soldado da União que retorna a casa, na Carolina do Sul,
após a Guerra Civil e acaba por se tornar senador dos EUA. O filme e o romance
de Howard Fast baseiam-se numa história verdadeira, mas tomaram várias
liberdades. (Jackson também foi a inspiração para o vilão de «The Birth of a
Nation» de
D. W. Griffith). Inicialmente
representando os ex-escravos na convenção constitucional do estado, Jackson é
eleito para a legislatura estadual e, por fim, para o Senado, apesar da
oposição dos proprietários de terras brancos, as forças policiais e o Ku Klux
Klan. Kristofferson interpreta o rendeiro Abner Lait, que ajuda Jackson a unir
antigos escravos e fazendeiros brancos.” Factos: “Uma
versão truncada foi lançada nalguns cinemas europeus em 1980.” “Último projeto
do realizador Ján Kadár, que morreu quatro meses antes da estreia televisiva na
NBC.” “Originalmente exibido como uma minissérie em duas partes.”
___________________
[1] Cantam a canção dos Pooh alterando-lhe
a letra:
“Viva Mao Tse Tung e il suo pensiero / Lenin col Partito fu sincero / Stalin
col Partito invece fu severo / Trockij un giorno si vendette allo straniero /
ma il piccone su di lui non fu leggero”.
[2] Povo de baixos recursos humanos, piores
elites, vale-se da troca de galhardetes para inchar seus sapos. O tenente-coronel
João Alvéolos, do Conselho Consultivo do Observatório de Segurança,
Criminalidade Organizada e Terrorismo, sobre novo chefe do Estado-Maior do Exército: “Foi uma
excelente surpresa, porque não, pela capacidade, porque ‘tamos a falar do
mais brilhante oficial dos últimos 40 anos, deeee que passou pela Academia
Militar. O o aquilo que se pode caracterizar, o general Nunes da Fonseca, era
como se discreto, e sempre a brilhar, todas as funções que desempenhou
foram atingidas ao nível da excelência. ‘Tou-me a recordar só duma, recente,
brigada fiscal. É exigente, em termos de legislação, é complic… complexa no
tempo, em termos operacionais, e fez um excelente desempenho.” (19/10/2018).
Lucília Gago,
procuradora-geral da República, sobre João Monteiro, o novo vice-procurador-geral da República: “O seu invejável
currículo e o seu percurso profissional ao serviço do Ministério Público
permitem, indiscutivelmente, formular um juízo de prognose absolutamente
favorável relativamente ao contributo que vossa excelência poderá dar enquanto
vice-procurador-geral da República. Àqueles acrescem as suas qualidades
humanas expressas num denodado amor à causa pública e numa inexcedível lealdade.”
(23/10/2018).
[3] Sobre Kristofferson. “A sua mãe ficou
terrivelmente desapontada quando ele deixou o exército para seguir uma carreira
de cantor country e, de acordo com
Kristofferson, ela nunca superou isso, dizendo-lhe que preferia ter uma estrela
dourada na janela do que um filho naquele caminho. A estrela dourada era algo
que as famílias de soldados mortos em combate colocavam nas janelas.” “Ele
tornou-se conhecido como cantor e compositor com reputação de country bandoleiro. Alguns dos seus sucessos mais conhecidos
incluem «Sunday
Morning Coming Down», gravado por Johnny Cash, «Me
And Bobby McGee» que aparece no álbum «Pearl» de Janis Joplin e «Help
Me Make it Through the Night», que rendeu a Sammi Smith um Grammy
para Best Country Music Female Performance e a Kristofferson um Grammy para
Best Country Song em 1972.” “A colega cantora country
Rita Coolidge casou-se com
Kristofferson em 1973. Eles colaboraram em três álbuns nos anos 70, ganhando
prémios Grammy em 1974 pelo single «From
the Bottle to the Bottom», e em 1976 pela canção «Lover
Please». O casal
por um divórcio muito divulgado em 1980.”
«As pessoas
estavam fascinadas connosco como casal», diz Rita, mas a bebida e infidelidade
dele, mostraram-se demasiado para suportar. «A minha intenção nunca foi difamar
Kris neste livro e não creio que o fiz. Acho que deixei claro o quanto me
preocupo com este homem, o quanto sempre o amei». Mas ela teve oportunidade de
corrigir os críticos que acusavam Coolidge de se montar na estrela em ascensão
de Kristofferson. «Quando Kris e eu estávamos fazendo concertos, ele não tinha
discos de sucesso. Eu tinha. Éramos iguais nos nossos empregos e na nossa
relação», afirma ela com firmeza. Ela escreve sobre o abuso emocional de
Kristofferson e como ele menosprezava o seu talento. «Eu era uma cantora. Gravava
um álbum a cada um ou dois anos, e acho que era isso que ele queria mais do que
tudo, mas os filmes continuavam a aparecer e ele fazia a escolha. Ele pode sentir
que eu era ofensiva para com ele. Não acho que fosse. Não era o tempo todo. Era
o suficiente para eu chorar todos os dias, e isso não era uma boa maneira de se
viver. Quando nos divorciámos, não lhe pedi nada». (…). Violência contra as
mulheres é gritante no livro de memórias. No início da sua carreira, Coolidge conhece Tina Turner, que
tira a peruca para revelar uma longa cicatriz no crânio. «Isto é o que ele
faz», diz-lhe Turner. Coolidge descreve o abuso doméstico que a sua amiga, a
cantora Bonnie Bramlett, sofreu nas mãos do
companheiro, Delaney. Ela acredita que era sintomático da sociedade em geral.
«Talvez os homens sentissem como se as mulheres lhes pertencessem», diz ela.
«Penso que se você é uma figura pública – com certeza Bonnie Bramlett não seria
capaz de andar na rua e ser apenas uma pessoa qualquer; ela era Bonnie Bramlett
com um olho negro. Era difícil manter esses segredos em pessoas que são figuras
públicas». (Em 2014, Priscilla, a irmã de Coolidge, que fora casada com Booker
T Jones, foi morta pelo seu terceiro marido num homicídio-suicídio. «Continuo a
sofrer e continuarei por toda a vida», disse Coolidge). Coolidge não foi poupada ao abuso físico. Kristofferson
bateu-lhe uma vez, bêbedo («isso nunca voltou a acontecer») e, na mal-afamada
tournée de Joe Cocker,
Mad Dogs and Englishmen, o seu
namorado da altura, Jim Gordon, agrediu-a violentamente no corredor de um hotel
que a deixou com um olho negro o resto da digressão. Coolidge nunca mais falou com ele.”
no aparelho de televisão
“Um Táxi na Cidade” (1981), c/ Jacinto
Ramos, Laura Soveral, Jorge Rolla, Manuela Carlos, José Pinto … série
portuguesa transmitida às quintas-feiras, pelas 22h00, na RTP 2, entre 5 de
março e 9 de abril de 1981 [1]. (Retransmitida
às segundas-feiras, pelas 20h00, também na RTP 2, entre 26 de novembro e 31 de dezembro
de 1984). “Um Táxi na Cidade é uma série de 6 episódios produzida pela
RTP-Porto e que ficciona a vida de um taxista portuense e da sua família. Cada
episódio tem como temática um desafio diferente: vida, emprego, conflito, viagem
a Londres, jogo e passagem de testemunho. Com diálogos de Sérgio Andrade e José
Saraiva e realização de Adriano Nazareth Jr., a série que se pretende realista
e dramática consta no elenco com nomes como Jacinto Ramos, Laura Soveral,
Marília, Jorge Rola, Manuela Carlos e José Pinto, entre outros. Os passageiros
do táxi vão contando as suas desventuras e as suas alegrias ou colocando o
taxista em determinadas situações que o obrigam a refletir e muitas vezes a
agir para resolver as situações.” 1.º
episódio: a vida. 2.º episódio: o emprego. 3.º episódio: o conflito. 4.º
episódio: a viagem a Londres. 5.º episódio: o jogo – o problema da comunicação
entre gerações e das relações homem-mulher são o tema deste episódio que nos
mostra as dificuldades e as soluções para superar problemas enraizados na nossa
sociedade. 6.º episódio: a passagem de testemunho. Mário Castrim escreveu: “No
segundo canal (chamemos-lhe assim, parece que dá mais jeito e a família gosta…)
começou ontem o folhetim de via reduzida «Um táxi na cidade». É um bocado bera.
Na representação, os tiques; na realização, os primeiros passos; na conceção e
reportando-me só ao primeiro episódio, a doença infantil, muita palha,
desnecessária palha. Acumulação de pormenores insignificativos. Assistimos a
serviços de táxi (coitado do SR-67-13…) do princípio ao fim das corridas sem
que nada acontecesse! Jacinto Ramos tem guinado, perdão, tem guiado muito.
Nunca mais do que ontem. Pago ao quilómetro, ganharia uma fortuna. Mas que
temos nós a ver com isso? Bem, esperemos. O certo é que assim não vamos lá. Mas
iremos lá sem isto? Sem passar por isto?” [2] “ABBA em concerto” (1979), em
Inglaterra, no estádio de Wembley e durante a tournée pelos Estados Unidos,
transmitido quinta-feira, 2 de outubro de 1980, pelas 21h50, na RTP 1. As
atrevidas vocalistas não vestiram as suas roupas mais emblemáticas que muito
faziam sonhar na sua impudica nudez debaixo das roupas, nas nádegas que
revolucionaram a música pop e o
jovial Zeitgeist dos anos 80, os
espetadores apenas usufruíram das melodias orelhudas e boa disposição sueca. “Abbacadabra” (1984), conto musical c/
João Cabeleira, Fernando, Suzy Paula, Rosa Pelicano, Helena Ramos, José Nuno
Martins, Nuno Gomes dos Santos, António Manuel Ribeiro, Lenita Gentil e Samuel …transmitido
terça-feira, pelas 17h05, na RTP 1, dia 25 de dezembro de 1984. (Antecedido
pela estreia em TV do clássico de Natal “A
canção da Noruega” – estreado nos cinemas segunda-feira, 5 de abril
de 1971 no Tivoli). “Mamma Mia não foi o primeiro musical construído a partir
da música dos ABBA. Em 1983, quando o lendário quarteto sueco tinha acabado de
terminar, os irmãos franceses Alain e Daniel Boublil conceberam um espetáculo musical
para televisão que adaptava algumas das músicas dos ABBA a uma história que
envolvia várias personagens dos contos de fadas. Vários nomes da música
francófona participaram como Daniel Balavoine (tragicamente falecido num
acidente durante o Rally Paris-Dakar de 1986) e o belga Plastic Bertrand, o
cantor de «Ça plane pour moi», isto para além de uma participação especial da
própria Anni-Frid Lyngstad dos ABBA [3]. Tanto o
programa de televisão como o disco fizeram tal sucesso em França que outros
países não tardaram a fazer a sua própria adaptação. A versão britânica foi
feita no teatro londrino ainda em 1983 e contava com a participação da diva do
West End, Elaine Page. Além de Portugal, a Holanda também teve a sua própria
versão em 1985. A versão portuguesa esteve a cargo de Nuno Gomes dos Santos que
também acumulou o papel de Pinóquio e das vozes de um dos Irmãos Metralha. A
história era semelhante à da versão francesa, com apenas ligeiras alterações e
utilizava as mesmas doze canções dos ABBA que o original francês. Quatro
crianças - João (João Cabeleira), Pedro (Pedro Cabeleira) e as gémeas (Ana e
Joana) - são mandadas para o quarto de castigo, aparentemente por algo sem
motivo (daí que a primeira canção se chame «Que mal fizemos nós»). Uma dessas crianças,
o João, sonha que as personagens dos contos infantis - Branca de Neve,
Cinderela, Alice do País das Maravilhas, Pinóquio, Aladino, o Soldadinho de
Chumbo e o Príncipe - vêm ter com eles para ajudar-lhes numa grande missão:
derrotar a Rainha Má e os Irmãos Metralha. Mas não vai ser nada fácil, já que a
Rainha Má tem um terrível computador, o PBX, que os vai capturando dentro de
videocassetes. Mas claro que tudo acaba em bem. Eis aqueles que participaram no
disco, que então faziam parte da editora Orfeu: Fernando Correia Marques, na
altura conhecido apenas como Fernando, vindo do hit pouco politicamente correto «Carlitos», fez de Aladino (quiçá
por ter ameaçado o tal Carlitos com uma «lamparina»); Suzy Paula, como o ídolo
infantil que era na altura, não podia faltar num projeto assim e fez de Alice;
Maria João - sim, a cantora de jazz -
foi a voz da Branca de Neve; a locutora da RTP Helena Ramos, que nunca foi moça
para recusar uma ocasional incursão na representação ou nas cantigas, era a
Cinderela; o ex-cantor de intervenção Samuel era o Soldadinho; o papel da
Rainha Má foi para a fadista Lenita Gentil; e António Manuel Ribeiro dos UHF
era o Príncipe. José Nuno Martins fazia voz do locutor. Além de Nuno Gomes dos
Santos, Zé da Ponte e Luís de Freitas eram as vozes dos Irmãos Metralhas e o
coro dos Cravos na canção da Cinderela e do Soldadinho, sendo que na dita cuja,
havia também o coro das Rosas constituído por Isabel Campelo, Inês Martins,
Teresa Marta, Vanda e Ana Carvalho. Na última canção, Samuel e Lenita Gentil
faziam também de dois professores. «Abbacadabra» foi filmado em Sintra, no
Palácio da Pena, no Parque da Pena e no Colégio de São José. Na versão
televisiva, a atriz Rosa Pelicano foi a Branca de Neve, fazendo playback da voz
de Maria João e dava para ver bem que quem estava a fazer de Irmãos Metralha
não eram os donos das vozes mas sim três bailarinos não identificados (aliás,
um deles era seguramente uma Irmã Metralha). A realização esteve a cargo de
João Serradas Duarte.”
“The Professionals” (1977/1983), c/ Gordon
Jackson, Martin Shaw, Lewis Collins … série inglesa sob o título local “Os
profissionais” transmitida aos sábados pelas 23h20, na RTP 1, de 29 de dezembro
de 1979 até 1 de Março de 1980. Depois, o profissionalismo RTP emborrachou e os
restantes episódios foram despachados: quinta-feira, 13 de março pelas 22h35 / quarta-feira,
19 de março pelas 22h25 / quarta-feira, 9 de abril pelas 23h05 / quarta-feira,
16 de abril pelas 21h10 / quarta-feira, 30 de abril pelas 22h25 / e o último
episódio sexta-feira, 9 de maio pelas 22h40. “Em novembro de 1971, o ministro
do Interior britânico convocou uma reunião de vários responsáveis da polícia,
militares e serviços secretos para pedir sugestões sobre como enfrentar
criminosos cada vez mais especializados e bem armados e grupos terroristas que
estavam a começar a causar estragos em todo o país. Reconheceu-se que muitas vezes
as agências estavam manietadas pela papelada, burocracia ineficiente, má
coordenação e rivalidade interdepartamental – permitindo, tais fatores, amiúde,
que os vilões não só escapassem à justiça, como, acima de tudo, cometessem os
seus crimes. Na reunião estava o chefe do MI5, George Cowley, e ele tinha já
uma proposta radical: a criação de um organismo coordenador para juntar, a
recolha de informações dos militares e as técnicas de combate das outras
agências, num esforço para lidar, eficientemente, com essa atividade criminosa
antes que pusesse em perigo a população. Mas Cowley
reconheceu que tal equipa precisaria de trabalhar com extrema rapidez e que,
sob certas circunstâncias, isso significaria usar métodos clandestinos para
alcançar os seus fins. Não foi uma grande surpresa para Cowley que algumas das
suas ideias encontrassem grandes reservas, mas o ministro do Interior acolheu a
proposta, desde que as atividades da equipa fossem mantidas secretas. Dentro de
pouco tempo, Cowley deixava o MI5 e organizava o Criminal Intelligence (CI5),
escolhendo a dedo cerca de quarenta homens e mulheres para o seu esquadrão de
elite.”
[4] “Happy Days” (1974-1984), série
americana sob o título local “Dias felizes” transmitida aos domingos, pelas
14h00, na RTP 1, de 3 de julho / 16 de outubro de 1983. A 3.ª temporada foi transmitida
de segunda a sexta, pelas 15h00, incluída no espaço para os mais novos da RTP
1, “Grão a grão”, de 9 a 30 de abril de 1984. “Localizada em Milwaukee,
Wisconsin, a série gira em torno do adolescente Richie Cunningham e a sua
família:
o pai, Howard, dono
de uma loja de ferragens; a dona de casa tradicional e mãe, Marion; a irmã mais
nova Joanie; o irmão mais velho Chuck (apenas nas temporadas 1 e 2); e o
desistente do liceu, motard e donairoso engatatão Arthur «Fonzie» / «The Fonz»
Fonzarelli, que acabaria tornando-se no melhor amigo do Richie e inquilino da
sobre garagem dos Cunningham. Os primeiros episódios orbitam em torno de Richie
e os seus amigos, Potsie Weber e Ralph Malph, com Fonzie como personagem
secundária. Contudo, à medida que a série progrediu, Fonzie revelou-se favorito
entre os espetadores e rapidamente mais falas foram escritas para refletir a
popularidade, e Henry Winkler acabou como protagonista no genérico inicial ao
lado de Ron Howard. Fonzie fez amizade com Richie e a família Cunningham, e
quando Richie deixou a série para ir para a tropa, Fonzie tornou-se a figura
central, com Winkler a receber o primeiro lugar no genérico inicial. Nas
temporadas posteriores, outras personagens foram introduzidas, incluindo o
primo de Fonzie, Charles «Chachi» Arcola, que viria a ser um interesse amoroso para Joanie
Cunningham. As onze temporadas da série seguem aproximadamente os onze anos de
1955 a 1965, inclusive, em que a série se desenrola.” [5]
____________________
[1] Estreia
anunciada para quarta-feira, 4 de fevereiro de 1981. Sobre esta première gorada
escreveu Mário Castrim: “Cá estou apto a tomar o táxi. Posso lá não estar
presente em ato tão significativo da produção portuguesa na TV… Maldição! Em
vez do táxi, o que lá está é um episódio do «Caminho das estrelas», uma
bebedeira de cor, de vertigem e de imbecilidade. A menos que não seja o «Caminho
das estrelas», talvez eu esteja enganado, pode ser um táxi astral, qualquer
coisa como uma coprodução. Porque a RTP nunca falta ao que promete.”
[2] Portugal
engrandeceu, tanto, tanto, que todos e mais algum rumam para aqui, precisamente
aqui, para palpar esse povo. O português é como o psiché, todos querem um ou
dois. “Filmes
estrangeiros rodados em Portugal” – “The
Miracle of Our Lady of Fatima” (1952) – “a mais feliz e a mais bela
realização acerca destes acontecimentos de projeção universal”, padre José
Galamba de Oliveira, secretário do bispo de Leiria – sob o título local
“Milagre de Fátima” estreado sexta-feira, 13 de março de 1953 no Monumental. “Esta
produção americana de John Brahm sobre as aparições da Virgem a Lúcia, Jacinta
e Francisco tinha como objetivo difundir a mensagem de paz de Fátima durante a
Guerra Fria e trouxe a Portugal uma equipa para a rodagem de alguns exteriores.”
“Les Amants du
Tage” (1955), sob o título local “Os Amantes do Tejo” estreado terça-feira,
18 de janeiro de 1955 no São Luiz e no Monumental. “Um filme com Tejo no título
e que foi mesmo filmado na baixa de Lisboa. Era uma produção francesa de Henri
Verneuil, que adaptava o romance homónimo de Joseph Kessel sobre um francês
(Daniel Gélin) que após ser julgado no seu país pelo assassinato de esposa
acabava por se tornar taxista em Lisboa, onde conhece uma sedutora viúva
(Françoise Arnoul) por quem se apaixona loucamente... e que é suspeita de ter
assassinado o marido. Ficou para a história graças à cena onde Amália canta o
«Barco Negro».”
“Moby
Dick” (1956), estreado quarta-feira, 3 de outubro de 1956 no
Império. “A história de vingança do capitão Ahab contra a baleia que quase o
matou num encontro anterior pode passar-se na Nova Inglaterra, mas as cenas de
caça à baleia neste filme de John Huston com Gregory Peck foram filmadas no
Caniçal, na ilha da Madeira. E foram a sério, pois a prática só foi proibida
nos anos 1980.”
“Lisboa”
(1956), estreado terça-feira, 1 de janeiro de 1957 no Condes e no Monumental. “Esteve
para ser realizado por Nicholas Ray e com Joan Crawford, mas acabou nas mãos de
Ray Milland, que também era o protagonista. Maureen O'Hara gostou de finalmente
ser uma vilã neste policial conspirativo da Guerra Fria que historicamente foi
a primeira produção de Hollywood rodada em Portugal. Tem generosas imagens de
Lisboa, Cascais e Sintra, aviões antigos da TAP e ainda «Lisboa Antiga»
interpretada por Anita Guerreiro. E ainda o americano Jay Novello a interpretar
o inspetor João Casimiro Fonseca.”
“Hammerhead” (1968), sob
o título local “Cabeça de martelo” estreado sexta-feira,
3 de janeiro de 1969 no Europa. “Um thriller britânico de David Miller que
contava a história de como os Serviços Secretos encarregavam um mercenário
americano (Vince Edwards) de ir a Portugal para impedir um génio criminoso
(Peter Vaughan, de «A Guerra dos Tronos»!) de tentar roubar segredos da NATO
para conquistar o mundo!”
“On
Her Majesty's Secret Service” (1969), sob o título local “007 - Ao
serviço de sua majestade” estreado quinta-feira, 1 de janeiro de 1970 no São
Jorge e no Roma. “Provavelmente o mais famoso filme cuja rodagem passou, e
muito, por Portugal, embora o nosso país não seja citado na história.
Infelizmente, também é um dos menos vistos por ter a fama de ser um fracasso
por ser o único de George Lazenby como James Bond. E não foi coisa pouca, a
equipa principal veio mesmo ao nosso país pois tudo começa quando 007 salva uma
mulher de se afogar, numa cena rodada no Estoril. A ideia inicial do produtor
Harry Saltzman era filmar essas cenas em França, mas depois achou que os locais
não eram suficientemente fotogénicos. E é apropriado porque Ian Fleming se
inspirou para criar o agente secreto durante a estadia no Hotel Palácio do
Estoril. Muitos anos depois, o filme continua a ter o valor extra de permitir
descobrir como estavam Guincho, Estoril, Lisboa, Cacilhas, Zambujal e Arrábida
há 50 anos.”
“The
Last Run” (1971), sob o título local “A última fuga” estreado sexta-feira,
26 de novembro de 1971 no Condes. “Um filme de Richard Fleischer que foi um
grande fracasso e que teve uma rodagem muito conturbada, que começou com John
Huston, que se desentendeu a sério com a estrela George C. Scott. Este fazia de
envelhecido motorista de uma organização criminosa de Chicago retirado para uma
existência tranquila numa aldeia piscatória em Albufeira a quem pediam que
fizesse um 'último trabalho'. No filme, Scott trabalhava com a segunda mulher
(Colleen Dewhurst) e depois de a atriz anteriormente escolhida (Tina Aumont)
ter desistido por causa das discussões, foi substituída pela que viria a ser a
terceira esposa (Trish Van Devere).”
“The
Boys from Brazil” (1978), sob o título local “Os comandos da morte”
estreado sexta-feira, 6 de abril de 1979 no Condes e no Monumental. “O filme
sobre o caçador de nazis (Laurence Olivier) que segue pistas até a América do
Sul, onde descobre nada menos do que o diabólico cientista Josef Mengele
(Gregory Peck) a tentar criar clones de Adolf Hitler. Várias cenas rodadas em Lisboa
fazem as vezes do Paraguai.”
“Der
Stand der Dinge” (1982), sob o título local “O estado das coisas”
estreado quarta-feira, 16 de novembro de 1983 no Quarteto sala 1. “Pelo título,
percebia-se que «Lisbon Story», de Wim Wenders (1994), passava por Portugal,
mas também foi o caso deste do mesmo realizador e igualmente produzido por
Paulo Branco sobre uma equipa de cinema a trabalhar perto de Sintra no remake de um clássico de série B
americano que via o produtor desaparecer e acabar a película e o dinheiro...”
“Dans
la ville blanche” (1983), sob o título “A cidade branca” estreado
quinta-feira, 21 de abril de 1983 no Quarteto sala 4. “Bruno Ganz era um
mecânico naval que desembarca em Lisboa e alugava um quarto na zona ribeirinha,
deambulando sem rumo pela cidade nos dias que se seguiam. Teresa Madruga
interpretava a mulher por quem se apaixonava nesta coprodução entre Suíça e
Portugal realizada por Alain Tanner. Durante muito tempo foi o filme mais
emblemático de todos quantos foram rodados em Lisboa, que de certa forma quase
era a protagonista.”
“White
Nights” (1985), sob o título local “O sol da meia-noite”
estreado quinta-feira, 6 de fevereiro de 1986 no Castil e no Star. “Um filme
realizado por Taylor Hackford e com Mikhail Baryshnikov, Gregory Hines e Helen
Mirren que, como muitas produções daquela época sobre a Guerra Fria que se
deviam passar na Rússia, foi rodado na Finlândia. Este sobre um lendário
bailarino soviético que fugiu para o Ocidente e que por causa de uma avaria no avião
regressa ao seu país natal tem a curiosidade de, após uma longa busca, se ter
chegado à conclusão que o Teatro Nacional de São Carlos era o mais próximo do
ambiente e elegância do Teatro Kirov de Leninegrado (agora S. Petersburgo).”
“A casa
da Rússia” (1990). “A adaptação que Fred Schepisi fez do livro
homónimo de John le Carré foi a primeira produção norte-americana em décadas a
ser filmada em Moscovo e São Petersburgo (então Leninegrado), mas também teve
cenas na baixa de Lisboa, nomeadamente no Palácio dos Condes de Vimioso, e,
claro, nas docas, onde termina. A presença de Sean Connery chamou muito a
atenção, mas Michelle Pfeiffer, cuja popularidade tinha explodido com «Viúva...
Mas Não Muito» e «Ligações Perigosas», procurou resguardar-se o mais possível
das objetivas dos fotógrafos.”
“A
bela época” (1992). “O filme que levou Portugal a ser mencionado nos
Óscares quando Fernando Trueba aceitou o prémio de Melhor Filme Estrangeiro. A
história desta coprodução entre Espanha e Portugal decorre nos anos que
antecederam a Guerra Civil Espanhola (1936), mas foi em Arruda dos Vinhos que
Trueba descobriu os locais que mais se pareciam com aquela «Belle Époque».”
“A
casa dos espíritos” (1993). “A paisagem mexicana da adaptação do
livro de Isabel Allendre era afinal o Alentejo, mais exatamente o Monte das
Três Marias, em Vila Nova de Milfontes. Houve cenas também em Lisboa, na Praça
do Município, e a nossa Assembleia da República passou a parlamento mexicano. A
visita e estadia de estrelas como Meryl Streep, Jeremy Irons e Glenn Close foi
um acontecimento que elevou a autoestima nacional.”
“Genealogias
de um crime (1997). “Este filme de metamorfoses e psicanálise
produzido por Paulo Branco com Catherine Deneuve, Michel Piccoli e Melvil
Poupaud continua a ser um dos mais reconhecidos, realizado por Raúl Ruiz e foi
um dos vários que o trouxeram em trabalho a Portugal.”
“A
nona porta” (1999). “Lendo a imprensa, parecia que tinha vindo a
Portugal Isabel II e não o realizador Roman Polanski e Johnny Depp, tal a
cobertura. A história envolvia a procura de um livro que tinha o segredo para
convocar o Diabo, que acaba por trazer a personagem de Depp ao Chalet Biester,
na Estrada da Pena em Sintra, mas também se reconhecem outros locais da popular
vila.”
“O
círculo invisível” (2001). “Jordana Brewster era uma adolescente
americana que no final dos anos 1970 decidia investigar o suicídio da sua tia
em Portugal, interpretada por Cameron Diaz, que foi vista em rodagem para os
lados do Cabo Espichel no verão de 2000. Foi um dos projetos da atriz por
altura de «Doidos por May» e «Os Anjos de Charlie», mas passou completamente
despercebido.”
“Em
Clandestinidade” (2002). “Depois de descobrir Portugal às ordens de
Manoel de Oliveira, foi também pelo nosso país que John Malkovich fez a sua
estreia na realização com a história que se passa numa nação latino-americano à
beira do conflito, devido a um movimento terrorista. Javier Bardem era o
polícia idealista que tentava prender o misterioso chefe guerrilheiro e também
faziam participações especiais Alexandra Lencastre e Luís Miguel Cintra.”
“Mouth
to Mouth” (2005). “Um título britânico pouco conhecido onde Ellen
Page (a),
alguns anos antes de ganhar fama com «Juno», era uma jovem americana à deriva
pela Europa que passava por Londres, Berlim, Leipzig e Lisboa acabando por se
juntar a um grupo de jovens radicais.”
──
(a) Ellen Page, 1,55 m, 48 kg, 81-59-84, sapatos 36,
olhos cor de avelã, cabelo castanho-escuro, nascida a 21 de fevereiro de 1987
em Halifax, Nova Escócia, Canadá. Sobre a estadia na terra dos melhores
portugueses do mundo:
“Estive em Portugal quando tinha 16 anos, tive o cabelo rapado na altura, e foi
numa cidadezinha muito conservadora em Portugal e fui ao circo. E foi
fantástico. Foi fantástico porque não conseguia entender patavina, e também
porque era tipo uma mulher aparecia e tocavam o «Thriller» do Michael Jackson,
e ela tinha uma marionete que era um esqueleto mas tudo o que ela fazia era
assim ao ritmo da canção, a canção inteira, então o esqueleto estaria
(abana-se) ao som de «Thriller», e depois saía um lama e tinha um macaco nas
costas e o macaco cavalgava o lama, mas não, o macaco estava acorrentado ao
lama…” Queira Deus que a jovem tivesse tido a epifania do seu tribadismo em
Portugal, implantar-se-ia mais um louro na coroa de um povo-máquina de bem
fazer. Orientando para a opção sexual correta, o lesbianismo para a mulher, o
sodomitismo para o homem, prossegue o serviço prestado à humanidade pelos
nossos navegadores.
──
“A
gaiola dourada” (2013). “Sem surpresa, este grande sucesso de Ruben
Alves sobre um casal português que vive em França há 30 anos e que quer regressar
a Portugal (Rita Blanco e Joaquim de Almeida), uma decisão que não agrada aos
vizinhos, também foi rodado em parte no nosso país, com deslumbrantes cenas que
se passam no Douro.”
“Comboio
noturno para Lisboa” (2013). “Não era a primeira vez que um filme
mesmo com indicação geográfica no título era filmado noutro local, mas não foi
o caso. Para esta adaptação do livro homónimo de Pascal Mercier, Bille August e
Jeremy Irons realmente regressaram 20 anos depois de «A Casa dos Espíritos». E
o espírito nacional prolonga-se pela participação especial de atores como
Nicolau Breyner e Beatriz Batarda.”
“E
agora invadimos o quê?” (2015). “No seu novo documentário, Michael
Moore «invade» vários países em busca de boas práticas e exemplos para os
Estados Unidos copiarem. De Portugal o exemplo é a política de despenalização
do consumo de estupefacientes, onde fala com polícias e outros responsáveis
sobre os resultados. Moore foi ainda visto na manifestação da CGTP no Dia do
Trabalhador.”
“A
promessa” (2016). “A rodagem do épico de Terry George sobre os
últimos dias do Império Otomano antes da Primeira Guerra Mundial, decorreu
principalmente no sul da Europa e Ilhas Canárias, mas Christian Bale veio em
setembro de 2015 ao nosso país e apesar de ter decorrido um casting; a rodagem
foi no maior secretismo. O Museu Nacional de Historia Natural e da Ciência foi
um dos locais por onde passou a produção.”
[3] “Cantora
sueca nascida na Noruega, ex-integrante do grupo sueco ABBA. Formalmente, e
pelo seu casamento com o príncipe soberano da Casa Real de Reuss (falecido em
1999), tornou-se em Sua Alteza Sereníssima a Princesa Anni-Frid Synni Reuss,
Condessa de Plauen. Anni-Frid nasceu filha do relacionamento da norueguesa
Synni Lyngstad com o sargento alemão Alfred Haase, casado, em serviço na
Noruega durante a ocupação alemã desse país na Segunda Guerra Mundial. Para
evitar preconceitos vigentes no país à época em relação às mulheres que tiveram
relacionamentos com militares alemães, a sua mãe e avó mudaram-se para a
Suécia, tendo ido residir na cidade de Torshälla, perto de Eskilstuna. Synni
faleceu antes de Anni completar dois anos e Anni-Frid foi criada por sua avó
materna Arntine.”
No logro moderno
que somos diferentes, que não cometemos os erros da “História”, os líderes
atuais prestam-se ao papel do ridículo e risível pedido de desculpas pelo…
passado. “Entre 30 000 e 50 000 norueguesas, apelidadas de «mulheres alemãs»,
mantiveram relações íntimas com soldados alemães durante a guerra, de acordo
com uma estimativa do Centro Norueguês sobre o Holocausto e minorias
religiosas. Além das humilhações públicas como ter tido o cabelo rapado, estas
mulheres sofreram retaliações por parte das autoridades da Noruega libertada:
detenções sem fundamento legal, internamento sem julgamento, demissões,
expulsões e privação da nacionalidade, todas elas ações de caráter inconstitucional.
«Logo após a Libertação, muitas meninas e mulheres norueguesas que tinham tido
relações com soldados alemães, ou eram suspeitas [disso], foram vítimas de maus
tratos», declarou a primeira-ministra norueguesa Erna Solberg durante um evento
para comemorar o 70.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
«Hoje [17/10/2018], em nome do governo, pedir desculpa», afirmou. Este pedido
de desculpa, que ocorre 73 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando
poucas dessas mulheres ainda estão vivas, não significa qualquer compensação
financeira para as famílias afetadas.”
[4] Este
voluntarismo policial trucidador dos inimigos da ordem ocidental redundará na
sociedade industrial da abundância, dinheiro para todos, partying e holydays. “Nude
Night Disco”
(2007) / “Midnight
Pool Party”
(2007), ambos realizados por Petter Hegre, c/ Anna Sbitnaya, Paulina
(Uliya Brichkovskaya), Angelica e Linda L.
Anna Sbitnaya, 1,70 m, 48 kg, 86-56-89, sapatos
36, olhos e cabelos castanhos, nascida a 24 de dezembro de 1987 em Kiev, Ucrânia,
t.c.c. Anna, Anna AJ, Anna S, Anna Sergeeva. “Adoro chocolate, espojar-me ao
sol, McDonald’s, animais e, obviamente, a minha família. Não gosto mesmo de pessoas
excessivamente agradáveis e ostras, são ambas viscosas.” Sites: {The Nude} {Indexxx}
{Erosberry}
{Erotic
Beauties} {Porn Teen Girl}
{Elite
Babes} {YOUX} {Kindgirls}
{Alba Gals}
{Nice
Nude Girls} {Define Babe} {European
Pornstars} {Hegre Art} {Hegre
Hunter} {Met-Art} {Met-Art
Hunter}. Obra fotográfica: {fotos1}
{fotos2}
{fotos3}
{fotos4}
{fotos5}
{fotos6}
{fotos7}
{fotos8}
{fotos9}
{fotos10}.
Obra cinematográfica: {“Sensual
Oil Massage”} ֍ {“Shaving”}
֍ {“Bondage”}
֍ {“Massage
Socks”} ֍ {“Erotsis”}
֍ {“Butterfly
Panties”} ֍ {“Hotel Terramar”}
֍ {“Vacations”}
֍ {“Helvetia”} ֍ {“Imperiale”}
֍ {Imperiale -
Behind the Scenes”} ֍ {“Anna
Sbitnaya”} ֍ {“Timeless Beauty”} ֍ {“Four
Ukrainian Girls” + Uliya Brichkovskaya + Angelica + Linda L}.
Angelica, 1,76 m, 55 kg, Ucrânia. Sites: {The Nude} {Indexxx}
{Kindgirls}
{Hegre}
{Hegre
Hunter}. “Angelica é uma modelo e estudante de 20 anos da Ucrânia. Com
os seus longos cabelos esvoaçantes e olhos azuis pálidos nunca o nome de uma
miúda foi tão apropriado. Definitivamente, há algo de angélico na Angelica. E
Angelica, nascida na Rússia, é a prova viva de que as modelos podem ter beleza
e inteligência. Ela passou quatro anos estudando psicologia, especializando-se
em sexologia, nada menos. Isto dá-lhe uma forma de ser afável, aberta e
compreensiva. Ela também se interessa por design de moda e adora comer sushi.
Angelica já trabalhou como modelo na China e Israel, mas a produção com Hegre
marcou a sua primeira vez posando nua. O seu aspeto etéreo, pernas compridas e
atitude positiva fazem dela material perfeito para modelo. A combinação de um
aspeto de tirar a respiração, corpo lindo e sorriso sedutor estão fadados a
levá-la longe.” Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}
{fotos3}
{fotos4}
{fotos5}
{fotos6} {fotos7}
{fotos8}
{fotos9}
{fotos10}
{fotos11}
{fotos12}.
Obra cinematográfica: {“Shower Trio”
+ Anna S. + Paulina}
Ivette Blanche, 1,73 m, 59
kg, 80-61-89, sapatos 39, olhos azuis, cabelo castanho, nascida a 15 de julho
de 1985, em Budapeste, Hungria, t.c.c. Amanda Lauren, Evette Elan, Ivett,
Ivette, Ivette Blanch, Lara, Linda, Linda L, Toula, Yvette, Yvette Blanche. Sites: {The Nude}
{Indexxx} {Sex Video
Casting} {Kindgirls} {Erosberry}
{Babepedia} {EGAFD}
{Define Babe}
{21sextury}
{iafd}
{Euro Babe Index}
{Porn Teen Girl}
{European
Pornstar} {Footsie
Babes} {4tube}. Obra
fotográfica: {fotos1} {fotos2}
{fotos3} {fotos4}
{fotos5}
{fotos6} {fotos7}
{fotos8}
{fotos9}.
Obra cinematográfica: {“Daring
Darlings” + Boroka Borres} ֍ {“Fashion
Feet”} ֍ {“Ivette”}.
Uliya Brichkovskaya, 1,73 m, 57
kg, 86-61-86, olhos castanhos, cabelo preto, nascida a 7 de maio de 1986, em
Kiev, Ucrânia, t.c.c. Paulina, Paulina Bartok. Casou e vive em Los Angeles.
Sites: {The Nude}
{Indexxx} {Kindgirls}
{Hegre}.
Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}.
Obra cinematográfica: {“Sensual
Massage”} ֍ {Chipre}
֍ {Twerk}.
(b)
──
(b) Uliya integrou o grupo NikitA. “NikitA é um duo pop ucraniano fundado por Yuriy Nikitin (Юрієм
Нікітіним), diretor-geral da editora Mamamusic. O grupo era composto por Dasha
Astafieva
(Дар'я Астаф'єва) (c) (2008-presente) e Yulia Kavtaradze (Юлія
Кавтарадзе) (2008-2011). Anastasiya Kumeyko
(Ольга Кумейко), do grupo A.R.M.I.A,
substituiu Yulia Kavtaradze em 2011, que se fartara de posar nua.
Julia Brichkovskaya (Юлія Брічковская) entrou na banda após uma audição para um
terceiro elemento, no início de 2012, e trabalhou até ao termo do contrato,
saindo em janeiro de 2016. NikitA é uma das bandas mais controversas do mundo de língua
russa. É considerada uma das bandas mais inusitadas da música ucraniana, pois o
seu tema específico é a «agressão sexual». A banda editou o seu primeiro single, «Mashyna»
(carro), em 2008. A ideia de Nikitin de criar a banda estava em processo há
algum tempo. Uma das versões iniciais do nome era Sireny and Divas, contudo,
quando Nikitin conheceu Dasha e Yulia, elas decidiram chamar-lhe NikitA, que
era o nome que as duas usavam para se referir a Nikitin. Em 2008,
Dasha Astafieva e Julia Kavtaradze participaram na campanha publicitária da
vodka Sobieski. Em 2009, o grupo filma o videoclipe
provocador para o single «Веревки»,
que se torna o cartão-de-visita do coletivo e provoca uma ampla ressonância
pública. As filmagens ocorreram durante a noite num estacionamento subterrâneo
e num supermercado de um dos centros comerciais de Odessa. No vídeo, as
raparigas andam completamente nuas. Em 2012, já com Julia Brichkovskaya lançam
«Avocado»
em russo e inglês. Em 2013, publicaram o vídeo provocante para a canção «Синее
платье» (vestido azul). Em abril do mesmo ano
lançaram outra canção, «Игра» (o jogo),
em russo e inglês, com o clip filmado mais tarde. Em agosto, editam uma versão da
canção «Я
знаю, это ты» (eu sei que é você), do grupo НеАнгелы
(NeAngeli). Em 26 de fevereiro de 2014, apresentam uma nova música «Химия»
(química), seguida do vídeo. Em 28 de abril foi lançado o seu segundo álbum, «Хозяин».
Em fevereiro de 2015, a banda apresenta um novo vídeo, «VОДОПАДОМ»,
montado a partir de filmagens dos telemóveis das raparigas. No mesmo ano, a
música «Вдыхай»
(respira) é lançada. Em janeiro de 2016, Julia Brichkovskaya deixou o grupo.”
──
(c) Daria «Dasha»
Viktorivna Astafieva (Дар'я Вікторівна Астаф’єва), 1,70 m, 55 kg, 86-60-91,
sapatos 38 ½, olhos e cabelos castanhos, nascida a 4 de agosto de 1985 em Ordzhonikidze,
Ucrânia, t.c.c. Darya Astafeva, Dasha, Dasha E. “Daria na infância era uma
criança versátil e foi para a área das artes, ela desenhava lindamente e
dançava, durante muitos anos esteve envolvida na ginástica acrobática. Mas na
escola teve problemas. Astafieva não estudava com afinco, sobrevivendo com
notas baixas. Além disso, tinha um relacionamento complicado com os seus
colegas devido ao facto de ter uma figura esbelta, e o seu rosto tinha amiúde
traços de irrupção alérgica.”
Sites: {The Nude} {Indexxx}
{Kindgirls}
{Elite Babes}
{Hegre}
{Kindgirls}
{Erosberry}
{Babesrater}
{Boobpedia} {Babepedia}
{Live
Journal} {Playmate Hunter}.
Obra fotográfica: {fotos1}
{fotos2} {fotos3}
{fotos4}
{fotos5} {fotos6}
{fotos7}
{fotos8}
{fotos9}.
Obra cinematográfica: {“Goddess
of the Palace”} ֍ {“On
The Terrace”} ֍ {“Golden
Girl”} ֍ {Playboy}
֍ {Playboy}
֍ {Playboy} ֍ {D.A.
performance for STAND'ART}.
na aparelhagem stereo
Os
palradores profissionais são aqueles que mais beneficiam da curta duração da
memória na era da hiperinformação, o cocorocó, o quiqueriqui, o quá-quá, o him-hã, virada
a esquina, estão esquecidos, a nobre figura deles, sempre em pé, no rodapé. E
Marques Mendes, o eterno n.º 2 português do comentário político (o primeiro,
apesar de presidente da República, é sempre Marcelo Rebelo de Sousa) falha como
um economista numa folha de Excel ou faca romba em bife [1]. «Quando António Costa não está presente corre tudo mal. Falta
um número dois com peso político no governo, para coordenar toda a máquina
governativa», acrescenta. Remodelações? «Julgo que essa questão vai-se colocar
depois da aprovação do Orçamento de Estado. No fim do ano, princípio do próximo
ano António Costa começará a pensar numa mini-remodelação», diz Marques Mendes
que anuncia que essa hipótese já é ventilada nos círculos governamentais. «Há
três ministros candidatos à substituição: o ministro da Economia (onde os resultados
são mais complicados); o ministro das Finanças (que cada vez está mais fraco);
e o ministro da Educação (que é um erro de casting, manda mais a FENPROF no
ministério do que o próprio ministro)», explica o comentador. António Costa vai
tentar arranjar um número dois no governo, diz Marques Mendes, mas antevê-se
que essa tarefa vai ser difícil. «Vai certamente fazer ajustamento nos
secretários do Estado, e Rocha Andrade pelas razões que são conhecidas (viagem
da Galp) poderá ser um dos remodeláveis», disse Marques Mendes que considera
que a geringonça não está em perigo. Pois de cada vez que geringonça ameaça
ruir, Costa alerta os partidos de esquerda para a «ameaça» Passos Coelho e
Maria Luís Albuquerque, o que acaba por funcionar como «seguro» da geringonça,
disse o comentador.” [2]
No falatório
televisivo como na ética jornalística, as notícias mais importantes, as que
badalam ao tímpano, aquelas que espumam deontologia, são aquelas contendo o
vocábulo “pode”, muito mais que um verbo, um tratado de objetividade e
independência e profit. “O
investimento no futebol mundial está a deixar os chineses «loucos», sem medo de
investir mas pode resultar em prejuízo [3]. Quem
o diz é Wang Jianlin, o homem mais rico da China, e que em 2015 investiu 3,5
mil milhões de euros no futebol europeu. Para Wang Jianlin ter uma equipa
significa ter influência e não lucro, o que ele vê como mais fácil de alcançar
através de acordos de direitos ou competições que possuem. O presidente do
Wanda Group tem uma fortuna avaliada em mais de 29 mil milhões de euros e, nos
últimos anos tem investido parte da fortuna no futebol. Wang Jianlin é o
principal investidor desportivo da liga chinesa e no ano passado [2015] comprou
20% dos espanhóis, do Atlético de Madrid. «Pode dar credibilidade mas não dá
dinheiro. Todos os anos perdemos dinheiro», disse Wang Jianlin à Reuters numa
entrevista exclusiva em Pequim.”
[4]
Bons
negócios nos anos 80:
█ “Megatron
Man” (1981), p/ Patrick Cowley.
“Patrick Joseph Cowley, (19 de outubro de 1950 / 12 de novembro de 1982), nasceu
em Buffalo, Nova Iorque, filho de Ellen e Kenneth Cowley. A família era
originária das zonas de Horseheads e Corning de Nova Iorque e vivia em
Rochester. Durante a adolescência, Cowley
tornou-se baterista bem-sucedido em bandas locais antes de frequentar a
Universidade de Niágara e mais tarde a Universidade de Buffalo para estudar
inglês. Em 1971, aos 21 anos, Cowley mudou-se para São Francisco para
frequentar o City College de São Francisco, onde estudou música, mais
especificamente o manejo de sintetizadores. Cowley conheceu o artista sediado
em São Francisco, Sylvester, no final dos anos 70. Sylvester convidou-o a
juntar-se à sua banda de estúdio após ouvir algumas das suas gravações iniciais
de sintetizador. Ele tocou sintetizador no álbum de 1978 de Sylvester, «Step
II», que incluía «You
Make Me Feel (Mighty Real)» e «Dance
(Disco Heat)». Além disso, escreveu «Stars»
e «I
Need Somebody To Love Tonight» para o álbum de 1979, «Stars». Cowley
também se juntou à banda ao vivo de Sylvester e acompanhou-o em várias tournées
mundiais. Os sucessos de Cowley em nome próprio incluíram «Menergy»,
em 1981, uma sincera celebração da cena das discotecas gay, e «Megatron Man», que alcançaram os números um e dois,
respetivamente, na tabela Billboard Hot Dance Music / Club Play em 1981. Nesse
mesmo ano, Patrick Cowley tornou-se disc-jockey
nas festas Menergy no The EndUp em São Francisco. Ele também escreveu e
produziu o single de dança «Right
on Target» para Paul Parker, que alcançou o número um na tabela de
dança da Billboard em 1982. Uma colaboração com Sylvester, «Do
Ya Wanna Funk», alcançou o número quatro da tabela de dança da Billboard
nesse mesmo ano. Cowley fez também uma mistura de 15' 45" de «I
Feel Love» de Donna Summer, que é agora objeto de coleção. O seu
último álbum, «Mind
Warp», foi composto quando ele já sentia os efeitos crescentes da
infeção pelo VIH, e as suas canções refletem o seu gradual distanciamento da
realidade convencional enquanto a doença progredia.” [5] ♫ Composto por P.
Cowley, J. Mehl, M. Tani, produzido por Patrick Cowley, “Lucky
Tonight” (1983), p/ Sarah Dash. “Dash
é membro fundador das Patti LaBelle and the Bluebelles em conjunto com Patti
LaBelle, Nona Hendryx e Cindy Birdsong, que mais tarde se juntou às The
Supremes. Patti LaBelle and the Bluebelles, depois apenas
Labelle, tornaram-se numa das bandas de funk
inovadoras dos anos 70. O sucesso mundial «Lady
Marmalade» foi produzido pelo lendário e já falecido Allen
Toussaint. As Labelle eram conhecidas pelos seus figurinos
escandalosos, espetáculos eletrizantes e produções teatrais épicas. As Labelle
fizeram história como o primeiro e único grupo de pretas americanas a levar uma
produção ao Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, assim como noutros
principais teatros por todo o mundo com o seu espetáculo «Wear Something Silver».”
█ “Passion”
(1989), p/ Dirty Blonde. Formados em 1986 em Los Angeles, com Jimmy St.
James (voz), Kenny McCafferty (guitarra), Stevie M. (baixo), substituído por
Ray Riendeau e Mark Morrow (bateria), substituído por Brad Williams. Editaram o
EP “Dirty Blonde” (1988) e o CD “Passion” (1989) [6].
█ “Public
Castration Is A Good Idea” (1986), p/ Swans.
“É o primeiro álbum ao vivo da banda nova-iorquina Swans que originalmente foi
editado como um disco pirata semioficial através da Some Bizzare Records em
1986. Foi amanhado a partir de espetáculos em Londres e Nottingham
durante a tournée Greed / Holy Money de 1986. Com as primeiras seis canções
retiradas do concerto no I.C.A. de Londres, «Public Castration Is A Good Idea»
é frequentemente considerado o álbum ao vivo mais brutal da banda, as execuções
das canções são musicalmente bastante diferentes das versões em estúdio: elas
são de modo geral mais baixas em tom, ásperas e mais abrasivas. Um exemplo
significativo é «A
Screw», que é mais extensa e minimalista que a sua homóloga em estúdio.”
“Os Swans são uma banda americana de rock
experimental formada em 1982 pelo cantor, compositor e multi-instrumentista Michael
Gira. Um dos poucos grupos a emergir da cena no wave [7] nova-iorquina e a
permanecer intacto na próxima década, os Swans tornaram-se reconhecidos pelo
som único em constante mutação que contribuiu para o desenvolvimento de géneros
musicais como noise rock, post-punk, industrial e post-rock.
Inicialmente, a sua música era conhecida pela brutalidade sonora e letras
misantrópicas. Após a entrada da cantora, compositora e teclista Jarboe, que
apareceu pela primeira vez no single
de 1986 «Time
Is Money (Bastard)», e se estreou como compositora em 1987 no álbum
«Children of God», os Swans começaram a incorporar mais melodia e complexidade
na sua música.” [8] █ “Schizophrenia”
(1981), p/ Armande Altaï. “Armande Kumpal Kabartay
Altaï-Magini nasceu em Alepo na Síria a 20 de maio de 1944, no seio de uma
família de cinco crianças de um pai tirano, oficial do exército francês e de
mãe turca muçulmana, que lhe transmitiu o gosto pela música, pondo-se a catraia
a cantar para atrair a atenção desta última. A sua infância é marcada pelas
deslocações de seu pai, (Síria, Costa do Marfim) antes de se instalar em
Marselha em 1949. Aos 16 anos ingressou na Escola de Belas Artes de Marselha
para cursar a sua paixão, a pintura. Casada aos 19 anos, foi para Paris com o
marido e envereda por uma carreira de modelo antes de começar a cantar em
restaurantes. Engravida da sua única filha, Virginie, atualmente sua assistente
pessoal. Regressa a Marselha onde frequenta aulas de canto no Conservatório de
arte dramática e lírica, e percorre a região com um grupo através do qual tenta
impor o seu estilo rock lírico. (…).
Em 1973, edita o seu primeiro 45 rotações, «Si un jour», pela Mercury. (…). Em
1979, lança o primeiro álbum, «Atavisme», e foi ao programa de TV «Le Grand
Échiquier». Em 1980, a fim de rodar o álbum efetua numerosos concertos, incluindo
a festa do Humanité, a Primavera de Burges e o Forum des Halles, mas este álbum
obterá somente um sucesso de estima (30 000 cópias vendidas no mês de
publicação). Em 1981, lança o seu segundo álbum pela Mercury, «Informulé»,
com o teclista Andy Clark (Ashes to Ashes) e o guitarrista Henry Padovani (The
Police, Electric Chairs). O álbum será suportado pelo magro sucesso do single «Schizophrenia»,
apesar de um baixo potencial comercial, que ela interpretará várias vezes na
televisão.” [9]
█ “There
She Goes” (1988), p/ The La's. “A
canção ganhou reputação de ser sobre o uso de heroína, provavelmente como
resultado dos versos: «There she goes again... Racing through my brain...
Pulsing through my vein... No one else can heal my pain». Algumas revistas
publicaram artigos sobre os The La's e a sua aparente ode à heroína. Quando
perguntaram em 1995 ao baixista do grupo, John Power, sobre o boato, ele
respondeu: «Não sei. A verdade é que não quero saber. Drogas e loucura andam de
mãos dadas. Pessoas que você conheceu toda a vida… estão bem, depois não estão.
Mas você não pode refletir, porque isso mata-o, la». No entanto, no livro «In
Search of The La's: A Secret Liverpool» (2003) de MW Macefield, o ex-guitarrista
Paul Hemmings negou o rumor e acrescentou: «Jeremy Fisher, você não sabe do que
fala». Numa entrevista para a revista francesa Les Inrockuptibles, Lee admitiu
ter usado heroína em 1990. A canção, portanto, antecedeu a experiência. Numa
entrevista à BBC, o guitarrista no single,
John Byrne, também negou o boato, afirmando: «É apenas uma canção de amor sobre
uma miúda de que você gosta, mas com a qual nunca meteu conversa».”
[10] █ “Our
Saviour” (1989), Paradise Lost. “Como
uma das primeiras bandas a começar a tocar a versão mais lenta e sombria do death metal, mais tarde rotulado como doom/death, com o álbum de estreia
«Paradise Lost» estavam apenas a brincar (ou a aquecer) com esta música
«estranha» e quase falharam-na ela naquela altura. Este álbum certamente ajudou
a criar os fundamentos não só da sua música, mas também a base de fãs, e «Our
Savior» descreve perfeitamente onde eles estavam musicalmente.”
“Um dos pioneiros do doom/death ao
lado dos Anathema
e My
Dying Bride [11].
Retiraram o nome do poema «Paradise Lost» do poeta inglês John Milton. Fundados
em 26 de março de 1988. Escreveram a canção «Blood Filled Eyes», no primeiro
ensaio, que nunca foi gravada.”
«É durante os nossos momentos mais escuros que nos devemos concentrar para ver
a luz», Aristóteles [o próprio ou o Onassis, provavelmente nenhum deles]. É
raro que uma banda tenha um efeito tão duradouro na paisagem musical em que
existe. Desde a sua formação em Halifax, West Yorkshire, os Paradise Lost
floresceram em perpétua escuridão: um lugar onde os raios de luz raramente
ameaçam quebrar as nuvens negras onde os pesadelos duram uma eternidade.
Enquanto o rumo da sua evolução sonora gerou inúmeros discípulos da escuridão –
pálida em comparação com os pioneiros originais do metal gótico. Seria justo
dizer que sem os Paradise Lost, muitas das bandas atuais do doom-gloom nunca existiriam. O segundo
álbum, «Gothic», ainda é considerado ponto zero do metal gótico. Com o quinto
álbum, «Draconian
Times», a disseminação mundial acenou-se-lhes, enquanto a banda
continuava a traçar o seu próprio caminho e a explorar mais inspirações
eletrónicas e sinfónicas, construindo, no processo, uma das bases de fãs mais
fiéis que o mundo tem para oferecer e conquistando posições nas tabelas por
toda a Europa.” [12]
____________________
[1] Não
os Gestores Portugueses, esses nunca desacertam. “A Universidade da Beira
Interior (UBI) anunciou que vai conceder o grau Doutor Honoris Causa ao
presidente executivo da PT, Zeinal
Bava, que será a personalidade mais jovem a receber este título na
instituição. De acordo com nota enviada à agência Lusa pela UBI, o empresário
covilhanense Paulo de Oliveira e o antigo presidente do Conselho Geral da UBI
Carlos Salema são as outras duas personalidades que vão receber o mesmo título.
As propostas para a atribuição do referido grau a Zeinal Bava e a Paulo de
Oliveira foram aprovadas no dia 10 de julho, em reunião do Senado da UBI,
enquanto a proposta relativa ao professor e investigador Carlos Eduardo Salema
já tinha sido aprovada pela reitoria anterior. A outorga dos títulos será agora
efetuada na sessão de abertura do ano letivo 2014/2015, a realizar no mês de outubro.”
Em Correio da Manhã, 14/07/2014.
[2] Portugal viveu com governantes republicanamente maus,
como Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, a Rússia vive com modelos majestosamente
talentosas. Heline, 1,72 m, 56 kg, 85-61-92, sapatos 39, nascida a 6 de
junho de 1984 em Volzhsky, Rússia. “A virgem nesta viagem é Heline, a nossa
maravilha de cabelo selvagem. Ela é verdadeiramente encantadora, não é? E os
seus longos cabelos loiros e olhos belíssimos inesquecíveis fazem com que todos
se sintam soltos e felizes quando olham para ela. Este anjo nasceu e está a
viver agora numa pequena cidade perto de Volgograd, Volzhsky. Esta cidade tem
apenas 50 anos, mas já se tornou afamada pelas mulheres bonitas. Há três
agências de modelos lá. Heline vive com os pais numa pequena e linda casinha.
Mas sempre teve o sonho de viver na grande cidade Volgograd, porque lá ela pode
procurar mais oportunidades e aventuras. Ela sempre desejou ter um apartamento
muito grande e moderno na baixa de Volgograd. Existe uma agência de modelos
conhecida na sua pequena cidade e Heline é modelo profissional. Ela esta
envolvida na agência de modelos há 12 anos, e gosta à beça do seu trabalho. Mas
os seus pais sempre foram contra. O pai de Heline acha que a sua filha está
perdida. Então, Valentina, que assiste Galitsin em encontrar novas modelos,
conheceu-a numa audição. Ficou impressionada pelo longo cabelo de Heline. Tal
como Grig. O talentoso fotógrafo pressentiu imediatamente a alma gentil e
sensível de Heline e, como um verdadeiro mestre da sua arte, Galitsin foi capaz
de reproduzir através de fotos, não apenas a extraordinária aparência dela, mas
também o seu rico mundo interior e alma. Ela posa de forma tão natural e
atraente em imagens em mutação. Heline parece diferente em cada foto. Heline
diz que gosta muito de trabalhar com Galitsin. No princípio, ela estava
nervosa, mas agora é como uma segunda natureza. Ela pensa: «Esquecemos mesmo
que estamos nuas e apenas relaxamos e sentimo-nos livres e fantásticas. Essa é
a minha experiência favorita disto». Infelizmente, Heline não tem um amorzinho
atualmente. Ela costumava estar apaixonada por um gajo, mas ele não gostava
dela. Heline ficou desapontada com ele. Ele era bissexual e gostava de se
vestir como mulher. Adorava vestir meias, ligas e coisas assim. O coração de
Heline foi partido, a pobre rapariga sentiu-se abandonada. Agora procura o verdadeiro
amor, Heline está à espera de um homem de cabelo grisalho, gentil e sério com
um carrão preto. Ela quer ir com ele para a praia longe do reboliço e barulho…
Ela espera um dia encontrar tal pessoa e ela receberá todo o seu amor. Assim a
modelo está repleta de amor. E isso ajuda-a a posar sensualmente. Uma vez, ela
chegou mesmo a sugerir que Valentina e Grig fizessem amor a três. Mas Valentina
e Galitsin recusaram.” Entrevista:
P: “Quais pensas que são os teus melhores atributos?”, Heline: “O cabelo louro
natural e as sobrancelhas pretas.” P: “Cor favorita?”, Heline: “Vermelho.” P:
“Programas de TV favoritos, lista de nomes”, Heline: “My
Family” P: “Livros favoritos, lista de títulos”, Heline: “Martin
Eden, Jack London.” P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, Heline: “Simone,
Zorro.” P: “Revistas favoritas, lista de nomes”, Heline: “Liza, She.” P:
“Música favorita, lista de títulos”, Heline: “Gosto de diferentes tipos de
música, mas os meus favoritos são Fausto
Papetti e Golden Accordion, eles libertam a minha alma na perfeição.”
P: “Altura favorita do dia, porquê?”, Heline: “A noite, porque posso fazer sexo
com o meu namorado ou algo mais interessante.” P: “Qual é a tua formação?
Curso?”, Heline: “Apenas o liceu, não conseguir passar os exames de acesso à
universidade e agora sou modelo.” P: “Falas outras línguas? Se assim for,
diz-me algo nessa língua”, Heline: “Falo um pouco de uma língua russa antiga.”,
P: “Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, Heline: “Gosto de viajar
pela minha cidade à noite, há uns quantos lugares a visitar.” P: “Quais foram
os locais que visitaste?”, Heline: “Não estive em nenhuma outra cidade, exceto
Volgograd, mas gostaria de ir a algum lado, especialmente à Europa. Praga é a
cidade do meu sonho” P: “Qual é o teu feriado preferido? (Natal, dia dos
namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Heline: “Aniversário, ano novo.” P:
“Comida favorita, lanches, doces”, Heline: “Morangos com chantilly.” P: “Qual é
o teu carro de sonho?”, Heline: “Alfa Romeo 166.” P: “Qual é o teu emprego de
sonho?”, Heline: “Bailarina, gostaria de dançar striptease espantoso e
surpreendente.” P: “Descreve o teu lugar favorito para fazer compras”, Heline:
“Radezh e Man.” P: “Assistes a desporto, se sim, quais são as tuas equipas
favoritas?”, Heline: “Não, infelizmente não tenho tempo” P: “Quais são os teus
passatempos?”, Heline: “Gosto de dançar e passear à noite.” P: “Preferência de
bebidas, alcoólicas e não alcoólicas”, Heline: “Adoro sumo de morango, vinho
chinês e
Bacardi.” P:
“Ocupação?”, Heline: “Modelo.” P: “Tens algum animal de estimação?”, Heline:
“Não.” P: “Estado civil?”, Heline: “Solteira.” P: “O meu pior hábito é…”, Heline:
“Chegar atrasada.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Heline: “Pessoas que
não conseguem alcançar o seu objetivo, isto é, que não fazem nada por ele, ou
que não têm objetivo na vida.” P: “Que animal melhor descreve a tua
personalidade e porquê?”, Heline: “Um poodle branco e simpático, sou muito leal.”
P: “As pessoas que me conheceram no liceu pensavam que eu era…”, Heline:
“Extrovertida, energética e cheia de sonhos.” P: “Como é que descontrais ou
passas o teu tempo livre?”, Heline: “P: “Passo todo o meu tempo livre com o meu
namorado.” P: “Qual foi o momento mais feliz da tua vida?”, Heline: “Quando
alcancei o meu primeiro orgasmo.” P: “Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Heline:
“Quero ser muito famosa, rica e independente.” P: “O melhor conselho que já me
deram foi…”, Heline: “Nunca digas nunca.” P: “O pior conselho que me deram…”, Heline:
“Quando fui aconselhada a mentir.” P: “Que tipo de cuecas usas, se algumas”, Heline:
“Não gosto de usar cuecas, mas quando é impossível andar sem elas, tento usar
as mais confortáveis.” P: “O tamanho importa? Qual é a tua medida ideal?”, Heline:
“Sim. O maior deles.” P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local,
pensamentos, satisfação, etc.)”, Heline: “Foi no chalé de verão do meu
namorado, ele tentou ser atencioso e fê-lo muito devagar. Portanto, levamos
apenas um pouco de comida connosco, uma garrafa de vinho tinto… fizemo-lo
durante dois dias e quando regressamos a casa ele não conseguia andar, não
tinha forças, mas foi maravilhoso.” P: “O que te excita?”, Heline: “Mergulhar,
esquiar, qualquer coisa radical.” P: “O que te desliga?”, Heline: “Pessoas
enfadonhas que se sentam à frente da televisão.” P: “O que te faz sentir mais
desejada?”, Heline: “Franqueza” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”, Heline:
“Beijos pelo corpo todo, serem muito carinhosos comigo.” P: “Qual foi o teu
melhor ou mais prazeroso orgasmo?”, Heline: “Foi há algumas semanas, fizemos
sexo três juntos (eu e dois rapazes).” P: “Masturbas-te? Com que frequência?
(dedo, brinquedos ou ambos)”, Heline : “Às vezes.” P: “Qual foi o teu primeiro
fetiche, se algum?”, Heline: “Com a camisa do meu namorado.” P: “Qual é o lugar
mais exótico ou invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Heline:
“Numa varanda com vista para o rio Volga.” P: “Posição sexual favorita,
porquê?”, Heline: “Não importa, o principal é sentir-se confortável.” P:
“Descreve um dia típico da tua vida”, Heline: “Levanto-me ao meio dia, tomo um
duche e depois o pequeno-almoço. Normalmente, como um ovo ou papas de aveia.
Então vou para a agência de modelos. Depois costumo visitar os meus pais ou
descanso com o meu namorado.” P: “Tens alguma curiosidade sexual que gostasses
de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com pormenores (rapariga
/ rapariga, voyeurismo, etc.)”, Heline: “Narcisismo, adoro olhar para as minhas
fotos, olhar-me no espelho, às vezes não consigo parar de me admirar.” P:
“Descreve em detalhe a tua fantasia sexual favorita”, Heline: “Sonho tomar um
banho com bastantes rapazes bonitos.” P: “Conta-nos a tua ideia de um encontro
de fantasia”, Heline: “Ir a um bonito baile com o meu amado, vestida com roupas
antigas.” P: “Se pudesses ser fotografada de qualquer forma, em qualquer
cenário, qual escolhias? O que te faria sentir mais desejada, mais sensual?), Heline:
“Gostaria de ser fotografada nos trópicos quentes, junto de uma palmeira.” Site: {The Nude}. Obra
fotográfica: {“Four
Girls”,
uma produção com a talentosa Lina, a irmã mais
nova desta, a versátil Maya, e a
inteligentíssima Kiska} {fotos1}
{fotos2}
{fotos3} {fotos4}.
[3] Este tipo de loucura está diagnosticado na Ciência
Económica. Os economistas, por viverem sob a umbrela do Estado, como professores
– uma profissão improdutiva que, mesmo no ensino privado, depende das bolsas de
estudo dadas pelo… Estado – habita-lhes uma folie
pelo encaminhamento das economias. João César das Neves: “A austeridade vai
sair-nos barato para os disparates que fizemos.”
[4] Uma aposta ganha, na qual nunca perdemos dinheiro, é o
maior político português de toda a História. “Nós em ti acreditamos / És
herdeiro desta cidade / E assim em Gaia ganhamos / Um presidente de verdade / A
obra vai continuar / Nesta terra com história / Juntos vamos caminhar / Com
rumo à vitória // Carlos Abreu Amorim não para / E Gaia não pode parar / Somos
Gaia na frente / Em ti vamos votar.” “Hino
Gaia não pode parar”. E CAA tem qualidade rara: é o fiel amigo.
Declarava ele sobre o andaço das licenciaturas falsas que assolou os
trabalhadores da política: “Relvas não alegou ter uma licenciatura sem ter
obtido o título universitário. Fê-lo de acordo com as regras que a própria
universidade aplicou e declarou-se licenciado com um diploma na mão.”
[5] Canções que nunca se desviam da verdade convencional
canta-as o Leiras, de Soajo, vila de Viana do Castelo: “A
sua querida terra”.
[6] Banda parca de informação talvez afogada no álcool
existencial. Em Portugal, o etanol faroliza a mente brilhando-a. Vasco Pulido
Valente: “Ressuscitar o ministério da Cultura, como quer António Costa, seria
ressuscitar o favoritismo e a arbitrariedade em que essa instituição sempre
viveu.” Em jornal Público, 19/07/2014.
[7] “A música no wave
apresentava uma visão do mundo negativa e niilista que refletia a desolação da
baixa de Nova Iorque nos finais dos anos 70 e como eles percebiam a sociedade
no seu todo. Lydia Lunch observou: «O caralho do país todo era niilista. De
onde é que tínhamos saído? Da mentira do verão do amor para Charles Manson e a
guerra do Vietname. Onde está o otimismo?» A expressão “no wave” provavelmente
foi inspirada no pioneiro da nouvelle vague,
Claude Chabrol, no seu reparo: «Não há ondas, novas ou velhas, há somente o
oceano».”
[8] As propriedades ofídias da mulher estão documentadas desde
a Bíblia. As suas lágrimas, que enternecem e transmudam o homem, são, no
entanto, o líquido terrestre que mais rapidamente seca. “Flamineo: Oh, sim,
sim; / Tinham as mulheres rios navegáveis nos seus olhos; / Elas despenderiam
todos eles. Certamente, pergunto-me / Por que devemos desejar mais rios na cidade,
/ Quando vendem água tão barata. Dir-te-ei / Estas são apenas nuances mouriscas
de pesares ou medos; / Nada seca mais rápido do que lágrimas de mulher. / Ora,
aqui está um fim de toda a minha safra; ele não me deu nada. / Promessas
durante a corte! Deixem os sábios contá-las amaldiçoadas; Pois enquanto você
viver, aquele que mais conquista, pior paga.” Em “The White Devil”,
John Webster (1580 - 1634).
[9] Sucesso efémero terá também a peça “Titus Andronicus” de William
Shakespeare. “A peça situa-se nos últimos dias do Império Romano e conta a
história ficcionada de Titus, um general do exército que está envolvido num
ciclo de vingança com Tamora, rainha dos godos. É a obra mais sangrenta e
violenta de Shakespeare e, tradicionalmente, foi uma das suas peças menos
respeitadas; embora fosse bastante popular na época, no final do século XVII
tinha caído em desgraça. Na era vitoriana foi rejeitada principalmente por
causa do que foi considerado um uso de mau gosto de violência explícita, mas
por volta de meados do século XX a sua reputação começou a melhorar.”
“No ato final de vingança de Titus contra Tamora, rainha dos godos, ele mata-lhe
os filhos, Chiron e Demetrius, e usa o sangue e ossos deles como ingredientes
principais de uma tarte. «Deixai-me ir moer os seus ossos em pó fino, / E com
este odioso licor temperá-los, / E nessa pasta deixar as suas vis cabeças
assar» (5.3.197-199). Titus serve esta tarte a Tamora antes de a matar.”
“Lucius:
Enterrai-o até ao peito na terra, e matai-o à fome; / Ali deixai-o ficar e
delirar e suplicar por comida; / Se alguém o aliviar ou se apiedar dele, / Pela
ofensa, morre. Esta é a nossa sentença: / Alguns ficam para vigiá-lo preso ao
chão.” Em “Titus Andronicus”,
William Shakespeare.
[10] Ao playboy
português Pinto da Costa nunca lhe faltou lábia para acamar mulheres. – Na
apresentação do livro “31 anos de presidência, 31 decisões”: “Esclareceu ainda
que as decisões mais difíceis foram a primeira - candidatar-se à presidência -
e a última - ser operado ao coração. Chegou a pensar em sair do hospital, mas a
mulher desencorajou-o: «Tive a sensação que ia marar». Mas acabou por ser
operado. «Passadas umas horas ouvi apitos e vi luzes e pensei que estava
vivo, porque não me constava que houvesse apitadelas no outro mundo». Ao
acordar ironizou: «Perguntei à minha mulher quem era o antigo presidente da Câmara,
ela respondeu Fernando Gomes. E eu disse-lhe, então tu és a Fernanda».”
Em Jornal de Notícias, 09/12/2013.
[11] Amor moderno. “O martírio de ‘Maria’ começou
em 2011, logo que passou a viver com ‘Miguel’, com insultos e agressões
violentas. Nem na prisão o homem deixou a vítima em paz: ligava-lhe com ameaças
de morte. De novo solto, voltaram os espancamentos e as humilhações: obrigava a
vítima a fazer sexo e filmava, sujeitando-a a sevícias. Logo na primeira fase
do casamento, ‘Maria’ foi insultada e agredida «com grande violência», proibida
de sair de casa e de contactar com outras pessoas. O agressor controlou-a
sistematicamente com telefonemas e obrigou-a a revelar as senhas do telemóvel,
email e redes sociais, para melhor a vigiar. Chegou a atirar a vítima por umas
escadas e maltratou a mãe desta. ‘Miguel’ esteve preso por condução sem carta,
mas nem aí o drama de ‘Maria’ diminuiu. Foram várias as ameaças por telefone.
Libertado, voltou mais violento: aterrorizou-a com ameaças de morte, espancou-a
e sujeitou-a a sevícias e filmagens em práticas sexuais. Vai responder ainda
pela posse de duas armas ilegais, com que ameaçava a vítima.” Em Correio da
Manhã, 26/07/2014.
[12] Portugal, país exportador, de tomates? Cereja?
Castanhas? Empregadas de quarto de hotel? Não! A maior exportação portuguesa é
Ronaldos. “O embaixador da União Europeia nos Estados Unidos, João Vale de
Almeida, não poupa elogios ao presidente da Comissão Europeia [16/09/2013]. Em
entrevista ao i, o antigo chefe de gabinete de Durão Barroso apelida-o mesmo de
«Ronaldo da política internacional». (…). «O presidente Barroso é neste momento
o decano do G8, fundador do G20 e está há nove anos na presidência da Comissão
e há 11 anos seguidos no Conselho Europeu», sublinha ainda, acrescentando que «é
sem dúvida um trunfo de Portugal na cena mundial». Mas os elogios não se ficam
por aqui, na opinião do embaixador, Barroso é a pessoa certa para o lugar certo.
O presidente da Comissão «tem uma enorme capacidade intelectual e uma enorme
capacidade física, fundamental para uma função deste género. E uma grande política
e cultura em geral, largamente acima da média da classe política nacional,
europeia, mundial», defende o embaixador, e acrescenta: «Para além de um grande
sentido tático e estratégico».”